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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 10 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 10 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 10 µg de Aranesp em 0,4 ml (25 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge).
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Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/001 - 002 EU/1/01/185/033 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 0,375 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 0,375 ml (40 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/003 - 004 EU/1/01/185/034 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 20 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 20 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina afa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 20 µg de Aranesp em 0,5 ml (40 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/005 - 006 EU/1/01/185/035 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 30 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 30 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 30 µg de Aranesp em 0,3 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/007 - 008 EU/1/01/185/036 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 0,4 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/009 - 010 EU/1/01/185/037 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 50 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 50 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 50 µg de Aranesp em 0,5 ml (100 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/011 - 012 EU/1/01/185/038 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 0,3 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/013 - 014 EU/1/01/185/039 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 80 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 80 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 80 µg de Aranesp em 0,4 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/015 - 016 EU/1/01/185/040 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 100 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 100 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 100 µg de Aranesp em 0,5 ml (200 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/017 - 018 EU/1/01/185/041 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 150 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 150 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 150 µg de Aranesp em 0,3 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/019 - 020 EU/1/01/185/042 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 300 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 300 microgramas de darbepoetin alfa em 0,6 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 300 µg de Aranesp em 0,6 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/021 - 022 EU/1/01/185/043 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 500 microgramas, solução injectável em seringa pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada seringa pré-carregada contém 500 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em seringa pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 14 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C).
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6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo uma ou quatro seringas pré-carregadas de uma solução injectável com 500 µg de Aranesp em 1 ml (500 µg/ml). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). As seringas pré carregadas são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por seringa pré-carregada. Qualquer resto do medicamento que permaneça na seringa pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a seringa pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção e injecte lentamente para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/031 - 032 EU/1/01/185/044 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (15 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 °C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 1 ml (15 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens.
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6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/023 - 024 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 25 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 25 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 °C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 25 µg de Aranesp em 1 ml (25 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens.
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6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/025 - 026 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 °C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 1 ml (40 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens.
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6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/027 - 028 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em frascos para injectáveis. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada frasco para injectáveis contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (60 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em frasco para injectáveis. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp é fornecido numa seringa pré-carregada pronta a ser utilizada. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, uma vez que existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, o Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade, Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem de cartão para proteger da luz Para efeitos de utilização em regime ambulatório, Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 °C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contendo um ou quatro frascos para injectáveis com tampa(s) de borracha com uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 1 ml (60 µg/ml). O frasco para injectáveis é feito de vidro tipo I com uma tampa de borracha revestida com polímeros fluorados. Podem não estar comercializadas todas as embalagens.
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6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais do que uma dose por frasco para injectáveis. Qualquer resto de medicamento que permaneça no frasco para injectáveis deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar o frasco para injectáveis do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção de forma a evitar desconforto nos locais da injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/029 - 030 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 10 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 10 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (25 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 10 µg de Aranesp em 0,4 ml (25 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/045 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 15 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 15 microgramas de darbepoetin alfa em 0,375 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 15 µg de Aranesp em 0,375 ml (40 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/046 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 20 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 20 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (40 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 20 µg de Aranesp em 0,5 ml (40 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/047 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 30 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 30 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 30 µg de Aranesp em 0,3 ml (100 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/048 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 40 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 40 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 40 µg de Aranesp em 0,4 ml (100 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/049 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 50 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 50 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (100 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 50 µg de Aranesp em 0,5 ml (100 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/050 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 60 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 60 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 60 µg de Aranesp em 0,3 ml (200 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/051 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 80 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 80 microgramas de darbepoetin alfa em 0,4 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 80 µg de Aranesp em 0,4 ml (200 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/052 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 100 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 100 microgramas de darbepoetin alfa em 0,5 ml (200 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 100 µg de Aranesp em 0,5 ml (200 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/053 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 150 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 150 microgramas de darbepoetin alfa em 0,3 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 150 µg de Aranesp em 0,3 ml (500 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/054 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 300 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 300 microgramas de darbepoetin alfa em 0,6 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 300 µg de Aranesp em 0,6 ml (500 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/055 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Aranesp 500 microgramas, solução injectável em caneta pré-carregada. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada caneta pré-carregada contém 500 microgramas de darbepoetin alfa em 1 ml (500 µg/ml). A darbepoetin alfa é produzida por engenharia genética em células do ovário do Hamster chinês (CHO-K1). Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável em caneta (SureClick) pré-carregada. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica em adultos e crianças com 11 ou mais anos de idade. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. 4.2 Posologia e modo de administração O tratamento com Aranesp deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações acima mencionadas. O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada pronta a ser utilizada. O Aranesp em caneta pré-carregada deve ser administrado unicamente por via sub-cutânea. Na Secção 6.6 encontrará as instruções sobre a sua utilização, manipulação e eliminação. Tratamento da anemia em doentes com insuficiência renal crónica O Aranesp pode ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.A via subcutânea é preferível em doentes que não estejam a fazer hemodiálise de forma a evitar a punção de veias periféricas. O objectivo do tratamento é o de aumentar a hemoglobina para um valor superior a 11 g/dl (6,8 mmol/l). A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l) deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Um aumento da hemoglobina superior a 2,0 g/dl (1,25 mmol/l) num período de 4 semanas ou uma concentração de hemoglobina superior a 14 g/dl (8,7 mmol/l) devem ser evitados. Os estudos clínicos demonstraram que as respostas variam de doente para doente. No entanto, as recomendações referidas abaixo devem ser seguidas inicialmente, tanto para os doentes adultos e pediátricos, e depois ajustadas conforme indicação clínica. O tratamento com Aranesp é dividido em duas fases: fase de correcção e fase de manutenção:
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Fase de Correcção A dose inicial, por via subcutânea ou intravenosa, é de 0,45 µg/kg de peso corporal, administrada numa única injecção semanal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma dose inicial de 0,75 µg/kg pode ser administrada por via subcutânea numa única injecção quinzenal. Se o aumento da hemoglobina é inadequado [inferior a 1 g/dl (0,6 mmol/l) em 4 semanas] deverá aumentar-se a dose em aproximadamente 25% da dose actual. Os aumentos de dose não devem ser feitos com uma frequência superior a uma vez de quatro em quatro semanas. Se o aumento da hemoglobina for superior a 2,5 g/dl (1,6 mmol/l) em 4 semanas, deverá reduzir-se a dose de entre 25 a 50%, dependendo do grau de aumento. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. A hemoglobina deve ser avaliada semanalmente ou quinzenalmente até estabilizar. Posteriormente, os valores de hemoglobina devem ser avaliados periodicamente. Fase de Manutenção Na fase de manutenção, o Aranesp pode continuar a ser administrado numa única injecção semanal ou quinzenal. Alternativamente, em doentes que não estão em diálise, uma vez atingidos os valores de hemoglobina com uma injecção única quinzenal, o Aranesp pode ser administrado por via subcutânea uma vez por mês, usando uma dose inicial igual ao dobro da dose prévia usada numa única injecção quinzenal. Assim, a dose deve ser ajustada de acordo com o necessário para manter o objectivo para os valores de hemoglobina. A concentração exacta de hemoglobina que se pretende atingir acima de 11 g/dl (6,8 mmol/l), deverá ser estabelecida individualmente para cada doente. Se for necessário ajustar a dose para manter a hemoglobina na concentração desejada, recomenda-se que a dose seja ajustada com correcções de aproximadamente 25%. Se a hemoglobina exceder os 14 g/dl (8,7 mmol/l), o tratamento deverá ser interrompido até esta baixar para um valor inferior a 13 g/dl (8,1 mmol/l) e depois recomeçar o tratamento com uma dose aproximadamente 25% inferior à dose anterior. Após um ajuste da dose, os valores de hemoglobina devem ser monitorizados semanalmente ou quinzenalmente. As alterações da dose na fase de tratamento de manutenção não devem ser feitas com uma frequência superior a uma alteração de duas em duas semanas. Quando se altera a via de administração, deve manter-se a mesma dose e a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente para que possam ser feitos os ajustes adequados da dose de Aranesp e, desta forma, manter a concentração desejada de hemoglobina. A experiência clínica demonstrou que os doentes que recebem r-HuEPO duas ou três vezes por semana poderão mudar para uma administração única de Aranesp por semana e os doentes que estiverem a receber r-HuEPO uma vez por semana poderão mudar para uma administração quinzenal de Aranesp. A dose inicial de Aranesp (µg/semana) pode ser determinada dividindo a dose total semanal de r-HuEPO (U.I./semana) por 200. Devido à variabilidade individual, deve-se proceder à titulação da dose terapêutica óptima para cada indivíduo. Quando se substitui r-HuEPO por Aranesp, a hemoglobina deve ser monitorizada semanalmente ou quinzenalmente e deve ser mantida a mesma via de administração. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos O Aranesp deve ser administrado por via subcutânea a doentes com anemia (e.g. concentração de hemoglobina ≤ 11 g/dl (6,8 mmol/l).
