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Revista do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO)
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PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE GOIÁS
ANO VI - Nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br
AGROTÓXICOSA polêmica de ontem, hoje e sempre
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NOVO ANO, NOVAS PERSPECTIVAS
SUSTENTABILIDADE PREMIADA O FUTURO DAS ÁGUAS
ISSN IMPRESSO 2236-5206
PALAVRA DO PRESIDENTE
CRESCIMENTOACELERADO
O ano de 2013 traz novos desafi os e com eles a necessidade de reforçar as ações que defi nem o propósito maior desta gestão: a valorização dos profi ssionais da área tecnológica. Dentro de tais ações permanece o nosso empenho em interiorizar cada vez mais o Crea. Isso se faz necessário pelo fato da Autarquia desempenhar hoje inúmeras funções, que exigiram ao longo dos anos a ampliação do leque de atuação da instituição. Dessa forma, tornou-se essencial a construção de sedes próprias para abrigar nossas inspetorias, com o objetivo de melhorar o atendimento ao profi ssional e ao cidadão. Construídas com recursos próprios do Crea-GO, as novas sedes são equipadas, confortáveis, acessíveis e adequadas para aumentar a celeridade do órgão. Por meio desta estratégia, estamos tornando o Crea uma instituição mais presente e ativa no interior, reconhecida por sua estrutura descentralizada. Nosso objetivo é garantir maior representatividade, transparência, proximidade e participação permanentes junto à sociedade. Em 2011, construímos e inauguramos sedes próprias de inspetorias nos municípios de Morrinhos, Uruaçu, Jataí e Mineiros. Em 2012, inauguramos as novas sedes de Aparecida de Goiânia, Caldas Novas e Porangatu. Em 2013, foi a vez de inaugurarmos as sedes próprias das inspetorias de Iporá no mês de fevereiro, de Quirinópolis no mês de março e a de Anápolis no mês de abril. Paralelamente à construção de novas sedes, estamos realizando um trabalho de fortalecimento da atuação dos Conselhos Consultivos do Crea. Acreditamos que os nossos representantes no interior são profi ssionais preparados para dialogar com
o poder público para, em um trabalho conjunto, apontar soluções tecnológicas que visam a melhoria da qualidade de vida nos municípios. Por meio da atuação efetiva dos nossos representantes, autoridades e comunidade ganham com a contribuição técnica dos profi ssionais da área tecnológica. Nesta edição da Revista do Crea-GO você verá que o Conselho está trabalhando em diversas vertentes. Lançamos uma versão atualizada da nossa Carta de Serviços, que reúne informações importantes sobre a atuação da Autarquia. Lançamos também o Manual da Calçada Sustentável, uma ferramenta de conscientização e orientação da sociedade a respeito da importância da conservação das calçadas. Firmamos, ainda, um termo de cooperação técnica com o Ministério Público Federal, que permitiu ao Crea-GO cooperar na discussão e na avaliação da qualidade técnica de obras e projetos de interesse público. Mais uma ação importante foi a renovação da frota de veículos utilizados na Fiscalização, além de outros assuntos. O Crea-GO é feito pelos profi ssionais e age em prol não só destes, mas de toda a sociedade. Por isso, queremos que a Revista do Crea-GO seja um refl exo das realizações do Conselho e do comprometimento das Engenharias, da Agronomia e das Geociências com o desenvolvimento do Estado de Goiás e com a segurança e o bem-estar da sociedade. Uma boa leitura!
Eng. Civ. Gerson de Almeida Taguatinga
6 PRÊMIO CREA GOIÁS
Ode à sustentabilidade
10 MANUAL
Carta de serviços
12 EXPANSÃO
Mira na interiorização
14 CAPACITAÇÃO
Conhecimento partilhado
15 PESQUISA
Terreno fértil
16 VISÃO
Novo ano, novas perspectivas
18 AGROTÓXICOS
O fantasma da contaminação
21 HOMENAGEM
Trabalho reconhecido
22 ANÁLISE
Mundo desconhecido
24 RECURSOS HÍDRICOS
O futuro das águas de Goiás
26 COOPERAÇÃO
O futuro planejado
28 QUESTIONAMENTO
Crescimento e falta de
mão de obra
30 SUSTENTABILIDADE
Asfalto biológico
31 DIVULGAÇÃO
ANA lança podcasts gratuitos
sobre uso consciente da água
EXPEDIENTESUMÁRIO
Revista impressa em papel
de origem certifi cada
PRESIDÊNCIA:
Eng. Civ. Gerson de Almeida Taguatinga
DIRETORIA:
1° Vice-Presidente: Eng. Civ.Roger Pacheco Piaggio Couto2° Vice-Presidente: Téc. Agropec.Cesar Alves de Lima Junior1° Tesoureiro: Téc. Eletromec.Valdeon Moraes Bueno2° Tesoureiro: Eng. Agr.Jose Renato Catarina Ribeiro1° Secretário: Eng. Eletric.Euler Bueno dos Santos2° Secretário: Eng. Agr.Bento de Godoy Neto
COMPOSIÇÃO DAS CÂMARAS
1. CEA - Câmara Especializada de
Agronomia
Eng. Agr. Celen Rezende(Coordenador)Eng. Agr. Anníbal Lacerda Margon (Cordenador Adjunto)
2. CEECA - Câmara Especializada
de Engenharia Civil e Agrimensura
Eng. Civ. Idalino Serra Hortêncio (Coordenador)Eng. Civ. Edson Ponciano Tresvenzol (Coordenador Adjunto)
3. CEEE – Câmara Especializada
de Engenharia Elétrica
Eng. Eletric. Heliomar Palhares Pedrosa (Coordenador)Eng. Eletric. Jovanilson Faleiro de Freitas (Coordenador Adjunto
4. CEMMQ – Câmara
Especializada de Engenharia
Mecânica, Metalurgia
e Química
Eng. Mec. Flavio Souza Lima (Coordenador)Eng. Quim. Andre Schafer (Coordenador Adjunto)
5. CEGEM – Câmara
Especializada de Geologia
e Minas
Eng. Geol. Renato de Barros (Coordenador)Eng. Minas Almir Pinto Lopes de Menezes (Coordenador Adjunto)
COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES
1. Comissão de Ética Profi ssional
Eng. Geol. Renato de Barros (Coordenador)Eng. Minas Almir Pinto Lopes de Menezes (Coordenador Adjunto)
2. Comissão de Orçamento
e Tomada de Contas
Eng. Civ. Leonardo Martins de Castro Teixeira (Coordenador)
Eng. Civ. Alexandre Vieira Moura (Coordenador Adjunto)
3. Comissão de Licitações
Eng. Agr. Celen Rezende (Coordenador)Eng. Mec. Flavio Souza Lima (Coordenador Adjunto)
4. Comissão de Meio Ambiente
Eng. Minas Almir Pinto Lopes de Menezes (Coordenador)Eng. Civ. Caio Antonio de Gusmão(Coordenador Adjunto)
5. Comissão de Educação e
Atribuição Profi ssional
Eng. Civ. Edson Ponciano Tresvenzol (Coordenador)Eng. Agric. Ivano Alessandro Devilla (Coordenador Adjunto)
6. Comissão de Estudo de
Renovação do Terço
Eng. Eletr. Heliomar Palhares Pedrosa (Coordenador)Eng. Quim. Andre Schaff er (Coordenador Adjunto)
7. Comissão de Engenharia de
Segurança do Trabalho
Eng. Eletr. Jovanilson Faleioro de Freitas (Coordenador)Eng. Civ. Regina Lucia de Jesus (Coordenadora Adjunta)
COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES
ESPECIAIS
1. Comissão do Mérito
Eng. Civ. Idalino Serra Hortêncio (Coordenador)Eng. Eletr. Jovanilson Faleiro de Freitas (Coordenador Adjunto)
2. Comissão Revisora de Relatoria
de Processos
Eng. Eletr. Jovanilson Faleiro de Freitas (Coordenador)Eng. Agr. Celen Rezende (Coordenador Adjunto)
3. Comissão para Análise dos
Pedidos de Celebração de
Convênios
Eng. Civ. Leonardo Martins de Castro Teixeira (Coordenador)Eng. Eletr. Claudio Henrique Bezerra Azevedo (Coordenador Adjunto)
GRUPO DE TRABALHO
Grupo de Trabalho Sobre
Acessibilidade, Mobilidade e
Transporte
Eng. Civ. Idalino Serra Hortêncio (Coordenador)Eng. Agr. Helmiton Divino Alves (Coordenador Adjunto)
Coordenadoria de Comunicação
Social do Crea-GO
Jornalista Doris Costa JP 0886-GOdoriscosta@crea-go.org.br
Assessoria de Imprensa
Jornalista responsável:Paula Nogueirapaulanogueira@crea-go.org.brEstagiário: Brunno Falcão
Cerimonial e Eventos
Responsável: Abadilene Marquesabadilenemarques@crea-go.org.brEstagiária: Luana Jayme
Publicidade e Propaganda
Responsável: Wesley Guimarães
Rua 239, 585Setor Universitário74605-070 - Goiânia - GOTelefone: (62) 3221-6200www.crea-go.org.br
REVISTA CREA GOIÁS
Esta revista está terceirizada para:
Rua M3A, 327, Q. 27, L. 22Parque das Laranjeiras74855-560 Goiânia - GOTelefones: (62) 3087-9418 / 9132-5474 / 8483-9449Edição e comercialização: José Bosco dalla Pietà CarvalhoPP 38/88-GObosco@revistacreagoias.org.br
Jornalista responsável: José Bosco dalla Pietà CarvalhoJP 2898/GOReportagem: Maria Antonieta Toledo e Bosco CarvalhoRedação: Adriane Gonçalves, Maria Antonieta Toledo e Aymés BeatrizDireção de Criação:
Juliano Pimenta FagundesProjeto gráfi co:
Márcio Gonçalves GomesFotógrafos: Silvio Simões e José Bosco dalla Pietà CarvalhoCapa: Juliano Pimenta FagundesTiragem: 22 mil exemplaresCirculação: BimestralImpressão e CTP: Gráfi ca Ellite (62) 3548-2224www.ellitegrafi ca.com.br
Artigos assinados podem divergir da linha editorial da revista. Autorizamos a publicação do conteúdo de acordo com a atribuição 3.0 Brasil (CC BY 3.0). Todos os profi ssionais envolvidos nesta edição são autônomos, sem vínculo empregatício com a QI-Empresarial.
