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DesmatamentoIncndios e tempoOutras consequnciasSequestro de carbono e REDD
Acordos internacionaisUNFCCC: Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do ClimaProtocolo de Quioto
Reduo de emisses
Terra e seu clima
Introduo
"A mudana climtica certamente o maior problema social, econmico e ambiental da humanidade. Edetalhe: para sempre! Mesmo que consigamos reduzir drasticamente as emisses de gases de efeito estufanas prximas dcadas, o que est difcil de acontecer, o estrago feito pelas emisses do passado j sosuficientes para termos o clima global alterado no futuro. Podemos, contudo, com a boa vontade das naes,manter o planeta Terra habitvel e prspero. Para isso ser preciso pensar e agir diferente. A sociedade terque rever o seu padro de consumo, atualmente insustentvel e baseado na elevada emisso de gases estufa.A economia precisar ter outros alicerces do que aqueles baseados no crescimento econmico, a todo custoe insacivel, o que resulta em muitas vezes na exausto de recursos naturais, estes finitos.
E, finalmente, ser preciso manter os ecossistemas ntegros e funcionais o suficiente para continuaremexercendo a regulao dos processos biolgicos e climticos que mantm o planeta vivo. Cabe a cada um dens o trabalho para um mundo saudvel e habitvel. Para podermos agir, precisamos de informaes
qualificadas e esse o objetivo desse pequeno curso online. Espero que todos vocs o aproveitem aomximo."
Dr. Paulo Moutinho - Coordenador de Pesquisa, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaznia (IPAM)
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Nossa atmosfera
Vozes do Brasil:
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Adaptar-se a essas mudanas ser difcil e caro. Existe tambm a possibilidade de perdermos vrias espcies
e ecossistemas que tm contribudo com a vida humana. Por isso muito importante que aprendamos eajamos rapidamente, tanto individualmente quanto globalmente.
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torrenciais, e outros eventos extremos tambm fazem parte e afetam o clima em particular, sua freqncia eintensidade. At erupes vulcnicas podem afetar o clima por meses ou anos. Todos esses aspectos doclima esto sujeitos a mudanas com o decorrer dos anos s vezes devagar, atravs de milnios e svezes em meses ou alguns anos.
Cientistas descobriram a maioria das causas das maiores mudanas de clima j ocorridas, inclusivedeslocamento de continentes, mudanas na rbita e inclinao terrestres, o acmulo de gelo e neve, impacto
de asterides e erupes vulcnicas. Eles tambm sabem como variaes naturais de clima, como o El Nioe La Nia afetam o clima em curto prazo. E sabem que as mudanas relativamente recentes no clima que nsobservamos no so causadas por eles.
Ento o que est causando essas mudanas? Para entender isso, precisamos primeiro entender um dos maisimportantes aspectos do clima algo chamado de Efeito Estufa. Discutiremos isso a seguir.
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Efeito estufa
O sol emite uma forma de energia chamada de radiao, que viaja atravs do espao vazio e aquece nossoplaneta e sua atmosfera.
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Luz a evidncia mais visvel da forma mais abundante de radiao, mas tambm existem outros tipos deradiao que no podemos ver. Grande parte dessa radiao atinge a Terra, aquecendo o solo e oceanos.
Parte da radiao volta ao espao ou fica redida na atmosfera, onde absorvida por certas molculasgasosas. Essas molculas ento absorvem e re-emitem radiao em todas as direes, aquecendo o planetaainda mais.
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Temperatura mdia da superfcie da Terra COM gases de efeito estufa: 14C
Os chamados Gases de efeito estufa so aqueles particularmente bons na absoro de radiao. Tais gasesso essenciais na manuteno do clima e ecossistemas terrestres. Vapor dgua , por exemplo, um gs deefeito estufa, assim como muitos outros, como dixido de carbono (CO2), metano (CH4), xido ntrico
(N2O), e oznio (O3).
O aquecimento adicional causado pelos gases de efeito estufa comumente chamado de efeito estufa, masefeito cobertor pode at ser mais apropriado. Apesar de apenas 1% dos gases atmosfricos serem gasesde efeito estufa, eles so poderosos retentores de calor. O efeito estufa ento um fenmeno natural que faz
o planeta ser prprio para a vida humana. Sem ele, a superfcie do planeta seria bem mais fria e muitos dosnossos ecossistemas atuais no existiriam.
Temperatura mdia da superfcie da Terra SEM gases de efeito estufa: -18C
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Gases de efeito estufa
O maior responsvel pelas mudanas no nosso clima um gs que normalmente no visvel, no tem cheiroou gosto, o chamado dixido de carbono. A cada ano, o ser humano tem emitido maiores quantidades dessegs na atmosfera terrestre.
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Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Working Group I Contribution to the Fourth AssessmentReport of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 10.8, Cambridge University Press
Esse acrscimo na concentrao de dixido de carbono na atmosfera provoca grandes efeitos secontinuarmos assim poderemos ver a temperatura do planeta aumentar em 4,0C at o final do sculo. Porque? Temperaturas mais altas aumentam a evaporao, e esses vapores de gua adicionais tambm so
gases de efeito estufa. Nesse caso, um ciclo no qual os aumentos de temperatura ocasionam mudanas nosistema climtico que causam ainda mais aquecimento.
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No mundo todo, a queima de combustveis fsseis representa a maior fonte de CO2, mas CO2tambm pode
vir do corte de rvores, queima de florestas e matas, agricultura e fabricao de cimento.
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Climate Change 2007: Mitigation of Climate Change. Working Group III Contribution to the Fourth
Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 1.2, Cambridge UniversityPress.
