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A GESTÃO DE PESSOAS E A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA PARA AS
ORGANIZAÇÕES
Gabriela Gonçalves Martins Estevan¹
RESUMO
O presente artigo traz uma visão sobre a gestão de pessoas que ocorre através
da participação do colaborador com a organização buscando a realização de
seus interesses e objetivos pessoais, por outro lado, as organizações
dependem diretamente de seus colaboradores para produzir, atender e ter
resultados. Essa relação de interdependência precisa ser cultivada, trabalhada
e motivada e para isso é indispensável a presença de uma liderança
capacitada, capaz de estimular, cativar e influenciar os colaboradores por meio
de políticas e diretrizes que devem nortear o regimento da organização em
busca do cumprimento de suas missões e visões organizacionais. Os líderes
precisam desenvolver e colaborar para o crescimento da instituição e do
próprio profissional, entendendo que se o colaborador estiver motivado e for
estimulado à progressão, ele será capaz de dar o seu melhor originando em
resultados positivos para a organização.
Palavras-Chave: Colaborador, Liderança, Organização, Motivação.
RESUME
This article provides an insight into the management of people that occurs
through the participation of the employee with the organization, seeking the
realization of their personal interests and objectives and the organizations that
depend directly on their employees to produce, meet and have results. This
interdependent relationship needs to be cultivated, worked and motivated and
for that it is essential to have a trained leadership, capable of stimulating,
captivating and influencing employees through policies and guidelines that
should guide the organization's bylaws in pursuit of compliance with their
organizational missions and visions. Leaders need to develop and collaborate
for the growth of the institution and the professional itself, understanding that if
the employee is motivated and encouraged to progress, they will be able to do
their best resulting in positive results for the organization.
Keywords: Collaborator, Leadership, Organization, Motivation.
¹Bacharel em Administração de empresas - Uniabeu. Especialista em
Planejamento estratégico – Unibf. Especialista em Administração de Recursos
Humanos – Unibf. Especialista em Gestão escolar integrada com ênfase em
administração, coordenação, inspeção, supervisão e orientação educacional.
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INTRODUÇÃO
O conceito de gestão de pessoas vem sendo cada vez mais discutido
nas organizações. Atingir os objetivos organizacionais por meio de uma equipe
capacitada e motivada está se tornando constantemente o foco dos gestores
atuais. No mundo atual, de constantes transformações, é indispensável que se
desenvolva uma gestão estratégica capaz de estimular as habilidades
necessárias para a sobrevivência da instituição em um mercado que tem se
tornado cada dia mais competitivo, e é nessa tese que surge a crescente
necessidade de um posicionamento por parte das organizações.
Com a crescente globalização dos negócios e a gradativa exposição à forte concorrência mundial, a palavra de ordem passou a ser produtividade, qualidade e competitividade. (CHIAVENATO,2000, p XI).
Custou um longo período de tempo até que as empresas e a sociedade
em geral percebessem que o sucesso de uma organização está diretamente
ligado às pessoas e, nesse contexto, elas deveriam ser tratadas como
parceiros e não como recursos. Essa relação de interdependência mostra que
as organizações precisam das pessoas e as pessoas precisam das
organizações. Muitos buscam sucesso pessoal, realização profissional, e isso,
está diretamente relacionado ao sucesso da organização. Termos como
empregabilidade e empresabilidade são usados para mostrar de um lado, a
capacidade das pessoas de conquistar e manter seus empregos, e, de outro, a
capacidade das empresas para desenvolver e utilizar as capacidades
intelectuais e competitivas de seus membros. (CHIAVENATO, 2000)
A gestão de pessoas pode ser definida não simplesmente pelas
atividades que executa, mas pelos resultados que agrega à organização,
através de uma visão analítica que incorpore os interesses da organização à
execução pelos colaboradores, levando em consideração suas características.
Neste sentido, as pessoas constituem parte integrante do capital intelectual da organização. As organizações bem-sucedidas se deram conta disso e tratam as pessoas como parceiros do seu negócio e fornecedores de competências e não mais como simples empregados contratados. (CHIAVENATO, 2011, p.10)
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A organização que não enxerga a importância de uma boa gestão de
pessoas está fadada ao fracasso. Valorizar e capacitar cada colaborador é
imprescindível para o sucesso de qualquer instituição. Nesse contexto entra
também a importância de bons líderes, bons gestores que estejam realmente
capacitados a conduzir a organização a atingir seus objetivos.
