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Edição 11.01.2013
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B r a g a n ç a P a u l i s t a
Sexta11 Janeiro 2013
Nº 674 - ano XIjornal@jornaldomeio.com.br
11 4032-3919
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Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 2
Assisti, ontem, uma parte do programa da TV Cultura, Provocações, comandado
por Antonio Abujamra, tendo como entrevistado João Pedro Stedile. Num certo momento a afirmação do entrevistado foi esta: desde a década de 90 está havendo uma desarticulação dos movimentos sociais. Disse ele que o protagonismo de entidades e movimentos sociais se desintegra. Já tive oportunidade de escrever sobre esse tema, não faz muito tempo. Referi-me, certa vez, ao descompromisso das pessoas com entidades assistenciais ou filantrópicas. Noto, há anos, a dificuldade que se tem para mon-tar uma chapa de diretoria e de conselhos em ONGs (organizações não governamentais). Não impor-ta o objeto social da entidade. A dificuldade do compromisso de pessoas é grande. Não se tem dificuldade com contri-buidores mensais. Mas as entidades não vivem apenas disso. É preciso tocar seu dia a dia, cumprir seus objetivos, programas e projetos. É preciso construir, na prática, o objeto da entidade, a razão dela ter sido fundada e existir. Para estas tarefas, se tem uma dificuldade imensa de encontrar pessoas disponíveis.
Uns alegam não terem tempo. Outros alegam “não ter muito jeito para a coisa”. Outros não querem se comprometer, afinal tem que cuidar de filhos, netos, pai ou mãe idosos etc. Todos tem compromissos pessoais e familiares, em maior ou menor complexidade e extensão. Mas a vida não pode se resumir a isso. E ela não se resume a isso, com raras exceções. Lembremos, sempre, de Carlito Maia (Carlos Maia de Souza, * Lavras (MG), 19 de fevereiro de 1924, + São Paulo, 22 de junho de 2002, publicitário): “tem gente que veio ao mundo a passeio; tem gente que veio a serviço”. Felizes os que se classificam neste último grupo. Amplio um pouco a análise da desarticulação e do descompro-misso, visitando os movimentos sociais. Quanto tempo faz que não ouvimos dizer que uma ma-nifestação, uma reunião aberta, uma movimentação de um grupo em defesa de determinado tema ? Deve fazer bastante tempo. Quando ouvimos dizer, é a respei-to de uma categoria profissional debatendo ou reivindicando be-nefícios. Nada muito além disso.Retorno à uma miúda dimensão da questão. Não é raro ouvirmos que
numa assembléia de condomínio, geralmente convocada para cuidar de assuntos de interesses comum dos condôminos, são poucos os que comparecem. Inúmeras vezes não se completa o quórum para deliberação. É uma pequena amos-tra do desinteresse das pessoas. Podemos encontrar várias razões para esse “desmovimento”. Para essa desarticulação, ou desmo-bilização. Há quem diga que o próprio Governo Federal, de alguns mandatos para cá, teria propiciado essa desarticulação, objetivando menos pressão social. Há quem opine que essa desmobilização é fruto da democratização do País, tida como iniciada na metade da década de 80, do século que se foi. Outros arriscam dizer que esse comportamento é fruto do individualismo que marca nossos tempos. E assim as opiniões se somam. Não posso me esquecer daqueles que afirmam que a falta de valor republicano, de interesse e com-promisso pelas coisas públicas, faz com que se privatize tudo, inclusive o que é público; daí decorre um comportamento descomprometido com as causas (ou coisas) públicas. Fato é que, numa menor (entidades sociais) ou maior (movimentos sociais) escalas, a desmobilização
é um fato. E um fato grave. São muito tímidas as iniciativas e com poucos agentes (protagonistas). Não desconsidero a ponderação de muitos estudiosos: em todos os tempos, aqueles e aquelas que se comprometeram com entidades ou causas públicas sempre foram poucos. É verdade também isso. Mas me parece, então, que esses poucos estão se tornando pouquíssimos e estão quase em extinção. Diversifico um pouco o olhar sobre o tema, e, de novo, passeio sobre a realidade dos agentes públicos, eletivos especialmente. São poucos os afiliados aos partidos políticos, agremiações necessárias na vida pública. Entre os afiliados são poucos os que se atrevem a candidatar-se a um cargo eletivo. O número de candidatos é grande isoladamente visto. Mas em relação ao eleitorado todo, ou ao números de habitantes, é um número reduzido. E quanta gente de bem, com experiências fantásticas na lida das coisas públicas, negam-se a ocupar cargos públicos. Também pelas mais variadas razões. E se esvazia o leque de opções. E muitas vezes a justificativa é conhecida: não quero me envolver. Seja lá qual forem as razões e jus-tificativas para o descompromisso; seja ou não uma realidade que o número dos comprometidos sem-
pre foi reduzido, tenho a sensação que o número dos republicanos e verdadeiramente protagonistas é e está se reduzindo a patamar absurdamente pequeno.Começar pela família? Começar pelas escolas? Começar por algumas instituições corajosas? Começar por campanhas de massa? Contar com grandes provocações e convocações, ou confiar nas pequenas experiên-cias concretizadas em pequenas comunidades? Fazer grande barulho sobre o problemas, ou contentar-se com miúdas iniciativas? Mais uma vez deixo a provocação, lembrando Abujamra. A não ser que as avaliações estejam absolu-tamente equivocadas, precisamos encontrar alternativas para romper, no macro e no micro cená-rios, o descompromisso e o imobilismo.
dESEMBARGAdOR MIGUEL ÂNGELO BRANdI JR
Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919
E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br
Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli
Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)
As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da
direção deste orgão.
As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS
Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.
Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.
ExpEdiEntE
para pensar
Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr.
Revisito um tema. Reapresento uma provocação
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 3
Foto: Avener PrAdo/FolhAPress, eQUIlIBrIo
Por JULIANA CUNHA/fOLHAPRESS
Separação de corpos A bancária Maria Ângela Azevedo, 42, tem um segredo: ela e o marido dormem em quartos diferentes.