Combustveis fsseis como gs natural, carvo e petrleo so queimados em grandes quantidades emusinas eltricas, automveis, avies, outros tipos de transportes e na indstria. A agricultura produz seuprprio grupo de emisses, como o arar do solo que libera o carbono armazenado na terra e animais defazenda que emitem metano. importante notar que as emisses por desmatamento, que cresceramrapidamente desde os anos 90, j se equiparam quelas dos setores residenciais e de servios.
O que voc acha?Como os pases abaixo se classificam no total de emisses de CO2por combustveis fsseis e mudana no
uso da terra (incluindo desmatamento tropical) no ano 2000? (Escolha a melhor resposta.)
a)Estados Unidosb)Federao Russac)Indonsiad)Brasil
e)Unio Europiaf)China
Done
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A resposta certa a).
De acordo com dados do Instituto de Recursos Mundiais, os EUA emitiram a maior quantidade de CO2,
enquanto o Brasil ficou em quinto lugar. Ainda no topo da lista dos pases mais poluidores, Brasil,diferentemente dos pases desenvolvidos, tem suas emisses decorrentes de atividades do uso da terra.Enquanto o Brasil fica em 5. lugar, os outros pases da Amrica do Sul no chegam a entrar na lista dos 20pases maiores poluidores do mundo.
Dados do World Resources Institute.
Se olharmos para as emisses de CO2por mudana no uso da terra e floresta em 2001, o Brasil ficou com o
segundo lugar mundial, depois da Indonsia. Peru, Colmbia, Mxico, Bolvia e Equador estavam entre os20 primeiros, nessa categoria
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Dixido de carbono no o nico gs de efeito estufa que liberamos no ar. Por exemplo, a atmosfera possui
atualmente 1.780 partes por bilho de metano (CH4), que um gs de efeito estufa ainda mais poderoso queo CO2.
Climate Change 2007: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II, and III to the FourthAssessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 2.3, Geneva, Switzerland.
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Durante os ltimos 650.000 anos, essa parte nunca tinha passado de 790 por bilho. Metano produzidodurante a extrao e transporte de petrleo e gases, plantaes de arroz, e no sistema digestivo de gado eoutros animais de fazenda.
Tambm, alguns elementos qumicos industriais chamados de halocarbonos usados em produtos delimpeza, refrigerantes e na fabricao de monitores e TVs de tela plana retm calor muito bem e quandoliberados no ar permanecem um longo tempo na atmosfera.
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O ciclo do carbono
Dixido de Carbono (ou CO2) no fica apenas no ar. Tambm entra e sai da atmosfera, organismos vivos,
solo, rochas e gua. Por exemplo, atravs de longos perodos de tempo, a degradao das rochas, que causada por uma reao qumica com o dixido de carbono do ar e as pedras, pode adicionar carbono aosrios, que desguam no oceano. Eventualmente, esse carbono depositado no fundo do mar e forma uma
rocha sedimentar. O carbono pode ser novamente liberado atmosfera atravs de vulces, quando a rochaderrete.
Em tempos remotos, quanto a Terra tinha um clima muito mais quente, grandes pntanos absorveram plantasantes delas se decomporem e, quando esses materiais foram expostos presso e calor, viraram carvo. Deformas parecidas, microorganismos enterrados no fundo de lagos e mares em toda a histria do planeta setransformaram em petrleo. Esses processos aprisionaram grandes quantidades de carbono em forma decarvo, gs e petrleo. Queimando estes combustveis nos ltimos 150 anos, liberamos repentinamente
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Almir Surui, Liderana Indgena do Grupo Suru
Mas o aquecimento no poderia ser um fenmeno natural? talvez provocado por uma mudana naatividade solar?
Cientistas tm procurado por explicaes com base nas causas naturais de mudanas climticas no passadoda Terra mas nenhuma delas explica o que estamos vendo hoje.
Reconstruo das temperaturas do hemisfrio norte.
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Cientistas tambm estudaram quais tm sido as variaes normais de temperatura nos ltimos milhares deanos e, de fato, as temperaturas que estamos vendo agora esto fora do normal em relao s estudadas.
Modelo da temperatura de CO2estima com (azul) e sem (rosa) influncias climticas antropognicas
comparadas com observaes (linha preta).
Climate Change 2007: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II, and III to the FourthAssessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 2.5, Geneva, Switzerland.
Estudos e modelos feitos no computador ajudam a confirmar as causas como sendo humanas. Cientistasusam os modelos para simular as condies climticas nos ltimos 100 anos. Colocando e tirando os maioresfatores que mudam o clima, pode-se ver como cada fator afeta a temperatura global. Assim, possvelcomparar as estimativas do modelo com os dados de temperatura observados atravs dos anos.
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Quando apenas fatores naturais so colocados nos modelos, os resultados indicam que aspectos comocondies solares e vulcnicas provavelmente teriam esfriado a Terra nos ltimos 50 anos.
Mas quando cientistas adicionam os gases de efeito estufa e partculas de atividades humanas, os resultadosdos modelos correspondem bem ao aquecimento que temos visto no ltimo sculo.
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Temperaturas
A Terra est ficando mais quente segundo todos os meios que temos de medir essa mudana. A temperaturatem estado bem acima do normal por mais de 25 anos.
Apesar de aumentos de 0,6-0,9C durante o sculo passado no soarem ameaadores, lembre-se que essa
a mdia global, ento alguns lugares aqueceram mais. Pense em quando voc teve febre. Mesmo 1C amais fez uma grande diferena em como voc se sentia. Do mesmo jeito, nosso planeta est se tornandofebril.
Nas Amricas do Sul e Central, estudos revelam padres de mudanas em situaes extremas consistentescom o aquecimento geral, em particular, mais noites quentes e menos noites frias. Nas dcadas passadas, astemperaturas tiveram um aumento maior nas latitudes ao norte, mas tambm tiveram aumento no hemisfriosul. As temperaturas mdias subiram 0,5C no Brasil e aproximadamente 1C na Amrica Central e naAmrica do Sul.
