View
0
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
A Agência Paraná de Desenvolvimento é um importante instrumento de apoio a empresas locais e novos investimentos, acompanhando todas as fases do projeto com serviços de classe mundial.
A Agência atua como ponte entre governo e iniciativa privada, auxiliando no levantamento de dados, fornecimento de informações e tomada de decisões estratégicas. Para garantir a segurança do investidor e
melhorar o ambiente de negócios em cada cidade do Paraná, foi criado o Programa Municipal de Atração de Investimentos (PMAI), que trabalha em conjunto com as prefeituras.
www.apdbrasil.org.br1ª Impressão - 2019
Presidente |
Diretoria Executiva |
Gerência Técnica |
Autoria |
Organização e Revisão |
Equipe Técnica | |
|
© 2017 by Jean Carlos Alberini |
Projeto Gráfico |
Diagramação |
José Eduardo Bekin
Paulo A. Morva Martins
Jean Carlos Alberini
Jean Carlos Alberini
Maria Cecilia Flores Cordeiro
Isabela Garcia Valmir César Nogueira Vitor Pestana Ostrensky
Todos os direitos reservados
Letradê Comunicação e Design
Mark Lenz Negrão
Lista de tabelas
Lista de figuras
Lista de gráficos
Introdução
Contexto teórico
1. Apresentação técnica do PMAI
1.1 Apresentação
1.2 Visão geral
1.3 Objetivo
1.4 Oportunidade
1.5 Nossa proposta
1.6 Resultados esperados
2. Análise de localização
2.1 Perfil geral
2.2 Localização
3. Diagnóstico socioeconômico do município de Apucarana
3.1 Economia
3.2 Análise Social
3.3 Demografia
3.4 Análise da Mão de Obra
3.5 Comércio Exterior
5
5
6
8
8
12
12
12
13
13
16
19
19
22
Sumário
22
34
39
47
4
7. Considerações finais
8. Referências bibliográficas
79
81
54
54
55
56
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
4. Estrutura econômica e produtiva de Apucarana
4.1 Especialização Produtiva em Apucarana
4.2.1 Quociente Locacional na Indústria
4.2.2 Quociente Locacional no Comércio e Serviços
4.3 Produção Agrícola
5. Resultado da análise de percepção realizada no município
5.1 Condições de infraestrutura
5.2 Base empresarial
5.3 Clima de investimentos
5.4 Mercado
5.5 Estrutura urbana
5.6 Condição social
5.7 Base educacional
5.8 Condições de relação do trabalho
5.9 Sistema de ciência e tecnologia
5.10 Meio ambiente
5.11 Ambiente institucional
5.12 Conclusão parcial da avaliação de percepção
6. Resultado do seminário Apucarana
6.1 Árvore de problemas
6.2 Matriz do marco lógico
6.3 Mapa estratégico de Apucarana
73
76
77
5
PIB a preços correntes, PIB per capita e razão sobre a média da região dos 10 municípios com maior produto interno bruto do Paraná
Estrutura econômica dos municípios da mi-crorregião de Apucarana
Municípios comparáveis a Apucarana
Faixa de população por municípios do estado do Paraná
Remuneração média de acordo com a atividade profissional em Apucarana
Remuneração média de acordo com o setor da indústria de transformação em Araucária
Quociente Locacional da Indústria
Quociente Locacional dos Serviços
Quociente Locacional do Comércio
Grandes temas para Análise de percepção
Matriz SWOT de Apucarana
Matriz do marco lógico de Apucarana
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7
8
9.
10.
11.
12.
Lista de tabelas
Detalhamento das fases do Projeto 1
Detalhamento das fases do Projeto 2
Mapa do município de Apucarana e sua região
Distribuição espacial da renda per capita
Processo do círculo vicioso da pobreza
1.
2.
3.
4.
5.
Árvore de problemas
Mapa estratégico do PMAI - Apucarana
6.
7.
Lista de figuras
6
PIB total (em R$1.000) e PIB per capita muni-cipal de Apucarana
Valor Adicionado Bruto por setor em Apuca-rana
Depósitos em poupança em Apucarana
Aspectos gerais das finanças púlbicas munici-pais
Comparação entre receitas provenientes do FPM e receitas tributárias próprias
Índice de GINI de Apucarana
Índice de GINI dos municípios da microrregião de Apucarana
Variação percentual no índice de GINI da mi-crorregião de Apucarana
Municípios com maior IDH no Paraná
Composição do IDH de Apucarana
IDEB Municipal
Percentual de habitantes por municípios do Estado do Paraná
Municípios paranaenses com população se-melhante a Apucarana
Evolução da população rural e urbana de Apu-carana
Evolução da pirâmide etária de Apucarana
Pirâmide etária de Apucarana estimada para 2040
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
Lista de gráficos
Taxa de homicídios em Apucarana e no Paraná
Distribuição de trabalhadores por setor em 2016
Distribuição de trabalahores por setor ao lon-go do tempo
Média salarial de Apucarana e do Paraná
Nível de rendimento de Apucarana e do Para-ná
Variação dos salários pelos setores do IBGE
Massa salarial por atividade econômica
Principais produtos exportados em Apucara-na
Principais produtos exportados em Apucara-na ao longo do tempo
Principais países destino de exportação
Principais produtos importados em Apucara-na
Principais produtos importados em Apucara-na ao longo do tempo
Principais origens das importações de Apuca-rana
Proporção de área destinada a cada cultura
Proporção de produção destinada a cada cul-tura
Condições de Infraestrutura
Base Empresarial
Clima de Investimentos
17.
19.
21.
20.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
18.
7
Mercado
Estrutura Urbana
Condição Social
Base Educacional
Condições e Relações de Trabalho
Ciência e Tecnologia
Meio Ambiente
Ambiente Institucional
Média geral da Análise de Percepção
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
9
Este trabalho, executado pela Agência Paraná de Desenvolvimento, contém o estudo locacional do município de Apucarana - Paraná, e se destina à atração de investimentos empresariais para o mu-nicípio, tendo em vista os interesses da Prefeitura Municipal, por meio de sua Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo.
O Programa Municipal de Atração de Investimen-tos – PMAI, visa o alinhamento de estratégias que permitam ao município - juntamente com a Agência Paraná de Desenvolvimento – realizar prospecção de negócios a médio e longo prazo para promoção do desenvolvimento local e, para isto, utiliza-se de metodologia de ação desenvolvida exclusivamente para este fim.
Por meio da metodologia do PMAI, é possível re-alizar uma análise abrangente das condições pre-sentes no município, identificando suas vantagens e seus desafios para a atração de investimentos. O PMAI tem como objetivos principais:
• Criar condições internas para atração do inves-timento;
• Avaliar quais são as dotações internas de fatores (mão de obra, infraestrutura e áreas) dentro da re-gião do município;
• Mensurar indicadores que classifiquem os muni-cípios em grau de atratividade;
• Desenvolver estratégias de divulgação do muni-cípio (marketing);
• Reunir as lideranças locais para definição de es-tratégias de ação para os problemas levantados.
Em suma, o objetivo é preparar os municípios para o recebimento de novos investimentos, além de criar projetos de prospecção para atração de em-presas consideradas chave para impulsionar o cres-cimento da região.
Muitas são as opiniões e conceitos acerca dos pro-cessos de desenvolvimento e crescimento eco-nômico. Desenvolvimento dentro do contexto de melhoria de vida das pessoas torna-se um tema complexo ainda muito discutível, principalmente sob o ponto de vista de sua mensuração. Este traba-lho procura refletir sobre o desenvolvimento regio-nal sob uma ótica pragmática, atuando no “como” e não no “porquê”. Atuar no “porquê” nos levaria a refletir sobre a questão do desenvolvimento eco-nômico considerando suas raízes teóricas e empí-ricas, originadas na maior parte dos casos de crises econômicas do sistema capitalista. Este exercício nos levaria a caminhos infindáveis, sem necessaria-mente chegar a uma solução aplicável na esfera de abrangência a que este programa se propõe.
Este trabalho atua diretamente na esfera municipal, levando em consideração seus recursos, limitações e dimensões e, também, considerando o escopo de atuação da Agência Paraná de Desenvolvimen-to, que é o de gerar desenvolvimento econômico por meio da atração de investimentos produtivos, aproveitando suas externalidades positivas junto às localidades. Hoje, o Estado do Paraná apresenta um quadro singular por conta das estratégias exis-tentes de desenvolvimento econômico estadual. Não há uma visão completa e atualizada do nosso quadro de desenvolvimento. As universidades têm promovido esforços para trabalhar esta questão, porém o ente articulador e orientador do processo de desenvolvimento - que é o Estado - está ainda tomando dimensão do seu papel como formulador de políticas públicas. O processo de desenvolvi-mento é uma questão estratégica, que exige pla-nejamento, que leva à convergência de ações e que pode nos levar a resultados concretos.
Dentro de uma visão mais liberal e aplicável do ponto de vista pragmático, este trabalho diverge em partes da linha adotada pela Cepal1 , a qual atri-bui o desenvolvimento à assimetria das relações internacionais e às causas bloqueadoras internas, como concentração da propriedade e da renda. A li-nha adotada neste trabalho segue a lógica que con-sidera estes fatores menos relevantes e centram
INTRODUÇÃO CONTEXTO TEÓRICO
I N T R O D U Ç Ã O
10
sua atenção na acumulação do capital e na adoção de inovações tecnológicas. Nesta linha, conside-ra-se que o desenvolvimento deriva: (a) do cresci-mento industrial acelerado, (b) de transformações estruturais associadas à criação de atividades dire-tamente produtivas, (c) da implantação de infraes-truturas econômicas e sociais, e (d) de combinações mais eficientes dos fatores produtivos. Sob esta ótica, são necessárias estratégias para redução de custos médios, elevação da taxa de lucro e atração de novos investimentos visando à geração de um processo cumulativo de crescimento econômico.
No Brasil, as fortes desigualdades de bem-estar e de desenvolvimento econômico em cada região são de extrema relevância para o entendimento do pac-to federativo. Elas exercem grande tensão sobre as relações políticas e tendem a gerar constantes pressões para a ocorrência de uma situação pendu-lar (sem estabilidade) no federalismo brasileiro. Os principais vetores considerados para aceleração do desenvolvimento local são, na maioria das ve-zes, impulsionados por políticas macroeconômicas exclusivamente de responsabilidade do governo federal, em especial aquelas que afetam o câmbio, variável chave na indústria. No entanto, cada lo-calidade possui ferramentas e meios de ação para a criação de um ambiente de negócios favorável e uma proposta que contribua para criação de ins-trumentos locais para criar um centro dinâmico de desenvolvimento é perfeitamente possível.
A busca do crescimento industrial acelerado en-contra abrigo na teoria de polos de crescimento, que permite maior ligação pelo entrelaçamento de preços, fluxos e expectativas. Para tanto, o pla-nejamento espacial passa a ter um caráter ativo, deixando de ser um objeto simples e passivo. Ele não é adaptado apenas ao impacto das medidas de desenvolvimento econômico; ele as condiciona e pode favorecer ou dificultar o processo. Neste caso, as atenções passam a se concentrar na vari-ável espaço e na interdependência regional, onde se inicia uma dispersão espacial do crescimento em alguns centros secundários.
O fator preponderante no papel da dispersão es-pacial do crescimento está na concepção de indús-trias motrizes, que a princípio seriam as responsá-veis pela promoção e difusão setorial e espacial. Conforme SOUZA (2012 p. 182), a indústria mo-triz, líder do complexo de atividades e formadora do polo industrial, apresenta as seguintes caracte-rísticas: (a) cresce a uma taxa superior à média da indústria nacional; (b) possui inúmeras ligações de insumo-produto, por meio das compras e vendas de insumos efetuadas em seu meio; (c) apresenta-se como uma atividade inovadora, geralmente de grande dimensão e de estrutura oligopolista; (d) possui grande poder de mercado, influenciando os preços de produtos e dos insumos e, portanto, a taxa de crescimento das atividades satélites a ela ligadas; e (e) produz geralmente para o mercado nacional e internacional. A indústria motriz possui efeitos de encadeamento do ponto de vista da ma-triz insumo-produto exercendo impulsos motores significativos sobre o crescimento local e regional.
Dentro do conceito de polarização, os fatores in-ternos do crescimento são: a disponibilidade de recursos naturais, humanos, o mercado interno e a estrutura produtiva. Esses fatores atraem as in-dústrias, que passam a produzir para os mercados local, nacional e internacional. Nesta ótica, a estra-tégia de desenvolvimento consiste em maximizar as vantagens regionais para as indústrias, criando economias externas passíveis de atrair investimen-tos externos. Para SOUZA (apud, BOUDEVILLE,
C O N T E X T O T E Ó R I C O
(1) A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) foi estabe-lecida pela resolução 106 (VI) do Conselho Econômico e Social, de 25 de fevereiro de 1948, e começou a funcionar nesse mesmo ano. Mediante a resolução 1984/67, de 27 de julho de 1984, o Conselho decidiu que a Comissão passaria a se chamar Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. A CEPAL é uma das cinco comis-sões regionais das Nações Unidas e sua sede está em Santiago do Chile. Foi fundada para contribuir ao desenvolvimento econômico da América Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promo-ção e reforçar as relações econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho foi ampliado aos países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover o desen-volvimento social.
11
2009 p. 57), a polarização não é uma concepção es-tática, mas dinâmica. A existência da indústria “A” contribui para encorajar a instalação da indústria “B”. Esta, por sua vez, incita o aumento da capacida-de de produção de “A” (HIRSCHMAN, 1974, p. 138).
Os efeitos multiplicadores de instalação de indús-trias motrizes geram polarizações técnicas onde ocorre a difusão intersetorial dos efeitos de en-cadeamento vertical e horizontal. Isso se verifica quando as empresas expandem sua produção e in-vestimentos. A importância desses efeitos depen-derá da magnitude dos índices de encadeamento, do tamanho das empresas e do próprio polo. No que tange a geração de emprego e renda na eco-nomia local, a diversificação industrial, provocada pelos efeitos de encadeamento da produção, gera um segundo momento, o desenvolvimento de in-dústrias produtoras de bens de consumo final e de atividades de serviço. O ambiente de negócios torna-se mais dinâmico em função da polarização psicológica ou geográfica que ocorre no polo por um processo de imitação. O resultado é a concen-tração induzida de atividades secundárias, produ-toras de bens e serviços, ou seja, ligações técnicas e economias externas. (DAVIN, 1964, p. 67).
A formação de complexos industriais localizados, com no mínimo uma indústria motriz, está no con-ceito de aglomerações econômicas geradas nos polos urbanos/industriais. As economias de aglo-meração explicam por que as atividades motrizes se aglomeram, formando complexos industriais localizados. As pequenas empresas, sobretudo, procuram a proximidade das indústrias motrizes por causa das economias externas de aglomeração territorial e do acesso aos mercados e serviços.
As consequências geradas pela busca de proximi-dade das empresas junto às empresas motrizes po-dem ter duas consequências: os efeitos propulsores e os regressivos. Quando os complexos industriais geram efeitos propulsores, há encadeamento da in-dústria motriz sobre atividades movidas de regiões vizinhas. Quando os complexos industriais geram efeitos regressivos, verifica-se a drenagem de fa-
tores e valores de regiões periféricas para a região central. Portanto, as determinações dos efeitos do polo na região devem ser analisadas buscando-se sempre os efeitos propulsores dos complexos.
O incentivo à criação de polos e formação de com-plexos industriais visa consolidar a integração eco-nômica regional. A integração econômica resulta em maior integração setorial que, em consequên-cia, aumenta os fluxos comerciais entre os demais setores. Quanto maior a integração do parque produtivo local, menores serão os vazamentos dos efeitos de encadeamento para outras economias. A integração setorial colabora para o fortaleci-mento espacial, interliga o parque produtivo local e promove a expansão da rede interindustrial pela diversificação do parque produtivo. Para SOUZA (2009 p. 72), a diversificação e o aumento do grau de integração intersetorial acontecem de três ma-neiras principais: (a) pela implantação de pontos de articulação; (b) pela redução do grau de vulnerabi-lidade dos complexos; e (c) pela extensão simples das redes de atividades.
O grande desafio da integração econômica regio-nal é a constituição de pontos de articulação, que teriam o papel crucial na redução da vulnerabili-dade de um complexo através da implantação ou o desenvolvimento de novos ramos capazes de fun-cionar como pontos de articulação adicionais. Se o complexo possuir apenas um ponto de articulação, ele será vulnerável. Essas novas ligações permitem a retenção dos efeitos de encadeamento das ativi-dades na própria região, promovendo o crescimen-to de atividades satélites ligados às atividades-cha-ve, como setores mais tradicionais, a agricultura e os serviços. O aumento das interdependências de uma economia eleva a dimensão do mercado inter-no, fato que favorece o desenvolvimento regional.
