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-ESpj RITO SANTOO ESTADO DO
GOVERNO D " do Planejamento" c irito Santo- ESTaduol -mico do dpCoordenocoo peração Econo
. d RecuExacutlvo eGrupo "
IJ00279/32
, /% //////: ;/a/~ 10 ICiR ,_R LtXT ", INTEG ADa
- - TO REGIO.lr\L~E DESE~JVOLVllll::.N
IJ00279/326410/1984
EX: 1 ro JOI ES DO 1'05 EVES5A. .
GOVERNO DO ESTADO DO EspíRITO SANTOCoordenação Estadual do PlanejamentoGrupo Executivo de Recuperação Econômica do Espírito Santo
MANTENÓPOLIS
RELATÓRIO MUNICIPALPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL INTEGRADO
INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES
-INDICE
1. ASPECTOS iA.ETODOU')GICOS •••.•. ., ., •.••••••
2. CARi\CTERIZAÇAO GERAL DO MUNIClpIO •••••••• " .
3. SETORES DE PRODUÇAO/BOLSDES - CULTURAS EXISTENTES ••.•••••••
4. CONDIÇOES NATURAIS
3
-PAG I N.L\
L1r
10
11
15
5. ESTRUTURA AGRfliRIA ••••.••••. "............................... 16
5.1. ESTRUTURA FUNDI~RIA 16
5.2. RELAÇOES DE TRABALHO •.•. ••••• .•... •••. •••.•••.• .•••••• 18
5.2.1. Condiç~o do Produtor. 22
5.2.2. Mão-de-obra Familiar 23
5.3. USO DO SOLO •••.•••......•••••••••.••.•.••.•••••••.••• , 23
6. PROGRESSO TEcNICO 29
7. COfvlERCIflLIZJ\ÇAO ••••••••••••.•.•.•.• .••••• •••• ••• •.••••.•..• 32
8. POLTTICA AGRTCOLA ....... I!> "' •• It ••••••• "" ••• " _ " .33
9. POPULAÇAO 34
la. PRINCIPAIS REIVINDICAÇOES
"j 1. SETORES CENSITÃRIOS
33
39
-EQUIPE TECNICA
COORDENAÇÃOIsabel. Péres dos Santos
PESQUISA DE CAMPOIsa1Je Z- PéreB dos Santos
~úrceto CaFaeiro Santiago
ELABORAÇAoIscibe t Péres dos Santos
ORGANIZAÇÃORonaZd? ,José de Menezes Vincenzi
GOVERNO DO EST/\OO DO ESPÍRITO SANTO
Gerson Camata
COORDENAÇAo ESTADUAL DO PLANEJAMENTO
0:-> IOJ:do Ca Iiman
GRUPO EXECUTIVO DE RECUPERAÇ~O ECONÔMICA DOESPÍRITO SANTO
José Teóf'ilo de Oliw3ira
INSTITUTO JüNES DOS SANTOS NEVES
UaMe I Rodrigues Mutins Fi Zho - D":retor S:r:Jer":ntendente
lera Ma7.'ia Simoni Nacif - COOl,denadora Técnica
-GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTOCOORDENAÇAO ESTADUAL DO PLANEJAMENTO
- - -'GRUPO EXECUTIVO DE RECUPERAÇAO ECONOI'ilCA DO ESPIRITO SANTO
INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES
- -RELf\TOHIO r~U!lI CI Pi~L DE r1ANTENOPOLIS
JULHO/83
1. ,6.SPECTOS l~lETODOLOG ICOS---- --------~-----
o Relataria r-1unicipal e um breve diagnostico sacio-econômico da rea]ida
de de cada munic1pio, a partir das " '.J 'dLiVlu2CES agro uãrias desenvolv'i
das nestes espaços geo-econõmicos. Assi~ sendo, foram definidos os se
guintes eixos, sobre os quais se centrou tal estudo:
Py'ocesso Produtivo - estuda as relações do horr:em com a natureza) est.ru
tura fundiãria, relações de tr~abalho e uso do solo.
ReaZização da Produçã-0 - assenta-se no estudo das diversas fases da
comercializaç~o, caracter1sticas do mercado, bem como da subordinação
da produç~o (monopsõnios, oligopsonios) e os obstãculos ~ realização
da mesma.
Situaçi/J SociaZ - o estudo é dirigido ~s organizações sociais, enfati
zando-se as organizações da classe patronal e da classe trabalhadora
que se dão através dos sindicatos, igrejas e da atuação das cooperati
vas (isto e, naqueles munidpios 811 que a coopei'ativa tem papel méiis
significativo).
Intervenção ciD Estaci-D - intervenção esta que se da no âmbito da produ
ção e da -comercialização, atraves do credito, do .""GF (Aquisição pelo
Governo Federal), do EGF (Empréstimo do Governo Federal), e demais p~
llticas e programas setoriais .
Para a anãl-ise do. -.: .
inUn1C1plo, apoia nos dos anteriormente, fo
ram utilizé1das
1) Dados secundârios do IBGE, 1980 - foram utilizados dados rpfetentes
aos setor'es censitã!"los, que C:e~)ois de n;;c.niz(:~jc)S devi mente, COf!
tri bu ir'am pa r'a a e1iJ bora ção de li:?; S de C.::s tru tu i'a fund i ãri a ( nu:nero
e ~rea) e der1sidade d
2) Pesquisa de Campo - foram efetuadas consultas aos seguintes
Emater (Escritório Local)
Sindicato Rural PatronalSindicato dos Trabalhadores Rurais
Cooperativas
I'9 re jas
- -orgaos:
Para esse estudo, e em decorr~ncia dos contatos com os orgaos descritos
acima, o municlpio teve seu território dividido em áreas, de acoi'do com
a distribuiç~o espacial das culturas, denoninadas Setores de Pl-o(luçClO ..
Por exemplo, a área que produz caf~) milho, feij~o e arroz foi chamaaa
de Setor de Produção 1; a area cujas atividades predom-inantes são a p~
cuãria e a mandioca, foi chamada de Setor de Produçio 2 e assim por dian
te. Al~m desta divis~o, as culturas foram, dentro de cada setor, classi
ficadas de acordo (principalmente) com a geraç~o de renda. Neste caso,
em ordem decrescente de importância, as culturas se classificam em:
Principal (P)
c;ecl'nri-a"~ ri (<:':)~ ~",-, f 1,_ -.J
Subsistência (58)
Embrionãria (E)
Potencial (PT)
A razao da exist~ncia dos Relatórios Municipais, a pr~or~J seria a
dar subsfdios ~ realizaç~o dos PDRI1s - Programas de Desenvolvimento
,ae
Re
9ional Itegl"ado, através de informações devidamente sistematizadas. Os
PDRI's s~o diagnósticos elaborados para cada uma das cinco Regiões-P~~
gramas em C1ue o, EspTrito Santo está oficialmente dividido.