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A dose inicial recomendada é de 6,75 µg/Kg administrada uma vez todas as três semanas. Se a resposta clínica do doente (fadiga, resposta de hemoglobina) for inadequada após nove semanas, indica que a continuação do tratamento pode não ser efectiva. Alternativamente pode ser administrada 2,25 µg/kg de peso corporal, numa única injecção semanal. Se o aumento da hemoglobina for inadequado (inferior a 1 g/dl (0,6 mmol) após 4 semanas), a dose deve ser duplicada. Se a resposta em termos de hemoglobina permanecer inadequada, nas 4 semanas seguintes à duplicação de dose, indica que a continuação do tratamento pode não ser eficaz. O tratamento com Aranesp, deve ser descontinuado após, aproximadamente quatro semanas do fim da quimioterapia. O valor de hemoglobina não deve exceder 13 g/dl (8,1 mmol/l) (ver secção 5.1). Uma vez atingido o objectivo terapêutico para cada doente individualmente, a dose deve ser reduzida de 25 a 50%, de forma a manter o valor de hemoglobina. Se necessário, pode ser instituída uma redução adicional da dose para assegurar que o valor de hemoglobina não excede as 13 g/dl. Se, em 4 semanas, o aumento de hemoglobina for superior a 2 g/dl (1,3 mmol/l), a dose deve ser reduzida de 25 a 50%. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à darbepoetin alfa, r-HuEPO ou a qualquer dos seus excipientes. Hipertensão mal controlada. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Gerais No sentido de assegurar uma eritropoiese efectiva, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento e pode ser necessário iniciar-se tratamento suplementar com ferro. A ausência de resposta ao tratamento com Aranesp deve ser imediatamente investigada para determinar quais são os factores causais. As deficiências em ferro, ácido fólico ou Vitamina B12 reduzem a eficácia dos agentes estimuladores da eritropoiese, pelo que devem ser corrigidas. Infecções intercorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação grave com alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea podem também comprometer a resposta eritropoiética. Como parte da avaliação deve ser considerada a contagem de reticulócitos. Se forem excluídas causas típicas de não resposta ao tratamento e o doente tiver reticulocitopénia, um medulograma deve ser considerado. Se a medula óssea for consistente com aplasia eritróide pura, devem ser efectuados testes para anticorpos anti-eritropoietina. Foram reportados casos de aplasia eritróide pura resultantes da formação de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associados a proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetina alfa. Ficou demonstrado que estes anticorpos reagem de forma cruzada com todas as proteínas estimuladoras da eritropoiese. Os doentes em que se suspeita ou confirma a existência de anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina não devem ser mudados para darbepoetina alfa (ver secção 4.8). A doença hepática activa foi um critério de exclusão em todos os estudos com Aranesp, como tal, não existem dados disponíveis em doentes com insuficiência hepática. Uma vez que se considera que o
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fígado é a principal via de eliminação do Aranesp e da r-HuEPO, o Aranesp deve ser utilizado com precaução em doentes com doença hepática. O Aranesp deve também ser administrado com precaução aos doentes com anemia das células falciformes ou com epilepsia. O uso indevido de Aranesp por indivíduos saudáveis pode levar a um aumento excessivo do hematócrito. Este facto pode estar associado com complicações no sistema cardiovascular que põem em risco a vida. Doentes com insuficiência renal crónica Recomenda-se uma terapêutica suplementar com ferro em todos os doentes com valores da ferritina sérica inferiores a 100 µg/l ou com taxa de saturação de transferrina inferior a 20%. A pressão arterial deve ser monitorizada em todos os doentes, particularmente na fase inicial do tratamento com Aranesp. Os doentes devem ser avisados da importância em aderirem à terapêutica anti-hipertensora e às restrições dietéticas. Quando for difícil controlar a pressão arterial, apesar de se terem implementado as medidas terapêuticas apropriadas, pode-se baixar a hemoglobina diminuindo a dose ou aumentando o intervalo de administração de Aranesp (ver Secção 4.2). Em doentes com insuficiência renal crónica e evidência clínica de cardiopatia isquémica ou de insuficiência cardíaca congestiva, os níveis alvo da hemoglobina devem ser determinados individualmente. Nestes doentes deve-se ter como limite superior os 12 g/dl, a não ser que sintomas graves (e.g. angina) indiquem a necessidade de atingir outros níveis. Os níveis séricos de potássio devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento com Aranesp. Apesar de não se ter estabelecido uma relação causal, foi reportado em alguns doentes a receber Aranesp uma elevação dos níveis de potássio. Se for observado um nível elevado ou crescente de potássio, deve considerar-se a interrupção da administração de Aranesp até este nível estar corrigido. Doentes oncológicos Efeito na progressão do tumor As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Como os demais factores de crescimento, existe a preocupação de que as epoietinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de neoplasia maligna. Um inexplicável excesso de mortalidade foi observado em dois ensaios clínicos controlados, em que as epoietinas foram administradas em doentes com vários tipos de doenças malignas, incluindo, cancro da cabeça e pescoço e cancro da mama. Se o valor de hemoglobina exceder os 13 g/dl, em doentes oncológicos ou com doença linfoproliferativa maligna, a alteração de dose descrita na secção 4.2 deve ser cumprida rigorosamente no sentido de minimizar o potencial risco de eventos trombóticos. Deve-se monitorizar regularmente as plaquetas e a hemoglobina. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Os resultados clínicos obtidos até agora não indicam nenhuma interacção de Aranesp com outras substâncias. No entanto, existe um potencial risco de interacção com fármacos que se liguem fortemente aos glóbulos vermelhos e.g. ciclosporina, tacrolimus. Se a darbepoetin alfa for
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administrada concomitantemente com algum destes fármacos, as suas concentrações plasmáticas devem ser monitorizadas e a dose deverá ser ajustada dependendo do aumento de hemoglobina 4.6 Gravidez e aleitamento Não existem dados clínicos sobre a exposição de grávidas a Aranesp. Estudos efectuados em animais não revelaram efeitos prejudiciais directos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. Deve-se ter precaução na prescrição a mulheres grávidas. Como não existe experiência clínica em mulheres no período de aleitamento não se deve administrar Aranesp a mulheres que estejam a amamentar. Quando o tratamento com Aranesp é absolutamente necessário a mulher tem de parar a amamentação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram observados efeitos de Aranesp sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8 Efeitos indesejáveis A segurança de Aranesp foi avaliada tendo como referência uma base de dados que recolheu informação de aproximadamente 1800 doentes com insuficiência renal crónica a quem Aranesp foi administrado durante um período de tempo até 24 meses e em 1200 doentes oncológicos que foram tratados durante um período até 4 meses. Gerais Foram reportados casos raros de reacções alérgicas potencialmente graves que incluíam dispneia, vermelhidão cutânea e urticária associadas com darbepoetin alfa. Doentes com insuficiência renal crónica Os dados apresentados, obtidos de estudos controlados que, incluíram 1578 doentes que receberam Aranesp e 591 doentes que receberam r-HuEPO. A proporção de doentes que descontinuaram o tratamento devido a efeitos adversos foi de 2% para Aranesp e de 4% para r-HuEPO. Os efeitos indesejáveis atribuíveis ao tratamento com Aranesp são a hipertensão arterial e trombose do acesso vascular. No entanto, na base de dados de segurança, nenhum destes efeitos foi associado com a concentração da hemoglobina (< 12 versus > 12 g/dl) ou com a velocidade do aumento da hemoglobina (< 1, 1 a < 2, 2 a < 3 e ≥ 3 g/dl de hemoglobina durante 4 semanas). Em estudos onde o Aranesp foi administrado por via subcutânea foi reportado e atribuído ao tratamento dor no local de injecção. Este facto foi observado mais frequentemente do que com r-HuEPO. O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitória e ocorreu predominantemente após a primeira injecção.
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A incidência de efeitos indesejáveis considerados relacionados com o tratamento com Aranesp em estudos clínicos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Sistema Nervoso Central/Sistema Nervoso Periférico
Comum (> 1%, ≤ 10%) Cefaleia
Cardiovascular Comum (> 1%, ≤ 10%) Hipertensão Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Trombose do acesso vascular Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Foram reportados casos isolados de aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina, associados ao tratamento com Aranesp. O tratamento com Aranesp deve ser interrompido, no caso de se diagnosticar AEP e os doentes não devem mudar para outra proteína recombinante estimuladora da eritropoiese (ver secção 4.4). Todos os outros efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram observados com uma incidência igual ou inferior a 1% (pouco comuns ou raros), a maioria foram ligeiros ou moderados em termos de gravidade e consistentes com as co-morbilidades esperadas nesta população de doentes. Doentes oncológicos Em estudos clínicos com Aranesp administrado por via subcutânea, a incidência de hipertensão e de eventos cardiovasculares foi comparável em doentes oncológicos que receberam placebo, rHuEPO ou Aranesp. Além disso, estes efeitos indesejáveis não estavam associados à concentração de hemoglobina (< 13 versus > 13 g/dl) ou a um aumento rápido da hemoglobina (> 2,0 g/dl em 4 semanas). Ensaios clínicos demonstraram um aumento da frequência de reacções tromboembólicas incluindo trombose venosa profunda e embolismo pulmonar em doentes oncológicos a receberem Aranesp quando comparados com doentes a receberem placebo. Em geral, os efeitos indesejáveis reportados em ensaios clínicos com Aranesp em doentes oncológicos medicados concomitantemente com quimioterapia eram consistentes com a doença subjacente e o seu tratamento com quimioterapia. A incidência dos efeitos indesejáveis considerados relacionados ao tratamento com o Aranesp em estudos controlados é: Sistema Corporal Incidência Reacção Adversa Músculo-esquelético Comum (> 1%, ≤ 10%) Artralgia Corpo/geral Comum (> 1%, ≤ 10%) Edema periférico Local de injecção Comum (> 1%, ≤ 10%) Dor no local de injecção Alterações vasculares Comum (> 1%, ≤ 10%) Reacções tromboembólicas A dor no local de injecção foi o efeito indesejável, reportado mais frequentemente, considerado relacionado com o Aranesp (< 5%). O desconforto no local de injecção foi geralmente de natureza ligeira e transitório. 4.9 Sobredosagem O Aranesp possui uma ampla janela terapêutica. Mesmo com níveis séricos muito elevados não foram observados sintomas de sobredosagem. No caso de ocorrer policitemia, o Aranesp deve ser temporariamente suspenso (ver Secção 4.2 Posologia e modo de administração). Se clinicamente indicado pode efectuar-se uma flebotomia.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo fármaco-terapêutico: antianémicos, Código ATC: B03XA02. A eritropoietina humana é uma hormona endógena glicoproteica que é a principal reguladora da eritropoiese através da interacção específica com o receptor da eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada em doentes com insuficiência renal crónica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Em doentes oncológicos submetidos a quimioterapia a etiologia da anemia é multifactorial. Nestes doentes, a deficiência de eritropoietina e a resposta diminuída das células progenitoras eritróides à eritropoietina endógena contribuem de maneira significativa para a anemia destes doentes. A darbepoetin alfa estimula a eritropoiese pelo mesmo mecanismo da hormona endógena. A darbepoetin alfa tem cinco cadeias de hidratos de carbono ligadas aos átomos de azoto enquanto que a hormona endógena e as eritropoietinas humanas recombinantes (r-HuEPO) têm três. Os radicais de açúcar adicionais têm uma estrutura molecular idêntica aos que se encontram na hormona endógena. Devido ao aumento no conteúdo de hidratos de carbono, a darbepoetin alfa tem uma semi-vida de eliminação mais longa que a r-HuEPO e, como tal, uma maior actividade in vivo. Apesar destas alterações moleculares, a darbepoetin alfa mantém uma estreita especificidade para o receptor de eritropoietina. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Num estudo prospectivo, randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 314 doentes com cancro do pulmão submetidos a uma quimioterapia contendo platina, observou-se uma diminuição significativa das necessidades transfusionais (p < 0,001). Estudos clínicos demonstraram que a darbepoetin alfa tem uma eficácia similar quando administrada com uma única injecção de três em três semanas, uma única injecção quinzenal ou semanal, sem necessidade de aumento da dose requerida. Num estudo prospectivo randomizado, com dupla ocultação, controlado com placebo e efectuado em 344 doentes anémicos com doença maligna linfoproliferativa submetidos a quimioterapia, observou-se uma significativa redução das necessidades transfusionais e melhoria da resposta em termos dos valores de hemoglobina (p<0,001). Foi tambem observado uma melhoria da fadiga medida através da escala Functional Assessment of Cancer Therapy-fatigue (FACT-fatigue). Nestes estudos com dupla ocultação, a vigilância prolongada destes doentes, não revelou qualquer efeito adverso da darbepoetin alfa na progressão do tumor e na sobrevida. As epoietinas são factores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os receptores da eritropoietina podem ser expressos na superfície de uma variedade de células tumorais. Existe informação insuficiente para estabelecer se a utilização de epoietinas tem um efeito adverso no tempo de progressão do tumor ou sobrevida livre de progressão. Dois estudos exploraram o efeito das epoietinas na sobrevida e/ou progressão do tumor com objectivos de valores de hemoglobina superiores. Num estudo aleatorizado, controlado com placebo, utilizando epoietina alfa em 939 doentes com cancro da mama metastizado, foi administrada a substância em estudo na tentativa de manter os
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valores de hemoglobina entre 12 e 14 g/dl. Aos 4 meses, a morte devido à progressão da doença foi superior (6% versus 3%) em mulheres a receber epoietina alfa. A mortalidade total foi significantemente superior no braço da epoietina alfa. Noutro estudo, controlado com placebo, utilizando a epoietina beta em 351 doentes com cancro da cabeça e pescoço, a substância em estudo foi administrada de forma a manter o valor de hemoglobina de 14 g/dl em mulheres e 15 g/dl em homens. A sobrevida livre de progressão locoregional foi significantemente inferior em doentes a receber epoietina beta. Os resultados deste estudo foram confundidos pelo desequilíbrio entre os grupos de tratamento, especialmente no que diz respeito à localização do tumor, condição de fumador e heterogeneidade da população do estudo. Adicionalmente, vários outros estudos demonstraram a tendência para aumentar a sobrevida, sugerindo que a epoietina não tem efeito negativo na progressão do tumor. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Devido ao aumento do conteúdo de hidratos de carbono, a concentração de darbepoetin alfa em circulação permanece acima da concentração mínima estimuladora da eritropoiese durante mais tempo que a dose molar equivalente da r-HuEPO, permitindo que a darbepoetin alfa seja administrada menos frequentemente para atingir a mesma resposta biológica. Doentes com insuficiência renal crónica A farmacocinética da darbepoetin alfa tem vindo a ser estudada clinicamente nos doentes com insuficiência renal crónica após administração intravenosa ou subcutânea. A semi-vida de eliminação é de aproximadamente 21 horas (DP 7,5) quando administrada por via intravenosa. A depuração da darbepoetin alfa é de 1,9 ml/h/kg (DP 0,56) e o volume de distribuição (Vss) é aproximadamente igual ao volume do plasma (50 ml/kg). A biodisponibilidade com a administração subcutânea é de 37%. Após administração mensal de darbepoetin alfa, de doses subcutâneas que variavam entre 0,6 e 2,1 µg/Kg, a semi-vida de eliminação foi de 73 horas (DP 24). Em estudos clínicos foi observada uma acumulação mínima com ambas as vias de administração. Em estudos pré-clínicos ficou demonstrado que a depuração renal é mínima (até 2% da depuração total) e não afecta a semi-vida sérica. Dados recolhidos de 809 doentes envolvidos nos estudos clínicos com Aranesp realizados na Europa foram analisados para avaliar a dose necessária para manter a hemoglobina, não se observou nenhuma diferença entre a dose média semanal administrada por via subcutânea ou por via intravenosa. Doentes oncológicos submetidos a quimioterapia Após administração subcutânea de 2,25 µg/kg a doentes oncológicos adultos foi atingida uma concentração máxima média de 10,6 ng/ml (DP 5,9) da darbepoetin alfa num tempo médio de 91 horas (DP 19,7). Estes parâmetros foram consistentes com uma farmacocinética de dose linear num amplo intervalo de doses (0,5 a 8 µg/kg semanalmente e 3 a 9 µg/kg de duas em duas semanas). Os parâmetros farmacocinéticos não sofreram alterações com administrações múltiplas durante 12 semanas (administrações semanais ou quinzenais). Houve um aumento previsto mas moderado (< 2 vezes) da concentração sérica quando se aproximou do estado de equilíbrio, mas não houve qualquer acumulação inesperada após administração reiterada. Um estudo de farmacocinética, realizado em doentes com anemia induzida por quimioterapia, tratados com 6,75 µg/Kg de darbepoetin alfa administrada por via subcutânea todas as 3 semanas em combinação com a quimioterapia, foi conduzido para a caracterização completa da semi-vida de eliminação. Neste estudo, a semi-vida de eliminação média obtida (DP) foi de 74 (DP 27) horas. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Em todos os estudos em ratos e cães, Aranesp produziu aumentos significativos da hemoglobina, hematócrito, contagens de glóbulos vermelhos e reticulócitos, correspondendo ao efeito farmacológico