C O N T E X T O T E Ó R I C O
13
A P R E S E N T A Ç Ã O T É C N I C A D O P M A I
APRESENTAÇÃO VISÃO GERAL
A Agência Paraná de Desenvolvimento é um órgão criado no Governo do Estado do Paraná designada para apoiar o processo de desenvolvimento. Den-tre suas principais atribuições, a Agência se ocupa da atração de investimentos, nacionais e estrangei-ros, sempre com o objetivo de dinamizar a produ-ção, o desenvolvimento econômico e a geração de renda no Estado.
A atuação da Agência Paraná de Desenvolvimento se divide em dois grandes eixos de atendimento:
(1) Projetos de Desenvolvimento Setorial: são projetos concebidos para impulsionar os setores produtivos prioritários do Paraná, onde se busca a atração de empresas-chave com o objetivo de adensamento das cadeias produtivas. Ainda dentro deste eixo de atuação, a Agência presta o serviço de suporte a empresa que queira se instalar no Es-tado fornecendo informações estratégicas, colabo-rando na definição da área e local para implantação e ajudando elucidar os sistemas tributários local e nacional;
(2) Projetos de Desenvolvimento Regional: são projetos de cooperação técnica para elaboração de programas de desenvolvimento econômico para atração de novos investimentos produtivos. Por meio de metodologia especificamente desen-volvida para este trabalho, a Agência Paraná de Desenvolvimento analisa de maneira abrangente as condições presentes no município e, de manei-ra participativa, identifica os desafios e aponta um plano de ação.
A Agência Paraná de Desenvolvimento em seu eixo de Projetos de Desenvolvimento Regional utiliza como ferramenta principal o Programa Municipal de Atração de Investimento – PMAI, embasado na teoria dos polos de crescimento de François Perroux. A teoria foi desenvolvida em 1955 tendo como objetivo estudar as fontes internas do cres-cimento regional, incluindo-se as vantagens loca-cionais, a dotação de fatores, a estrutura urbana (economias de aglomeração), o mercado interno e os polos de crescimento.
A proposta central do programa PMAI é atender às necessidades dos municípios e prepará-los para o recebimento de novos investimentos, bem como criar projetos de prospecção de empresas para atração de investimentos produtivos, considera-dos chave para impulsionar o crescimento do mu-nicípio e sua região. Neste programa as empresas industriais são consideradas atores principais para o processo de crescimento regional e, sendo assim, o trabalho se concentra em preparar os municípios para atender às questões relacionadas ao processo de escolha de localização do empreendimento pelo empresário.
OBJETIVO
Com base nas justificativas teóricas apresentadas, a utilização do Programa Municipal de Atração de Investimentos – PMAI vai ao encontro da necessi-dade de preparar o município para receber inves-timentos advindos de novas empresas. De forma geral, nem todos os municípios – principalmente os de menor porte – têm uma estrutura capaz de aten-der às necessidades das empresas e dos empresá-rios no que se refere a informações que colaborem para a tomada de decisão sobre o local onde será realizado o investimento. Esta decisão está calcada em análises complexas que levam em consideração muitas variáveis, pois, o sucesso do empreendi-mento depende desta escolha.
14
A P R E S E N T A Ç Ã O T É C N I C A D O P M A I
Sendo assim, o PMAI, visa atender esta necessida-de dos municípios, oferecendo, por meio de avalia-ções específicas, caminhos que ajudem as cidades no processo de organização de informações para influenciar o processo de escolha do local do inves-timento. Sob estas premissas o projeto se divide em duas etapas: Diagnóstico e Prospecção, cujos obje-tivos principais são:
• Criar condições internas para atração do in-vestimento;
• Avaliar quais são as dotações internas de fato-res (mão de obra, infraestrutura e áreas) den-tro da região do município;
• Mensurar indicadores que classifiquem os mu-nicípios por seu grau de atratividade;
• Desenvolver estratégias de divulgação do mu-nicípio (como um plano de marketing);
• Reunir as lideranças locais para definição de estratégias de ação para os problemas levan-tados.
OPORTUNIDADES
O programa estadual de Incentivos Fiscais “Paraná Competitivo” tem sido um grande diferencial para a atração de investimentos em todo o Estado. Des-de 2011 o Estado atraiu aproximadamente R$ 40 bilhões em novos investimentos produtivos, o que vem contribuindo para a transformação econômica do Estado, tanto em termos de geração de renda quanto de aumento de oportunidades de empregos para os habitantes.
O atual plano de governo prevê a atração de mais R$ 30 bilhões e a geração de 400 mil empregos para os próximos anos, o que se traduz em uma grande oportunidade para os municípios parana-enses. Esta oportunidade traz, também, desafios que devem ser vencidos pelos municípios que se candidatarem para receber estes investimentos, principalmente aqueles relacionados à informação e estratégias de divulgação.
NOSSA PROPOSTA
A proposta de trabalho da Agência Paraná de De-senvolvimento para atendimento aos municípios por meio do Programa Municipal de Atração de Investimentos – PMAI possui sete (7) metas espe-cíficas, quais sejam:
• Meta 1: Elaboração de um diagnóstico socioe-conômico do município;
• Meta 2: Aplicação de pesquisa para avaliação de ambiente de negócios;
• Meta 3: Mapeamento de demandas e gargalos existentes com vistas à promoção do desenvol-vimento econômico sustentado do município;
• Meta 4: Elaboração de projeto para a promo-ção do desenvolvimento econômico sustenta-do;
• Meta 5: Seleção de setores prioritários e pro-posta de valor pautada nos resultados do ma-peamento;
• Meta 6: Criação de estratégias de marketing do município;
• Meta 7: Desenvolvimento de ações de pros-pecção de novos empreendimentos empresa-riais.
Para cada uma das metas estabelecidas para o pro-grama, serão desenvolvidos projetos específicos que atendam às necessidades apontadas pelo es-tudo.
Para atingir as sete (7) metas propostas será exe-cutado um programa composto por dois projetos.
15
A P R E S E N T A Ç Ã O T É C N I C A D O P M A I
Fase 1 – Elaboração de diagnóstico socioeconômico do município
Esta fase compreende a organização, bem como a análise do quadro atual do município dentro de aspectos considerados relevantes para a tomada de decisão do investimento. Este diagnóstico fará o levantamento das seguintes informações:
PROJETO 1 – PLANEJAMENTO PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTEN-TÁVEL DO MUNICÍPI0
• Dinâmica empresarial do município;
• Avaliação de cadeias produtivas;
• Cálculo das aglomerações;
• Dinâmica setorial e comercial;
• Dinâmica da mão de obra;
• Análise dos complexos industriais;
• Pontos de articulação;
• Classificação do grau de atratividade.
Fase 2 – Mapeamento de demandas e gargalos para a promoção do desenvolvimento econômico sustentado do município:
Concluída a fase de diagnóstico, será realizada a demonstração dos resultados encontrados, bem como levan-tamento dos problemas que atualmente dificultam a implementação de medidas para o melhor desenvolvi-mento do município, juntamente com entidades da sociedade civil, partícipes e parceiros estratégicos, além de outros interessados e/ou responsáveis pelo planejamento para a promoção do desenvolvimento econômi-co do município, por meio de uma oficina de trabalho.
Caberá às entidades parceiras a apresentação dos gargalos para a promoção do desenvolvimento econômico da região, tais como de ordem estrutural, fiscal, trabalhista, educacional, dentre outros. Para o cumprimento desta fase serão realizadas as seguintes atividades:
FIGURA 1 – DETALHAMENTO DAS FASES DO PROJETO 1
16
A P R E S E N T A Ç Ã O T É C N I C A D O P M A I
• Mobilização de instituição parceiras;
• Preparação de oficina de trabalho;
• Realização de oficina de trabalho;
• Tabulação e sistematização dos dados da oficina.
Fase 3 – Projeto para a promoção do desenvolvimento econômico sustentado
Identificados os principais problemas e levantados os gargalos existentes, será criado um grupo de trabalho que definirá as ações e intervenções necessárias para estruturação de um projeto para a promoção do desen-volvimento econômico sustentado.
Nesse momento, deverá ser ampliado o grupo de atores, com o convite a outras instituições locais, tais como universidades, secretarias e instituições da sociedade civil organizada para execução do referido projeto. Face à expertise de sua equipe técnica e as suas atribuições legalmente definidas, a Agência Paraná de De-senvolvimento coordenará as atividades abaixo elencadas:
• Mobilização das instituições parceiras;
• Realização de reunião do grupo de trabalho para definição de ações e intervenções necessárias para es-truturação de um projeto para promoção do desenvolvimento sustentado;
• Sistematização do documento
E assim conclui-se o Projeto 1, podendo-se dar início à segunda etapa do trabalho.
FIGURA 2 – DETALHAMENTO DAS FASES DO PROJETO 2
PROJETO 2 - PROJETO PARA ATRAÇÃO DE NOVOS INVESTIMENTOS EMPRESARIAIS
PROJETO 2 – Projeto para Atração deNovos Investimentos Empresariais
FASE 2 – Estratégia deAtração de Investimentos
FASE 1 – Seleção deSetores Prioritários
FASE 3 – Açõesde Prospecção
META 5 META 6 META 7
17
A P R E S E N T A Ç Ã O T É C N I C A D O P M A I
Fase 1 - Seleção dos setores prioritários e estrutu-ração da proposta de valor pautada nos resultados do mapeamento
Tornando-se base os resultados obtidos com o Projeto 1, será discutido com o município a estru-turação de uma “Proposta de Valor” com vistas à abordagem de empresas com potencial para a ins-talação de novas unidades produtivas. As atvidades que compõem esta fase são:
• Análise das informações resultantes do Proje-to 1;
• Identificação dos elos principais da região;
• Identificação das empresas na região
• Definição da estratégia de abordagem;
• Elaboração da proposta de valor.
Fase 2 - Mapeamento das cadeias produtivas, de-finição das vocações econômicas do município e da estratégia para atração de novos investimentos empresariais.
Nesta fase serão levantadas as principais caracte-rísticas dos setores industriais presentes no mu-nicípio: cadeias produtivas e vocações regionais, suas empresas-âncora, bem como os gargalos que dificultam o desenvolvimento, os elos faltantes e que poderão ser objeto de ações de prospecção de novos investimentos. Nesta fase também será de-finido o plano de ação para a fase 3. As atividades que compõem a fase 2 são:
• Definição do plano de prospecção;
• Contato efetivo com as empresas para apre-sentação da proposta de valor;
• Encaminhamento de empresas investidoras para o município, tendo em vista o alinhamento de interesses.
Fase 3 – Ações de prospecção
Em posse da “Proposta de Valor” e do plano de ação definidos na fase anterior, serão iniciadas as ações de prospecção ativa de novos investimentos. Esta fase não tem data para ser concluída, tendo em vis-ta que a prospecção é uma ação contínua. As ativi-dades previstas nesta fase serão:
• Execução do plano de prospecção;
• Atendimento contínuo.
RESULTADOS ESPERADOS
A expectativa é que, ao término destes projetos, o município passe a contar com um guia de apoio que poderá ser utilizado para o desenvolvimento de es-tratégias de atração de investimentos.
Procurou-se, neste trabalho, utilizar metodologias que envolvessem o maior número possível de pes-soas interessadas – tais como a Prefeitura e suas Secretarias Municipais, entidades da sociedade civil organizada, empresas-âncoras, universidades e demais instituições parceiras, sendo que, na pri-meira fase – a do diagnóstico – de maior interesse dos agentes públicos e, na segunda fase – de atra-ção de investimentos – que interessa à sociedade em geral.
A N Á L I S E D E L O C A L I Z A Ç Ã O
19
2.1 PERFIL GERAL
2.2 LOCALIZAÇÃO
Apucarana foi projetada em 1934 pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que colonizou esta região para ser apenas um dos polos intermediários da produção agrícola destinados a abastecer núcleos maiores (Londrina e Maringá), distantes 100 quilômetros aproximadamente um do outro, que receberiam toda assistência e bene-fícios da empresa.
Apucarana ressentiu-se da falta de apoio da em-presa colonizadora e, posteriormente também da administração municipal de Londrina, a qual perten-cia. Tudo que se fez nos primórdios do patrimônio, visando incrementar o desenvolvimento de Apuca-rana, se deve unicamente a iniciativa particular. Im-pulsionados pela agudeza de espírito, os pioneiros desafiavam o destino que a Companhia de Terras havia previamente traçado para Apucarana com persistência.
Por entenderem que a visita ao patrimônio do Interventor Manoel Ribas, programada para o dia 22 de julho de 1943, seria o momento ideal para manifestar-lhe toda estima do povo apucaranense e, ao mesmo tempo, reivindicar a criação do município. Em 30 de dezembro de 1943, por meio de um telegrama, o interventor Ma-noel Ribas comunicava a assinatura do decreto-lei número 199, que criava concomitantemente, o município e a comarca, concretizando assim a grande aspiração dos apucaranenses, que receberam a notícia com grande euforia, pois vinha coroar de êxito os esforços de seus líderes.
O abandono em que se encontrava o patrimônio pela administração municipal de Londrina, fez com que a comunidade apucaranense procurasse com seus próprios recursos, solucionar os problemas que lhe eram afetos. Isso foi o motivo de maior empenho e conscientização da necessidade de redobrarem seus esforços para conseguirem o mais rápido pos-sível a emancipação do patrimônio, que continuava crescendo em todos os seus setores de atividades.
A área do município de Apucarana é de 558,4 km², segundo o IBGE, fazendo limite com os municípios de Arapon-gas, Cambira, Califórnia, Marilândia do Sul, Rio Bom, Novo Itacolomi, Mandaguari, Londrina e Sabaúdia. Locali-zada no norte do estado, a cidade fica a cerca de 370km de Curitiba. Fica próxima as cidades de Londrina (54km) e Maringá (55km), a cerca de 590km de São Paulo e ao interior daquele estado.
RODOVIAS
• BR-376 (Rodovia do Café) - Divisa com Califórnia - Saída para Curitiba
• BR-369 (Rodovia Mello Peixoto) - Divisa com Arapongas - Saída para Londrina
• PR-170 (Rodovia do Milho) - Divisa com Novo Itacolomi
A N Á L I S E D E L O C A L I Z A Ç Ã O
20
A Figura 3, abaixo, traz a localização do município de Apucarana no estado do Paraná.
FIGURA 3 – MAPA DO MUNICÍPIO DE APUCARANA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Distâncias
- Paraguai
- São Paulo
- Porto de Paranaguá
- Curitiba
799 km
604 km
465 km
366 km
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
22
Este estudo trata da análise socioeconômica de Apucarana, embasado por dados secundários de fontes confiáveis, coletados por meio de pesquisa exploratória em bases de dados oficiais, tais como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e IPARDES (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), que permitem entender e avaliar a economia local.
A mensuração de agregados monetários econômi-cos possibilita uma avaliação quantitativa do pro-duto que uma economia foi capaz de gerar em um determinado período de tempo. Quando pondera-do pelo tamanho da população, o PIB per capita é uma medida importante da capacidade de um país (ou região) em gerar bens e serviços, com os quais
O PIB do município equivaleu, em 2015, a um montante de cerca de R$ 3.2 bilhõe, o que a torna a 21º maior economia do Paraná. Entretanto, apesar de ser uma cidade muito importante economicamente, o seu PIB per capita de R$ 24.506,00 é o 219º do estado, sendo menor do que a média estadual, que é de R$ 37.149,00.
Esta seção apresenta o levantamento de dados econômicos e sociais do município de Apucarana, a fim de traçar um perfil municipal a partir de suas principais informações.
é possível proporcionar melhor qualidade de vida para sua população. Abaixo, o Gráfico 1 mostra a evolução do PIB municipal entre 2002 e 2015. O gráfico superior representa o Produto total da eco-nomia de Apucarana, já o inferior representa o PIB per capita, ou seja, o produto dividido pelo número total de habitantes no município.
3.1 ECONOMIA
GRÁFICO 1 – PIB TOTAL (EM R$1.000) E PIB PER CAPITA MUNICIPAL DE APUCARANA.
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM DADOS DO IBGE, 2017
0
1,000,000
2,000,000
3,000,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
0
10,000
20,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
23
Para fins de comparação, na tabela 1 estão dispostos os municípios com os 10 maiores PIB do estado.
É de grande importância avaliar como o produto de Apucarana está distribuído para se entender a estrutura econômica do município. Uma das formas de se mensurar o PIB é como a soma dos valores adicionados brutos (VAB) de cada setor (Agropecu-ária, Indústria, Comércio e Serviços e Administra-ção Pública) e o total de impostos.
Este indicador mede o valor que a atividade produ-tiva agrega aos bens e serviços consumidos em seu processo produtivo. É a contribuição ao produto in-terno bruto pelas diversas atividades econômicas realizadas no município, obtida pela diferença en-tre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. Quanto maior for o valor da contribuição do valor adicionado ao PIB, mais benefícios econômicos estão sendo gerados pela atividade em questão.