Outros foram incarpo
Natos de
~0 Ir, 0 0 1:")+::: ..:,- PJr·~Cl'p;)l ,c"l' u.. ..l...:jl:j7-·rl-1 l'-l~Çd,-, o ..' 1\'..- O ,-ur I J ,'" .11 . c.' lu l. LC<..U ui!":,
lOnClêl d-iscussiic e elaboi'2c2o metoGDlõ<Jicas..:- ..' , '~, . , ~.J
seri e de tern:os, fru
a~pla e complexa. Esta tcr'minol 'j:l $(:("3 aqui decodificada para urna Ine
lhor compreensao des tes riJ' :> " no- s- -!- -~ r- r S ....~ (1.::::J'! '. ~ '..... i '-.... --1 ..
corn
detE-?nninê:\da cultuta hegernônica (ex.: cana) ou U;;l con~:urJto de culturôs
existentes. Cada ~etor seria, a princ1pio, caracterizado pelas
cipais culturas que se desenvolvem em seu interior.
pri~
Bo 2: - entende-se por BoZsão, a dei imitação geo-economica de alguma
cultura ou grupo de culturas combinadas que sobrevivem no interior
do Seta2" de
S6~::;r C2-fl.s~iviy'io - e uma divisão espacial feita pelo IBGE para recen
seamentos. Comprende uma fração do territ5rio municipal passfvel de
ser coberta por um s6 recenseador (em m~dia 250 domicfliD5). Esta
divi são ê denomi nada "_':lF.::2 Censitd2"ia e e ajus tada a casa censo.
Zexo - E u-rn - .espaço geo-economlCO, pertencente a uma Região-Pr~
grama 1 que pode ou nao ultrapassar os limites municipais ou dos Seto
res de Pt'odução. li n/JçiéJ de COi';rpZexo se define por uma part'i.cuZar. OI'
deterrnirZ-eJ..f\. ~ .'rlSSlm senao,
o nGrne do Corrlplexo e dado pelas principais (ou pl"incipal) culturas na
ge~'ação da renda deste espaço. Por exemplo, a 2rea em que o cafe ê o
respons~vel pela malor parte da renda gerada seria denominada Complexo
- Cafê; no caso da pecuãria e a mandioca juntos, Complexo
mandioca; assim por diante.
Pecuãri ai
Peçião-j)-!.°oÇJr:JJitCl - O Esplrito Santo foi dividido oficialm~nte em cinco
Regi~es-Programas para fins de planejamento:
Região-Programa I - Vit5ria
Reg1ão-Progi"dilla rI - Colatina
Reg-iil'o-Programa III - j';ova Venecia
R iâo-Programa V - Cachoeira de ltap rim
de -seta , 'caoo a. SE'gul r ..
do l)[J."Cjl TT _
1) Proprietârio - quando as terras do estabeleciGento, no todo ou em
parte, fossem desu2 propriedade (inclusive por usufruto e enfiteu
se).
2\,1 Arrendatârio - semDre Que as terras do estab2Ieci'~iento tiveSS2111 si. ,
do tcmaàas em urerciamento, mediante o pagai":1ento de llma quantia em
dinheiro (fixo), ou sua equival~ncia em produtos.
3) Parceiro - quando as terras do estabelecimento fessem de propried~
de de terceiros e estivessem sendo explorad2s em regime de Parceria,
mediante contrato verbal ou escrito, do qual resultasse a ()bi~ig~
ção de pagamento ao proprietârio, de um percertu?l da produç2o ob
tida.
4) Ocupante - nos casos em que a explQração se processasse e:n terras pi!:.
bliccs, devolutas ou de teiceiros (com ou se:n consentimento do pt'Q
priet~rio), nada pagando o Produtor pelo seu uso.
Ec CJ! .Tl'·ab(~~7.ho
1) r,]ão-de-Obra Familie.r - e composta pelos corn,DJner":es da f2m'íli2 do
propl~i etãri o.
2) )\ssalariado Permanente e f\ssalariado Temporário - na categm'ia as
salariados foram consideradas as pessoas que trabalhavam mediante
remuneração em dinheiro. Os assalariados são apresentados discrimi
nadamente em: assalariado permanente, os que exerciam atividade de
carâter efetivo ou de longa duração e assalariado temporârio, os con
tratados para atividades eventuais ou de cur~~
3) Parceiros 4 - s~o consideradas as pessoas sub~
taçéiO ..
rtc da
~-- . -v í ré1 /iSCrl çao do
l, J I,cta 3.
nso FI BGE - 1975.
produção obtida com seu trabalho (meia, terça, quarta, etc.).
1) Lavouras Permanentes - compreendendo terras plantadas ou em preparo
para o plantio de culturas de longa duração, tais como: caf~, bana
na, laranja, cacau, uva, etc., após a colheita não necessitam de
novo plantio.
2) Lavouras TEmpor~rias - abrangendo as ~reas plantadas ou em preparo
para o plantio de culturas de curta duração (via de regra menos que
um ano) e que necess i tam ,gera li:"ente, ser plantadas apos cada co
lheita, tais comb: arroz, algodão, milho, trigo, flores, hortaliças,
etc. Inclu~ram-se tamb~m nesta categoria as plantas
destinadas a corte.
forragei r'2S
3) Terras em descanso - terras habitualmente utilizadas para o plantio
de Lavouras Tempor~riast que se encontram em descanso por prazo
nâo superior a 4 anos em relação ao Gltimo ano de sua utilização.
4) Pastagens fiaturais -constituldas -pelas areas destinadas ao
reio de gado, sem terem sido formadas mediante plantio, ainda que
tenham recebido algum trato.
5) Pastagens Plantadas - ãl'eas destinadas ao pastoreio, formadas medi
ante pl anti o.
6) riatas Natur'a-is - formadas pelas ãreas de matas e florestas naturais
utilizadas para extração de produtos ou conservadas como,....., ,.T lOreSl.étlS ...
reservas
--- are2.S das ou em preparo para o plantio
ess=ncias florestais (acãcia negra, eucallpto, pinheiro, etc.).
8) Terras produtivas nâo utilizadas - âreas que se prestam ~ formaçâo
de culturas, pastos ou m~tas e não estejam sendo usadas para tais
fi ns.
9) terras inaproveitãveis - formadas por ãreas imprestâveis para f0n11a
ção de culturas, pastos e matas, tais como: areias, p~ntanos, er
costas lngrernes, pedreiras, etc., e as fomadas pelas ãreas ocup~
das com estradas, caminhos, construções, canais de irrigação, aç~
des, etc ..
2.