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6 Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br66 AnAnA o o VIVIVV -- nnºº 17177 -- 2220101333 wwwwwww.w.w crcreaea-g-ggo.o.o ororoo g.g.brbrb
ODE À SUSTENTABILIDADE
Prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente chega à sua 11ª
edição contemplando iniciativas de resgate e preservação
PRÊMIO CREA GOIÁS
Ao chegar à sua décima primeira edição em 2012, o Prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente consolidou-se como um dos principais eventos voltados ao reconhecimento de empresas, pesquisadores e profi ssionais liberais que dedicam conhecimento e recursos em prol da sobrevivência pacífi ca com o meio ambiente. Ações das mais variadas áreas e abordagens já foram analisadas e reconhecidas em pouco mais de uma década em que o Conselho realiza a premiação. Em 11 anos, 736 projetos e programas foram apreciados por
246 profi ssionais que integraram as Comissões Julgadoras. Deste universo, 94 iniciativas foram premiadas e outras 22 dignas de menção honrosa. “Este prêmio adquiriu uma dimensão superior ao Crea de Goiás. Hoje ele faz parte da sociedade goiana de maneira geral, e é voltado a todos que buscam com iniciativas inovadoras preservar este importante bioma Cerrado, que se encontra ameaçado”, declara o presidente do Crea-GO, Gerson Taguatinga.
NOVIDADES DA 11ª EDIÇÃO
Esta última edição buscou
ampliar ainda mais as oportunidades de inscrição de projetos ao ter instituído quatro categorias: Meio Físico - voltado a ações pertinentes ao solo, água, ar e recursos minerais; Meio Biótico - que engloba a fauna, fl ora e áreas de preservação ambiental; Meio Socioeconômico - abrangendo os usos e ocupações do meio ambiente e sua relação socioeconômica, e o Meio Imprensa - voltado a trabalhos jornalísticos audiovisuais, impressos e virtuais que discutiram a temática ambiental.
Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br 7
Conforme explica o coordenador do prêmio pela segunda vez, o Eng. Agr. Anníbal Lacerda Margon, a reformulação das categorias proporcionou a modernização e ampliação de trabalhos inscritos. “O formato anterior era restritivo. Com as mudanças implementadas a partir desta edição conseguimos aumentar o acesso ao evento”, ressalta Anníbal. Ao todo a 11ª edição contou com 76 trabalhos inscritos, em que foram premiados oito deles, sendo dois em cada categoria. Outros dois projetos receberam menção honrosa. (Confi ra na sequência a lista de premiados desta edição).
A SOLENIDADE
A premiação foi marcada por uma solenidade realizada na noite do dia 22 de novembro de 2012, no espaço de eventos Unique, na
capital goiana, tendo os jornalistas Lilian Linch e Fábio Castro como mestres de cerimônia. Autoridades, conselheiros, premiados, imprensa, representantes de entidade de classe e de instituições de ensino reuniram-se para homenagear signifi cativas ações ambientais. Conforme evidenciou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela, a premiação é considerada a mais importante no Estado devido à qualidade dos projetos inscritos e do volume de boas iniciativas que ele suscita. “Venho prestigiar essa solenidade em reconhecimento e agradecimento à diretoria do Crea-GO pela seriedade com que encaram a premiação, cumprindo a sua fi nalidade principal de reconhecer e estimular ações
sustentáveis”, enalteceuo secretário. Para a editora de Suplementos do Jornal O Popular, Valéria Belém, a premiação é um forte estímulo às redações jornalísticas para disseminar ações que aliam o crescimento econômico à sustentabilidade. “Somos agentes transformadores da sociedade e precisamos conduzir o leitor a se inspirar em ideias bem sucedidas da relação entre o homem e o meio ambiente”, refl etiu. A dupla de pesquisadores Nelson Roberto Antoniosi Filho e Carlos Henrique Roff Brait sentiu-se prestigiada pelo Crea-GO ao receber o primeiro prêmio conferido em solo goiano à iniciativa de análise da poluição atmosférica desenvolvida por ambos. A pesquisa realizada em Goiânia já despertou interesse de outras cidades brasileiras, e havia recebido sete prêmios pelo país. “Estamos muito satisfeitos por termos sido reconhecidos pela primeira vez em solo goiano”, afi rmou Nelson. Confi ra as premiações seguir:
PRÊMIO CREA GOIÁS
Eng. Agr. Anníbal Margon
Cerca de 450 pessoas prestigiaram a solenidade de entrega dos prêmios
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Meio Imprensa
Projeto A Força do Araguaia
Iniciativa do jornalista Orlando Braz Loureiro Júnior da TV Anhanguera. O programa apresentou um panorama do rio que integra a maior das bacias hidrográfi cas em terras exclusivamente brasileiras. Ao percorrer quatro mil quilômetros de extensão do rio, passando por quatro estados brasileiros, foi retratada a riqueza de sua fauna e fl ora circunvizinha e os principais aspectos ambientais relacionados ao seu ecossistema. A série de reportagens ainda retratou riscos de assoreamento em alguns pontos do rio e exemplos da convivência harmoniosa entre a agricultura e o meio ambiente.
Projeto Caminho Livre
para a Preservação
Iniciativa de Karen Farias do Jornal O Popular. A reportagem baseou-se em entrevistas e pesquisas para retratar a importância e o valor econômico, social e ambiental dos corredores ecológicos presentes no Cerrado. A opção foi apresentada como uma alternativa sustentável para a manutenção da qualidade ambiental, caminhando em parceria com o agronegócio.
Meio Físico
Programa Produtores
de Água de Rio Verde
Iniciativa da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Rio Verde. A iniciativa respaldada por lei municipal tem por objetivo promover a recuperação e conservação das nascentes que abastecem o município, a fi m de garantir a qualidade e quantidade de água para a população. Foram identifi cadas 54 nascentes na microbacia e os produtores rurais passaram a ser compensados fi nanceiramente mediante sua conservação. Em quatro anos, o índice de regeneração das nascentes locais passou de 57,41% para 68,52%. Medida garantida por meio do cercamento e do plantio de espécies nativas em um raio de 50 metros das nascentes.
Projeto Utilização do sistema passivo
de coleta de poluentes atmosféricos
para monitoramento de metais
particulados totais
Iniciativa dos engenheiros químicos Carlos Henrique Hoff Braitt e Nelson Roberto Antoniosi Filho. A dupla de pesquisadores desenvolveu por meio da tese de doutorado um sistema passivo de coleta de poluentes atmosféricos que permitiu avaliar a presença de metais e de partículas presentes no ar. A iniciativa é de baixo custo e permite que um número maior de locais possa ser monitorado, ao contrário de outros sistemas empregados altamente onerosos e pouco efi cientes.
PRÊMIO CREA GOIÁS
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Menções Honrosas
Projeto Córrego do Açude
Iniciativa da Pedreira Anápolis Ltda.A pedreira localizada próximo ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) vinha sendo explorada há mais de 20 anos sem que fossem levados em consideração critérios de responsabilidade ambiental. Em 2006 iniciou-se a implantação de um trabalho de gestão ambiental atendendo às normas da Legislação Ambiental. O projeto consistiu no monitoramento ambiental constante ao se controlar todos os resíduos gerados, recuperar as áreas de Preservação Permanente e da Reserva Legal na propriedade, e implantar viveiro de mudas nativas para doação a fazendeiros vizinhos recuperarem suas áreas.