Os líderes são importantes por três motivos: em primeiro lugar, eles são responsáveis pela eficácia das organizações. O sucesso ou fracasso de qualquer organização. Em segundo, as adversidades que encontramos pelo caminho às vezes nos deixam sem rumo, então buscamos nos líderes um caminho, um porto seguro. E em terceiro lugar, o líder é aquele que conhece o problema, mas não se prende ao contexto, seja ele por conta dos cenários administrativos voláteis ou fusões e aquisições ou ainda por fatores demográficos. (BENNIS, 1996, P. 22)
1 – GESTÃO DE PESSOAS
As pessoas constituem o ativo mais importante das organizações. De
uma forma geral o contexto da Gestão de Pessoas é percebido pela
interdependência entre as organizações e as pessoas, onde ambos buscam
realizar seus objetivos: objetivos organizacionais e objetivos individuais.
Atualmente as organizações mudaram seu conceito de parceria, incluindo os
funcionários neles e passando a tratá-los como parceiros. É possível perceber
que nesse relacionamento de parceria, o colaborador está disposto a investir
seus esforços na organização em troca de retornos adequados. Assim as
pessoas deixaram de ser recursos humanos para se tornar parceiros.
Os autores Fisher e Fleury (1998), definem Gestão de Pessoas como
sendo, “um conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para
orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente
trabalho”.
Houve toda uma transformação na mentalidade das organizações,
sendo possível notar que o sucesso de uma instituição está totalmente ligado
ao serviço que é prestado por seus colaboradores, e este serviço de qualidade
está relacionado a como esse colaborador é tratado, treinado e capacitado.
[...] falar de gestão de pessoas é falar de gente, de
mentalidade, de vitalidade, ação e proação. A Gestão de
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Pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e
transformações nestes últimos anos. Não apenas nos seus
aspectos tangíveis e concretos como principalmente nos
aspectos conceituais e intangíveis. A Gestão de pessoas tem
sido a responsável pela excelência das organizações bem-
sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza,
mais do que tudo, a importância do fator humano em plena
Era da informação. Chiavenato (2005, p. 5)
A área de gestão de pessoas é a responsável por estimular o indivíduo ou
grupo a contribuir para com o desenvolvimento e crescimento da empresa, e,
por esse motivo, é tão importante o investimento das organizações em
profissionais dessa área, pois é a partir daí que é possível direcionar o rumo
que a empresa tende a seguir, já que a deficiência nessa área pode levar a
organização ao fracasso.
2 – PROCESSOS DA GESTÃO DE PESSOAS
Segundo CHIAVENATO (1999), gestão de pessoas é uma união de
políticas e práticas indispensáveis para governar os aspectos da posição em
que está, de líder, principalmente os relacionados com as “pessoas” ou
recursos humanos.
Os objetivos da gestão de pessoas passaram a ser estratégicos e seus
processos: agregar, aplicar, recompensar, manter, desenvolver e monitorar
pessoas se tornaram indispensáveis para as organizações.
2.1 – Processo de agregar pessoas
Também conhecido como processo de provisão ou suprimentos de pessoas,
esse processo envolve práticas de recrutamento e seleção, e pode ser
compreendido como qualquer atividade da empresa para encontrar e
estabelecer uma relação de trabalho com pessoas capazes de atender as
necessidades da organização e contribuir para o sucesso organizacional.
2.2 – Processo de aplicar pessoas
É o meio utilizado para desenhar as atividades que um profissional
desempenhará na organização, orientar e acompanhar o seu desenvolvimento
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do mesmo na execução de suas tarefas. Envolve a integração do funcionário
na empresa, o desenho do cargo a ser desenvolvido e a avaliação de
desempenho do funcionário no cargo.
2.3 – Processo de recompensar pessoas
Por ser um dos principais elementos de motivação e incentivo, esse processo
constitui um papel de destaque para a gestão de pessoas, já que os
funcionários trabalham em busca de certas expectativas e resultados.
