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A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR E DA AGROECOLOGIA
APRESENTADA ATRAVÉS DE UMA PROPOSTA DE ENSINO DE GEOGRAFIA
FARIAS, Irene Perardt 1, 2
RESUMO
Esse artigo propõe uma discussão sobre a agricultura orgânica em sala de aula, as relações com o mercado e a organização de pequenos produtores. Com isso, busca-se identificar as oportunidades de agregação de valores aos produtos através do desenvolvimento da agricultura orgânica e, mais especificamente, da agroecologia. Tentou-se sensibilizar os alunos que ainda vale a pena morar na propriedade agrícola, sendo uma alternativa rentável. Sugeriu-se uma proposta alternativa da agricultura familiar, que pode ser socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. Esse foi o objetivo principal do estudo, sendo levar à sala de aula essa discussão com os alunos que, muitas vezes, desconhecem e, como foi visto na implementação, muitos nem sabiam que nosso município possui agricultores que produzem alimentos orgânicos.
ABSTRACT
This article proposes a discussion of organic agriculture in the classroom, relationships with the market, the organization of small producers, seeking to identify opportunities to add value to products through the development of organic agriculture and more specifically of agroecology. We tried to sensitize the students that it is still worth living on the farm, and a profitable alternative. It was suggested an alternative proposal of family farming, which can be socially just, economically viable and ecologically sustainable. This was the main objective of the study, and bring to the classroom this discussion with students who often do not know, and as we saw in the implementation, many did not even know that our city has farmers producing organic food.
1 Professora PDE Geografia2 Luciano Candiotto, Professor Orientador
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo abordará e relatará informações e resultados de dois anos
de estudos e leituras realizados nesse programa PDE. Foi uma experiência única,
na qual se pôde refletir e debater, juntamente com os alunos da 7ª série/ 8º Ano do
Ensino Fundamental do Colégio Estadual Arnaldo Busato, de Verê, PR, a
problemática da Revolução Verde e os impactos sociais e ambientais da agricultura
convencional, bem como os fundamentos da agroecologia como contraposição ao
modelo de agricultura dominante.
Assim, levou-se ao conhecimento dos educandos que, no município de
Verê, apesar de muitos agricultores aderirem à agricultura convencional, pautada na
produção de alimentos utilizando insumos químicos diversos, ainda existem
experiências relacionadas à agricultura orgânica e à agroecologia por parte de
alguns agricultores. Estes procuram viver e sobreviver a partir de uma relação
menos agressiva ao meio ambiente, conservando os recursos naturais e cuidando
da saúde de suas famílias e da qualidade dos alimentos para os consumidores dos
alimentos orgânicos. Além disso, a agricultura orgânica também se apresenta como
uma fonte de emprego e renda para famílias do campo.
Dessa maneira, o presente estudo possui como objetivo principal levantar e
analisar com os alunos a importância socioeconômica local da agricultura orgânica
no município de Verê - PR.
Já os objetivos específicos consistem em:
• Debater com os alunos os impactos sociais e ambientais da Revolução
Verde e da agricultura convencional para os agricultores familiares e apresentar a
agroecologia como uma alternativa de agricultura menos impactante.
• Possibilitar aos alunos a compreensão de que a prática da agroecologia
existe e é importante para o município do Verê.
• Realizar uma atividade de campo com os alunos para que estes
conheçam alguma propriedade que desenvolve agroecologia.
• Verificar as impressões dos alunos sobre a agroecologia e fazer uma
discussão sobre as vantagens da transição agroecológica.
2
Optou-se pela realização desse trabalho por ser um assunto interessante e
que diz respeito ao município onde atuamos como docente do ensino fundamental
da 7ª série do Ensino Fundamental, onde a maioria dos alunos é filho de
agricultores. Nos debates realizados, procurou-se levar ao conhecimento dos alunos
que a agroecologia pode ser rentável e ecologicamente correta. Com isso, evita-se a
migração para as cidades maiores, inchando-as cada vez mais e trazendo sérios
problemas sociais e ambientais.
Durante a implementação, fomos surpreendidos com o fato de vários alunos
não conhecerem iniciativas de produção orgânica em Verê. Assim, o presente artigo
apresenta as ações e os resultados do projeto desenvolvido dentro do PDE.
2 METODOLOGIA
Atualmente, afirma-se que as tecnologias estão à disposição de toda a
sociedade. Elas fazem parte do cotidiano da humanidade, em todos os setores. Na
área educacional o cenário não é diferente. A atualização e modernização é algo
praticamente inevitável mediante a globalização vivenciada.
