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© ABNT 2010
NORMA BRASILEIRA
ABNT NBR15790
Primeira edição19.01.2010
Válida a partir de19.02.2010
Versão corrigida05.02.2010
Ensaios não destrutivos — Radiografia industrial — Inspeção de soldas por radiografia computadorizada. Técnica de parede dupla vista dupla
Non-destructive testing — Industrial radiography — Weld inspection using computed radiography (CR). Double wall double image technique
ICS 19.100 ISBN 978-85-07-01884-1
Número de referência ABNT NBR 15790:2010
23 páginas
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© ABNT 2010 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br
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Sumário Página
Prefácio....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Termos e definições......................................................................................................................................2
4 Qualificação de pessoal................................................................................................................................2
5 Procedimento escrito....................................................................................................................................2
6 Qualificação do procedimento .....................................................................................................................4
7 Validação do procedimento..........................................................................................................................4
8 Revisão e/ou requalificação do procedimento...........................................................................................6
9 Avaliação periódica do sistema de radiografia computadorizada ...........................................................6
10 Grupo de material ..........................................................................................................................................7
11 Fonte ...............................................................................................................................................................8
12 Placa de fósforo.............................................................................................................................................8
13 Monitor............................................................................................................................................................8
14 Scanner...........................................................................................................................................................8
15 Proteção contra radiação espalhada...........................................................................................................9
16 Preparação da superfície..............................................................................................................................9
17 Qualidade de imagem aceitável ...................................................................................................................9
18 Arranjo para exposição...............................................................................................................................10
19 Marcação de posição ..................................................................................................................................11
20 Indicadores de qualidade de imagem (IQI) ...............................................................................................11
21 Tabela de execução.....................................................................................................................................12
22 Distância fonte-detector..............................................................................................................................13
23 Identificação da radiografia........................................................................................................................14
24 Manuseio de placas de fósforo ..................................................................................................................14
25 Aquisição da imagem..................................................................................................................................15
26 Condições mínimas para o laudo ..............................................................................................................15
27 Radioproteção..............................................................................................................................................16
28 Requisitos de segurança e ambientais .....................................................................................................16
29 Registro dos resultados..............................................................................................................................16
Anexo A (normativo) Modelo de formulário de “Registro de Documentação de Validação de Procedimento de Radiografia Computadorizada".............................................................................................................19
Anexo B (normativo) Relatório de testes de estabilidade de longo prazo..........................................................21
Anexo C (normativo) Modelo de formulário de programação de serviços de radiografia ................................22
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Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15790 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos (ABNT/ONS-58), pela Comissão de Estudo de Radiografia (CE-58:000.02). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 11.09.2009 A 09.11.2009, com o número de Projeto 58:000.02-006.
Esta versão corrigida da ABNT NBR 15790:2010 incorpora a Errata 1 de 05.02.2010.
O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:
Scope
This Standard specifies the method of non destructive testing Computed Radiography applied to weld inspection, using X-ray as source.
This first part is restricted to double wall double image technique.
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Ensaios não destrutivos — Radiografia industrial — Inspeção de soldas por radiografia computadorizada. Técnica de parede dupla vista dupla
1 Escopo
1.1 Esta Norma especifica os requisitos para a realização do ensaio não destrutivo de radiografia computadorizada para a inspeção de juntas soldadas, por meio de raios X.
1.2 Esta primeira parte é restrita à técnica de parede dupla vista dupla.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
Portaria no 3214, 08/06/78 Norma Regulamentadora no 6 (NR-6) – Equipamentos de proteção individual – EPI
Portaria no 3214, 08/06/78 Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) – Obras de construção, demolição e reparos
ABNT NBR 15739, Ensaios não-destrutivos – Radiografia em juntas soldadas – Detecção de descontinuidades
ABNT NBR NM 314, Ensaios não-destrutivos – Radiografia industrial – Terminologia
ABNT NBR NM ISO 9712, Ensaios não-destrutivos – Qualificação e certificação de pessoal
ABNT NBR ISO/IEC 17024, Avaliação de conformidade – Requisitos gerais para organismos que realizam certificação de pessoas
ISO 19232-1, Non-destructive testing – Image quality of radiographs – Part 1 image quality indicators (wire type), determination of image quality value
ISO 19232-5, Non-destructive testing – Image quality of radiographs – Part 5: Image quality indicators (duplex wire type), determination of image unsharpness value
ASTM E 747 Standard practice for design, manufacture and material grouping classification of wire image quality indicators (iqi) used for radiology
ASME Boiler and Pressure Vessel Code, Section V
ASME Section V Article 2, T.274.2
ASTM E 1815, Standard test method for classification of film systems for industrial radiography
ASTM E 2445, Standard practice for qualification and long-term stability of computed radiology systems
ASTM E 2446, Standard practice for classification of computed radiology systems
ASTM E 2002, Standard practice for determining total image unsharpness in radiology
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BSI BS EN 473, Non-destructive testing – Qualification and certification of NDT personnel – General principles supersedes PD
BSI BS EN 14784-1, Non-destructive testing – Industrial computed radiography with storage phosphor imaging plates – Part 1: classifications of systems
BSI BS EN 14784-2, Non-destructive testing – Industrial computed radiography with storage phosphor imaging plates – Part 2: General principles for testing of metallic materials using X-rays and gamma rays
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR NM 314 e ABNT NBR 15739 e os seguintes.