TABELA 1 – PIB A PREÇOS CORRENTES E PIB PER CAPITA DOS 10 MUNICÍPIOS COM MAIOR PRODUTO INTERNO BRUTO DO PARANÁ
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA A PARTIR DE DADOS DO IPARDES, 2015 (VALORES DEFLACIONADOS PARA 2017).
MUNICÍPIO
CURITIBA
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
LONDRINA
MARINGÁ
ARAUCÁRIA
FOZ DO IGUAÇÚ
PONTA GROSSA
CASCAVEL
PARANAGUÁ
PINHAIS
PIB TOTAL (em R$1.000)
92.251.430,00
25.055.153,00
19.532.180,00
16.998.352,00
15.347.474,00
13.200.435,00
12.986.093,00
11.137.801,00
7.784.803,00
5.599.702,00
PIB PER CAPITA
49.086,40
84.107,10
35.626,80
42.770,20
115.024,80
50.043,40
38.436,20
35.609,20
51.671,40
44.077,00
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
24
Abaixo, o Gráfico 2 mostra como evoluiu o valor adicionado bruto de cada um dos setores econômicos entre 2002 e 2015.
GRÁFICO 2 - VALOR ADICIONADO BRUTO POR SETOR EM APUCARANA
Como é possível perceber, praticamente todo o crescimento econômico do município deve-se ao crescimento do setor de Comércio e Serviços, que em 2015 representava 48% do Produto Interno Bruto. Seguindo a tendência nacional, a indústria de Apucarana se manteve relativamente estagna-da no período, reduzindo sua participação no VAB para 22%. É possível verificar, também, que a Admi-nistração Pública dobrou de dimensão no período, chegando a 16% do valor adicionado, enquanto a Agricultura continuou com baixa relevância local (4% do PIB).
Quando comparada aos municípios da sua micror-região, observa-se que Apucarana, juntamente com Arapongas, são os polos locais regionais. Com exceção destes e de Jandaia do Sul, os municípios têm uma presença agrícola forte, além de terem uma economia reduzida, especialmente a movelei-ra. A grande participação da indústria em Arapon-gas eleva a média da microrregião, que é maior do que a de Apucarana.
Na Tabela 2, a seguir, são apresentados os dados da estrutura econômica da microrregião de Apucarana.
| FONTE: IBGE, 2017| NOTA: DEFLACIONADO PARA VALORES DE 2017
34%
47%
14%4%
36%
45%
13%
5%
36%
45%
13%
6%
35%
47%
15%
4%
32%
49%
15%
4%
33%
49%
14%
4%
32%
48%
16%
5%
32%
50%
15%
3%
29%
50%
16%
5%
30%
48%
17%
5%
29%
49%
17%
5%
28%
50%
17%
5%
28%
51%
17%
4%
25%
54%
17%
4%
0
1,000,000
2,000,000
3,000,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Agropecuária
Administração Pública
Comércio e Serviços
Indústria
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
25
TABELA 2 - ESTRUTURA ECONÔMICA DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE APUCARANA
A Tabela 3, a seguir, tem o objetivo de mostrar municípios brasileiros semelhantes à Apucarana em termos de estrutura econômica. Assim, foram selecionadas as cidades que mais se aproximam do tamanho e composição do Produto Interno Bruto. É possível perceber que, em geral, são cidades de médio porte, localizadas no inte-rior de seus estados. Além disso, muitas delas tinham forte aptidão agropecuária, atualmente possuem uma indústria consolidada.
TABELA 3 - MUNICÍPIOS COMPARÁVEIS A APUCARANA
Na comparação entre estes municípios, pode-se verificar que tanto Apucarana (PR) quanto Ituiutaba (MG) possuem PIB superior a R$ 3 bilhões e uma participação do setor industrial de aproximadamente 25%. Já os municípios de Lorena (SP) e Cordeirópolis (SP), que possuem participação da indústria superior a 1/3 do PIB, este chega a R$ 2,5 bilhões.
MUNICÍPIO
ARAPONGAS
APUCARANA
JANDAIA DO SUL
SABÁUDIA
MARILÂNDIA DO SUL
MAUÁ DA SERRA
CAMBIRA
CALIFÓRNIA
NOVA ITACOLOMI
PIB (em R$1.000)
4.277.079
3.196.287
603.431
405.333
290.335
253.172
183.169
132.867
60.879
AGRICULTURA (% do PIB)
4.3%
3.6%
5.8%
13.3%
40.4%
18.0%
18.1%
24.5%
43.4%
INDÚSTRIA (% do PIB)
33.0%
22.3%
16.9%
23.2%
5.2%
19.9%
24.4%
7.8%
6.5%
ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA (% do PIB)
10.8%
15.7%
14.3%
8.1%
13.2%
16.9%
18.2%
26.3%
26.0%
COMÉRCIO E SERVIÇOS (% do PIB)
40.4%
48.4%
51.7%
47.4%
34.4%
35.7%
31.4%
33.3%
19.5%
| Fonte: IBGE, 2015
| FONTE: IBGE, 2015| NOTA: DEFLACIONADO PARA VALORES DE 2017
MUNICÍPIO
APUCARANA (PR)
ITUIUTABA (MG)
CORDEIRÓPOLIS (SP)
CONCÓRDIA (SC)
PATROCÍNIO (MG)
LORENA (SP)
PIB (em R$1.000)
3.196.288
3.020.742
2.538.247
2.381.946
2.376.601
2.345.245
AGRICULTURA (% do PIB)
4,05%
5,00%
1,48%
9,49%
12,85%
0,56%
INDÚSTRIA (% do PIB)
24,79%
24,48%
35,15%
19,20%
13,06%
31,44%
ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA (% do PIB)
17,46%
15,27%
6,33%
14,86%
16,71%
14,72%
COMÉRCIO E SERVIÇOS (% do PIB)
53,71%
15,27%
57,04%
56,45%
57,38%
53,28%
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
26
GRÁFICO 3 - DEPÓSITOS EM POUPANÇA EM APUCARANA
Conforme mostra o Gráfico 3, os depósitos em poupança seguiam em uma trajetória positiva até a recente crise na economia brasileira. Vale lembrar que a diminuição é ocasionada, muito provavelmente, pela retirada de depósitos com o objetivo de pagar dívidas e cobrir a queda de remuneração e/ou desemprego, aprofun-dada em 2016. A partir de 2017 observa-se um movimento de retomada do crescimento, ainda em patamar inferior aos observados em 2014/2015.
Um possível indicador para a capacidade econômica do município é sua taxa de poupança. A poupança da população é o que permite financiar investimentos e consumo no futuro, além de servir de reserva em caso de problemas econômicos. Utilizando-se os depósitos em poupança como proxy para medir esse indicador, é possível verificar a saúde econômica do município, como mostra o Gráfico 3.
| FONTE: ESTBAN, 2018| NOTA: DEFLACIONADO PARA VALORES DE 2018
350,000,000
400,000,000
450,000,000
500,000,000
2010 2012 2014 2016 2018
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
27
Um outro ponto importante quanto à qualidade institucional do município é o seu desempenho em termos de finanças públicas. Uma gestão responsá-vel do dinheiro público mantém estável o provisio-namento dos serviços públicos, garantindo que, no futuro, ele continue existindo.
O Gráfico 4 mostra como vem evoluindo as recei-tas e despesas do município, além do foco em des-pesas com pessoal e encargos, que vem sendo uma das maiores preocupações das finanças públicas no Brasil. Todos os dados estão corrigidos pelo IPCA para valores de 2017.
GRÁFICO 4 - ASPECTOS GERAIS DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
Conforme o gráfico, o tamanho da máquina pública municipal cresceu de maneira praticamente linear, dobrando seu valor entre 2002 e 2017. A partir de 2008, a diferença entre as receitas e despesas au-mentou e a despesa com pessoal cresceu em ritmo mais baixo do que o total de despesas. Ambos são sinais de que a gestão financeira municipal está em um rumo adequado.
Um fator relevante de análise é a fonte das receitas de Apucarana. Como mostra o Gráfico 5, O Fundo de Participação dos Municípios cresceu menos do que as receitas tributárias, indicando uma redução na dependência do recurso externo e uma interna-lização da arrecadação municipal.
100,000,000
200,000,000
300,000,000
2005 2010 2015
FinançasReceitas
Despesas
Despesa com pessoal e encargos
| FONTE: SICONFI (2018)
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
28
Outro fator a ser observado é a distribuição dos recursos entre a população, ou seja, o nível de concentração da riqueza. Para auferir estes resultados, a principal medida utilizada é o Coeficiente de Gini, que consiste em um número-índice situado entre 0 e 1, no qual o zero corresponde à completa igualdade (no caso do rendimen-to, por exemplo, toda a população recebe o mesmo salário, não há concentração de renda) e um corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa recebe todo o rendimento e as demais nada recebem, concentração absoluta da renda). Portanto, quanto mais próximo de zero (0), melhor o indicador.
3.2 ANÁLISE SOCIAL
GRÁFICO 5 - COMPARAÇÃO ENTRE RECEITAS PROVENIENTES DO FPM E DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS PRÓPRIAS
| FONTE: SICONFI (2018)
20,000,000
30,000,000
40,000,000
2005 2010 2015
FinançasReceitas Tributárias
FPM
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
29
Na análise do município de Apucarana, o Coeficiente de Gini mostrou variação entre os anos de 1991 e 2010, passando de 0,49 para 0,45 conforme apresentado no Gráfico 6, a seguir:
GRÁFICO 6 - ÍNDICE DE GINI DE APUCARANA (1991-2010)
Seguindo a tendência nacional dos últimos anos, observa-se que no período compreendido entre 2000 e 2010, últimos dados disponíveis do Censo Demográfico Nacional, houve uma variação nega-tiva de 12% no Índice de Gini em Apucarana - pas-sando de 0.51 para 0.45 - e isso implica em uma me-lhor distribuição da renda local.
Isso ocorreu motivado por diversos fatores, tais como a estabilidade econômica pós Plano Real, a melhoria da renda e do poder de compra do salá-rio mínimo, os programas de distribuição de renda (como o Bolsa-Família), o aumento de índices de emprego formal, a expansão dos investimentos, dentre outros.
Apesar disto, conforme dados obtidos no Portal ODM - Objetivos do Milênio, em 2000, o município tinha 12.62% de sua população vivendo com ren-da domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, per-centual que reduziu para 3.09% em 2010. Mesmo
apresentando uma redução de 75.5% no período, são 3736 pessoas nessa condição de pobreza.
A participação dos 20% mais pobres da população na renda, isto é, o percentual da riqueza produzida no município com que ficam os 20% mais pobres, passou de 4.18%, em 2000, para 5.45%, em 2010, diminuindo os níveis de desigualdade. Em 2010, analisando o oposto, a participação dos 20% mais ricos era de 50.97%, ou 9 vezes superior à dos 20% mais pobres.
Em comparação a todo o Estado do Paraná, em 2000 o Estado tinha 18,9% de sua população vi-vendo com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, e em 2010 apenas 6,46% da população. Mesmo com uma redução de 62,7% neste período, 749.681 pessoas ainda vivem em condições de po-breza no Paraná. Comparativamente, Apucarana reduziu de forma semelhante seus índices de po-breza em relação à média do Estado.
| Fonte: Censo – IBGE, 2010
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
1990 1995 2000 2005 2010 2015
0,49 0,510,45
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
30
No Gráfico 7 estão dispostos os Índices de Gini dos municípios pertencentes à microrregião de Apucarana. Em seguida, no Gráfico 8, a variação percentual dos índices nestes municípios entre 2000 e 2010.
GRÁFICO 7 - ÍNDICE DE GINI DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE APUCARANA (2010)
Percebe-se que Marilândia do Sul conseguiu reduzir mais o nível de desigualdade do que os municípios vizi-nhos. Apucarana ficou na média da região.
GRÁFICO 8 - VARIAÇÃO PERCENTUAL NO ÍNDICE DE GINI DA MICRORREGIÃO DE APUCARANA (2000-2010)
| Fonte: Censo – IBGE, 2010
| Fonte: Censo – IBGE, 2010
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Novo I
tacolo
mi
Sabáu
dia
Cambir
a
Marilân
dia do
Sul
Apuca
rana
Arapon
gas
Jand
aia do
Sul
Mauá d
a Serr
a
Califór
nia
Marilândia do Sul
Mauá da Serra
Cambira
Jandaia do Sul
Sabáudia
Apucarana
Novo Itacolomi
Arapongas
Califórnia
−30 −20 −10 0
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
31
Estes níveis de concentração de renda demonstram que, de uma maneira geral, os municípios da região acompanharam a tendência nacional em relação à queda na desigualdade. A primeira década do sécu-lo foi notoriamente positiva, já que os ganhos obti-dos durante o período de crescimento da economia brasileira beneficiaram os indicadores socioeconô-micos das várias regiões do país.
FIGURA 4 - DISTRUBIÇÃO ESPACIAL DA RENDA PER CAPITA
As variações na desigualdade de renda devem-se, frequentemente, a um complexo conjunto de for-ças antagônicas. As ações locais para redução des-tas desigualdades, apesar do avanço recente, ainda são uns dos maiores desafios para os países e loca-lidades neste século.
Outra maneira de visualizar a desigualdade de renda é analisar a sua distribuição espacial. Conforme pode ser observado na Figura 4, abaixo, o centro do município é a região com maior renda per capita. Essa é uma ten-dência das cidades, já que o centro costuma concentrar os serviços e infraestrutura, como comércio, praças e, consequentemente, empregos.
Renda per CapitaNA2038.47 – 7211.891649.32 – 2038.471431.38 – 1649.321149.54 – 1431.381001.04 – 1149.54568 – 1001.04
| FONTE: IBGE, 2010| NOTA: DEFLACIONADO PARA VALORES DE 2017
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
32
Outro aspecto que, necessariamente, precisa ser analisado ao se avaliar a qualidade de vida local são os índices de desenvolvimento humano. Estes índices são amplamente comentados - e atualmen-te estão no centro dos debates econômicos nas principais economias em escala mundial – e refle-tem o bem-estar socioeconômico da população. Estudos recentes revelam que a concentração de renda vem aumentando, ou seja, a riqueza gerada está cada vez mais concentrada e isso prejudica, de forma direta, o desenvolvimento humano. O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - combina três diferentes dimensões:
• Longevidade: indica uma vida longa e saudável, a expectativa de vida ao nascer;
• Educação: acesso ao conhecimento, anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade;
• Renda: um padrão de vida decente, medido pelo PIB per capita.
O IDH é um número-índice que varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de zero, menor o desenvolvimento humano e quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano da loca-lidade.
GRÁFICO 9 - MUNICÍPIOS COM MAIOR IDH NO PARANÁ
Para avaliar o município de Apucarana, sempre o si-tuando em conjunto com seus pares, parte-se agora para uma análise mais abrangente de seu IDH.
De acordo com dados apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, e o Pro-grama das Nações Unidas para o Desenvolvimen-to - PNUD, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Apucarana era de 0.748 em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Hu-mano alto (o IDHM situado entre 0,700 e 0,799 é considerado alto). A dimensão que mede a Longevi-dade tem valor de 0.845, já o índice de renda, 0.741 e o índice de educação, 0.668.
Apucarana ocupa a 583ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é de São Caetano do Sul (SP) com 0,862 e o menor é do município de Melga-ço (PA) com 0,418.
Quando comparado aos municípios paranaenses, Apucarana ocupa a 33ª posição estadual, sendo que no Paraná, Curitiba é o município que possui o maior IDHM, de 0,823, conforme mostra o Gráfico 9, a seguir:
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM DADOS DO IPEA, 2010.
Apucarana
Toledo
Francisco Beltrão
Marechal Cândido Rondon
Londrina
Cascavel
Pato Branco
Quatro Pontes
Maringá
Curitiba
0.70 0.75 0.80
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
33
Ainda segundo dados do IPEA, o IDHM de Apuca-rana passou de 0.535 em 1991 para 0.748 em 2010 – um crescimento de 40%. O hiato de desenvolvi-mento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido, o que representa uma melhoria da qualidade de vida da população do município deste
Esta evolução dos índices, especialmente da educa-ção, mostra que o município tem apresentado avan-ços importantes, não apenas em termos econômi-cos, como o PIB, mas também em termos sociais. Como exemplo do desenvolvimento do município, o país com o IDH mais próximo ao de Apucarana é a Jordânia.
Um dos meios de analisar a performance da educa-ção do município de maneira mais detalhada é com os valores do Índice de Desenvolvimento da Edu-cação Básica (IDEB), que é o principal indicador de qualidade educacional do Brasil. O índice, que vai de 0 a 10, é a síntese de dois aspectos importantes:
• O fluxo, que nada mais é do que a taxa de aprova-ção dos estudantes.
• Amedição da aprendizagem, avaliada pelo resul-tado dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica, por meio da Prova Brasil, aplicada de maneira censitária.