Mdia anual global de temperaturas observadas (1979-2005).Todo o Brasil tem vivenciado aquecimento tanto na superfcie quanto na troposfera.
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Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Working Group I Contribution to the Fourth Assessment
Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. FAQ 3.1, Figure 1, Cambridge University Press
A Amaznia por si s aqueceu aproximadamente 0,25C por dcada, um ndice relativamente rpidocomparado s mudanas climticas anteriores. Quando nosso planeta saiu de sua ltima era glacial,aproximadamente em 9.700 AC, a Amaznia aqueceu muito mais devagar - apenas 0,1C por sculo.
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O que voc acha?
Olhando o grfico, o que voc conclui a respeito do pico de temperaturas em 1997? (Selecione todas asrespostas que se aplicam.)
a)1997 foi o ano mais frio desde 1880.b)1997 foi o ano mais quente desde 1880.c)O aquecimento global acabou depois de 1997.d)Emisses mundiais de CO2atingiram seu pico em 1997 e depois diminuram.
e)As temperaturas em 1997 eram altas por causa de fatores naturais e humanos.Done
As respostas certas so b) e e).
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Parte do motivo de 1997 ter sido um ano to quente foi a intensidade do El Nio naquele ano, portanto umadas causas das altas temperaturas foi natural, alm do aquecimento devido aos gases de efeito estufa. ElNios so mudanas peridicas nos ventos e correntes ocenicas no oceano Pacfico tropical que tmconsequncias importantes para o tempo ao redor da Terra.
A seca devastadora na Amaznia em 2005 tambm foi resultado do El Nio? Apesar das temperaturasdaquele ano tambm terem sido altas, cientistas chegaram concluso de que as secas na Amaznia foram
devidas as temperaturas excepcionalmente altas no Atlntico norte tropical, e no ao El Nio.
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OceanosBarcos e bias que pontuam o globo nos mostram que os oceanos tambm esto aquecendo. Os primeiros300 metros de profundidade aqueceram 0,3C nos ltimos 50 anos. guas profundas tambm aqueceram.Um estudo da Administrao Nacional de Oceano e Atmosfera dos Estados Unidos que observou o perodode 1948 a 1998 descobriu que todos os oceanos tinham aquecimento pelo menos nos primeiros 1.000metros de profundidade.
E assim como o ar e os oceanos aqueceram, o nvel dos mares subiu. A mdia global do nvel dos mares
desde 1993 subiu aproximadamente 3,3 milmetros por ano. No total, o IPCC estima que os oceanossubiram entre 10-25 centmetros no sculo 20, em decorrncia do derretimento de gelo e neve.
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Nos ltimos 10-20 anos, o nvel dos mares no sudeste da Amrica do Sul subiu de 1 mm/ano para 2-3mm/ano, e vrios portos do Brasil registraram aumentos de 4 mm/ano. esperado que esse inchao dosmares continue, o que sem dvida ir ameaar comunidades costeiras.
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A composio qumica da gua do mar est mudando tambm, conforme o mar absorve mais CO2do ar.
Isso dificulta a formao de conchas, corais e plncton. Se populaes desses organismos diminuem, o peixeque as comem e as milhares de pessoas que sobrevivem de pesca sofrem tambm.
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Neve e Gelo
Neve e gelo refletem a energia do sol de volta ao espao. Sem essa cobertura branca, mais gua evapora evai para a atmosfera, funcionando como um gs de efeito estufa, e o solo absorve mais calor. Neve e geloesto derretendo numa velocidade nunca vista em milhares de anos, e isso tem consequncias profundas noclima. Assim como a temperatura do ar, a maior parte do derretimento de neve em aproximadamente 100anos de registro oficial aconteceu depois de 1980.
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Climate Change 2007: Impacts, Adaption, and Vulnerability. Working Group II Contribution to the FourthAssessment Report of the Intergovernmental. Panel on Climate Change. Figure 1.1, Cambridge UniversityPress.
O gelo martimo tambm est se desfazendo, especialmente no hemisfrio norte. Satlites demonstram que amdia de gelo do oceano rtico diminuiu em 2,7% por dcada de 1978 a 2006, com um maior derretimentono vero.
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No vero de 2007, os Canais da Passagem Noroeste, ao norte do Canad, se tornaram navegveis pelaprimeira vez, enquanto a calota polar derreteu ao seu nvel mais baixo registrado30 anos mais rpido doque os cientistas do IPCC haviam previsto. O derretimento em 2008 foi menor apenas em relao a 2007.
No hemisfrio sul, gelo martimo prximo a pennsula atlntica tambm diminuiu significantemente devido aoaquecimento da rea em 3C nos ltimos 50 anos.
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Entretanto, o gelo martimo na Antrtica, como um todo, cresceu em 0,97%, ou aproximadamente 100.000
km2por dcada desde o final dos anos 70. Estudos recentes indicam que esse aumento pode ter sidocausado por nevascas sobre o gelo martimo Antrtico. Cientistas acham que isso pode ser relacionado aoaquecimento global, que ocasiona mais evaporao, fornecendo mais umidade atmosfrica para precipitaosobre oceanos do sul. Isso tambm pode ser relacionado a mais ventos e tempestades induzidos pelo buracode oznio sobre a Antrtica, e cientistas afirmam que enquanto o buraco diminui e os gases de efeito estufaaumentam, o gelo martimo Antrtico vai, eventualmente, derreter mais rpido do que se forma.
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Chuva, seca, eventos climticos extremosUma atmosfera em aquecimento tambm muda o caminho das tempestades, modificando a incidncia dechuva, seca e outros padres de tempo. Por exemplo, um estudo de 2004 realizado pelo Centro Nacionalde Pesquisas Atmosfricas, nos Estados Unidos, descobriu que a porcentagem do planeta sofrendo comsecas severas havia mais que dobrado desde os anos 70.