Compreende: remuneração, programas de incentivo ao pessoal e programas
de benefícios e serviços. As empresas precisam desenvolver sistemas de
remuneração eficazes para proporcionar motivação, retenção e interesse das
pessoas em permanecer na organização por longo prazo.
2.4 – Processo de desenvolver pessoas
Inclui treinamento e desenvolvimento de pessoas, programas de mudanças e
desenvolvimento de carreira. É um meio de capacitar e aperfeiçoar o
desenvolvimento pessoal e profissional.
2.5 – Processo de manter pessoas
É utilizado para manter as pessoas da organização satisfeitas e motivadas,
com condições ambientais e psicológicas satisfatórias, despertando o interesse
do funcionário em permanecer na empresa por longo prazo. Inclui relações
com empregados, higiene, segurança e qualidade de vida do trabalhador.
2.6 – Processo de monitorar pessoas
Acompanhar, orientar e manter o comportamento das pessoas de acordo com
o planejamento da empresa, garantindo que o mesmo seja bem executado e
que os objetivos sejam alcançados. Esse processo compreende os bancos de
dados e sistemas de informações gerenciais.
Empresas que compreendem a importância desses processos, estarão a frente
da concorrência e terão resultados como excelência, qualidade, organização,
crescimento e satisfação.
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3 – LIDERANÇA
Liderança é definida pelo processo de influenciar pessoas. O sucesso da
organização e de seus colaboradores está ligado à maneira que o líder conduz
cada situação.
Comprometimento, empolgação, espírito missionário, visionário, foco em objetivos, senso de oportunismo e, por extensão, ênfase na participação de todos, na dedicação, impulso, orientação, reforço, retroação, motivação e foco no aprendizado das pessoas. (Idalberto Chiavenato, 2010 p.274)
Os melhores resultados no tocante à liderança ocorrem quando ela é
desenvolvida, não sendo impositiva. Neste contexto, a liderança deve ser
entendida como um processo dinâmico e progressivo de aprendizado.
Para CHIAVENATO (1994) a Liderança é um fenômeno tipicamente social que
ocorre exclusivamente em grupos sociais. Pode-se defini-la como uma
influência interpessoal exercida numa dada situação e dirigida através do
processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos.
Segundo MAXIMIANO (2002), liderança é a capacidade pessoal de aglutinar e
influenciar pessoas para a realização de objetivos. É uma das atribuições dos
gerentes nas organizações formais, uma atribuição complexa, que envolve
inúmeras tarefas e habilidades. Liderar significa obter efeitos ou resultados por
meio da mobilização de pessoas.
Segundo Cecilia Bergamini (2009, p. 14) “a liderança não pode ser concedida
por poder ou segundo uma estrutura; só se é um líder, se as pessoas seguirem
sua liderança, tendo a liberdade de não o fazerem.”.
Ficando assim notório que a verdadeira liderança é aquela, onde o líder
conquista seus liderados sem usar seu poder de autoridade, mas através de
seu poder de influenciar pessoas. O líder é aquele capaz de motivar e
incentivar seus liderados para que os mesmos ajam em prol da realização de
uma missão. Sendo assim, a liderança é de suma importância por exercer
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influência no comportamento das pessoas com a finalidade de motivá-las,
impulsioná-las a conquistar resultados. Segundo Tajra (2014 p. 14):
O líder e a pessoa que relaciona os objetivos da empresa e os metodos e meios de atingi-los. E a pessoa que combina as habilidades tecnicas e comportamentais, e que possui competencias para mobilizar os recursos humanos, financeiros, o tempo e o que houver disponível para o melhor desempenho da empresa. O líder deve possuir alta capacidade de adaptação, comunicação assertiva, decisão e firmeza em momentos de transição para guiar corretamente seus subordinados na melhor direção. (Segundo Tajra 2014 p. 14)
Há tempos, a teoria de que o espírito de liderança já nasce com o ser humano
era a defendida por muitas pessoas. Hoje, acredita-se que liderança é algo que
pode ser devolvido no ser humano. E diversos estudos buscam desenvolver as
habilidades e atributos que devem ser adquiridos por um líder. Esse é um
assunto muito importante quando se leva em consideração que o fracasso de
muitas organizações está diretamente ligado a uma liderança despreparada.