Para efetivar a implantação pedagógica na escola, durante o 2º semestre de
2011, desenvolveram-se as seguintes ações:
- Explanação inicial da pesquisa aos alunos incentivando a participação no
trabalho realizado pelas turmas. Início de agosto foi muito bem aceita pelos alunos
gostaram do assunto.
- Debate sobre o que foi a Revolução Verde e seus impactos sociais e
ambientais, sobretudo para os agricultores familiares.
- Apresentação das características da agricultura familiar e os fundamentos
da agroecologia para os alunos envolvidos no projeto, através da exposição da
professora PDE e da realização de palestras para os alunos. Nas palestras, contou-
se com a participação de técnicos envolvidos com a agricultura orgânica e
agroecológica e do CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor). Quem palestrou
foi o técnico agrícola Lucas Simon, no final de setembro de 2011. Para os alunos, os
mesmos acharam bem interessante os vídeos que Lucas mostrou, especialmente na
demonstração que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Muitos
ficaram estarrecidos com essa nova informação.
- Condução dos alunos á uma propriedade com produção orgânica (do
senhor Décio Cagnini), que é especializado em verduras orgânicas. Essa visita
3
realizou-se com o ônibus da Prefeitura Municipal, no mês de outubro. Na visita, o
proprietário fez uma explicação geral de como funciona uma horta, o uso correto de
adubo, compostagem, além do plantio e colheita. Muitos alunos não conheciam o
senhor Décio nem sua propriedade e acharam muito interessante a produção ser
100% orgânica, bem como a água para as hortas virem de fontes da propriedade de
área com mata protegida.
- Visita ao comércio local, especificamente no mercado da APAVE -
Associação de Produtores Agroecológicos de Verê – no qual os alunos tiveram a
oportunidade de ver os produtos da horta, sendo agora comercializados no
município e na região. No começo do mês de novembro de 2011, fez-se uma visita à
APAVE, sendo que na mesma são vendidos os produtos orgânicos, bem como
realizada a entrega dos produtos para a merenda nas escolas municipais e
estaduais como: pão, verduras, legumes, temperos, bolachas e chimias.
- No início de dezembro de 2011, discutiu-se com os alunos sobre as
atividades do projeto, de modo que estes puderam comentar suas impressões a
respeito da agroecologia em Verê e das diferenças entre a agricultura convencional
e a agroecologia. Foi feito um grande debate com os pontos positivos e negativos
com elaboração de textos onde serão divulgados nesse artigo. Em todas as etapas
da implementação obteve-se apoio total da direção e da equipe padagógica, bem
como nas saídas a campo, sendo que não houve nenhum problema.
- Realização de uma produção didático-pedagógica: Unidade Temática
sobre agricultura familiar, contendo textos teóricos e as atividades desenvolvidas na
pesquisa para inserir no Portal Institucional Dia-a-dia Educação.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com a modernização das sociedades contemporâneas, os segmentos das
atividades socioeconômicas sofreram várias mudanças, principalmente no espaço
rural, destacando-se a produção e comercialização no cultivo dos produtos
agrícolas. Inovações tecnológicas, maquinários modernos, implementos agrícolas,
sementes modificadas, defensivos e fertilizantes potentes, entre outros recursos
foram desenvolvidos com o passar dos anos. Porém, como ficou o meio ambiente e
a saúde dos seres humanos em meio a tantas modernidades?
4
Segundo Martine e Garcia (1987), chega ao Brasil após a Segunda Guerra
Mundial um pacote conhecido como a Revolução Verde com base nas estruturas da
industrialização mundial.
Declara-se que, intensamente, ocorre o êxodo rural. Pequenos proprietários,
mediante a inviabilidade econômica da propriedade, vendem suas terras e
deslocam-se para as cidades em busca de uma vida melhor. Infelizmente, este
cenário de êxodo rural relaciona-se diretamente com a educação, sendo necessário
um trabalho de conscientização dos filhos de agricultores de que a atividade agrícola
pode ser rentável e ecologicamente correta e, que é possível ter qualidade de vida
na zona rural.
A agricultura familiar preocupa-se com esta realidade, de modo que a
agricultura orgânica e a agroecologia surgem como tentativas para amenizar os
impactos ambientais provenientes da ação humana no meio. Portanto, a agricultura
familiar e a agroecologia se caracterizam como um espaço de suma importância
para o desenvolvimento do município, região e do país.
Segundo Saquet (2005):
(...) a agroecologia é uma nova abordagem da agricultura, baseada no uso racional e na preservação dos recursos naturais. Ela promove a produção de alimentos mais naturais – sem agrotóxicos e adubos químicos – e a valorização da qualidade de vida dos agricultores, de sua família e dos consumidores (SAQUET, 2005, p. 9).