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From Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Working Group I Contribution to the FourthAssessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. FAQ 3.2, Figure 1, Cambridge
University Press.
Enquanto observaes so limitadas a grande parte da Amrica Central e da Amrica do Sul, os dadosindicam que precipitaes tm aumentado na parte sul do continente (com exceo da costa oeste).
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Pesquisadores descobriram que a seca de 2005 estressou a floresta amaznica, matou rvores e liberoumuito carbono na atmosfera como resultado. Em perodos normais, a Amaznia absorve aproximadamente 2bilhes de toneladas de dixido de carbono, mas em 2005, a floresta perdeu mais de 3 bilhes de toneladas,liberando 5 bilhes de toneladas extras de carbono na atmosfera - mais do que a Unio Europia emiteanualmente juntando todas as fontes.
Um experimento na floresta nacional de Tapajs, no Par, confirmou esses resultados. L, cientistascobriram uma parte da floresta com painis de plstico por 3 anos para simular uma situao de secaextrema e avaliar a resposta da floresta s mudanas climticas e descobriram que o solo at 11 metros deprofundidade secou. Isso tambm matou muitas rvores de grande porte, expondo o centro da floresta a
mais calor e seca, e diminuindo a produo de madeira em uma tonelada por hectare / ano. Essesverdadeiros buracos na floresta incentivam o crescimento de plantas que preferem mais luz.
Junto com a seca, isso aumenta o risco de queimadas, que liberam carbono na atmosfera, abrem mais aindaa floresta reduzindo a incidncia de chuvas nas proximidades.
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Em alguns lugares, a floresta vira savana com plantas que absorvem menos carbono e so mais vulnerveis
ao fogo. Se tais condies se tornarem mais frequentes devido a mudanas climticas na bacia amaznica,rvores de florestas tropicais iro produzir menos madeira a partir no dixido de carbono, piorando muito oaquecimento global.
Paradoxalmente, mais vapor de gua na atmosfera aquecida tambm leva a chuvas mais pesadas e maisneve. Particularmente, a incidncia de chuvas pesadas est aumentando em zonas temperadas.
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Projees para o futuro
Uma olhada rpida
Vozes do Brasil: "Sem as populaes, sem os povos da floresta, sem as populaes tradicionais, sem os quilombolas, sem
os ribeirinhos, sem os Pescadores, sem as quebradeiras de coco, sem os povos indgenas, no existirfloresta. As florestas s existem porque estas populaes as protegeram. Onde no tinha populao, as
florestas foram embora. Nossas populaes precisam da floresta para seu transporte, para sua moradia, parasua sade, e at para musica. A floresta muito para ns. Nos no conseguiramos viver sem floresta."
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Rubens Gomes, Grupo de Trabalho Amaznico (GTA)
Ento o que os cientistas acreditam que acontecer no futuro? Espera-se que as mdias globais detemperatura aumentem em aproximadamente 1-7C at o final do sculo. Na Amrica do Sul, a Amazniaprovavelmente sofrer o maior aquecimento.
Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Working Group I Contribution to the Fourth AssessmentReport of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 10.8, Cambridge University Press
Como resultado desse aquecimento e baixa umidade, geleiras intertropicais provavelmente desapareceronos prximos 15 anos. Isso afetar severamente os recursos hdricos da regio.
Um planeta mais quente aumentar a evaporao e mudar a circulao da umidade atmosfrica, portantomuitas reas secas ficaro mais secas e reas midas ficaro mais midas. O nordeste do Brasil, porexemplo, provavelmente secar e sofrer uma mudana de semi-rido para rido ou desrtico. Comoresultado, prevista uma diminuio da reposio dos lenis freticos em mais de 70%.
Projees de mudanas relativas de escoamento superficial at o final do sculo 21.
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Climate Change 2007: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II, and III to the Fourth
Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 3.5, Geneva, Switzerland.
O aumento da temperatura em 2C e a diminuio da gua do solo levaria substituio de florestastropicais por savanas no leste da Amaznia e em partes do Mxico, de acordo com o IPCC, o corpocientfico intergovernamental das Naes Unidas estabelecido para estudar mudanas climticas.
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Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Working Group I Contribution to the Fourth AssessmentReport of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Figure 10.19 (b), Cambridge University Press.
Por exemplo, a onda de calor europia de 2003, que matou 35.000 pessoas, foi uma combinao de
aquecimento global e variao extrema de temperatura e no teria acontecido sem um dos dois fatores.Modelos prevem que, em muitos lugares, eventos extremos de calor que vemos uma vez a cada 20 anos,acontecero a cada 3 anos at o meio desse sculo, com frequncia ainda maior no final do sculo XXI.
Anomalias de temperatura durante a onda de calor europia de 2003
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crescimento contnuo da populao costeira aumenta sua vulnerabilidade ao aumento do nvel do mar,tempestades e inundaes. Pessoas que vivem em pequenas ilhas com altitude prxima ao nvel do mar soparticularmente vulnerveis, tendo em vista que suas reservas de gua, casas, recifes de corais, reas depesca e plantaes esto ameaadas.
Se ambas as camadas de gelo da Antrtica e Groelndia derretessem completamente, o nvel do mar poderiasubir em at 80 metros, o que inundaria a rea da Amrica do Sul vista aqui.
Linha costeira da Amrica do Sul se o mar subir 80 metros.
Se, por outro lado, o nvel do mar subisse apenas 6 metros, essa a inundao que eventualmente
aconteceria.