3.1 área de interesse largura da solda, acrescida de 3 mm de cada lado, ao longo do comprimento da solda
3.2 distância fonte-detector menor distância entre a fonte de radiação real e o detector, medida na direção do eixo perpendicular
3.3 espessura nominal espessura especificada de material na região sob exame, sem considerar as tolerâncias de fabricação
3.4 espessura penetrada espessura de material na direção do feixe de radiação, calculada com base na espessura nominal
4 Qualificação de pessoal
4.1 Enquanto não houver a implantação do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação (SNQC) específico para radiografia computadorizada, os profissionais prestadores de serviço devem ser certificados pelo SNQC END referente à radiografia convencional. No caso dos profissionais de níveis 1 e 2 que atuarão em técnicas digitais de radiografia devem ser certificados para raios X pelo SNQC-END, acrescido ao estabelecido em 4.2.
4.2 Adicionalmente, os profissionais envolvidos com radiografia computadorizada devem ter treinamento específico na técnica com certificação emitida pela empresa. Este treinamento deve capacitar os profissionais na operação do sistema de radiografia computadorizada a ser utilizado.
4.3 Após o prazo estabelecido em documentação para a implantação do SNQC específico para radiografia computadorizada, todos os profissionais devem ser certificados de acordo com este sistema e as disposições estabelecidas em 4.1 se tornam inválidas.
4.4 Para aplicações de radiografia computadorizada fora do território brasileiro, os profissionais de níveis 1, 2 e 3 devem ser certificados por sistemas independentes, conforme a ABNT NBR NM ISO 9712 ou BSI BS EN 473 e por organismos independentes que atendam à ABNT NBR ISO/IEC 17024.
5 Procedimento escrito
5.1 O ensaio radiográfico deve ser realizado de acordo com um procedimento escrito, o qual deve conter no mínimo os requisitos listados na Tabela 1 e em 5.2.
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Tabela 1 — Variáveis do procedimento escrito
Requisitos Variável não
essencial Variável
essencialObservações
Nome do emitente, numeração e indicação da revisão
X
Objetivo X Normas de referência para a elaboração e qualificação do procedimento
X
Tipo de material, faixa de espessura e diâmetro X Exceto para material do mesmo grupo (ver Tabela 4)
Distância mínima fonte-objeto X Exceto quando aumentada Distância máxima do lado da fonte do objeto para o detector
X Exceto quando diminuÍda
Especificação do aparelho de raios X (com tensão máxima) e filtros
X
Dimensões máximas do foco do aparelho de raios X X Exceto quando diminuída Sistema de radiografia computadorizada e suas características
X Exceto em caso de: - atualização da versão do sistema de processamento de imagem utilizado; - modificações na sequência de etapas do processamento de imagens adotado para laudo; - mudança do monitor desde que satisfaça os requisitos da Seção 12; - mudança no formato de armazenamento dos dados.
Telas intensificadoras citando tipo, quantidade e espessura
X
Condição requerida para as superfícies a serem ensaiadas e métodos de preparação
X
Técnica radiográfica e esquema indicativo do arranjo para exposição
X
Descrição do método de marcação de posição X Indicadores de qualidade de imagem (IQI): tipo, material, localização e calços
X
Esquema e sistemas de identificação da imagem radiográfica
X
Tabelas de execução X Arranjo dos chassis X Radioproteção X Requisitos de segurança, meio ambiente e saúde, conforme descrito na Seção 26
X
Sistemática de registro de resultados X Formulário para relatório de registro de resultado X
5.2 Devido ao fato de que o desempenho dos sistemas de radiografia computadorizada é função de diversos parâmetros, deve ser informado no procedimento o seguinte:
a) marca comercial e tipo da placa de fósforo;
b) fabricante e modelo do scanner, citando tamanho focal do leitor ótico (em m), tamanho de pixel utilizado (em m) e faixa dinâmica (bits);
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c) fabricante e modelo da unidade de visualização de imagens (monitor);
d) características do monitor: luminância, razão de luminância, resolução, tamanho de pixel e faixa dinâmica;
e) programa e versão do sistema de processamento de imagem;
f) parâmetros de qualidade do sistema: resolução espacial básica máxima; SNRN mínima.
6 Qualificação do procedimento
6.1 O procedimento é considerado qualificado quando as radiografias executadas nas faixas de espessura e diâmetro estabelecidas (ver Tabela 2) apresentarem:
a) indicador de qualidade de imagem perfeitamente definido;
b) fio essencial visível em toda a área de interesse;
c) par de fio duplo especificado.
6.2 Deve ser executada uma radiografia para cada faixa de espessura.
6.3 Deve ser executada radiografia apenas para as faixas que englobem os valores de espessura especificados no procedimento de inspeção.
6.4 O procedimento deve contemplar a possibilidade de execução de radiografias em três posições para PD-VD elipse ou quatro em caso de PD-VD sobreposta; se necessário, aumentar a área útil da imagem.
7 Validação do procedimento
7.1 Adicionalmente ao estabelecido na Seção 6, o procedimento deve ser validado em comparação com a radiografia convencional, conforme quantidade mínima definida na Tabela 2 e com resultados satisfatórios, segundo os critérios descritos em 7.2 a 7.7. O processo de validação deve ser acompanhado por representante técnico da contratante.
Tabela 2 — Combinação de diâmetro/espessura
Espessura mm
Ø 1 ½” 1 ½” <Ø 3 ½”
4,0 ! e 10 juntas 10 juntas
4,0 < e ! 6,0 10 juntas 10 juntas
6,0 < e ! 8,0 10 juntas 10 juntas
8,0 < e ! 12,7 10 juntas 10 juntas
12,7 < e ! 25,0 10 juntas 10 juntas
e > 25,0 10 juntas 10 juntas
7.2 Para cada combinação de diâmetro e faixa de espessura, a primeira junta a ser inspecionada deve ser considerada junta-piloto. As outras juntas da mesma combinação somente podem ser inspecionadas se os resultados da radiografia computadorizada na junta-piloto forem satisfatórios.