A grande maioria dos agricultores optou por essa agricultura convencional
decorrente da Revolução Verde que contínua predominando, e em nome do
desenvolvimento, implantou-se um modelo agressivo e destrutivo da natureza e da
vida.
Contudo, no município do Verê, há alguns agricultores que cultivam de
forma orgânica. Esse debate foi objeto de meu estudo no PDE, onde procuramos
levar os alunos a refletirem sobre os objetivos e fundamentos da agricultura
orgânica, sua viabilidade, além das vantagens em relação ao consumo de alimentos
orgânicos em comparação com os alimentos da agricultura convencional.Para tanto,
além de um seminário para debater o tema, oportunizou-se aos alunos o
conhecimento de alguns estabelecimentos rurais que trabalham com essa forma
alternativa de produção agrícola.
5
O projeto foi desenvolvido com os alunos 7ª série do Ensino Fundamental de
8 Anos, sendo a grande maioria filhos de pequenos agricultores do município de
Verê – PR. Procuramos responder as seguintes questões: considerando que a
agricultura orgânica é uma alternativa de desenvolvimento para a agricultura familiar,
qual o conhecimento dos alunos sobre agricultura orgânica? Quais as perspectivas
de permanência no campo por parte dos alunos que são filhos de agricultores
familiares?
Entendendo que a agricultura de base familiar tem sido, para muitos
trabalhadores, a principal atividade geradora de trabalho, renda, alimentos e
dignidade, trata-se de uma considerável alternativa para manter os filhos de
agricultores no campo.
No Brasil, a agricultura familiar reúne 42 milhões de estabelecimentos. Já
especificamente na Região Sul, segundo o relatório da FAO (Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e o INCRA (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária), há 907.635 estabelecimentos ocupando uma área
de 19,4 milhões de hectares, sendo responsável por 47,3% do valor bruto da
produção da agricultura familiar brasileira (HESPANHOL, 2008).
Com a promulgação da Lei Federal nº 11.326/06, a agricultura familiar
passou a ser uma categoria produtiva e social reconhecida institucionalmente. Essa
discussão sobre a viabilidade econômica dessa importante categoria surgiu na
academia, nos espaços públicos e nas organizações sociais. Mesmo no que diz
respeito ás políticas públicas de apoio aos agricultores familiares, houveram
avanços em alguns pontos, como a criação do PRONAF (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar), em 1995.
O conhecimento agroecológico não está acabado e pronto para ser
difundido. Ele está em permanente construção, o que implica a escolha de métodos,
procedimentos e práticas pedagógicas que facilitam a emergência de novos saberes
(EMATER, 2010).
Na agroecologia, busca-se orientar e propor uma ruptura com o modelo
hegemônico de desenvolvimento rural baseado na monocultura, no latifúndio, no
agronegócio e na exclusão social (EMBRAPA, 2009).
O grande desafio da agricultura familiar é o fortalecimento das organizações, associativismo, o cooperativismo, a implementação de agroindústrias gestadas pelos próprios agricultores familiares
6
gerando novos empregos formais e informais, melhorando a qualidade de vida e justiça social (MOTTA, 1998, p. 128).
A agroecologia objetiva resgatar no agricultor sua condição de sujeito social,
pois, se no modelo da agricultura vigente, ele e sua família são meros produtores de
matéria-prima bruta, fornecedores de mão-de-obra barata, consumidores de
insumos agropecuários industrializados, no processo da agroecologia eles têm a
possibilidade de dominar o processo desde a produção, transformação,
armazenamento até a comercialização, restabelecendo sua relação com o
consumidor (HESPANHOL, 2008 ).
O assunto agroecologia vem se popularizando, sendo que muitos pequenos
agricultores estão optando por essa forma de produção, nas quais busca-se aliar
elementos de conservação ambiental, produção agrícola de qualidade,manutenção e
valorização do agricultor familiar, entre outros. Assim, cabe também ás escolas e
aos professores, incentivar atitudes e valores para uma conscientização ambiental
dos estudantes.
Segundo Arroyo (2004), é preciso educar para um modelo de agricultura que
inclua os excluídos, que amplie os postos de trabalho, que aumente as
oportunidades de desenvolvimento das pessoas e das comunidades e que avance
no sentido de direcionar a produção e a produtividade pra garantir de uma vida mais
digna para todos respeitando os limites da natureza.