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medida que o nvel do mar sobe, quase todas as linhas costeiras parecem suscetveis a frequentes
inundaes, particularmente as cidades que no so ricas o suficiente para construir diques ou se adaptar deoutras formas. A invaso da gua salgada pode danificar fontes de gua doce que fornecem gua potvel.Na Amrica Latina, El Salvador, Guiana e a provncia de Buenos Aires estariam em maior risco deinundao e conseqente eroso, enquanto a gua potvel do Equador, Costa Rica e do esturio do Rio daPrata estariam em risco de serem contaminados com gua salgada. Mudanas costeiras tambmatrapalhariam o acesso reas de pesca e colocariam em risco a vegetao costeira, manguezais, peixes eoutras espcies do litoral.
Por causa da combinao de crescimento populacional, diminuio de gelo, precipitao e invaso de gua
salgada, o IPCC prev que de 7 a 77 milhes de pessoas na Amrica Latina sofrero com reservasimprprias de gua at a dcada de 2020, aumentando de 60 para 150 milhes at a segunda metade dosculo.
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Ecossistemas ocenicos
medida que os oceanos absorvem mais dixido de carbono, a qumica da gua do mar muda. Isso significaque muitos daqueles no fundo da cadeia alimentar ocenica tero dificuldade em formar suas conchas. Quasetodas as criaturas marinhas, de plnctons a baleias seriam direta ou indiretamente afetadas. Se a cadeiaalimentar ocenica se desestruturar, muitas pessoas no mundo, que dependem da pesca para se alimentar,passaro fome e frutos do mar se tornaro uma especiaria a qual s os ricos tero acesso.
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Por exemplo, muitas espcies de rvores do cerrado brasileiro podem ser extintas at 2050 se houver umaquecimento de 2C. Um estudo realizado em 2004, pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, indica que43% de 69 espcies de rvores na Amaznia podem ser extintas at o final do sculo.
Florestas tropicais de altitude seriam ameaadas por um aumento de 1-2C na temperatura nos prximos 50anos, pelo aumento da nebulosidade. Algumas plantas se tornariam extintas localmente, pois suas montanhasno so mais altas o suficiente para dar suporte ao habitat que precisam.
Na floresta de altitude de Monteverde, na Costa Rica, plantas e animais j esto sofrendo. Menos diasmidos resultaro no decrscimo das populaes de anfbios e provavelmente de aves e rpteis tambm.
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Aves migratrias tambm passaro por uma perda de habitat e diminuio de populaes. Em 2005, um
estudo sobre 300 espcies de aves migratrias descobriu que 84% delas esto ameaadas pelas mudanasclimticas, principalmente devido a pouca gua ou secas, que diminuem as reas de reproduo e lugares dedescanso ao longo de rotas migratrias.
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Sade
Na rea da sade as notcias tambm no so boas: as pessoas j esto sofrendo por causas relacionadas aoclima e muitas morrero ou adoecero conforme o planeta esquenta.
Taxas de mortalidades aumentam uma mdia de 6% durante ondas de calor, portanto mortes induzidas pelocalor ter um acrscimo conforme as temperaturas aumentam e as ondas de calor se tornam mais longas eintensas. Idosos, crianas e pessoas j fragilizadas por alguma doena tendem a ser as mais vulnerveis.
Conforme as temperaturas aumentam, mosquitos, roedores e outros transmissores de doenas aumentam seualcance e adoecem mais pessoas, principalmente em pases em desenvolvimento. Na Amrica do Sul, amalria, dengue e doenas relacionadas gua so ainda mais preocupantes. O clima em mudana eflorestas destrudas podem resultar em novas doenas afetando a populao humana.
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Na Bolvia, um estudo prev um aumento na transmisso de malria e leishmaniose, o que coloca em maiorrisco as populaes locais. Estudos tambm prevem um aumento na incidncia de dengue no Brasil,Mxico, Peru e Equador. Por outro lado, algumas reas da Amrica Central e ao redor da Amaznia devemter menos casos de malria, devido reduo das chuvas.
A poluio do ar deve tambm piorar, tendo em vista que temperaturas mais altas e maior umidadecontribuem para acrscimo do oznio e fazem com que partculas de poluio se formem e durem mais. Apoluio, por sua vez, causa mais doenas como asma e mortes por doenas de corao e pulmes.
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Alm disso, j que as mudanas climticas aumentam a incidncia de incndios florestais, a fumaa resultantedeles pode causar ainda mais problemas respiratrios.
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Economia
As pessoas no vero apenas os efeitos das mudanas climticas, mas tambm sentiro os impactos nobolso. Por que?
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Mais secas, temperaturas mais altas e eventos climticos mais extremos necessitaro de mudanas no estilo
de vida que vo desde quais plantas cultivar at como aproveitar as frias com a famlia. As mudanasclimticas aumentam o nmero de condies para as quais ns devemos nos preparar, e essa preparaotem um preo.
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Por exemplo, 50% das terras usadas para agricultura na Amrica Latina provavelmente sero afetadas pordesertificao ou salinizao at a dcada de 2050. Criadores de gado e beneficiadores do leite e seusderivados tambm vero uma menor produtividade com o aumento da temperatura. Com mais calor,inundaes, secas e diminuio de recursos hdricos , fazendeiros enfrentaro novas dificuldades o que poderesultar na reduo e at falncia de algumas produes.
Se no agirmos pra lidar com esta questo, estima-se que teremos um custo no futuro que corresponder aalgo em torno de 5% e 20% do produto interno bruto (PIB) global a cada ano futuro. Por outro lado, custosrelacionados a esforos para a reduo das emisses de gases de efeito estufa devem ficar em torno de 1%do PIB global, por ano. imprescindvel, porm, que investimentos num futuro mais sustentvel aconteam
nos prximos 10 ou 20 anos para que a humanidade no sofra ainda mais as conseqncias de ordemeconmica, social e ecolgica causadas pelo aquecimento global.
