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Sobre a autora Maria Teresa Maia Gonzalez é uma escritora portuguesa
que nasceu em Coimbra, em 1958. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, especificamente em Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professora de Português de 1982 a 1997, nos ensinos público e privado.
Tem diversos livros editados, tais como, Gaspar & Mariana, A Fonte dos Segredos, O Guarda da Praia, O Incendiário Misterioso, A Lua de Joana (que foi o seu maior êxito editorial), Histórias com Jesus e A Cruz Vazia. Também é autora da coleção Profissão: Adolescente que, com 26 títulos publicados, já foram vendidos mais de 300.000 exemplares. Com Maria do Rosário Pedreira, é coautora da colecção O Clube das Chaves, em que se publicaram 21 volumes. Recentemente, começou a escrever outra coleção intitulada por Um Palco na Escola. Os seus livros são um sucesso entre os mais jovens, tendo já ganho alguns prémios de literatura.
Indicação Bibliográfica
o Título – A fonte dos segredos
o Autor – Maria Teresa Maia Gonzalez
o Editor – Pi (Babel)
o Tipo de livro – Infantojuvenil; Aventura; Memória
Sobre o livro
A personagem de que
mais gostei foi o Gustavo,
porque estimava a
natureza , nomeadamente
animais, e aprendeu com a
avó Celeste, sua fã nº1,
que é importante ser livre.
As personagens de que
menos gostei foram os
gémeos Dudu e
Dadá, porque eram
cábulas, falavam com
gozo para o seu meio-
irmão Gustavo e só o
importunavam.
O lugar descrito que mais
me impressionou foi a
fonte dos segredos ,
também conhecida por
fonte dos namorados, que
tem origem numa lenda
antiga, traduzindo a
coragem e valentia de um
bombeiro.
O momento da ação que
gostaria de ter vivido foi
quando o Gustavo foi com
o pai a uma quinta para
assistir ao nascimento de
um potro e recebeu de lá
um cachorrinho, que
passou a ser mais um dos
animais do seu jardim
zoológico.
Desagradou-me o desfecho da história, uma vez que Joana voltou para Lisboa e Gustavo partiu para um internato para começar o primeiro ano, deixando os seus mais íntimos (animais), os seus amigos, a sua família, mas sobretudo, a sua avó Celeste.
Conselhos à leitura do livro:
I. Conter uma linguagem adequada à idade juvenil;
II. Possuir um desfecho triste, que pode emocionar, motivando o leitor;
III. Ser um livro de memória, falando da descoberta da vida, do mundo, do amor e dos sonhos, o que marca a
porqu
e
Apreciação de
frases/expressões
“ _ Estou a ver que gostas
muito de bichos!
_ É… Especialmente de
alguns.
_ Gafanhotos?... - inquiriu
sorrindo.
_ Joaninhas…”
foram expressões em que
Gustavo mais demonstrou
a sua paixão por Joana ,
mas de forma subjetiva.
Existe ligação entre a capa e a obra, visto que a primeira
representa Gustavo a ajudar Joana a andar de bicicleta,
relacionando-se com o momento da ação em que a
rapariga era nova na Fonte Branca, estava habituada à
vida na cidade e foi motivada pelo narrador a conhecer
aquele ambiente natural e a descobrir novas amizades.
o Introdução
Este livro retrata o verão que mais marcou a vida juvenil de Gustavo, um rapaz que descobre a sua verdadeira vocação muito cedo: ser veterinário e até mesmo cientista ou zoólogo. Ele tinha um “laboratório” em casa, no seu quintal, uma vez que adorava a natureza. O espaço descrito nesta obra é Fonte Branca, local onde o narrador vive. Ele fala-nos das suas descobertas incríveis (amizade, amor, família e mundo), sempre acompanhado pelos seus “mais íntimos”, os animais.
Assunto/Resumo
o I - O Professor Timóteo
Este capítulo fala-nos do final das aulas da quarta
classe de Gustavo. Ele apresenta a sua família, os
animais do seu laboratório e o seu inteligente
professor Timóteo, que a partir de um livro que ele
lhe deu, descobriu que gostava da sua impertinente
tia Encarnação. Ele ainda saiu deste ano letivo,
encontrando a sua veia poética e humorista.
o II – O leque dos pavões tristes
Aqui, Gustavo fala da encantadora relação com a sua avó
Celeste, que mais determinou a sua infância. Ela conta-lhe a
história do seu avô Hugo, que fora aviador e sempre teve o
sonho de voar como as aves, mas, infelizmente, faleceu.