3.1 REVOLUÇÃO VERDE
A expressão Revolução Verde foi criada em 1966 na Conferência em
Washington, por Willian Gown, que disse a um pequeno grupo de pessoas
interessadas no desenvolvimento dos países com déficit de alimentos: “é a
Revolução Verde, feita a base de tecnologia, e não do sofrimento do povo”. Porém,
a fome no mundo não reduziu, mas a estrutura agrária no campo foi
significativamente alterada. Porém, ao procurarem incorporar as novas técnicas de
produção (maquinários, insumos, defensivos) os agricultores familiares tornaram-se
dependentes dessas técnicas. Além disso, não atingiram a produtividade suficiente
para competir com grandes empresas agrícolas e se endividaram com empréstimos
bancários, tendo como única saída a venda da propriedade.
7
A chamada Revolução Verde consistiu em invenção e disseminação de
novas sementes e práticas agrícolas. Ela foi financiada pelo grupo Rockefeller,
sediado em Nova York, Estados Unidos, que expandiu seu mercado com a venda de
pacotes de insumos agrícolas para o Brasil, México e Índia. (BELATO, apud
ZAMBERLAM; FRONCHET, 2001).
Com a tecnologia aplicada à agricultura, as sementes puderam ser
modificadas e desenvolvidas em laboratórios, possuindo alta resistência a diferentes
tipos de pragas e doenças. Além disso, aliado à utilização de agrotóxicos,
fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumentou significativamente a
produção agrícola.
A Revolução Verde foi marcada pela geração de conhecimentos
tecnológicos destinados à agropecuária do mundo inteiro e sistematizados em
pacotes tecnológicos abrangendo a área da química, da mecânica e da biologia
(BELATO, apud ZAMBERLAM; FRONCHET, 2001).
Foi na década de 1970, época do Regime Militar, que as técnicas da
Revolução Verde começaram a ser implantadas no Brasil. Para isso, o governo
tomou as seguintes providências: divulgação das propostas e investimentos;
concessão de espaços para os organismos internacionais; envio de professores,
técnicos e pesquisadores para o exterior a fim de serem treinados e vinda de
técnicos desses centros internacionais para efetuarem treinamentos no Brasil;
atração de empresas transnacionais para o país a fim de produzirem insumos
químicos, máquinas e equipamentos e de indústrias processadoras de matérias-
primas agrícolas (Ford, Shell, entre outras); criação de centros e órgãos de pesquisa
no Brasil para adequarem os produtos à realidade do solo e clima. (ZAMBERLAM;
FRONCHET, 2001).
Como consequência da Revolução Verde no Brasil, surge, no final da
década de 1960, a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),
EMBRATER (Empresa Brasileira de Assistência e Extensão Rural), a EMATER
(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) no estado do Paraná, e
cooperativas, que fundam seus centros de pesquisa para expandir a modernização
da agricultura. Além disso, ocorre um maior estímulo ao surgimento de cooperativas
de comercialização agrícola para organizar os agricultores e introduzi-los às novas
práticas e a reformulação do papel do Banco do Brasil, passando a ser um órgão
financiador por excelência desse novo modelo (SEAB/DERAL, 2001).
8
Mas a Revolução Verde também trouxe consequências negativas para
agricultura brasileira. Segundo Zamberlam e Fronchet (2001), os impactos
ambientais, econômicos e sociais acarretados pela modernização da agricultura
baseiam-se no uso intensivo dos pacotes tecnológicos, na mecanização do trabalho,
na união entre agricultura e indústria, na seleção das espécies, na monocultura, no
latifúndio e no consumismo desmedido, principalmente dos países desenvolvidos.
Com relação à questão ambiental, pode-se destacar a erosão genética como
sendo um dos processos de degradação provocado pela seleção das espécies e
pelo desmatamento. O processo de modernização na agricultura acentuou a
extinção de espécies, tanto animais quanto vegetais, por ter se dedicado a produtos
economicamente mais rentáveis (ZAMBERLAM; FRONCHET, 2001).
Pode-se afirmar que a agricultura é um alicerce que alavanca a economia de
um país e, nesse contexto, destaca-se a agricultura familiar. Este é um setor
bastante antigo, que, com o passar do tempo, foi se rompendo os preconceitos e se
modificando. Hoje em dia possui um novo conceito e se traça um perfil,
representando significativamente o desenvolvimento agrícola da nação. Porém,
como em qualquer seguimento, existem alguns pontos fracos que merecem a
atenção governamental para um apoio técnico e financeiro.
O conceito de agricultura familiar é relativamente recente no Brasil. Antes se
falava em pequena produção, pequeno agricultor, agricultura de baixa renda, de
subsistência ou no campesinato (DENARDI, 2001).
