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A revolução da Maria da Fonte
Até ao século XIX, quando as pessoas morriam eram enterradas
no interior das igrejas.
No ano de 1846, durante o reino da D. Maria II, o ministro Costa
Cabral decretou uma lei que proibia os enterros dentro das igrejas.
O povo estava desagradado com essa lei e preparava uma revolta.
No dia 22 de Março 1846 morreu em Simões uma mulher a quem
foi passado o primeiro atestado de óbito.
O povo insurgiu-se e não deixou que enterrassem a falecida
Custódia, levando o cadáver para a igreja de S. Francisco.
Entretanto o povo levou o caixão para o mosteiro de Fontarcada
enterrando o corpo contra a vontade do padre.
O admistrador ficou zangado e ordenou que dessenterassem o
cadáver.
As mulheres chefiadas por Maria Luísa Balaio, mais conhecida por
Maria da Fonte, tocaram o sino a rebate.
O povo juntou-se e não deixou que tirassem o corpo e foram
festejar a vitória para a taberna da Maria da Fonte.
O administrador ficou enraivecido e mandou prender três das sete
mulheres do Minho. Com isto ele queria assustar a povoação e fazer
com que elas parassem a revolta.
Só que as mulheres não desistiram e foram tirar as três amigas da
cadeia, arrombando as portas com machados.
Cada vez mais zangado o administrador mandou uns militares para
fazer parar a revolta.
Por todo o reino havia revoltas e a rainha D.Maria II estava
preocupada.
Certo dia em Galegos morreu uma pessoa e o povo foi enterrá-la
na igreja como era habitual e o povo queria.
Entretanto chegaram os militares, impediram o funeral e
prenderam Josefa Caetana. O povo não gostou da prisão e estava
desapontado e revoltado.
O administrador pensou que a povoação podia tirar a Josefa
Caetana da prisão e por isso mandou levá-la para Braga, pela Serra do
Carvalho.
Ao passar no lugar da Rita, resolveram parar numa taberna para
beber uma pinga. Só que beberam de mais e quando saíram dali já iam
bêbedos.
Escondidos na Serra do Carvalho, estava um grupo de pessoas
prontas para surpreender os militares e soltar a Josefa Caetana.
Conseguindo soltar a Josefa Caetana, o povo dirigiu-se para a vila
para festejar a sua liberdade e a vitória e a rainha teve de abolir a lei.
Passados dois anos, começaram a querer impor a mesma regra e com
receio, Maria Luísa Balaio (Maria da Fonte) partiu para o Brasil.
Texto colectivo elaborado pela turma2 (3º/4º anos)
EB 1 de S. Gens – Calvos, 18 de Novembro de 2008
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