Amadeu de Souza-Cardoso José de Almada Negreiros Fernando Pessoa

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Amadeu de Souza-Cardoso

José de Almada Negreiros

Fernando Pessoa

A evolução política da Europa e a degradação da 1ª República propiciaram o aparecimento de correntes literárias mais ou menos contraditórias.

Destacam-se: • O Integralismo Lusitano;• O Grupo Seara Nova

O grupo da Seara Nova

Na Pintura:No início do século XX, Portugal continuava na linha do naturalismo, praticado por grandes mestres como: Pousão, Malhoa, Columbano ou Carlos Reis

José Malhoa, O Fado, 1910

Museu Malhoa, CaldasDa Rainha

Columbano, A Chávena de Chá, 1898

Conclusão: todos procuravam retratar os valores genuínos de uma sociedade predominantemente rural e satisfaziam o gosto de uma burguesia nostálgica dos valores tradicionais

José Malhoa, As Promessas, 1933

• Os enquadramentos das pinturas eram frequentemente boémios e urbanos.

Cristiano Cruz, Senhoras à mesa do café, 1919

• Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, regressaram a Portugal Vários artistas que estudavam em Paris (Amadeu de Souza - Cardoso, Guilherme Santa – Rita, Eduardo Viana e José Pacheco). Refugiaram-se aqui também o casal Robert e Sónia Delaunay.

Fotografia de Santa Rita

Amadeu de Souza-Cardoso, Álbum XX Dessins, 1912

Revista ABC, capas de Manuel Bentes e Jorge Barradas

Manuel Bentes, organizador da Exposição Livre (1911)

• Formaram-se dois núcleos inovadores: um em Lisboa, liderado por Almada Negreiros e Santa Rita, que se juntaram a Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, dinamizadores da Revista Orpheu; outro grupo no Norte em torno do casal Delaunay, de Eduardo Viana e Amadeu.

Capa nº 1 de Orpheu, desenho de José Pacheco

Fernando Pessoa (a maior revelação do Orpheu), fotografia e retrato da autoria de Almada Negreiros

Encenação sobre…

FIM

Quando eu morrer batam em latas

Rompam aos saltos e aos pinotes

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas.

Que o meu caixão vá sobre um burro

Ajaezado à andaluza:

A um morto nada se recusa,

E eu quero ir de burro…

Mário de Sá Carneiro, Paris, 1916

Fotografia de Mário de Sá Carneiro

Poemas

A revista Portugal Futurista, publicada em 1917 ( e apreendida logo pela polícia) contou com grandes nomes do modernismo e foi um marco incontornável do movimento futurista português.

Capa de Portugal Futurista, 1917

Almada Negreiros, “1ª Conferência Futurista”,em Portugal Futurista

Santa-Rita Pintor,Cabeça cubo-futurista, 1912

Em conclusão: estes artistas divulgaram as novas correntes culturais e propuseram um corte radical com o passado.

Excêntricos e provocadores escandalizaram os seus contemporâneos.

Eduardo Viana,K4. O Quadrado Azul, 1916

Eduardo Viana, Nu (mulher Deitada), 1925

Amadeu, A Máscara do Olho Verde, 1915

Amadeu “impressionista, cubista, futurista, abstraccionista?... De tudo um pouco”.

Segundo Almada foi “a primeira descoberta de Portugal na Europa do século XX!”

Amadeu, Pintura,1917

Amadeu de Souza-Cardoso, Coty, 1917

Nos anos 20 inicia-se um segundo movimento modernista

Que continua a conciliar as artes e as letras

Aquilino RibeiroJosé Régio

Miguel Torga

• Revelaram-se os escritores: José Régio, Casais Monteiro, Miguel Torga, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro.

• Nas artes distinguem-se: Dórdio Gomes, Mário Eloy, Sarah Afonso, Carlos Botelho, Abel Manta, Bernardo Marques, Júlio (Reis Pereira), Vieira da Silva.

• Além de outros, que vêm da primeira geração, como: Almada e Eduardo Viana.

Casais Monteiro

• As revistas mais importantes são: a Contemporânea (1922-26) e a Presença (1927-40).

Capa da revista Contemporânea da autoria de Almada

Capa da Revista Presença

• As exposições independentes, os cafés e os clubes que decoravam, tal como as revistas, eram os grandes espaços de afirmação dos artistas plásticos.

Almada, Auto-Retrato num Grupo, 1925 (Brasileira do Chiado)

• A partir de 1933, António Ferro assume a direcção do Secretariado da Propaganda Nacional que procura divulgar as novas correntes estéticas.

• Por oposição a esta “oficialização do modernismo”, António Pedro Organizou, em 1936, a exposição dos Artistas Modernos Independentes.

Abel Manta, Jogo de Damas (1927)

Mily Possoz Menina da Boina Verde, 1930

Mário Eloy, Bailarico no bairro, 1936

Carlos Botelho, Lisboa e o Tejo, 1935

Júlio Reis Pereira, Boneco, (1902-1983)

Sara Afonso, Casamento na Aldeia, 1937

Sara Afonso, Meninas, 1928

Almada Negreiros, painéis da Gare Marítima de Alcântara.Temas:”Lá vem a nau Catrineta que traz muito que contar” e “Quem não viu Lisboa Não viu coisa boa”.

Almada Negreiros, Maternidade, 1935

Júlio Pomar, Almoço do Trolha, 1937

O Neo-Realismo e o Surrealismo Estes movimentos irão afirmar-se nos anos 40.

• Destacam-se os pintores: António Pedro, António Dacosta, Marcelino Vespeira, Mário Cesariny e Moniz Pereira.

• Na literatura: Alves Redol e Soeiro Pereira Gomes

Soeiro Pereira Gomes Alves Redol

António Pedro, Intervenção Romântica, 1940

Cadavre-Exquis, pintura colectiva de António Domingues, Fernando Azevedo, António Pedro, Marcelino Vespeira e Moniz Pereira, 1949

Vieira da Silva, Bibliothèque en Feu, 1974

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