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AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL E ARGILA
PARA CERÂMICA VERMELHA
PANORAMA E IMPORTÂNCIA PARA O
DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO PARÁ
Fotografia: DNPM - PA
DIRETORIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO MINERAL
DIGEM
COORDENADORIA DE ESTUDOS DE MINERAIS SOCIAIS E EMERGENTES
Geólogo José Maria do Nascimento Pastana
Coordenador
Os agregados para a construção civil
(areia e brita, além de seixo) juntamente
com a argila para cerâmica vermelha
constituem os “minerais sociais”
Fotografia: Yara Kulaif (DNPM-SP/ DDM, 2012)
Fotografia: Yara Kulaif (DNPM-SP/ DDM, 2012)
Na apresentação do Plano Nacional de Mineração 2030
(02/2011) o ministro de Minas e Energia informou que em
2010 o setor mineral registrou faturamento de US$ 157
bilhões, gerando divisas de US$ 51 bilhões, o que
representou 25% do total das exportações brasileiras
adhocadvisors@ adhocadvisors.com.br
De acordo com estimativas do Plano, o setor mineral
receberá investimentos de US$ 350 bilhões nos
próximos 20 anos, que serão aplicados em pesquisa
mineral, mineração, transformação mineral,
infraestrutura e logística
Quando o vetor de análise é o mercado exterior a produção
mineral brasileira está intimamente relacionada à grande
mineração, centrada fundamentalmente no minério de ferro.
No ano de 2011 a produção nacional foi de 400 milhões de
toneladas, tornando o Brasil um dos três maiores exportadores desse insumo siderúrgico, ao lado da Austrália e
da China.
Em 2012 a produção de minério de ferro da Vale totalizou
319,96 milhões de toneladas (queda de 0,8% em relação a
2011). O Sistema Sudeste (minas de Itabira, Mariana e Minas
Centrais) produziu 115,6 milhões de toneladas (decréscimo
de 3,8%, em comparação a 2011) g1.globo.com/...
producao-de-minerio-de-ferro-da-vale-cai-quase-1-em-
.../
adhocadvisors@ adhocadvisors.com.br
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mina de ferro em Carajás, vista por satélite em julho de 2009
pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Grande_Carajás
Carajás, na Pará, importante
polo de produção da
empresa, por seu tamanho e
pela qualidade do minério,
produziu 106,8 milhões de
toneladas de ferro em 2012
(2,7% abaixo de 2011).
Foto: Jeremy Bigwood
Foto: Jeremy Bigwood
“Entretanto, quando o vetor de análise é o mercado interno, a realidade é
outra. Nesse caso, a estrela do setor mineral passa a ser os
AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL” (areia e brita, basicamente) (Revista Brasil Mineral, nº 324, novembro de 2012)
Os agregados são considerados bens minerais de uso
social e matérias-primas, brutas ou beneficiadas, de
emprego imediato na indústria da construção civil ou
incorporadas a produtos
www.anepac.org.br/
A mineração de agregados possui características típicas: grandes
volumes de produção, beneficiamento simples; baixo preço
unitário; alto custo relativo de transporte; e, necessidade de
proximidade das fontes produtoras / local de consumo
De acordo com a Anepac, para o ano de 2012 a
estimativa de produção e demanda de agregados
foi de 700 M t: 410 Mt (60%) de areia e 290 Mt de
brita (6% maior, em relação a 2011)
Pesquisa de uma consultoria contratada pela Anepac revelou os
seguintes dados (2011):
O consumo de 631 Mt de agregados gerou um faturamento de
R$ 22,5 bilhões (0,615 do PIB brasileiro). Para 2012 a expectativa
é para um faturamento bruto de R$ 30,2 bilhões
Revista Brasil Mineral, op cit
Para 2013, a Anepac projeta uma demanda por
agregados da ordem de 727 Mt, sendo 423 Mt de
areia e 304 Mt de brita
O transporte diário de agregados pela
malha rodoviária, em 2010, atingiu 2,3 Mt,
utilizando uma frota equivalente a 22 mil
caminhões, percorrendo 5,7 milhões de
km/dia (136 voltas ao longo da linha
equatorial do Planeta), consumindo 780
milhões de litros de óleo/ano
Fotografia: wwwparatotal.com.br/?pq=notícia&id=1843
Consumo por regiões: Sudeste, 303,3 Mt (48%); Nordeste,
128,1 Mt (20%); Sul, 101,2 Mt (16%); Centro Oeste, 55,8 Mt
(9%); e, Região Norte, com 43,1 Mt (7%)
Maiores produções/demandas, por estado (2011): São
Paulo, com demanda de 177,2 Mt (26%); Minas Gerais,
demanda de 71 Mt (11%); e, Rio de Janeiro, com
demanda de 62 Mt (9,2%)
O setor de agregados gera cerca de 68 mil
empregos diretos (47 mil na produção de
areia e 21 mil na produção de brita), sendo
constituído por 3.100 empresa (2.500 na
lavra de areia e 600 na produção de brita). Anepac, op cit
Extração de areia em Santa Bárbara, MG. Fonte: braga_extrac_c3o_de_areia_ltda_fornecedor_mg
Quanto ao “porte”, as produtoras
de agregados variam desde
pequenas empresas, familiares,
até grandes grupos nacionais
É a 4ª maior produção da
mineração no Brasil (em
volume), abaixo apenas da
produção de ferro e de
agregados (areia e brita).
