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Fases e indicadores
Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos, estatísticas dão-nos conta que em 2050 poderemos chegar até 12,5 biliões de habitantes no planeta.
Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos consciência da importância que tem o estudo da população.
Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se pela grande diversidade social.
Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta das vantagens.
O total de habitantes de um lugar constitui a sua população absoluta.
Assim, podemos dizer que a população absoluta da Terra é superior a 5,6 biliões de habitantes.
Mas para avaliar concretamente a presença humana num determinado lugar, utilizamos também o conceito de população relativa, que indica a distribuição da população em relação à superfície do lugar.
A população relativa, também chamada de densidade demográfica, corresponde ao número de habitantes por unidade de área, geralmente o quilómetro quadrado.
População absoluta e a população relativa de cada continente.
Os dados referentes à população mundial são sempre aproximados
Nos estudos de geografia das populações são muito utilizados os conceitos de populoso e povoado.
Populoso refere se a população absoluta
Povoado diz respeito à população relativa de um lugar.
Assim, enquanto a Ásia é o continente mais populoso e mais povoado do mundo, a Oceânia é o continente menos populoso e menos povoado..
Uma área é considerada superpovoada quando sua população ultrapassa um limite acima do qual se torna difícil o aumento da produção de recursos para a sua subsistência. Noutras palavras, quando a população é maior que os recursos disponíveis.
Ocorre, contudo, que o ser humano tem uma capacidade incessante de produzir os meios necessários à sua sobrevivência. Os povos que conquistaram um maior desenvolvimento económico e tecnológico criaram condições para a fixação de grandes populações no seu território, o que compreensivelmente não é do seu interesse.
Por outro lado, os povos que vivem em condições de baixa produtividade é considerada superpovoada, quando a sua população ultrapassa um limite a partir do qual começa a baixar significativamente o nível de vida, prevalecendo a fome e a difusão de moléstias infecto-contagiosas. Nas áreas superpovoadas a população vive em condições que levam à pobreza absoluta.
Na índia, considerada um país superpovoado, a densidade demográfica é de 284 hab./Km2.
Na Bélgica vivem 330 hab./Km2e mesmo assim esse país não é considerado superpovoado.
No sentido das populações – tanto no âmbito local quanto no âmbito mundial –, é necessário utilizar recursos numéricos ou dados estatísticos para quantificar os fenómenos demográficos, a estrutura e as condições de vida do contingente humano.
Entre esses recursos, destacam-se : os indicadores demográficos, as pirâmides etárias e indicadores sociais.
A partir deles, os governantes e empresários desenvolvem políticas sociais e planeiam actividades económicas.
Os principais indicadores demográficos do crescimento demográfico são o crescimento vegetativo e a imigração
Por meio desses indicadores, é possível observar a dinâmica de uma população: se ela cresceu ou não, quantas pessoas nasceram e quantas morreram no período em estudo, quantas deixaram o lugar, quantas chegaram, etc.
O crescimento vegetativo é a diferença entre os nascimentos e os óbitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a de mortalidade, geralmente ele é expresso em percentagem.
O cálculo do crescimento vegetativo não representa o crescimento real de uma população.
Para verificar o crescimento demográfico de um país, é necessário considerar os fluxos de entrada (imigração) e de saída (emigração) da população. A ‘fórmula’ do crescimento demográfico (ou total) é assim representada:
Para se ter o total da população de um país no final de um determinado ano, é preciso somar a população absoluta (P - total de habitantes de um lugar) com o crescimento total (CT) do ano em questão.
A taxa de natalidade indica o número de nascimentos ocorridos anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar, seja um país, um estado ou uma cidadeA taxa de mortalidade indica o número de mortes ocorridas anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar.
Tanto a mortalidade quanto a natalidade são, portanto, expressas por mil.
A mortalidade pode ser calculada pela média geral, que considera todo o conjunto da população, ou por grupos específicos, delimitados por profissão, faixa de rendimentos ou idade, por exemplo, resultando no índice de mortalidade diferencial.O cálculo da mortalidade diferencial por idade permite a avaliação da mortalidade infantil, um dos mais importantes indicadores sociais.
A população mundial tem crescido no decorrer da história em função de uma maior taxa de natalidade em relação à taxa de mortalidade.