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7.3 Para validação das faixas de espessura especificadas no procedimento, devem ser confeccionados corpos-de-prova apresentando defeitos do tipo planar. As 10 juntas destes corpos-de-prova devem ser inspecionadas por radiografia computadorizada e devem ser reinspecionadas por radiografia convencional. Se o resultado for no mínimo equivalente em termos de detectabilidade e satisfatório (ver 7.9 e 7.10), a inspeção pode ser realizada com a radiografia computadorizada. Se o resultado não for equivalente ou for insatisfatório, a inspeção por radiografia computadorizada não deve ser realizada.
7.4 Recomenda-se que os corpos-de-prova sejam do tipo spool, contendo as 10 juntas com defeitos planares.
7.5 O processo de validação deve ser aprovado por profissional nível 3 da contratante.
7.6 O procedimento qualificado deve ter anexada toda a documentação que comprove a sua qualificação e validação (radiografias, relatórios etc.).
7.6.1 Toda a documentação deve ser acompanhada do formulário de “Registro de Documentação de Validação de Procedimento de Radiografia Computadorizada” que registra as informações exigidas da contratada para comprovar a validação, a saber:
a) nome, assinatura e registro do SNQC-END do profissional nível 3 da contratada, responsável pelo acompanhamento do processo de validação;
b) assinatura do profissional nível 3 da contratante, responsável pela aprovação do processo de validação;
c) numeração e revisão do procedimento de ensaio radiográfico utilizado, convencional e computadorizado, nas radiografias comparativas;
d) faixa de diâmetro/espessura validada;
e) equipamento(s)/obra(s) onde foram executadas as radiografias;
f) código da junta soldada examinada pelas duas técnicas (convencional e computadorizada);
g) numeração dos relatórios de laudo de radiografia executadas pelas técnicas convencional e computadorizada;
h) laudo comparativo dos pares de radiografias computadorizada e convencional pelo profissional nível 3 da contratada, responsável pelo acompanhamento do processo de validação;
i) data de emissão do formulário.
7.6.2 Um modelo de formulário de “Registro de Documentação de Validação de Procedimento de Radiografia Computadorizada” encontra-se disponível no Anexo A.
7.7 Uma vez validado para uma determinada faixa de diâmetro/espessura a ser inspecionada em uma (ou mais) obra ou serviço, não é necessária outra validação quando da execução da inspeção em outra obra ou serviço.
7.8 A qualificação e validação do procedimento de inspeção podem ser aceitas para inspeções em outras obras ou serviços de outra contratante, se acordado entre as partes.
7.9 Para se confirmar que a técnica de radiografia computadorizada é equivalente/satisfatória em relação à técnica de radiografia convencional, todos os defeitos detectados pela radiografia convencional devem ser também detectados por radiografia computadorizada em condições que simulem aquelas operacionais de execução, ou seja, em condições comparáveis às de campo e de fábrica. Caso contrário, a radiografia computadorizada não pode ser utilizada.
7.10 Aumento de amostragem: se algum resultado da radiografia computadorizada não for equivalente ou for insatisfatório em relação à radiografia convencional, a inspeção por radiografia computadorizada não deve ser realizada. Admite-se efetuar uma correção nos valores de exposição e/ou energia, seguido de um aumento da amostragem, onde duas juntas adicionais de mesma combinação diâmetro e espessura devem ser radiografadas
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por ambas as técnicas. A contratante deve indicar quais juntas adicionais devem ser radiografadas. Se os resultados forem satisfatórios, conforme critério estabelecido em 7.9, a inspeção por radiografia computadorizada poderá ser realizada e o procedimento deve ser modificado para contemplar a mudança de parâmetros adotada. Caso algum resultado seja insatisfatório, a inspeção por radiografia computadorizada não deve ser realizada para a combinação diâmetro e espessura avaliada e toda inspeção a ser realizada para essa combinação diâmetro e espessura deve ser feita por meio de radiografia convencional.
7.11 Além da equivalência na detectabilidade, em comparação com a radiografia convencional, os requisitos de qualidade expressos na Seção 17 devem ser integralmente atendidos pela radiografia computadorizada.
8 Revisão e/ou requalificação do procedimento
Sempre que qualquer variável da Tabela 1 for alterada, deve ser emitida uma revisão do procedimento. Se a variável for essencial, o procedimento deve ser requalificado e revalidado.
9 Avaliação periódica do sistema de radiografia computadorizada
9.1 Com periodicidade de 12 meses, o sistema de radiografia computadorizada deve ser calibrado em laboratório especializado de terceira parte quanto aos seguintes aspectos:
a) monitor: nível de luminância;
b) parâmetros de qualidade do sistema:
função de modulação de transferência (MTF80 e MTF20);
resolução especial;
sensitividade ao contraste;
faixa dinâmica;
SNRN e intensidade linearizada do sinal média;
distorções geométricas;
qualidade do feixe de laser (laser beam function);
manchas brilhantes (blooming);
deslizamento do scanner (slipping); e
uniformidade do laser (shading), segundo BSI BS EN 14784-1, BSI BS EN 14784-2, ASTM E 2445 e ASTM E 2446.