O hábito começou há cinco anos, quando ele interrompeu um tratamento de apneia (suspensão da respiração durante o sono) pela quarta vez. “O apartamento tem dois quartos. Dizemos que um deles é de visita, mas a verdade é que funciona como quarto do meu marido.” Nem a faxineira que limpa a casa sabe do arranjo. “Contamos para alguns amigos e todos acharam esquisito, então preferimos nos resguardar”, diz Maria. A decisão do casal não é incomum, nem seu constrangimento. “Cerca de 40% dos meus pacientes dormem em camas ou quartos separados. Quase nenhum admite isso para a família”, diz a otorrinolaringologista e médica do sono Ângela Beatriz Lana. Um adulto médio tem entre 20 e 30 micro-despertares por noite, momentos em que o sono REM, mais profundo e restaurador, é interrompido e a pessoa volta a uma etapa superficial. Ao trocar de posição na cama ou ranger os dentes a pessoa chega a um estado de semiconsciência. Quase acorda, mas não percebe. Quanto mais microdes-pertares tiver, mais cansada vai levantar no dia seguinte. “Dividir a cama chega a dobrar a quantidade de microdespertares. É muito romântico, mas um fracasso do ponto de vista da saúde”, diz Maurício Bagnato, médico do laboratório do sono do Hospital Sírio-Libanês. Insônia, ronco, apneia, discordâncias sobre a temperatura do ar-condicionado, horários diferentes para dormir e acordar, presença de TV e aparelhos eletrônicos no quarto são os problemas mais citados pelos casais que resolveram dormir separados. A secretária Lia da Costa e o eletricista João Carlos da Costa dormem em quartos diferentes desde o primeiro mês de casados, há 28 anos. “Pensam que é falta de amor, mas não é. A gente faz tudo que um casal normal faz”, afirma Lia. João, 53 não ronca, mas gosta de fumar e assistir à TV durante a noite. Já Lia, 50, acorda assim que ouve o barulho. “Nas primeiras noites eu ficava esperando ele dormir para desligar a TV. Quando desli-gava, ele acordava. Agora, até na casinha de praia, que só tem um quarto, ele prefere ficar na sala”, diz. Os filhos do casal acham o hábito estra-nho. “Eles sempre tiveram um pouco de vergonha disso, de pensarem que os pais não se gostavam.”
Hábito recente Cultivar o próprio espaço também é razão frequente para a separação de corpos. Juntos há 32 anos, os empresários Aurea Teodoro, 47, e Edmur Bastoni, 49, só não dividem a cama. “A decisão foi tão natural que nem lembro
de quem partiu. Somos pessoas indepen-dentes. Além disso, trabalhamos juntos. Ficar no mesmo quarto seria uma overdose”, afirma Aurea. Dormir junto é um hábito recente moti-vado antes por necessidade do que por romantismo, explica Neil Stanley, médico do sono e ex-presidente da Sociedade Bri-tânica do Sono. “Quando a Revolução Industrial apinhou as pessoas em pequenos espaços foi inevitável que os casais passassem a dividir o quarto. Antes, os pobres dormiam todos no mesmo cômodo e os ricos tinham um quarto para cada um”, disse ele à reportagem. “Hoje as pessoas dormem com cachorro, filho, parceiro. Pode anotar: a qualidade do seu sono cai 20% para cada ser vivo que você inclui debaixo do lençol”, diz Stanley. Segundo o pesquisador, se você divide uma cama de casal padrão, dorme com nove centímetros a menos de espaço do que uma criança sozinha num colchão infantil. Luciana Palombini, do Instituto do Sono da Unifesp, acha exagerado incentivar ca-sais a dormirem separados. “A companhia traz prejuízos ao sono, mas pode trazer benefícios emocionais. Dormir junto passa segurança e aconchego, o que é bom para tudo, inclusive para o sono.” “O casal perde momentos preciosos ao dormir separado”, opina Cristiana Pereira, presidente do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “A rotina é tão perversa, cada um tem seu horário. Aquela conversinha gostosa antes de dormir é o contato mais significativo para muitos.” Segundo a terapeuta, compartilhar a cama também aumenta a frequência do sexo.
Pior transa Já a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins discorda: “Relação íntima não depende de dormir junto. Por que o sexo funciona entre os amantes? Porque é agendado. Es-pontaneidade não funciona nesse assunto. Aquela transa que acontece quando um pé esbarra no outro é a pior de todas”, diz. Uma pesquisa da Universidade de Surrey, na Inglaterra, feita com 40 casais, chegou a resultados interessantes. No estudo, os casais dormiram juntos por dez dias e separados por outros dez. O sono era monitorado por aparelhos e a cada manhã os voluntários eram convi-dados a classificar sua noite entre “boa”, “razoável” ou “ruim”. No fim da pesquisa, os aparelhos mostraram que as noites so-litárias eram 50% melhores, em termos de qualidade de sono, mas os entrevistados diziam exatamente o contrário. “Tudo que envolve o sono é muito indivi-dual”, comenta Bagnato. “Do ponto de vista médico nós deveríamos dormir sozinhos. Mas quem são os médicos para escolher como uma pessoa dorme ou deixa de dormir?”, conclui.
João Carlos da Costa, 53 anos e Lia Freire Chefaly, 50 anos, O casal Lia e João Carlos é casado há quase 30
anos e sempre dormiu em quartos separados.
comportamento
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 4
Para uma criança nascida no interior do Brasil, buscar os próprios sonhos na agitada São Paulo não é algo incomum e nem fácil. Alguns desistem logo. Outros
persistem por certo tempo, mas a vida toma rumo diferente do almejado e o sonho muda ou é adaptado. Poucos conseguem alcançar a meta inicial. Os que conseguem o fazem graças a muita insistência. Muitos artistas hoje celebrados começaram assim e seguiram ouvindo “nãos” sem se abater. Outros ainda não alcançaram o ápice, mas estão a caminho. Para o público que os vê no palco, é difícil imaginar tudo o que um artista passa até alcançar o sucesso, até conseguir viver plenamente da sua arte, do seu talento, do seu dom. Há muita história por trás de todo trabalho, nenhum artista surge da noite para o dia. Assim como muitos amigos que hoje podem colher os frutos do esforço e da persistência, o cantor Naldo Barrettos se aproxima da sua meta. Em conversa com o Jornal do Meio, ele conta sobre o começo da carreira, sobre os anos de anonimato e fala como é para ele hoje se ver bem próximo de tudo o que sempre buscou: viver de música.