Por isso busca-se várias teorias e conceitos para analisar o comportamento de
líder capaz de influenciar e levar uma organização ao sucesso.
[...] não há explicação simples para o que constitui um comportamento de liderança eficaz – a eficácia do líder varia de uma atuação para outra [...] o maior defeito dos dois estudos foi não alcançar seu objetivo primeiro: identificar um comportamento universal de liderança, os padrões de resposta e os relacionamentos de seus seguidores (GRIFFIN e MOORHEAD, 2006, p. 282).
Ficando assim, claro que definir o comportamento de um líder eficaz não é algo
simples. Deve-se levar em consideração a situação, os fatores, os liderados, a
organização, os aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos.
Um líder se torna fonte de inspiração para os demais membros da
equipe que decidem o seguir, pois passam a acreditar na mesma visão
apresentada por ele. Grande é a responsabilidade ao se tornar um referencial,
já que é o exemplo dado pelo líder que gera o comprometimento de sua
equipe. O líder deve utilizar princípios claros, acreditando que todas as tarefas
e esforços são importantes na busca da excelência (BARBIERI, 2016).
A missão do líder envolve predisposiçoes de sua parte, que foram sendo trabalhadas ao longo de bastante tempo e que dão ao seguidor a confiança da qual precisa para
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assumir a orientação para se envolver com motivação especial a responsabilidade que lhe cabe. (Bergamini 2009, p. 122)
4 – ESTILOS DE LIDERANÇA
Nos primórdios do século XX, prevaleceram as pesquisas sobre liderança,
entendida como qualidade inerente a certas pessoas ou traço pessoal inato. A
partir dos anos 30, evoluiu-se para uma concepção de liderança como conjunto
de comportamentos e de habilidades que podem ser ensinadas às pessoas
que, desta forma, teriam a possibilidade de se tornarem líderes eficazes.
Pode-se afirmar, genericamente, que os diferentes estilos de liderança,
propostos à luz das diversas teorias, se enquadram em três principais critérios
de classificação, apresentados como eixos lógicos em que se agrupam apenas
sete estilos principais: a) quanto ao grau de centralização de poder: Liderança
Autocrática, Liderança Participativa e Liderança Delegativa; b) quanto ao tipo
de incentivo: Liderança Transformacional e Liderança Transacional; e c) quanto
ao foco do líder: Liderança Orientada para Tarefa e Liderança Orientada para
Relacionamento.
4.1 – Liderança Autocrática - é baseada na autoridade formal, aceita como
correta e legítima pela estrutura do grupo. O líder autocrático baseia a sua
atuação numa disciplina rígida, impondo obediência e mantendo-se afastado
de relacionamentos menos formais com os seus subordinados, controla o
grupo por meio de inspeções de verificação do cumprimento de normas e
padrões de eficiência, exercendo pressão contínua. A principal restrição a esse
tipo de liderança é o desinteresse pelos problemas e ideias, tolhendo a
iniciativa e, por conseguinte, a participação e a criatividade dos subordinados.
O uso desse estilo de liderança pode gerar resistência passiva dentro da
equipe e inibir a iniciativa do subordinado, além de não considerar os aspectos
humanos, dentre eles, o relacionamento líder-liderados.
4.2 – Liderança Participativa ou Democrática - Nesse estilo de liderança,
abre-se mão de parte da autoridade formal em prol de uma esperada
participação dos subordinados e aproveitamento de suas ideias. Os
componentes do grupo são incentivados a opinarem sobre as formas como
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uma tarefa poderá ser realizada, cabendo a decisão final ao líder. O êxito
desse estilo é condicionado pelas características pessoais, pelo conhecimento
técnico-profissional e pelo engajamento e motivação dos componentes do
grupo como um todo. Em se obtendo sucesso, a satisfação pessoal e o
sentimento de contribuição por parte dos subordinados são fatores que
permitem uma realimentação positiva do processo. Na ausência do líder, uma
boa equipe terá condições de continuar agindo de acordo com o planejamento
previamente estabelecido para cumprir a missão. O líder deve estabelecer um
ambiente de respeito, confiança e entendimento recíprocos, devendo possuir,
para tanto, ascendência técnico-profissional sobre seus subordinados e
conduta ética e moral compatíveis com o cargo que exerce. Um líder que adota
o estilo democrático encoraja a participação e delega com sabedoria, mas
nunca perde de vista sua autoridade e responsabilidade. Um chefe inseguro
dificilmente conseguirá exercer uma liderança democrática, mas tenderá a
submeter ao grupo todas as decisões. Isso poderá fazer com que o chefe
acabe sendo conduzido pelo próprio grupo.