I n'J
-CARACTERIZACAO GERAL DO MUNICIPIO
o f,]uni cí pio de j'iantenõpo1i s apresenta a ãrea total de 38.321 ha, apl'oxi
madame:lte.
Estã localizado na Região Programa 11 - Colatina, na sua parte Noroeste,
limita-se ã Noroeste com o Estado de Minas Gerais, â Nordeste com Barra
de são Francisco, ã Sudeste com são Gabriel da Palha e ao Sul com Pancas.
Representa 7,12% da ãrea total da Região Programa 11.
o munic1pio caracteriza-se fundamentalmente por ter uma estrutura fundiã
.ria altamente pulverizada, sendo que em 1980, 73% dos seus estabeleci
mentos estavam na faixa de O - SOha e ocupam 33% da ãrea ocupada, o que
nos leva a considerar tamb~m a exist~ncia de poucos estabelecimentos maio
res que lOOha (10,43% dos estabelecimentos) que cobrem uma irea de 40,
Do ponto de vista da agricultura ~ um munic1pio fundamentalmente cafei
cultor, embora apresente uma ârea consider5vel com a produção de lavou
r'as tempcJl'ãri as - produtos aI imentares (arroz, feijão e mil ho).
1 ~
~ --3. SETORES DE PRODUCAO/BOLSOES - CULTURAS EXISTENTES
3,1. PRINCIPAIS CULTURAS
As principais culturas são o cafe, milho, feijão e arroz. Sua importân
eia e divisão por setores de produção e vista no Quadro 1.
3.2. SETORES DE PRODUÇÃO
SETOR
r a região do munic1pio mais montanhosa e onde encontra-se a maior
tu de (85Cm),p)'ôximo a Santa Luzia de t<lantenõpolis.
D~tecta-se uma estrutura fundiâria de pequenas propriedades, na
grô.nd'2 [j~aioria nos estratos de 10 a SOha. Embora em termos de
apareça com relativa expressão as propriedades maio~es de lOOha,que nes te setor de produção encontram-se as 4 propri edades ma i Ol~es
500ha apont3dos pelo censo agropecuãrio de 1980 -FIBGE, próximo ao
trito de Santa Luzia de Mantenõpolis.
alti
sua-area
sendo
de
dis
Este setor de produção tem como cultura principal o caf~, e como secun
de.ria a pecuâria e o arroz, em ordem decrescente de importância. Apr~
senta locais de vârzea não aproveitada. embora haja lugares jã saneados
o intr'odu/<;e o PréJovaneél, para o plantio arroz. .
::;i 1 o, se encontru em todos os t}belecimentüs, pequene, m~dio
o c:
i J i2';
.-t~ (~()
00 0
E~J c: plantado nélS encostas e intercalado pelo
c n e advem a princip}l fon de ren
o mi oI !lo e o feijio -saC.l
"IA./(;,:.!é.lU'· a mé:i3 pelo
~j1UN~cfPio DE ~,jlANTFNÓPOLISsetores de produção
_.- .. -._ .. _.... ''''''' .. - ..-. _.--,\"'J\
J
f:/ S GeroldoSf.fOR-2f·êij.,;?_,),jTroz tm ilhO (?)c cf\;': (..::-.
PA NCAS
s '. sec 1.,:ndClíia
r(\r''")r \...Jt\ DE EXPLORACAO AGRICOLA DAS DIFERENTES CULTURAS
COi'lPLEXOEXCLUDUHE
RELEVO
r COí'lflLEXO em'18I NADO ~I COivlP. -E-STi<AT2GU\ DE 1ESTRAT-EG-IA-DL~I-------'------I f' I 7\ I .,.. PEQUENO E GRMJ
I
UNITliRIO SOBREVIVc.NCI/\ .REPRODUÇrlO 0/1" ESTR,4Tc.GIl\ DE ESTA8ELI:IDO PE Q. OU n~ I FORÇI, DETPJ\. [ EFI PRE SA RI AL CI nENTD -I____-'--- JCRO EST~BELEC·I BALHO ..1-. 1. _
I
J
-----lI
SETOR 1" IPfWDUÇi\O i
!._--------j---
cafe (P)
a. rro z (S )
pecuária (S)
montanhoso mi 1ho , fei milho, feijão, - .- - pequenoarroz Jao, arroz
varzea arroz arroz pequeno
dos medi os emontanhoso para o peq. para opeq. 9dt~S . prod Pequenoprodutor produtor de cafe
2 fei jão (P) ondulado Pequeno
arroz (P) varzea Pequeno• , r
(S) ondulado PequenolTIl I no
CJre ( c: \ ondulado pequ eno,) J
---_._. _.~~~>,--
Fonte: Escr-itôrio Local da E"'lf\TER.
13
o produtor de estabelecimentos de 100 a SOOha t~m uma m~dia de lSOha com-e-cale.
Nos estabelecimentos maiores que lOOha diminue a ârea proporcional com
cafê e a pgçljâr i a passa a ter expressão econômica na renda gerada pela
propriedade, vindo a completar a renda do cafe para estes produtores. E2tas propri edades são responsâvei s por 6 a 7 mil cabeças de gado do muni
cTpio, isto e,cerca de 70% do total de bovinos (9.332 cabeças).
Para o proprietário de 10 100ha a pecufiria ê uma fonte de renda diãria,
mista), o leite e vendido para a Cooperativa de Mantena (M.G.)e para a Central de Minas. A renda do leite fica com a mulher para a
despesa diária da famllia.
As propriedades de ü - Süha tem em media 2 vacas que produzem basica
mente para consumo do L~1iITna, pouca quant'idade chega a ser vendida..
A produção de arroz ~ encontrada nas varzeas recuperadas. e são incenti
vadas pelo Pr6-v~rzea, isto constitui a maior parte da produçâo, e se
encontram nas propriedades maiores (100 - SOOha) e e explorada em parc~
ria ã meia.
o excedente da produção de arroz, feijão e milho (ordem decrescente de
importância) ê comercializado.
SETOR 2
Neste setor o relevo ê menos ~~ntarhoso e com menores altitudes. o clima
ê mais quente propiciando a exploração do feijão e arroz como
principais 2 m-ilha e café como secundarias no cômputo g21'a1 da
gerada neste setor de produção.
cul tLH'3.S
Neste Setor preckmrina tanto em area como ('in nÇ/ os estabelecimentos de
o - GOha. o que caracteriza uma estrutura fundi~ria pequenos propri~
t~rj()s (-I '"5 )~ ',~ .
14
o cafê e fonte de renda de pouca expressão, sendo que a sua produção se
concentra no setor censitãrio (IBGE) la, pr6ximo ã localidade de são Ge
raldo, onde detectnorse as maiores altitudes deste setor de produção, aei
ma de 600m.
o volume de renda gerado neste setor de produção e menor que o gerado
no setor de produção 1, e as maiores fontes são o feijão e o arroz.
o ca e encontrado em pouquTssimos estabelecimentos, jã o feijão e o
milho estao presentes em todas as propriedades e o arroz nos locais onde
existe v~rzea.