Projeto Água que rega
hortaliças é poluída
Iniciativa de Galtiery Aurélio Rodrigues de Andrade do Jornal O Hoje. A matéria retratou a situação da região metropolitana de Goiânia que dispõe de cerca de 100 hortas urbanas. Pesquisa e entrevistas constataram a utilização de água poluída e de agrotóxicos em demasia na produção de hortaliças. O mais preocupante é que boa parte do abastecimento de produtos vai parar na mesa dos goianienses, colocando em risco a saúde de quem os ingere.
Meio Socioeconômico
Projeto Produção mais Limpa e Sustentável com resíduo zero Iniciativa da Pontal Engenharia, Construções e Incorporações. A construtora implantou o programa de resíduos zero, o qual tem sido aplicado a resíduos classe A da construção civil. Com isso, a empresa passou a processar todos os resíduos dessa categoria, reaproveitando-os em diversos outros serviços da construtora, inclusive nos blocos que são produzidos na própria obra. A redução já atingiu 90% deste volume e caminha para atingir a ambiciosa meta zero de descarte.
Projeto de reestruturação das calçadas da Rua 10, Av. Universitária e readequação da Praça Universitária Iniciativa dos profi ssionais Augusto Cardoso Fernandes, Luciana Hamer, Antônio Esteves dos Reis, Helen de Barros Almeida e Maria Francisca da Silva. O projeto tornou-se o primeiro corredor preferencial da capital goiana. Desenvolvido em área de grande circulação, principalmente por parte de estudantes universitários, seu escopo contemplou a convergência de diferentes meios de transporte (coletivo, automotivo, bicicleta e pedestre). A reestruturação do local teve como objetivo a maior permeabilidade do solo. Além disso, a proposta permitiu a revitalização da Praça Universitária e maior segurança aos seus frequentadores.
PRÊMIO CREA GOIÁS
Meio Biótico
Criação da reserva particular de
patrimônio natural Nascentes do Araguaia.
Iniciativa de Espólio de Milton Fries
Localizada na Fazenda Babilônia, em Mineiros ‒ GO, a reserva Nascentes do Araguaia, criada há dois anos, tem o objetivo de preservar a diversidade biológica do cerrado, desenvolver pesquisas e estabelecer um corredor de biodiversidade na região cortada pelo rio Araguaia. Foram destinados 725 hectares para refl orestamento. Neste período, as mudas se mostram adaptadas ao ecossistema, possibilitando a migração da fauna e a redução de pragas nas lavouras circunvizinhas.
Projeto Cerrado Vivo na seleção pública
do programa Petrobrás Ambiental
Iniciativa da Associação dos Trabalhadores Rurais da Fazenda Itajá. Projeto desenvolvido em assentamento de Goianésia com o objetivo de promover a recuperação e conservação dos recursos hídricos e áreas degradadas, envolvendo a participação de 75 famílias. Em três anos foi possível recuperar 286 hectares, 19 nascentes, três córregos e o Rio do Peixe na parte que corta o assentamento, ao se aplicar tecnologias sociais e sustentáveis de preservação.
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10 Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br
CARTA DE SERVIÇOSCrea-GO lança versão atualizada do documento que reúne informações
importantes sobre a atuação do Conselho e de sua presença no Estado
MANUAL
O Crea-GO lança no início 2013 a versão atualizada da sua Carta de Serviços. O documento, que teve a sua primeira versão editada há cerca de um ano e meio, ganha uma nova formatação. “Essa é a primeira revisão empreendida neste documento, que serve de orientação ao profi ssional que busca atendimento no Crea-GO e nas inspetorias regionais”, explica a representante da direção no Sistema Gestão da Qualidade, a Eng. Civ. Heliara Oliveira. Seu conteúdo contempla todos os canais de atendimento e a descrição das atividades administrativas desenvolvidas pelo Conselho. Ainda estão detalhados o seu compromisso com o atendimento de qualidade, o acesso por meio da Ouvidoria, os serviços oferecidos em teleatendimento e de fi scalização. A Carta de Serviços ainda traz os telefones de contato e os horários de atendimento de todas as inspetorias regionais.
Gestão sob apreciação
Ao aderir ao programa Gespública vinculado ao Ministério do Planejamento, o Crea-GO teve acesso aos instrumentos administrativos elaborados pelo órgão federal. Dentre
eles, destacam-se a avaliação continuada, carta de serviços, gestão de processos, indicadores de gestão e pesquisa de satisfação. Ao adotar tais ferramentas administrativas, o programa visa estimular a excelência no serviço
prestado pelas associaçõesà sociedade. O Crea-GO implantou no último ano a pesquisa de satisfação voltada para análise de sua atual gestão, explica Heliara Oliveira, que também coordena o programa Gespública na autarquia. Neste ano está programada uma autoavaliação do desempenho da entidade. Todos os visitantes são convidados a manifestar sua opinião em terminais de computadores instalados na sede, na capital goiana, e nas inspetorias regionais. Para facilitar o acesso, a pesquisa também será disponibilizada na internet. O foco este ano será a análise do atendimento de maneira geral.
Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br 11
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MIRA NA INTERIORIZAÇÃO Autarquia inaugura sedes próprias, no interior do Estado
EXPANSÃO
A atual gestão do Crea-GO está empenhada em estender os domínios de seus serviços ao cidadão goiano. Em novembro do último ano, a Autarquia inaugurou a sede própria da inspetoria de Porangatu, totalizando três inaugurações apenas em 2012. Os municípios de Aparecida de Goiânia e Caldas Novas também foram contemplados no mesmo ano com seus sedes próprias locais. Para iniciar o ano de 2013 de casas novas, Iporá, Quirinópolis e Anápolis ganharam sedes próprias para abrigar as inspetorias do Crea-GO. As novas sedes oferecem espaço físico equipado, confortável, com normas de acessibilidade para os usuários e adequado para aumentar a celeridade da atuação do órgãono interior. “Nos últimos três anos, a interiorização do Conselho e a valorização de cerca de 40 mil profi ssionais da área tecnológica têm norteado os trabalhos realizados pela presidência do Crea-GO”, declarou o presidente, Gerson Taguatinga. O presidente ainda afi rma que a expansão do atendimento do Conselho por intermédio das inspetorias integra uma importante meta de sua gestão: “tornar o Crea-GO uma instituição mais presente e ativa em todas as regiões do Estado, com uma
estrutura descentralizada, visando garantir maior representatividade, proximidade, participação e transparência perante asociedade”, acrescentou.
NOVAS INSPETORIAS
O Conselho inaugurou no dia três abril sua décima sede construída com recursos próprios. O município a ganhar nova sede foi Anápolis, que possui 291,11 m² de área construída, com dois pavimentos, sendo quatro salas, quatro banheiros, auditório para 35 pessoas, além de copa e área de serviço. Em 20 de março a cidade de Quirinópolis também foi contemplada com uma sede própria. A cerimônia de inauguração reuniu lideranças políticas e classistas da região, além de conselheiros, inspetores e funcionários. A nova sede, que possui área total de 499,92 m² e 140,32 m² de área construída, conta com três salas, quatro banheiros (sendo dois acessíveis), espaços destinados ao profi ssional
e ao atendimento, além de copa e área de serviço. Já a inspetoria de Iporá foi inaugurada no dia 1º de fevereiro deste ano e reuniu aproximadamente 80 pessoas. Entre os presentes estavam autoridades políticas, membros do Conselho Consultivo do município, conselheiros regionais, profi ssionais da área tecnológica, representantes de entidades de classe e imprensa. Com 210,71 m² de área construída em um terreno de 399 m², a sede possui três salas, quatro banheiros e um miniauditório com capacidade para acomodar 35 pessoas. Em 2012 a inauguração da sede própria de Porangatu ocorreu no dia 6 de novembro e contou com a presença de autoridades locais, recepcionadas pelo Inspetor Geral, Luciano Porto Ramos. Sua infraestrutura conta com 204,15 m² de área construída, onde estão dispostas cinco salas, banheiros e um miniauditório com capacidade para 35 pessoas.