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Brasil, a Amaznia e as mudanas climticas
Emisses brasileiras de CO2
Vozes do Brasil: "O REDD no pode ser um mecanismo de remunerao de estoque de carbono em floresta para sempre,ele precisa ser um mecanismo, como se fosse a chave que d a partida no carro, de forma que voc crie umincentivo, mostrando para a sociedade que ela tem lgica de gerar renda, condies de gerar crescimento
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econmico numa outra lgica, ao mesmo tempo em que voc vai mudando essa lgica de desenvolvimento ecrescimento econmico. Portanto a gente precisa muito investimento e intensificao de agricultura, muito
investimento em pecuria e muito investimento no uso sustentvel dos recursos florestais. Enquanto voc vairecebendo por ter tomado a deciso de no mais derrubar floresta."
Paulo Moutinho, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaznia
Existe algo incomum sobre a origem das emisses brasileiras de dixido de carbono. Elas so muitodiferentes das emisses dos Estados Unidos, Europa, China, ndia e a maior parte do mundo. Por um lado,isso acontece porque o Brasil est anos a frente desses pases. Por outro lado, porque o Brasil tem maistrabalho a fazer.
Brasil est frente graas matriz energtica limpa e a preparao. A crise do petrleo durante a dcada de1970 fez com que o governo Brasileiro criasse o maior programa do mundo de gerao de energia a partirda cana de acar. Assim, o etanol recebeu as a ateno como bicombustvel de extrema utilidade. Mas oBrasil fez muito mais. Tambm iniciou programas de eficincia energtica e incentivou a gerao de energia apartir de hidreltricas e usinas elicas.
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No total, a energia renovvel geral mais de 45% da energia do Brasil uma quantidade incrivelmente grande
em relao a padres mundiais.
Em contraste, nos EUA, 93% das emisses de gases de efeito estufa no ano 2000 vieram da gerao deenergia por queima de combustveis fsseis, enquanto na Unio Europia foram 82%. No Brasil, apenas14% das emisses de gases de efeito estufa vm da gerao de energia e apenas 5.4% vm de carros,caminhes, nibus e avies, comparados a 26% nos Estados Unidos. Esse um dos benefcios dosprogramas brasileiros de energia renovvel.
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Quando se observa os pases com as maiores emisses de gases de efeito estufa por corte, queimadas e
converso de florestas em pastos ou plantaes, somente a Indonsia supera o Brasil.
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No total, desmatamento, mudana no uso da terra e agricultura so responsveis por mais de 3/4 das
emisses brasileiras de gases de efeito estufa.
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O que voc acha?
Agricultura outra grande fonte de emisses de gases de efeito estufa, principalmente em pases como oBrasil. Em todo o mundo, qual atividade agropecuria voc acha que mais produz gases de efeito estufa?(Escolha a melhor resposta.)
a)Decomposio decorrente de solos alagados para produo de arrozb)Adubo de gadoc)Fertilizao do solod)Gases provenientes da digesto do gado e outros animaise)Queima de biomassa
Done
A resposta certa d).
Animais de criao como gado, ovelhas e cabras produzem muito metano, que um gs de efeito estufa maispoderoso do que o dixido de carbono, o CO2(seu potencial de aquecimento 21 vezes superior ao do
CO2). Anualmente, criaes de animais produzem aproximadamente 1/3 de todas as emisses provenientes
de atividades agropecurias.
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Estudos sugerem que condies climticas que promovem secas na Amaznia, como o El Nio, por
exemplo, podem ocorrer com maior frequncia no futuro. Isso torna a conservao da floresta agora aindamais crucial para a sade do planeta, j que pode levar anos para que o homem reduza significantemente suadependncia de combustveis fsseis.
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Data from Food and Agriculture Organization of the United Nations,
State of the World's Forests 2009 (Annex 4)
Entre 2000 e 2005, o Brasil liderou os ndices mundiais em perda de floresta. Curiosamente, a Espanha (evrios outros pases no mostrados) de fato aumentou suas reas de floresta. Globalmente, uma rea defloresta tropical equivalente a mais que o dobro da Venezuela derrubada todo ano. O desmatamento nabacia amaznica responsvel por mais da metade disso. At 2001, um total de 837.000 quilmetrosquadrados de floresta foram perdidos.
No Brasil, quase 20% de floresta tropical uma rea do tamanho da Frana foi derrubada e convertidapara outros usos nos ltimos 30 anos. As margens sul e leste da floresta sofreram mais devido a expanso depastos de plantaes de soja na rea.
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A floresta degradada libera carbono lentamente conforme os materiais orgnicos se decompem, enquanto ofogo destri tudo de uma vez. Em ambos os casos, a floresta ao redor pode ser enfraquecida por maisincidncia de luz, calor e seca.
Outros fatores ainda impulsionam a liberao de carbono depois da derrubada da floresta.Aproximadamente 25-30% do carbono no solo recm desmatado e cultivado retorna ao ar quando matriasdas rvores mortas e micrbios do solo so expostos ao ar. A exposio ao ar permite que esses materiais
se decomponham mais rapidamente. O pastejo e cultivo do solo recm desmatado levam a liberao degases de efeito estufa. O uso de fertilizantes ricos em nitrognio faz com que o solo libere xido ntrico, outrogs de efeito estufa. Animais de criao, adubo, e plantaes de arroz liberam metano que, como vimos, um gs de efeito estufa 21 vezes mais poderoso que o CO2.
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Incndios e tempo
O desmatamento pode tambm afetar o clima de formas no relacionadas a liberao de gases de efeitoestufa. As florestas liberam a gua que absorvem do solo atravs de suas folhas, o que faz com que atuemcomo gigantes umidificadores do nosso planeta. Essa liberao de vapor d'gua tambm move o calor dasuperfcie para a atmosfera, onde a gua condensa. Esse efeito diminui as temperaturas da superfcie.
Derrubar florestas como tirar da tomada esse ar-condicionado, o que no s esquenta o clima comotambm diminui o vapor de'gua que poderia virar chuva.
