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A origem e o destino do homem
O processo de desenvolvimento de espécies de
hominídeos, seres pré-históricos
ancestrais ou não do homem atual,
é um dos assuntos, dada à ferocidade como
vem sendo tratado desde a sua origem, que
mais suscita reticências e metáforas.
A evolução do homem é
estudada pela Paleoan-
tropologia, disciplina
científica que tem origem no
século passado, com
as descobertas de
instrumentos de pedra e de
fósseis
e com a Teoria da
Evolução das Espécies,
apresentada por Charles
Darwin (1809-1882) para amarrar
estes achados sob
uma ótica científica.
A assim chamada Paleoantropologia
nasceu das observações e
demonstrações das semelhanças
anatômicas entre o homem e os
macacos, como gorilas e
chimpanzés, feita por Darwin e
discípulos como Thomas Huxley (1825-1895) e Ernest Haeckel (1834-1919).
A noção, então ainda tênue, de
que os seres vivos evoluem,
isto é, se modificam
durante a sua história na Terra, leva à suposição
de que ancestrais
humanos teriam formas
parecidas com as dos símios.
Buscava-se, então, freneticamente, o
“elo perdido”, isto é, um animal a meio caminho entre o
homem e o macaco, ancestral entre
homens e macacos, como rapidamente foi popularizado. Contudo, este elo perdido nunca foi
encontrado.
Os primatas do gênero Australopithecus,
encontrados em vários pontos da África, viveram entre 5,5
milhões e 1 milhão de anos atrás. Já
andavam eretos, tinham cérebro bem maior do que o dos
macacos e não possuíam dentes
caninos pronunciados. Diferentemente de
macacos, viviam em savanas e não em
florestas..
O Paranthropus, mais primitivo, desprovido de fronte, apresentava uma crista sagital, forte proeminência da arcada supra-orbital e molares maciços, indicando um regime vegetariano.
Em 1960 Louis Leakey encontrou, na África, cerca de
seis fósseis e chamou de Homo
habilis. Sua reconstrução sugere
uma criatura com 1,25 m de altura,
dentes pequenos e pés semelhantes aos do homem.
Junto com os restos foram encontrados
seixos trabalhados com bordas cortantes, indicando que o Homo habilis era
capaz de trabalhar a pedra.
Essa espécie, datada de
1.700.000 anos, é considerada o ancestral da
espécie humana.
O homem de Java, um dos mais antigos hominídeos, foi descoberto por Eugene Dubois, em 1891, na região leste de Java. Inicialmente foi chamado de Pithecantropus erectus, nome posteriormente alterado para Homo erectus.
A reconstrução esquelética
indicou que o adulto atingia
1,70 m de altura, pesava
70 quilogramas e
tinham um andar
semelhante ao do homem
atual.
A capacidade craniana variava de
700 a 1.100
centímetros cúbicos.
As arcadas supraciliares eram
proeminentes.
O Homo erectus não apresentava queixo; os
dentes grandes e os caninos
não ultrapassavam
os demais dentes. Vivia em cavernas ou abrigos de pedra por ele construídos.
Em 1920, em
escavações em cavernas próximas a
Pequim, Davidson
Black encontrou o
chamado homem de Pequim
.
Ao lado do
homem de
Pequim foram
encontrados objetos talhados em pedra e restos de cinza, provando
o conhecimento do
fogo.
Há cerca de 70.000 anos
atrás surgiu o Homo sapiens, do qual existem
numerosas amostras. Ele
teria-se apresentado em duas superfícies:
Homo sapiens neanderthalensis e Homo sapiens
sapiens
O primeiro, homem de
Neandertal, foi descoberto no
Vale do Neander, próximo a
Dusseldorf, sendo de
constituição forte, cuja
altura variava de 1,50 m a
1,60 m.
A capacidade craniana atingia1.750 centímetros cúbicos e sua postura era ereta. Os neandertalenses habitavam cavernas,
fabricavam armas de sílex,
caçavam e enterravam seus mortos
com alimentos e ornamentos. O homem de Neandertal foi
um ramo lateral que se extinguiu sem contribuir para
a posterior evolução do
homem atual.
O Homo sapiens sapiens
substituiu, há cerca
de 30.000 anos, o Homo
neanderthalensis e
conduziu ao homem moderno.
O homem moderno é o homem de
Cro-Magnon, encontrado
em formações rochosas do Cro-Magnon, no centro-sul da França.
Viveu de 20 a 30 mil anos atrás.
Tinha elevada
estatura e capacidade craniana comparável à nossa:
1590 centímetros cúbicos.
Caçava com arca e arpão. Tinha elevado nível cultural, realizando escultura e cultuando os mortos. Nos
túmulos depositavam alimentos, adornos, utensílios e armas.
A variabilidade do Homo sapiens e o desenvolvimento
de suas faculdades intelectuais são
responsáveis pelo amplo sucesso da
espécie.
De origem tropical, o homem conseguiu superar as condições climáticas e povoar a Terra inteira.
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