Fotografia: SENAI
Em 2008, a produção de peças
cerâmicas foi de 70 bilhões,
representando um faturamento
de cerca de R$ 6,8 bilhões Considerando a massa
média de 2,0 kg/peça,
estimou-se a utilização de
140 Mt de argila
ARGILA P/ CERÂMICA
VERMELHA
PNM 2030 (MME / SGM, 2010
No Brasil, o número de
empresas atuantes
nesse segmento é cerca
de 5.500, emprega 400
mil pessoas e apresenta
um faturamento anual
de R$ 9 bilhões
Fotografia: Geólogo Augusto Lobato
Essa indústria faz uso intensivo de mão de obra, com
predomínio das microempresas familiares, que adotam técnicas
artesanais, além de empresas de pequeno e médio porte PNM 2030 (MME / SGM, 2010
Minerais Sociais no Pará
3,6%
3,6%
3,6%
3,6%
3,6%
7,1%
3,6%
3,6%
3,6%
60,7%
3,6%
0% 20% 40% 60% 80%
Acará
Almeirim
Castanhal
Irituia
Monte Alegre
Nova Ipixuna
Paragominas
Santa Isabel do Pará
Santo Antônio do Tauá
São Miguel do Guamá
Vigia
Percentual de empresas por município
10,0%
80,0%
6,7%
3,3%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Areia
Argila
Brita
Cascalho
Percentual de empresas por substância
Substância Qtd. de empresas %
Areia 3 10,0%
Argila 24 80,0%
Brita 2 6,7%
Cascalho 1 3,3%
Total 30 100,0%
No Nordeste Paraense, as áreas produtoras
de agregados podem ser subdivididas em dois
grupos principais
MINERAIS SOCIAIS NO
ESTADO DO PARÁ
O primeiro grupo é integrado pelos municípios de Benevides,
Santa Izabel, Santa Bárbara, Santo Antônio do Tauá, Castanhal e
Vigia, além de alguns municípios da Alça Viária, que têm na areia
sua principal produção de agregados
O segundo grupo é constituído pelos municípios de
Traquateua (principais jazidas de brita), Ourém e Capitão
Poço (grandes depósitos de seixo, além de areia)
DNPM, 2010
Com relação à argila para cerâmica vermelha o
destaque é para o município de São Miguel do Guamá,
que abriga o principal distrito ceramista do norte do País
A produção de “brita” para abastecer a
indústria da construção civil da RMB é
originária de “pedreiras” localizadas no
município de
Tracuateua (Mineração Santa Mônica), no
nordeste paraense
PRODUÇÃO DE BRITA
Em 2011 a empresa produzia cerca de 600
m³ de brita/dia, a um preço que variava de
R$ 85,00/m³ a R$ 90,00/m³, dependendo
da granulometria do material fornecido
O maquinário instalado na MSM tem capacidade para produzir até
1.200 m³ de brita/dia, sendo que a reserva de minério “medida” permite
à Santa Mônica produzir 20.000 m³ de brita/mês, durante 100 anos
Fotografia: DNPM, 2010
MSM - Rocha granitoide intensamente fraturada
Fotografia: DNPM, 2010
MSM - Granitoide pronto para britagem
No estado do Pará, os
municípios de São
Miguel do Guamá e
Irituia abrigam o principal
polo oleiro-cerâmico do
norte do País
ARGILA PARA CERÂMICA
VERMELHA
MME / SGM (2009)
PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS
OLEIRO-CERÂMICOS BRASILEIROS
Com cerca de 40 fábricas, o setor gera mais de 3 mil
empregos diretos nos município, com uma produção
mensal de 30 milhões de tijolos e 9 milhões de telhas, a
maior parte destinada ao próprio estado e um pequeno
percentual ao vizinho estado do Maranhão
Erosão no flanco norte da serra do
Maracá (Cucurunã), em
consequência da retirada irregular
de agregado para construção civil.
Extração de arenitos da
formação Alter do Chão no
morro do Maracá, na pa 454,
próximo à comunidade de
Cucuranâ.
Extração irregular de arenitos
na serra do Maracá, resultando
em talude instável, com risco de
desabamento.
Presença de arenito ferruginoso
(Grês do Pará) no topo da serra
do Maracá, utilizado para a
produção de brita
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