No início da Era Cristã a população humana correspondia a 250 milhões de habitantes; Chegou a 500 milhões em 1650; Atingiu1 bilhão em 1850;Ultrapassou os 2 biliões em 1950; Chegou a 5,6 biliões em 1995; Ultrapassou os 6 biliões de habitantes no final do século XX.
Esses números mostram que no início a população levou séculos paraduplicar, depois dobrou em duzentos anos, a seguir, dobrou em apenas cem anos e que triplicou no período de 1950 a 2000.
Analisando a marcha de crescimento populacional, podemos distinguir duas fases:
Crescimento lento: até o séc. XVII, em função da inexistência de condições sanitárias adequadas, guerras, epidemias, etc., a taxa de mortalidade era elevada;
Crescimento rápido: compreende principalmente, num período mais modesto; os séculos XVII e XIX e, acentuadamente, na segunda metade do séc. XX, em função dos avanços científicos e da melhorias das condições higiénico-sanitárias. Nesse período, o mundo deparou-se com um vertiginoso crescimento populacional, denominado explosão demográfica.
Esses períodos foram marcados por calorosos debates, que resultaram na formulação de teorias demográficas
As teorias demográficas
O crescimento acelerado da população, embora tenha sido um processo mundial, tem-se concentrado principalmente nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade vem declinando.Esse crescimento elevado da população tem promovido profundas discussões e teorias sobre esse tema desde o século passado
As faixas etárias da população costumam obedecer a um padrão que pode ser expresso em gráficos no formato de pirâmides.
Zaire
A pirâmide populacional do Zaire é representativa do conjunto de países cuja transição demográfica está menos avançada.
Há uma regular e constante ampliação da base, a chamada "pirâmide em forma de guarda-sol".
O ritmo de expansão é elevado: o número de nascimentos nos últimos cinco anos duplicou em relação ao de 15 ou 20 anos atrás.
O resultado é uma população muito jovem (praticamente 50% da população
tem menos de 25 anos) e com um grande potencial de crescimento. Mas é
também um obstáculo para uma rápida melhoria das condições de vida,
devido ao elevado custo dos serviços sanitários e de educação que devem
ser oferecidos às novas gerações.
Zaire
A transição demográfica está menos avançada.
Há uma regular e constante ampliação da base, a chamada "pirâmide em forma de guarda-sol".
O ritmo de expansão é elevado: o número de nascimentos nos últimos cinco anos duplicou em relação ao de 15 ou 20 anos atrás.
Zaire
• A pirâmide brasileira mostra a estrutura da segunda fase da transiçãodemográfica, na qual o ritmo de crescimento começa a se atenuar.A forma é muito parecida à de um triângulo cuja base, ainda que continuecrescendo, o faz a um ritmo menor que no caso zairense.
• O desequilíbrio entre população jovem e adulta é inferior: no caso brasileiro, a faixa etária entre 35 e 40 anos apresenta a metade do número de membros que a dos nascidos nos últimos 5 anos.
• A diminuição no ritmo de crescimento da população está ligada a uma diminuição da fertilidade e, com ela, das taxas de natalidade. Apesar disso, quando as novas e numerosas gerações chegarem à idade reprodutiva, o crescimento populacional continuará emascensão até a primeira metade do século XXI.
Brasil
Brasil
O desequilíbrio entre população jovem e adulta é inferior: no caso brasileiro, a faixa etária entre 35 e 40 anos apresenta a metade do número de membros que a dos nascidos nos últimos 5 anos.
• A pirâmide australiana corresponde a um país em pleno regimedemográfico moderno.
• Sua forma corresponde ao tipo ogival, com uma reentrância correspondente aos anos de 1930 e início dos de 1940, seguidos do baby boom posterior à Segunda Guerra Mundial (nascimentos após 1945).
• O processo imigratório continuado, até a primeira metade da década de 1970, mantém o crescimento.
• Depois, entre 1975 e 1990 há uma redução, de modo que a faixaetária de 0 a 5 anos é tão numerosa quanto a dos nascidos entre 1945 e 1950 (entre 40 e 45 anos).
• O menor número de nascimentos origina um processo de envelhecimento que se verifica no alargamento da parte superior da pirâmide.
Austrália
Austrália
• O menor número de nascimentos origina um processo de envelhecimento que se verifica no alargamento da parte superior da pirâmide.
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