ACADEMIA ESTADUAL DE GUARDAS MUNICIPAIS Eduardo Pazinato Mestre em Direito (UFSC) Secretário...

Preview:

Citation preview

ACADEMIA ESTADUAL DE GUARDAS MUNICIPAIS

Eduardo Pazinato Mestre em Direito (UFSC)

Secretário Municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas/RSPresidente da Associação Estadual de Secretários e Gestores Públicos Municipais de Segurança

Pública do Rio Grande do Sul

Do Direito à Segurança à Segurança dos Direitos: desafios para a gestão integrada da segurança

pública

ACADEMIA ESTADUAL DE GUARDAS MUNICIPAIS

1. Apresentação2. Escuta-Fala

3. Lugar da Academia4. Lugar das Guardas

5. Por uma visão sociocriminológica da Segurança Pública

Agenda de Estado

1. Letalidade das violências (urbana e rural)

2. Sentimento de insegurança pública

3.Responsabilidade coletiva e federativa (União, Estados e Municípios)

Noções Preliminares: definindo acordos semânticos...

CRIMINOLOGIA(S)TRADICIONAL(IS)

- Autor do desvio/do crime;

- Causas do desvio/do crime;

- Criminalidade como um dado ontológico/pré-constituído.

CRIMINOLOGIA(S) CRÍTICA(S)

- Condições objetivas, estruturais e institucionais do desvio e/ou do crime;

- Mecanismos de construção da realidade social do desvio/do crime (criação e aplicação das definições de desvio + processos de criminalização);

- Criminalidade como “status” atribuído a determinados sujeitos.

Aportes Criminológicos

“desvio e criminalidade não são uma qualidade intrínseca da conduta ou uma entidade ontológica preconstituída à reação social e penal, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de complexos processos de interação social, isto é, de processos formais e informais de definição e seleção.” (BARATTA, 1997, p. 41

Aportes Criminológicos

“a criminalidade se revela como um “status” atribuído a determinados indivíduos mediante um duplo processo: a “definição” legal de crime, que atribui à conduta o caráter criminal, e à “seleção” que etiqueta e estigmatiza um autor como criminoso entre todos aqueles que praticam tais condutas.” (BARATTA, 1997, p. 41)

Problematização Necessária

- Conflito(S) x Violência(S) x Crime(S):

Criminalidade x Criminalização

Criminalização e policialização dos conflitos

(interpessoais e coletivos)

+

Criminoso x Criminalizado

Seletividade estrutural do sistema penal

(ideologia da defesa social)

Do Direito à Segurança Estado de Exceção

Paradigma de Segurança Militarista

À Segurança dos DireitosEstado de Democrático de Direito

Novo Paradigma de Segurança (com Cidadania)

Pressupostos Constitucionais

Direito à Segurança(Art. 144/CF)

+Concepção Reduzida de Segurança

+ Ações Policiais (stricto sensu)

+Fortalecimento do Estado

+Modelo tecnocrático-regulatório

+ Políticas de Segurança Pública

Segurança dos Direitos(Art. 6º/CF)

+Concepção Ampliada de

Segurança+

Ações Sociais + Policiais (lato sensu)

+Fortalecimento dos Municípios

+Modelo democrático-emancipatório

+Políticas Públicas de Segurança

+ Nova Governança

Inovação Institucional

Riscos e Ambigüidades

Controle Social e Criminalização

Déficit Democrático (DDHH) x Superdimensionamento da Seletividade

(Sistema Penal)

Riscos e Ambigüidades

Medo e Insegurança (estima + preconceito) → Seletividade e Criminalização (sistema penal)

Sobrestimação do Espaço da Pena (concepção minimalista de democracia) x Subestimação do Espaço da Cidadania (concepção ampliada de democracia)

Dissensos...Aporias – Dicotomias – Raciocínios Circulares

- Cidadão de Bem x Cidadão do Mal

- Segurança x Direitos Humanos

- Prevenção x Repressão

- Técnica (Gestão) x Política (Concepção)

- Polícia e Comunidade...

Desafios para a Efetivação da Segurança dos Direitos

a) Campo Sociocultural:

- Cultura Punitiva;

- Medo, Insegurança e Mídias.

b) Campo Político-institucional:

- Integração;

- Participação.

Consensos possíveis...

a) Integração:

Insterinstitucional, Intersetorial e Interagencial

b) Transversalidade das Políticas de Segurança

c) Participação Social

Violência S/A

PRINCÍPIOS

METAS

Ministério da Justiça

Direitos humanos e eficiência policial são compatíveis entre si e mutuamente necessários.

