Legislação inicial: Reforma Francisco Campos, de 11/04/1931. Decreto-Lei 1190/39. Organização...

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Legislação inicial: Reforma Francisco Campos, de

11/04/1931. Decreto-Lei 1190/39. Organização da Faculdade Nacional de

Filosofia da Universidade do Brasil. Período de Alfabetização: com a

urbanização o analfabetismo tornou-se problema político-econômico.

Características do curso de Pedagogia: Segue o padrão nacional: 3+1. Com 3

anos = Bacharel em Pedagogia (técnico em educação).

Com 4 anos = Licenciado, professor para Escolas Normais.

Intenção do Estado: exercer o controle da Escola

Lei 4024/61 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Parecer 251/62, do CFE que fixa o currículo mínimo e a descrição do Curso de Pedagogia.

Formação generalista ( numa visão de totalidade).

Período de Alfabetização, qualificação para o trabalho, organização e ampliação da rede escolar.

Características do Curso de Pedagogia: Possibilidade de flexibilização e

pequena descentralização. Currículo mínimo. Permanece o

esquema 3+1. Inclui de maneira vaga a formação do

especialista.Prevalece a formação para a docência.

Estágio supervisionado facultativo.

Lei 5540/68 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Parecer 252/69, do CFE, fixa o currículo mínimo.

Crise no sistema educacional: falta de vagas, questionamento sobre a política educacional.

Pressão popular para expansão do ensino. Alfabetização de adultos.

Sistema de ensino fragmentado. Formação do Professor para Magistério

de 2º Grau e Especialista em Orientação Educacional, Supervisão, Inspeção e Administração Escolar.

Estágio supervisionado obrigatório. Formação tecnicista

Divisão do trabalho ( modelo Taylorista). Concepção fragmentada leva à

organização fragmentada da escola. Período de adaptação ao

“desenvolvimentismo” capitalista, ou seja, à ordem capitalista.

Formar o trabalhador/a subserviente e não para a emancipação humana.

Disputa de poder declarada: Supervisor/a se aproxima do trabalho do

diretor/a, com função fiscalizadora. Orientador/a Educacional mantém

relação com os alunos/as, também com uma visão de subalternização dos/as alunos/as e da família.

Divisão da Educação: para as elites e para os/as trabalhadores/as.

A partir de 1980 a legislação não muda, mas vários setores da sociedade expressam a concepção progressista ( de esquerda):

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DA LUTA DE CLASSES.

Esta concepção começa a transformar e aprofundar uma outra formação do/a Pedagogo/a.

Qual o papel da Pedagoga na Escola?

Concepção sócio-histórica do materialismo dialético: não há neutralidade.

Temos posição: a favor de quem? Para quem? Qual Escola?

1- Historicidade: entender cada período, movimento histórico a partir das relações sociais produzidas pela humanidade.

Quem está no poder? O que quer?

Como agem e reagem os/as trabalhadores/as?

2- Totalidade: analisar o todo social (as relações econômicas, políticas, sociais, culturais) para realizar a síntese das múltiplas determinações.

A relação social que reflete na Escola.

3- Contradição: entender os opostos ( a luta de classes), a correlação de forças construídas.

Entender os conflitos.

Superação da visão de que o mundo “sempre foi assim e sempre será”.

A partir de 1980: Pedagogo/a Unitário: Minimizar a fragmentação, a

especialidade. Visão de totalidade, articulador/a dos

processos escolares de todos/as os/as Profissionais da Educação.

Trabalhador/a se reconhecer enquanto classe.

Década de 90: Lógica Neoliberal = Educação como MERCADORIA.

Lei 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Proliferação de cursos ( mais de 800 modelos).

Normal Superior (formando para a docência)

Surgem muitas especializações.

Em 1999 várias entidades entregam um documento ao MEC com várias indicações e proposições para o curso de Pedagogia.

Não há unanimidade e nem consenso.

Conflito: Docência x Organizador do Trabalho Pedagógico

Nossa defesa: PEDAGOGO/A UNITÁRIO: com formação

geral, tendo a docência como base da formação + a formação para organização e gestão dos processos escolares, + pesquisa (entendida como produção e difusão do conhecimento) e articulação com os movimentos sociais populares.

Nossa identidade: construir nossa identidade pautados no compromisso com as classes populares.

Construir o currículo: os conteúdos, os rituais, o tempo escolar, a avaliação, a gestão, enfim, toda a organização da Escola a partir das classes populares.

Resolução nº 1 do CNE, de 15 de maio de 2006: institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, Licenciatura.

Pareceres do CNE nº 5/2005 e nº 3/2006.

Compreende a docência como ação educativa e processo metódico e intencional.