12 AnAno o o VIVIVVVVVIVIVIVIIVIVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV - nnnºº 1717177777771777771717777777777777777777777 ---- 22222222222222222222222010101010101010101011010111101010101111010101110101101010000100000010000 3333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333 wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww.w.w.w.wwwww.ww.w crcrrc eaaeaeaaeeeae -g-g-g-ggggggggggggg-gggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggoooooo..oooooooo.oooo ooororrorooo ggggggggg.ggggggggggggggggggg.ggg.gggggggggggggggggggg..g..ggggggg..gggg.gggg...ggggggggggggggggg brbrbbb
afi rma que a expansão do atendimento do Conselho por intermédio das inspetorias integrauma importante meta de sua gestão: “tornar o Crea-GO uma instituição mais presente e ativa em todas as regiõesdo Estado, com uma
Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br 13 Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br 13
DESAFIOS
Além de promover maior acesso dos serviços da Autarquia aos profi ssionais e cidadãos residentes no interior do Estado, as inspetorias regionais permitem ao Crea‒GO ser mais atuante nas questões pertinentes às suas áreas de interesse. Por se fazerem presentes no dia a dia das comunidades locais, os inspetores-chefes conseguem vislumbrar propostas de melhoria condizentes à infraestrutura urbana e ao processo de
crescimento a que são submetidas as cidades do interior. Em uma reunião já solicitada com o prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares, o inspetor-chefe Luciano Porto Ramos vai apresentar uma série de sugestões de melhorias para a infraestrutura urbana local. Dentre os assuntos abordados estão as questões da sobrecarga da Av. Federal e do trânsito na cidade; a inadequação do prédio onde encontra-se a rodoviária e que tem apresentado
vazamentos comprometedores, e ainda o estabelecimento de um convênio fi rmado entre o Crea-GO e as prefeituras municipais para a cobrança de menores taxas de inspetoria às construções populares. “Vamos levar sugestões ao chefe do executivo para tentar contribuir com questões que ainda não foram abordadas, mostrando o nosso engajamento com o desenvolvimento da cidade onde moramos”, declara Luciano.
Prefeito de Quirinópolis cumprimenta
o presidente do Crea-GO, Gerson
Taguatinga, pela conquista
Presidente do Crea-GO, Gerson Taguatinga e o vice-prefeito Adeilton
Ferreira descerram a placa de inauguração da Inspetoria de Iporá
14 Ano VI - nº 17 - 2013 www.crea-go.org.br
CONHECIMENTO PARTILHADOInspetores participam de Seminário para discutir
assuntos em voga como a acessibilidade nas obras
CAPACITAÇÃO
O Crea-GO realizou em novembro passado o 5º Seminário de Inspetores, em sua sede. A iniciativa contribuiu para promover o intercâmbio de conhecimento entre os inspetores e coordenadores de Conselhos Consultivos, de 37 inspetorias das 47 existentes no Estado de Goiás. O evento de dois dias, que é realizado anualmente, tem o objetivo de atualizar os profi ssionais do interior em questões técnicas do Sistema Confea/Crea. A 5º edição do Seminário contemplou um ciclo de palestras com temas diversos: acessibilidade, programa Gespública, orientações sobre preenchimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), legislação e ética profi ssional, marketing profi ssional, relacionamento com a imprensa, entre outros assuntos. “A realização deste seminário demonstra a preocupação do Conselho em manter nossos porta-vozes no interior atualizados com os procedimentos da autarquia”, declarou o presidente do Crea-GO, Eng. Civ. Gerson Taguatinga.
5º seminário reuniu inspetores e coordenadores de 37 inspetorias
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TERRENO FÉRTILGrande avanço na pesquisa para plantio
de grãos em solo de Cerrado
PESQUISA
Quando o pesquisador indiano, naturalizado brasileiro, Dr. Nand Kumar Fageria decidiu viver no Brasil, certamente não poderia prever o alcance que seus estudos sobre fertilidade do solo e nutrição de plantas ‒ principalmente em cultivares como arroz de terras altas, feijão e arroz irrigado ‒ teriam na produtividade da agricultura do Cerrado. Autor de 12 livros e 300 publicações, com títulos de doutor em agronomia pela Universite Catholique de Louvain (Bélgica) e pós-doutorado no United States Departament of Agriculture, o cientista é um grande apaixonado pelas pesquisas na área de nutrição mineral, correção de acidez do solo, adubação/fertilizantes, micronutrientes e novas tecnologias que vem realizando ao longo de anos de trabalho na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Lotado no Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão/Laboratório de Solos da Embrapa em Goiás, o pesquisador Nand Fageria comenta que o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, sendo que mais da metade desses insumos é importada. Daí a importância de projetos que avaliam fontes, absorção, métodos de aplicação e doses adequadas de nitrogênio, potássio e fósforo utilizadas de forma efi ciente para aumentar a produtividade das culturas de arroz e feijão cultivadas em solo de cerrado. “É preciso lembrar que adubação excessiva é prejudicial
à lavoura e que, por outro lado, o adubo adequado (a exemplo do calcário para corrigir a acidez do solo e a salinidade) enriquece o solo e torna a agricultura mais sustentável, empregando material orgânico, microbiano, além do sistema de rotação”, ilustra Dr. Nand Fageria. “A Embrapa está trabalhando ininterruptamente nesta área e vai prestar uma contribuição ainda muito mais signifi cativa para os agricultores brasileiros e para o País produzir mais grãos”, prediz o pesquisador, ao comentar sobre a importância da trajetória de trabalho da instituição, iniciada em 1972. Naquela época, segundo ele, o Brasil produzia menos de 50 milhões de toneladas de grãos por safra, saltando para atuais 185 milhões t/ano, produzidas praticamente na mesma área plantada, ou seja, 50 milhões de hectares. No arroz de terras altas, exemplifi ca, a produtividade de cultivares modernas ao nível experimental e com uso da tecnologia adequada, passou a atender até seis t/ha, “um avanço fantástico”, considera o Doutor em Agronomia ao levar em conta que a produtividade média era de um pouco mais de dois t/ha. Nand Fageria comenta que foi o primeiro pesquisador a identifi car problemas de defi ciência de zinco em arroz de terras altas em 1975. “Houve aumento signifi cativo na produtividade de arroz de terras altas com a correção de defi ciência de zinco”. Sobre o impacto
ambiental do plantio intensivo de soja e de transgênicos no País, o estudioso afi rma que tem ocorrido uma degradação normal que se verifi ca no plantio convencional, sem ser preocupante: “não é algo signifi cativo, porque temos hoje o plantio direto. Neste ano de 2013 o pesquisador e sua equipe prosseguirão com estudos a respeito do manejo de nitrogênio em arroz irrigado e fontes de nitrogênio e fósforo em arroz de sequeiro. “Também estamos desenvolvendo pesquisas sobre o nível de gesso (sulfato de cálcio) a ser aplicado para aumentar o sistema radicular de arroz de terras altas e aumentar a saturação de base: dessa forma, o cálcio e magnésio penetram mais fundo no solo e assim a raiz da planta cresce mais”, explica.
Dr. Nand Kumar Fageria
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NOVO ANO, NOVAS PERSPECTIVASCom o dever cumprido em 2012, Crea-GO traça novos
desafi os para este ano
VISÃO
O ano de 2012 para o Crea-GO foi repleto de desafi os, mas coroado por signifi cativas conquistas. Empossado pela segunda vez consecutiva na presidência da autarquia, o Eng. Civ. Gerson de Almeida Taguatinga iniciou o triênio 2012/2014 disposto a vencer o quadro de “baixa” no caixa do Conselho, e a promover a valorização profi ssional, ao manter o foco na interiorização das Inspetorias como forma de cumprir o compromisso do Crea-GO com a sociedade. “2012 foi um ano atípico para todos os Creas. Registramos difi culdades fi nanceiras que não estavam previstas, mas conseguimos contorná-las. A saída dos arquitetos e a baixa no valor da ART, que passou de R$ 800 - a mais alta - para R$150 refl etiu em um buraco aberto nas contas de todas as autarquias em âmbito nacional”, analisa Taguatinga. Mesmo diante de tais adversidades, o Crea-GO manteve-se fi rme no seu propósito de ampliar o acesso às inspetorias no interior do Estado. Em 2012 foram inauguradas três novas inspetorias, que juntas somam 47 escritórios presentes em todo o Estado.E esse crescimento não para por ai. Já estão programadas para o primeiro semestre de 2013 a inauguração de outras três
inspetorias: Anápolis, Quirinópolis e Iporá. “É importante frisar que as metas propostas em 2012 foram cumpridas. Estamos otimistas com o cumprimento das metas de 2013. A interiorização e valorização profi ssional são marcas da nossa gestão e vamos perseguir o sonho de cumprir o mandato tendo inaugurado 20 sedes próprias de inspetorias, com os cofres em dia e com o registro do plano de cargos e salários dos profi ssionais do Crea-GO”, reforça Taguatinga.Para o presidente do Confea, Eng. Civ. José Tadeu da Silva, o trabalho de interiorização promovido pelo Crea-GO é de suma importância para os profi ssionais e para a sociedade como um todo. “Na visão do Crea-GO, o interior é poderoso”, evidenciou José Tadeu.
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Conheça as recentes sedes próprias inauguradas
Caldas Novas - Localizada
a 165 quilômetros da
capital, a inspetoria
de Caldas Novas
conta com 215,30 m²
de área construída,
divididos em cinco
salas, quatro banheiros
e um miniauditório
com capacidade para
acomodar 35 pessoas.
Inaugurada em julho
de 2012.
Porangatu - Inaugurada
em novembro de 2012, a
inspetoria ocupa 204,15
m² de área construída.