Estã começando a ser introduzido o cafe conillon (mais adaptãvel as con
dições naturais da região), mas tem sido lenta esta introdução, visto
que o IBC não tem financiado, o que imposSi5ilita os maiores produtores
de plantarem cafe, por outro lado os pequenos produtores vão introduzin
do lenta~ent2 o cafe, jã que o fazem com recursos proprlos.
15
4. CONDICOES NATURAIS
o fv1uni clpio de Hantenopoiis estã situado na Zona Serrana e tem altitu
des variãveis de 400 a SOOm. E um municlpio com areas bastante declivo
5as, ou seja, 19.410ha (50,S tem declividade maior que 3Dte 18.911ha
(49,35%) tem declividade aDaixo de 30%, caracterizando um relevo mon
ta nhoso.
o solo do setor de produção 1 e de baixa fertilidade e o do setOl' de
produção 2 é de media ferti 1i aade apresentando uma apt"id30 regular para
manejo do solo com baixa tecnologia.
o clima e do tipo mesot~rGico tropical quente, sub~mido, o que caracte
riza um vel·ão quente e perlodo de seca médio de 4 meses ao ano. As C!lU
-vas se concentram nos meses de outubro a janeiro e a estiagem de fevc~
reiro ã setembro. A tempers.tura media anual varia na faixa de 20 - 22°C
e o lndice pluviom~trico oscila entre 1.000 a 1. 250mm ao ano.
Nos perfodos de seca detecta-se os maiores estragos na cultura do feijão
das secas e na cultura do cafe, haja visto que a seca vem afetar direta
mente a planta no perlodo de floração, o que consequentemente provoca me
not' pt'odução.
fI erosao constittri pDi1oran"ic. bTSt>3.nte crltico pata a l~eglao, hJ no municl- -"ate a erosao e o incenti
- --vo a conscrvaçao do solo, aja visto ter sioo realiza
pela
tempo-a POl:CO
Rura1 )J u\j(~n t.udesolo pêlra a
pio todo cuidado em se div
Observa-se no municfpio a
feijão no distrito de M2nten6polis, em rel
e
o ao relevo.
Devi
ela na
dO é1~lto T, ~.
ptoouçac.
r·fora o e portanto (1 ")
5.
5.1. ESTRUTURA FUNDIARIA
I
ESTRUTURA AGRARIA
Para mel hor discutir a 8vo1 ução da Estrutura Fundiaria no perlodo 70 - 80
cabe antes visua1izã-los, conforme demonstra os Quadros 2.1 e 2.2.
De foríi1J gel'al a Estl'utura Fundiaria em termos de numero de propriedades
se encontra bas tante pul veri za da, detecta-se sua ma i 01" presença, cerca
de 74% das propriedades, nos estratos de 0-50ha, por outro lado em ter
mos de ~rea ocuoam uma m~dia de 33% do total do municlDio., ,
Cabe ver, por outro lado, que as propriedades maiores que lOOha ocupam
43% da ~rea e são 64 propriedades apenas, qual seja 10,5% do n~mero de
propri edades.
Importante se faz dizer que 4 propriedades, destas 64, sao maiores que
no setor de produção 1. priorizam a lavoura cafeeira e tem a
500na f: são inexpressivas em termos mm;ericos, não chegando a
l:~ do total, . mas em termos deãl-ea apt'oxlmam-se dos e se
alcançar
concentram
pecuária
encon-areas
como complemento de sua renda total. Tr~s destas propriedades se
tram próximas ao distrito de Santa Luzia de t'lantenôpolis uma das
de maior altitude do municfpio, nos setores censitãrios (IBGE) 15 e
e a quarta outra propriedade no setor de produção 5, prôximo ã sede
rnunicTpio.
17
do
Nota-se no peiTado considerado uma elevação dos dados de forma geral e
si:Jinjficativa no perTodo 70·,)52 uni dectéciino no perlodo 75-80,apcHTtanc!o5 e cOiro
70 p(ll~a 75 nota-
se forte incentivo -- -- .él p(:cuarl0, o que declina no perlodo 75-80 co~ o cor
te de crêulto•._~
ra a pecua, a. Es tes fatos;) Ernbol"d v(:~r'dadc;i ros, po pC~J
co ter influTdo no quadro do• ~t" •
uniclplo, .naja \J'I~+O ~~',' M;l'l~pr'I~-D~)lir-J ....... -' _ j ..... I , ....~ ..... I '- t • .:) um lifU
p - ....
mel pi!.J Dl
cu
MUNIcíPIO DE MANTENÓPOLlSestruturo fundiário aparente, segundo o número de estabelecimento
"---------- ""'sõo J03' ---.-.--~---------,--------.--..----,.".",'.,".------------_._._.._-_.__..;-_._. _···_--_·---~-I
tJ'- _._._ ..__ ._.-.. _-_ _...... -"-'.•_-'-.'-'--'-'-"---'•...•-----_.j
\...._.-........-------_.__ ._._-_._._-"----_.__.._------_._-\i ~,\--.._---_.:._.__._._--------_._--_. -~_..'-..•.__._._...•~''"-
\
COilvenç0e:;
F -.--d de O o 50
UIII] de 50 o :00
de 100 a 500
t.:-::::-] de SOO o +
18
5.2. RELAÇÕES DE TRABALHO
Interessante e perceber que a mão-de-obra util izada no mumClplO se integra nas diferentes tarefas das culturas ali existentes, conforme demons
tra o quadra 7, embora caiba salientar que a mão-de-obra residente e
disponlvel no município tem se mostrado insuficiente para tais ativida
des agrícolas, havendo, portanto, a frequ~ncia da utilização da mão-de~
obra do bóia-fria. Para se ter uma ~elhor visão do que ocorre e importante analisar os quadros 7 e 8, jã que na prãtica estão integrados.
a) CULTURA DO CAFf
No estrato de O - 10ha, o caf~ e cultivado pela mão-de-obra familiar e
se encontra em pouca intensidade; nos estratos de 10 - Süha e50 - 100ha,
o cafe fica sob os cuidados da mão-de-obra familiar e jã ocorre tambem
a utilização do bóia-fria, assalariado temporãrio, nos picos da colheita
da cultw'a; nos estratos de 100 - SOOha e 500- l.OOOha, o cafe e toca
do pelo assalariado temporãrio, nestas propriedades ocorre o assalaria
menta para a colheita e para as tarefas normais do cafe, com frequencia
tem-se notado que pequenos propriet~rios e parceiros se assalariam nes
tas maiores propriedades, tendo nesta atividade uma fonte de complemeE.tação da sua renda, o custo atual desde assalaria~ento para as tarefas
normais do cafe .~ de C$ 700,00 (setecentos cruzeiros) aO dia.
