Aborígenes australianos

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Aborígenes australianos

Sociologia 2013/2014

História• Os aborígenes australianos são um

povo descendente de emigrantes africanos, que ocuparam o território australiano há mais de 40mil anos.

• Em 1770 com a chegada dos Ingleses a sua população ficou reduzida a 20% e até à total extinção de certas tribos, devida às doenças (às quias os aborígenes não tinham defesas imunitárias) e aos massacres levado a cabo (com a intenção de possuir as suas terras) pelos ingleses.

• Apesar da excessiva violência e pobreza, alguns grupos aborígenes estabeleceram relações com os colonizadores de forma a conseguir preservar as suas terras e as suas reservas de alimentos.

• Nos finais do séc. XIX e até 1970 começou a integração étnica, em que as crianças aborígenes eram separadas de forma forçada dos seus pais, sendo adotados por famílias europeias ou colocadas em orfanatos de forma a se integrarem melhor na sociedade, o que levou a uma acentuada diminuição da cultura aborígene.

• A partir de 1930, iniciou-se um movimento ativista que levou à revogação de algumas leis discriminatórias nos anos 60, fazendo com que, em 1967, os aborígenes conquistassem o direito de voto .

• Em 1992, o termo “terra de ninguém” usado pelos colonizadores, como desculpa para extorquir as terras aos aborígenes, foi invalidado por um decreto da Alta Corte, que cedeu aos nativos o direito às terras.

Modo de vida• Os aborígenes

australianos são nómadas, caçadores e coletores de vegetais.

• No deserto, as populações concentram-se onde há água, em acampamentos temporários.

• As habitações são simples refúgios.

• Quando as noites são frias, dormem em redor do fogo.

• Os homens caçam animais de grande porte como os cangurus e pescam. As mulheres recolhem os vegetais e o mel, caçam animais pequenos e apanham crustáceos.

• Os casamentos fazem-se entre primos de segundo grau. Em condições extremas, são possíveis as uniões entre clãs.

• Os aborígenes não são guerreiros. Só recorrem à guerra em ocasiões raras, sobretudo para aplicar a justiça.

• A cremação dos cadáveres é uma prática comum na sua cultura. E as pessoas mais importantes podem ser conservadas em troncos de árvores ocas.

Religião e arte• A cultura aborígene

caracteriza-se pela união de todos os elementos da natureza (sol, chuva, ar, plantas…) com o ser superior que inclui tudo.

• Os aborígenes usam a arte como meio de comunicação.

• Os instrumentos de trabalho são feitos com perfeição e agilidade, onde contam as histórias do povo. As pinturas do corpo ou em casas de eucalipto retractam o quotidiano ou a mitologia.

• A música é, principalmente, vocal. O instrumento musical é o yidaki (didgeridoo), que é a representação da mãe serpente, a criadora da terra e que consiste num tronco oco que amplia os sons vocais. Para marcar o ritmo das mímicas e das danças, usam bastões.

• Para os aborígenes os monólitos gigantes e crateras de meteoritos têm um grande valor histórico, como Chambers Pillars e Kata Tjuta. Durante o pôr do sol, as rochas reflectem a luz solar e à medida que o sol se põe, a pedra torna-se acinzentada, acabando por se tornar completamente negra.

Curiosidade: para os aborígenes, a Lua é um ser masculino, enquanto que o Sol é uma figura

feminina. A razão é a importância que dedica à mulher, sem a qual não é possível a vida, o que

também aconteceriam se o Sol não existisse.

Eventos e festivais• Festival de Dança Aborígene de

Laura, na Península de Cape York, Queensland

• A cada dois anos, em Junho, milhares de visitantes vão à Península de Cape York para o Festival de Dança Aborígene de Laura. As comunidades aborígenes de toda a Península de Cape York celebram e compartilham sua cultura através da dança, música, arte e performances e as famílias reencontram-se e partilham histórias.

http://www.youtube.com/watch?v=zd0IAaTROng

Rituais“A aterradora circuncisão dos

aborígenes australianos”• Entre os 15 e os 16 anos, o jovem, do sexo

masculinos, é isolado, passando várias horas a cantar, com o intuito de o tranquilizar.

• O curandeiro da tribo realiza o corte do prepúcio sem anestesia, e o jovem não deve demonstrar qualquer sinal de dor, pois isso seria uma vergonha, um ato de covardia.

• Passado, aproximadamente uma semana, vem a segunda operação: é feito um buraco que atravessa o órgão sexual, próximo dos testículos e ali coloca-se uma farpa com o objectivo de assegurar que a “conduta” não se fecha por si só. A partir desse momento, a urina e o sémen sairão por este pequeno buraco em vez da conduta tradicional.

• O objectivo disto é que os homens possam ter relações sexuais sem engravidar as mulheres, a não ser que eles cubram o orifício artificial.

Interação com a civilização• Actualmente os Aborígenes

correspondem a um ínfima parte da população mundial e a sua interação com a civilização é bastante reduzida sendo muitas vezes o próprio povo aborígene a negar essa interação

• Alguns vivem em aldeias no deserto, outros moram em bairros periféricos das grandes cidades

• A maioria não consegue emprego formal e recebe auxílio do governo, daí que muitos sejam pobres e possuam um padrão de vida muito baixo (razão para receberem auxílio).

• Alguns conseguem contribuições da população, tocando nas ruas da cidade o didgeridoo, com o apito de um navio

• Numa tentativa clara de ajudar a integração deste povo na sociedade, os australianos tentaram construir casas e outros tipos de abrigos para eles, mas na maioria das vezes, os aborígenes utilizaram essas estruturas somente para armazenamento.

Os problemas que enfrentam no séc.XXl• Apesar de estarmos em pleno século XXI, este povo

ainda é alvo de preconceitos, no próprio território australiano. Com o intuito de combater este problema, o governo australiano instaurou leis anti-raciais, de modo a preservar estas tribos, proporcionando a salvaguarda das suas tradições.

• Agora, o governo australiano estabeleceu ajudas, facilidades e privilégios para as tribos aborígenes que um cidadão australiano “comum” não possui.

• A discriminação racial passou a ser considerada como um crime grave, mas os aborígenes ainda continuam a ser diferenciados da “população branca”, como por exemplo: os seus salários são muito mais inferiores e a sua taxa de desemprego é cinco vezes superiores.

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