Abriga cinco salas,
quatro banheiros e
um miniauditório com
capacidade para
35 pessoas.
Iporá - Com 210,71 m²
de área construída em
um terreno de 399
m², a nova sede da
inspetoria possui três
salas, quatro banheiros
e um miniauditório
com capacidade para
acomodar 35 pessoas. Foi
inaugurada no dia1º de
fevereiro deste ano.
Quirinópolis - Inaugurada
no dia 20 de março,
o novo escritório da
inspetoria possui área total
de 499,92 m² e 140,32 m²
de área construída.
Anápolis - Com projeto
moderno assinado pelo
arquiteto Luiz Antônio
Mendonça, a sede própria
inaugurada em três de
abril conta com 291,11 m²
de área construída com
dois pavimentos.
CELEBRAÇÃO DAS
CONQUISTAS
2012 será lembrado pelo Crea-GO como um ano de superação das difi culdades fi nanceiras e de estabelecimento de importantes parcerias. Ao assinar termo de mútua cooperação técnica com o Ministério Público Federal (MPF), o Crea-GO passou a zelar pelo cumprimento das condições de acessibilidade às pessoas com defi ciência ou mobilidade reduzida. A medida permitiu à autarquia cooperar na discussão e na avaliação da qualidade técnica de projetos e obras de interesse público. Ainda no quesito acessibilidade e mobilidade urbana, o Crea-GO, e entidades parceiras, lançaram o Manual da Calçada Sustentável, que servirá de referência legal aos órgãos fi scalizadores, bem como uma ferramenta de conscientização e orientação à sociedade sobre a importância das calçadas sustentáveis. Ao assinar quatro convênios com o Confea, o Crea-GO incluiu projetos no Programa de Desenvolvimento Sustentável (Prodesu): de Estruturação Física de Sedes e Inspetorias para Aquisição, Construção, Ampliação, Reforma e locação emergencial de espaço. A autarquia ainda promoveu em 2012 a renovação da frota de veículos utilizados na Fiscalização. Ao todo são 37 veículos dos modelos Gol, Voyage e Pálio que possuem no máximo quatro anos de utilização. A medida visa conferir melhores condições de trabalho à equipe fi scal, segundo o presidente do Crea-GO, Gerson Taguatinga. A
iniciativa confere destaque nacional à autarquia por ser
um dos conselhos que possui
frota renovada e uma política de ressarcimento e manutenção dos veículos acima da média.
DESAFIOS FUTUROS
São inúmeros os desafi os traçados pelo Crea-GO para 2013. Aliado à política de interiorização das inspetorias, a autarquia pretende descentralizar as fi scalizações, ao redistribuir equitativamente os fi scais para contemplar todas as inspetorias. Ainda nesse quesito, a regional vai buscar maior engajamento dos Conselhos Consultivos ao Projeto Inspetor Presente, que se propõe a colocar representantes nas Inspetorias aptos a multiplicar ações em favor dos profi ssionais e promover maior interação nas comunidades onde vivem. Ao promover a aproximação com os poderes executivos municipais, estadual e federal, a autarquia se propõe a defender questões de políticas públicas que envolvem os profi ssionais da área, como a recente defesa de retifi cação de edital para contratação de engenheiros em concursos da prefeitura de Goiânia.
EVOLUÇÃO CONSCIENTE
Crescer e ampliar domínios requer estímulo à capacitação constante. Ao fortalecer a política de capacitação, qualifi cação e valorização dos funcionários do Crea-GO, a atual gestão pretende crescer com solidez e resultados efetivos. Para isso, será investido no fortalecimento da estrutura de Coordenação de Educação, para se incentivar a evolução dos cursos nas áreas de tecnologia. Está previsto para este ano a criação do laboratório de geoprocessamento e georreferenciamento para a orientação da fi scalização e disponibilização de material para profi ssionais.
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O FANTASMA DA CONTAMINAÇÃO
Uso abusivo de agrotóxicos é preocupação constante em um Estado com vocação agrícola como Goiás
AGROTÓXICOS
Enquanto os índices econômicos apontam a agricultura como um dos principais setores produtivos do Estado de Goiás, tendo sido responsável pelo incremento de 4,1% de crescimento no PIB medido no segundo semestre de 2012, o seu manejo acende o alerta de ambientalistas, agrônomos e de parte da sociedade que se preocupa com a qualidade dos alimentos que chegam à mesa e da água que abastece as cidades. Isso porque a utilização de agrotóxicos em plantações e hortas tornou-se um caminho sem volta. A permeabilidade do solo propricia a infi ltração e absorção de substâncias presentes nos agrotóxicos, que são compostos por ingredientes ativos e solventes, podendo conter metais pesados ou elementos químicos
nocivos ao meio ambiente e à humanidade. Essa absorção acaba por contaminar o lençol freático ou o leito dos rios onde as plantações são feitas próximas às margens.Atentos a essa preocupante realidade, acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, coordenados pelo professor Doutor Antônio Pasqualetto, reuniram 32 amostras de água de mananciais que abastecem a capital Goiânia para analisar a possível presença de agrotóxicos. Do total pesquisado, 12 amostras apresentaram resíduos da substância tóxica, ou seja, em 37,5% delas. No entanto, os índices encontrados não ultrapassaram o máximo permitido legalmente, que trata-se de 36/Bsb/90. Se por um lado, a água ainda se
apresenta dentro de padrões aceitáveis, por outro, deixa a preocupação pelo simples fato de traços de agrotóxicos já estarem presentes na água consumida na capital. Dos mananciais que abastecem Goiânia, o Rio Meia Ponte é um dos que apresenta maior ocupação de suas margens por hortifrutigranjeiros, que usualmente empregam agrotóxicos em seus cultivos. Entretanto, foi o Ribeirão João Leite que apresentou maiores quantidades de amostras contaminadas por agrotóxicos. Como cerca de 50% da água consumida em Goiânia provém desta fonte, há que se diagnosticar o tipo de cultivo que está sendo realizado ao longo de suas margens, e a possível presença de indústrias poluidoras, concluiu a pesquisa.
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Crea-GO em ação
Desde 2010, o Crea-GO realiza conjuntamente com a Agrodefesa o trabalho de fi scalização dos estabelecimentos e de hortas presentes na região metropolitana de Goiânia. Desde então, já foram empreendidas 234 fi scalizações tendo em vista constatar a presença de profi ssional habilitado para emissão de receituário e a forma correta da aplicação e destinação das embalagens de agrotóxicos. “O trabalho conjunto permite a abrangência da fi scalização, uma vez que cabe ao Crea-GO verifi car o devido exercício da profi ssão. À Agrodefesa é pertinente a verifi cação de como o agrotóxico está sendo aplicado. Portanto, a nossa atuação conjunta é fortalecida”, explica o assessor
técnico do Crea-GO, Eng. Agr. Kleber Fidelis Satildes. Nos estabelecimentos comerciais, o Crea-GO verifi ca se possuem registro e responsável técnico para a emissão do receituário - aquele que identifi ca o problema do produtor e prescreve o produto e sua forma de utilização. Desde que se iniciou o trabalho, os fi scais do Crea-GO não receberam nenhuma denúncia sobre indicações erradas feita por agrônomos no Estado. Já a Agrodefesa verifi ca a área, a forma como a água é utilizada na irrigação das hortaliças, os produtos aplicados e a distância da plantação dos mananciais. Cabe ao Crea-GO emitir notifi cações em casos de exercícios ilegal da profi ssão e à Agrodefesa sobre
irregularidades no manejo do solo. Conforme relata Kléber Fidelis, as principais ocorrências observadas são quanto à irrigação com água sem tratamento ou mesmo contaminada por esgoto, descarte indevido de embalagens de agrotóxicos e plantio sem o responsável técnico devidamente habilitado. “O produtor que recebe a notifi cação também é orientado sobre a maneira correta de se proceder”, conclui o Eng. Agrônomo.
Questão de saúde pública
Em 2011 a Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalho em Goiás passou a realizar a vigilância de populações expostas ao agrotóxico. Ao se deparar com estudo que classifi cou Goiás como o 5º colocado em maior risco de contaminação por agrotóxicos, a Secretaria da Saúde elaborou um plano que aguarda a posição do Ministério da Saúde para receber recursos que irão contribuir com ações de monitoramento da água e da saúde humana, explica a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador, Daniela Fabíola dos Santos. Foram elencados 22 municípios que destacam-se pela produção agrícola. A partir daí, tem se observado a incidência de agrotóxicos na água. As primeiras análises feitas não mostraram contaminação acima do legalmente aceitável. Outro ponto do estudo é fazer um levantamento no banco de dados sobre intoxicação exógena, ou seja, onde o ser humano é exposto ao agrotóxico via pulverização, ou pela sua manipulação. “Esse tipo de contaminação vem crescendo nos últimos anos”, evidencia Daniela.
