A noite no Porto Esquecido

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Trabalho fotográfico realizado entre 2010 - 2011 sobre as frequesias do Porto observadas durante o periodo nocturno

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A Noite no Porto esquecido

António Paulo Duarte

Abril 2010 – Dezembro 2011

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As cidades crescem e densificam-se reunindo actualmente, nos países desenvolvidos, cerca de 75% da sua população. Em Portugal, fruto de uma acentuada imigração que se verificou em alguns períodos da nossa história, as cidades foram crescendo e originando uma elevada heterogeneidade na distribuição dos espaços. As diferentes zonas que foram sendo edificadas reúnem os diversos estilos arquitectónicos possíveis de serem identificados na vida de cada cidade.

A mistura de estilos ao longo da manta de retalhos que estrutura as cidades portuguesas permite identificar os legados históricos da ocupação humana ao longo dos vários séculos. Essa herança faz parte do ADN das nossas cidades e dos seus habitantes.

A cidade do Porto é composta por 15 freguesias, cada uma das quais caracterizada por uma identidade muito própria. No interior dessas freguesias encontra-se parte desse material ,constituído nos últimos séculos, e que realça de forma viva as suas origens. Tais locais existem paredes meias com as principais artérias actuais ou com os novos aglomerados habitacionais e representam habitats característicos de pequenas povoações, profundamente conhecidos pelos respectivos moradores, mas desconhecidos ou esquecidos pelos restantes portuenses e pelas diversas formas de dinamização dos espaços.

Neste trabalho parti à descoberta e à redescoberta desses locais ,que se apresentam com orgulhosa resistência à transformação e que se mostram quase inalterados ao passar do tempo. Esses espaços merecem uma reflexão sobre a beleza ignorada que encerram em si e também sobre a própria identidade da cidade que os aglutina.

Neste conjunto de imagens, retratando as 15 freguesias que compõem o Porto, é feito um convite para uma visão introspectiva sobre o território que escolhemos para viver ou visitar.

A maioria de nós vive durante o dia e repousa de noite, libertando, na escuridão, as defesas diurnas e sonhando durante longos períodos. Acredito que o mesmo acontece com as cidades.

Janeiro, 2012

António Paulo Duarte a.p.duarte@gmail.com

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Miragaia

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Vitoria

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Massarelos

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Cedofeita

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Santo Ildefonso

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Bonfim

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Lordelo do Ouro

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Foz do Douro

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Nevogilde

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Aldoar

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Ramalde

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Paranhos

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Campanhã

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