9.2 A avaliação periódica do sistema de radiografia computadorizada deve ser registrada conforme o Anexo B, assinada pelo profissional nível 3 da contratada, responsável pela elaboração do procedimento. A Tabela do Anexo B deve ser preenchida da seguinte forma:
a) unidade de leitura: fabricante, modelo, número de série e ano de fabricação;
b) placa utilizada: marca comercial e tipo;
c) monitor: fabricante, modelo, número de série e luminância;
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d) sistema de processamento da imagem: programa e versão;
e) último serviço: data;
f) testes: resultados, datas de realização e observações pertinentes, se necessário;
g) parâmetros avaliados:
SNRN em duas direções: paralela, varredura rápida, e perpendicular, varredura lenta, ao feixe de laser;
intensidade linearizada do sinal associada à menor SNRN encontrada;
desbotamento da imagem latente (fading): resultado expresso em termos de porcentagem da máxima intensidade atingível nas condições de teste;
MTF (pl/mm) e resolução espacial básica ( m) em duas direções;
uniformidade do laser (shading), expresso em porcentagem;
distorções geométricas, qualidade do feixe de laser, manchas brilhantes (blooming) e deslizamento do scanner (slipping): descritos como conformes (C) ou não conformes (NC);
sensitividade ao contraste (%);
h) conclusões: sistema adequado, necessitando de reparo e/ou calibração ou desqualificado para uso;
i) condições de teste;
j) laboratório de terceira parte responsável pela avaliação, nome do profissional executante e CNPJ/CPF dos responsáveis;
k) razão social da empresa e CNPJ;
l) nome, assinatura e documento de identidade do profissional nível 3 da contratada.
9.3 A Tabela do Anexo B deve ser apresentada devidamente preenchida no início da execução do serviço. Caso as informações exigidas na Tabela do Anexo B não sejam disponibilizadas, o sistema de radiografia computadorizada da contratada deve ser considerado inadequado.
9.4 Para garantir a rastreabilidade das informações, uma mesma Tabela do Anexo B deve ser utilizada ao longo da vida útil do sistema de radiografia computadorizada, sendo mantidas as condições de teste iniciais.
9.5 As não-conformidades verificadas nos resultados dos testes dos parâmetros: distorções geométricas, qualidade do feixe de laser, manchas brilhantes e deslizamento do scanner, indicam que a unidade de leitura deve ser submetida à calibração e/ou reparo, sendo vedada sua utilização.
9.6 Para sistemas de radiografia computadorizada novos, o fabricante deste sistema deve fornecer o certificado de avaliação de estabilidade de acordo com as BSI BS EN 14784-1, BSI BS EN 14784-2, ASTM E 2445 e ASTM E 2446. Porém, a partir de um ano desta avaliação, os demais processos devem seguir o disposto em 9.1 a 9.5.
10 Grupo de material
O material a ser radiografado deve estar classificado de acordo com suas características de absorção da radiação, conforme a Tabela 3.
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Tabela 3 — Grupo de material
Material do IQI Adequado para ensaio dos seguintes materiais
Cobre Cobre, zinco, estanho e suas ligas
Aço Materiais ferrosos
Alumínio Alumínio e suas ligas
11 Fonte
11.1 Na inspeção de soldas o uso de fontes de raios X é preferencial.
11.2 Havendo impossibilidade do emprego de uma fonte de raios X, devido a problemas de acesso local ou outros previamente relatados por parte da contratada, a inspeção por radiografia computadorizada não é recomendada. Pode-se, no entanto, utilizar um radioisótopo mediante acerto entre as partes, porém o procedimento adotado não atenderá ao especificado nesta Norma.
12 Placa de fósforo
12.1 O comprimento de placa de fósforo em ensaio radiográfico por amostragem deve ser no mínimo de 150 mm.
12.2 A empresa contratada deve garantir a rastreabilidade das placas de fósforo utilizadas, de modo a proporcionar a identificação inequívoca da qualidade de detector empregado (tipo e modelo). Esta identificação deve aparecer na imagem radiográfica.
12.3 Não devem ser utilizadas placas danificadas que gerem artefatos na imagem como arranhões, pontos brilhantes ou quaisquer outros que venham a induzir erros de interpretação ou prejudicar a qualidade da imagem radiográfica.
13 Monitor
13.1 O monitor utilizado deve ter uma luminância mínima de 250 cd/m2 e uma resolução igual ou maior que 1 280 pixels x 1 024 pixels, com um tamanho máximo de pixel de 250 µm. A razão para luminância exibível (luminância máxima/luminância mínima) deve ser maior ou igual a 250:1.
13.2 Resolução mínima em níveis de cinza de 8 bits (256 níveis).
14 Scanner
14.1 A leitura das placas deve ser realizada com um tamanho de pixel do scanner que proporcione a melhor resolução de imagem.
14.2 Resolução mínima em níveis de cinza de 12 bits (4 096 níveis).
14.3 Scanners odontológicos não devem ser utilizados para inspeção de soldas.
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15 Proteção contra radiação espalhada
15.1 Sempre que possível, a radiação direta sobre a seção a ser examinada deve ser colimada.
15.2 A presença de radiação retroespalhada deve ser verificada para cada nova configuração de teste, através da colocação de uma letra “B” de chumbo (com altura mínima de 10 mm e espessura mínima de 1,5 mm) imediatamente atrás da placa de fósforo. A radiografia deve ser rejeitada se a imagem do símbolo surgir com menor intensidade linearizada do sinal (mais clara) que a do fundo da radiografia.