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esperado. Todos os efeitos adversos com doses muito elevadas consideram-se relacionados com um efeito farmacológico exagerado (diminuição da perfusão tecidular por aumento da viscosidade do sangue). Estes incluíram mielofibrose, hipertrofia esplénica, assim como o alargamento do complexo QRS no electrocardiograma realizado em cães mas sem se terem observado arritmias nem alterações no intervalo QT. Aranesp não revelou nenhum potencial genotóxico nem teve nenhum efeito na proliferação de células não hematológicas in vitro ou in vivo. Nos estudos de toxicidade crónica não foram observadas respostas tumorigénicas ou respostas mitogenéticas inesperadas em qualquer tipo de tecido. O potencial carcinogénico da darbepoetin alfa não foi avaliado em estudos em animais a longo prazo. Em estudos efectuados em ratos e coelhos não foram observados efeitos prejudiciais com relevância terapêutica no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parturição ou desenvolvimento pós-natal. A transferência através da placenta foi mínima. Não foi detectada alteração na fertilidade. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Fosfato de sódio monobásico Fosfato de sódio dibásico Cloreto de sódio Polissorbato 80 Água para injectáveis 6.2 Incompatibilidades Na ausência de estudos de incompatibilidade o Aranesp não deve ser misturado ou administrado através de uma perfusão com outros fármacos. 6.3 Prazo de validade 2 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2°C - 8°C (no frigorífico). Não congelar. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior, para proteger da luz. Para efeitos de utilização em regime ambulatório, o Aranesp pode ser retirado uma vez do local de armazenamento por um período único máximo de sete dias à temperatura ambiente (até 25 C). 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Embalagem contém uma caneta pré-carregada de uma solução injectável com 500 µg de Aranesp em 1 ml (500 µg/ml).
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A caneta será apresentada em embalagem individual. As seringas no interior da caneta são feitas de vidro tipo I com agulhas de aço inoxidável de calibre 27 (27 gauge). Podem não estar comercializadas todas as embalagens. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação A embalagem contém um folheto informativo com instruções completas de uso e manipulação. A caneta pré-carregada de Aranesp (SureClick) liberta uma dose completa de cada apresentação. O Aranesp é um produto estéril mas sem conservantes. Não administrar mais de uma dose por caneta. Cada caneta só pode ser usada uma única vez. Qualquer resto do medicamento que permaneça na caneta pré-carregada deve ser eliminado. Antes da administração deve assegurar-se que a solução de Aranesp não contém partículas visíveis, devendo apenas administrar-se soluções que sejam incolores, transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não agitar. Retirar a caneta pré-carregada do frigorífico para atingir a temperatura ambiente antes de administrar a injecção. Alterne os locais de administração da injecção para evitar desconforto no local de injecção. Todo o medicamento que não for utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/01/185/056 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO 8 de Junho de 2001 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO DD MM YY
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ANEXO II
A. FABRICANTES DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM
BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
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A. FABRICANTES DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço dos fabricantes da substância activa de origem biológica Amgen Inc. Building 7 One Amgen Center Drive Thousand Oaks, CA 91320-1799 E.U.A. Amgen Inc. 4000 Nelson Road Longmont, CO 80503 E.U.A. Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote no EEE Amgen Europe B.V. Amgen European Logistics Center (ELC) Minervum 7061 4817 ZK Breda Países Baixos B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO • CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E À
UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, 4.2.). • OUTRAS CONDIÇÕES O titular desta autorização de introdução no mercado deve informar a Comissão Europeia sobre os planos de comercialização do medicamento autorizado pela presente decisão.
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ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
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A. ROTULAGEM
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INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/001 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
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INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/002 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (10µg) Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
289
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/033 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (10 µg) Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
290
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/003 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
291
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/004 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
292
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (15µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,375 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,375 ml Amgen Europe B.V.
293
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/034 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (15 µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,375 ml Amgen Europe B.V.
294
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/005 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
295
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/006 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
296
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (20µg) Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
297
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/035 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (20 µg) Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
298
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/007 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
299
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/008 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
300
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (30 µg) Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
301
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/036 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (30 µg) Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
302
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/009 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
303
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/010 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
304
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (40µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
305
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/037 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (40 µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
306
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/011 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
307
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/012 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
308
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (50 µg) Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
309
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/038 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (50 µg) Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
310
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/013 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
311
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/014 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
312
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
313
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/039 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
314
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/015 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
315
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/016 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
316
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (80 µg) Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,4 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
317
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/040 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (80 µg) Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,4 ml Amgen Europe B.V.
318
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/017 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
319
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/018 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
320
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (100µg) Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,5 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
321
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/041 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (100 µg) Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,5 ml Amgen Europe B.V.
322
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/019 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
323
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/020 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
324
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (150µg) Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,3 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
325
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/042 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (150 µg) Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,3 ml Amgen Europe B.V.
326
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/021 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
327
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/022 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
328
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (300µg) Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP: IV/SC Lote: 0,6 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,6 ml Amgen Europe B.V.
329
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 microgramas Solução injectável em siringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/043 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (300 µg) Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP: Lote: 0,6 ml Amgen Europe B.V.
330
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA PRE-CARREGADA (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/031 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
331
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 4 SERINGAS PRE-CARREGADAS (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 seringas pré-carregadas para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/032 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
332
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS BLISTER CONTENDO AS SERINGAS PRÉ-CARREGADAS (500µg) Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa Amgen EXP.: IV/SC Lote: 1 ml INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 µg Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
333
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA DE 1 SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 microgramas Solução injectável em seringa pré-carregada Darbepoetin alfa Cada seringa pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetin alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 seringa pré-carregada para administração única Para administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/044 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO RÓTULO DA SERINGA NÃO ACONDICIONADA EM BLISTER (500 µg) Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
334
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/023 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
335
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/024 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
336
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (15µg) Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
337
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (25µg) Aranesp 25 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 25 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/025 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
338
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (15µg) Aranesp 25 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 25 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/026 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
339
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (25µg) Aranesp 25 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
340
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (40µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/027 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
341
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (40 µg) Aranesp 40 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/028 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
342
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (40 µg) Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
343
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 1 FRASCO-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 1 frasco para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/029 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
344
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR OU, CASO ESTA NÃO EXISTA, NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO CAIXA COM 4 FRASCOS-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 microgramas Solução injectável em frascos para injectáveis Darbepoetin alfa Cada frasco para injectáveis de 1 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. 4 frascos para injectáveis para administração única Administração subcutânea ou intravenosa Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP.: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/030 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo.
345
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS RÓTULO DO FRASCO-AMPOLA (60 µg) Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa IV/SC EXP.: Lote: 1 ml Amgen Europe B.V.
346
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 10 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 10 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/045 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 10 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V.
347
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 15 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,375 ml contem 15 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/046 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 15 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,375 ml Amgen Europe B.V.
348
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 20 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 20 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/047 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 20 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V.
349
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 30 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 30 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/048 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 30 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V.
350
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 40 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 40 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/049 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 40 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V.
351
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 50 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 50 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/050 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 50 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V.
352
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 60 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 60 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/051 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 60 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V.
353
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 80 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,4 ml contem 80 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/052 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 80 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,4 ml Amgen Europe B.V.
354
INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 100 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,5 ml contem 100 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/053 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 100 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,5 ml Amgen Europe B.V.
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INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 150 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,3 ml contem 150 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/054 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 150 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,3 ml Amgen Europe B.V.
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INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 300 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 0,6 ml contem 300 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/055 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 300 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 0,6 ml Amgen Europe B.V.