Um dos grandes pontos fortes deste índice é a pos-sibilidade de comparação entre os municípios em todo o território nacional. O IDEB também é um importante guia para as políticas públicas educa-cionais, já que permite identificar problemas em determinadas escolas e/ou municípios.
período. Entre 1991-2010, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi a educação (crescimento de 0.326 pontos), seguida pela Longe-vidade (0.132) e pela renda (0.113). O Gráfico 10, abaixo, demonstra o comportamento dos compo-nentes do Índice neste período.
| FONTE: IPEA, 2010.
GRÁFICO 10 - COMPOSIÇÃO DO IDH DE APUCARANA
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
Longevidade Renda Educação IDH
0,713
0,8030,845
0,628
0,6850,741
0,342
0,545
0,668
0,535
0,669
0,748
Ano1991
2000
2010
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
34
Pelo último resultado divulgado, de 2015, o IDEB dos anos iniciais no Brasil é de 5,5. Os valores do IDEB das escolas públicas de Apucarana desde 2005 estão dispostos no Gráfico 11.
GRÁFICO 11 - IDEB MUNICIPAL
O gráfico mostra o crescimento acentuado do índice ao longo do tempo. Em 2015, o IDEB do município atin-giu a nota 7, bem acima da meta nacional para o ano, que foi de 5,2, o que demonstra a qualidade da educação básica no município.
| FONTE: INEP, 2017
0
2
4
6
4,5
5,3
66
6,5
7
2005 2007 2009 2011 2013 2015
O Estado do Paraná é composto por 399 municípios e, destes, 27% possuem população entre 10.000 e 20.000 habitante, ou seja, 109 municípios. A capital do Estado do paraná, Curitiba, possui 1,75 milhão de habitantes e a Região Metropolitana soma cerca de três milhões de pessoas. O segundo município em termos populacionais é Londrina, com 506 mil habitantes, segundo dados do censo de 2010.
De acordo com as estimativas do IBGE para 2018, Curitiba possui 1,91 milhão de habitantes, Londri-na possui 563 mil habitantes e Apucarana 133 mil habitantes.
3.3 DEMOGRAFIA
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
35
Considerando-se os 399 municípios do Paraná, a Tabela 4, a seguir, traz a informação de acordo com a faixa populacional.
TABELA 4 - FAIXA DE POPULAÇÃO POR MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARANÁ
Pode-se verificar que mais de duzentos municípios paranaenses possuem menos de 10.000 habitantes. Além disso, cerca de 80% dos municípios possui população inferior a 20.000 habitantes, como apresentado no grá-fico 12:
GRÁFICO 12 - PERCENTUAL DE HABITANTES POR MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARANÁ.
| FONTE: IBGE, CENSO 2010
| FONTE: IBGE, CENSO 2010
até 5.000de 5.001 a 10.000de 10.001 a 20.000
de 50.001 a 100.000de 100.001 a 500.000mais de 500.000
de 20.001 a 50.000
25%
26%27%
14%
4%4%
1%
FAIXA DEPOPULAÇÃO
ATÉ 5.000
DE 5.001 A 10.000
DE 10.001 A 20.000
DE 20.001 A 50.000
DE 50.001 A 100.000
DE 100.001 A 500.000
MAIS DE 500.000
MUNICÍPIO
98
105
109
55
14
16
2
399TOTAL
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
36
Conforme o último censo, Apucarana tinha 120.919 habitantes em 2010, configurando-a como um município de médio porte, o que impõe desafios específicos às cidades deste tamanho. Atualmente, segundo estimati-vas do IBGE para 2017, a cidade tem 132.691 habitantes. No Gráfico 13 estão dispostos os municípios com população semelhante à Apucarana.
GRÁFICO 13 - MUNICÍPIOS PARANAENSES COM POPULAÇÃO SEMELHANTE A APUCARANA
A população do município tem apresentado cons-tante crescimento nos últimos anos. Em 1991, ha-viam 95.064 habitantes, ou seja, entre 1991 e 2010 houve um crescimento de 27%, ante a um cresci-mento de 24% da população do estado no período. Portanto, o município cresceu mais do que a média do Paraná.
A manutenção da dinâmica do crescimento popu-lacional é importante, pois, caso contrário, a perda de população implicaria em retração do consumo interno de mercadorias, o que afetaria o setor de comércio e serviços, sendo estes os principais de-mandantes de mão de obra e geradores de renda local. Os municípios que perdem população, ou aqueles em que a população cresce a taxas baixas, possuem menor capacidade de absorção de novos trabalhadores e tem o seu potencial de geração de renda diminuído.
Os municípios brasileiros têm passado por uma ur-banização crescente nas últimas décadas. A meca-nização do trabalho agrícola e a busca por melho-res oportunidades foram as principais causas deste movimento. Como essas variáveis se mantém em curso, é de se esperar que a parte urbana dos muni-cípios continuem ganhando espaço.
Uma questão que deve ser observada quanto ao fato de o município aumentar seu grau de urbani-zação - o que tende a se acentuar a longo prazo - é o aumento de demandas em termos de infraestru-tura urbana (tais como ruas, avenidas e calçadas pavimentadas, conjuntos habitacionais, transporte coletivo, entre outros), além de serviços de saúde, educação e segurança.
| FONTE: IBGE, CENSO 2010
Umuarama
Almirante Tamandaré
Campo Largo
Pinhais
Araucária
Toledo
Apucarana
Paranaguá
100000
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
37
O Gráfico 14 mostra como a população de Apucarana se compôs entre Urbana e Rural, seguindo a trajetória geral de queda na participação da população rural.
GRÁFICO 14 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL E URBANA DE APUCARANA
Um ponto muito importante no contexto mundial nas próximas décadas será a questão da chamada “fase 4” da transição demográfica. Grande parte dos países, incluindo o Brasil, vinham de taxas de natalidade altas. Somadas a isso, taxas de mortali-dade baixas, ocasionadas pela melhora do acesso à saúde, garantiram um grande crescimento popula-cional até o começo do século.
Entretanto, mudanças como a ascenção das mulhe-res ao mercado de trabalho, a melhoria nos níveis educacionais e a difusão dos métodos contracepti-vos reduziram as taxas de natalidade drásticamen-te. O problema deste movimento demográfico é o aumento no número de idosos em relação ao núme-ro de pessoas economicamente ativas, o que gera impactos na previdência e no mercado de trabalho.
O Gráfico 15 mostra claramente como se deu esse movimento em Apucarana. É possível perceber que a pirâmide já não tem a forma de uma pirâmide, de-vido ao aumento da quantidade de pessoas na faixa central. Além disso, já se vê que o número de idosos cresceu vertiginosamente, além de uma queda no número de nascimentos. Entretanto, o problema ainda não é tão grave como poderá ser.
No Gráfico 16 está disposta a previsão da mesma pirâmide feita por cálculos do IPARDES para o ano de 2040. Pelas estimativas, o número de idosos com mais de 70 anos será de 22.938, ou 15.77% da população do município naquele ano.
0
25000
50000
75000
100000
125000
1980 1990 2000 2010
PopulaçãoUrbana
Rural
| FONTE: IBGE, CENSO 2010
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
38
GRÁFICO 15 - EVOLUÇÃO DA PIRÂMIDE ETÁRIA DE APUCARANA
GRÁFICO 16 - PIRÂMIDE ETÁRIA DE APUCARANA ESTIMADA PARA 2040
| FONTE: IBGE, CENSO 2010
| FONTE: IPARDES, 2017
3000 0 3000 3000 0 3000 3000 0 3000 3000 0 3000
0.a.4.anos
05 a 09.anos
10.a.14.anos
15.a.19.anos
20.a.24.anos
25.a.29.anos
30.a.34.anos
35.a.39.anos
40.a.44.anos
45.a.49.anos
50.a.54.anos
55.a.59.anos
60.a.64.anos
65.a.69.anos
70.a.74.anos
75.a.79.anos
80.anos.e.mais
GêneroFeminino
Masculino
1980 1991 2000 2010
0.a.4.anos
05 a 09.anos
10.a.14.anos
15.a.19.anos
20.a.24.anos
25.a.29.anos
30.a.34.anos
35.a.39.anos
40.a.44.anos
45.a.49.anos
50.a.54.anos
55.a.59.anos
60.a.64.anos
65.a.69.anos
70.a.74.anos
75.a.79.anos
80.anos.e.mais
3000 0 3000 6000
GêneroFeminino
Masculino
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
39
Nos últimos anos, um dos temas mais discutidos no Brasil tem sido a violência, que tem afetado todas as regiões do país. Além dos efeitos diretos mais ób-vios, a criminalidade também afeta o interesse por investimentos, reduzindo tanto para o investimento nacional como internacional ¹;
O mercado de trabalho de Apucarana era formado por um universo de 33.224 trabalhadores formais, segundo dados de 2016 do Ministério do Trabalho e Emprego, da RAIS/CAGED. Esse número represen-tava 25.04 % da população do município. É impor-tante observar que este número não leva em con-sideração os trabalhadores sem carteira assinada, o que subestima a proporção real de trabalhadores.
Outro ponto importante a destacar é a qualidade da mão de obra existente no município, segundo
dados da RAIS, 13.67% possuem curso superior completo. Entretanto, a maioria é formada por pes-soas com o ensino médio completo, correspondendo a 41.54 % dos trabalhadores, ou seja, 13.801 pesso-as.
No Paraná, em média 14% do contingente de pes-soas,(aproximadamente 3,1 milhões de trabalha-dores) têm curso superior, enquanto 43% da força de trabalho possui o ensino médio completo. Em nível de Doutorado e Mestrado, no Paraná, apenas
GRÁFICO 17 - TAXA DE HOMICÍDIOS EM APUCARANA E NO PARANÁ
O Gráfico 17 mostra que, apesar do aumento no co-meço do século XXI, os homicídios em Apucarana têm se mantido abaixo da média estadual, um pata-mar razoável para os padrões brasileiros, mas ainda alta para os padrões internacionais. Em 2016 a taxa de homicídios do município foi igual a 16.72 para cada 100 mil habitantes.
(1) DETOTTO, Claudio; OTRANTO, Edoardo. Does crime affect economic growth?. Kyklos, v. 63, n. 3, p. 330-345, 2010.
10
20
30
2004 2008 2012 2016
HomicídiosParaná
Apucarana
| FONTE: DATASUS, 2018
3.4 ANÁLISE DA MÃO DE OBRA
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
40
A especialização da mão de obra impõe outro desa-fio, que é o de manter e reter estes talentos dentro dos limites da localidade. Pessoas qualificadas de-mandam maiores salários e melhores condições de trabalho, portanto, a dinâmica econômica da região deve que ser preservada.
0,4% da força de trabalho tem esta titulação, en-quanto em Apucarana, 1,1 % dos trabalhadores possuem titulação de mestre ou doutor, o que re-presenta um número quase três vezes acima da média verificada no Estado, isso ocorre, em parte, pela presença de universidades no município.
A produtividade do trabalho e do capital aumentam com maiores conhecimentos, mais educação e melhor saúde para os trabalhadores, assim como pelo uso de processos e máquinas mais eficientes, o que eleva o ritmo do crescimento econômico. Quanto maior o crescimento do progresso técnico em relação ao número dos trabalhadores, maior será a produtividade do trabalho e tanto mais altas serão as taxas da acumulação de capital e do crescimento econômico. O principal elemento que contribui para o desenvolvimento de uma região é o perfil da sua mão de obra. A divisão dos trabalhadores formais entre os setores está disposta no Gráfico 18.
GRÁFICO 18 - DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHADORES POR SETOR EM 2016
Como é possível observar pelo gráfico, Apucarana tem um perfil bastante industrial, são 12.554 pessoas em-pregadas nessa área, em seguida serviços, comércio e administração pública. Os municípios brasileiros, em geral, vêm tendo um aumento no peso do setor de serviços, em detrimento da indústria, o que é acentuado pela menor utilização de mão de obra no processo fabril.
| FONTE: RAIS, 2017
SetorIndústria de transformação
Serviços
Comércio
Administração Pública
Construção Civil
Agropecuária, extração vegetal e pesca
12.544
10.232
7.122
1.754
1.084
421
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
41
Para entender as transformações na estrutura produtiva e no perfil de mão de obra, é interessante observar como os trabalhadores têm se alocado entre os setores, o que é mostrado no Gráfico 19.
GRÁFICO 19 - DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHADORES POR SETOR
Percebe-se que desde 2002 não houve mudanças significativas na alocação da mão de obra entre os setores, mantendo praticamente o mesmo padrão.
Dentro do município de Apucarana, a média sala-rial auferida é de R$ 1.962. No Paraná a média de salários pagos corresponde a R$ 2.711, ou seja, em Apucarana a média salarial é 27,6 % menor.
Isso mostra que o município tem uma produtivi-dade média maior do que do estado, além de con-centrar empregos em setores com remunerações mais altas. Outro fator importante nesse caso é a presença da REPAR, que tem grandes salários. Me-lhorar a produtividade é condição necessária e o principal meio para alcançar o desenvolvimento de uma região.
0
10000
20000
30000
2004 2008 2012 2016
SetorIndústria de transformação
Serviços
Comércio
Administração Pública
Construção Civil
Agropecuária, extração vegetal e pesca
| FONTE: RAIS, 2016
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
42
No Gráfico 20 está o histórico dos salários do município e do estado.
GRÁFICO 20 - MÉDIA SALARIAL DE APUCARANA E DO PARANÁ
O gráfico mostra que, ao longo do período, Apucarana manteve uma grande diferença para a média salarial do estado. Entretanto, é possível perceber que essa diferença vem se reduzindo, principalmente devido a inca-pacidade do município de melhorar seu ritmo de crescimento. Portanto, o Apucarana deve adotar estratégias diferentes para dinamizar sua economia e alcançar o patamar o paranaense. Em termos reais o salário variou 60,15 % em Apucarana entre 2002 e 2016. A variação real do salário médio no município foi -304 pontos per-centuais abaixo da variação ocorrida no Paraná, que foi de 43,9 % no mesmo período.
Em relação à composição do gênero do trabalhador no município de Apucarana, são 17.485 homens e 15.739 mulheres. Quando avaliado por nível sala-rial, os homens recebem um salário médio de R$ 1.913,69, enquanto as mulheres de R$ 1.684,8, ou seja, a remuneração das mulheres representa 88,03934 % da remuneração masculina. No Para-ná, a diferença de sexo segue um padrão um pouco melhor de remuneração e proporcionalidade, com salários das mulheres representando 83,86% dos salários dos homens, evidenciando que há uma gra-ve desigualdade salarial de gênero no município.
Estudos de abrangência nacional revelam que a remuneração média das mulheres teve melhor de-sempenho do que a renda do trabalho dos homens nos últimos vinte anos. Na década de 1990, sua queda foi menos acentuada e nos anos 2000 seu aumento foi mais significativo. Entretanto, a de-sigualdade de gênero na remuneração ainda é um problema nacional muito grave, já que, segundo o IBGE, as mulheres ganham, em média, 77% do salá-rio médio dos homens.
| FONTE: RAIS, 2017
500
800
1100
1400
1700
2000
2300
2600
2004 2008 2012 2016
MunicípioApucarana
Estado do Paraná
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
43
Quando se analisa a distribuição do rendimento médio no município verifica-se que, com base no salário míni-mo, a faixa com mais trabalhadores, correspondendo a 19,5 % do total, está na faixa de 2 a 3 salários mínimo, conforme apresentado no Gráfico 21. No Paraná a configuração de rendimentos é semelhante. Na mesma faixa de rendimento, estão 21,4 % dos trabalhadores.
GRÁFICO 21 - NÍVEL DE RENDIMENTO DE APUCARANA E DO PARANÁ
A variação do salário médio nos oito setores do IBGE, entre 2002 e 2016, está disposta no Gráfico 22.
GRÁFICO 22 - VARIAÇÃO DOS SALÁRIOS PELOS SETORES DO IBGE
0
10
20
30
< 0.5 0.5 a 1 1 a 1.5 1.5 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 5 a 7 7 a 10 10 a 15 15 a 20 Maior do que 20
LocalidadeApucarana
Estado do Paraná
| FONTE: RAIS, 2017
| FONTE: RAIS, 2017| NOTA: Deflacionados pelo IPCA 2017
Comércio Construção Civil
Agropecuária, extração vegetal e pesca Extrativa mineral Indústria de transformação
Administração Pública Serviços Utilidade pública
2004 2008 2012 2016 2004 2008 2012 2016
2004 2008 2012 2016 2004 2008 2012 2016 2004 2008 2012 2016
2004 2008 2012 2016 2004 2008 2012 2016 2004 2008 2012 20161000
1500
2000
2500
3000
1000
1500
2000
2500
3000
1000
1500
2000
2500
3000
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
44
Os maiores salários de Apucarana estão no setor de Administração Pública, que atingiu o valor médio de R$ 2.965. Além disso, é possível observar que a Indústria de Transformação foi o setor que mais teve crescimen-to nos salários.
Em mais detalhes, a Tabela 5 mostra os setores com maiores remunerações no município.