15.3 Telas de chumbo podem ser utilizadas na proteção contra radiação retroespalhada.
15.4 Não é recomendável o emprego de telas de chumbo dianteiras, em função do prejuízo que impõe à resolução espacial.
16 Preparação da superfície
16.1 As ondulações ou irregularidades superficiais da solda, que possam mascarar ou ser confundidas com a imagem de qualquer descontinuidade, devem ser removidas por processo adequado.
16.2 Os reforços de solda devem estar de acordo com o especificado pelo projeto ou pela norma técnica aplicável.
16.3 Para aços inoxidáveis austeníticos, ligas de níquel, ligas de alumínio ou outros materiais exigidos, as ferramentas de preparação da superfície destes materiais devem ser utilizadas apenas para os mesmos materiais e devem atender aos seguintes requisitos:
a) ser de aço inoxidável ou revestidas com este material para aços inoxidáveis austeníticos e ligas de níquel;
b) os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de náilon ou similar.
17 Qualidade de imagem aceitável
17.1 A Tabela 4 mostra a máxima resolução espacial básica e penumbra requeridas em função da espessura penetrada. A resolução citada refere-se ao primeiro par de fios não resolvido na imagem.
Tabela 4 — Máxima resolução espacial básica requerida
Espessura penetrada mm
Par de fio duplo/SRb µm
e < 4 12 / 65
e " 4 10 / 100
17.2 A resolução deve ser determinada através do posicionamento do IQI de fio duplo sobre a peça, sempre que possível, pelo lado da fonte. Deve ser traçado um perfil de intensidades de sinal (perfil de níveis de cinza) sobre o corpo do IQI para a determinação do primeiro par não resolvido, o qual indica a resolução espacial da imagem.
17.3 O primeiro par não resolvido tomado para a determinação do valor de penumbra correspondente é citado na ISO 19232-5. Este é o primeiro par de fios projetado com um vale entre os fios menor que 20 % (Figura 1). A resolução espacial básica corresponde à metade do valor da penumbra.
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17.4 A verificação da resolução da imagem deve ser realizada durante a qualificação e validação do procedimento escrito e em serviço, na primeira radiografia de cada faixa de espessura e diâmetro qualificada e a cada 24 h de trabalho ou 30 radiografias, o que for menor.
17.5 As radiografias devem apresentar a imagem do(s) IQI de fio, para avaliação do contraste segundo código de projeto, e do IQI de fio duplo, para avaliação de resolução espacial básica, este último, quando requerido.
17.6 As radiografias digitais devem atingir um valor médio de SNRN suficientemente alto para proporcionar detectabilidade equivalente à da radiografia convencional. Esse valor deve igual ou superior a 100, mas é mandatório aumentá-lo se a radiografia computadorizada não detectar os mesmos defeitos que a convencional. Isto será verificado durante o processo de validação do procedimento escrito.
1º par não
resolvido
Figura 1 — Posicionamento do IQI de fio duplo na peça, traçado do perfil de intensidades de sinal e determinação da resolução da imagem (primeiro par não resolvido)
17.7 O tamanho da janela usada para medir a SNRN da imagem deve garantir no mínimo 1 100 pontos dentro da área de medição.
17.8 Recomenda-se o tamanho de 20 x 55 pontos. A SNRN deve ser medida em diferentes regiões da imagem para garantir que os resultados sejam representativos.
18 Arranjo para exposição
18.1 No arranjo para exposição deve ser preparado um desenho esquemático contendo no mínimo:
a) posição da fonte de radiação (aparelho de raios X);
b) locação dos IQI de contraste para avaliação de sensibilidade radiográfica;
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c) locação do IQI de fio duplo;
d) locação dos marcadores de posição;
e) indicação da dimensão considerada como distância fonte-detector;
f) técnica radiográfica.
18.2 Para radiografar tubos de diâmetro externo igual ou inferior a 89 mm (3,5 ”), recomenda-se que seja utilizada a técnica de parede dupla vista dupla (PD-VD), com imagem em elipse ou imagem sobreposta.
18.3 Recomenda-se que as elipses tenham a dimensão do eixo menor interno entre 10 mm e 15 mm.
18.4 Para a técnica PD-VD elipse, o procedimento deve contemplar a possibilidade de três exposições a 60° quando, devido à relação diâmetro/espessura, não for possível a completa visualização da área de interesse.
18.5 Para a técnica PD-VD sobreposta, o procedimento deve contemplar a possibilidade de quatro exposições a 45º quando, devido à relação diâmetro/espessura, não for possível a completa visualização da área de interesse.
18.6 Recomenda-se posicionar a placa de fósforo de modo que a solda apareça centralizada na imagem radiográfica.
18.7 A área de interesse da radiografia deve estar livre de sobreposição com a identificação e com os marcadores de posição.
19 Marcação de posição
19.1 Usar como marcadores de posição caracteres de chumbo com altura máxima de 12 mm.
19.2 Devem ser obedecidos os requisitos a seguir:
fixar os caracteres de chumbo (A, B, C ...) na tubulação a ser inspecionada, segundo intervalos angulares que correspondam à subdivisão adequada à junta de acordo com a técnica (elipse ou sobreposta);
para tubulações com eixo longitudinal na posição horizontal, os caracteres devem ser fixados no sentido dos ponteiros do relógio, tomando-se a posição do mostrador voltada para as direções norte ou leste. Para tubulações com eixo longitudinal fora da posição horizontal, os caracteres devem ser fixados tomando-se a posição do mostrador voltada para cima.
19.3 A sobreposição deve ser assegurada pela observação da disposição angular dos caracteres de chumbo vistos em cada imagem radiográfica.