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INDICAÇÕES A INCLUIR NA EMBALAGEM EXTERIOR CAIXA DE 1 CANETA PRE-CARREGADA Aranesp 500 microgramas Solução injectável em caneta pré-carregada Darbepoetin alfa Cada caneta pré-carregada de 1 ml contem 500 microgramas de darbepoetina alfa. Excipientes: fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. SureClick x1 1 caneta pré-carregada para administração única Para administração subcutânea Manter fora do alcance e da vista das crianças. EXP: Guardar a 2°C – 8°C (no frigorifico). Não congelar. Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda EU/1/01/185/056 Lote: Medicamento sujeito a receita médica Antes de utilizar, ler atentamente o folheto informativo. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO ROTULAGEM DA CANETA Aranesp 500 µg Solução injectável Darbepoetin alfa SC EXP. : Lote : 1 ml Amgen Europe B.V.
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B. FOLHETO INFORMATIVO
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FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico assistente ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Neste folheto 1. O que é o Aranesp e para que é utilizado 2. Antes de utilizar o Aranesp 3. Como utilizar o Aranesp 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Aranesp 6. Informação sobre como administrar o medicamento a si próprio Aranesp 10 microgramas Aranesp 15 microgramas Aranesp 20 microgramas Aranesp 30 microgramas Aranesp 40 microgramas Aranesp 50 microgramas Aranesp 60 microgramas Aranesp 80 microgramas Aranesp 100 microgramas Aranesp 150 microgramas Aranesp 300 microgramas Aranesp 500 microgramas solução injectável em seringa pré-carregada darbepoetin alfa O Aranesp é fornecido em seringas pré-carregadas contendo 10, 15, 20, 30 40, 50, 60, 80, 100, 150, 300 ou 500 microgramas da substância activa: darbepoetin alfa. O Aranesp também contém fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. O Aranesp está disponível em embalagens de 1 e 4 seringas pré-carregadas (podem não estar comercializadas todas as embalagens). As seringas podem estar disponíveis quer em embalagens blister (1 e 4 seringas) quer em embalagens não blister (1 seringa). Quem é responsável pelo Aranesp? A empresa autorizada a fabricar e comercializar o Aranesp é: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda
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1. O QUE É O ARANESP E PARA QUE É UTILIZADO O seu médico prescreveu-lhe Aranesp (um antianémico) para o tratamento da sua anemia. A anemia manifesta-se quando o seu sangue não contém o número suficiente de glóbulos vermelhos e os sintomas podem ser fadiga, fraqueza e dificuldade em respirar. Aranesp actua exactamente como a hormona natural eritropoietina. A eritropoietina é produzida nos rins e estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos. A substância activa de Aranesp é a darbepoetin alfa produzida por tecnologia genética em células do ovário do hamster chinês (CHO-K1). Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é utilizado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica (mau funcionamento do rim) em adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Na insuficiência renal, o rim não produz a quantidade suficiente da hormona natural eritropoietina, que pode frequentemente provocar anemia. O seu corpo demorará algum tempo a produzir mais glóbulos vermelhos, pelo que levará cerca de quatro semanas até notar algum efeito. A sua rotina normal de diálise não afectará a capacidade do Aranesp tratar a sua anemia. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é utilizado para tratar a anemia sintomática em doentes oncológicos adultos doença maligna não-mielóide que estão a ser submetidos a quimioterapia. Um dos principais efeitos secundários da quimioterapia é o de parar a produção da quantidade suficiente de células sanguíneas pela medula óssea. Inicialmente, somente os glóbulos brancos parecem ser afectados. Este facto é devido a os eritrócitos terem uma duração de vida muito mais longa no sangue circulante. Para o fim do seu tratamento de quimioterapia, especialmente se tiver recebido muita quimioterapia, a contagem de glóbulos vermelhos pode diminuir, fazendo com que fique anémico. 2. ANTES DE UTILIZAR O ARANESP Não utilize o Aranesp: • se a sua tensão arterial estiver mal controlada, ou • se é alérgico ao Aranesp (darbepoetin alfa), r-HuEPO ou a qualquer outro ingrediente do
Aranesp. Por favor diga ao seu médico Se sofre ou já sofreu de: • pressão arterial elevada que não está a ser controlada com outros medicamentos prescritos pelo
seu médico; • anemia das células falciformes; • ataques epilépticos (convulsões);
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• doenças do fígado; ou • Ausência de resposta significativa a fármacos utilizados para tratar a anemia Precauções especiais • Foram reportados casos de aplasia eritróide pura causada por anticorpos anti-eritropoietina em
doentes tratados com proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetin alfa. Aplasia eritróide pura significa que o organismo parou ou reduziu a produção de glóbulos vermelhos. Esta situação causa anemia grave, que pode originar sintomas como cansaço pouco habitual e falta de energia. Se sentir estes sintomas deve contactar o seu médico. Se o seu organismo produzir anticorpos neutralizantes, o seu médico irá interromper o tratamento com Aranesp e determinar a melhor forma para tratar a sua anemia (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis).
• O uso indevido por pessoas saudáveis pode causar problemas de coração ou de circulação
sanguínea que podem pôr em risco a vida. • Se é um doente oncológico, fique ciente que Aranesp pode actuar como factor de crescimento.
Por favor, fale sobre este assunto com o seu médico. Utilizar o Aranesp com alimentos e bebidas Os alimentos e as bebidas não afectam o Aranesp. Gravidez e aleitamento O Aranesp não foi testado em mulheres grávidas. É importante que informe o seu médico se: • estiver grávida; • pensa poder estar grávida; ou • planeia engravidar Não se sabe se a darbepoetin alfa é excretada no leite humano. Deve interromper o aleitamento se for utilizar o Aranesp. Condução de veículos e utilização de máquinas O Aranesp não deve afectar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. Utilizar o Aranesp com outros medicamentos Como com todos os medicamentos, informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Os resultados clínicos obtidos até ao momento não indicam a existência de nenhuma interacção medicamentosa com Aranesp. No entanto, a ciclosporina e o tacrolimus podem ser afectados pelo número de glóbulos vermelhos no seu sangue. É importante que diga ao seu médico se estiver a tomar algum destes medicamentos.
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3. COMO UTILIZAR O ARANESP Após análises de sangue, o seu médico decidiu que precisa de Aranesp. Ele determinará a quantidade correcta de Aranesp que irá tomar. Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é administrado por uma única injecção, quer uma vez por semana, uma vez de duas em duas semanas, ou uma vez de mês a mês: • sob a pele (subcutânea); ou • dentro da veia (intravenosa). O seu médico decidirá a melhor via de administração para si. Com o objectivo de corrigir a sua anemia, a sua dose inicial será quer 0,75 microgramas (uma vez de duas em duas semanas) quer 0,45 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do seu peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder e poderá ajustar a sua dose uma vez de 4 em 4 semanas conforme seja necessário. Uma vez que a sua anemia esteja corrigida, o seu médico continuará a controlar regularmente o seu sangue e a sua dose pode ser ajustada de forma a manter o controle da sua anemia a longo prazo. Se tiver estado a receber uma dose de Aranesp de duas em duas semanas, o seu médico pode alterar-lhe a dose para uma única administração de mês a mês. A sua pressão arterial será também controlada regularmente, particularmente no início do seu tratamento. Em alguns casos, o seu médico poderá pedir-lhe que tome um suplemento de ferro. O seu médico poderá decidir alterar a forma como a injecção lhe é administrada (sob a pele ou dentro da veia). Neste caso, começará com a nova via de administração na mesma dose que tem vindo a tomar e o seu médico tirará amostras de sangue para assegurar que a sua anemia continua a ser correctamente tratada. Se o seu médico decidiu alterar o seu tratamento de r-HuEPO (eritropoietina produzida por engenharia genética) para Aranesp, a dose inicial de Aranesp (microgramas por semana) pode ser calculada dividindo a sua dose total semanal de r-HuEPO (UI por semana) por 200. A via de administração é a mesma de r-HuEPO e o seu médico dir-lhe-á quanto deve tomar. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é administrado através de uma injecção única sob a pele (via subcutânea), quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas Com o fim de corrigir a sua anemia, a dose inicial será quer 6,75 microgramas (uma vez de três em três semanas) quer 2,25 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder ao tratamento e poderá ajustar a sua dose conforme necessário. O seu tratamento continuará até aproximadamente 4 semanas após o fim da quimioterapia. O seu médico dir-lhe-á exactamente quando pode parar de tomar Aranesp. O seu valor de hemoglobina não deve exceder as 13 g/dl.
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Nalguns casos, o seu médico pode recomendar que tome suplementos de ferro. Administrar a si próprio a injecção de Aranesp O seu médico poderá decidir que é melhor para si administrar você mesmo a injecção de Aranesp. Se assim for, o seu médico ou a enfermeira demonstrarão como injectar Aranesp a si próprio. Não tente injectar a si próprio o medicamento se não foi devidamente treinado. Nunca deve injectar a si mesmo o Aranesp numa veia. Leia a Secção 6 no fim deste folheto para obter mais informações sobre como administrar o Aranesp a si mesmo. Se utilizar mais Aranesp do que deveria Não deverá ter problemas graves se tomar mais Aranesp do que o necessário. Contudo, deverá contactar o seu médico, enfermeira ou farmacêutico se tal ocorrer. No caso de se sentir mal deverá contactar imediatamente o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. Caso se tenha esquecido de tomar o Aranesp No caso de se esquecer de uma dose de Aranesp deverá contactar o seu médico para decidir quando poderá ser administrada a dose seguinte. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, o Aranesp pode ter efeitos secundários. • Se tiver dores de cabeça, nomeadamente enxaqueca súbita e forte, ou começar a sentir-se
confuso e com tonturas, deverá informar imediatamente o seu médico. Estes sintomas podem ser o indício de que houve uma subida súbita da pressão arterial e pode necessitar de tratamento urgente. No entanto, é também possível um aumento da pressão arterial ou um agravar da pressão arterial elevada sem estes sintomas.
• Se estiver a fazer hemodiálise podem formar-se coágulos sanguíneos (trombose) no seu acesso
vascular (canal por onde passa o seu sangue). Esta situação ocorre com maior frequência com uma pressão arterial baixa ou se existirem problemas com a sua fistula.
• Se tiver insuficiência renal crónica pode vir a sentir dor na zona da injecção (unicamente se a
injecção for sob a pele). Este efeito adverso foi observado mais frequentemente com o Aranesp do que com r-HuEPO. Este desconforto é geralmente ligeiro e de curta duração e é mais comum no início do tratamento.
• Se tiver doença oncológica, o tratamento com Aranesp pode resultar num aumento do risco de
dor nas articulações (artralgia), retenção de líquidos (edema periférico), coágulos sanguíneos (formação de trombos) ou dor no local de injecção.
