6 sugestões infalíveis para lidar com conflitos

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Meu nome é Deise Azevedo, sou Psicóloga e quero compartilhar com você seis pontos-chave de uma abordagem não violenta e eficaz que podem lhe oferecer a melhor oportunidade de se sair bem diante de conflitos em casa, no trabalho, com amigos e em outros contextos.

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Consultório de Psicologia Deise Azevedo

Fone: 45 9838-4425

Rua Cuiabá, 6228, Bairro Alto Alegre – Cascavel-PR

Meu nome é Deise Azevedo, sou Psicóloga e quero compartilhar com

você seis pontos-chave de uma abordagem não violenta e eficaz que

podem lhe oferecer a melhor oportunidade de se sair bem diante de

conflitos em casa, no trabalho, com amigos e em outros contextos.

Você conhecerá a seguir o acróstico: FTACEN

Essas iniciais resumem as sugestões mais importantes que

você precisa para se comunicar da melhor forma!

Adaptado de: Curar: o stress, a ansiedade e a depressão sem medicamento nem psicanálise / David Servan-

Schreiber. – São Paulo: Sá Editora, 2004

F de Fonte: Certifique-se, para começo de conversa, de que está lidando com a pessoa que é a fonte do problema e que tem os meios de resolvê-lo. Isso pode parecer terrivelmente óbvio, mas em geral não é a nossa primeira reação.

Imagine que, na frente de toda a equipe, um colega me diga alguma coisa desagradável sobre o meu trabalho (ou meu parceiro, em frente de meus amigos, sobre minha comida). Será totalmente inútil me queixar disso mais tarde para outros colegas ou para minha mãe ao telefone; no entanto, é precisamente isso que terei a tentação de fazer.

Se o fizer, na melhor das hipóteses, meu depreciador jamais saberá o que penso. Na pior, outros repetirão o que eu disse com as distorções e exageros comuns e isso me trará resultados negativos.

Para ganhar o respeito e mudar o comportamento de meu colega ou sócio, devo falar diretamente com ele. E sou a única pessoa que pode fazê-lo. Naturalmente, encará-lo é muito mais difícil e não tenho nenhum desejo de fazê-lo, mas é a única abordagem que tem alguma chance de melhorar o relacionamento. Tenho de ir à fonte do problema.

T de Tempo e Lugar:

Certifique-se de que a discussão ocorra em hora e lugar adequados. Confrontar seu agressor em público ou em um corredor não é uma boa ideia, mesmo que sua queixa seja não violenta. Tampouco é sábio começar a conversa imediatamente, quando a ferida ainda está aberta ou a outra parte está estressada. O melhor é escolher um lugar onde possam falar em paz e com a certeza de que a pessoa está totalmente disponível.

A de Abordagem Amigável:

Se você quer que a outra parte escute o que você tem a dizer, primeiro tem de ter certeza de que a pessoa está escutando. Nada redundará mais em fracasso do que adotar um tom ameaçador ou autoritário logo de cara. Como o Dr. Gottman demonstrou no Laboratório do Amor, se um dos protagonistas se sente atacado, tenderá a ficar “inundado” por suas emoções, mesmo antes de a conversa começar. Depois disso, nada mais vai ajudar.

Certifique-se, portanto, de que o outro se sente à vontade durante suas primeiras palavras. Faça seu antagonista ouvi-lo, não se fechar. Você sabe qual é a palavra mais atraente que você pode ouvir? É o seu próprio nome. Os psicólogos chamam-no de “o fenômeno do coquetel”.

Imagine que você está em um coquetel, rodeado por uma multidão que conversa. Você está totalmente absorvido pela conversa que mantém com outra pessoa. Não escuta nada dos diálogos que estão ocorrendo à sua volta, uma vez que eles são filtrados e eliminados pela sua atenção focada.

Mas, de repente, em outro grupo, alguém diz o seu nome. Imediatamente você o ouve e vira a cabeça. Seu nome - esta palavra, mais do que qualquer outra – tem o poder de atrair a sua atenção, exatamente como o seu nome salta aos olhos em uma página de texto denso.

Somos mais receptivos ao nosso nome do que a qualquer outro. Assim, o que quer que você tenha a intenção de dizer a seu depreciador, comece por se dirigir a ele pelo nome. Depois diga algo positivo, mesmo que seja uma frase de efeito, mas que seja verdade.