LocuçãoNaldo Barrettos foi criado no campo, no interior Mato Grosso do Sul. Desde muito pequeno se sentia atraído pela música. “Minha mãe conta que com dois anos eu já vivia cantarolando uns sons”. Com 15 anos mudou-se com a família para a cidade de Cajobi, no interior de São Paulo. Acostumado a trabalhar desde menino, tornou--se bóia fria, único trabalho disponível para os rapazes da região. “Era a única alternativa na cidade, naquele tempo. Foi uma época feliz. Quando voltávamos do trabalho vínhamos cantando no caminhão. Cantar era o que nos ajudava a passar o tempo”, lembra. Os amigos de colheita foram os primeiros incentivadores de Naldo fora a família. “Eles achavam que eu cantava bem, que tinha boa voz, que levava jeito pra coisa”. Ficar perto dele durante o trabalho era um privilégio entre os colegas. “Cada um era responsável por colher as laranjas de de-terminadas fileiras. Todo mundo queria ficar perto das minhas porque queriam me ouvir cantar”, recorda. Certo dia o amigo China veio contar que a banda Zero Hora procurava um novo cantor. No mesmo dia Naldo marcou um ensaio teste. Deu tão certo que do ensaio já saiu com uma agenda de shows. Nessa mesma época Naldo havia começado a carreira paralela de locutor, em uma rádio na cidade. Aos 19 anos resolveu trilhar o próprio caminho e se mudou para Campinas, depois Jundiaí, até chegar em São Paulo. “Fui com a cara, a coragem e um violãozinho”, brinca. Durante esse período Naldo firmou-se como locutor, sendo sempre requisitado para novos trabalhos. Buscando novos desafios, ele propôs ao dono da empresa de locução comercial na qual trabalhava, Di Santana, que também pudesse cantar durante o trabalho, a fim de entreter mais os clientes das lojas enquanto narrava ofertas. “Ele topou e foi um sucesso. As lojas começaram a solicitar ao Di os meus serviços e com isso comecei a fazer o meu diferencial”. Até o dia em que Naldo veio a passeio para Bragança a convite do amigo Junior. E foi aí que a história começou a tomar novo rumo.
RodeioNaldo gostou da cidade logo de cara e decidiu que seria aqui que se firmaria. A determina-ção – e a insistência - fez com que conseguisse um espaço como locutor na Festa do Peão. “Fiquei quatro dias atrás do presidente da Festa pedindo uma chance, até que o venci pelo cansaço”, ri. Até conseguir a oportunidade que esperava, Naldo passou por humilhação e descaso. “Muitas pessoas não dão chance, te
enrolam, é desgastante, mas nunca desisti”. Naldo foi tão bem na primeira apresentação como locutor de rodeio na Festa do Peão de Bragança Paulista, que foi chamado para dar seqüência ao trabalhos nas noites seguintes e, consequentemente, nas festas posteriores. Isso foi em 2004 e hoje ele é o locutor oficial da festa. “Fazer locução para rodeio é uma vitrine enorme. Você fica conhecido do público e dos artistas”, analisa. Mesmo com o trabalho de locutor em alta, Naldo nunca deixou de cantar. “Eu fazia Bailão com o Fernando e Sorocaba, com Victor e Léo, com Edson e Hudson”, lembra. “Voltei para Cajobi para cantar no aniversário de 101 anos da cidade. Foi muito emocionante, foi ali que comecei. Todos os meus amigos da época de bóia fria foram ao show e pudemos nos reencontrar. Eles ficaram muito felizes em ver que eu estava alcançando meu objetivo”, recorda. Paralelo às locuções e aos shows, Nal-do começou a apresentar o programa Circuito Country, o qual se tornou sua marca. Durante uma entrevista com Victor e Léo para o pro-grama ficou sabendo que procuravam alguém para cantar o Hino Nacional na Festa de Peão de Jaguariúna. Naldo prontamente se ofereceu. Com a indicação do amigo Léo e um teste via telefone, ele foi contratado. “Fiz a abertura ofi-cial da Festa de Jaguariúna em 2011 cantando o Hino Nacional. No dia seguinte fui chamado para cantar Romaria e acabei sendo convidado para a semana seguinte da festa também. Fui tido como a revelação da festa naquele ano”, conta, orgulhoso. “Eu fui me apresentar com medo, mas com segurança e responsabilidade. Era a chance que sempre esperei, não poderia desperdiçar. Quem acredita é porque sabe que é capaz, é só dar o tempo certo para as coisas aconteceram”, avalia. “Eu sempre acreditei. Essa foi minha determinação”. Em 2012 Naldo lançou o primeiro CD. Algumas músicas já tocam na rádio e Naldo começa a despontar para o grande público. “A primeira vez que ouvi uma música minha na rádio não acreditei”, emociona-se. “Encontrei pessoas certas no meu caminho, que me ajudaram muito, que foram me dando oportunidades. Nunca vi barreiras. As dificuldades acontecem pra mostrar se é isso que você quer mesmo, se realmente acredita”, reflete. Para Naldo o grande momento de sua carreia até agora foi chamado para cantar com Fernando e Sorocaba no encerramento da última Festa do Peão em Bragança Paulista. “Eles são os meus padrinhos no meio, sempre me incentivando, falando de mim, citando meu CD”, conta. “Nos conhece-mos antes deles estourarem. O Sorocaba estava montando o palco e eu fui ajudá-lo a mover algumas caixas”, recorda. Apesar de todo o envolvimento com os rodeios, Naldo não se prende apenas ao estilo sertanejo. Seu disco e seus shows têm influência de alguns artistas da MPB, como Zé Ramalho, Renato Teixeira, Almir Sater e Fagner. “Gosto de ter esse diferencial, sempre cantei de tudo”, diz. “O que conquistei foi de forma honesta. Hoje estou maduro para saber desfrutar o momento”, conclui.
colaboração SHEL ALMEIdA
Para conhecer o trabalho de Naldo Barrettos acesse www.naldobarrettos.com.brTodas as música do CD estão disponíveis para download. O cantor apresenta hoje sexta-feira, 11/01, o show “ Naldo Barretttos In Concert”, no Restaurante Pappagallo, em Atibaia. O show acontece a partir das 22h30 e tem como convidado especial o músico Rafael Schimidt.Contatos para shows no email naldobarrettos@yahoo.com.br ou no número Nextel 122*89231
Vim pra São Paulo com a cara, a coragem e um violãozinho
Naldo já cantou em Bailão ao lado de duplas, como Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson e Victor e Léo, ainda desconhecidos. A amizade permanece até hoje
Naldo começou a ficar conhecido pela locução em rodeios e pelo programa Circuito Country
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 5
O calor chegou com tudo e as temperaturas mais altas nos forçam consumir alimentos refrescantes que, além de nos sustentar, colaboram na hidratação de nosso corpo e no
equilíbrio de nutrientes que necessitamos nesses dias mais quentes. Para isso, o ideal é comer alimentos leves como frutas, verduras e legumes frescos que nos ajudam a amenizar a sensação de forte calor. E não podemos nos esquecer também da água, a maior fonte de hidratação para o corpo humano. Descubra hoje receitas que ajudarão você a hidratar o corpo no verão.
