A Importância Da Arqueologia Para Os Estudos Bíblicos

Preview:

DESCRIPTION

A Importância da Arqueologia

Citation preview

A Importância da Arqueologia para os Estudos Bíblicos

• Escavações no Oriente Médio raramente se referem a sítio de um período; ao contrário, focaliza-se em vilarejos, vilas e cidades que tem sido ocupadas repetidamente por centenas e até mesmo milhares de anos.

Nos tempos antigos um grupo que estivesse procurando um local para se estabelecer seria

atraído por um local em particular por uma variedades de razões.

• Talvez o pré-requisito mais importante para o estabelecimento, na antiguidade, fosse uma fonte de água permanente.

• Antes da invenção de cisternas e arquedutos, as cidades eram construídas próximas a nascentes, ou rios.

• Portanto, os povoados antigos eram encontrados somente em áreas limitadas nas quais existissem fontes perenes de água.

• Previsivelmente então, as mais antigas habitações humanas na Palestina foram no vale do Rio Jordão e na região do Mar da Galiléia.

• Outro fator importante era a disponibilidade de terra rica para a agricultura e outros recursos naturais.

• Apesar do cultivo agrícola servir como a base econômica principal da primeira comunidade de um sítio, o sustento também poderia vir parcialmente do comércio.

• Rotas comerciais, portanto, eram de grande valor para um povoamento em desenvolvimento.

• Outra consideração crucial no início de um povoamento era a defesa.

• As primeiras cidades palestinas estavam localizadas em extremidades rochosas porque a altura proporcionava uma boa posição defensiva.

• A elevação também dava ao povoado uma vantagem no controle das tão importantes rotas comerciais adjacentes.

• Alguns sugerem que a elevação também proporcionava proteção contra enchentes.

• Portanto, os povoamentos dos sítios palestinos eram diferentes dos da Mesopotâmia, nos quais as vilas eram erguidas diretamente do nível do solo.

• A fortificação das cidades apareceu em primeiro lugar na Palestina durante o período Neolítico; desde então, paredes, torres e portões passaram a ser erguidos no topo de extremidades rochosas.

• A combinação da elevação natural e o sistema de defesa idealizado pelos homens fez com que os povoamentos palestinos se tornassem bem seguros.

• Os materiais utilizados na construção eram tijolos de barro ou pedras, ou uma combinação dos dois.

• Os tijolos de barro são argila seca ao sol, à qual geralmente se adiciona um tipo de elemento de aderência como palha, fibras de palmeira, ossos, ou conchas do mar.

• Quando estes tijolos de barro são fabricados adequadamente, bem secos e cuidadosamen-te sobrepostos, podem durar por séculos.

• Em adição à durabilida -de, eles têm a vantagem da flexibilidade:

• Suportam muito bem os desastres naturais, como terremotos.

• Chuvas torrenciais parecem ter pouco impacto desfavorável sobre as construções em tijolos de barro.

• Os muros de fortificações feitos de tijolos de barro são bons especialmente no que diz respeito à proteção, pois são muito resistentes.

• Na ocorrência de cercos, os inimigos tinham dificuldades em destruí-los com suas máquinas.

• Mesmo assim, as antigas cidades, vilarejos e vilas não duraram para sempre.

• Foram destruídos de uma forma ou de outra.

• A maior causa de destruição foi a guerra.

• Desastres naturais como secas, terremotos e incêndios também podiam acabar com um povoado.

• Doenças ( pestes e epidemias) podiam devastar a população e levar ao abandono da cidade.

• Na palestina antiga algumas cidades passaram por reconstruções de grande vulto várias vezes.

• Por diversas razões, quase todos os sítios antigos eventualmente se tornaram desocupados.

• Hoje existe uma sadia consciência entre exegetas e arqueólo-gos da mútua importância que têm.

• Ambos possuem interesses comuns e cada um dos campos de investigação é importante para o outro.

Queremos destacar 4 pontos em que a arqueologia pode ser de grande ajuda para quem quer se

aprofundar na Bíblia.• 1. O estudo bíblico tem

muito a ver com o exame dos manuscritos.

• Seguramente o avanço maior nesse campo foi a descoberta dos manuscritos do Mar Morto, em 1947.

• Os arqueólogos determinaram que o material é do período romano e portanto tem muita importância para o estudo do texto sagrado.

• 2. O AT foi escrito em hebraico e muitas vezes certas expressões não são claras.

• Elas irão se decifrar na medida em que se estudam as outras línguas semíticas, os textos que nasceram no mesmo ambiente.

• As línguas antigas são portanto excelente instrumento para iluminar os significados incertos do texto hebraico.

• 3. A Bíblia é fruto de um contexto geográfico, cronológico e cultural particular. Entender esse ambiente é essencial para a compreensão mais profunda da Palavra de Deus. Essa é a contribuição mais importante que a arqueologia faz aos estudos bíblicos.

• 4. Com relação à história bíblica a arqueologia é menos útil.

• As opiniões nesse campo são sempre circunstanciais e às vezes parecem negativas.

• As escavações revelaram, por exemplo, que certos lugares presentes nos relatos da conquista, na verdade, não eram habitados no fim do segundo milênio a.C.

• De qualquer forma os resultados arqueológicos servem para questionar as convicções acerca da composição e natureza do texto bíblico.

Método da Arqueologia Bíblica• Há algum tempo existia

apenas uma busca desenfreada ao objeto, especialmente para encher os museus da Europa. Isso impedia que o objeto fosse estudado com detalhes no seu ambiente vital.

• Com o inglês William Flinders Patrie (1890-1942) cresce a preocupação pela conservação e estudo dos sítios arqueológicos.

• Ele desenvolveu um sistema de escavação usando o método chamado de estratigrafia.

• ESTRATIGRAFIA: O estudo da deposição e relacionamento das camadas ocupacionais de um sítio arqueológico.

• Esse método foi ulteriormente desenvolvido na exploração do tell (nome dado a pequena montanha que se criou graças a restos de uma cidade) em Jericó pela também inglesa, a arqueóloga Kathleen Kenyon.

• A preocupação era aquela de não destruir os vestígios e restos que estavam próximos à superfície na tentativa de cavar as camadas inferiores.

• Os arqueólogos queriam chegar a um certo nível de profundidade sem danificar as etapas anteriores.

• Desenvolveu-se então a técnica que consiste em fazer uma espécie de trincheira no terreno, um corte vertical da parte mais alta até o terreno virgem.

• Desta forma se preserva ainda o local e ao mesmo tempo vem explorado todos os estratos que testemunham a presença humana.

CONCEITOS:• TOPOGRAFIA: O estudo das características

da superfície de uma região.• HIDROLOGIA: O estudo da água, suas

propriedades, fontes e distribuição.• LOCUS: Uma área específica de trabalho

num sítio arqueológico.• ARQUEOLOGIA REGIONAL: O estudo dos

escombros de uma área geográfica que cobre vários sítios.

FIM