Imagem de satlite do rio Amazonas, no Brasil.Nuvens se formam sobre a densa copa das rvores,
mas so esparsas sobre as reas mais secas ao longo do rio.
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Como resultado, a derrubada de mais de 30% da floresta seria responsvel por uma Amazniapermanentemente mais seca, provocando um ciclo que converte mais e mais floresta em savana. Conforme
mais rvores morrem, todo o resto seca mais rpido, o que mata mais rvores e assim por diante.
Um estudo recente da Universidade Federal de Viosa, Brasil, sugere que se apenas mais 3% da floresta naregio do Mato Grosso fosse derrubada, a rea poderia se tornar uma permanente savana.
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a)Menos chuva em 2005b) Mais desmatamento para ampliao de fazendas em 2005c)Mais incndios causados por raios em 2005d)Fiscalizao e maior cumprimento de leis ambientais em 2006
Done
As melhores respostas provavelmente so a) e d).
difcil dizer precisamente o que afeta o nmero de queimadas num ano especfico. Sabemos que o ano de2005 teve uma seca muito intensa, que provavelmente foi um enorme fator para as queimadas daquele ano.A queda em 2006 foi, provavelmente, devido a maior rigidez de leis florestais, para que a incidncia de fogono se repetisse como no ano anterior.
Uma situao parecida aconteceu entre 2007 e 2008, mas cientistas no tm certeza do que causou a quedanesses anos, j que o tempo no parece ter sido um fator. Talvez as condies de mercado de madeira eagricultura ou aes reguladoras tenham sido um fator.
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Outro estudo na Amaznia peruano descobriu que mosquitos transmisses de malria picam 100 vezes maisem reas desmatadas do que em florestas intactas. Mas raiva e malria so os nicos efeitos dodesmatamento na sade.
Fumaas de florestas em chamas causam doenas respiratrias nas pessoas prximas ao local da queimada.Em 1997, as visitas ao mdico por problemas respiratrios aumentaram 20 vezes durante os incndios deAlta Floresta. Apenas em 1998, o governo brasileiro gastou US$11 milhes com o tratamento de problemasrespiratrios na Amaznia.
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Se, como os atuais estudos cientficos sugerem, secas se tornarem mais comuns na Amaznia, comunidadestradicionais e rurais e povos indgenas podem ter de lidar com a escassez e a insalubridade de gua, a falta
de alimentos e outras dificuldades ligadas s mudanas climticas.
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Esse sucesso no passou despercebido e foi o motivo que levou a Conveno Quadro das Naes Unidas
Sobre Alteraes Climticas (UNFCCC) a destacar o Brasil, assim como outros pases na frica, sia, eAmrica Latina, por seus xitos com programas de Reduo de Emisses por Desmatamento e DegradaoFlorestal, conhecido como REDD.
O conceito desse mecanismo que pases desenvolvidos signatrios da Conveno de Clima (conhecidoscomo pases do Anexo I) ajudariam a compensar os pases detentores de florestas tropicais, como Brasil eIndonsia, pela reduo no desmatamento e promoo de prticas de gerenciamento sustentvel da floresta.Apesar de no ser arato inicialmente, autoridades estimam que os custos diminuam no decorrer do tempo.
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O mecanismo de REDD, no Brasil, deve incluir compensaes ou incentivos positivos para agricultores
familiares, produtores rurais, povos indgenas, comunidades tradicionais e esferas de governo pelo servioque prestam pela a humanidade mantendo a floresta em p ou deixando de desmat-la. Esse mecanismocontempla no s a reduo de emisses provenientes do desmatamento e da degradao, mas tambm opapel da conservao, do manejo sustentvel das florestas e do aumento dos estoques de carbono dasflorestas nos pases tropicais.
Alm de reduzir emisses de carbono oriundas de desmatamento, estudos mostram que tal mecanismotambm ajudaria a amenizar a pobreza e proteger cidados, alm de promover a conservao dabiodiversidade. No Brasil, o recurso gerado poderia dobrar a renda de 200.000 famlias de produtoresrurais que vivem em reas de floresta; reduzindo doenas respiratrias, mortes e danos s florestas eplantaes decorrentes de queimadas; e evitando a reduo na incidncia de chuvas, importante paraplantaes e hidroeltricas. Em concluso, REDD pode ajudar a evitar a perda de servios ambientaismltiplos e de muitas espcies importantes e insubstituveis que fazem da Amaznia um tesouro nico.
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Acordos internacionais
UNFCCConveno sobre Mudanas Climticas
Vozes do Brasil: "Eu no sei o que so as mudanas climticas, mas eu sei dizer o que a gente j sofre de diferena l. L
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ns sofremos uma diferena muito grande, uma mudana no jeito da natureza, que vocs chamam issomudanas climticas.
Eu entendo que a proposta do mecanismo REDD uma proposta bastante interessante para ns. O grandeproblema de que jeito ns podemos afinar ela, adaptar ela, a um jeito que faa bem para as populaes
tradicionais da floresta, que no faa mal como outros programas que j tiveram, no de mudanasclimticas, mas outros fundos, outras coisas, que vieram como uma soluo, mas na verdade no chegou at
as comunidades.
A proposta para ns interessante, ela vai na linha, ela um meio concreto, assim se transforme em poltica,de reduo de desmatamento."
