A xávega era uma arte de pesca já existente na Idade Média

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A xávega era uma arte de pesca já existente na Idade Média

A arte de pesca referida era gigantesca para a época e em grande parte das vezes transportada por homens e mulheres.

A bela embarcação que a lançava, movida a dezenas de braços humanos com os seus longos remos era designado por «barco do mar» ou «meia lua»

Uma companha era constituída por dois barcos do mar, tendo em apoio alguns palheiros em madeira, onde eram resguardados os aprestos marítimos, os bois e muitas vezes os pescadores.

Ao longe vê-se um mastro onde era colocada a sinalética informativa da actividade que estava a decorrer, visível a longa distancia

Os abnegados bois, da raça marinhoa, eram aqueles que faziam os trabalhos mais pesados, lançando e retirando o barco do mar, puxando a rede e o carro de bois utilizado.

Os carros de bois eram adaptados aos movimentos sobre as areias com rodas bastante largas, em madeira.

Chegou o momento de lançar o barco ao mar, carregado de remadores e das suas redes, deslizando sobre rolos e varas num esforço titânico de animais e pescadores.

O barco partiu através das ondas litorais e quem ficou em terra recolhe e prepara as varas para o ajudar a varar depois de lançar a rede.

Varado o meia lua, a rede começa a ser lentamente recolhida, numa azafama quase violenta, em que as parelhas de bois vão puxando lentamente a rede para o areal.

Quando, ao longe, no mar, se observam as bóias é sinal que a rede vem ali e já se está aproximando de terra.

O saco da rede está entrando na praia e os pescadores, num frenesim, retiram-no com cuidado para que a rede não sofra danos com o atrito

Felizmente a rede hoje veio bem cheia, dando para matar a fome a todos…..

Separado o peixe em cabazes de verga, chegou a altura de o levar para a lota onde almocreves e peixeiros o vão comprar em leilão

Mais uma vez os bois arrastam o fruto do lanço pelo areal, sendo necessárias duas juntas para arrastar o carro carregado.

Terminou o dia de trabalho para a maioria, as redes são estendidas no areal para secarem e receber alguma manutenção.

Os mestres de redes, lentamente, remendam alguns buracos mais pequenos e reconstroem outros maiores.

As Varinas juntam parte do cunhão que coube ao seu marido e correm para a povoação mais própria a fazer algum dinheiro para a família

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