Salada de folhas e frutasNeste verão, nada melhor que uma salada refrescante... Esta aqui é especial, pois mistura o adocicado das frutas com a acidez das verduras. O molho arremata tudo, dando um equilíbrio ao prato.Arrume numa travessa grande, em camadas:folhas de agrião e de rúcula1 pêra verde (fatiar sem o caroço e colocar de molho em água e 1 colher de vinagre branco)1 maçã verde (fatiar sem o caroço e colocar de molho em água e 1 colher de vinagre branco)2 kiwis em rodelas10 unidades de uva itália verde sem o caroço½ manga em fatiasPor cima de tudo, esfarele 1 chancliche com zaatar (verde)O molho que acompanha esta salada é preparado com 250g de maionese, 6 colheres de leite, 3 colheres de vinagre branco e 1 dente de alho. Bata tudo no liquidificador.Só isso!Devo explicar: o que é “chancliche”? É um tipo de queijo árabe, feito com leite de vaca ou ovelha, original da Síria e do Líbano. É vendido normalmente em formato de bola, encoberto por seu sabor, neste caso, com “zaatar” (tempero árabe preparado com tomilho e outras ervas).
Salada bifumEsta salada é super leve, refrescante, livre de glúten: ‘tudibão’!Aqui em casa adoramos cozinha oriental, então essa ‘salada de bifum’ é sempre um sucesso...
Simples demais. Parece difícil, mas é só seguir as etapas.
Mas, você não conhece o macarrão ‘bifum’?O BIFUM é um macarrão de origem chinesa e muito utiliza-do na culinária oriental. É um alimento natural, produzido com arroz. Não contém glúten, seu processo de produção é artesanal e não utiliza nenhum tipo de produto químico ou conservantes. Rico em vitamina E e B, é leve saudável e muito saboroso.Para a receita, faço assim:Lavo e fatio fininho em tirinhas 1 pepino japonês e polvilho com uma pitada de sal para extrair sua água.Numa tigela, misturo (tudo cortadinho em tiras):1 cenoura pré cozida2 fatias de queijo prato 2 fatias de presunto cozido sem gordura2 ovos (fazer omelete bem fino, enrolar e cortar)1 talo de salsão (opcional)kanikama (opcional)Tempero tudo com ½ colher de gengibre ralado, 5 colheres de óleo de milho, sal, salsinha, pimenta do reino e 1 colher de vinagre branco.Pego 200g de macarrão bifum, hidrato em água fervente por 1 minuto (fogo desligado) e escorro para esfriar.Misturo tudo na tigela dos ingredientes temperados.Polvilho gergelim torrado e conservo na geladeira até a hora de servir.A.do.ro!!!
Torta de limão rápidaQuando quero saborear um doce, mesmo que fora de hora ou em momento em que não deveria, corro para uma receita rápida e deliciosa como esta. Neste caso, nem fruta serve para me salvar.Então, capricho na sobremesa.Esta torta é refrescante e cai super bem com esse calor.Aproveitei que eu já tinha todos os ingredientes e fui com minhas mãos à obra!Para a massa, misturei até desgrudar das mãos:*2 colheres de açúcar
*2 colheres de água*2 colheres de amido de milho*2 colheres de margarina*2 gemas *1 colher (sobremesa) de fermento químico (tipo Royal)*1 ½ xícaras de farinha de trigo
Forrei uma forma com fundo removível, abrindo a massa com as pontas dos dedos. Levei ao forno pra pré-assar por 10 minutos (180ºC)Enquanto isso, misturei numa tigela 1 lata de leite condensado e o suco de 2 limões e 1 laranja coados. Separei.Bati as 2 claras em neve com 6 colheres de açúcar.Para montar, coloquei o recheio sobre a massa pré-assada e o suspiro por cima.Retornei tudo ao forno até ficar bem douradinho.Retirei do forno, esperei esfriar e guardei na geladeira, espe-rando ansiosamente pelo momento derradeiro! Hummmmm!
DeborahDeborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.brQueridos amigosTenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia criativa, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável.Para organizar um evento com comidinhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003).
Por dEBORAH MARtIN SALAROLI
Delícias refrescantes
torta de limãobifum salada de rúcula e pera
Fotos: delícIAs 1001
Delícias 1001
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 6
Cabelos platinados viram modinha entre adolescentes, mas o custo de tanta química é alto para os fios
por CHICO fELIttI/fOLHAPRESS
Deu branco A estudante catarinense Andressa Damiani tem 20 anos e já exibe uma cabeleira completamente
branca. Mas não é de preocupação. “Fui eu que escolhi a cor”, diz. “E deu muito trabalho para ficar assim.” A Andressa se junta um time de celebri-dades que anteciparam a velhice capilar neste ano: as cantoras Lady Gaga, Pink, Kelly Osbourne, a modelo Kate Moss, o cantor Adam Lambert e Tom Felton, o Draco Malfoy da franquia “Harry Potter” no cinema. Em 2012, a procura pelo tom disparou, disseram dez cabeleireiros e coloristas à reportagem. Salões como o Retrô, na rua Augusta, têm profissionais especializados em loiro-platinado, outro nome para branco. A alvejada de Andressa, que era ruiva, durou um ano. E foi tom por tom. Primeiro, ela descoloriu os cabelos para um tom alaranjado. Passou, então, para o amarelo-ovo e ficou loira, numa cor “parecida com a do Supla”. Quatro ardidas descolorações depois, os fios da moça
estavam brancos como a neve. É que o processo, na realidade, é de des-pintar o cabelo por completo, explica o colorista Michael Anderson. “É forçar tudo o que tem dentro do seu cabelo para fora, sugar tudo de pigmento e deixar ele bonito, mas sem vida”. Que o diga o paulistano Rodolfo Ducris, 17. Ele tentou ficar platinado em casa, por conta própria. “Passei ‘blondor’ [descolorante a base de água oxigenada] no meu cabelo, que estava com uns quatro dedos de comprimento e desfiado, deixei por 40 minutos e lavei no chuveiro.” Mechas foram pelo ralo junto com o produto. “Raspei e disse para todo mundo que era para adiantar o resultado do vestibular.” Cabelo ou cachorro? A DJ paulistana Rafaela Casa Grande, 26, aderiu à moda contra a vontade do seu cabeleireiro. “Como é um tratamento agressivo, ele nem queria fazer. Mas eu o convenci”. Quatro meses depois, não tem um fio de