20 Indicadores de qualidade de imagem (IQI)
20.1 A sensibilidade radiográfica deve ser verificada pelo uso de IQI de contraste, o qual deve apresentar na radiografia uma imagem perfeitamente definida, incluindo seus números, letras de identificação e o fio essencial.
20.2 Como IQI de contraste, apenas os IQI de fio, segundo as ISO 19232-1 ou ASTM E 747, podem ser utilizados. Os IQI de furo não devem ser adotados na inspeção de solda por radiografia computadorizada.
20.3 Para a verificação da sensibilidade radiográfica, apenas ampliação da imagem e operações de enriquecimento de contraste são aplicáveis. Não é permitido o uso de filtros ou quaisquer outros recursos de processamento.
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20.4 A seleção do material e tipo do IQI de fio e da sensibilidade radiográfica deve ser de acordo com a norma de projeto, construção e montagem do equipamento. Quando estas normas forem omissas, utilizar o código ASME Section V Article 2.
20.5 Quando não for prevista na norma de referência, a seleção do fio essencial para IQI do lado da placa de fósforo deve ser efetuada por ocasião da qualificação do procedimento, pela verificação da equivalência com fio essencial correspondente ao IQI locado do lado da fonte.
20.6 A altura do reforço (raiz e/ou acabamento) utilizada no cálculo da espessura para definição do IQI de fio deve ser especificada pelo código de projeto, construção e montagem. Para inspeção em serviço, quando não houver definição da altura do reforço (raiz e/ou acabamento), o valor a ser utilizado para determinação do IQI de fio deve ser aprovado previamente pela contratante.
20.7 Para juntas de espessuras dissimilares, quando não previstas no código de projeto, construção e montagem, considerar a menor espessura na seleção do IQI de fio, posicionando-o na região de menor espessura.
20.8 A resolução espacial básica deve ser verificada pelo uso de IQI de fio duplo, de acordo com as ISO 19232-5 ou ASTM E 2002, conforme descrito em 17.2 e 17.3.
20.9 Para a determinação da resolução espacial básica, apenas ampliação da imagem e operações de enriquecimento de contraste são aplicáveis. Não é permitido o uso de filtros ou quaisquer outros recursos de processamento.
20.10 O IQI de fio duplo deve ser posicionado perpendicularmente ao cordão de solda, obedecendo a uma distância mínima de 3 mm da margem da solda.
21 Tabela de execução
21.1 Devem ser preparadas duas tabelas, conforme especificado em 21.1.1 e 21.1.2, de modo a facilitar a execução do ensaio.
21.1.1 Tabelas de dados de exposição, contendo as seguintes informações:
a) faixa de diâmetros;
b) faixa de espessuras;
c) distância mínima fonte-detector;
d) indicação do IQI de fio (contraste) utilizado e da sensibilidade requerida;
e) indicação do IQI de fio duplo e o primeiro par de fios não resolvido (resolução);
f) técnica radiográfica.
21.1.2 Tabela de arranjo das exposições, contendo as seguintes informações:
a) faixa de diâmetros;
b) faixa de espessuras;
c) quantidade de imagens;
d) tamanho das placas de fósforo.
21.2 Os marcadores de posição e etiquetas de identificação da imagem devem ser posicionados de modo que apareçam na imagem radiográfica fora da área de interesse.
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22 Distância fonte-detector
22.1 A distância deve ser no mínimo a calculada de acordo com a seguinte equação:
dp
efDfd !
"#
onde:
Dfd é a distância mínima fonte detector, expressa em milímetros (mm);
f é o tamanho do ponto focal, expresso em milímetros (mm);
p é a penumbra (ver código ASME Section V Article 2, T.274.2);
d é a maior distância da solda ao detector, expressa em milímetros (mm), a ser considerada na imagem (Figura 2);
e é a espessura penetrada.
NOTA Considerar como a distância “d” e a espessura “e” o diâmetro externo do tubo, acrescido ou não da distância entre o detector e a face mais próxima do objeto.
22.2 Recomenda-se que a distância fonte-detector mínima seja da ordem de 700 mm.
Figura 2 — Identificação das variáveis para cálculo da distância fonte-detector
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23 Identificação da radiografia
23.1 Junto à imagem radiográfica devem estar presentes e disponíveis para visualização simultânea as seguintes informações:
a) código do equipamento, tubulação, isométrico ou peça;
b) número da junta;
c) espessura;
d) material ou opcionalmente no caso de tubulação, sua classe;
e) código de identificação da imagem: código exclusivo, não duplicado, gerado pelo sistema de radiografia computadorizada;
f) data da execução do serviço;
g) identificação do profissional nível 1;
h) conforme o caso, as seguintes inscrições:
NR: radiografia de solda reparada parcialmente;
NE: radiografia de solda após seu esmerilhamento;
NT: radiografia de solda totalmente refeita;
NX: repetição de radiografia por erro de execução;
RX: repetição de radiografia para confirmação de defeito;
AM: radiografia tirada para aumento de amostragem em virtude da radiografia anterior ter apresentado defeito;
EX: radiografia tirada para delimitação de defeito.
23.2 As imagens radiográficas em mídia eletrônica devem no mínimo ser relacionadas ao relatório radiográfico contendo as seguintes informações:
a) códigos dos relatórios referentes às imagens gravadas;
b) identificação da contratada.
23.3 Não é permitido escrever ou adulterar por outros meios as informações na radiografia.
23.4 Recomenda-se o uso do protocolo DICONDE (Digital Imaging and Communication in Non-Destructive Evaluation) para armazenamento de imagens.