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Formas de contaminação
e precauções
A contaminação humana acontece quando o agrotóxico é inalado ou entra em contato direto com a pele. A maioria dos acidentes acometem crianças e se dá pela ingestão de água ou alimento colocado dentro das embalagens contaminadas.Os principais sintomas de intoxicação são problemas digestivos, como vômitos, cólicas e diarreias, acompanhados de suor excessivo. Quando o nível da intoxicação é maior, pode ocorrer aumento da pressão arterial, difi culdades respiratórias
e problemas neurológicos, como confusão mental e convulsões, podendo levar ao coma ou até à morte. Conforme relata a gerente de vigilância, Goiás é pioneiro neste controle do uso do agrotóxico. “Estamos começando a trabalhar de modo integrado entre as vigilâncias, permitindo um fl uxo de informações mais rápido. Hoje, o uso de agrotóxicos é um caminho sem volta. Por outro lado, o uso racionalizado e a revisão da legislação que impõem limites à sua aplicação são bons exemplos com relação ao assunto”, analisa Daniela.
Segundo orientações da Anvisa, a lavagem dos alimentos em água corrente só pode remover parte dos resíduos de agrotóxicos que estão presentes na superfície dos mesmos. Isso porque os agrotóxicos sistêmicos, que são aqueles que circulam por meio da seiva e dos tecidos vegetais, permanecerão no alimento mesmo depois de lavados por se encontrarem em seu interior. Nesse caso, uma vez contaminados, estes alimentos levarão o consumidor a ingerir traços de agrotóxicos. Isso justifi ca a união de forças dos setores públicos e privados no controle do uso de agrotóxicos.
AGROTÓXICOS
Percentual de amostras com resíduos de agrotóxicos em pesquisa da Anvisa
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TRABALHO RECONHECIDO
Presidente recebe três diferentes títulos de Cidadão Honorário no
interior do Estado pelos trabalhos realizados à frente do Crea-GO
HOMENAGEM
Ao longo do tempo, o trabalho do Crea-GO vem despertando a admiração e o respeito de membros do poder legislativo em todo o Estado. No último ano, o presidente da autarquia, Eng. Civ. Gerson de Almeida Taguatinga, foi agraciado com a entrega de três títulos de Cidadão Honorário nas cidades de Mineiros, Jataí e Aparecida de Goiânia. “Para mim, é motivo de orgulho receber esse reconhecimento. Trata-se de uma manifestação séria dos profi ssionais e autoridades desses municípios. Esses títulos me emocionaram bastante e simbolizam o reconhecimento pelo trabalho árduo desempenhado nesses quatro anos de gestão”, afi rmou Gerson Taguatinga. Durante sua trajetória à frente do Crea-GO, o presidente já recebeu seis títulos de Cidadão Honorário. Além dos três entregues no último ano, em 2011 os municípios de Uruaçu, Iporá e Itumbiara concederam tal honraria.
Títulos recebidos em 2012 ao redor do Estado:
Câmara Municipal de Mineiros: título recebido das mãos da
vereadora Vera Lúcia Maria Luciano Vilela em abril passado.
Na ocasião, o presidente reafi rmou o interesse do Conselho
em promover o bem estar dos cidadãos do município;
Câmara Municipal de Jataí: ação proposta pelo vereador
João Rosa Leal. O presidente Gerson Taguatinga justifi cou
a dedicação ao município, que recebeu R$200 mil em
investimentos voltados à edifi cação da sede própria da
Autarquia;
Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia: título recebido
em novembro de 2012, ocasião em que frisou sua dedicação
ao município. “Tenho grande carinho e estima por esta
cidade. Ser agraciado com o título é motivo de orgulho e
imensurável alegria”, declarou Taguatinga.
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MUNDO DESCONHECIDOANÁLISE
Que o nosso sistema educacional está falido há tempos, não é novidade para ninguém.A falência inicia-se na pré-escola, permeia todos os demais níveis e se escancara nas graduações e pós-graduações. Sem mais nem menos, alguns setores da economia e mesmo das áreas da educação deram para detectar a falta de profi ssionais em muitas áreas, inclusive na engenharia. Alegam esses luminares que o país não forma profi ssionais em número sufi ciente e nem tampouco com as qualifi cações necessárias, especialmente para darem respaldo às obras da copa do mundo e das olimpíadas, além de projetarem um crescimento econômico da ordem de 7% ao ano. Com muito esforço, e dados os recuos do governo em implantar todas as obras de infraestrutura necessárias para esses eventos esportivos, não chegaremos a demandar cinco mil profi ssionais novos, considerando que muitas empresas
que participarão dessas obras já contam com um quadro técnico efetivo. Por outro lado, o chute do PIB de 7% não passou de excesso de otimismo, e temos hoje que conviver com irrisórios 1% de crescimento, ou seja, mais uma previsão furada. Assim, esboroam-se no ar os pífi os argumentos usados para embasar a opinião de setores que asseguram haver necessidade de se admitir a entrada de profi ssionais estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro. O alarmante é que, sem estudos aprofundados, chegam a equacionar essa demanda e projetam uma necessidade de aproximadamente 70 mil profi ssionais por ano, somente engenheiros civis, contra argumentando que o país forma apenas 30 mil por ano e assim, haveria um défi cit que colocaria em risco a expansão brasileira. Não satisfeitos, justifi cam essa abertura alegando que o país não dispõe de profi ssionais altamente especializados em diversos setores,
como o de petróleo, de gás natural e construção civil. À primeira vista, nos parece um argumento de pessoas que pensam o país estrategicamente e nos dá até um sentimento de ufanismo. Afi nal, nossa atividade econômica está “bombando” e o país está dando certo. Ufa! Até que enfi m. Não era sem tempo, e alguns podem até bater no peito, entusiasmados. Emendando esse delírio, fomentaram-se parcerias com países como Espanha e Portugal visando atrair profi ssionais formados naqueles países para suprirem essa suposta demanda. No bojo desse acordo, fala-se em reciprocidade, e que os profi ssionais brasileiros teriam lá, os mesmos direitos que aqueles que para cá viessem. É de se desconfi ar de tanta generosidade. Basta lembrar o tratamento dado aos brasileiros que há poucos anos, lá tentaram trabalhar, como o emblemático caso dos dentistas brasileiros
Mercado profi ssional da engenharia em parafuso
considerando que muitas empresas especializados em diversos setoresesssssesesssssssesssssssesssssess, caso dos dentistas brasileiros
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em Portugal. Isso sem contar que muitos de nossos irmãos foram enviados de volta da Espanha, ainda do aeroporto, de forma humilhante, quando não algemados como bandidos. Por que só agora descobriram que é boa a reciprocidade? A resposta é fácil. É porque a crise os assola e eles têm que partir para novos descobrimentos, como fi zeram há mais de cinco séculos. Eles estão de malas prontas para aportarem por aqui novamente. Mas, analisando os fatos à luz da realidade notamos que não são bem assim. Na verdade, o Brasil forma profi ssionais em número sufi ciente e até há poucos anos dispúnhamos de um reservatório de desempregados, sub-empregados ou exercendo outras atividades, que se atraídos, seriam sufi cientes para suprirem qualquer demanda. Seria o caso de se perguntar onde estão esses profi ssionais e por que não estão atuando nas áreas da engenharia. Não com muita difi culdade, descobre-se que apenas 50% dos formados atuam efetivamente na área. E os demais? O que os teria levado para outro rumo? Lamentavelmente nota-se que os principais obstáculos são os baixos salários pagos àcategoria, além da falta de reconhecimento social.
Ilustra isso uma piada corrente. Num grupo de pessoas, uma fala em alto e bom tom: Eu sou médico. O outro: Eu advogado, e mais um, Sou odontólogo. Quando chega a vez do engenheiro, esse abaixa o rosto e quase em som inaudível,diz: Eu sou engenheiro. E a qualifi cação de nossos profi ssionais, alegadamente insufi ciente para as áreas de tecnologia mais requintadas? Mais uma vez se nota um abismo fácil de explicar. É que há muito não se investe na formação de mão-de-obra altamente qualifi cada no país. Basta ver o valor das bolsas de estudo pagas pelas universidades a alunos de cursos de mestrado e doutorado e descobre-se que ninguém se sentiria nem um pouco atraído por elas. Sem contar ainda que poucos cursos oferecem essa ajuda e o aluno, na maioria das vezes, tem que se aventurar por conta própria ou às custas dos pais. Aqueles que ainda tentam superar essa difi culdade esbarram
em uma infraestrutura universitária precária. Embora existam cursos com bons professores, os laboratórios, na sua maioria, são defasados quando não sucateados e nem sempre os materiais necessários às pesquisas existem. Assim nos parece que os objetivos dessa facilidade não são claros e, mais uma vez, algum segmento vai pagar a conta. Dessa vez, se esse entendimento perdurar, serão os profi ssionais da engenharia, que além de terem que conviver com a baixa remuneração, passarão a sofrer com a concorrência de franco-atiradores.
