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Ciclos Económicos Em Portugal_Fevereiro2013
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1.OS CICLOS ECONÓMICOS 1.2. FACTOS ESTILIZADOS DOS CICLOS ECONÓMICOS
EM PORTUGAL1.3. SINCRONIZAÇÃO COM OS CICLOS DOS PRINCIPAIS
PARCEIROS ECONÓMICOS
ECONOMIA PORTUGUESA E EUROPEIA
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avançada contemporânea atrasada autocorr.1 autocorr.2Produto 1.00 0.657 1.000 0.657 0.66 0.11Cons.Privado 1.04 0.459 0.862 0.739 0.59 0.10Cons.Público 0.97 0.222 0.419 0.503 0.37 0.03Investimento 3.11 0.714 0.808 0.400 0.59 0.02Exportações 2.14 0.371 0.515 0.203 0.54 0.01Importações 2.58 0.593 0.719 0.423 0.49 0.07Emprego 0.51 0.543 0.791 0.628 0.69 0.16TCO 0.65 0.529 0.776 0.639 0.72 0.20tx.desemprego -0.388 -0.752 -0.725 0.68 0.15salários reais 0.092 0.229 0.376 0.65 0.21produtividade 0.569 0.889 0.508 0.53 0.06bbs -0.083 -0.278 -0.390 0.43 -0.03
Economia Portuguesa - Relações entre as componentes cíclicas (1960-2011)
volatilidadecorrelação Persistência
1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Volatilidade
Factos estilizados
- O consumo privado e público são tão voláteis como o produto- O investimento, as exportações e as importações são mais
voláteis do que o produto- O emprego é menos volátil do que o produto.
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Volatilidade
Questões pertinentes
Porque é o Investimento mais volátil que o consumo?
Porque razão é menos volátil o emprego comparativamente ao produto?
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Natureza Cíclica
Factos estilizados
- Variáveis pró-cíclicas- população activa, o emprego, a produtividade, os salários, o rendimento disponível dos particulares, o consumo privado, o consumo público, o investimento, as exportações, as importações são todas elas variáveis pró-cíclicas.
- Variáveis contra-cíclicas - desemprego, em todas as economias, saldo conjunto das balanças corrente e de capital (“saldo externo”, ou necessidade de financiamento externo) na economia portuguesa são variáveis contra-cíclicas.
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Natureza Cíclica
Questões pertinentes
Porque é contra-cíclico o saldo da BBS na economia portuguesa?
Porque são pró-cíclicas as exportações e as importações?
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Sincronização Cíclica
Factos estilizados
1. As exportações são levemente avançadas;2. O consumo privado é ligeiramente avançado embora
sincronizado com o ciclo do produto apresenta também correlações muito elevadas quanto tomado com um ano de atraso.
3. Igualmente atrasados parecem ser os salários reais e em menor grau o desemprego.
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
Sincronização Cíclica
Questões Pertinentes
Porque são atrasados os ciclos da taxa de desemprego e dos salários reais?
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1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
A natureza contra-cíclica da necessidade de financiamento ajuda a compreender as próprias flutuações do produto na economia portuguesa. Quanto PIB está num nível anormalmente elevado face á sua trajectória de longo prazo, isso reflecte-se num agravamento insustentável da necessidade de financiamento externo da economia que determina posteriormente a correcção do nível do PIB.
No entanto, ao longo do tempo, a forma com esta relação se manifesta tem-se alterado (ver gráfico seguinte com a evolução temporal da necessidade de financiamento externo). No período mais recente, com o novo regime monetário da economia portuguesa os défices externos são mais persistentes, determinando um crescimento continuado do endividamento da economia portuguesa que já supera o nível do PIB (ver último gráfico).
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Necessidades (capacidades) de financiamento externo em % do PIB
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
1953
1955
1957
1959
1961
1963
1965
1967
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
10
11
020406080
100120140160180200
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
mil m
ilh
ões d
e e
uro
s
Posição de Investimento Internacional PIB
1.2. Factos estilizados dos ciclos económicos em Portugal
O que provoca os ciclos económicos?
Em Portugal, dado que se trata de uma pequena economia aberta ao exterior, grande parte dos choques têm origem externa.
Efectivamente, em larga medida o ciclo económico em Portugal está associado ao ciclo económico dos principais países europeus. O grau de sincronização terá mesmo aumentado reflectindo o aprofundamento do processo de integração europeia, nomeadamente, com adesão à CEE e com a participação na área do Euro (ver slide seguinte).
Além da influência externa, a necessidade mais ou menos periódica e mais ou menos súbita de corrigir o desequilíbrio externo, reconduzindo a economia a uma trajectória sustentável, corresponde a choques “internos”. Outro exemplo de factores internos susceptíveis de conduzir a flutuações cíclicas é o de alterações do regime institucional de funcionamento da economia, afectando quer condições de produção (oferta) quer a procura interna. 12
1.3. Sincronização com os ciclos dos principais parceiros económicos
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País 1960/2011 1986/2011atraso de
1 anoavanço
de 1 anoBelgium 0.914 0.951 0.529 0.505Germany 0.842 0.803 0.497 0.364Ireland 0.539 0.674 0.261 0.499Greece 0.616 0.622 0.422 0.508Spain 0.788 0.904 0.556 0.560France 0.931 0.952 0.571 0.583Italy 0.791 0.919 0.305 0.488Luxembourg 0.852 0.871 0.561 0.525Netherlands 0.788 0.828 0.452 0.509Austria 0.829 0.908 0.537 0.421Portugal 0.654 0.768 0.600 0.330Finland 0.563 0.619 0.187 0.453Denmark 0.325 0.278 -0.282 0.368Sweden 0.581 0.665 0.083 0.547United Kingdom 0.557 0.526 0.045 0.636Switzerland 0.654 0.833 0.447 0.335United States 0.388 0.499 -0.129 0.474Japan 0.625 0.739 0.225 0.552
Correlação cíclica com a área do Euro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Banco de Portugal (2009), A Economia Portuguesa no Contexto da Integração Económica, Financeira e Monetária, Departamento de Estudos, Banco de Portugal. (Capº 1 e 2)
• Belo, F. (2001), “Some facts about the cyclical convergence in the euro zone”, WP 7-01, Banco de Portugal, September.
• Bonfim, D. e P. D. Neves (2002), “Cyclical Behaviour of the Portuguese Economy: 1953-1995”.
• Sorensen, P. B., Whitta-Jacobsen, H. J. (2005), Introducing Advanced Macroeconomics: Growth and Business Cycles, McGraw-Hill. (Capº 14).
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