4.3 – Liderança Delegativa - Esse estilo é indicado para assuntos de
natureza técnica, onde o líder atribui a assessores a tomada de decisões
especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo
para dar atenção a todos os problemas sem se deter especificamente a uma
determinada área. É eficaz quando exercido sobre pessoas altamente
qualificadas e motivadas. O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é
saber delegar atribuições sem perder o controle da situação e, por essa razão,
o líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado. O controle das
atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe as
tarefas de orientar e motivar o grupo para atingir as metas estabelecidas.
4.4 – Liderança Transformacional - Esse estilo de liderança é especialmente
indicado para situações de pressão, crise e mudança, que requerem elevados
níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados, sendo que “uma
ou mais pessoas engajam-se com outras de tal forma que líderes e seguidores
elevam um ao outro a níveis mais altos de motivação e moral” (BURNS, 1978,
apud SMITH; PETERSON, 1994, p. 129)
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4.5 – Liderança Transacional - Nesse estilo de liderança, o líder trabalha com
interesses e necessidades primárias dos seguidores, oferecendo recompensas
de natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para alcançar os
resultados organizacionais desejados. A liderança transacional envolve os
seguintes fatores: “A recompensa e contingente, buscando-se uma sintonia
entre o atendimento das necessidades dos subordinados e o alcance dos
objetivos organizacionais.
4.6 – Liderança Orientada para Tarefa - A especialização em tarefas é uma
das principais responsabilidades do líder, na medida em que possui a
necessária qualificação profissional para o exercício da função. Nesse estilo de
liderança, então, o líder focaliza o desempenho de tarefas e a realização de
objetivos, transmitindo orientações específicas, definindo maneiras de realizar
o trabalho, o que espera de cada um e quais são os padrões organizacionais.
4.7 – Liderança Orientada para Relacionamento - Nesse estilo de liderança,
o foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do
próprio grupo. O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos
liderados, concentra-se nas relações interpessoais, no clima e no moral do
grupo. Esse estilo de liderança, que está significativamente associado às
medidas de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode
ser útil em situações de tensão, frustração, insatisfação e desmotivação do
grupo.
5 – TEORIA DA MOTIVAÇÃO
Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo
relacionado às necessidades humanas. Segundo ele, o homem é motivado
pelas necessidades que se manifestam em graus de importância onde as
fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as
necessidades finais. . À medida que o homem satisfaz suas necessidades
básicas, outras mais elevadas tomam o predomínio do seu comportamento.
(CHIAVENATO, 2016, p. 120)
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A hierarquia desempenha um papel importante no estudo do comportamento humano nas organizações, uma das principais teorias que se baseiam nessa premissa, foi proposta por Abraham Maslow. Segundo este autor, as necessidades humanas são divididas em cinco categorias: Fisiológica ou básicas, segurança, participação, estima e autorealização,(MAXIMIANO, 2000, p.350).
Cada necessidade humana influencia na motivação e na realização do
indivíduo que o faz prosseguir para outras necessidades que marcam uma
pirâmide hierárquica conforme demonstrado na figura 1.
Figura 1: Pirâmide da Hierarquia das Necessidades. Fonte: Adaptação de Chiavenato (2000)
Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a
necessidade de um próximo estágio se a do nível anterior estiver sanada,
portanto, a motivação para realizar estes desejos vem de forma gradual. De
acordo com a Pirâmide de Maslow, a Hierarquia de Necessidades são as
seguintes:
Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo,
e são a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão: se alimentar,
fazer suas necessidades pessoais, respirar, dormir. Sem estas necessidades
supridas, as pessoas sentirão dor e desconforto ou ficarão doentes.
Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser
humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência),
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segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde, ter um
local para se abrigar, etc.