Após 15 anos de muitas lutas e negociações, a Agricultura Familiar, através
de uma emenda parlamentar do Deputado Assis Miguel do Couto, conseguiu que o
Presidente da República sancionasse uma Lei em benefício dos agricultores
familiares (Lei nº 52/11), do deputado Assis do Couto (PT-PR), institui o Sistema
Nacional de Certificação da Produção da Agricultura Familiar e cria o selo de
produção da agricultura familiar, destinado a identificar os produtos desse segmento
da economia rural. Uma política extremamente importante por diferenciar o que é e o
que não é agricultura familiar neste país, uma vez que é necessário ter políticas
diferenciadas para este setor. Isto deu aos gestores públicos envolvidos com as
questões do campo, um direcionamento maior para iniciar uma nova retomada de
poderes no tratamento das questões da pequena e média agricultura (PERACI,
2008).
9
Considerando que o Governo Federal, através do PRONAF (Programa
Nacional de Fortalecimento Familiar) institucionalizou o conceito de agricultura
familiar através da Lei n° 11.326/06, Candiotto (2007) procurou se apoiar nesta
legislação pra definir as características da agricultura familiar, sendo as seguintes:
1. Propriedades de até 50 hectares (proprietários ou não) com gestão familiar.2. Desenvolvimento de atividades agropecuárias de subsistência.3. Maior parte da mão-de-obra proveniente da família.4. Maior parte da renda familiar proveniente de atividades agropecuárias.
Os empreendimentos familiares têm como característica principal a
administração pela própria família e neles a família trabalha diretamente, com ou
sem o auxílio de terceiros. Pode-se dizer, também, que um estabelecimento familiar
é, ao mesmo tempo, uma unidade de produção e de consumo (FERNANDES, 2009).
No Brasil, a agricultura familiar é responsável pela produção de 87% da
produção nacional da mandioca, 70% da produção do feijão, 46% do milho, 38% do
café, 34% do arroz, 21% do trigo, na pecuária 58% do leite, 59% do plantel de
suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos (IBGE, 2006).
A agricultura agroecológica é a resposta socioambiental aos afeitos
colaterais da agricultura convencional. Ela fundamenta-se na utilização de recursos
naturais não admitindo a utilização de agrotóxicos e adubos químicos de alta
solubilidade e organismos modificados geneticamente, buscando o resgate do
agricultor protagonista do processo produtivo (DENARDI, 2001).
É manter a agricultura com produtividade ao longo do tempo, que otimize
recursos e minimize os impactos ambientais.
Em primeiro lugar, se pretende marcar a distinção entre agriculturas de base ecológica, baseadas nos princípios da Agroecologia, daqueles estilos de agricultura alternativa que, embora apresentando denominações que dão a conotação da aplicação de práticas, técnicas e/ou procedimentos que visam atender certos requisitos sociais ou ambientais, não necessariamente terão que lançar ou lançarão mão das orientações mais amplas emanadas do enfoque agroecológico (CAPORAL; COSTABEBER, 2004, p. 08).
10
Declara-se que a agricultura orgânica possui uma preocupação direcionada
às questões ambientais. Já a agroecologia possui uma abordagem mais ampla
abordando elementos políticos, sociais e econômicos.
Observa-se que a Agroecologia constitui um enfoque teórico e metodológico que, lançando mão de diversas disciplinas científicas, pretende estudar a atividade agrária sob uma perspectiva ecológica. Sendo assim, a Agroecologia, a partir de um enfoque sistêmico, adota o agroecossistema como unidade de análise, tendo como propósito, em última instância, proporcionar as bases científicas (princípios, conceitos e metodologias) para apoiar o processo de transição do atual modelo de agricultura convencional para estilos de agriculturas sustentáveis. Então, mais do que uma disciplina específica, a Agroecologia se constitui num campo de conhecimento que reúne várias “reflexões teóricas e avanços científicos, oriundos de distintas disciplinas” que têm contribuído para conformar o seu atual corpus teórico e metodológico (GUZMÁN CASADO et al, 2000, apud CAPORAL; COSTABEBER, 2004, p. 12).
A agroecologia busca formas de comercialização que aproximem os
produtores dos consumidores, caracterizando mercados mais justos. E esta
comercialização é feita com produtos excedentes, sendo que o destino primário dos
alimentos produzidos é para atender a demanda familiar.
Frente aos desafios da humanidade em busca de formas de
desenvolvimento mais sustentáveis, a agroecologia vem se apresentando como uma
das alternativas de desenvolvimento adequada à realidade da agricultura familiar
(CANDIOTTO, 2007).
4. RESULTADOS
A 1ª atividade com os alunos na implementação foi uma conversa bem
informal levando a eles a importância desse projeto na minha experiência de
professora e agora no PDE. Em minha fala, coloquei que era importante a
participação, pois o mesmo ia trazer informações que lhes seriam úteis em seu
processo de aprendizagem.