Normalmente nao se vê o uso da parceria no cafe, em casos iS'olados e em
pequena quantidade ocorre a parceria ã meia no cafe, por meio de contra
to verbal pelo prazo de 2 anos, para a tarefa especifica de formar uma
quadra de cafe. O parceiro arca com 50% dos custos dos Fertilizantes.
Em con'/ersa com o Sind.dos Trabalh. local, foi colocado como que o
Sind. encara esta . ."-sltuaçao.
tito c..s abai:znr este pe~('centual papa 30% e; tambérri e.scZarecendo a
ern fO'.Ln:'!l(zçao-,
ria sobre o que dita a lei n9 4.304 E.statuto da TeY'2'a.) em que a pO..7'
1':1
No caso da mão-de-obra assalariada temporariamente, para a colheita do
café, para o munidpio, esta e a atividade agrTcola central e prioritãria
no seu calendârio (vide Quadro 7), portanto todo potencial de mão-de
obra se encontra disponlvel para tal atividade, o que ainda nao e sufi
ciente, tendo os mediose grandes proprietãrios recorrido a cidades cir
cunvizihhas. Vi vencia-se um periodo de intensa procura quando os pro
dutores oferecem transporte e trazem esta mão-de-obra de pontos diferen
ciados.
o setor de produção 1, onde se concentra a produção do café, tem sua
mão-de-obra ori gi nãria do Di strito de Santa Luzia de jvjantenôpo1i s (r~a.!2.
tenôpo1i s - ES), Povoado são Jose (Mantenôpo1i s - ES), t~antenõpo 1i s- (S!:.
de), Cuparaque (Conselheiro Pena - MG) e distrito de Vila Verde (Pancas
ES) .
o setor de produção 2, onde a cultura do cafe é menos concentrada e em
implantação, a mão-de-obra é originãria do Distrito de são Geraldo (E5)
e de Ouro Verde (MG).
r comum o caso de pequenos proprietãrios que deixam suas atividades por
fazer para se assalariarem na colheita do cafe, e comum também parceiros
da lavoura branca que se assalariam na colheita do cafe da própria pr~
priedade em que têm outras culturas em parceria.
b) LAVOURA BRANCA
Encontra-se na cultura do feijão, arroz e milho, em ordem descrescentede
import~ncia econ~mica, de valor da produção; prioriza-se o cultivo dofeijão das secas sobre o das águas, devido a este ultimo sofrer quedas
na sua floração com o alto lndice pluviomett'ico, o que acarreta ufT'a.queda
significativa na sua produção.
No estrato de O - lOha utiliza-se fundamentalmente a mão-de-obra .c . ~Iam,
liar; nos estratos de 10 - 50 e 50 - lOOha, aparece, al~m da mão-de-obra
familiar~, a parceria, a mesma prod
ca com o parceiro e 1/3 ê do proprietário, sendo que todo o recurso do
SETOrZE
QU,\DRO 3
UTILIZAÇAO DE MAo-DE-OBRA XANO AGRICOLAj- --------~--~
CULTURAS t ~ANIFEV J~-MARJ-AGR /
cafe
anoz
arruaçao arruaçao colheita colheita colheita colheita
cal hei ta cal hei ta
tra tos tra tosculturais culturais
preparo e plantio
2 feijão preparo Plantio tra tos cal hei ta. (seca) culturais
feijão preparo tratos colhei(águas) e plantio culturais
arroz colheita cal hei ta preparo e plantio
mi 1ho co1heita colheita preparo p1an tio t)~a tos culturé
Fonte: Escritório Local da EMATER.
QUADRO 4
SETOR: 1 e 2
ESTRUTURA AGRARIA--I I'i CONDIÇÃO DO PRODUTOR 3:
I I ......,:st! p o
ESTRflTOS i CULTURP\SIPROP. r PARCERIA 3:b
INDI VIDU!\L COOPERATI VA ARRENDAT].\RIO OCUPANTE >-< fl1
! I AUTONOMA rI....... 0
! PO:J
mi 1ho IvJOF ;o~
O - lOhil fe-ijão MOF - - --cafê e arroz(pouco) ~10F
pecuãria r,10F "p- ;o
feijao MOF + PA (terça) nfT1
milho t10F + PA ( ) >-<
" - ;o ;o10 50ha - - -- arroz MOF + PA( ) o fT1
11 çcafe rvJOF + AT ..Ç)
_. _____pe.GuiLi.D..______.____..l1OI ct--- rq
feijão MOF + PA(terça) G; (/)
Illi 1ho ~10F + PA( ) (.I) o" · fT1
100ha - - - -50 -,arTOZ j\10F + PA ( )11 -u ~
cafê MOF + AT fT1 ;o;o )'::0
_pecuãri a r'10F 3: O:J~---_. · p
cafej-
AT :r:o
100 - SOOha pecuãria AP - - -feijão PA(terça) -mil 110 PA(terça) G;
(.I)
·-J
cafe ATfT1
500 lOOOha;::;::
- - - - - v
pecuãria ·AP
oc:
lOOOha-l
+ - - - - - - ;oo(/)
__o
----~----,---...-------~
FONTE: Escrit6rio local da [M«rER
plantio e do parceiro, o proprietãrio em tese so cede o terreno
rado para o plantio; no estrato de 100 - SOOha, s6 se presencia a
zaçãoda parceria ~ terça e o seu comportamento e id~ntico ao
para os estratos delO-Süha e SO - lOOha. A parceria e firmadate contrato verbal.
c) PECUARIA
22
prePiutil i
exposto
Eledian
Esta atividade se faz presente em todo os estratos de ârea, mas sua
utilização e retorno se faz de forma diferenciada para cada estrato dearea.
Nos estratos O - 10. 10 - SO e SO - lGOha a pecuarla e explorada pela
mão-de-obra familiar e e fonte de renda para complementar a renda fami
liar, ~ usada basicamente para a subsist~ncia, e o pouco excedente que
e comercializado não deixa de ser uma forma de subsistência, quando a
renda gerada nao e para ampliar o capital, mas sim, para aquisição de
outros produtos de primeira necessidade familiar, sendo considerado pe
los produtores destes estratos de área, o rendimento que fica sob o do
mlnio de sua esposa para que circule nos gastos diários. Nos estr'atos
de 100 - SOO e de soa - 1.GaOha encontra-se a pecuâria em eScala de ex
ploraçao maior que os estratos anteriores com o uso do assalariado pe..c.mente, o campeiro ou vaqueiro, mas não deixa de ser tambem uma fonte
de renda menor quando comparada as outras exploraç6es agrlcolas do muni-t" •ClplO.