Necessidades Sociais (amor e pertencimento): Relacionadas à atividade
social, como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor. Ter a
sensação de estar incluído em grupo, ser querido, ser amado.
Necessidades de Status e Estima: Considera que uma pessoa deve
conseguir se sentir competente e respeitada. Ser admirado, respeitado, ter seu
estima elevada.
Necessidade de Autorrealização: Focada em superar desafios. A pessoa
neste nível gosta de resolver problemas, possui um senso de moralidade e
gosta de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o seu
mais alto potencial enquanto ser humano.
6- LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
Motivação é um impulso interno que nos leva a praticar uma
determinada ação. É notável o quanto a motivação é importante na vida
pessoal e também nos grupos quer sejam familiares, corporativos, fraternais,
etc. Os líderes corporativos vêm percebendo que para que uma pessoa esteja
motivada, é necessário conhecer suas necessidades e buscar métodos para
que as mesmas sejam sanadas.
De acordo com Maximiano (2002), a palavra “motivação e derivada do
latim motivus, movere, que significa mover, que engloba um conjunto de ações,
onde o indivíduo é estimulado, incentivado, através do comportamento
humano, a alcançar um objetivo”.
Nesse contexto entra a importância de ter uma liderança altamente
qualificada e motivada, sendo capaz de atrair, cativar e influenciar os seus
subordinados a agirem em prol da instituição com motivação e entusiasmo.
O líder é fundamental no processo de motivação, pois ele é capaz de
nortear toda a equipe transmitindo força e credibilidade aos seus subordinados
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promovendo um ambiente amistoso onde todos possam desenvolver suas
tarefas com satisfação e qualidade.
As organizações precisam de liderança forte e administração forte para atingir sua eficácia ótima. No mundo dinâmico de hoje, precisamos de líderes que desafiem o status que, criem visões de futuro e sejam capazes de inspirar os membros da organização a querer realizar essas visões. (ROBBINS, 2002, p.304).
Fica evidente que um líder precisa conhecer as necessidades de seus
colaboradores, pois o líder possui um alto poder de influência. Ainda assim, a
motivação é um sentimento que vem de dentro pra fora, então o líder deve
buscar mecanismos para que o colaborador se sinta motivado dentro de
determinada função na organização e se empenhe ao máximo para a
realização dos objetivos organizacionais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista tudo que foi abordado anteriormente conclui-se que nos
dias atuais é indispensável que uma organização veja em seu funcionário um
colaborador que pode agregar valores à instituição. Esse funcionário deve ser
orientado, motivado e capacitado e para isso se faz necessário a presença do
líder. O líder é capaz de influenciar seus subordinados de forma que ajam,
voluntariamente, em prol da realização dos objetivos organizacionais. Ele é
capaz de levar uma empresa ao sucesso ou fracasso, tudo depende da forma
que conduzirá sua gestão de pessoas.
O mercado tem se tornado cada dia mais competitivo e apenas a
empresa que está realmente preparada é capaz de sobreviver, para isso, uma
organização deve propiciar um ambiente de trabalho que fomente a
criatividade, propicie também um clima de trabalho agradável, onde toda a
equipe possa atuar de forma a somar forças, conhecimentos e obter bons
resultados no desempenho empresarial.
Líderes devem buscar preparar suas empresas para o futuro,
enfrentando os desafios que permearão o caminho até chegar ao ponto de
realização dos objetivos empresariais. Sabendo que o mercado é um mundo de
incertezas e ameaças que a todo tempo serão lançadas sobre a empresa que
representada por ele. Um líder deve buscar o que realmente é importante com
relação ao pessoal, material, tecnologia, logística, a fim de subsidiar decisões
críticas que irão determinar a estrutura e a capacidade futura da organização.
Com tudo isso, fica nítido qual importante é o papel da liderança para as
organizações, pois o líder é capaz de unir, motivar e direcionar toda uma
equipe de forma a transformar os conceitos e políticas em iniciativas práticas e
concretas.
Líder é aquele que busca insaciavelmente estimular sua equipe à
progressão, acompanha as mudanças do mercado, aprimora seus
conhecimentos e promove não somente o seu crescimento pessoal, mas de
toda a sua equipe. Ser capaz de ajudar o próximo a externar o que há de
melhor nele é uma das maiores virtudes da liderança.
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