Estes efeitos secundários são comuns acontecer em 1 a 10% dos doentes tratados com Aranesp. Embora raras, podem ocorrer, reacções alérgicas que incluem falta de ar (dispneia), vermelhidão ou comichão. Em doentes com insuficiência renal crónica, foram observados casos isolados, durante o tratamento com Aranesp, de formação de anticorpos neutralizantes contra o Aranesp ou outras proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, associados ou não a aplasia eritróide pura (AEP) (ver secção 2. Antes de utilizar o Aranesp). Caso algum destes efeitos persista ou detecte
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efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DO ARANESP Conservar de 2°C a 8°C (no frigorífico), não congelar. Não utilizar o Aranesp se pensa que este foi congelado. Pode retirar o Aranesp do frigorífico e mantê-lo à temperatura ambiente (até 25 ºC) por um período não superior a 7 dias. Uma vez que uma seringa pré-carregada é retirada do frigorífico e atingiu a temperatura ambiente (até 25 ºC) deve ser utilizada dentro dos próximos 7 dias ou eliminada. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior para proteger da luz. A data de validade do Aranesp encontra-se gravada na caixa e no rótulo da seringa. Não utilize Aranesp após essa data, isto é, após o último dia do mês em referência. Tal como qualquer outro medicamento, deverá manter Aranesp longe da vista e do alcance das crianças. 6. INFORMAÇÃO SOBRE COMO ADMINISTRAR O MEDICAMENTO A SI PRÓPRIO Esta secção contém informação sobre como deve injectar o Aranesp a si próprio. É importante salientar que não deve tentar injectar-se se não tiver recebido o devido treino por parte do seu médico ou enfermeira. É também importante que elimine a seringa usada num recipiente próprio que não seja perfurável. Se tiver alguma dúvida sobre a auto-administração deve contactar o seu médico ou enfermeira para obter os esclarecimentos necessários. Como injecto o Aranesp a mim próprio? Você necessitará de administrar a si próprio uma injecção quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas, uma vez de três em três semanas, ou uma vez por mês, sempre no mesmo dia e no tecido sob a pele. Este processo é conhecido como uma injecção subcutânea. O seu médico ou enfermeira informam-no sobre qual a dose de Aranesp de que necessita e com que frequência devem ser administradas as injecções. Equipamento de que necessita Para administrar a si próprio uma injecção irá necessitar de: • Uma seringa pré-carregada de Aranesp; • Compressas embebidas em álcool ou similar; • Um contentor resistente (recipiente de plástico fornecido pelo hospital ou farmácia) para deitar
fora de forma segura as seringas. O que devo fazer antes de administrar a mim próprio uma injecção subcutânea de Aranesp? 1. Retirar a seringa pré-carregada de Aranesp do frigorífico. 2. Não agitar a seringa pré-carregada. 3. Verificar se tem a dose correcta que o seu médico lhe prescreveu.
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4. Verificar a data de validade no rótulo da seringa pré-carregada (EXP:). Não utilize se a data já
tiver expirado, isto é, se já tiver passado o último dia do mês em referência. 5. Verificar o aspecto do Aranesp. O Aranesp deve ser um líquido transparente, ou com um ligeiro
tom pérola. Se estiver turvo ou com partículas no interior, não deverá utilizá-lo. 6. Para uma administração mais confortável da injecção, deixe ficar a seringa pré-carregada
durante 30 minutos à temperatura ambiente ou segure cuidadosamente a seringa na sua mão por alguns minutos. Não aqueça o Aranesp de outra forma que não as indicadas (por exemplo no microondas ou em água quente).
7. Não remover a protecção da seringa até estar pronto para a injecção. 8. Lavar bem as mãos. 9. Instale-se num local confortável, bem iluminado, e coloque tudo o que necessita ao seu alcance
(a seringa pré-carregada de Aranesp, as compressas embebidas em álcool e o contentor para eliminação da seringa).
Como devo preparar a minha injecção de Aranesp? Antes de injectar Aranesp deve seguir os seguintes passos: 1. Segure no canhão da seringa e retire suavemente a protecção da agulha
sem torcer. Puxe a direito tal como mostram as figuras 1 e 2. Não toque na agulha nem empurre o êmbolo.
2. Pode existir uma pequena bolha de ar no interior da seringa pré-
carregada. Não tem de remover a bolha de ar antes da injecção. É inofensivo injectar a solução com a bolha de ar.
3. Poderá agora utilizar a seringa pré-carregada. Onde devo administrar a injecção?
Os locais ideais para administrar a si próprio a injecção são os seguintes: • na parte superior das ancas; e • no abdómen, excepto a zona à volta do umbigo. Alterne os locais onde administra a injecção de forma a não ficar dorido em nenhuma delas. Se for outra pessoa a administrar a injecção, esta poderá ser administrada também na parte de trás do braço.
Como administro a injecção? 1. Desinfecte a pele, limpando com uma compressa embebida em álcool, e agarre a pele entre o
dedo polegar e o indicativo sem apertar. 2. Espete a agulha na pele como demonstrado pelo seu enfermeiro ou médico. 3. Puxe levemente o êmbolo de forma a verificar que não perfurou nenhuma veia. Se entrar sangue
para dentro da seringa retire a agulhe e espete-a num sítio diferente.
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4. Injecte o líquido devagar e numa velocidade constante, segurando sempre a pele entre os dois
dedos. 5. Após injectar o líquido, retire a agulha e liberte a pele. 6. Cada seringa deverá ser utilizada apenas para uma injecção. Não utilize qualquer quantidade de
Aranesp que ficar na seringa. Lembre-se Se tiver alguma problema ou dúvida não hesite em contactar o seu médico ou enfermeira para obter esclarecimentos. Eliminação das seringas usadas • Não volte a colocar a tampa em seringas utilizadas. • Coloque as seringas utilizadas no contentor próprio não perfurável e mantenha-o longe da vista
e alcance das crianças. • Elimine o contentor, seguindo as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico, enfermeira ou
farmacêutico. • Nunca coloque as seringas utilizadas no caixote do lixo que utiliza em sua casa. Outras informações Se necessitar de informação adicional sobre este medicamento deverá contactar o representante local da companhia autorizada a comercializar o Aranesp. België/Belgique/Belgien s.a. Amgen n.v. Arianelaan 5, Avenue Ariane B-1200 Brussel – Bruxelles - Brüssel Tél: +32 (0)2 7752711
Luxembourg/Luxemburg s.a. Amgen Avenue Ariane 5 B-1200 Bruxelles - Brüssel Belgique/Belgien Tél: +32 (0)2 7752711
Česká republika Amgen s.r.o Klimentská 46 110 02 Praha 1 Česká republika Tel :+420 2 21 773 500
Magyarország Amgen Kft. Bank Centre 1054 Budapest Szabadság tér 7. sz. Magyarország Tel. : +36 1 35 44 700
Danmark Amgen filial af Amgen AB, Sverige Strandvejen 70 DK-2900 Hellerup Tlf: +45 39617500
Malta Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel : 31 (0) 76 5732500
367
Deutschland AMGEN GmbH Hanauer Str.1 D-80992 München Tel: +49 (0)89 1490960
Nederland Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel: +31 (0) 76 5732500
Eesti Amgen Switzerland AG Eesti filiaal Tornimäe 2 Tallinn 10145 Tallinn Eesti Tel: + 372 5125 501
Norge Amgen AB Norsk avdeling av utenlandsk foretak Kronprinsens gate 1 N-0251 Oslo Tel:+47 23308000
Ελλάδα Genesis Pharma S.A. Φιλελλήνων 24 GR-152 32 Χαλάνδρι Αθήνα Τηλ.: +30 210 6856860
Österreich Amgen GmbH Prinz-Eugen-Straße 8-10 A-1040 Wien Tel: +43 (0) 1 50 217
España Amgen S.A. World Trade Center Barcelona, Moll de Barcelona s/n Edifici Sud, 8a planta E-08039 Barcelona Tel: +34 93 600 19 00
Polska Amgen Sp. z o.o. Al. Jana Pawła II 25 00-854 Warszawa Polska Tel.: +48 22 581 3000
France Amgen S.A.S 62 Bd Victor Hugo F-92523 Neuilly-sur-Seine Cedex Tél: +33 (0)1 40 88 27 00
Portugal AMGEN Biofarmacêutica, Lda. Tagus Park – Parque de Ciência e Tecnologia Edificio Eastécnica P-2780-920 Porto Salvo Tel: +351 21 4220550
Ireland Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD – UK United Kingdom Tel: Freephone 1 800 535160
Suomi/Finland Amgen AB, sivuliike Suomessa/Amgen AB, filial i Finland Keilaranta/Kägelstranden 16 PL/Box 86 FIN-02101 Espoo/Esbo Puh/Tel: +358 (0)9 54900500
Ísland Vistor hf. Hörgatúni 2 IS-210 Garðabær Sími: +354 535 7000
Slovenská republika Amgen Switzerland AG, Slovakia Organizačná zložka Nam. 1. maja 11 811 06 Bratislava Slovenská republika Tel : +42 1 25939 6456
368
Italia Amgen S.p.A. Via Tazzoli, 6 I-20154 Milano Tel: +39 02 6241121
Slovenija Amgen Switzerland AG, Podružnica Ljubljana BTC City Šmartinska 140 Ljubljana Slovenija Tel : +386 1 585 1767
Kύπρος Genesis Pharma (Cyprus) Ltd Λεωφ. Κέννεντυ 8, ∆ιαµ. 106 1087 Λευκωσία Τηλ.: +357 22 76 99 46
Sverige Amgen AB Rålambsvägen 17 Box 34107 S-100 26 Stockholm Tel: +46 (0)8 6951100
Latvija Amgen Switzerland AG Rigas filiale Blaumaņa 5A Rīga LV-1011 Latvija Tel : + 371 9284 807
United Kingdom Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD - UK Tel: +44 (0)1223 436422
Lietuva Amgen Switzerland AG Rīgas filiāle V.Kudirkos 22-1 LT-2001 Vilnius Lietuva Tel. + 370 6983 6600
Este folheto informativo foi revisto pela última vez em
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FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico assistente ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Neste folheto 1. O que é o Aranesp e para que é utilizado 2. Antes de utilizar o Aranesp 3. Como utilizar o Aranesp 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Aranesp 6. Informação sobre como administrar o medicamento a si próprio Aranesp 15 microgramas Aranesp 25 microgramas Aranesp 40 microgramas Aranesp 60 microgramas solução injectável em frascos para injectáveis darbepoetin alfa O Aranesp é fornecido em frasco para injectáveis contendo 15, 25, 40 ou 60 microgramas da substância activa: darbepoetin alfa. O Aranesp também contém fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. O Aranesp está disponível em embalagens de 1 e 4 frascos para injectáveis (podem não estar comercializadas todas as embalagens) Quem é responsável pelo Aranesp? A empresa autorizada a fabricar e comercializar o Aranesp é: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda 1. O QUE É O ARANESP E PARA QUE É UTILIZADO O seu médico prescreveu-lhe Aranesp (um antianémico) para o tratamento da sua anemia. A anemia manifesta-se quando o seu sangue não contém o número suficiente de glóbulos vermelhos e os sintomas podem ser fadiga, fraqueza e dificuldade em respirar.