24 Manuseio de placas de fósforo
24.1 O armazenamento de placas de fósforo deve ser feito em ambiente e condições que garantam a integridade para uso nas inspeções subseqüentes. Recomenda-se que a temperatura máxima seja de 28 °C e umidade relativa inferior a 50 %.
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24.2 As telas devem ser manuseadas com mãos limpas e secas.
24.3 Os chassis e filtros devem estar limpos de quaisquer impurezas que possam prejudicar a imagem radiográfica.
24.4 Em serviço, as placas de fósforo devem ser mantidas dentro de invólucro plástico à prova de luz ou em cassete específico, para que haja proteção contra os efeitos da luz ambiente. Este invólucro ou cassete deve ser de material que não interfira na qualidade ou sensitividade da imagem radiográfica.
24.5 A remoção da imagem latente, para exposições subsequentes, deve ser feita com a exposição da placa de fósforo à luz branca de alta intensidade.
24.6 Para a determinação da duração mínima do processo de remoção da imagem, ao final do processo de remoção da imagem as placas devem ser novamente lidas pelo scanner.
24.6.1 Esta verificação deve ser feita no início de cada jornada de trabalho, realizada nas primeiras cinco exposições, e a cada vez que houver mudanças em algum dos parâmetros de ensaio.
24.6.2 Não podem aparecer na imagem novamente lida resquícios de uma imagem anterior.
24.7 Placas de fósforo que permaneceram mais que duas semanas sem uso devem ser submetidas à luz branca de alta intensidade antes de uma nova exposição.
24.8 Quando da montagem das placas de fósforo no scanner, deve ser assegurado que o ambiente não possua luz direta sobre a placa. O nível de iluminamento máximo é 10 lux.
24.9 Não é permitido o apagamento de imagens latentes em placas de fósforo com emprego de luz solar.
24.10 A limpeza de placas de fósforo deve ser executada somente com o uso de produto recomendado pelo fabricante.
24.11 O ensaio radiográfico não deve ser realizado em tubulações ou equipamentos cuja temperatura registrada na parede externa seja superior a 35 ºC.
25 Aquisição da imagem
25.1 A conversão da imagem latente em imagem visível no scanner deve ser realizada segundo as orientações do fabricante do sistema empregado.
25.2 A temperatura do ambiente onde se encontram o scanner e as placas a serem lidas não deve ser superior a 25 ºC.
25.3 Recomenda-se que a placa de fósforo, o scanner e os softwares de computador para aquisição e tratamento de imagem empregados sejam do mesmo fabricante.
25.4 O intervalo de tempo entre a exposição e a leitura das placas deve ser de no máximo 30 min, de modo a evitar o desbotamento da imagem latente (fading).
26 Condições mínimas para o laudo
A sala/local de laudo deve ter iluminação máxima de 50 lux. Esta medida deve ser efetuada com o monitor desligado e na distância de 1 m do monitor.
Respeitadas as condições impostas em 20.3 e 20.9, é permitido o uso de filtros para o laudo e interpretação das radiografias, desde que as imagens originais sejam mantidas em arquivamento e sejam entregues a contratante do serviço. As etapas de processamento de imagem devem ser descritas conforme 29.4.
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27 Radioproteção
27.1 Os serviços devem ser executados por empresas autorizadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em conformidade com o plano geral de radioproteção. Adicionalmente, devem ser atendidos os requisitos de segurança, meio ambiente e saúde do local onde o ensaio radiográfico está sendo executado.
27.2 Os sistemas de sinalização, balizamento e isolamento de área devem estar adequados à classificação da área e descritos no plano geral de radioproteção, em função do ambiente de realização do ensaio.
28 Requisitos de segurança e ambientais
28.1 Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais, riscos e perigos causados pela atividade de inspeção em serviço.
28.2 Utilizar os equipamentos de proteção individual necessários para execução dos serviços de inspeção, de acordo com a Portaria nº 3214, NR-6.
28.3 Os acessos, andaimes e iluminação para a execução da inspeção radiográfica devem atender à Portaria nº 3214, NR-18.
28.4 Os trabalhos executados em áreas próximas não devem oferecer riscos à segurança da equipe e da inspeção radiográfica.
29 Registro dos resultados
29.1 A terminologia para a denominação de descontinuidades deve estar de acordo com as normas específicas do produto.
29.2 Os resultados devem ser registrados por meio de um sistema de identificação e rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado com o relatório e vice-versa.
29.3 Deve ser emitido um relatório, anexado à imagem radiográfica, contendo no mínimo as seguintes informações:
a) nome do emitente (firma executante);
b) sigla da obra ou número do contrato;
c) nome e/ou símbolo da contratante;
d) nome e/ou símbolo da firma inspetora;
e) identificação numérica;
f) processo de soldagem;
g) chanfro;
h) espessura;
i) material;
j) posição de soldagem (ver 29.6);
k) identificação da peça, equipamento, isométrico ou tubulação;
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l) número da junta e identificação do arquivo correlato fornecido pelo sistema de aquisição e tratamento de imagem;
m) identificação da fonte e dimensões;
n) número e revisão do procedimento;
o) nome e revisão do programa de computador para aquisição e tratamento de imagem;
p) número do soldador ou operador de solda (ver 29.6);
q) técnica radiográfica;
r) registro de resultados, indicando os tipos de descontinuidades;
s) normas de referência para interpretação dos resultados;
t) etapas de processamento da imagem adotadas para o laudo segundo a Tabela 5 (ver 29.4);
u) laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de ensaio complementar;
v) data;
w) assinatura e identificação do profissional nível 1 que executou a radiografia;
x) identificação e assinatura do profissional nível 2 responsável pelo laudo;
y) identificação e assinatura da fiscalização.