arrependimento. “Estou a-do-ran-do, por mais que seja tipo cuidar de um filho”, diz ela. Entre os novos cuidados, ela passou a usar dois xampus, um para tirar o amarelado e puxar para o platinado, e o outro para tratamento extremo. Mais uma proteína que aplica direto no cabelo diariamente. E mais uma máscara que deixa agir por dez minutos a cada lavagem, dia sim, dia não. “Não pode lavar todo dia porque fica bem seco.” O custo, calcula Júnior Alves, cabeleireiro do Studio Lorena, em SP, “chega perto ao de criar um cachorro”. “Na real, você vai gastar uns R$ 500 por mês com a manutenção. Mais descolorir e hidratar no salão, que deve custar uns R$ 1.000”, ele alerta. Além de caro, o processo não é para todos os escalpos. “É preciso testar em uma me-cha antes de fazer a cabeça toda”, ensina o colorista Michael Anderson. Se os fios não sobreviverem ao teste, de-sista. “Se a cliente disser que fez chapinha
definitiva, mesmo há seis anos, eu não pinto de branco”, diz Alves. Davi Sabbag, vocalista da Banda Uó, aca-bou de pedir bandeira branca para a cor. “Estou dando um descanso para os meus cabelos”, diz ele, 23 anos de idade e 11 de tintura. “Via muita gente igual à minha volta”, diz ele, que se sentiu carne de vaca. “É chato quando todo o mundo faz. Talvez eu volte quando não for mais moda.” Respeite os seus cabelos brancos Dicas para alcançar o prateado perfeito 1 Teste a descoloração em uma mecha antes de fazer na cabeça toda para prever se seu cabelo cai ou suporta a química 2 Lave dia sim, dia não e use máscara capilar em vez de condicionador 3 Use um xampu especial para cabelos brancos, que retira o chumbo responsável pela cor amarelada, ou seu cabelo corre o risco de ficar igual ao do Supla 4 Nunca, mas nunca, alise o cabelo des-colorido: isso pode danificá-lo profundamente
teen
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 7
Por YURI GONZAGA/fOLHAPRESS
Amor socializadoUsuários do Facebook devem ter acesso, a uma ferramenta que poderá ajudá-los a encontrar sua
cara-metade -pelo menos segundo os astros. O aplicativo AstroAfim, que está em fase de testes e roda dentro da rede social, compara o mapa astral (definido pelo local e pelo momento de nascimento) de seus usuários para decidir se são compatíveis entre si para amizade, amor, negócios ou sexo. “Misturamos Facebook com um método de escolha de parceiros que vem sendo testado há mais de 3.000 anos”, brinca o idealizador do serviço, Gustavo Steinberg. O AstroAfim exibe uma lista de pessoas
conhecidas e desconhecidas, em ordem decrescente de compatibilidade astrológica com o usuário e apresentada em taxas per-centuais para cada tipo de relacionamento. Dos desconhecidos, são visíveis apenas uma pequena foto, a idade e a compati-bilidade. Para revelar o nome e os dados de contato inseridos no Facebook de um deles, deve-se pagar R$ 1. Também há planos de assinatura trimes-tral e semestral, que custam R$ 29 e R$ 49, respectivamente, e permitem ver, de forma ilimitada, os dados disponíveis de desconhecidos. Não é preciso pagar para verificar a compatibilidade astrológica com quem já é amigo no Facebook.
Sinastria digital Steinberg diz que, apesar de sempre ter tido curiosidade pelo assunto, nunca estudou astrologia. Ele diz ter levado dois anos para desenvolver o aplicativo, que teve consultoria da horoscopista da Folha, Barbara Abramo. “O conceito da sinastria [compatibilidade segundo a posição dos astros], usado no app, não é impositivo, que dê uma resposta única. Ele dá uma visão geral sobre quais dificuldades ou facilidades que um eventual relacionamento deve ter”, diz Abramo. Em um rápido teste, é possível encontrar pessoas com compatibilidade que varia de 5% a 100%. O app oferece também a opção
de visualizar seu mapa sem compará-lo ao de outro usuário e permite que você selecione quais tipos de relacionamento terão a compatibilidade calculada. Poucas perguntas Para Steinberg, o Astro-Afim difere de serviços de relacionamento tradicionais pela simplicidade. “Outros sites chegam a fazer 200 perguntas sobre sua persona-lidade. Nós perguntamos quando e onde você nasceu.” O aplicativo começará a ser divulgado e será aberto ao público, “no máximo”, até o dia 5 de janeiro (por enquanto é preciso ser convidado por um dos 250 usuários atuais).
App para Facebook lê mapa astral e dá dicas amorosas
informática & tecnologia
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 11
Foi com muita alegria que fotografei o casamento desse lindo casal:
Daniel e Raquel.
Daniel é o nosso querido campeão das piscinas do mundo inteiro e quem
conquistou o pódio do coração dele foi Raquel, aliás, um doce de pessoa.
Quando os conheci tive a imediata impressão que realmente um foi feito
para o outro. Outra coisa que me marcou profundamente foi a dedicação
das famílias para a realização deste Grande Dia. Lindo de ver!
O making of da Raquel aconteceu no salão da Cleusa Cabelo e Arte onde
estava acompanhada por toda família. Sr. Levi, pai da Raquel , estava
radiante. Conversamos muito e fiquei impressionado com a admiração
que ele tem pelo Daniel e sua família. E, diga se de passagem, Raquel
ficou linda de noiva. Enquanto isso Daniel também se preparava para o
casamento na casa dele acompanhado pelos pais. O que não faltou foi
paparicos para o noivo.
A cerimônia religiosa foi presidida pelo Pastor Hernandes, o mesmo
Pastor que fez o casamento dos pais de Raquel. O Pastor fez uma linda
e emocionante oratória que encantou todos os convidados.O cantor Davi
Passamani também marcou presença cantando e encantando todos os
presentes. E por falar em cantar, Raquel fez uma surpresa para Daniel:
ela cantou uma linda canção para Daniel de forma impecável. Todos fi-
caram paralisados com tamanha emoção. No final da cerimônia o casal
entrou numa linda e enorme limusine branca e fomos dar uma volta pela
cidade para fazer algumas fotos. Na sequencia fomos até o salão de festas
da Fazenda Bela Manhã onde o casal ofereceu uma linda recepção para
os convidados. Foram ovacionados quando entraram na festa. Foi uma
linda festa com muita alegria e descontração. Os dois aproveitaram até
o último momento. Mais um dia muito especial que guardo com muito
carinho no meu coração.