Os alunos gostaram e falaram que era bem importante para eles também.
Na seqüência das aulas coloquei no quadro o que eles sabiam de agroecologia e
agricultura orgânica. Uma parte da sala nunca tinha ouvido falar e outros já tinham
um pouco de conhecimento sobre o assunto, mas bem superficial.
11
Depois eles viram uma série de slides paras entender melhor como
chegamos na agricultura orgânica e as consequências da agricultura convencional e
os problemas para a saúde e nossa qualidade de vida. Farei um relato rápido dos
slides: Revolução verde surgiu na década de 1970 nos EUA transformando a
agricultura convencional por uma altamente tecnificada (uso de máquinas, sementes
modificadas, agrotóxicos e insumos).
Muitos agricultores não se adaptaram com essa nova técnica endividando-
se com empréstimos bancários, tendo como a única saída a venda da propriedade
em busca de melhores condições de vida na cidade Nesses slides tinham imagens
que mostram os acontecimentos ocorridos .
Para combater essa agricultura moderna e que não atendeu as expectativas
de muitos pequenos agricultores surge a agroecologia, que busca integrar o
agricultor na produção de alimentos livres de agroquímicos na produção de
alimentos livres de agroquímicos.
Essa parte do trabalho foi realizada em slides, apresentando aos alunos
sobre a agroecologia.
Sendo assim, a revolução verde trouxe:
Êxodo rural saída do homem do campo para as cidades.
As causas do êxodo rural:
• Emprego;
• Mecanização;
• Fuga de desastres naturais ( secas e enchentes);
Infraestrutura (hospitais, transportes e educação).
Consequências do êxodo rural:
• Problemas sociais; inchaço das cidades, desemprego, falta escolas,
hospitais super lotados, municípios pequenos menos gente, menos arrecadação, a
má distribuição de renda trouxe perda dos solos agrícolas,desmatamento e
monocultura
• Agroecologia
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• A agroecologia consiste em uma proposta alternativa de agricultura
familiar, que pode ser socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente
sustentável.
AGRICULTURA ORGÂNICA:
Agricultura Orgânica ou Agricultura Biológica é o termo freqüentemente
usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não
fazem uso de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem
de organismos geneticamente modificados (transgênicos).
CAPA (Centro de apoio ao pequeno agricultor)
O CAPA assessora na organização dos agricultores, produção e apoio a
comercialização.
APAVE (Associação de Produtores Agroecológicos de Verê)
A APAVE, criada em 2001, surgiu da necessidade de um espaço
comercialização dos produtos agroecológicos, diretamente ao consumidor, com o
objetivo de organizar a produção e comercialização dos produtos produzidos no
município de Verê agroecologicamente e oriundos da agricultura familiar.
A associação atualmente mantém uma loja em Verê, que atende
diretamente um grande número de consumidores conscientes que participam no
processo de melhoria do relacionamento com os produtores, pondo em prática a
essência da agroecologia que envolve a sociedade preocupada com segurança
alimentar e sustentabilidade ambiental.
A APAVE participa do Programa de Aquisição de Alimento (PAA),
fornecendo alimentos saudáveis para várias entidades, como escolas, creches,
hospitais e outros. Outro canal de comercialização é o envio de hortaliças para a
feira orgânica de Curitiba. A APAVE montou um sistema de comercialização em
supermercados de Verê e municípios vizinhos, com bancas próprias onde expõe
seus produtos com os preços definidos pela própria associação, sendo que o
13
supermercado apenas pratica a sua margem, o que é um avanço dentro de
estabelecimentos.
A associação conta com aproximadamente 70 sócios, porém, dentre
estes, 25 entregam produtos agroecológicos com regularidade e o restante são
sócios interessados em manter o mercado, pagando uma taxa no valor de uma saca
de milho por ano. Entre os produtos comercializados estão hortaliças, frutas, grãos,
doces, conservas, embutidos e derivados de leite (CAPA - Centro de Apoio ao
Pequeno Agricultor, 2010).
Nesses slides tinham inúmeras fotos da propriedade que posteriormente foi
visitada.
Depois dessas imagens e slides os alunos tiveram que fazer um texto sobre
o que viram e aprenderam. Vou colocar um texto na integra do aluno Eduardo
Piloneto 7ª A série.
Neste texto vou comentar os males do chamado pelos Estados Unidos
“pacote verde”. Inicialmente a variação de quantidade de agrotóxicos em cada prato
de salada que é ingerido todo dia é de mais de cinco litros dados revelam que
alguns produtos ultrapassam o limite de agrotóxicos, como é o caso do pimentão.