Eng. Agr. Ariston Alves Afonso (E)
Eng. Civ. Jader Rodrigues Alves
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O FUTURO DAS ÁGUAS DE GOIÁS
RECURSOS HÍDRICOS
O modelo de gestão de recursos hídricos adotado em nosso país e consequentemente em nosso Estado é um dos mais avançados do mundo, se assemelha ao modelo francês e visa a gestão integrada, participativa e descentralizada dos recursos hídricos. Afi nal, a água é fator de produção indispensável e base de nossa sobrevivência. Para que se tenha idéia de sua relevância a nível mundial, a Política Nacional de Recursos Hídricos foi debatida no histórico 6º Fórum Mundial da Água, realizado em março de 2012, em Marselha, na França. No conclave, o modelo de domínio privado das águas proposto pela ONU foi refutado mediante a apresentação realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos adotado pelo Brasil. Mas somente uma boa política não traz por si só a gestão efetiva de recursos hídricos. É preciso implementar instrumentos como o Planos de Recursos Hídricos;
o enquadramento dos corpos de água em classes; a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, dentre outros. Em Goiás, várias ações estão em planejamento e em execução para garantir disponibilidade de água para os mais diversos usos: abastecimento humano, dessedentação animal, agricultura irrigada, usos industriais, dentre outros. Como exemplos, cito o Plano Estadual de Recursos Hídricos, o aprimoramento do sistema de outorgas de água e o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, de tal forma que o usuário de recursos hídricos estaduais, ainda neste ano, não necessitará mais sair de sua casa para solicitar sua outorga, pois ela será totalmente eletrônica e “online”, o que pode ser considerado uma verdadeira revolução. (Que tal substituir ‘...o que pode ser considerado uma verdadeira
revolução.’ por ‘...o que vem facilitar enormemente este procedimento.’?) Estes avanços são essenciais para que Goiás siga em seu caminho de ser uma potência nacional de forma sustentada e perene, na certeza de que não faltará este elemento essencial de produção e de vida, que é a água. Ou alguém consegue imaginar alguma atividade que não necessite deste ouro do século XXI?
Bento de Godoy Neto é Engenheiro
Agrônomo, Superintendente de Recursos
Hídricos da Semarh, Conselheiro do Crea-
GO e Secretário Geral da Associação dos
Engenheiros Agrônomos de Goiás.
Bento de Godoy Neto
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CONSTRUÇÃO CONSCIENTE
PERFIL
A empresa goiana Isoeste Construtivos Isotérmicos executou projeto de construção dos alojamentos e espaços comuns no Sítio de Belo Monte ‒ que faz parte da obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, de responsabilidade do Consórcio Construtor Belo Monte, localizado a cerca de 50 km de Altamira, no Pará ‒ utilizando estrutura metálica, com telhas e painéis isotérmicos. Para a construção da usina, no Sítio Belo Monte, toda uma estrutura de moradia e convivência, foi erguida no meio da obra para abrigar os trabalhadores. Os alojamentos foram montados com estrutura metálica fornecida pela Isoeste, revestidos (ou fechados?) posteriormente com painéis de aço e cobertos com Isotelhas® com núcleo de poliuretano (PUR). Ao todo são 23 alojamentos para os trabalhadores das usinas, sendo que 19 destes são compostos por 12 vagões, e 4 por 6 vagões. Além dos alojamentos, também foi construído um grande espaço de convivência composto por 3 cozinhas industriais, tendo cada uma um refeitório, estoque e área de lazer e descanso. Para o núcleo de RH
(Recursos Humanos da usina, certo?), que foi construído na cidade de Altamira, também foram construídos dez alojamentos admissionais, e 4 alojamentos direcionais, que servem para abrigar os colaboradores em processo de ingresso ou desligamento da obra. Nesse setor também estão locados o auditório, a cozinha, um espaço de convivência e os escritórios. As vantagens dos construtivos isotérmicos são: mais segurança, conforto e rapidez de execução da obra, além de não produzir entulho. Por serem feitos de materiais resistentes às chamas, como aço e núcleo em poliuretano, os painéis e Isotelhas® possuem resistência ao fogo e não propagam chamas. Ao término da obra, os alojamentos podem ser desmontados para reutilização em outros locais. Toda essa iniciativa visa oferecer mais conforto térmico e acústico aos trabalhadores, o que proporciona melhor qualidade de vida nas difíceis condições de trabalho de obras como a de Belo Monte. A conclusão das instalações está prevista para o fi m do mês de março deste ano.
A Isoeste está há 27 anos no mercado da Construção Civil e tem vasta experiência em construções isotérmicas, como centros de distribuição, shoppings e indústrias, além de obras de maior complexidade tecnológica. Atualmente conta com cinco unidades fabris espalhadas em diferentes cidades, (Anápolis - GO, São José dos Pinhais - PR, Várzea Grande - MT, Castanhal ‒ PA e Vitória de Santo Antão ‒ PE), para atender de forma efi caz todo o Brasil e America Latina.
Alojamentos de Belo Monte edifi cados com material isotérmico
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COOPERAÇÃO
Ao longo do tempo, ouvimos frases como: “O Brasil não tem conserto”, “O Brasil tem que ser passado a limpo”, “Brasil, ame-o ou deixe-o” e etc, como se tudo aqui fosse diferente dos demais países do planeta. A história, de mais de 500 anos, reporta-nos ao tempo do Brasil colônia, época em que tudo o que aqui se produzia era mandado para além mar. Passada esta fase, veio a tão sonhada independência e, com ela, sistemas de governos se alternando, ora ditadura ora democracia... No regime democrático, em um país de dimensões continentais, torna-se mais difícil manter as rédeas fi rmes, quando governo e política caminham juntos, porém de forma equivocada, sem a devida modernização do Estado em benefício da sociedade. Numa demonstração clara e desafi ante, oportunistas, do governo e da sociedade, se uniram na prática de atos ilícitos e, quando tudo parecia “tranquilidade”, surge o deputado Roberto Jeff erson para dar início a um direito até então não exercido: o da denúncia. Se o Deputado foi um mal para a Nação, foi um mal necessário, se não continuaríamos na obscuridade não se sabe até quando. Vários países, mesmo os do velho mundo, passaram por fases políticas complicadas. Exemplo, a Itália que, aliada à máfi a, a corrupção deixou marcas e, lá, o povo experimentou três etapas:
a corrupção, a denúncia e, por último, a punição. No Brasil, estamos atravessando a segunda etapa. Felizmente, a Polícia Federal tem agido com muita seriedade, no combate às irregularidades que se sucedem país afora. No Supremo Tribunal Federal, assistimos a tomada de decisões, antes nunca vista. Que isso sirva de exemplo para todos, principalmente para os que se acham muito espertos, servindo-se dos cargos públicos e outros se servindo daqueles que ocupam cargos públicos para “organizar” o ilícito. Criado recentemente, o FOCCO, órgão de combate à corrupção, do Ministério Público Federal, houve por bem convidar o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) a participar de suas atividades no Estado de Goiás, numa demonstração de que este Conselho goza de credibilidade perante a sociedade. É com esse espírito público que o Crea-GO, único Conselho classista convidado, tem oferecido a sua contribuição, por entender que o Brasil tem conserto, sim. Basta que nós, povo e governo, passemos a tratar a “coisa pública” com seriedade e com responsabilidade, que trataremos nossa população com decência. Basta que não busquemos nos locupletar com o dinheiro público, com o dinheiro alheio, com o dinheiro que pertence às creches,
às escolas, às merendas escolares, às crianças enfermas nos hospitais, que o País estará livre e saudável, com boas escolas, bons hospitais, com estradas de qualidade, segurança pública à altura do seu povo. Enfi m, não será preciso que o cidadão de bem deixe a sua Nação, mas passe a amá-la com coragem e com orgulho, deixando para os seus fi lhos um legado digno daqueles que têm um norte em suas vidas. Ainda há tempo: faça a sua parte, dê o bom exemplo. Há uma luz no fi m do túnel.
Eng. Civ. Gerson de Almeida Taguatinga
Presidente do Crea-GO
HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL
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CRESCIMENTO E A FALTA DE MÃO DE OBRA O Brasil não cresce por falta de
mão de obra qualifi cada, ou não qualifi ca sua mão de obra por falta de crescimento?