TABELA 5 - REMUNERAÇÃO MÉDIA DE ACORDO COM A ATIVIDADE PROFISSIONAL EM APUCARANA
ATIVIDADE
Educação superior
Intermediação monetária - depósitos à vista
Atividades de consultoria em gestão empresarial
Serviços de assistência social sem alojamento
Atividades de televisão
Atividades de organizações associativas patronais, empresariais e profissionais
Planos de saúde
Atividades de Correio
Fabricação de produtos derivados do petróleo
Administração do estado e da política econômica e social
Edição integrada à impressão de livros, jornais, revistas e outras publicações
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos, exceto de tecnologias de informação e comunicação
Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores
Locação de meios de transporte sem condutor
Educação infantil e ensino fundamental
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Comércio atacadista não-especializado
SALÁRIOMÉDIO
R$ 7.416,00
R$ 5.389,00
R$ 4.569,00
R$ 4.433,00
R$ 3.837,00
R$ 3.585,00
VÍNCULOS
586
294
10
55
48
34
R$ 3.453,00
R$ 3.316,00
R$ 3.278,00
R$ 2.965,00
R$ 2.891,00
R$ 2.735,00
81
66
5
1754
49
60
R$ 2.679,00
R$ 2.672,00
R$ 2.671,00
R$ 2.665,00
R$ 2.646,00
R$ 2.576,00
3
1
1934
163
261
35
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico
R$ 2.544,00
R$ 2.538,00
20
132
Comércio de veículos automotores
Seguros de vida e não-vida
Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais
Produção florestal - florestas plantadas
Tratamento e disposição de resíduos
Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos
Fabricação de bebidas não-alcoólicas
Atividades de apoio à produção florestal
Atividades de vigilância, segurança privada e transporte de valores
Construção de outras obras de infra-estrutura
Comércio atacadista especializado em outros produtos
R$ 2.496,00
R$ 2.467,00
R$ 2.436,00
R$ 2.409,00
R$ 2.384,00
R$ 2.356,00
140
19
13
899
19
10
R$ 2.304,00
R$ 2.279,00
R$ 2.259,00
R$ 2.253,00
R$ 2.248,00
R$ 2.243,00
456
28
1
79
53
201
Pecuária
Atividades de malote e de entrega
R$ 2.222,00
R$ 2.154,00
179
18
Atividades de gravação de som e de edição de música
Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo
Fabricação de produtos de borracha
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais
Agências de viagens e operadores turísticos
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária
Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente
Atividades de serviços financeiros não especificadas anteriormente
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Transporte rodoviário de passageiros
R$ 2.152,00
R$ 2.143,00
R$ 2.141,00
R$ 2.123,00
R$ 2.118,00
R$ 2.113,00
12
69
463
184
12
33
R$ 2.111,00
R$ 2.098,00
R$ 2.065,00
R$ 2.064,00
R$ 2.054,00
R$ 2.051,00
17
108
75
7
27
306
Transporte rodoviário de carga
Fabricação de papel, cartolina e papel-cartão
R$ 2.003,00
R$ 1.988,00
792
56
Atividades imobiliárias de imóveis próprios
Armazenamento, carga e descarga
R$ 1.947,00
R$ 1.946,00
23
229
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
45
ATIVIDADE
Educação superior
Intermediação monetária - depósitos à vista
Atividades de consultoria em gestão empresarial
Serviços de assistência social sem alojamento
Atividades de televisão
Atividades de organizações associativas patronais, empresariais e profissionais
Planos de saúde
Atividades de Correio
Fabricação de produtos derivados do petróleo
Administração do estado e da política econômica e social
Edição integrada à impressão de livros, jornais, revistas e outras publicações
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos, exceto de tecnologias de informação e comunicação
Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores
Locação de meios de transporte sem condutor
Educação infantil e ensino fundamental
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Comércio atacadista não-especializado
SALÁRIOMÉDIO
R$ 7.416,00
R$ 5.389,00
R$ 4.569,00
R$ 4.433,00
R$ 3.837,00
R$ 3.585,00
VÍNCULOS
586
294
10
55
48
34
R$ 3.453,00
R$ 3.316,00
R$ 3.278,00
R$ 2.965,00
R$ 2.891,00
R$ 2.735,00
81
66
5
1754
49
60
R$ 2.679,00
R$ 2.672,00
R$ 2.671,00
R$ 2.665,00
R$ 2.646,00
R$ 2.576,00
3
1
1934
163
261
35
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico
R$ 2.544,00
R$ 2.538,00
20
132
Comércio de veículos automotores
Seguros de vida e não-vida
Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais
Produção florestal - florestas plantadas
Tratamento e disposição de resíduos
Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos
Fabricação de bebidas não-alcoólicas
Atividades de apoio à produção florestal
Atividades de vigilância, segurança privada e transporte de valores
Construção de outras obras de infra-estrutura
Comércio atacadista especializado em outros produtos
R$ 2.496,00
R$ 2.467,00
R$ 2.436,00
R$ 2.409,00
R$ 2.384,00
R$ 2.356,00
140
19
13
899
19
10
R$ 2.304,00
R$ 2.279,00
R$ 2.259,00
R$ 2.253,00
R$ 2.248,00
R$ 2.243,00
456
28
1
79
53
201
Pecuária
Atividades de malote e de entrega
R$ 2.222,00
R$ 2.154,00
179
18
Atividades de gravação de som e de edição de música
Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo
Fabricação de produtos de borracha
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais
Agências de viagens e operadores turísticos
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária
Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente
Atividades de serviços financeiros não especificadas anteriormente
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Transporte rodoviário de passageiros
R$ 2.152,00
R$ 2.143,00
R$ 2.141,00
R$ 2.123,00
R$ 2.118,00
R$ 2.113,00
12
69
463
184
12
33
R$ 2.111,00
R$ 2.098,00
R$ 2.065,00
R$ 2.064,00
R$ 2.054,00
R$ 2.051,00
17
108
75
7
27
306
Transporte rodoviário de carga
Fabricação de papel, cartolina e papel-cartão
R$ 2.003,00
R$ 1.988,00
792
56
Atividades imobiliárias de imóveis próprios
Armazenamento, carga e descarga
R$ 1.947,00
R$ 1.946,00
23
229
| FONTE: RAIS, 2017
Para efeitos de análise do perfil da mão de obra local, não é possível fazê-la sem considerar o recorte especí-fico da indústria de transformação, que compreende o setor que transforma matéria-prima em produto final e/ou intermediário para outras indústrias. No Paraná, a indústria de transformação responde pela geração de 619 mil empregos, sendo responsável por 20,5% do total de empregos da economia. Já Apucarana possui 12.544 trabalhadores, ou 38% da sua força de trabalho na indústria de transformação, segundo dados da RAIS/MTE 2017.
A Tabela 6 mostra os salários dos setores da indústria de transformação.
TABELA 6 - REMUNERAÇÃO MÉDIA DE ACORDO COM O SETOR DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE APUCARANA
ATIVIDADE
Fabricação de produtos derivados do petróleo
Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico
Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais
Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos
Fabricação de bebidas não-alcoólicas
Construção de outras obras de infra-estrutura
Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo
Fabricação de produtos de borracha
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária
Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente
SALÁRIOMÉDIO
R$ 3.278,00
R$ 2.679,00
R$ 2.665,00
R$ 2.646,00
R$ 2.544,00
R$ 2.538,00
VÍNCULOS
5
3
163
261
20
132
R$ 2.436,00
R$ 2.409,00
R$ 2.304,00
R$ 2.279,00
R$ 2.248,00
R$ 2.143,00
13
899
456
28
53
69
R$ 2.141,00
R$ 2.123,00
R$ 2.118,00
R$ 2.113,00
R$ 2.098,00
R$ 2.065,00
463
184
12
33
108
75
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Fabricação de papel, cartolina e papel-cartão
R$ 2.054,00
R$ 1.988,00
27
56
Fabricação de produtos químicos orgânicos
Fabricação de brinquedos e jogos recreativos
Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle
Operadoras de televisão por assinatura
Extração de pedra, areia e argila
Abate e fabricação de produtos de carne
Curtimento e outras preparações de couro
Outras atividades de telecomunicações
Fabricação de máquinas-ferramenta
Fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário
Fabricação de produtos diversos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado
Fabricação de móveis
R$ 1.896,00
R$ 1.895,00
R$ 1.883,00
R$ 1.869,00
R$ 1.855,00
R$ 1.849,00
23
2
6
12
46
10
R$ 1.848,00
R$ 1.827,00
R$ 1.826,00
R$ 1.817,00
R$ 1.802,00
R$ 1.779,00
481
31
2
671
26
244
Aparelhamento de pedras e fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
R$ 1.776,00
R$ 1.746,00
44
3
Fabricação de tecidos de malha
Atividade de impressão
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes
Instalações elétricas, hidráulicas e outras instalações em construções
Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente
Fabricação de embalagens de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado
Fabricação de produtos de material plástico
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas
Fabricação de partes para calçados, de qualquer material
Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores
Fabricação de produtos diversos
Fabricação de outros produtos alimentícios
R$ 1.744,00
R$ 1.741,00
R$ 1.715,00
R$ 1.705,00
R$ 1.673,00
R$ 1.653,00
58
145
99
102
10
78
R$ 1.620,00
R$ 1.617,00
R$ 1.574,00
R$ 1.573,00
R$ 1.567,00
R$ 1.554,00
251
20
21
29
277
433
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais
Tecelagem, exceto malha
R$ 1.553,00
R$ 1.543,00
20
32
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
Acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis
R$ 1.529,00
R$ 1.522,00
5415
262
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
46
| FONTE: RAIS, 2017
Outro fator importante que coloca a indústria de transformação em evidência é a questão salarial. Quando avaliada a massa salarial no Estado do Paraná, verifica-se que 18,5% da massa salarial total – de cerca dos R$ 7,5 bilhões em salários gerados, mais de R$ 1,4 bilhão vêm da indústria de transformação. Em Apucarana, este total equivale a 33,39% da massa salarial do município, pois dos R$ 59.977.937 gerados em salários,cerca de 20.029.358 advêm da indústria de transformação.
ATIVIDADE
Fabricação de produtos derivados do petróleo
Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores
Fabricação de vidro e de produtos do vidro
Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores
Fabricação de produtos e preparados químicos diversos
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico
Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos
Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais
Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos
Fabricação de bebidas não-alcoólicas
Construção de outras obras de infra-estrutura
Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo
Fabricação de produtos de borracha
Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins
Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais
Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária
Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente
SALÁRIOMÉDIO
R$ 3.278,00
R$ 2.679,00
R$ 2.665,00
R$ 2.646,00
R$ 2.544,00
R$ 2.538,00
VÍNCULOS
5
3
163
261
20
132
R$ 2.436,00
R$ 2.409,00
R$ 2.304,00
R$ 2.279,00
R$ 2.248,00
R$ 2.143,00
13
899
456
28
53
69
R$ 2.141,00
R$ 2.123,00
R$ 2.118,00
R$ 2.113,00
R$ 2.098,00
R$ 2.065,00
463
184
12
33
108
75
Fabricação de produtos químicos inorgânicos
Fabricação de papel, cartolina e papel-cartão
R$ 2.054,00
R$ 1.988,00
27
56
Fabricação de produtos químicos orgânicos
Fabricação de brinquedos e jogos recreativos
Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle
Operadoras de televisão por assinatura
Extração de pedra, areia e argila
Abate e fabricação de produtos de carne
Curtimento e outras preparações de couro
Outras atividades de telecomunicações
Fabricação de máquinas-ferramenta
Fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário
Fabricação de produtos diversos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado
Fabricação de móveis
R$ 1.896,00
R$ 1.895,00
R$ 1.883,00
R$ 1.869,00
R$ 1.855,00
R$ 1.849,00
23
2
6
12
46
10
R$ 1.848,00
R$ 1.827,00
R$ 1.826,00
R$ 1.817,00
R$ 1.802,00
R$ 1.779,00
481
31
2
671
26
244
Aparelhamento de pedras e fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos
Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão
R$ 1.776,00
R$ 1.746,00
44
3
Fabricação de tecidos de malha
Atividade de impressão
Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes
Instalações elétricas, hidráulicas e outras instalações em construções
Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente
Fabricação de embalagens de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado
Fabricação de produtos de material plástico
Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas
Fabricação de partes para calçados, de qualquer material
Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores
Fabricação de produtos diversos
Fabricação de outros produtos alimentícios
R$ 1.744,00
R$ 1.741,00
R$ 1.715,00
R$ 1.705,00
R$ 1.673,00
R$ 1.653,00
58
145
99
102
10
78
R$ 1.620,00
R$ 1.617,00
R$ 1.574,00
R$ 1.573,00
R$ 1.567,00
R$ 1.554,00
251
20
21
29
277
433
Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais
Tecelagem, exceto malha
R$ 1.553,00
R$ 1.543,00
20
32
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
Acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis
R$ 1.529,00
R$ 1.522,00
5415
262
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
47
A massa salarial do município é apresentada no Gráfico 23.
GRÁFICO 23 - MASSA SALARIAL POR ATIVIDADE ECONÔMICA
É possível verificar que o quanto o setor têxtil é relevante para a indústria de Apucarana, pois responde por 13% da massa salarial. No campo dos serviços, a administração pública e a educação lideram com 8% da massa salarial cada. Cabe ainda destacar o forte papel do ensino superior com 6,5% do total..
Essa seção, que trata do comércio internacional, avalia as transações realizadas pelo município em relação às exportações e importações realizadas. Vale destacar que o comércio internacional reflete a complexidade econômica da localidade. A expor-tação de produtos indica competitividade e dina-mismo local, já a timportação permite acesso aos bens produzidos em outros países.
A seguir, o Gráfico 24 mostra como a pauta de exportação se divide entre os produtos em Apucarana.
No que se refere aos principais produtos, Apuca-rana exportou USD 60.783.277 e importou USD 15.440.768 em 2017. O principal produto expor-tado foram os Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo (USD 24.596.188) e o importado foram os Plásticos e suas obras (USD 2.318.344).
Agricultura e Extrativa Comércio e Serviços Indústria Outros
TÊXTIL OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
ACABAMENTOSPLÁSTICOVIDRO MÓVEIS
BORRACHACALÇADOSMÁQUINASPRODUTOSDIVERSOS
VEÍCULOSAUTOMOTORES
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
BEBIDAS E FUMOMATERIAIS DECONSTRUÇÃO
OUTRAS ATIVIDADES
DE ENSINO
TRANSPORTE
CONTABILIDADEARMAZENAMENTO ESCRITÓRIO MANUTENÇÃO
DE VEÍCULOSSERVIÇOS DE
APOIO À EDIFÍCIOSOUTROS
PRODUTOS
PEÇAS E ACESSÓRIOSP/ VEÍCULOS AUTOMOTORES
RESTAURANTES
ATIVIDADADESAMBULATORIAISCOMBUSTÍVEL
SERVIÇOS ÀSEMPRESAS
PRODUTOS DECONSUMO
PRODUTOSALIMENTÍCIOS
PRODUTOSFARMACÊUTICOS
ORGANIZAÇÕESCONSTUÇÃO
HOSPITAL
COMUNICAÇÃOE INFORMÁTICA
INTERMEDIAÇÃO MONETÁRIA
VAREJISTAVAREJISTA NÃOESPECIALIZADO
ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA
EDUCAÇÃO INFANTILE ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINOSUPERIOR
PILHAS &BATERIAS
APARELHOS DEÁUDIO E VÍDEO COURO
PRODUTOSAMILÁCEOS
VESTUÁRIO E ACESSÓRIOSOUTROS
| FONTE: RAIS, 2017
3.5 COMÉRCIO EXTERIOR
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
48
É possível perceber que os produtos exportados em Apucarana são majoritariamente produtos primários ou com baixo valor de transformação, advindos do setor agropecuário.
GRÁFICO 25 - PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM APUCARANA AO LONGO DO TEMPO
GRÁFICO 24 - PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM APUCARANA
| FONTE: COMEX, 2018
| FONTE: COMEX, 2018
ALGODÃOOUTROS CALÇADOS
GORDURAS E ÓLEOSANIMAIS E VEGETAIS
MÁQUINAS E APARELHOSDE ÁUDIO E VÍDEO
PRODUTOS DA INDÚSTRIADE MOAGEM, MALTE, AMIDOSE FÉCULAS, INULINA, GLÚTEN DE TRIGO
PELES
E
COUROS
0
30000000
60000000
90000000
2005 2010 2015
Gorduras e óleos animais e vegetais
Máquinas e aparelhos de áudio e vídeo
Têxtil
Outros
Peles e couros
Produtos vegetais
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
49
Também é de grande interesse o conhecimento de quais são os principais parceiros comerciais do município. O Gráfico 26 mostra a segmentação das exportações entre os continentes.