Essa perspectiva positiva pode ser, às vezes, difícil de encontrar, porém é muito importante. Por exemplo se tenciona se queixar porque seu patrão o criticou em público, você poderia dizer: “David, apreio todas as chances que tenho de ouvir seu feedback. Isso me ajuda a melhorar o meu trabalho”.

Começar com uma nota positiva nem sempre é fácil. As primeiras palavras talvez até fiquem um pouco presas em sua garganta. Ainda assim, o esforço vale a pena. A porta da comunicação agora está aberta.

C de Comportamento Objetivo:

A seguir, você deve ir direto à questão. Explique o comportamento que motiva sua queixa, mas limite sua descrição ao que aconteceu e nada mais, sem a mais ligeira alusão a um julgamento moral.

Você deve dizer, por exemplo, “Quando você fez isso ou aquilo...”, apenas isso. Não diga, por exemplo, “Quando você agiu feito um depravado” mas sim “Quando você se referiu às minhas calcinhas em público...”.

E de Emoção:

Após a descrição dos fatos, deve surgir a emoção que você sentiu como resultado deles. Evite então a armadilha de falar sobre sua raiva, que é com frequência a emoção mais óbvia. Por exemplo, não diga “Quando gritou na frente de todo mundo que meu vestido era ridículo (comportamento objetivo), você me deixou com raiva”.

A raiva já e uma emoção dirigida ao outro, não uma expressão de mágoa interna, e tem tudo para colocar a pessoa na defensiva. Certamente é muito mais forte e eficaz falar sobre você: “Eu fiquei magoada” ou “A experiência foi humilhante para mim”.

N de necessidade:

Você pode parar depois de já ter expressado sua verdadeira emoção, mas é muito mais eficaz mencionar a decepção de suas esperanças, ou a necessidade que sente não ter sido reconhecida: “Preciso me sentir seguro no trabalho, saber que não serei humilhado ou ferido por observações cáusticas, especialmente de alguém tão importante quanto você”.

Ou, se seu marido a ignorou desdenhosamente durante um jantar, “Preciso me sentir em contato com você, sentir que sou importante para você, mesmo quando estamos rodeados de amigos”.

Sei muito bem que há algo ligeiramente artificial nesses procedimentos, sobretudo quando há tão poucas pessoas à nossa volta que podem nos servir de modelo. Você talvez pense: “Seria legal se eu tivesse a coragem de falar assim. Mas é impossível. Não com o meu patrão”, ou “Não com o meu marido”, ou “Não com os meus filhos’, ou “Não com a minha sogra”.

O problema é simples. Você só tem três maneiras de reagir a um conflito: passivamente (como passivo-agressivo), a reação mais comum e menos satisfatória; agressivamente, que não é muito mais eficaz e sem dúvida mais perigosa; ou com “Assertividade não agressiva” – em outras palavras, utilizando a comunicação emocional não violenta.

Não obstante, há circunstâncias em que é melhor ser passivo ou agressivo do que submeter-se a um processos mais exigente de comunicação assertiva. Um caso pode ser trivial a ponto de não merecer nosso tempo ou atenção. É então perfeitamente legítimo ser “passivo” e aceitar um insulto ou ser manipulado sem reagir.

Escolho essa opção, por exemplo quando alguém buzina no trânsito ou quando o vendedor na loja é rude. Por outro lado, em emergências ou em momentos de perigo é normal ser “agressivo” e dar ordens sem mais explicações. É assim que o exército faz, precisamente porque o objetivo é agir em meio ao perigo imediato. Pais fazem isso também, quando gritam com um filho que está atravessando a rua sem prestar atenção no trânsito.

Mas não importa a situação, há somente três maneiras de reagir. A cada instante, cabe a nós escolher: vamos aceitar a briga, fugir ou ficar com o desafio da comunicação emocional efetiva?

Nada gera mais stress, ansiedade e depressão do que relacionamentos mal gerenciados e mal sucedidos com aqueles que são importante para nós. E está totalmente em nossas mãos mudar isso. O processo FTACEN é o primeiro passo solidamente dado nessa direção.

Deise Azevedo Ajala dos Santos Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental | CRP 08/17934

psideiseazevedo@gmail.com Fone: (45) 9838-4425

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