Com a chegada da industrialização todo agricultor perdeu seu espaço, já
que não tem como competir com os grandes e modernos latifundiários. Isso obriga a
vender sua terra e ir para a cidade, tornando-se um bóia–fria e tendo que ir morar
em favelas.
O “pacote verde” trouxe a modernização para grandes latifundiários e
decadência para os minifúndios, além de trazer o agrotóxico e muitos problemas de
saúde para a população.
Depois tiveram a palestra com o pessoal do CAPA em seguida fomos visitar
a propriedade de seu Décio Cagnini não sabiam que o nosso município tinha uma
propriedade tão bem organizada e com produtos orgânicos .Os alunos fizeram
muitas perguntas ao seu Décio sobre compostagem, irrigação,quantas pessoas
trabalham na propriedade. Acharam muito interessante a visita.
14
Mais um texto agora de uma aluna Mariana Calgarotto 7ª série A, sobre a
propriedade de Décio Cagnini.
Localizada na comunidade de Alto Alegre município do Verê, me chamou
muito atenção, pois além de explicar cada processo que uma mudinha de alface
segue para se tornar aquele pé saudável e saboroso. Ele nos levou conhecer sua
propriedade de 6 alqueires de pura saúde, tudo é orgânico. Isso é muito estimulante
para o futuro, pois é assim que nos tornaremos adultos conscientizados de que o
melhor a fazer é consumir alimentos orgânicos.
Ele nos explicou que não é preciso agrotóxico para que a planta cresça sem
pragas ele usa somente pesticidas naturais e não prejudiciais a vida e a saúde.
O esperado agora é que isso mude nossa cabeça para consumirmos
alimentos sempre saudáveis e para tirar o Brasil do primeiro lugar de consumo de
agrotóxicos do mundo.
OS GTR (Grupos de Trabalho em Rede)
Os Grupos de Trabalho em Rede – GTR constituem uma atividade do
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, que se caracteriza pela
interação virtual entre os Professores PDE e os demais professores da Rede Pública
Estadual.
Nesse sentido, o GTR tem como objetivos:
• possibilitar novas alternativas de formação continuada para os
professores da Rede Pública Estadual;
• viabilizar mais um espaço de estudo e discussão sobre as
especificidades da realidade escolar;
• incentivar o aprofundamento teórico-metodológico, nas áreas de
conhecimento, através da troca de ideias e experiências sobre as áreas curriculares;
15
• socializar o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola elaborado
pelo professor PDE com os demais professores da Rede.
Vale destacar, que o GTR também promove a inclusão virtual dos
Professores como forma de democratizar o acesso da Educação Básica aos
conhecimentos teórico-práticos específico das áreas/ disciplinas trabalhados no
Programa (Dia a dia educação PR).
ALGUNS DEPOIMENTOS DOS PROFESSORES GTR
Olá Gostei muito do seu projeto Irene. Não acredito que a modernização da agricultura tenha sido o único motivo para o êxodo rural. Acredito que a falta de politicas de valorização e incentivo a produção é que desencadearam esse processo. Passou-se a volorizar apenas quantidade e não qualidade. Infelizmente com isso não foi só o produto que perdeu seu valor. Quando conversamos sobre o campo, os alunos demonstram poucas perspectivas de permanência, não gostariam de sair mas não vêm outras alternativas. Moro e trabalho num pequeno distrito no interior de Nova Laranjeiras, o que podemos perceber é que está aumentando o número de grandes fazendas e diminuindo a população local. Falta mão de obra, as fazendas não encontram peões para o trabalho.Há poucos projetos de incentivo e orientação para as familias. Algumas familias apoiadas pelo MPA, participam do projeto de Agroflorestas, que é bastante interessante. Minha escola fez, tempos atrás um projeto sobre o assunto e apresentou para a comunidade.O sistema está falho! A escola onde trabalho é uma Escola do Campo,na teoria, porque na prática ela não contribui na formação ou capacitação para permanecer no campo. Falamos sobre a importância do campo, sobre a importância da permanência no campo, mas os alunos não recebem orientação de como fazer para que isso aconteça.Enquanto não deixar de ser um discurso, a Educação do Campo continuará sendo um lindo nome.Desculpe o desabafo.Abraço.
Boa noite professora Irene, colegas cursistas.