Mostrou-lhe também o seu ateliê , onde se encontravam
vários leques pintados por ela e o seu mais recente, a que
chamou “leque dos pavões tristes”, explicando-lhe que as
aves são os animais que têm melhor vida, exceto os
pavões, pois não são livres; até podem ter uma grandíssima
beleza, mas não conseguem voar, logo estão representados
com tristeza.
o III – O meu pai
Outra personagem significante na sua vida foi o seu pai. Nas
férias, o narrador conta a viagem que ele fez com o pai a
uma quinta onde pôde ver os dólmenes de Fonte Branca,
assistir ao nascimento de um potro e trazer dessa quinta um
cachorro, que passou a ser mais um dos seus íntimos
(animais).
o IV – Bichos-carpinteiros
Ele passou o estio, muitas vezes, com a companhia dos seus
amigos que tinham cada um uma alcunha: o Litos, o Pelé, o
Badalo, o Dentes-de-aço e o Conta-Gotas (que não esteve
presente durante um mês). Estes foram verdadeiros amigos
nas suas aventuras e encrencas.
o V – Bichos-do-mato
Este capítulo relata a comemoração do 10º aniversário de
Gustavo e a chegada dos seus meios-irmãos gémeos Dudu e
Dadá, que já andavam na faculdade e só o importunavam.
Ele chamava-os de “cábulas” e de “exilados”. Nesse dia, o
narrador recebeu o melhor presente que podia ter, dado pelo
seu pai, que foi uma bicicleta. A partir daqui, ele fez as suas
caminhadas à serra com a sua nova prenda.
o VI – Joaninha, voa, voa…
Gustavo fala da sua ida à feira e da sua nova
amizade, Joana, que era uma rapariga lisboeta, sobrinha-neta
de uma vizinha dele, por quem se apaixonou. Não sabia
andar de bicicleta, pelo que Gustavo prometeu-lhe ensinar.
o VII – O passeio à serra
Neste capítulo, Gustavo, juntamente com os seus
amigos, ajudam a Joana a andar de bicicleta, passeando pela
serra. Ele descobre que os pais dela estão em vias de se
divorciar, ficando preocupadíssimo, e revela-lhe que adora a
natureza, a vida animal e que sonha ser, um dia, um cientista
famoso.
o VIII – Peixes de água doce
Gustavo aproveita para descansar junto ao rio, onde, com os
seus amigos, nada e desenha um retrato dos olhos de Joana,
a que ela os chama de peixes de água doce.
o IX – No quintal
Gustavo leva Joana ao seu quintal para conhecer o seu
“laboratório” e “jardim zoológico”, influenciando-a a gostar
mais da vila e da natureza. Ela depois acabou por ter um
grande afeto para com o cachorro de Gustavo.
o X – É fogo
O narrador prevê a existência dos vários incêndios durante
esta época quente e, um dia, ocorre um destes junto à casa
de um grande amigo seu, Manel Bezerra, que é pastor e
apicultor. Ele, sabendo do acontecimento, esconde-se dentro
do carro dos bombeiros e aparece no local para ajudá-lo.
Mais tarde, espera no centro de saúde para ver se o seu
amigo se encontrava bem, mostrando a sua lealdade para
com os seus.
o XI – A fonte dos segredos
Gustavo e Joana passeiam até à fonte dos segredos, ou fonte
dos namorados, e ele revela-lhe a lenda antiga daquele lugar.
Conta-se que, há muitos anos, houve um fogo terrível e um
bombeiro famoso de Fonte Branca, que era corajoso, foi
capaz de salvar um aprendiz de serralheiro, mas voltou ao
local para apagá-lo. Infelizmente, morreu, e a sua namorada
veio sentar-se naquela fonte; chorou tanto, que acabou por
secá-la, como se fosse magia.
o XII – Solidários
Neste capítulo, Joana regressa à cidade com o seu pai e, para
que Gustavo se sinta melhor, vai ao encontro do seu sempre
amigo Manel Bezerra. Este dá-lhe conselhos e diz-lhe que o
seu filho, que está na Suíça, convidou-o a ir também para lá.
O narrador pede-lhe ainda para o deixar de tratar por “tu” e
por “menino”.
o XIII – O fantasma do sacristão
As férias estavam a chegar ao fim e Gustavo estava quase a
partir para o internato. Ele e os seus amigos foram visitar as
grutas, recebe notícias de Joana e tem uma conversa com a
avó Celeste sobre as flores. Ela explica-lhe que nunca
pintou flores, devido a serem criaturas estáticas, porque
apenas gosta de representar o que se movimenta.
o XIV – Herdeiros
Gustavo chega ao dia de partida, deixando o seu quintal, os
seus “mais íntimos”, que ficam com os seus amigos e com o
seu pai enquanto estiver ausente, a sua família, mas
sobretudo, a sua avó Celeste que, na despedida, estava
colada à janela do ateliê, no seu roupão branco de seda e
tinha nas suas mãos o leque dos pavões tristes.
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