GRÁFICO 26 - PRINCIPAIS PAÍSES DESTINO DE EXPORTAÇÃO
No que tange as exportações, o principal parceiro é a Angola, com USD 22.729.783. A Itália, com USD 6.804.827, é a segunda colocada nesse quesito. Em terceiro o Paraguai, que é destino de USD 5.580.289 em produtos exportados por Apucarana.
GRÁFICO 27 - PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM APUCARANA
0
30,000,000
60,000,000
90,000,000
2005 2010 2015
ContinenteÁfrica
América Central e Caribe
América do Norte
América do Sul
Ásia (Exclusive Oriente Médio)
Europa
| FONTE: COMEX, 2018
| FONTE: COMEX, 2018
OUTROS
BORRACHAPLÁSTICO
PRODUTOSQUÍMICOS
PRODUTOSDE LIMPEZA
CEREAIS
FERROTINTAS
INSTRUMENTOS MECÂNICOS
MÁQUINAS E APARELHOSDE ÁUDIO E VÍDEO
SINTÉTICOS
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
50
Ao contrário das exportações, as importações são bem diversificadas. Apucarana importa desde cereais e in-sumos industriais até maquinário pesado. Conforme o Gráfico 28, as importações tiveram um forte aumento de 2002 até 2010, mas apresenta queda desde então. Com exceção do crescimento da importação de plásti-cos e borracha, a pauta de importações vem se mantendo estável desde 2010.
GRÁFICO 28 - PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM APUCARANA AO LONGO DO TEMPO
O Gráfico 29, a seguir, revela uma relação dos continentes com quem Apucarana possui maior parceria na importação de produtos.
| FONTE: COMEX, 2018
Máquinas e aparelhos de áudio e vídeo
Têxtil
Metais
Outros
Plásticos e borrachas
Produtos químicos
0
10000000
20000000
30000000
2005 2010 2015
D I A G N Ó S T I C O S O C I O E C O N Ô M I C O D O M U N I C Í P I O D E A P U C A R A N A
51
GRÁFICO 29 - PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES DE APUCARANA
| FONTE: COMEX, 2018
Quanto às importações, o principal parceiro é a China, com USD 4.573.959. Em segundo lugar vem os Estados Unidos, com USD 2.461.555. Em terceiro a Índia, que é destino de USD 2.095.047 em produtos importados por Apucarana. Interessante notar que a África já foi, disparada, a maior parceira de importações, mas perdeu relevância nos últimos anos.
Vale destacar que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com mais de USD 90 bilhões movimen-tados até novembro de 2018. Os Estados Unidos, de forma similar, são 2º maior parceiro de negócios do país, com USD 53 bilhões em comércio.
0
10,000,000
20,000,000
30,000,000
2005 2010 2015
Continente
América do Norte
América do Sul
Ásia (Exclusive Oriente Médio)
Europa
E S T R U T U R A E C O N Ô M I C A E P R O D U T I V A D E A P U C A R A N A
53
Para avaliação da estrutura econômica e produti-va do município utilizou-se como base teórica das pesquisas o conjunto de teorias desenvolvido por Nurkse, em que o investimento isolado nem sem-pre apresenta rentabilidade devido à pequena dimensão do mercado interno. Incentivos gover-namentais concedidos – como redução da carga tri-butária e melhorias da infraestrutura – aumentam a competitividade, porém, são insuficientes para gerar crescimento significativo.
O ponto central da teoria de Nurkse trata do cír-culo vicioso do subdesenvolvimento, onde a baixa acumulação de capital gera lento crescimento eco-nômico e não eleva a produtividade dos fatores e estes, por sua vez, provocam baixos níveis de ren-da e poupança, reduzindo o mercado interno, altos custos médios e baixa taxa de lucro. A Figura 5, abaixo, ilustra este círculo vicioso:
O baixo nível de consumo da população explica a baixa propensão a investir; esta, por sua vez, entra-va o crescimento do consumo, ao limitar a expan-são da renda. Por esta visão, embora o crescimento econômico possa se apoiar no consumo das elites, a acumulação de capital no longo prazo fica bloquea-da pela pobreza e pelo desemprego.
Os setores que produzem bens finais não crescem. A pequena dimensão do mercado interno desesti-mula o investimento pelos altos custos médios, que inviabiliza a produção de certos bens. E sob esta ótica econômica serão realizadas as análises da es-trutura produtiva de Apucarana.
(6) Ragnar Nurkse, economista especialista em desenvolvimento eco-nômico, nascido em 1907. Estudou economia na Universidade de Tartu em 1929 e Viena 1933, fortemente influenciado pela escola austríaca. Entre suas principais teorias está a defesa de que o cres-cimento depende de muitos fatores e está especialmente ligado aos investimentos em indústrias diversificadas.
BaixaAcumulaçãode Capital
Gera BaixoCrescimentoEconômico
Derrubaa Renda
per Capita
Derruba
Aumentao CustoMédio
o MercadoInterno
Derruba aProdutividade
do Trabalhoe do Capital
Derruba oInvestimento
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM BASE EM NURKSE.
Diminui
FIGURA 5 – PROCESSO DO CÍRCULO VICIOSO DA POBREZA
E S T R U T U R A E C O N Ô M I C A E P R O D U T I V A D E A P U C A R A N A
54
4.1 ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA EM APUCARANA
4.2.1 QUOCIENTE LOCACIONAL NA INDÚSTRIA
Ao longo da história, algumas regiões, principalmente aquelas onde eram notáveis concentrações de empre-sas de determinados setores industriais, se destacaram por apresentar um desempenho econômico superior à média da economia em que se inseriam. A concentração geográfica e setorial das empresas é capaz de pro-porcionar economias externas aos produtores que beneficiam sua competitividade. A vantagem competitiva das empresas advém dos efeitos de externalidades associados à disponibilidade de mão de obra especializada no interior da aglomeração, ao ambiente de negócios, o acesso a fornecedores de insumos e equipamentos, as economias externas (tais como menores custos de transporte, infraestrutura, dentre outros) e os benefícios das economias de aglomeração.
Para identificação das principais aglomerações produtivas em Apucarana foi calculado o QL – Quo-ciente Locacional – a fim de se obter o número de aglomerações existentes no município. Em relação aos valores dos índices que podem ser considera-dos aglomeração, segue-se o conceito adotado por Suzigan et al (2003), que estabelecem que o valor do QL deve ser superior a 2. Além disso, é preciso que o número de estabelecimentos seja significa-tivo, no caso será adotado o critério de no mínimo cinco empresas, dado o tamanho do município.
Estes cálculos foram realizados de modo a medir as vantagens competitivas geradas pelas especializa-ções produtivas existentes. O recorte metodológi-co utilizado foi selecionado a partir dos setores da indústria, desagregados ao nível de CNAE Classe três dígitos. Para obtenção do Quociente Locacio-nal da Indústria em Apucarana utilizou-se a forma tradicional de cálculo. Resumidamente, o índice é uma razão entre a proporção de empregos em um determinado setor na cidade e a mesma proporção no estado do Paraná.
Calculados os Quocientes Locacionais dos setores em Apucarana é possível observar que, segundo os crité-rios pré-estabelecidos, houve a identificação de algumas aglomerações industriais: Máquinas e equipamentos de uso geral e específico, produtos de metal, estrutura metálica, autopeças, além de produtos de papel. Este fato pode ser um ponto a ser trabalhado, pois, o ganho de competitividade e agregação de valor das operações depende da estruturação de clusters industriais para que os efeitos multiplicadores possam ser estendidos à região. Outras indústrias retornaram quociente locacional alto, mas com poucas empresas estabelecidas no município.
TABELA 7 - QUOCIENTE LOCACIONAL NA INDÚSTRIA
SETOR
Fabricação de Aparelhos de Recepção, Reprodução, Gravação e Amplificação de áudio e Vídeo
Fabricação de Pilhas, Baterias e Acumuladores Elétricos
Fabricação de Partes para Calçados, de Qualquer Material
Curtimento e Outras Preparações de Couro
Fabricação de Artefatos Têxteis, Exceto Vestuário
Fabricação de Tecidos de Malha
Fabricação de Artigos de Joalheria, Bijuteria e Semelhantes
Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios
Fabricação de Calçados
Acabamentos em Fios, Tecidos e Artefatos Têxteis
Fabricação de Vidro e de Produtos do Vidro
Fabricação de Produtos Diversos
Fabricação de Sabões, Detergentes, Produtos de Limpeza, Cosméticos, Produtos de Perfumaria e de Higiene Pessoal
Moagem, Fabricação de Produtos Amiláceos e de Alimentos para Animais
Fabricação de Produtos de Borracha
VÍNCULOS
463
456
21
481
671
58
69
5415
255
262
163
277
208
899
184
ESTABELECIMENTOS
8
4
2
5
20
7
4
545
3
35
3
20
6
24
9
QL
19.209535
12.424331
11.032991
9.756248
7.072130
6.611864
4.933603
4.787614
3.965710
3.678121
2.786914
2.293388
2.108132
2.016201
1.528642
| FONTE: RAIS, 2017
E S T R U T U R A E C O N Ô M I C A E P R O D U T I V A D E A P U C A R A N A
55
4.2.2 QUOCIENTE LOCACIONAL NO COMÉRCIO E SERVIÇOS
Enquanto para os setores industriais é interessante calcular o Quociente Locacional com o objetivo de iden-tificar as aglomerações existentes, para o setor de serviços e comércio seu uso tem como função apenas mos-trar os setores que são mais representativos na cidade, afim de avaliar a dinâmica do mercado local. A confi-guração do setor de serviços é apresentada na Tabela 8:
TABELA 8 - QUOCIENTE LOCACIONAL DOS SERVIÇOS
Considerando os cálculos realizados, é possível perceber que Apucarana tem um expressivo número de pes-soas empregadas no setor de Transporte dutoviário, se comparado com a média do Paraná. O mesmo aconte-ce no setor de Catering. Já para o setor comercial é observada uma grande especialização no setor Atacadista especializado em outros produtos. Também fica evidenciada a importância em termos de emprego do setor de Atacadista de madeira e material de construção.
TABELA 9 - QUOCIENTE LOCACIONAL DO COMÉRCIO
SETOR
Operadoras de Televisão por Assinatura
Atividades de Assistência Social Prestadas em Residências Coletivas e Particulares
Educação Infantil e Ensino Fundamental
Atividades de Gravação de Som e de Edição de Música
Atividades de Organizações Sindicais
Armazenamento, Carga e Descarga
Atividades de Televisão
Atividades de Organizações Associativas não Especificadas Anteriormente
Atividades de Assistência a Idosos, Deficientes Físicos, Imunodeprimidos e Convalescentes
Outras Atividades de Ensino
Outras Atividades de Serviços Prestados Principalmente às Empresas
Atividades de Contabilidade, Consultoria e Auditoria Contábil e Tributária
Construção de Rodovias, Ferrovias, Obras Urbanas e Obras de Arte Especiais
Outras Atividades de Telecomunicações
Planos de Saúde
VÍNCULOS
12
126
1934
12
401
229
48
384
42
315
328
252
253
31
81
ESTABELECIMENTOS
8
2
15
1
14
8
1
48
3
37
36
57
19
2
2
QL
15.915600
7.430870
7.210961
7.073600
3.465042
2.909766
2.361670
2.026010
1.720894
1.672156
1.665658
1.633583
1.623420
1.584007
1.583908
| FONTE: RAIS, 2017
| FONTE: RAIS, 2017
SETOR
Comércio Atacadista de Produtos de Consumo Não-Alimentar
Comércio Varejista de Artigos Culturais, Recreativos e Esportivos
Comércio, Manutenção e Reparação de Motocicletas, Peças e Acessórios
Comércio Varejista de Produtos Novos não Especificados Anteriormente e de Produtos Usados
Manutenção e Reparação de Veículos Automotores
Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Perfumaria e Cosméticos e Artigos Médicos, ópticos e Ortopédicos
Comércio Atacadista Especializado em Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo
Comércio Varejista de Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo
Comércio Atacadista Especializado em Outros Produtos
Comércio Varejista Não-Especializado
Comércio de Peças e Acessórios para Veículos Automotores
Comércio Varejista de Equipamentos de Informática e Comunicação
Comércio Varejista de Material de Construção
Comércio Varejista de Combustíveis para Veículos Automotores
Comércio Atacadista de Madeira, Ferragens, Ferramentas, Material Elétrico e Material de Construção
VÍNCULOS
425
204
53
1171
223
512
397
491
201
1325
390
514
512
208
66
ESTABELECIMENTOS
73
53
17
347
90
95
37
136
25
112
110
138
99
27
9
QL
2.1134991
1.2540694
1.1969260
1.1652515
1.1517728
1.1380677
1.0365824
1.0334258
0.9865602
0.9860619
0.9653874
0.8528559
0.8361375
0.7897754
0.7844394
E S T R U T U R A E C O N Ô M I C A E P R O D U T I V A D E A P U C A R A N A
56
4.3 PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Em um estado com uma grande importância do se-tor rural, como é o Paraná, faz-se necessário ana-lisar a característica da produção agrícola do mu-nicípio. Além da importância do consumo direto, o setor também provém relevantes insumos para a indústria, como é o caso da soja, um dos principais produtos da agricultura paranaense.
Apesar do predomínio de commodities voltadas à exportação, como a Soja e o Milho, boa parte da produção é de legumes e frutas de consumo domiciliar, provavelmente para abastecimento da região metropolitana. Abaixo, o Gráfico 31 traz a proporção da produção em relação à produção total.
GRÁFICO 30 - PROPORÇÃO DE ÁREA DESTINADA A CADA CULTURA
Para demonstrar o panorama do setor rural de Apucarana, foram utilizados dados provenientes da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), realizada pelo IBGE anualmente. O Gráfico 30 mostra a área cultivada por cultura em relação à area cultivada total.
| FONTE: PAM, 2017
TRIGO34.39 MILHO
10.13
CAFÉ4.29
FEIJÃO0.22
LARANJA0.31
AVEIA0.71
SOJA49.35
E S T R U T U R A E C O N Ô M I C A E P R O D U T I V A D E A P U C A R A N A
57
GRÁFICO 31 - PROPORÇÃO DE PRODUÇÃO DESTINADA A CADA CULTURA
| FONTE: PAM, 2017
TRIGO18.15 CAFÉ
16.04MILHO8.36
LARANJA2.19 CAQUI
1.18TOMATE
1.15
FEIJÃO0.37
AVEIA0.41
FIGO0.41
BANANA (cacho)0.50
SOJA49.80
Observa-se que a soja responde por quase 50% da produção agrícola de Apucarana seguindo a tendência do Estado.
Com exceção do aumento de participação das frutas e legumes, não há muita diferença em relação ao gráfico anterior. Dos R$ 117110 mil de produção agrícola do município, cerca de R$ 89374 mil vêm da Soja, Milho e Trigo, ou cerca de 76,32% do total.
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
59
A pesquisa de Percepção de Estrutura pode ser utilizada nas mais variadas áreas do conhecimento, com esta análise pode-se determinar as necessidades de uma população e propor melhorias.
Para alcançar o objetivo proposto, foi aplicado um questionário com finalidade de realizar o diagnóstico da per-cepção do ambiente de negócios do município. O questionário, criado pela Agência Paraná de Desenvolvimento, é composto por 165 questões distribuídas em 11 grandes temas, relacionadas à estrutura local, quais sejam:
Segundo Tripodi et al (1981, p. 337), estudos ex-ploratórios têm o objetivo principal de desenvolver ideias e hipóteses. O estudo é classificado de explo-ratório porque os objetivos primordiais da investi-gação são refinar conceitos e desenvolver hipóteses para pesquisas posteriores.
Estudos quantitativos procuram identificar e quan-tificar as variáveis e os fenômenos a serem analisa-dos, os quais expõem a necessidade de uma amostra significativa que possibilite a sua quantificação, bem como a identificação de dados que demonstrem, de forma geral e intuitiva, qual é a sensação das pessoas em relação aos fatos que lhes são colocados. As vari-áveis foram divididas em onze grandes áreas.
Para aplicação do referido questionário, ao fim da reunião técnica de apresentação do projeto, foi so-licitado aos participantes que atribuíssem, de forma espontânea, intuitiva e considerando sua base de conhecimento da realidade local, notas variando en-tre zero (0) a dez (10), sendo 10 para muito positiva e zero para negativa ou ausência. Vinte e nove pes-soas avaliaram as questões e atribuíram suas notas, sendo os resultados apurados demonstrados nos gráficos a seguir. Os gráficos mostram a distribui-ção das notas dadas a cada variável. Se muitas notas 5 foram dadas, o gráfico tem um pico em seu meio. Além disso, a cor do gráfico também indica a percep-ção. Dentro de cada grande área, as variáveis estão colocadas em ordem crescente de mediana.