5.2.1." CONDIÇ~O DO PRODUTOR
O arrenda~ento inexiste na regi~o.
A parceria se dã ~ terça na lavoura branca (milho, feijão e arroz), sobcontrato verbal. O parceiro planta com recursos pr6prios.embora o
proprietãr"io peça ao banco financiamento para custeio do feijão cansar
ciaclo ao cafe. l\dquirindo o financiamento este montante e utilizado p~
ra o pagamento da mão-ele-obril do assalariado tempor~rio na cultlira do
caf~, 2 o parceiro continua sua atividade com seus pr6prios
Houve caso no municTpio em que a produçâo do feijâo ficou
n~cutsoS .
corilp'tOIlJeti da
23
com o mau tempo, o proprietãrio recorreu ao Pró-Agro, uma vez que emtese
esta produção havia sido financiada, recebeu o seguro, e, do pouco que
foi colhido recebeu tambem um terço, sem ter tido qualquer gasto com
a produção, desta forma o Pró-Agro passa a ser lucro para o produtor.
o parceiro adqu-i ri seus produtos de primei ra necessi dade do propri etãrio e este montante ~ descontado do salãrio semanal ou na colheita.
Não há caso de ocupação com conflito pela posse da terra no municlpio, o
que ocorre e que a maioria dos produtores não tem ° tltulo da terra co
mo um todo ou de parte dela, como foi presenciado pela [f'IATER local oI
casd de um projeto onde se declarava ãrea com tltulo de l3,3ha e areaI
reall ocupada de 6lha. Há casos de invasão em terras do estado, para esI
t.es icasos o ITe vem desenvo 1vendo no muni C1pi o uma propaganda para qUê
os ~cupantes legalizem suas terras junto a este 5rgão.
5.2.2. i'1AO- DE -OBRA FAtH LU,R
Amão-de-obra familiar costuma se
rante o ano agr1cola, tendo nesta
complementar a renda familiar, se
dades, na cultura do cafê, mesmo
to de suas atividadesagricolas.
assalariar em outras propriedades du
atividade uma forma alternativa de
assal ari a nas medi as e grandes propri!
que às vezes comprometa o bom andamen
/Outra fonte alternativa de renda como estrategia de sobrevivenda da
mão-de-obra familiar e a criação de pequenos animais, venda de produtos
agrlcolaspor ela plantado como a banana, mandioca, laranja e manga.
5.3, uso DO SOLO
o MunicTpio de Manten6polis tem cerca de 45% de sua area cultivada com
produtos aS)dcolas de cicia CUi'to e longo, sendo que a lavoura per'mane!!.--te (ciclo longo) ocupa aproxünadamente 30% desta ar'ea, como mostra o qu_~
dra 9, para o ano de 1980. A lavoura permanente cresceu na Gltima dêca
da) 70 - 8ü, emaproxi \/ez(~s) a sua -') ~"",/:\:::.C1.1 cu
do em 2,5 vezes a sua participaç~o percentual na area total,demonstrando
maior
da pro
dados
do fei
25 _
desta forma franca expansão. A lavoura temporãria sofreu decrescimo
na area plantada em 30% e descresceu sua participação na ãrea total de
22% em 70 para 14% em 80.
Conforme esboça o quadro 10 a lavoura temporaria ê composta principalme~
te por mandioca, milho, arroz, tomate e feijão, e a lavoura permanente
por laranja e cafe, principalmente.
Em 1975, dados do referido quadro, a lavoura temporaria tinha sua
expressão em termus de tonelada produzida, ãrea plantada e valor
dução no cultivo do milho seguido pelo arroz e feijão. Segundo
obtidos na viagem-pesquisa, hoje esta prioridade fica na cultura
jão, seguida do arroz e do milho. Por outro lado a lavoura permanente
sempre, em 75 e atualmente, representou seu potencial na cultura cafeei
ra, embora o quadro deixe parecer a laranja como cultura da região.
Cabe ressaltar que embora nao sejam as principais fontes de renda, caso
do cafe, feijão, arroz e milho, as demais culturas tem sua import~ncia
COTO fonte alternativa de complemento da renda do pequeno produtor do mu
nidpio.
De acordo com o Quadro 11, constata-se que a pecuãria tem pouca expres
são para o municTpio em geral, tendo sua densidade bovina media em 0,5,
sabendo-se que a media, para o ES,de exploração pecuãria aponta uma
densidade que varia na faixa de 0,9 al,l boi/ha. V~-se que hâ locais
onde se concentra mais a pecuãria no município, caso de proximidades do
Povoado S~o Jos~ e de proximidades de Manteninha (~ noroeste do munic!
pio). Considera-se a pecuãria corno estrategia de sobrevivência do pequ~
no produtor e como estrat~gia empressarial de alguns poucos grandes
dutores.
A distribuição da ãrea ocupada de cada cultura nos diferentes estratos
de ãreapodeser estudado de acordo com o Quadro 12, onde deixa-se con
cluir que para as micro-propriedades. de O - lüha, a lavoura tempor5ria
assurne o total da atividade agrlcola, quando se aumen as propriC',",.,~u'C_J
o caf~ começa a despontar como maior expressão do valor da produção des
tas propriedades.
QUADRO 6
r{~NTENapOLIS - SITUAÇÃO AGRICOLA POR CULTURA
26
_.... -QUANTIDADE AREA VALOR RENTJ1.BIU
DADE -
CULTURA PROOUÇAO TON.)TONELADA HA ('" 1 .000 / 75) HA,'>
.-
t'landi oca 45 0.3 6 0.0 16 0.0 7.5
r~i 1ho 4.351 46.6 2.999 32.3 2.846 26.7 1.45
Arroz 1.148 12.4 1.3l)0 14.0 2.076 19.5 0.88
Tomate
Feijão 560 6.0 1.479 16.0 1.292 12.1 0.38
SUBTOTAL LT 6.104 65.3 5.784 62.3 6.230 58.3
Laranja
Cafe
SUB TOTAL LP
TOTAL
2.046
1.180
3.226
9.330
22.0
12.7
34.7
100.0
12
3.491
3.503
9.287
0.0
37.7
37.7
100.0
221
4.201
4.422
10.652
2.1
39.6
41. 7
100.0
170.5
0.34
Fonte: Censo 1975 - FIBGE.
