Análise dos resultados - Legislativas 2015

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COMISSÃO POLÍTICA DO PARTIDO SOCIALISTA – CONCELHIA DE RIO MAIOR PRESS RELEASE nº 21 | 06.10.2015

• Legislativas 2015

PS sobe votação em Rio Maior e PSD/CDS perdem mais de 2000 votos O Partido Socialista não atingiu os seus objectivos nas Eleições Legislativas 2015 dispu-tadas no passado domingo, nas quais o eleitorado acabou contudo por penalizar os partidos do governo, uma vez que nenhuma força política obteve uma expressiva maioria parlamentar, pelo que a direita viu ser-lhe retirada pelo eleitorado a maioria absoluta. Assim, face a 2011, a coligação perdeu quase 700 mil votos e 25 deputados, o que significa uma considerável perda de poder e influência política. O PS continuará pois a ser um referencial de estabilidade num quadro político subs-tancialmente alterado, com uma clara maioria de esquerda na Assembleia da Repú-blica, ficando demonstrado que a maioria da população não se revê nas políticas da di-reita, ainda que esta tenha sido a mais votada entre todas as forças concorrentes, ci-frando-se a diferença entre a PAF e o PS em 238 832 votos (4,45%). O PS, mesmo não conseguindo a almejada vitória, subiu a sua votação e elegeu mais 12 deputados (cerca de 200 mil votos a mais em comparação com 2011), vencendo em sete círculos eleitorais, faltando ainda apurar o escrutínio dos votos pelos círculos elei-torais da Europa e de Fora da Europa. Uma análise fria aos resultados, não deixa mar-gem para dúvidas: o PS é o maior e o mais votado partido da democracia portuguesa, e só mesmo indo às urnas coligada, a direita o consegue vencer. Objectivamente, o líder do PSD, o maior partido da coligação, foi o segundo candidato mais votado e, na prática, o líder partidário com mais votos foi António Costa, uma vez que os votos do eleitorado do CDS-PP foram no seu líder, Paulo Portas, e não no líder do outro partido da coligação. De resto, os partidos da direita foram os únicos que bai-

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xaram as suas votações e perderam deputados, visto que todos os partidos da esquer-da subiram as suas votações. No rescaldo da noite eleitoral do passado domingo, António Costa defendeu que “a co-ligação de direita não pode contar com o PS para viabilizar a prossecução de uma po-lítica que não é a dos socialistas nem a política da maioria dos portugueses”, subli-nhando que o partido “será inteiramente fiel aos compromissos que assumiu perante os eleitores”. No caso específico do Concelho de Rio Maior, comparando com as Eleições Legislativas de 2011, o PSD/CDS voltou a ser a força mais votada, mas há a registar uma significa-tiva perda de eleitorado. Com efeito, concorrendo separados em 2011, o PSD obteve 49,30% dos votos, enquanto o CDS-PP teve 12,92%, o que perfez um total de 62,22% entre os dois partidos, que viriam posteriormente a formar a coligação. Nestas Legisla-tivas de 2015, o PSD e o CDS coligados tiveram menos votos juntos (47,46%), do que o PSD sozinho em 2011 (49,30%). Nas Legislativas de 2015 disputadas no domingo, o PSD e o CDS coligados obtiveram 47,46% dos votos, o que significou uma perda de 14,76% de eleitorado. Em Rio Maior, em 2011, o PSD e o CDS-PP, concorrendo ainda separados, tiveram 7004 votos no seu conjunto, mas nestas eleições de 2015, coligados, desceram para 4986 votos, perden-do 2018 votos. À escala local, este número de votos perdidos pelos partidos da direita é, efectivamente, muito significativo, demonstrando uma considerável perda de con-fiança na direita por parte do eleitorado. Já o PS, ainda que esteja longe dos seus verdadeiros objectivos, subiu a sua votação em Rio Maior nestas Legislativas (tal como aconteceu nas últimas Eleições Europeias), uma vez que teve 2405 votos em 2011, e passou para 2859 nestas Legislativas de 2015, o que se traduz num aumento de 454 votos e numa subida de 5,85% (27,21% em 2015 contra 21,36% em 2011). Passo a passo, o Partido Socialista vem melhorando as suas votações nos diversos actos eleitorais no Concelho de Rio Maior, sendo de registar as vitórias do PS em Ar-rouquelas (44,41%) e na Marmeleira e Assentiz (34,60%), e a subida de quase 7 pontos percentuais na freguesia de Rio Maior. Comparativamente com as Eleições Europeias, o PS teve nestas Legislativas de 2015 mais 1093 votos, e em relação às Autárquicas de 2013 subiu mais 774 votos, confirmando-se um trajecto consolidado e ascendente nos votos expressos pela população. Contudo, há ainda muito trabalho a fazer. Por último, é de realçar o facto do Bloco de Esquerda (BE) ter sido a terceira força mais votada, com uma subida para mais do dobro da votação, comparativamente com 2011 (passou de 3,78% para 8,92%, mais do que duplicando os votos), ultrapassando mesmo a CDU, ainda que esta força tenha subido igualmente a votação (de 3,97% em 2011 para 5,01% em 2015). É notável o resultado do BE, se atendermos a que ficou sem representação na Assembleia Municipal nas últimas Eleições Autárquicas, e injusta-mente diga-se de passagem.

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O PS foi pois o partido que mais subiu a votação, na linha do que aconteceu igual-mente nas Europeias (5,85%), seguido de perto pelo BE (5,14%), enquanto o PSD e o CDS-PP tiveram a maior perda de votos (14,76%), ainda que vencendo no concelho. Refira-se, também, por curiosidade, que a coligação perdeu a maioria absoluta em Rio Maior, pois a votação de todos os outros partidos somada (47,58%) é superior à do PSD-CDS (47,46%). É ainda de registar um ligeiro aumento da abstenção em Rio Maior, diminuindo o número de votantes em 2015 (58,17%) em relação a 2011 (61,27%). PS – Secção de Rio Maior 06.10.2015 Nota: em anexo segue uma imagem ilustrativa.

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