O curso de licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

Projeto de Lei Nº 1592 , de 2003, do Deputado Federal CARLOS ABICALIL

Estabelece os princípios e as diretrizes dos planos de carreira para os profissionais da educação básica pública.

Art. 2º São considerados profissionais da educação básica:

III - os educadores com cursos de graduação em pedagogia, mestrado e doutorado em educação, habilitados para funções pedagógicas;

Art. 3º Todas as esferas de administração pública que ofereçam alguma etapa da educação básica em quaisquer de suas modalidades devem instituir planos de carreira para seus profissionais, dentro dos seguintes princípios:

II - acesso por concurso público de provas e títulos, adequado ao perfil profissional e orientado para assegurar a qualidade da ação educativa;

III - prevalência de critérios objetivos e científicos para a movimentação dos profissionais entre unidades escolares e dentro de cada unidade escolar, observados os seus direitos e considerados os interesses da aprendizagem dos alunos;

IV - remuneração condigna, com vencimentos iniciais nunca abaixo dos valores correspondentes ao Piso Salarial Profissional Nacional;

V - progressão salarial na carreira, por incentivos que contemplem experiência e

desempenho, atualização nos conhecimentos e aperfeiçoamento profissional;

VI - jornada de trabalho preferencialmente em tempo integral, de no máximo quarenta horas semanais, tendo sempre presente uma parte de trabalho coletivo e formação continuada e, no caso dos docentes, pelo menos trinta por cento da carga horária dedicadas à preparação do ensino e avaliação da aprendizagem;

VII - incentivo à dedicação exclusiva;

VIII - participação no planejamento, execução e avaliação do projeto político pedagógico da escola e da rede de ensino;

IX - gestão democrática da escola e da rede de ensino, por meio de deliberações em órgãos colegiados e com a condução de dirigentes escolares preferencialmente via eleição direta pelos profissionais da educação, alunos e pais;

X – regulamentação entre as esferas de administração para a remoção e o aproveitamento dos profissionais, quando da mudança de residência e da existência de vagas nas redes de destino, sem prejuízos para os direitos dos servidores no respectivo quadro funcional.

Art. 4º Na adequação de seus planos de carreira aos dispositivos desta Lei, os governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios devem seguir as seguintes diretrizes:

IV – realização de concurso público para provimento de cargos sempre que ocorrerem vagas na rede e com a periodicidade mínima de quatro anos;

V – realização anual de concurso interno de remoção dos profissionais da educação, anterior aos processos de lotação de profissionais provenientes de outras esferas administrativas ou das listas de classificados em concursos públicos;

VI – fixação de vencimentos iniciais por jornada integral, com valores nunca inferiores aos do Piso Salarial Profissional Nacional, diferenciados pelo nível das habilitações a que se refere o art. 2º e não pela etapa ou modalidade de atuação do profissional;

VII – diferença de no mínimo 20% e no máximo 40%, entre os vencimentos iniciais dos profissionais habilitados em nível médio e os de nível superior;

VIII – reajuste periódico dos vencimentos iniciais e da remuneração básica da carreira, de modo a preservar o poder aquisitivo dos educadores, com ganhos adicionais proporcionais ao crescimento da arrecadação dos tributos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino;

IX – incentivo à dedicação exclusiva, de caráter progressivo, partindo de um percentual nunca inferior a 20% do vencimento básico;

X – não incorporação na remuneração de quaisquer gratificações temporárias, concedidas por função específica, exercício em horários ou locais especiais, participação em comissões;

XI – regulamentação específica, por meio de lei de iniciativa do executivo, para a recepção de profissionais de outras redes públicas, concessão de afastamentos para aperfeiçoamento e para licenças sabáticas.

§ 1º Os planos de carreira poderão prever a recepção de profissionais de outras redes públicas por permuta ou cessão temporária, havendo interesse das partes e coincidência de cargos, ou por acesso pleno, no caso de mudança de residência do profissional e existência de vagas, na forma de regulamentação específica das esferas de administração.

§ 2º As redes de ensino instituirão um quadro rotativo de vagas para afastamento de seus profissionais para efeito de aperfeiçoamento e formação continuada, nunca inferior a 1% do total de efetivos de cada cargo, prevendo os mecanismos de concessão e prazos de vigência de modo a promover a qualificação sem ferir os interesses da aprendizagem dos alunos.

§ 3º Os profissionais da educação básica gozarão do direito de pelo menos três licenças sabáticas, adquiridas a cada sete anos de exercício na rede de ensino, com duração e regras de acesso estabelecidas no respectivo plano de carreira.

Art. 5º A todos os profissionais da educação básica se asseguram os direitos previdenciários previstos na Constituição Federal e, aos professores, a aposentadoria especial, após 25 anos, se mulher, e 30 anos, se homem, desde que cumpridos no exercício das funções de magistério definidas em lei. (Hoje Lei 11301/06).