QUl\DRO 7
DENSIDADE BOVINA
SETOR AREA APROXH~jl.DA NOfIjERO aüI/haCENSITARIO cor~ PASTAGEj~ (ha) DE BOI (DENSIDADE)
05 1 ~ 772 1 .105 0,6
06 967 831 0,9
07 1.527 1.329 0,9
08 1.355 833 0,6
09 10 0,0
10 1.787 637 0,4
11 1.178 629 0,5
14 2.125 1 .087 0,5
15 1.662 524 0,3
16 1 .339 368 0,3
17 1.987 689 0,3
18 1.458 1.300 0,9
19 O O 0,0
TOTAL 17 .1 67 9.332 0,5
FONTE: Censo Fr8GE - 80
cã1culos Pr~prios
2í'
28
QUl\DRO 8
SETOR: 1 e 2
AREA OCUPADA POR CULTURJ1.S DE ESTRATOS
ESTRATOS CULTURAS
MilhoO - 10ha . Feijão
Feijão
10 SUha Milho-ArrozCafê
Feijão
50 lOOha r~i 1ho-ArrozCafe
Cafe
100 500ha Pecu a-Feij~J-i 1h
Cafê500 - 1000ha r-iaPecu
AREA PLANTADA
Lnl.~lINIMO I ~iJ'EDIA ILIM.MAxINA .
2.0 4.0 6.0
3.0 4.5 6.0
5.0 7.5 10.0
8.0 11.0 14.0
2.0 4.0 6.0
5.0 10.0 15.0
8.0 10.0 12.0
10.0 13.0 16.0
3.0 5.0 7.020.0 30.0 40.0
30.0 50.0 70.0
20.0 30.0 40.0
15.0 22.5 30.0
100.0 150.0 200.0
----_._---_._--------
+ lOOOha
FONTE: Dados obti cios : unto a EH,I1,TER
6,
29
PROGRESSO TÉCNICO
Para o municlpio em geral aponta-se que o progresso tecnico, o USo detecnologia, se processa com maior intensidade no calTpo do uso de fertilizantes, defensivos e sementes ou mudas selecionadas. O uso de maquiná
r'i o se faz no preparo do solo e na pul veri zação do ca fê no setor de pro
dução 1, como pode ser visualizado no Quadro 9.
O milho e o feijão são culturas consorciadas entre si nos setores de produção 1 e 2, nestas culturas detecta-se o baixo nlvel de uso de fertili
zantes, sendo que quando present~ o feijão utiliza adubo folfar e o mi
lho adubo de cobertura. Segundo trabalhos que v~m sendo desenvolvidos
pela EMATER local, há todo um esforço no sentido de estimular o produtora utilizar adubação orgânica (esterco), este ê um trabalho que se preten
de ter resultados a curto prazo, e de muito menor custo. Encontra-setambem o uso de trator de grande porte no preparo do solo, esta tecnica
e posslv.el graças a prestação de serviço com o aluguel/hora do equ"ipamen
to.
Para o cafe ve-se o uso de herbicida no setor de produção 1, dado quee neste setor~, devido a sua maior altitude e condições climãticas diferentes do setor de produção 2, que encontra-se o sape, esta praga
e combatida por apenas 20% dos produtores de cafe deste setor.
No Quadro 3 pode-SE: vislumbrar o aumento do numero de estabelec.iment.osque usam tratores no perTodo 70 - 80, sendo que este crescimento veri
fica-se mais intenso a partir de 1975, de acordo co~ dados do IBGE.
QU/~DRO 9
PROGRESSO TECNICO1 r I
S-"'O"ES ! CU'L~I 'u'RIl !__-.-.iRAT.,-O_R l FERTI LI DEFENsr vos SEMEh'TES SELE ~rorl r
ti (\ I h I PEQUENO -- GRANDE (I AR,l\,DO COLHEDEIRA ZANTES- HERBICIDA PESTICIDA 1''r)AS OU ~1UDXS'i!.____L L ---I-~ I___:__---l......----L----"'--.L-------:L----.L------
01 Cafe
arroz
pu'!.verização
x
x x x x
02 fe i j ão Preparo xdo solo
arro z x
milho Preparo x xdo solo
Cafe x x x
Fonte: Escrit6rio Local da EMATER.
w<:>
31
QUADRO 10EVOLUÇÃO DO USO DE TECNOLOGli\ E DE eRro no NO PERIODQ 70-80
JANO
TECl/alaO!A. ~~------.,..--,--'---------.,..-,--..~----_ 70 75 80
NQ Arados
% Estab. - animal- .- mecam ca
N9 Tratores
NQ Total estabelecimentos
% Estabelecimentos
FertilizantesN9 Total estabelecimentos
% Estabelecimentos
Financiamentos
Obtidos~~ Es tabe 1ecimentos
15.6
2.5
2.0
0.3
9.0
1.5
19. 1
19.0
2.0
13.0
2.0
162.0
28.0
28.0
**
43.0
7.0
**
*
FONTE: Censo Agropecuãrio - 70, 75 e 80 - FlBGE
*Dados não divulgados.
7,
32
COf'1ERCI ALI ZACÃO
Os .produtos agrlcolas da reglao são, via de regra, comercializados por
medias e grandes produtores, salvo raras exceçoes.
Para a lavoura temporãria, basicamente no comercio de cereais, tem-se o
seguinte comportamento na esfera da comercialização:
Proautor -> Intermediãrio -> Exportação
(dentro do pa'·s)
Para a 1avoura permanente, ocorre na cadei a de comerei a1i zação, o segui~
te:
Produtor -> Intermediãrio -> Exportação
Normalmente se mantem esta cadeia de comercialização porque existe cer
ta tradição, pagamento garantido e em algumas vezes a plantação e vendi
da antes da safra para saldar emprestimos concedidos antetiormente, cri
ando 1aços de dependênc ia f'ina'ncei ra.
o café e comprado em coco, sem nenhum beneficiamento, todos os compradE..
res tem secador e processam, portanto, o benificiarnento do cafe, o cen
tro polarizador para o comercio do café é Colatina eVitõria.
\na de regY'il, todo comprador e produtor, medio ou grande. , Normalmente
eles tem seus prõprios armaz~ns (tulhas), e o transporte, sendo feito
na epoca da colheita, que e de estiagem, tal corno a armazenagem nao oTe
r'ecem pontos de estrangulamento para o comercio. Para o produtor' dep.::
queno porte a annJzenagem se constitui pl"obl ema, haja visto que e obri
9eldo a vender sua produção quase que imediatamente ap6s a colheita, ne_~_
te sentido hâ solicitação desta faixa de produtores para que se construa
armazéns ofic'iais na r[~9iilO para que o proeJutor tenha condição de ne99_
eiar os preços.da sua produção.
33
8. POLÍTICA AGRICOLA
Neste campo a atuação se dã muito mais na ãrea de credito agrícola, ocor
rendo por vezes a utilização de AGF~ e a aplicação do Pró-vãrzea.
Comumente se presencia o financiamento para o custeio do feijão e isto
se dã via pequenos produtores, sendo que para a safra 82/83 já foram en
vi ados cerca de 35 mi 1hõesde cruzei ros, sendo parte do montante so11 citado, foram encaminhados cerca de 230 projetos de produtores de ate SOha"
o que corresponde a pouco mais que 50% dos pt'odutores deste estrato de
area.