O Sistema de Justiça Criminal deve ser democrático e justo, isto é, orientado pela eqüidade, acessível a todos e refratário ao exercício violento e discriminatório do controle social.

Ação social preventiva e ação policial são complementares e devem combinar-se na política de segurança.

Polícias são instituições destinadas a servir os cidadãos, protegendo direitos e liberdades, inibindo e reprimindo, portanto, suas violações.

Às Polícias compete fazer cumprir as leis, cumprindo-as.

Policiais são seres humanos, trabalhadores e cidadãos, titulares, portanto, dos direitos humanos e das prerrogativas constitucionais correspondentes às suas funções.

Promover a expansão do respeito às leis e aos direitos humanos.

Contribuir para a democratização do Sistema de Justiça Criminal.

Aplicar com rigor e equilíbrio as leis no sistema penitenciário, respeitando os direitos dos apenados e eliminando suas relações com o crime organizado.

Reduzir a criminalidade e a insegurança pública.

Controlar o crime organizado e eliminar o poder armado de criminosos que impõem sua tirania territorial a comunidades vulneráveis e a expandem sobre crescentes extensões de áreas públicas.

Bloquear a dinâmica do recrutamento de crianças e adolescentes pelo tráfico.

Ampliar a eficiência policial e reduzir a corrupção e a violência policiais.

Valorizar as polícias e os policiais, reformando-as e requalificando-os, levando-os a recuperar a confiança popular e reduzindo o risco de vida a que estão submetidos.

Plano Nacional de Segurança Pública

SEM GESTÃO NÃO HÁ POLÍTICA DE SEGURANÇA.

Ministério da Justiça

POLÍTICA DE SEGURANÇA IMPLICA INTEGRAÇÃO SISTÊMICA DAS INSTITUIÇÕES.

Monitoramento

Diagnósticorigoroso

Planejamentosistemático

Avaliaçãoregular

Dadosqualificados

Monitoramento

GESTÃO COMO FERRAMENTA PARA PROMOVER AÇÕES PREVENTIVAS,

ESTRATÉGICAS, ORIENTADAS E PERMANENTEMENTE MONITORADAS:

Rotinas, funções, processos e estruturas ágeis e adequadasao cumprimento das metas.

Pressupostos para uma Políticade Segurança Eficiente

Novo Paradigma de Segurança Pública

Novo conceito de segurança

Segurança como direito social

“Proteção integral de direitos”

Gestão Pública de Segurança

Linhas de Atuação

SEGURANÇASEGURANÇACIDADÃCIDADÃ

INTEGRAÇÃO ENTRE AS

FORÇAS POLICIAIS

GU

ARD

A CO

MU

NIT

ÁRIA

GU

ARD

A CO

MU

NIT

ÁRIA

NOVAS TECNOLOGIAS

NOVAS TECNOLOGIAS

PROJETOS SOCIAIS

PROJETOS SOCIAIS PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Integração entre as polícias

Segurança Cidadã

• Policiamento Comunitário

• Inteligência

• Projetos Sociais

Tecnologia e informação

Mobilização da comunidade

Ciclo das Políticas Públicas de Segurança

a) Planejamento:

Diagnóstico + Formulação

b) Implementação:

Plano de Ação + Intervenção

c) Avaliação:

Monitoramento + Accountability

Papel das Guardas Municipais

a) MissãoConstruir uma relação de proximidade com a comunidade, pautada pelo respeito, garantia e promoção dos direitos humanos, com foco na prevenção das violências, contribuindo para o fomento de cultura de paz e de uma convivência mais cidadã.

b) Policiamento ComunitárioGuarda Comunitária (gestão pública com participação popular).

Pesquisa “Perfil Organizacional” do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal – SINESPJC (2006)

Respondentes: 192 das 285 Guardas municipais existentes no país (71%).

Ano de referência: 2003

Questionários: as principais áreas abordadas pela pesquisa foram:

PARTE A – Orçamento AnualPARTE B – Planejamento EstratégicoPARTE C – Funcionamento das Unidades OperacionaisPARTE D – Recursos HumanosPARTE E - Capacitação e Valorização ProfissionalPARTE F – Recursos Materiais ConvencionaisPARTE G – Tratamento da Informação e Gestão do ConhecimentoPARTE H – Ações e AtribuiçõesPARTE I – Ações de Prevenção

Disponível em: http://portal.mj.gov.br. Acesso em 18/08/2011.

Disponível em: http://www2.forumseguranca.org.br/node/24104. Acesso em 18/08/2011.

Recommended