QUESTIONAMENTO
Faz tempo que classe empresarial brasileira reclama da falta de mão de obra qualifi cada. Atribuem a este ponto a perda de produtividade. Como desculpa por perderem a competição de produtos inovadores e de melhor qualidade. A reclamação ganha proporções maiores, com o apoio da imprensa. Repercute na classe política e na sociedade civil, sem resultado prático. É de fato um dos grandes desafi os a serem enfrentados pelo Brasil. Corre o risco de impedir o crescimento da renda familiar brasileira. Fator que impulsiona o consumo, o que, aliás, tem sido a “tábua de salvação” para a sustentação do crescimento econômico do país nos últimos anos. Desde 2003, registra-se ano após ano uma queda importante nas taxas de desemprego, até chegar praticamente ao pleno emprego em 2012, com um índice de desemprego de 6% da população economicamente ativa.Mas a grande pergunta que deve ser feita é sobre a qualidade da mão de obra utilizada. O crescimento do PIB, em termos de valor adicionado,
apresenta a ausência de um ritmo anual consistente, e o segmento industrial segue junto. Mas apesar dessa inconsistência, de fato as taxas de desemprego mantém o ritmo de queda numa sequência continuada na última década. Como o PIB brasileiro irá evoluir nos próximos anos? Existem recursos humanos qualifi cados em número sufi ciente para assegurar um crescimento econômico consistente e sustentável?Uma forma de capacitação da mão de obra é dotá-la de escolaridade em nível cada vez maior, na medida em que agrega conhecimento tecnológico, além de cultura e capacidade crítica. Pessoas com essa condição habilitam-se a melhor remuneração, o que retorna para a economia através da ampliação do consumo interno de bens e serviços. A correlação de que quanto maior o grau de instrução das pessoas, maior sua capacidade de renda e maior demanda por produtos e serviços ofertados pela economia é um dado histórico. A leitura do gráfi co demonstra que o
crescimento do número de pessoas concluintes do ensino superior no país cresceu de forma expressiva até 2002. Depois desacelerou ano a ano, até chegar próximo de “zero” em 2010. Será que é possível assegurar que o ritmo do desemprego continuará na mesma intensidade e direção nos próximos anos? Quanto da taxa de desemprego pode ser atribuído à disponibilidade de mão de obra qualifi cada em nível superior até aqui? Seguramente a resposta deve apontar para uma participação relevante. Mas quando se olha para o ritmo de crescimento da economia através do PIB (Valor Adicionado) e confronta-se com a condição de praticamente pleno emprego da mão de obra brasileira, a pergunta que não cale é: “De onde sairão os recursos humanos para produzir o avanço econômico de que necessitamos?” O Brasil está de fato numa “sinuca de bico”? Tem ou não tem mão de obra qualifi cada em número sufi ciente para alavancar seu crescimento econômico? As variáveis oferecidas pelo gráfi co apontam para uma possível resposta negativa e exige providências fi rmes e com o esforço de todos. A educação precisa assumir lugar de destaque não apenas nos discursos, mas, sobretudo nas ações de todas as lideranças ‒ políticas, empresariais ‒ brasileiras. Educar para a vida, para o mercado, para a cidadania, com qualidade compatível com as nações de primeiro mundo, sob pena de deixar o Brasil eternamente como “futura, mas nunca presente, potência mundial”.
Nelson de Carvalho Filho,
Diretor Superintendente
das Faculdades ALFA
Fonte: INEP e IBGE.
sil eternamentea, mas nte, ndial”.
alho Filho,
endente
ALFA
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ASFALTO BIOLÓGICOO bioasfalto, desenvolvido a partir da lignina, uma
substância vegetal, estabiliza estradas de terra
SUSTENTABILIDADE
Na Universidade de Kansas (EUA), o estudante de engenharia Civil, Wilson Smith apresentou recentemente um composto vegetal capaz de endurecer e alisar estradas de terra - o que pode ser uma solução viável para tornar as estradas de terra mais transitáveis. O invento foi batizado de bioasfalto. A substância usada como matéria-prima nos experimentos do estudante é conhecida como lignina, uma macromolécula facilmente encontrada na natureza. Ela é responsável por dar rigidez às células vegetais e serve como uma espécie de liga quando entra em contato com terra solta e pedregulhos, comuns em estradas vicinais. Segundo o pesquisador, a macromolécula operou bem como elemento coesivo entre os materiais encontrados nas estradas de terra. A grande sacada é adicionar um pouco de água. A mistura torna o solo mais liso, menos poeirento e também mais resistente à erosão, em especial nos períodos chuvosos. Após pesquisas com diversas fórmulas, Smith chegou a cinco concentrações distintas de lignina. Agora o objetivo da pesquisa é avaliar a resistência e a diminuição da erosão para cada uma das fórmulas. Ele pretende fi rmar parcerias com patrocinadores
para efetuar testes de campo com a substância. “Nós queremos fazer uma análise exaustiva de como a coesão varia de acordo com a concentração de lignina, a quantidade de água e a compactação”, afi rmou o estudante. A lignina pode ser encontrada com facilidade, pois é resultante de um processo natural do metabolismo das plantas. Ela é extraída de diversos resíduos da agricultura, como por exemplo, do bagaço da cana-de-açúcar e da palha de milho e também da indústria de papel. Sem dúvida, tudo isso torna a descoberta do jovem engenheiro mais sustentável e renovável, sobretudo se levarmos em consideração as tecnologias de pavimentação mais utilizadas.
Outras alternativas
Atualmente existem pesquisas que visam reduzir gastos públicos com a manutenção de estradas e ainda poupar o uso do petróleo, que é uma fonte não renovável de energia. Uma das propostas é o “asfalto de borracha”, que vai desde misturar a borracha no asfalto (alternativa mais barata) até fundir efetivamente as duas substâncias (alternativa mais efi ciente). A quantidade média de pneus usada na fabricação de asfalto necessária para pavimentar
um quilômetro de estradas ou ruas pode variar de 200 a 2.000. Considerando que a borracha do pneu leva 600 anos para se decompor e que, quando a borracha é queimada libera dióxido de carbono e enxofre, produzir asfalto com esse material representa uma grande redução de gases poluentes na atmosfera. Outro ponto positivo do asfalto de borracha é que absorve melhor a água da chuva e ainda é mais resistente que o asfalto convencional. E de acordo com empresas fabricantes desse tipo de asfalto, os pneus dos veículos aderem melhor à pista de rolagem, o que aumenta a segurança nas rodovias. O problema é que esse processo pode custar 40% a mais no preço fi nal do material. Porém, os benefícios amortizam o custo com o tempo. Também existe outro tipo de asfalto ecológico, ainda pouco conhecido no Brasil, que utiliza restos de vegetais, como látex, fi bra de coco, óleos vegetais, entre outras fontes renováveis. Essa alternativa é propícia para locais com baixa circulação de veículos, como por exemplo, estacionamentos. As vantagens são o baixo custo e a maior porosidade do material, que não só evita o acúmulo de água sobre a superfície, assim como alimenta o lençol freático.
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Com o lema “Água é Vida. E vida não se desperdiça”, a campanha se
divide em 45 spots com dicas sobre economia da água
ANA LANÇA PODCASTS GRATUITOS SOBRE USO CONSCIENTE DA ÁGUA
DIVULGAÇÃO
No dia 22 de março foi comemorado o Dia Mundial da Água. E o ano de 2013 foi proclamado pela ONU ‒ Organização das Nações Unidas ‒ como o Ano Internacional de Cooperação pela Água, com o objetivo de chamar atenção para a importância de se fazer o manejo adequado dos recursos hídricos limitados, em um mundo em que a demanda está emrápido crescimento. Visando também conscientizar a população em prol deste bem precioso, a Agência Nacional de Águas (ANA) elaborou a campanha “Água é Vida. E vida não se desperdiça”, que traz 45 spots de rádio com dicas sobre economia da água em residências, na indústria e na agricultura e números sobre o consumo no Brasil e no mundo. O material
multimídia aborda questões sobre: saneamento básico, falta de água, consumo consciente, água como fonte de riqueza, distribuição da água doce, irrigação, enchentes e geração de energia. A campanha é realizada pela agência reguladora em parceria com a Rádio Câmara. O legal é que ela é totalmente gratuita. Ou seja, qualquer emissora de rádio tem direito de veicular os podcasts, desde que seja citada a fonte. Os áudios disponíveis em mp3 também podem ser acessados e baixados da Rádio Web Água, através do endereço eletrônico: www.webradioagua.org. No hotsite o leitor também vai poder conferir assuntos diversos relacionados ao
recurso natural no Brasil, como por exemplo,
sobre a qualidade da água nas principais bacias hidrográfi cas.
Recurso hídrico: O Aquífero Guarani, localizado na região centro-leste da América do Sul, é o maior manancial subterrâneo de água doce transfronteiriço do mundo. Ele se estende por uma área de 1,2 milhão de km² no subsolo brasileiro. Além disso, o Brasil é detentor da maior reserva de água doce do planeta, concentrando 12% do total mundial. Mesmo com toda essa riqueza hídrica, o brasileiro está entre os povos que mais desperdiçam a água. Infelizmente, ainda existe muito desperdício de água potável, como torneiras pingando, a incapacidade de se fechar a torneira enquanto se escova os dentes, além de se usar a água potável para “varrer” calçadas, lavar carros, entre outras formas de uso inconsciente. Quando presenciar algumas dessas situações, lembre-se: Água é Vida. E vida não se desperdiça.
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