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 12 veículos
O apelo da versão Tetrafuel do Fiat Siena sempre foi de possibilitar mais economia para o motorista. A introdução do kit GNV proporciona
não apenas menos dinheiro gasto na hora de abastecer, mas também a confiabilidade de ter a instalação do equipamento feita na própria fábrica. Foi com essas premissas que a configuração foi bem-sucedida desde o seu lançamento, em 2006. Quando a nova geração do sedã chegou, em março deste ano, a proposta mudou ligeiramente. O sistema multicombustível abandonou a carroceria antiga do compacto e foi incorporado ao Grand Siena. A versão Tetrafuel oferece uma versatilidade única para o Grand Siena, mas a proposta mais econômica do modelo entra em choque com o novo sedã, que é maior, melhor acabado, mais refinado e, consequentemente, mais caro.Tanto que, com a mudança de geração, a ver-são Tetrafuel perdeu muito em participação. Quando equipava o Siena mais simples, o share dentro da linha era por volta de 30%. Hoje, representa menos de 5% da soma das vendas de Siena EL, de arquitetura antiga, e Grand Siena – ou 10% de todos os Grand Siena comercializados. Apesar da pequena ajuda, até novembro, o sedã da Fiat acumulou mais de 91 mil unidades comercializadas, com uma média de 8.300 carros mensais. Logo atrás aparece o Chevrolet Classic, ven-dido apenas em configurações de entrada, e o Volkswagen Voyage.Como o próprio nome denuncia, o dife-rencial do Tetrafuel está na versatilidade de combustíveis que o motor 1.4 Fire Evo aceita. Além dos tradicionais etanol e ga-solina brasileira, ele pode ser abastecido com gasolina pura – sem adição de etanol, vendida na Argentina, por exemplo – e o GNV. Para este último foram feitas algumas adaptações importantes. Além da introdução dos cilindros de 6,5 m³ cada, o sedã ganhou uma suspensão traseira com molas mais rígidas e barra estabilizadora.O funcionamento do sistema GNV da Fiat é diferente do de veículos adaptados a rodar com gás natural. O motorista pode escolher usar apenas GNV, apenas combustível líquido ou então deixar a escolha a cargo da central eletrônica. Ela é capaz de variar a alimentação de combustível de acordo com a necessidade,
independentemente da ação do motorista. Em velocidades baixas ou acelerações suaves, situações de baixa necessidade de potência, o gás é usado. No caso de se exigir mais força do motor, a gasolina ou o etanol são utilizados. No geral, o motor 1.4 Fire Evo desenvolve 85 cv com gasolina, 88 cv com etanol e 75 cv com GNV, todos no regime de 5.750 rpm. O torque é de 12,4, 12,5 e 10,7 kgfm, respectivamente.De série, o Tetrafuel é o Grand Siena mais caro à venda. Com preço de R$ 44.830, ele fica acima até do Essence Dualogic. Ao me-nos, traz lista de equipamentos completa. Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricas, airbag duplo e ABS são itens de fábrica. Entre os opcionais mais importantes estão o rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento a até um vistoso teto solar. Com eles, a conta sobe para mais de R$ 50 mil. Valor salgado para um tipo de consumidor que abre mão de potência e torque para economizar no combustível.
Ponto a pontoDesempenho – Se o motor 1.4 já sofre um pouco para mover um Grand Siena “tradicio-nal”, com o peso extra do cilindro de GNV, então, o desempenho fica ainda mais tímido. Com gasolina ou etanol, é preciso alguma paciência nas ultrapassagens. Mas nada fora do comum. O zero a 100 km/h é feito em 13 segundos. Com GNV, a marca sobe para mais de 15 segundos e o comportamento se assemelha ao de um hatch 1.0. Ao menos, o motor 1.4 8V “não reclama” ao rodar em altos giros, onde oferece um desempenho um pouco mais aceitável. Nota 5.Estabilidade – É uma das boas evoluções do Grand Siena em relação à geração anterior. O carro é notavelmente mais estável e responde melhor à mudanças de direção. Mesmo com um acerto de suspensão voltado ao conforto, não há rolagem lateral excessiva nas curvas. O peso extra do cilindro faz pouca diferença em termos dinâmicos. Nota 7.Interatividade – O Grand Siena é um carro simples de usar. Os comandos estão todos à mão e são intuitivos. O câmbio continua com engates pouco precisos. O funcionamento do sistema Tetrafuel também é simples e pode independer da ação do motorista, o
que é muito vantajoso. Nota 7.Consumo – O InMetro ainda não testou o Grand Siena Tetrafuel. O resultado do computador de bordo, no entanto, foi ani-mador. Com gasolina no tanque, o sedã fez média de 10,6 km/l em um trajeto misto. O sistema não mede o consumo do GNV, mas o seu uso aumenta a autonomia em cerca de 120 km, dependendo da utilização. Nota 9.Conforto – Espaço não falta no interior do sedã da Fiat. Dá para levar cinco ocupantes sem grandes sacrifícios. Os bancos apoiam bem o corpo e há uma sensação geral de conforto. A suspensão mais macia contribui para isso ao absorver com competência a buraqueira. Nota 8.Tecnologia – O Grand Siena é um carro recente, que recebe uma plataforma mo-derna, que tem elementos da usada no Uno e no novo Palio. O motor é antigo, ainda da família Fire. Ele não trabalha com folga para puxar os 1.207 kg do sedã, mas, pelo menos, fornece ótimo consumo. A lista de equipamentos de série é boa, com recursos desejáveis como airbag, ABS, ar--condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas. Nota 8.Habitalidade – Porta-objetos não existem em abundância no interior do Grand Siena. Mas isso não chega a incomodar. Basta procurar para guardar itens de uso rápido. É no porta-malas que as perdas são mais acentuadas. No modelo “tradicional” ele é de bom tamanho, com 520 litros, mas 130 litros deles são “roubados” pelo tanque de GNV. Isso prejudica ligeiramente a proposta familiar do carro. Nota 7.Acabamento – Há boas sacadas como o aplique transversal na parte central do painel que melhora a sensação geral. Mas o cenário é dominado pela simplicidade. O Grand Siena é recheado de plásticos rí-gidos, como seus rivais, e mostra encaixes imprecisos. Nota 7.Design – O Grand Siena se tornou um carro mais imponente na troca de geração. O sedã ganhou porte e visual próprio, distante do Palio. A frente é o destaque, bem harmoniosa. A traseira é menos criativa, com lanternas com filetes de luz que imitam leds – numa referência às dos sedã da BMW. Nota 7.Custo/benefício – O Grand Siena vem de fábrica já adaptado ao uso de GNV – recurso