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Aranesp actua exactamente como a hormona natural eritropoietina. A eritropoietina é produzida nos rins e estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos. A substância activa de Aranesp é a darbepoetin alfa produzida por tecnologia genética em células do ovário do hamster chinês (CHO-K1). Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é utilizado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica (mau funcionamento do rim) em adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Na insuficiência renal, o rim não produz a quantidade suficiente da hormona natural eritropoietina, que pode frequentemente provocar anemia. O seu corpo demorará algum tempo a produzir mais glóbulos vermelhos, pelo que levará cerca de quatro semanas até notar algum efeito. A sua rotina normal de diálise não afectará a capacidade do Aranesp tratar a sua anemia. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é utilizado para tratar a anemia sintomática em doentes oncológicos adultos doença maligna não-mielóide que estão a ser submetidos a quimioterapia. Um dos principais efeitos secundários da quimioterapia é o de parar a produção da quantidade suficiente de células sanguíneas pela medula óssea. Inicialmente, somente os glóbulos brancos parecem ser afectados. Este facto é devido a os eritrócitos terem uma duração de vida muito mais longa no sangue circulante. Para o fim do seu tratamento de quimioterapia, especialmente se tiver recebido muita quimioterapia, a contagem de glóbulos vermelhos pode diminuir, fazendo com que fique anémico. 2. ANTES DE UTILIZAR O ARANESP Não utilize o Aranesp: • se a sua tensão arterial estiver mal controlada, ou • se é alérgico ao Aranesp (darbepoetin alfa), r-HuEPO ou a qualquer outro ingrediente do
Aranesp. Por favor diga ao seu médico Se sofre ou já sofreu de: • pressão arterial elevada que não está a ser controlada com outros medicamentos prescritos pelo
seu médico; • anemia das células falciformes; • ataques epilépticos (convulsões); • doenças do fígado; ou • Ausência de resposta significativa a fármacos utilizados para tratar a anemia
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Precauções especiais • Foram reportados casos de aplasia eritróide pura causada por anticorpos anti-eritropoietina em
doentes tratados com proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetin alfa. Aplasia eritróide pura significa que o organismo parou ou reduziu a produção de glóbulos vermelhos. Esta situação causa anemia grave, que pode originar sintomas como cansaço pouco habitual e falta de energia. Se sentir estes sintomas deve contactar o seu médico. Se o seu organismo produzir anticorpos neutralizantes, o seu médico irá interromper o tratamento com Aranesp e determinar a melhor forma para tratar a sua anemia (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis).
• O uso indevido por pessoas saudáveis pode causar problemas de coração ou de circulação
sanguínea que podem pôr em risco a vida. • Se é um doente oncológico, fique ciente que Aranesp pode actuar como factor de crescimento.
Por favor, fale sobre este assunto com o seu médico. Utilizar o Aranesp com alimentos e bebidas Os alimentos e as bebidas não afectam o Aranesp. Gravidez e aleitamento O Aranesp não foi testado em mulheres grávidas. É importante que informe o seu médico se: • estiver grávida; • pensa poder estar grávida; ou • planeia engravidar Não se sabe se a darbepoetin alfa é excretada no leite humano. Deve interromper o aleitamento se for utilizar o Aranesp. Condução de veículos e utilização de máquinas O Aranesp não deve afectar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. Utilizar o Aranesp com outros medicamentos Como com todos os medicamentos, informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Os resultados clínicos obtidos até ao momento não indicam a existência de nenhuma interacção medicamentosa com Aranesp. No entanto, a ciclosporina e o tacrolimus podem ser afectados pelo número de glóbulos vermelhos no seu sangue. É importante que diga ao seu médico se estiver a tomar algum destes medicamentos. 3. COMO UTILIZAR O ARANESP Após análises de sangue, o seu médico decidiu que precisa de Aranesp. Ele determinará a quantidade correcta de Aranesp que irá tomar.
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Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é administrado por uma única injecção, quer uma vez por semana, uma vez de duas em duas semanas, ou uma vez de mês a mês: • sob a pele (subcutânea); ou • dentro da veia (intravenosa). O seu médico decidirá a melhor via de administração para si. Com o objectivo de corrigir a sua anemia, a sua dose inicial será quer 0,75 microgramas (uma vez de duas em duas semanas) quer 0,45 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do seu peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder e poderá ajustar a sua dose uma vez de 4 em 4 semanas conforme seja necessário. Uma vez que a sua anemia esteja corrigida, o seu médico continuará a controlar regularmente o seu sangue e a sua dose pode ser ajustada de forma a manter o controle da sua anemia a longo prazo. Se tiver estado a receber uma dose de Aranesp de duas em duas semanas, o seu médico pode alterar-lhe a dose para uma única administração de mês a mês. A sua pressão arterial será também controlada regularmente, particularmente no início do seu tratamento. Em alguns casos, o seu médico poderá pedir-lhe que tome um suplemento de ferro. O seu médico poderá decidir alterar a forma como a injecção lhe é administrada (sob a pele ou dentro da veia). Neste caso, começará com a nova via de administração na mesma dose que tem vindo a tomar e o seu médico tirará amostras de sangue para assegurar que a sua anemia continua a ser correctamente tratada. Se o seu médico decidiu alterar o seu tratamento de r-HuEPO (eritropoietina produzida por engenharia genética) para Aranesp, a dose inicial de Aranesp (microgramas por semana) pode ser calculada dividindo a sua dose total semanal de r-HuEPO (UI por semana) por 200. A via de administração é a mesma de r-HuEPO e o seu médico dir-lhe-á quanto deve tomar. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é administrado através de uma injecção única sob a pele (via subcutânea), quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas Com o fim de corrigir a sua anemia, a dose inicial será quer 6,75 microgramas (uma vez de três em três semanas) quer 2,25 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder ao tratamento e poderá ajustar a sua dose conforme necessário. O seu tratamento continuará até aproximadamente 4 semanas após o fim da quimioterapia. O seu médico dir-lhe-á exactamente quando pode parar de tomar Aranesp. O seu valor de hemoglobina não deve exceder as 13g/dl. Nalguns casos, o seu médico pode recomendar que tome suplementos de ferro.
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Administrar a si próprio a injecção de Aranesp O seu médico poderá decidir que é melhor para si administrar você mesmo a injecção de Aranesp. Se assim for, o seu médico ou a enfermeira demonstrarão como injectar Aranesp a si próprio. Não tente injectar a si próprio o medicamento se não foi devidamente treinado. Nunca deve injectar a si mesmo o Aranesp numa veia. Leia a Secção 6 no fim deste folheto para obter mais informações sobre como administrar o Aranesp a si mesmo. Se utilizar mais Aranesp do que deveria Não deverá ter problemas graves se tomar mais Aranesp do que o necessário. Contudo, deverá contactar o seu médico, enfermeira ou farmacêutico se tal ocorrer. No caso de se sentir mal deverá contactar imediatamente o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. Caso se tenha esquecido de tomar o Aranesp No caso de se esquecer de uma dose de Aranesp deverá contactar o seu médico para decidir quando poderá ser administrada a dose seguinte. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, o Aranesp pode ter efeitos secundários. • Se tiver dores de cabeça, nomeadamente enxaqueca súbita e forte, ou começar a sentir-se
confuso e com tonturas, deverá informar imediatamente o seu médico. Estes sintomas podem ser o indício de que houve uma subida súbita da pressão arterial e pode necessitar de tratamento urgente. No entanto, é também possível um aumento da pressão arterial ou um agravar da pressão arterial elevada sem estes sintomas.
• Se estiver a fazer hemodiálise podem formar-se coágulos sanguíneos (trombose) no seu acesso
vascular (canal por onde passa o seu sangue). Esta situação ocorre com maior frequência com uma pressão arterial baixa ou se existirem problemas com a sua fistula.
• Se tiver insuficiência renal crónica pode vir a sentir dor na zona da injecção (unicamente se a
injecção for sob a pele). Este efeito adverso foi observado mais frequentemente com o Aranesp do que com r-HuEPO. Este desconforto é geralmente ligeiro e de curta duração e é mais comum no início do tratamento.
• Se tiver doença oncológica, o tratamento com Aranesp pode resultar num aumento do risco de
dor nas articulações (artralgia), retenção de líquidos (edema periférico), coágulos sanguíneos (formação de trombos) ou dor no local de injecção.
Estes efeitos secundários são comuns acontecer em 1 a 10% dos doentes tratados com Aranesp. Embora raras, podem ocorrer, reacções alérgicas que incluem falta de ar (dispneia) vermelhidão ou comichão. Em doentes com insuficiência renal crónica, foram observados casos isolados, durante o tratamento com Aranesp, de formação de anticorpos neutralizantes contra o Aranesp ou outras proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, associados ou não a aplasia eritróide pura (AEP) (ver secção 2. Antes de utilizar o Aranesp). Caso algum destes efeitos persista ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeira ou farmacêutico.
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5. CONSERVAÇÃO DO ARANESP Conservar de 2°C a 8°C (no frigorífico), não congelar. Não utilizar o Aranesp se pensa que este foi congelado. Pode retirar o Aranesp do frigorífico e mantê-lo à temperatura ambiente (até 25 ºC) por um período não superior a 7 dias. Uma vez que uma seringa pré-carregada é retirada do frigorífico e atingiu a temperatura ambiente (até 25 ºC) deve ser utilizada dentro dos próximos 7 dias ou eliminada. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior para proteger da luz. A data de validade do Aranesp encontra-se gravada na caixa e no rótulo da seringa. Não utilize Aranesp após essa data, isto é, após o último dia do mês em referência. Tal como qualquer outro medicamento, deverá manter Aranesp longe da vista e do alcance das crianças. 6. INFORMAÇÃO SOBRE COMO ADMINISTRAR O MEDICAMENTO A SI PRÓPRIO Esta secção contém informação sobre como deve injectar o Aranesp a si próprio. É importante salientar que não deve tentar injectar-se se não tiver recebido o devido treino por parte do seu médico ou enfermeira. É também importante que elimine a seringa usada num recipiente próprio que não seja perfurável. Se tiver alguma dúvida sobre a auto-administração deve contactar o seu médico ou enfermeira para obter os esclarecimentos necessários. Como injecto o Aranesp a mim próprio? Você necessitará de administrar a si próprio uma injecção quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas, uma vez de três em três semanas, ou uma vez por mês, sempre no mesmo dia e no tecido sob a pele. Este processo é conhecido como uma injecção subcutânea. O seu médico ou enfermeira informam-no sobre qual a dose de Aranesp de que necessita e com que frequência devem ser administradas as injecções. que necessita. Equipamento de que necessita Para administrar a si próprio uma injecção irá necessitar de: • Um frasco para injectáveis de Aranesp; • Agulhas e seringas esterilizadas; • Compressas embebidas em álcool ou similar; • Um contentor resistente (recipiente de plástico fornecido pelo hospital ou farmácia) para deitar
fora de forma segura as agulhas. O que devo fazer antes de administrar a mim próprio uma injecção subcutânea de Aranesp? 1. Retirar o frasco para injectáveis de Aranesp do frigorífico. 2. Não agitar o frasco para injectáveis. 3. Verificar se tem a dose correcta que o seu médico lhe prescreveu.
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4. Verificar a data de validade no rótulo do frasco para injectáveis (EXP.). Não utilize se a data já tiver expirado, isto é, se já tiver passado o último dia do mês em referência.
5. Verificar o aspecto do Aranesp. O Aranesp deve ser um líquido transparente, ou com um ligeiro
tom pérola. Se estiver turvo ou com partículas no interior, não deverá utilizá-lo. 6. Para uma administração mais confortável da injecção, deixe ficar o frasco para injectáveis
durante 30 minutos à temperatura ambiente ou segure cuidadosamente a seringa na sua mão por alguns minutos. Não aqueça o Aranesp de outra forma que não as indicadas (por exemplo no microondas ou em água quente).