29.4 As operações de processamento de imagem devem ser citadas segundo a ordem em que foram executadas, conforme indicado na Tabela 5.
29.5 Esta seqüência de operações deve ser a mesma que foi adotada para a qualificação do procedimento.
29.6 As informações especificadas em 29.3 j) e p) são opcionais mediante aprovação prévia da contratante.
Tabela 5 — Descrição das etapas efetuadas no processamento da imagem
Imagem(ns) (Nome do arquivo)
Ordem de execuçãoOperação:
Tipo de filtro utilizado
1
2
3
29.7 A descrição da sistemática de registro de resultados pode ser dispensada de constar no procedimento de inspeção, a critério da contratante, se a firma executante apresentar em seu sistema de qualidade sistemática que atenda ao especificado em 29.3.
29.8 Recomenda-se que a programação para serviços de radiografia de juntas soldadas contenha as informações necessárias para a posterior elaboração do registro de resultados (ver Tabela 6). Uma sugestão de modelo de formulário de “Programação de Serviços de Radiografia” encontra-se no Anexo C.
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Tabela 6 — Informações necessárias para elaboração do registro de resultados
Informação Observação
Contratada Firma que executou a soldagem
Equipamento/Obra Informação sobre onde estão localizadas as juntas
Identificação da junta Deve ser código não duplicável que permita rastreabilidade
Diâmetro externo Valor nominal
Espessura Considerar a espessura nominal ou real (medida)
Material Material da junta. Informar os dois materiais em caso de solda dissimilar
Soldador Sinete ou código de identificação do soldador
Procedimento de soldagem -
Tipo de chanfro -
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Anexo A (normativo)
Modelo de formulário de “Registro de Documentação de Validação de
Procedimento de Radiografia Computadorizada"
FOLHA DE DADOS Nº
CLIENTE: FOLHA de
PROGRAMA:
Nome da empresa
ÁREA: TÍTULO: REGISTRO DE DOCUMENTAÇÃO DE VALIDAÇÃO
DE PROCEDIMENTO DE RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H
DATA PROJETO EXECUÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
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FOLHA DE DADOS Nº REV. Nome da empresa FOLHA
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TÍTULO: REGISTRO DE DOCUMENTAÇÃO DE VALIDAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Data: Procedimento de radiografia computadorizada:
Contrato: Procedimento de radiografia convencional:
Combinação de diâmetro/espessura ou espessura validado:
Descontinuidade IQI visíveis Item
Código da junta
Obra / equipamento
Unidade Relatório
(filme) Relatório
(RC) Filme RC Filme RC
Observações:
Profissional Nível 3
CONTRATANTE CONTRATADA
Nome: Nome:
Identificação: Identificação:
Assinatura: Assinatura:
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Anexo B (normativo)
Relatório de testes de estabilidade de longo prazo
Relatório de testes de estabilidade de longo prazo
Scanner Fabricante: Modelo: No de série: Ano:
Placa utilizada
Fabricante: Tipo:
Monitor Fabricante: Modelo: No de série: Luminância: Cd/m2
Sistema de processamento de Imagem
Programa: Versão:
Último serviço Data: Data: Data: Data: Data: Data: Testes Resultados Obs. Resultados Obs. Resultados Obs.
Intensidade linearizada do sinal média
Varredura rápida
SNRN Varredura
lenta
Data: Data: Data: Testes Resultados Obs. Resultados Obs. Resultados Obs. 80 % Varredura
rápida 20 %
80 % MTF
Varredura lenta 20 %
Varredura rápida
Resolução espacial básica Varredura
lenta
Distorções geométricas C NC C NC C NC Qualidade do feixe laser C NC C NC C NC
Manchas brilhantes (blooming) C NC C NC C NC Deslizamento do scanner
(slipping) C NC C NC C NC
Uniformidade do laser (shading)
%
%
%
Al % % % Cu % % % Contraste
Aço inox % % % Conclusões
Condições de teste Foco
Dfd
Tubo
kV Exposição
mA.s
Laboratório de avaliação e profissional responsável:
CNPJ/CPF:
Razão social da empresa: CNPJ:
Profissional nível 3 Nome:
Assinatura:
RG no:
NOTA As indicações C e NC correspondem a Conforme e Não Conforme, respectivamente.
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Anexo C (normativo)
Modelo de formulário de programação de serviços de radiografia
FOLHA DE DADOS Nº
CLIENTE: FOLHA de
PROGRAMA:
Nome da empresa ÁREA:
TÍTULO: PROGRAMA DE SERVIÇOS DE RADIOGRAFIA
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H
DATA PROJETO EXECUÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
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FOLHA DE DADOS Nº REV.
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Nome da empresa
TÍTULO: PROGRAMA DE SERVIÇOS DE RADIOGRAFIA
Programação de Serviços de Radiografia
Logo da contratada Data de Emissão: Folha:
Contrato: Equipamento/Obra:
Obra:
Soldador Proc. Sold. Item
Identificação da junta
Diâmetro Externo (mm)
Espessura (mm)
Material Raiz Acabamento
Tipo de chanfro
Controle de Qualidade Fiscal: Executante:
NOTA 1 Controle de qualidade: responsável pelo controle de qualidade da firma que executou a soldagem.
NOTA 2 Fiscal: fiscal da firma executante da soldagem.
NOTA 3 Executante: responsável da firma que executa as radiografias.
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