que adiciona R$ 5 mil ao modelo. A vanta-gem é que a instalação do equipamento pela própria montadora dá mais confiabilidade ao conjunto e ameniza as perdas de potência comuns à conversão. A lista de equipamentos é completinha, com direito a ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo e ABS de série. Só que o preço do modelo completo beira os R$ 50 mil. Não é exatamente um carro muito em conta. Nota 6.Total – O Fiat Grand Siena Tetrafuel somou 71 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigirNão há como fugir. O grande diferencial do Grand Siena Tetrafuel é a versatilidade de aceitar três combustíveis diferentes – o quarto, gasolina pura, é também marketing puro. Claro que o desempenho do carro varia com eles. Com gaso-lina brasileira e etanol a diferença é quase nula. O Grand Siena precisa de tempo para acelerar e é preciso cálculo prévio para fazer algumas ultrapassagens. O carro até se dá bem na cidade, onde não se exige um comportamento extremo, mas falta motor para rodovias e auto-estradas. Com o GNV, a situação piora. O sedã fica ainda mais “murcho”. Nesse caso, o comportamento se assemelha ao de um modelo 1.0. A Fiat tenta amenizar a diferença com uma inteligente central eletrônica que injeta cada combustível dependendo da aplicação. Em situações tranquilas, o gás é usado. Quando é preciso mais força, a escolha é pelo combustível líquido. O funcionamento do conjunto é muito suave e quase não dá para perceber quando o sistema troca entre GNV e gasolina, por exemplo. É uma boa maneira de amenizar a invariável perda de desempenho de um carro com kit GNV.No resto, o Tetrafuel se assemelha a qualquer outro Grand Siena. Isso significa que ele é um carro espaçoso, com área para levar até cinco adultos sem grandes problemas. O acabamento é bom para o segmento, com um bonito aplique na parte central do painel. Nas extremidades existem algumas rebarbas. O comportamento dinâmico é bom, sem diferenças acentuadas entre o Tetrafuel e os “normais”. O peso extra não muda as respos-tas do carro em situações urbanas, quando se mantém na mão. O acerto que se volta para o conforto só prejudica em condições extremas.
por ROdRIGO MACHAdO/AUtO PRESS
veículos
Fotos: Pedro PAUlo FIgUeIredo/cArtA Z notícIAs
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 13
Fim da linha A Lexus produziu
semana passada a
última das 500 uni-
dades planejadas do supe-
resportivo LFA. O modelo
foi responsável por quebrar
paradigmas na marca, ao
levar cerca de dez anos
para ser desenvolvido e usa
materiais de alta tecnologia,
como fibra de carbono em
toda a carroceria e um motor
desenvolvido especialmente
para ele. O V10 de 4.8 litros
produz 556 cv e é acoplado
a uma transmissão auto-
matizada de seis marchas.
A escolha por um sistema de
embreagem simples foi para
manter as trocas semelhantes
às de um carro manual,
segundo a marca.
por AUGUStO PALAdINO/AUtOPRESS
Foto: dIvUlgAção
Lexus LFA
Caçula da família Depois de muita espe-
culação e flagras nas
estradas europeias, a
Mercedes-Benz divulgou as
primeiras imagens oficiais
do novo CLA. O sedã de
linhas esportivas e porte
médio apareceu ainda sob
camuflagem, mas os traços
definitivos já estavam mais
explícitos. O perfil é parecido
com o do conhecido CLS,
com proporções reduzidas.
A versão AMG também teve
algumas informações apre-
sentadas. Ele vai usar um
motor 2.0 litros a gasolina
acertado para 335 cv, sufi-
cientes para levar o modelo
de zero a 100 km/h em cerca
de 5 segundos. Além disso,
o CLA terá versões com a
tração integral 4Matic, re-
projetada para ser instalada
em conjunto com o motor
transversal e para priorizar
a tração dianteira, em vez da
traseira do restante
da gama.
por AUGUStO PALAdINO/AUtOPRESS
Foto: dIvUlgAção
Mercedes Benz CLA
veículos
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 14 veículos
O crescimento que o mercado de
motocicletas viu em 2011 fez com
que as projeções para este ano fossem
bem otimistas. Os resultados em 2012, po-
rém, não chegaram nem perto do esperado.
O setor de duas rodas, que apontava para o
alto, entrou na descendente e seguiu ladeira
abaixo. Parte da retração se explica pelo
cenário de crise na Europa, que se alastra
por todo o mundo e reflete no Brasil. Mas
a maior responsabilidade está na postura
mais seletiva das instituições financeiras.
Em outras palavras, na restrição ao crédito
para consumidores de menor renda. Tanto
que o setor que mais perdeu foi o de baixa
cilindrada.
Na previsão da Abraciclo, associação que
reúne os fabricantes de motocicletas, o
fechamento de 2012 apresenta retração de
20% em relação ao ano passado. Tanto na
produção quanto nas vendas. A previsão, feita
no final do ano passado, era de crescimento
de 5%. Os números equiparam-se aos de
2009, auge da crise econômica mundial. O
ano de 2012 também atravessou uma crise
de confiança. Mesmo entre motos de média
e alta cilindrada, destinados a quem tem
maior poder aquisitivo. “Este consumidor
normalmente é mais antenado, tem cadastro
bom e linha de crédito alta, mas vê a crise
lá fora e não sabe quando isso vai refletir
no Brasil. Como a moto seria mero lazer,
ele acaba deixando para comprar depois”,
analisa o gerente de planejamento da Ka-
wasaki do Brasil, Ricardo Suzuki. Mas o
comportamento do mercado foi desigual
para as marcas. Caso da BMW Motorrad do
Brasil. “O crescimento de 10% nas vendas
do segmento de motocicletas de acima de
500 cc foi o melhor registro já atingido
historicamente no país”, afirma Rolf Epp,
diretor da marca.
Rolf Epp fala com base em dados da Abraciclo.