Ocorre o financiamento para investimento no cafe, para formação da lavou
ra, podendo ser financiado ate 80% dos custos deste investimento. O
IBC tem financiado a construção de tulha e de terreiro para o cafe. O
Banco do Brasil ê o Gnico que financia custeio para o cafe.
o Prô-v.ã"rzeaê considerado credito de investimento e tem sido
para recuperação de vãrzeanão aproveitada (VNi~,) e2m ten'as
pl~odutores.
uti 1i zado
grancles
pequ!de
feijão.
interNa esfera da comercialização tem sido requisitado o AGF para o
mas quem tem se beneficiado disto são os maio:"es produtores e os
mediãrios. Na ultima safra o intermediãrio comprou doparceiro~de
nos~rodutores ~ Cr$ 3.800,00 a saca e vend~u pelo AGF ~ cerca
Cr$ 5.000,00.
lAquisição pelo Governo Federal.
34
9. POPULACAO
ana
nota-se
grande
breve
o quadro notado para o estado do Espírito Santo se reflete tipicamente
no município de r'lantenõpolis, qual seja, a partir dos anos 60
de forma significativa o acentuado esvaziamento populacional de
parte dos municípios do estado. Cabe neste sentido se fazer um
estudo do comportamento populacional do munic1pio, para que não se
lise os fatos sem màior fundamentação.
A RP-II - Colatina 1 , segue o que ocorre em todo estado do Espirito San
to, exceção feita ~ RP-I Vitõria, todas as regi5es tem saldo migratõrio
negativo, como pode-se vislumbrar no Quadro 11.
Os dados levam a concluir que a RP-II foi uma das que menos sofreu com
este saldo migratõrio, sendo que menos que la sõ a RP-IV Linhares 2 . e
dentto da RP-II, o município de ~1antenõpolis volta a repetir o quadro,
sendo o que menos apresentou fluxo migratorio, abaixo dele 50 se encon
tram os municlpios de Itaguaçu e Itarananuma diferença de 200 e 600
habitantes respectivamente em valores absolutos.
Relativando-se, Mantenopolís continua a apresentar o menor. saldo migr~
tori o sendo segui do pelos muni cipi os de Itaguaçu e Pancas, conforme se
observa o Quadro 11.
Cabe ressaltar que para cãlculo da população esperada considerou-separa
o pel'Todo 70-·80, 25% como fator de crescimento vegetativo da população.
---._----
lRegião Programa 11 - Colatina.
2Região Programa IV - Linhares.
35
o munielpio de Manten5polis apresenta grande parte de sua população 10
ealizada no meio rural, embora estes valores tenham deealdo no perlodo
60-70 em termos rel ati vos e aumentado em 300 habi tantes em termos abso
1utos, conforme se pode conel ui r com os dados do Quadro 12. Pode··se eon
cluir ainda que a maior parte da população economicamente ativa realiza
sua força de trabalho no setor primãrio.
QU/-\DRO 11EVOLUÇAO POPULACIONAL NO PERloDD7D-SO POP. 1.000 habitantes
SALDO MIGRATORIORP/MUNIClpIO POP. 70 POP. ESP. SO POP. SO
VALOR °1la
Vitória 586,9 733,6 928,2 + 194,6 + 26,::;3
Co1atina 193,0 241,3 201 ,8 - 3Y,5 - 16,37
Linhares 193,5 241,9 242,4 + 0,5 + 0,21
Nova Venecia 251,8 314,7 231 ,O - 83,7 - 26,6
Cachoeiro de I tapemirim 389,3 486,6 418,2 - 68,4 - 14,06
Sai xo Guandu 27,6 34,0 26,0 8,0 - 23,53Colatina 107,6 134 s5 111 ,7 - 22,8 - 16 ,~5
Itaguaçu 12,1 15, 1 13,3 1,8 - 1l,:i2Itarana 8,9 11 ,1 8,9 2,2 - 19,82Mantenõpo1is 12,2 15,2 13,6 1,6 - 10,53Pancas 28,3 35,4 30,1 5,3 - 14,:ií'
FONTE: FIBGE - Censo Demogrãfico 70 - 80 - FIBGE.C21cu1os prôprios IJSN
Pop ESO = POP70 X f, onde f= 1,25 (fatór de crescimento vegetativo).
QUADRO 12
DISTRIBUIÇAO DA POPULAÇÃO
37
DISCRHHN/XÇAO
População Urbana
População Rura 1
.TOT.AL
60 70 I 8~°1.OOOhab.! 1.OOOhab·1Cf % 1 1 .0oohab·I %/0
1, 1 10,6 3,0 24,6 3,9 28,9
9,3 89,4 9,2 75,4 9,6 71 ,1
10,4 100,0 12,2 100,0 13,5 100,0
FONTE: FIBGE - Censo Demogrâf"ico 60, 70, 80.
lO.
38
PRINCIPAIS REIVINDICACOES
Pequenos produtores (O-50ha)
- ~1ais credito disponlvel
- Melhoramento ~a assist~ncia medica- Baixa dos impostos- Garantia da compra da produção pelo preço mlnimo- Maior disponibilidade de mão-de-obra- Queda no preço dos insumos- Construção de armazéns oficiais
Infra-estrutura de insumos agrlcolas no municipio.
· Parceiros
- Maior apoio do proprietãrio- Possibilidade ~e financiamento e gâraritia da lavoura- Maior assistência medica
- Garantia de venda pelo preço minirno, pelo AGF
· Assalariadó Permanente
- Melhor salãrio
· Assalariado Temporãrio
- Melhor salãrio- Maior segurança nos transportes
CEias-frias e trabalhadores volantes
- Maior segurança nos transportes- Melhor salãrio.
11.
33
-SETORES CENSITARIOS
11.1. LOCALIZAÇAO DOS SETORES CENSITARIOS
A local ização geogrãfica dos Setores Censitârios serâ apresentada no ma
pa~ na página a'seguir, onde visualiz.ar-se-ã melhor certos aspectos an
teriormente citados e que tiveram como referencial esses setores, quesão definidos pelo FIBGE.
INSTITUTO JpNES DOS SANTOS NEVES
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL INTEGRADO
I1AHTa~OpOLIS SETOR 05 CULTURAS : IFEíH , !CAF> E 11/rI ESTRATaS I H.OC.UPiiDA I i. A.DCtlPIPRG? I IPRC? I A L P " ~LP fll T ! ALi I p.oeu I TRM. I BOV I S UI I AVE 'E;,,',
"1- --_..-....I - 10 i 43.341 1.706 I b 16.667 I 15.:::4 I 34.991 I 14.00 I 31.934 I 34 ! O t 12 I 4B I 2j;~t
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PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL INTEGRADO
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