Manoel Silva da Cunha, Presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS)
Atualmente cientistas concordam que apenas mudanas globais drsticas iro desacelerar as mudanasclimticas. Essa no uma nova concluso. Em 1992, durante a Conferncia Internacional sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento em no Rio de Janeiro, o texto da Conveno-Quadro das Naes unidassobre Mudana do clima, tambm conhecida como UNFCCC, foi aberto para assinatura. A conveno foiassinada e ratificada por mais de 192 pases. Essa conveno havia sido sugerida pelo PainelIntergovernamental sobre Mudana do Clima, mais conhecido pela sigla em ingls IPCC, a autoridademundial nas questes de mudanas climticas, criado em 1988 pela Organizao Mundial de Meteorologia(WMO) e pelo Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
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Reconhecendo que pases desenvolvidos so os principais responsveis pelos altos nveis atuais de emisses
de gases de efeito estufa na atmosfera, o Protocolo de Quioto imps metas para 37 pases industrializados ea Unio Europia, os chamados pases do Anexo 1.
Sob o Protocolo de Quioto, os pases do Anexo I se comprometem a reduzir suas emisses nacionais emuma mdia de 5% dos nveis de 1990 entre 2008-2012 (chamado de primeiro perodo de compromisso deQuioto). Sob o Protocolo de Quioto, pases em desenvolvimento, ou seja, no pertencentes ao Anexo I,no tm compromisso de reduzir suas emisses. O Brasil est nesse grupo, assim como a China, ndia eIndonsia.
O que voc acha?O protocolo de Quioto se tornou efetivo em 16 de fevereiro de 2005, e at 2009, foi ratificado por 184pases. Qual pas(es) influente(s) NO ratificou o Protocolo at 2009? (Choose all that apply.)
a)Alemanhab)Rssiac)Estados Unidosd)Austrlia
e)Gr BretanhaDone
A resposta certa c).
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O comrcio de emisses permite que pases desenvolvidos que tenham diminudo suas emisses de gases deefeito estufa para nveis abaixo de suas metas, comercializem esse excesso com outro Pas do Anexo I, ou
seja, os pases vendem seus crditos para aqueles que no atingiram suas metas.O mecanismo de implementao conjunta permite que um pas do Anexo I invista num projeto de reduode emisses em outro pas do Anexo I, onde o custo para reduo seja mais baixo. Por exemplo, se o custode reduo de emisses no Japo for muito alto, o Japo poderia investir num projeto na Frana. Nesseexemplo, a Frana se beneficiaria do investimento e tecnologia externos e o Japo teria uma possibilidademaior de cumprir suas metas.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, tambm conhecido como MDL, o nico que permite aparticipao de pases em desenvolvimento. Nesse mecanismo, pases desenvolvidos com compromissos dereduo de emisses podem investir em projetos em pases em desenvolvimento aqueles que no tmcompromissos de redues sob o protocolo de Quioto para gerar crditos de carbono de forma maisbarata. Esses projetos resultam em crditos que, certificados, podem ser comercializados e somados para oalcance das metas de Quioto.
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Exemplos de projetos de MDL podem incluir:
Levar eletricidade s reas rurais usando painis solares e turbinas de vento.Trocar combustveis fsseis por biocombustvel.Dispor corretamente lixo urbano e rural para evitar emisses de metano.Sequestrar carbono plantando rvores onde florestas foram derrubadas (reflorestamento) ou em terrasonde no havia florestas (aflorestamento).
O MDL registrou mais de 1.838 projetos, e esse um nmero que s cresce.
Para pases em desenvolvimento, projetos de MDL fornecem desenvolvimento sustentvel e reduo deemisses, enquanto a pases industrializados do alguma flexibilidade em como atingir suas metas de reduo
de emisso.
Como os pases tm participado do MDL?
At setembro de 2009, 5.340 projetos estavam em alguma fase do ciclo de projeto do MDL (validao,aprovao e registro). A China tem a maioria 37% do total, a ndia vem em segundo 27%, seguida peloBrasil com 8% do total. Juntos, eles representam 72% dos projetos existentes.
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Em termos de emisses reduzidas por esses projetos, o Brasil contribuiu com 6% do total global.
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Apesar de projetos de MDL envolverem aflorestamento e reflorestamento, projetos que visam evitar
emisses prevenindo o desmatamento e incndios ainda no fazem parte do mecanismo. Por o Brasil ser umdos 5 maiores emissores de gases de efeito estufa, e por mais da metade de suas emisses seremprovenientes do desmatamento, tem-se falado muito sobre a criao de programas de reduo de emissespor desmatamento usando um mecanismo como o MDL em pases em desenvolvimento.
Essa idia tem uma histria que vem desde 2003, quando um grupo de pesquisadores liderados pelo IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaznia introduziu uma proposta chamada de Reduocompensada de desmatamento na COP 9, em Milo. A proposta sugeria que pases desenvolvidos que,voluntariamente, reduzissem emisses por desmatamento receberiam uma compensao financeira
internacional equivalente s emisses evitadas, de acordo com os preos do mercado de carbono.
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positivos com relao a questes referentes reduo de emisses provenientes do desmatamento e dadegradao florestal nos pases em desenvolvimento; e o papel da conservao, do manejo sustentvel dasflorestas e do aumento dos estoques de carbono das florestas nos pases em desenvolvimento. Essemecanismo conhecido tambm pela sigla REDD (Reduo de Emisses por Desmatamento eDegradao).
As naes membro tero que decidir como tornar REDD realidade. Os detalhes metodolgicos domecanismo e o e o tipo de financiamento so elementos decisivos para o sucesso do REDD em pases emdesenvolvimento e, em conseqncia, a conservao de florestas tropicais e compensaes para aqueles quea mantm em p e que auxiliam nos esforos de reduo de desmatamento e degradao.
Nos prximos anos haver muitas mudanas em como as naes do mundo se pronunciam sobre oproblema das mudanas climticas e esse importante mecanismo. REDD, com j visto, pode ser essencialpara a manuteno das florestas tropicas, mas cabe a cada um de ns, como governo ou cidado, aspequenas e grandes atitudes que vo conter o clima e proteger a humanidade. Para atualizaes e maisinformaes favor visitar e guardar em seus favoritos nosso website: http://www.ipam.org.br/
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