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Lendo a Produção Didático-Pedagógica, observa-se que além de alcançar a proposta que contempla, ela nos permite ir além. Permite atingir um trabalho prático na própria escola se essa proporcionar um pequeno espaço. Já pensaram na possibilidade de fazer compostagem com os resíduos vegetais da cozinha da escola. Incentivar a comunidade escolar a separar e reciclar o papel que todos os dias jogamos nas lixeiras das salas. A fazer uma pequena horta para experimento na escola. Desculpem-me, mas me empolguei e viajei legal. Professora Irene, o seu trabalho nos permite trabalhar o global, o regional e o local com uma integração muito boa. De fácil compreensão e assimilação para os alunos, com uma abordagem didática prática, sem esquecer que sendo um trabalho que trata da realidade dos próprios educandos, se sentirão envolvidos no trabalho como parte integrante, o que realmente são, sendo assim, atingindo um resultado positivo que é o que você deseja. Parabéns Professora, sua iniciativa deve servir de exemplo e aplicada nas escolas. Seria uma mudança para melhor, não só para alunos filhos de pequenos produtores, mas para todos nós.Professora Irene , este projeto é de extrema importância para a realidade local , pelo pouco que conheço do munícipio e região , como já comentei antes, o povo do Sudoeste sempre surpreende quando se fala em agricultura familiar e de agroecologia. Só de olhar aquelas fotos maravilhosas da para se ter uma idéia de quanto que vale a pena desenvolver um trabalho assim , principalmente quando os alunos em sua maior parte ainda estão no campo, sem contar nas propriedades modelos que vem a incentivar os alunos e toda a comunidade local.
ISABEL CRISTINA DE BITENCOURT CAZAROLI - sábado, 29 outubro 2011, 21:09
Boa noite professora Solange. Muito importante seu comentário. Realmente temos condições de interagir com nossos alunos. Acrescentaria mais, não só geografia, mas todas as disciplinas. Afinal, estamos falando não só de mudança de atitude e comportamento, mas de um caso de saúde publica. Quando nós, professores de geografia trabalhamos os conteúdos básicos de geografia econômica, agrária e humana, tocamos nesses pontos importantes de mudança de comportamento e transformação de espaço, está dentro da nossa área. Porém, quando se trata de saúde publica como é o caso de intoxicação por biocidas, penso que é uma questão que envolve o interesse de todos. E como você bem lembrou é uma realidade vivida por todos os municípios de nosso Estado. Abraços Professora e um bom trabalho.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo contemplou uma pesquisa realizada sobre a importância
da agricultura familiar e da agroecologia apresentada através de uma proposta de
ensino de Geografia, para o PDE – Programa de Desenvolvimento da Educação,
pela SEED, PR.
Ao entrar no Programa de Desenvolvimento da Educação senti apreensão
pelo fato de não estar acostumada a escrever textos e muito menos projetos. Mas
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ao longo desse ano fui em busca de novas leituras e pesquisas e posso falar que foi
uma experiência única na minha vida, gostei muito.
Para mim, foi gratificante na implementação ver o entusiasmo dos alunos
nas pesquisas e na elaboração das perguntas e textos desta pesquisa. Este
entusiasmo contaminou a mim e a outros professores, que mesmo não envolvidos
com o projeto perceberam a participação dos alunos.
A minha impressão nesse tema trabalhado foi melhor do que esperava,
porque era algo novo para mim. Os alunos, já tinham ouvido falar sobre o tema,
mas conheciam pouco os fundamentos da agricultura orgânica e da agroecologia.
Cabe a nós educadores reconhecer que são enormes os desafios que estão
pela frente se o objetivo é avançar nesse enfoque da agroecologia. Precisamos
avançar mais, divulgar na mídia, fazer grupos e trabalhar muito nas escolas. São os
nossos alunos os futuros formadores de opinião. E nessa pesquisa tentou-se
sensibilizar os alunos e a comunidade escolar que a agroecologia é importante para
saúde e nossa vida.
Nesse aspecto, achei importante a participação de todos os alunos nas
atividades propostas. Tratou-se de uma experiência excelente, mediante a análise e
conscientização, sendo que na mesma foi possível analisar sobre os alimentos que
consumimos e como estamos nos alimentando. Muitos alunos não tinham parado
para essa reflexão. Eles até sugeriram para 2012 continuar nessa proposta com
outras atividades como: teatros, paródias, entrevistas com famílias que perderam
pessoas por causa dos agrotóxicos etc.
Trata-se de um assunto que permite discutir a sustentabilidade na prática,
através da agroecologia. A troca de experiências com professores dos mais
distantes municípios da região também foi muito importante, através das discussões
e sugestões que surgiram no GTR. Todos acharam muito importante falar nesse
assunto em sala de aula.
E, finalmente, com os resultados do presente trabalho, pretende-se
apresentar uma experiência de sucesso em sala de aula e que de alguma forma
possa servir para a prática docente de outros professores do ensino fundamental.
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