Segundo a entidade, além da BMW, apenas a
Haley-Davidson, também considerada uma
marca premium, apresentaram desempenho
positivo. De olho no potencial do segmento
de luxo, a Triumph iniciou oficialmente as
operações no Brasil em 2012. “Em três anos
é possível posicionar o Brasil entre os nossos
cinco maiores mercados e, a médio prazo,
vender cerca de 4 mil motos anualmente”,
projeta o gerente geral da subsidiária bra-
sileira da Triumph, Marcelo Silva.
A marca britânica chegou com seis modelos
no mercado nacional, mas a Tiger 800 XC
é a principal aposta. A big trail chega para
brigar justamente contra um modelo da
BMW, a F800 GS, que ocupa o posto de mais
vendida do segmento. A moto da Triumph
é dotada de um motor de três cilindros em
linha, com duplo comando no cabeçote e
quatro válvulas por cilindro. O resultado
produzido é de 95 cv a 9.600 rotações, com
torque cifrado em 8 kgfm, a 7.850 rpm. A
briga das aventureiras ainda tem a Kawasaki
Versys 1000, também lançada neste ano, mas
posicionada em outro patamar de cilindrada.
O diferencial da moto japonesa foi o fato
de ser a primeira no segmento com motor
de quatro cilindros e 16 válvulas.
Entre as superesportivas, o mercado ficou
dividido entre dois importantes lançamentos.
A BMW apresentou a S 1000RR e a Yamaha
renovou a YZF R1. A primeira a chegar ao
país foi a alemã, depois de um facelift na
Europa. A moto impressiona com potentes
193 cv a 13 mil rpm e 11,4 kgfm de torque
a 9.750 giros. Porém, a marca nipônica não
ficou apenas olhando e colocou na briga a
versão 2013 da supermoto. É verdade que a
potência ficou 11 cv abaixo da concorrente
– 182 cv – mas os japoneses oferecem maior
torque, de 11.8 kgfm a 10 mil rpm, e inje-
taram tecnologia para dar competitividade
à motocicleta.
A Ducati, que neste ano confirmou que ini-
ciará as operações no Brasil em 2013, já deu
uma prévia do que irá apresentar. A marca
italiana, recentemente adquirida pela Audi,
lançou a Streetfighter 848. Antes, ainda em
2011, o país havia sido palco para a estreia
mundial do modelo, no Salão Duas Rodas
daquele ano. A naked, com motor de 848
cc, entrega 132 cv de potência a 10 mil rpm
e torque de 9,4 kgfm a 9.500 rpm.
A Honda também não se intimidou com o
ano ruim e apresentou a NC 700X. A pro-
posta da fabricante é oferecer uma solução
para a acelerada rotina das grandes cidade,
mesclando características de scooters com as
de motos de maior cilindrada. Na mediana
faixa das 669 cc, a NC 700X entrega 52,5
cv de potência a 6.250 rpm e 6,4 kgfm de
torque a 4.750 giros. Enquanto isso a Dafra,
querendo subir, lançou a Next 250 com a clara
intenção de brigar com as japonesas CB 300 R,
da Honda, e a Yamaha Fazer YS 250, a Next
chegou dotada de alguns recursos exclusivos,
como o câmbio de seis marchas. A motocicleta
entrega 25 cv a 7.500 rpm e torque
de 2,75 kgfm a 6.500 giros.
por MICHAEL fIGUEREdO/AUtO PRESSFotos: dIvUlgAção
Yamaha YZF R1
BMW S1000RR
HONDA NC 700X
Triumph Tiger 800xc
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 15veículos
por AUGUStO PALAdINO/AUtOPRESS
Pratas da casa – A revista alemã “Auto Motor und Sport” fez uma pesquisa curiosa entre seus leitores. Com a opinião dos consumidores locais, a publicação
fez um gráfico que aponta as percepções de qualidade e emoção das principais marcas vendidas na Europa. As que tiveram melhores resultados, é claro, foram as alemães. A BMW foi a que teve mais alto nível de emoção e só teve a qualidade superada pela Mercedes-Benz. Audi e Porsche completaram a lista das melhores marcas. A pior fabricante apontada pelos leitores foi a italiana Lancia, seguida pela compatriota Fiat, ambas com baixas medições de emoção e qualidade. Banho de loja – A Chevrolet mostrou nos Estados Uni-dos a nova geração da Silverado. A picape grande ganhou linhas novas e muita tecnologia. Segundo a marca, todas as versões estão mais eficientes, com novos motores V6 de 4.3 litros e V8 com 5.3 ou 6.2 litros – de potências ainda não divulgadas. O visual é “parrudo”, com uma enorme grade cromada e quatro faróis. A linha Silverado é a mais lucrativa da GM e se mantém sempre na lista de priori-dades da marca. Além dela, a “gêmea” GMC Sierra – mais luxuosa – também foi apresentada. O maior motor V8 é o mesmo utilizado no novo Corvette, mas com afinação própria para a picape.Ficou para ano que vem – A Audi confirmou que quer
voltar a produzir carros no Brasil. A decisão sobre como será esse processo, no entanto, vai ficar apenas para o ano que vem. Além da óbvia possibilidade de erguer uma fábrica nova, a Audi estuda a hipótese de adaptar uma unidade da Volkswagen – sua controladora – para fazer seus veículos. Dessa forma, a empresa alemã ficaria livre da cota de 4.800 carros que o novo regime automotivo permite importar sem a adição de 30% extras do IPI.Touro sem luz – Nem as marcas mais exclusivas do mundo estão livres de recalls. A Lamborghini iniciou uma chamada nos Estados Unidos para consertar os faróis dianteiros de 144 unidades do Aventador. O problema é que, no lote em questão, não há ajuste vertical do feixe de luz, item obrigatório pelos órgãos de segurança norte-americanos. Assim, o raio de luz poderia ir diretamente no olho de um condutor vindo na direção contrária. Diminuição no clássico – O downsizing chega até nos clássicos muscle cars norte-americanos. A próxima geração do Chevrolet Camaro deve receber opções de motores tur-binados de quatro cilindros para melhorar o seu consumo de combustível. Para não quebrar a tradição, propulsores V6 e V8 também serão oferecidos no topo da gama. A tração vai continuar sendo na traseira, mas o sistema todo vai ficar mais leve, também para melhorar a eficiência energética do esportivo.
AutomotivasNotícias
Sexta 11 • Janeiro • 2013 Jornal do Meio 674 16
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