7. Lavar bem as mãos. 8. Instale-se num local confortável, bem iluminado, e coloque tudo o que necessita ao seu alcance
(o frasco para injectáveis de Aranesp, seringas, agulhas, as compressas embebidas em álcool e o contentor para eliminação das agulhas).
Como devo preparar a minha injecção de Aranesp? 1. Remova a cobertura de plástico do frasco para injectáveis, puxando-a para cima e expondo a
tampa de borracha. 2. Limpe a tampa de borracha com uma compressa embebida em álcool. 3. Retire as seringas e agulhas das suas embalagens. Coloque a agulha mais longa na seringa e
remova a cobertura. Não toque na agulha. 4. Puxe para fora o êmbolo da seringa, enchendo a seringa de ar com o volume prescrito pelo seu
médico. 5. Perfure a tampa de borracha do frasco para injectáveis com a agulha e esvazie o ar da seringa
para dentro do frasco para injectáveis, empurrando o êmbolo. Vire o frasco para injectáveis ao contrário, puxe o êmbolo e encha a seringa com a quantidade correcta de líquido. É importante que a agulha esteja sempre mergulhada no líquido para prevenir a formação de bolhas de ar dentro da seringa.
6. Remova a agulha do frasco para injectáveis. Retire a agulha da seringa. Elimine a agulha e o
frasco para injectáveis (mesmo que ainda contenha algum líquido) num contentor próprio não perfurável.
7. Ponha a agulha mais curta na seringa e remova a cobertura. Não toque na agulha. 8. Segure a seringa com a agulha virada para cima e verifique se o seu interior contém bolhas de
ar. Se tiver, carregue levemente no êmbolo até retirar todo o ar mas nenhum líquido. A seringa está agora pronta a ser utilizada. Onde devo administrar a injecção?
Os locais ideais para administrar a si próprio a injecção são os seguintes: • na parte superior das ancas; e • no abdómen, excepto a zona à volta do umbigo.
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Alterne os locais onde administra a injecção de forma a não ficar dorido em nenhuma delas. Se for outra pessoa a administrar a injecção, esta poderá ser administrada também na parte de trás do braço. Como administro a injecção? 1. Desinfecte a pele, limpando com uma compressa embebida em álcool, e agarre a pele entre o
dedo polegar e o indicativo sem apertar. 2. Espete a agulha na pele como demonstrado pelo seu enfermeiro ou médico. 3. Puxe levemente o êmbolo de forma a verificar que não perfurou nenhuma veia. Se entrar sangue
para dentro da seringa retire a agulhe e espete-a num sítio diferente. 4. Injecte o líquido devagar e numa velocidade constante, segurando sempre a pele entre os dois
dedos. 5. Após injectar o líquido, retire a agulha e liberte a pele. 6. Cada seringa deverá ser utilizada apenas para uma injecção. Não utilize qualquer quantidade de
Aranesp que ficar na seringa. Lembre-se Se tiver alguma problema ou dúvida não hesite em contactar o seu médico ou enfermeira para obter esclarecimentos. Eliminação das seringas usadas • Não volte a colocar a tampa em agulhas utilizadas. • Coloque as seringas e frascos para injectáveis utilizados no contentor próprio não perfurável e
mantenha-o longe da vista e alcance das crianças. • Elimine o contentor, seguindo as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico, enfermeira ou
farmacêutico. • Nunca coloque as seringas utilizadas no caixote do lixo que utiliza em sua casa. Outras informações Se necessitar de informação adicional sobre este medicamento deverá contactar o representante local da companhia autorizada a comercializar o Aranesp. België/Belgique/Belgien s.a. Amgen n.v. Arianelaan 5, Avenue Ariane B-1200 Brussel – Bruxelles - Brüssel Tél: +32 (0)2 7752711
Luxembourg/Luxemburg s.a. Amgen Avenue Ariane 5 B-1200 Bruxelles - Brüssel Belgique/Belgien Tél: +32 (0)2 7752711
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Česká republika Amgen s.r.o Klimentská 46 110 02 Praha 1 Česká republika Tel :+420 2 21 773 500
Magyarország Amgen Kft. Bank Centre 1054 Budapest Szabadság tér 7. sz. Magyarország Tel. : +36 1 35 44 700
Danmark Amgen filial af Amgen AB, Sverige Strandvejen 70 DK-2900 Hellerup Tlf: +45 39617500
Malta Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel : 31 (0) 76 5732500
Deutschland AMGEN GmbH Hanauer Str.1 D-80992 München Tel: +49 (0)89 1490960
Nederland Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel: +31 (0) 76 5732500
Eesti Amgen Switzerland AG Eesti filiaal Tornimäe 2 Tallinn 10145 Tallinn Eesti Tel: + 372 5125 501
Norge Amgen AB Norsk avdeling av utenlandsk foretak Kronprinsens gate 1 N-0251 Oslo Tel:+47 23308000
Ελλάδα Genesis Pharma S.A. Φιλελλήνων 24 GR-152 32 Χαλάνδρι Αθήνα Τηλ.: +30 210 6856860
Österreich Amgen GmbH Prinz-Eugen-Straße 8-10 A-1040 Wien Tel: +43 (0) 1 50 217
España Amgen S.A. World Trade Center Barcelona, Moll de Barcelona s/n Edifici Sud, 8a planta E-08039 Barcelona Tel: +34 93 600 19 00
Polska Amgen Sp. z o.o. Al. Jana Pawła II 25 00-854 Warszawa Polska Tel.: +48 22 581 3000
France Amgen S.A.S 62 Bd Victor Hugo F-92523 Neuilly-sur-Seine Cedex Tél: +33 (0)1 40 88 27 00
Portugal AMGEN Biofarmacêutica, Lda. Tagus Park – Parque de Ciência e Tecnologia Edificio Eastécnica P-2780-920 Porto Salvo Tel: +351 21 4220550
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Ireland Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD – UK United Kingdom Tel: Freephone 1 800 535160
Suomi/Finland Amgen AB, sivuliike Suomessa/Amgen AB, filial i Finland Keilaranta/Kägelstranden 16 PL/Box 86 FIN-02101 Espoo/Esbo Puh/Tel: +358 (0)9 54900500
Ísland Vistor hf. Hörgatúni 2 IS-210 Garðabær Sími: +354 535 7000
Slovenská republika Amgen Switzerland AG, Slovakia Organizačná zložka Nam. 1. maja 11 811 06 Bratislava Slovenská republika Tel : +42 1 25939 6456
Italia Amgen S.p.A. Via Tazzoli, 6 I-20154 Milano Tel: +39 02 6241121
Slovenija Amgen Switzerland AG, Podružnica Ljubljana BTC City Šmartinska 140 Ljubljana Slovenija Tel : +386 1 585 1767
Kύπρος Genesis Pharma (Cyprus) Ltd Λεωφ. Κέννεντυ 8, ∆ιαµ. 106 1087 Λευκωσία Τηλ.: +357 22 76 99 46
Sverige Amgen AB Rålambsvägen 17 Box 34107 S-100 26 Stockholm Tel: +46 (0)8 6951100
Latvija Amgen Switzerland AG Rigas filiale Blaumaņa 5A Rīga LV-1011 Latvija Tel : + 371 9284 807
United Kingdom Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD - UK Tel: +44 (0)1223 436422
Lietuva Amgen Switzerland AG Rīgas filiāle V.Kudirkos 22-1 LT-2001 Vilnius Lietuva Tel. + 370 6983 6600
Este folheto informativo foi revisto pela última vez em
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FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico assistente ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Neste folheto 1. O que é o Aranesp e para que é utilizado 2. Antes de utilizar o Aranesp 3. Como utilizar o Aranesp 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação do Aranesp 6. Informação sobre como administrar o medicamento a si próprio Aranesp 10 microgramas Aranesp 15 microgramas Aranesp 20 microgramas Aranesp 30 microgramas Aranesp 40 microgramas Aranesp 50 microgramas Aranesp 60 microgramas Aranesp 80 microgramas Aranesp 100 microgramas Aranesp 150 microgramas Aranesp 300 microgramas Aranesp 500 microgramas solução injectável em caneta pré-carregada darbepoetin alfa O Aranesp (SureClick) é fornecido numa caneta pré-carregada contendo 10, 15, 20, 30 40, 50, 60, 80, 100, 150, 300 ou 500 microgramas da substância activa: darbepoetin alfa. O Aranesp também contém fosfato de sódio monobásico, fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, polissorbato 80 e água para injectáveis. O Aranesp (SureClick) está disponível em embalagens de 1 caneta pré-carregada . Quem é responsável pelo Aranesp? A empresa autorizada a fabricar e comercializar o Aranesp é: Amgen Europe B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Holanda
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1. O QUE É O ARANESP E PARA QUE É UTILIZADO O seu médico prescreveu-lhe Aranesp (um antianémico) para o tratamento da sua anemia. A anemia manifesta-se quando o seu sangue não contém o número suficiente de glóbulos vermelhos e os sintomas podem ser fadiga, fraqueza e dificuldade em respirar. Aranesp actua exactamente como a hormona natural eritropoietina. A eritropoietina é produzida nos rins e estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos. A substância activa de Aranesp é a darbepoetin alfa produzida por tecnologia genética em células do ovário do hamster chinês (CHO-K1). Se tiver insuficiência renal crónica O Aranesp é utilizado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crónica (mau funcionamento do rim) em adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Na insuficiência renal, o rim não produz a quantidade suficiente da hormona natural eritropoietina, que pode frequentemente provocar anemia. O seu corpo demorará algum tempo a produzir mais glóbulos vermelhos, pelo que levará cerca de quatro semanas até notar algum efeito. A sua rotina normal de diálise não afectará a capacidade do Aranesp tratar a sua anemia. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é utilizado para tratar a anemia sintomática em doentes oncológicos adultos doença maligna não-mielóide que estão a ser submetidos a quimioterapia. Um dos principais efeitos secundários da quimioterapia é o de parar a produção da quantidade suficiente de células sanguíneas pela medula óssea. Inicialmente, somente os glóbulos brancos parecem ser afectados. Este facto é devido a os eritrócitos terem uma duração de vida muito mais longa no sangue circulante. Para o fim do seu tratamento de quimioterapia, especialmente se tiver recebido muita quimioterapia, a contagem de glóbulos vermelhos pode diminuir, fazendo com que fique anémico. 2. ANTES DE UTILIZAR O ARANESP Não utilize o Aranesp: • se a sua tensão arterial estiver mal controlada, ou • se é alérgico ao Aranesp (darbepoetin alfa), r-HuEPO ou a qualquer outro ingrediente do
Aranesp. Por favor diga ao seu médico Se sofre ou já sofreu de: • pressão arterial elevada que não está a ser controlada com outros medicamentos prescritos pelo
seu médico; • anemia das células falciformes; • ataques epilépticos (convulsões); • doenças do fígado; ou
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• Ausência de resposta significativa a fármacos utilizados para tratar a anemia Precauções especiais • Foram reportados casos de aplasia eritróide pura causada por anticorpos anti-eritropoietina em
doentes tratados com proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, incluindo a darbepoetin alfa. Aplasia eritróide pura significa que o organismo parou ou reduziu a produção de glóbulos vermelhos. Esta situação causa anemia grave, que pode originar sintomas como cansaço pouco habitual e falta de energia. Se sentir estes sintomas deve contactar o seu médico. Se o seu organismo produzir anticorpos neutralizantes, o seu médico irá interromper o tratamento com Aranesp e determinar a melhor forma para tratar a sua anemia (ver secção 4. Efeitos secundários possíveis).