TABELA 10 – GRANDES TEMAS PARA ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
FONTE: QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DE ESTRUTURA
NÚMERO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
QUESTÕES
CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA
BASE EMPRESARIAL
CLIMA DE INVESTIMENTOS
MERCADO
ESTRUTURA URBANA
CONDIÇÃO SOCIAL
BASE EDUCACIONAL
CONDIÇÕES E RELAÇÕES DE TRABALHO
SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MEIO AMBIENTE
AMBIENTE INSTITUCIONAL
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
60
Quando perguntados sobre qual seria a percepção do grupo em relação aos tópicos de infraestrutura geral, os mesmos atribuíram notas que resultaram em uma média geral de 6.05 pontos.
O maior destaque foi para Energia Elétrica. As piores pontuações referem-se a Porto Seco, Porto, Gás Canali-zado e Aeroporto, dado que tais estruturas não existem, ou são pouco representativas no município.
5.1 CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA
GRÁFICO 32 – CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Energia Elétrica
Telefonia Fixa
Água para fins produtivos
Rodovias
Acesso a Internet
Condições de Logística e Transporte de Cargas
Combustível
Telefonia Celular
Rede de Fibra ótica
Áreas e Barracões Industriais em Locais Infraestrutura
Ferrovias
Condomínios empresariais
Aeroporto
Gás Canalizado
Porto
Porto Seco
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
61
A conceituação da base empresarial, sob a ótica proposta, tem a finalidade de avaliar toda a estrutura de representação do empresariado, abrangendo os pontos que permitem identificar se há, no local, sustentação para o franco desenvolvimento das empresas de diversos portes. A média da pontuação de Apucarana em relação à sua Base Empresarial é de 5.1.
5.2 BASE EMPRESARIAL
GRÁFICO 33 - BASE EMPRESARIAL
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Quando perguntados sobre esta questão, os itens melhor avaliados são Fornecedores de Serviços auxiliares e Disponibilidade e qualidade dos fornecedores locais. Os itens com pior avaliação foram Presença de firmas de Classe Mundial, Rede de empresas e empresas de exportação.
Fornecedores de Serviços Auxíliares
Disponibilidade e Qualidade dos Fornecedores Locais
Fornecedores de Matéria Prima
Fornecedores de Máquinas e Equipamentos
Fornecedores de Peças e Componentes
Presença de Firmas qualificadas/Certificadas
Difusão de modernas técnicas de gestão
Associativismo Empresarial
Atualização Técnológica do Parque Produtivo
Rede de Empresas
Empresas Exportadoras
Presença de Firmas de Classe Mundial
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
62
As maiores pontuações foram Empreendedorismo e Facilidade de Acesso a Infraestrutura. As menores mé-dias foram Instrumentos de incentivo fiscal e Participação de grupos regionais no fluxo de Investimentos.
O que se observa na análise dos dados é que há muitas possibilidades de melhorias neste quesito, tendo em vista que a pontuação geral foi baixa.
GRÁFICO 34 – CLIMA DE INVESTIMENTOS
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
A avaliação do Clima de Investimentos refere-se aos aspectos municipais ligados ao ambiente econômico e social que contribuem [ou atrapalham] para atração de investimentos e permanência de empresas no muni-cípio. A pontuação média do quesito Clima de Investimentos foi de 4.93 pontos, considerada uma pontuação baixa no âmbito desta análise.
5.3 CLIMA DE INVESTIMENTOS
Empreendedorismo
Facilidades de Acesso à Infraestrutura
Instrumentos Financeiros
Informação e Atendimento a Novos Investidores
Relacionamento entre Empreendedores e Base Produtiva Local
Incentivos para Grupos Locais
Reinvestimento de Empresas Instaladas na Região
Instrumentos e Incentivos a Investimentos
Agilidade, Facilidade e Custo de Abertura de novas empresas
Fluxo de Investimentos Recentes
Promoção e Marketing Regional
Instrumentos de Incentivo Fiscal
Participação de Grupos Regionais no Fluxo de Investimentos
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
63
Na avaliação do mercado foram aplicadas questões com o objetivo de entender como seria o ambiente para negócios sob o ponto de vista da facilidade de negociação, bem como de sua dinâmica. Aspectos como renda (re-lacionada ao consumo), estrutura comercial, mercado regional e outros, como turismo, evidenciam esta relação.
5.4 MERCADO
GRÁFICO 35 - MERCADO
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Quando questionados sobre a percepção do mercado local, a maioria dos participantes considerou que o merca-do local foi insatisfatório com média geral de 5.09 pontos. Os quesitos com maior pontuação foram Sistema de Venda e Distribuição e área de influência. Os piores itens que foram avaliados foram Fluxo e Dispêndio Turísti-co, Feiras e Eventos Empresariais e Centros de Eventos e Exposição/Feiras.
Sistema de Venda e Distribuição
Área de Influência
Centros Comerciais
Índice do Poder de Compra Local
Acesso a Mercados Nacionais/Internacionais
Especialização do Mercado Regional
Concentração do Mercado Regional
Marcas de Empresas da Região
Sistema de Informações Mercadológicas
Renda per capita
Difusão de Bens de Consumo
Distribuição de Renda
Famílias acima da linha de Pobreza
Estrutura Turística
Fluxo e dispêndio Turístico
Feiras e Eventos Empresariais
Centros de Eventos e Exposição/Feiras
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
64
A média geral atribuída foi de 5.29 pontos, considerada muito baixa, o que identifica que há conflitos relacio-nados ao uso do espaço físico. Os itens mais bem avaliados foram Veículos por população e área e Disponibili-dade e acesso a terrenos urbanos. Os aspectos menos favoráveis são os relacionados a conflitos: Industrial X Residencial, Rural X Urbano, Urbano X Ambiental e Rural X Ambiental.
GRÁFICO 36 – ESTRUTURA URBANA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Estrutura urbana é o conjunto de infraestruturas que constituem o espaço da aglomeração urbana e do con-junto das instalações dos processos individuais de produção e reprodução que ocupam as localizações daque-le espaço, tal como o uso do solo.
As questões apresentadas ao grupo procuraram evidenciar como se dá a divisão do espaço em Apucarana, principalmente buscando identificar se há, no local, conflitos relacionados à sua distribuição.
5.5 ESTRUTURA URBANA
Veículos por população e área
Disponibilidade e acesso a terrenos urbanos
Uso do Solo
Qualidade e Oferta da Estrutura Viária
Distribuição da Terra Urbana
Recuperação de áreas deterioradas
Transporte Coletivo Metropolitano
Transporte Coletivo Urbano
Tempo de deslocamento
Mobilidade e Condições de Acessibilidade
Especulação Imobiliária
Conflito Uso Industrial X Ambiental
Pressões e Conflitos no uso do solo
Conflito Uso Rural X Ambiental
Conflito Uso Urbano X Ambiental
Conflito Uso Rural X Urbano
Conflito Uso Industrial X Residencial
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
65
As questões relacionadas à Condição Social levam em consideração todos os aspectos ligados à qualidade de vida da população em geral, tanto de estrutura local – habitação, saúde e saneamento – quanto de cultura, lazer, segurança e políticas sociais. O município apresentou uma média de 6.07 pontos neste quesito.
5.6 CONDIÇÃO SOCIAL
A percepção geral é de que a Condição Social em Apucarana é razoável, demonstrada pela pontuação acima de 5 em muitos dos itens desta questão. Os maiores destaques foram Oferta de água residencial, Domicílios ligados à rede de água e Domicílios atendidos c/coleta de lixo. Quantos aos quesitos que representam preocu-pação destacam-se Coeficiente de Morbidade por doenças infecto-contagiosas e Coeficiente de Mortalidade Infantil. Entretanto, ambas as variáveis têm uma distribuição bastante uniforme, ou seja, há pouco consenso quanto à percepção destas.
GRÁFICO 37 – CONDIÇÃO SOCIAL
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Oferta de àgua residencial
Domicílios ligados à rede de àgua
Domicílios atendidos c/coleta de lixo
Domicilios ligados à rede de Esgoto
Oferta de Habitação Popular
Densidade de Moradores
Financiamento habitacional
Eventos culturais e esportivos
Evolução de Alvarás para construção
Distribuição dos Equipamentos Sociais
Qualidade da Habitação
Rede de Proteção Social
Evoluçãodos Gastos Sociais per capita
Qualidade da Rede de Saúde Pública
Acidentes automobilísticos
Àreas de Entreterimento e Lazer
Índice de Crimes contra a Propriedade
Serviços Especializados de Saúde
Indice de Crimes Violentos
Coeficiente de Mortalidade Infantil
Coeficiente de Morbidade por Doenças Infecto−Contagiososas
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
66
Dos 13 itens avaliados os destaques foram para a Disponibilidade e Qualidade do Ensino Fundamental e Mé-dio, tanto público, quanto privado. Também cabe destacar a oferta de Escolas internacionais e de idiomas e as condições do ensino superior. Aqueles que apresentam maiores oportunidades de melhorias foram Relacio-namento Escola-Empresa e a oferta de bolsas de estudo.
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Ao serem perguntados sobre a base educacional em Apucarana, de modo geral, os participantes qualificaram a situação como razoável, com pontuação média de 6.7.
GRÁFICO 38 – BASE EDUCACIONAL
Foram avaliados neste tópico 13 itens que descre-vem, de modo abrangente, toda a estrutura educa-cional, bem como a qualidade do ensino. Este tópico em especial é substancialmente importante no que se refere à atração de novos investimentos. A base educacional permite identificar o potencial local na geração de mão de obra qualificada, tanto no pre-sente quanto em relação às perspectivas futuras.
Os aspectos abordados – como Condições de Ensi-no Profissionalizante e Ensino Técnico e Pós Médio – dão a dimensão de quanto o local está preparado para o fornecimento de mão de obra com potencial produtivo para o desempenho de atividades que exijam complexos graus de compreensão, a médio e longo prazo.
5.7 BASE EDUCACIONAL
Disponibilidade e Qualidade do Ensino Privado Fund e Médio
Disponibilidade e Qualidade do Ensino Público Fund e Médio
Oferta de Escolas Internacionais e de Idiomas
Condições do Ensino superior
Taxa de Alfabetização Funcional
Taxa de Escolarização (1º,2º e 3º graus)
Disponibilidade e Qualidade dos Cursos de Ciências Exatas, Físicas e Naturais
Anos de Estudo ( população com mais de 15 anos)
Condições do Ensino Profissionalizante
Condições do Ensino Técnico e Pós−médio
Oferta de Cursos de Treinamento empresarial
Oferta de Programas de Bolsa−Escola e Bolsa de Estudos
Relacionamento Escola−empresa
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
67
A qualidade da mão de obra local é, sem dúvida, um dos aspectos mais importantes quando se avalia o ambiente de negócios, porém, esta análise não está completa até que se verifiquem as condições e o ambiente em que se desenvolvem as relações de trabalho local.
Além de se garantir um ambiente de trabalho saudável, a estabilidade nas relações trabalhistas é de funda-mental importância para a manutenção dos níveis de produtividade.
GRÁFICO 39 – CONDIÇÕES E RELAÇÕES DO TRABALHO
As questões relacionadas à formalização do merca-do de trabalho local, bem como as condições ofere-cidas aos empregados locais são todos elementos passíveis de conflitos, havendo necessidade de ter no local uma estrutura que possa trabalhar na me-diação e solução dos entraves entre trabalhadores e empresários.
5.8 CONDIÇÕES DE RELAÇÃO DO TRABALHO
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Ao serem questionados sobre como seriam as Condições e Relações do Trabalho local, os participantes clas-sificaram os itens com média de 5.48 pontos, que mostra um nível de instabilidade das relações trabalhistas. Os itens com pior avaliação foram a Participação na Gestão, Lucros e Resultados e os Índices de conflitos Internos e Sindicais.
Evolução da Ocupação
Trabalhadores com Previdência Social
Taxa de Formalidade do Emprego
Taxa de Desemprego
Programas de Educação e Desenvolvimento do Trabalhador
Qualificação/Especialização da Mão de Obra local
Rotatividade dos Empregados
Índice de Absenteísmo
Plano de Benefícios ao Trabalhador
Índice de Acidentes de Trabalho
Evolução da Renda Média dos Trabalhadores Ocupados
Índice de Conflitos Internos
Índice de Conflitos Sindicais
Participação na Gestão, Lucros e Resultados
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
68
Pode-se observar que os indicadores de Sistemas de Ciência e Tecnologia foram avaliados negativamente, apresentando média de 4.15 pontos. As piores avaliações foram dos itens Oferta de Mestrados e Doutorados, Incubadoras e Parques Tecnológicos e Serviços de Alta Tecnologia.
GRÁFICO 40 – SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
5.9 SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Para Cassiolato e Lastres (2005), a política de ino-vação deve apresentar claramente um viés pró--emprego. Assim, o governo deveria estimular, com clareza, sistemas produtivos e inovativos caracteri-zados pela alta importância de inovações de produ-to, dado que estes tendem a apresentar um efeito líquido positivo de geração de novos empregos. Por outro lado, sistemas produtivos e inovativos nos quais as inovações de processo são mais rele-vantes, deveriam combinar as necessárias políticas de inovação a outras que amortecessem a queda no
emprego, resultante deste processo. Com uma óti-ca direcionada para as questões de negócios e ge-ração de renda local, o quesito Sistema de Ciência e Tecnologia procura avaliar a percepção dos par-ticipantes em relação a questões que demonstras-sem qual a composição de Sistemas de Inovação e Tecnologia e de que forma é dada a interação entre o que se é produzido em termos de trabalhos técni-cos e científicos, o que exatamente isso tem gerado de inovações e qual a relação entre governo local, empresas e institutos de pesquisa.
Grupos de Pesquisa
Dispêndio em P&D (Produtos e Processos)
Participação da produção de Bens de Média e Alta Tecnologia
Dispêndio em Especialização de Pessoal
Patentes e Registros de Propriedade Intelectual
Oferta e qualidade dos Laboratórios
Instituições de Pesquisa e Integração Tecnológica
Contratos Tecnológicos com empresas da região
Centros de Metrologia e Normatização Técnica
Instituições de Fomento em C&T
Serviços de Alta Tecnologia
Incubadoras e Parques Tecnológicos
Oferta de Mestrado e Doutorado
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
69
5.10 MEIO AMBIENTE
Os efeitos climáticos nunca estiveram tão presen-tes nas discussões globais como nos dias atuais. As preocupações com o aquecimento global gerado pelas as emissões de CO2 estão no centro das aten-ções das grandes potências. O aquecimento do pla-neta traz uma série de consequências desastrosas que desorganizam o padrão climático global inter-ferindo diretamente no nosso modelo de vida atual.
Assim, no quesito meio ambiente, quando avaliado sob uma ótica mais local e regional, as dimensões são ampliadas para medidas de qualidade de vida da população. Excelentes níveis de controle e me-didas preventivas para correção de efeitos nocivos que, porventura, atividades produtivas possam ge-rar, são, evidentemente, elementos que determi-nam níveis de saúde pública e bem-estar geral da população.
Em Apucarana, pela indicação da percepção dos participantes da pesquisa, neste quesito o município não apresenta bons resultados. A média geral atribuída foi de 5.84 pontos. Os itens que mais se destacaram na percepção dos entrevistados foram Qualidade do Ar e Eficiência Energética. No outro extremo, os itens que foram avaliados de forma mais negativa foram Reciclagem de Resíduos e Local de Destino de resíduos.
GRÁFICO 41 – MEIO AMBIENTE
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Qualidade do Ar
Eficiência Energética
Qualidade da àgua dos Rios e Reservatórios
Programa Visual
Limpeza de vias urbanas e ajardinamento de ruas e praças
Sustentabilidade da Oferta de água
Áreas de Preservação Ambiental e Reservas Ambientais
Tratamento de Efluentes
Geração e Tratamento de Resíduuos Urbanos
Geração e Tratamento de Resíduos Industriais
Local de destino de resíduos
Reciclagem de Resíduos
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
70
Quando avaliada a questão do Ambiente Institucional, pela percepção dos participantes, o item com maior pontuação e destacado como mais positivo neste quesito foi Administração e Gerência. Em seguida estão os itens Finanças Municipais e Planejamento do Desenvolvimento Urbano. Por outro lado, o ponto que apresen-tou oportunidades de melhorias foi o item Instituição de Preservação Ambiental.
GRÁFICO 42 – AMBIENTE INSTITUCIONAL
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA – QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
Assim como os sistemas de inovação e tecnologia são de fundamental importância para criação de ambientes favoráveis ao desenvolvimento de ne-gócios com valor agregado, a organização do am-biente institucional completa as condições para que os negócios se desenvolvam com estabilidade e segurança.
A estabilidade na relação das empresas com as instituições, assim como a estabilidade das regras para funcionamento das empresas sem mudanças no arcabouço legal, uma gestão urbana eficiente voltada para a solução dos problemas da população e de empresas, completam uma estrutura virtuosa que proporciona maior atratividade de negócios ao local.
5.11 AMBIENTE INSTITUCIONAL
Administração e Gerência
Finanças Muncipais
Planejamento do Desenvolvimento Urbano
Qualidade dos Serviços Públicos
Atividades Econômicas
Instituições
Meio Ambiente
Participação na Gestão
Uso do solo
Confiança nas Instituições
Instituições de Ensino e Pesquisa
Representatividade das Entidades Empresariais
Representatividade das Entidades de Trabalhadores
Alianças Institucionais e Clima de Interação
Instituições Sociais e Culturais
Instituições de Fomento Econômico Regional
Instituição de Preservação Ambiental
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D A A N Á L I S E D E P E R C E P Ç Ã O R E A L I Z A D A N O M U N I C Í P I O
71
Após a análise da Percepção de Estrutura foi possí-vel identificar, por meio da investigação da percep-ção dos técnicos entrevistados, que o município de Apucarana reúne todos os elementos para que se construa uma base industrial diferenciada.
De uma forma geral, os técnicos que participaram da pesquisa consideraram que questões relaciona-das às Condições de Infraestrutura e Base Empre-sarial são destaques que aumentam a atratividade do município para novos investimentos.
5.12 CONCLUSÃO PARCIAL DA AVALIAÇÃO DE PERCEPÇÃO
GRÁFICO 43 – MÉDIA GERAL DA ANÁLISE DE PERCEPÇÃO
| FONTE: QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DE ESTRUTURA
Base Educacional
Infraestrutura
Ambiente Institucional
Condição Social
Condições e Relações de Trabalho
Meio Ambiente
Base empresarial
Ciência e Tecnologia
Clima de Investimentos
Estrutura Urbana
Mercado
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0
0.02.55.07.510.0
Nota
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
72
06C A P Í T U L O
R e s u l t a d o d o S e m i n á r i oA p u c a r a n a
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
73
Desenvolvimento Regional é um processo de mu-dança estrutural localizado, que tem como finalida-de o progresso permanente da região, da comunida-de regional como um todo e de cada indivíduo nela residente. O desenvolvimento traz consigo alguns objetivos implícitos, quais sejam:
a) aperfeiçoamento do território, entendido não como mero continente e suporte físico de ele-mentos naturais, mas como sistema físico e social de estrutura complexa (com diversidades de subsiste-mas, com articulações lineares e não lineares), dinâ-mico e delimitado;
b) aperfeiçoamento da sociedade ou comuni-dade que habita o território que serve de referência de identidade e cultura;
c) aperfeiçoamento de cada pessoa que per-tence a essa comunidade e habita esse território.
Não há transformações estruturais sem que ocorra efetiva participação da comunidade local, a constru-ção de ambientes consolidados de desenvolvimento passa, necessariamente, sobre a compreensão e o entendimento da comunidade para aquilo que ela considera bom para melhorar o seu nível de vida.
Considerando-se a proposta de desenvolvimento do município é uma construção conjunta com os ato-res locais, foi realizado um seminário composto de membros da sociedade civil para debater, discutir e apontar possíveis soluções para os problemas apon-tados no diagnóstico.
A metodologia utilizada para organização das pro-postas apontadas e recolhidas no evento foi a do Marco Lógico, também conhecido como Matriz Ló-gica ou Quadro Lógico. Esta é uma das mais difun-didas metodologias utilizadas no planejamento, mo-nitoramento e avaliação de programas e projetos. O marco lógico tem como seu principal produto a Ma-triz do Marco Lógico (MML) ou Matriz de Planeja-mento (MPP). Descritivamente é uma matriz quatro por quatro, começando do nível básico (geralmente atividades ou insumos) no canto inferior esquerdo e
subindo numa hierarquia logicamente organizada, do mais simples e parcial, para o mais complexo e global.
O primeiro passo na construção do Marco Lógico é a construção de uma Árvore de Problemas. A Árvore de Problemas é uma metodologia destinada a rela-cionar os problemas existentes em uma área de for-ma integrada, obtendo um esquema em que se defi-nem os que são causas e os que são consequências. Analiticamente, o Marco Lógico consiste em uma es-trutura de implicações lógicas de causa-efeito com relação a uma situação-problema, e de meios fins em relação à intervenção proposta para mudar a situa-ção-problema. Consiste, portanto, em um conjunto de conceitos inter-relacionados que define as causas de uma intervenção (projeto), bem como o que deve ser feito (estratégia) para alcançar o resultado dese-jado.t
6.1 ÁRVORE DE PROBLEMAS
Com base nos pressupostos metodológicos e re-sultados obtidos nos diagnósticos realizados, foi possível levantar informações estruturais relacio-nadas ao município na visão dos técnicos que par-ticiparam da análise de percepção.
Estas informações foram trabalhadas em forma de uma matriz SWOT e apresentadas à sociedade civil convidada para o seminário, em que foi realizado um exercício com proposições de possíveis ações.
06C A P Í T U L O
R e s u l t a d o d o S e m i n á r i oA p u c a r a n a
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
74
Na tabela 11 são apresentadas questões relacionadas às forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para Apucarana:
TABELA 11 - MATRIZ SWOT DE APUCARANA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
- Logística
- Proximidade de Londrina e Maringá
- Produção rural
FORÇAS FRAQUEZAS
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
- Aproveitamento do setor elétrico
- Promoção e marketing do município
- Metrópole PR Norte
- Concorrência asiática no setor têxtil
- Dependência do setor têxtil
- Ecossistema de tecnologia
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
75
Identificados os principais pontos positivos e negativos de Apucarana, foi possível construir a árvore de problemas, envolvendo os principais entraves locais à melhoria do ambiente de negócios como mostra a Figura 6:
FIGURA 6 - ÁRVORE DE PROBLEMAS
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM DADOS DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO PMAI
Muita concentração no setor têxtil
Baixo aproveitamento da localização estratégica do município
Não estimulo à diversificação produtiva
Baixos níveis salariais
Baixo nível de investimento
Baixa integração Universidade-Empresas
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
76
6.2 MATRIZ DO MARCO LÓGICO
Após as equipes se reunirem e discutirem sobre os temas aos quais foram designadas foi possível extrair os principais objetivos a serem alcançados dentro de um projeto maior. Os assuntos levantados pelos partici-pantes foram organizados em uma ordem lógica o que abriu a possibilidade de construção de uma Matriz do Marco Lógico. Este modelo de matriz segue o conceito aplicado pelo Banco Interamericano de Desen-volvimento BID. Trata-se de uma matriz quatro por quatro que tem a vantagem de induzir à objetividade na elaboração e descrição de programas e projetos além de propiciar uma rápida e sintética visualização dos programas e projetos e principais fatores para acompanhamento e avaliação destes.
Dentro da estrutura da Matriz do Marco Lógico encontram-se tópicos distribuídos entre linhas e colunas com o objetivo de mostrar a identidade principal do projeto, abaixo uma descrição e definição dos conceitos apli-cados a matriz:
Resumo Descritivo de Objetivos: (1º coluna) é composto por quatro (4) itens, quais sejam:
i. Objetivo Superior: é uma definição de como o projeto ou programa contribuirá para a so-lução do problema;
ii. Objetivo do Projeto: é o impacto direto a ser obtido como resultado da utilização dos com-ponentes produzidos pelo projeto. É uma hipótese sobre o impacto ou benefício que se deseja obter;
iii. Componentes: são obras, serviços e ativi-dades de capacitação que o executor deve realizar de acordo com o contrato. Estes devem ser expres-sos em termos de trabalhos concluídos;
iv. Atividades: as atividades são as tarefas que o executor deve cumprir para completar cada um dos componentes do projeto que implicam em custos. Deve ser elaborada uma lista de atividade em ordem cronológica para cada componente.
Estes tópicos estão relacionados ao resumo descri-tivo dos objetivos do projeto e seus principais des-dobramentos, sendo que:
• Indicadores: tem a função de medir o im-pacto geral que terá o projeto considerando os objetivos superiores, os objetivos do projeto, com-ponentes e atividades, todos eles relacionados ao prazo, qualidade e horizonte temporal e também o orçamento;
• Meios de Verificação: são as fontes de in-formação que se pode usar para verificar se os ob-jetivos foram atingidos. Assim também se aplica aos objetivos do projeto, componentes e ativida-des;
• Suposições: são os acontecimentos, condi-ções ou decisões importantes e necessárias para a sustentabilidade dos benefícios gerados pelo pro-jeto.
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
77
6.3 MAPA ESTRATÉGICO PMAI APUCARANA
O mapa estratégico é um instrumento importante de representação gráfica para otimização da tomada de decisões. Após o desenvolvimento do problema central por meio de várias perspectivas, foi possível conden-sá-lo em um mapa que facilitará a tomada de decisões por parte da organização, da sociedade civil e também do poder público com intuito de dar maior velocidade e eficiência às ações propostas. A Figura 7 traz o mapa estratégico de Apucarana:
TABELA 12 - MATRIZ DO MARCO LÓGICO DE APUCARANA
| FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA COM UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DO MARCO LÓGICO DO BID
RESUMO DESCRITIVODOS OBJETIVOS
OBJETIVO SUPERIOR: Promover o desenvolvimento econômico pela otimização dos recursos locais
OBJETIVO DO PROJETO: Diversi-ficação produtiva, utilizando de setores já presentes no municí-pio; Reestruturação do ecossis-tema de inovação do município; Promover comercialmente as vantagens locacionais do muni-cípio
COMPONENTES: Criação de um grupo de trabalho para elaboração de três projetos pilotos para atingir os desafios estipulados dos objetivos anunciados
ATIVIDADES: Parceria entre técnicos da Prefeitura e da APD para elaboração dos projetos
Criação de grupo com definição de cronograma
Avaliação e acompanha-mento das atividades do grupo
Definição do Portfólio de projetos
Criação do grupo de trabalho para formulação do projeto
Projetos com definição metodológica específica
Criação de Grupo de trabalho com técnicos da Prefeitura e APD
Reuniões com setores estratégicos para definição de prioridades e ações; Reuniões com instituições ligadas ao setor educacional para desenvolvimento do ecossistema; Eventos comerciais e turísticos.
Criação de projetos com acompanhamento de metas
Criação de Grupo de trabalho com técnicos da Prefeitura e Agência Paraná de Desenvolvimento
MEIOS DE VERIFICAÇÃO
Crescimento de setores industriais e estabelecimento de novas empresas no local
SUPOSIÇÕES
Criação de leis e regulamen-tos específicos para manu-tenção das atividades no longo prazo
INDICADORES
Impactos gerais esperados: Melhoria e ampliação do campo de negócios do município, com o ojetivo de atrair investimentos
R E S U L T A D O D O S E M I N Á R I O - A P U C A R A N A
78
FIGURA 7 - MAPA ESTRATÉGICO DO PMAI APUCARANA
FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Com o objetivo de explicitar a hipótese da estratégia e para que cada indicador possa se converter em parte integrante da cadeia lógica de causa e efeito que conecta resultados almejados da estratégia, o mapa estra-tégico descreve o processo de transformação de ativos intangíveis em resultados tangíveis para os clientes e, por conseguinte, em resultados financeiros. Essa ferramenta fornece um referencial para a descrição e ge-renciamento da estratégia.
Aumento do número de novos negócios no município
Maior integração entre Empresas e Universidades
ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO SETORES PRODUTIVOS PROMOÇÃO COMERCIAL
Promoção comercial
Campanha comercial para atração de investimentos
Definição de calendário com eventos de
negócios
Desenvolvimento do polo tecnológico com
base em pesquisas volta-das à vocação regional
Workshops com Universidades e Empresas para
avaliar demandas
Reestruturação do ecossistema de
inovação
Desenvolvi-mento da
cadeia produ-tiva dos seto-res com maior aglomeração
Reunião com Arranjo Pro-dutivo Local do boné para avaliação de perspectiva de futuro no setor têxtil
Colégio Agrícola
4.0
Intensificação de eventos comerciais no município com organização de calendário anual
Promover maior integração entre Universidades e
Empresas
Diversificação Produtiva
Aproveitamento das potencialidades
locais
Buscar investi-mento em novos setores produti-
vos
Elevação do nível dearrecadação municipal
Diversificação setorial com aumento da atividade industrial
OS
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
80
O aspecto mais preponderante no processo de desenvolvimento econômico é o que gera a convergência dos interesses dos atores das comunidades em questão. Partindo da premissa de que todo o processo de desen-volvimento deve ser participativo, buscando a canalização de todos interesses da comunidade em questão, pode-se concluir que este trabalho atingiu sua finalidade.
Durante os meses em que este trabalho foi desenvolvido, houve um grande esforço intelectual no sentido de apurar indicadores econômicos que de fato contribuíssem para sinalizar e identificar os principais vetores do desenvolvimento local. Estes Indicadores são de fundamental importância no processo de direcionamento de ações para o desenvolvimento. Contudo, o indicador numérico sozinho é desprovido de vida, por isso o elemento fundamental deste trabalho é a participação ativa da comunidade, no sentido de validar e participar das ações que materializem os anseios demonstrado através dos gráficos e tabelas.
A segunda parte deste trabalho focou na interação dos resultados numéricos apurados com os resultados da percepção da comunidade local. Não há como realizar um trabalho de atração de investimentos robusto sem que a população tenha a real dimensão de suas potencialidades. A percepção é um indicador subjetivo e quali-tativo, entretanto, dentro de seus resultados, é possível sentir e avaliar o grau de conhecimento da população em relação aos seus gargalos bem como suas fortalezas.
Toda estrutura deste projeto está voltada ao trabalho de conhecimento do sistema econômico e social de um município para melhor explorar suas vocações. Dificilmente um trabalho de atração de investimentos poderia prescindir de tal mecanismo, já que não há como desenvolver de forma induzida sem considerar os elementos que compõe o cenário analisado.
Diante de todos estes aspectos esse trabalho chega em sua fase mais importante, que é onde se concentra o valor dele. Ou seja, os projetos resultantes das diversas análises e pesquisas realizadas. A finalização deste trabalho é a sua própria continuidade, é preciso colocar em prática todas as possibilidades aventadas através dos números expostos em tabelas e gráficos. Os projetos que, naturalmente, transcorrem dentro um instante temporal finito são os instrumentos mais importante para se pôr em prática todos as tendências mapeadas através dos números.
O objetivo agora, é colocar em ação todos os números levantados colocando-os em forma de indicadores e ações que possam ser acompanhados através de metas muito bem definidas e de escopos muito bem formu-lados. Além disso, responsáveis serão designados para que as etapas se desenvolvam com rapidez e eficiência dando assim vida e consistências às ideias aventadas. Esta é a forma mais eficiente de trabalhar situações complexas que envolvem o desenvolvimento local.
No caso específico do município de Apucarana, um dos principais desafios está em fortalecer a utilização de tecnologias para as potencialidades locais. Para isso, é preciso que haja um uma maior integração entre as empresas e a instituições de ensino. Um dos entraves no município é a questão da baixa diversificação produ-tiva, que gera estagnação econômica e aumento nos riscos a médio e longo prazo. Também se faz necessária a promoção comercial das potencialidades locais, por meio de eventos.
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
82
BRASIL. MINISTÉRIO do Trabalho e Emprego – MTE. Relação Anual de Informações Sociais ação Anual de Informações Sociais – RAIS. Brasília: disponível em . Acessado em 23 de Abril de 2018.
CARDOSO, F. H.; FALETO, E. Dependência e desenvolvimento na América Latina: ensaio de interpretação sociológica. 6.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
FURTADO, Celso. Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.
IBGE. Censo Demográfico - 1991. Rio de Janeiro: IBGE. Acessado em 23 de Abril de 2018, de www.ibge.gov.br
_____. Censo Demográfico - 2000. Rio de Janeiro: IBGE. Acessado em 23 de Abril de 2018, de www.ibge.gov.br
_____. Censo Demográfico - 2010. Rio de Janeiro: IBGE. Acessado em 23 de Abril de 2018, de www.ibge.gov.br
_____. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: PNAD. Rio de Janeiro, 2016.
LOPES, A. Simões. Desenvolvimento Regional, problemática, teoria e modelos. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1987.
MYRDAL, Gunnar. Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas. 2 eds. Rio de Janeiro: Saga, 1968
NORTH, Douglas. Teoria da Localização e Crescimento econômico Regional. In: SCHWARTZMAN, Jacques. Economia Regional. Textos escolhidos. Belo Horizonte: 1983
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
83
PAIVA, A. N. CARLOS. Fundamentos da Análises do Planejamento de Economias Regionais: Fundação Parque Tecnológico Itaipu. Foz do Iguaçu, 2013.
PERROUX, François. O Conceito de polo de Crescimento. In: SCHWARTZMAN, Jacques. Economia Regional. Textos escolhidos. Belo Horizonte: 1983
PRADO, Eleutério F.S. Estrutura tecnológica e desenvolvimento regional. São Paulo: IPE USP, 1981.
SOUZA, Nali de J. Conceito e aplicação da teoria da base econômica. Perspectiva Econômica. São Leopoldo: Unisinos, v. 10, nº 25, ma. 1980.
SUZIGAN, Wilson. Industrialização brasileira, origem e desenvolvimento. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Recommended