• O uso indevido por pessoas saudáveis pode causar problemas de coração ou de circulação
sanguínea que podem pôr em risco a vida. • Se é um doente oncológico, fique ciente que Aranesp pode actuar como factor de crescimento.
Por favor, fale sobre este assunto com o seu médico. Utilizar o Aranesp com alimentos e bebidas Os alimentos e as bebidas não afectam o Aranesp. Gravidez e aleitamento O Aranesp não foi testado em mulheres grávidas. É importante que informe o seu médico se: • estiver grávida; • pensa poder estar grávida; ou • planeia engravidar Não se sabe se a darbepoetin alfa é excretada no leite humano. Deve interromper o aleitamento se for utilizar o Aranesp. Condução de veículos e utilização de máquinas O Aranesp não deve afectar a capacidade de condução ou de utilização de máquinas. Utilizar o Aranesp com outros medicamentos Como com todos os medicamentos, informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Os resultados clínicos obtidos até ao momento não indicam a existência de nenhuma interacção medicamentosa com Aranesp. No entanto, a ciclosporina e o tacrolimus podem ser afectados pelo número de glóbulos vermelhos no seu sangue. É importante que diga ao seu médico se estiver a tomar algum destes medicamentos.
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3. COMO UTILIZAR A CANETA PRÉ-CARREGADA DE ARANESP Após análises de sangue, o seu médico decidiu que precisa de Aranesp. Ele determinará a quantidade correcta de Aranesp que irá tomar. Segundo determinação do seu médico, a sua injecção deverá ser administrada sob a pele (por via subcutânea), por isso, pode usar a caneta pré-carregada de Aranesp. Se tiver insuficiência renal crónica • O Aranesp em caneta pré-carregada é administrado por uma única injecção, uma vez por
semana, ou uma vez a cada duas semanas, ou uma vez por mês. Com o objectivo de corrigir a sua anemia, a sua dose inicial será quer 0,75 microgramas (uma vez de duas em duas semanas) quer 0,45 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do seu peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder e poderá ajustar a sua dose uma vez de 4 em 4 semanas conforme seja necessário. Uma vez que a sua anemia esteja corrigida, o seu médico continuará a controlar regularmente o seu sangue e a sua dose pode ser ajustada de forma a manter o controle da sua anemia a longo prazo. Se tiver estado a receber uma dose de Aranesp de duas em duas semanas, o seu médico pode alterar-lhe a dose para uma única administração de mês a mês. A sua pressão arterial será também controlada regularmente, particularmente no início do seu tratamento. Em alguns casos, o seu médico poderá pedir-lhe que tome um suplemento de ferro. O seu médico poderá decidir alterar a forma como a injecção lhe é administrada (deixar de administrar sob a pele e passar a administrar dentro da veia). Neste caso, começará com a nova via de administração na mesma dose que tem vindo a tomar e o seu médico tirará amostras de sangue para assegurar que a sua anemia continua a ser correctamente tratada. Se o seu médico decidiu alterar o seu tratamento de r-HuEPO (eritropoietina produzida por engenharia genética) para Aranesp, a dose inicial de Aranesp (microgramas por semana) pode ser calculada dividindo a sua dose total semanal de r-HuEPO (UI por semana) por 200. A via de administração é a mesma de r-HuEPO e o seu médico dir-lhe-á quanto deve tomar. Se estiver a ser submetido a quimioterapia Aranesp é administrado através de uma injecção única sob a pele (via subcutânea), quer uma vez por semana, quer uma vez a cada três semanas. Com o fim de corrigir a sua anemia, a dose inicial será quer 6,75 microgramas (uma vez de três em três semanas) quer 2,25 microgramas (uma vez por semana) de Aranesp por quilograma do peso corporal. O seu médico tirar-lhe-á regularmente amostras de sangue para avaliar como a sua anemia está a responder ao tratamento e poderá ajustar a sua dose conforme necessário. O seu tratamento continuará até aproximadamente 4 semanas após o fim da quimioterapia. O seu médico dir-lhe-á exactamente quando pode parar de tomar Aranesp. O seu valor de hemoglobina não deve exceder as 13 g/dl. Nalguns casos, o seu médico pode recomendar que tome suplementos de ferro.
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Administrar a si próprio a injecção de Aranesp O seu médico decidiu que é melhor para si administrar você mesmo a injecção de Aranesp. Se assim for, o seu médico ou a enfermeira demonstrarão como injectar Aranesp a si próprio com a caneta pré-carregada. Não tente injectar a si próprio o medicamento se não foi devidamente treinado. Nunca deve injectar a si mesmo o Aranesp numa veia. A caneta pré-carregada está desenhada unicamente para injecções sob a sua pele. Leia a Secção 6 no fim deste folheto para obter mais informações sobre como administrar a si mesmo com a caneta pré-carregada. Se utilizar mais Aranesp do que deveria Não deverá ter problemas graves se tomar mais Aranesp do que o necessário. Contudo, deverá contactar o seu médico, enfermeira ou farmacêutico se tal ocorrer. No caso de se sentir mal deverá contactar imediatamente o seu médico, enfermeira ou farmacêutico. Caso se tenha esquecido de tomar o Aranesp No caso de se esquecer de uma dose de Aranesp deverá contactar o seu médico para decidir quando poderá ser administrada a dose seguinte. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS Como todos os medicamentos, o Aranesp pode ter efeitos secundários. • Se tiver dores de cabeça, nomeadamente enxaqueca súbita e forte, ou começar a sentir-se
confuso e com tonturas, deverá informar imediatamente o seu médico. Estes sintomas podem ser o indício de que houve uma subida súbita da pressão arterial e pode necessitar de tratamento urgente. No entanto, é também possível um aumento da pressão arterial ou um agravar da pressão arterial elevada sem estes sintomas.
• Se estiver a fazer hemodiálise podem formar-se coágulos sanguíneos (trombose) no seu acesso
vascular (canal por onde passa o seu sangue). Esta situação ocorre com maior frequência com uma pressão arterial baixa ou se existirem problemas com a sua fistula.
• Se tiver insuficiência renal crónica pode vir a sentir dor na zona da injecção (unicamente se a
injecção for sob a pele). Este efeito adverso foi observado mais frequentemente com o Aranesp do que com r-HuEPO. Este desconforto é geralmente ligeiro e de curta duração e é mais comum no início do tratamento.
• Se tiver doença oncológica, o tratamento com Aranesp pode resultar num aumento do risco de
dor nas articulações (artralgia), retenção de líquidos (edema periférico), coágulos sanguíneos (formação de trombos) ou dor no local de injecção.
Estes efeitos secundários são comuns acontecer em 1 a 10% dos doentes tratados com Aranesp. Embora raras, podem ocorrer, reacções alérgicas que incluem falta de ar (dispneia), vermelhidão ou comichão. Em doentes com insuficiência renal crónica, foram observados casos isolados, durante o tratamento com Aranesp, de formação de anticorpos neutralizantes contra o Aranesp ou outras proteínas recombinantes estimuladoras da eritropoiese, associados ou não a aplasia eritróide pura (AEP) (ver secção 2. Antes de utilizar o Aranesp). Caso algum destes efeitos persista ou detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeira ou farmacêutico.
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5. CONSERVAÇÃO DO ARANESP Guardar de 2°C a 8°C (no frigorífico), não congelar. Não utilizar o Aranesp se pensa que este foi congelado. Pode retirar o Aranesp do frigorífico e mantê-lo à temperatura ambiente (até 25 ºC) por um período não superior a 7 dias. Uma vez que a caneta pré-carregada é retirada do frigorífico e atingiu a temperatura ambiente (até 25 ºC) deve ser utilizada dentro dos próximos 7 dias ou eliminada. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior para proteger da luz. A data de validade do Aranesp encontra-se gravada na caixa e no rótulo da caneta pré-carregada. Não utilize Aranesp após essa data, isto é, após o último dia do mês em referência. Tal como qualquer outro medicamento, deverá manter Aranesp longe da vista e do alcance das crianças. 6. INFORMAÇÃO SOBRE COMO ADMINISTRAR O MEDICAMENTO A SI PRÓPRIO Esta secção contém informação sobre como deve injectar o Aranesp a si próprio usando a caneta pré-carregada. É importante salientar que não deve tentar injectar-se se não tiver recebido o devido treino por parte do seu médico ou enfermeira. É também importante que elimine a caneta pré-carregada usada num recipiente próprio que não seja perfurável. Se tiver alguma dúvida sobre a auto-administração deve contactar o seu médico ou enfermeira para obter os esclarecimentos necessários. Como injecto o Aranesp a mim próprio? Você necessitará de administrar a si próprio uma injecção quer uma vez por semana, quer uma vez de duas em duas semanas, uma vez de três em três semanas, ou uma vez por mês, sempre no mesmo dia e no tecido sob a pele. Este processo é conhecido como uma injecção subcutânea. O seu médico ou enfermeira informam-no sobre qual a dose de Aranesp de que necessita e com que frequência devem ser administradas as injecções. Equipamento de que necessita Para administrar a si próprio uma injecção irá necessitar de: • Uma caneta pré-carregada de Aranesp; • Compressas embebidas em álcool ou similar; • Um contentor resistente (recipiente de plástico fornecido pelo hospital ou farmácia) para deitar
fora de forma segura as canetas pré-carregadas. O que devo fazer antes de administrar a mim próprio uma injecção subcutânea de Aranesp? 1. Retirar a caneta pré-carregada de Aranesp do frigorífico. 2. Não agitar a caneta pré-carregada. 3. Verificar se tem a dose correcta que o seu médico lhe prescreveu. 4. Verificar a data de validade no rótulo da caneta pré-carregada (EXP:). Não utilize se a data já
tiver expirado, isto é, se já tiver passado o último dia do mês em referência.
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5. Verificar o aspecto do Aranesp através da janela da caneta pré-carregada. O Aranesp deve ser um líquido transparente, ou com um ligeiro tom pérola. Se estiver turvo ou com partículas no interior, não deverá utilizá-lo.
6. Para uma administração mais confortável da injecção, deixe ficar a caneta pré-carregada durante
30 minutos à temperatura ambiente ou segure-a cuidadosamente na sua mão por alguns minutos. Não aqueça o Aranesp de outra forma que não as indicadas (por exemplo no microondas ou em água quente). Não exponha a caneta pré-carregada à luz solar directa.
7. Não remover a peça cinzenta de protecção da caneta pré-carregada até estar pronto para a
injecção. 8. Lavar bem as mãos. 9. Instale-se num local confortável, bem iluminado, e coloque tudo o que necessita ao seu alcance
(a caneta pré-carregada de Aranesp, as compressas embebidas em álcool e o contentor para eliminação da seringa).
Onde devo administrar a injecção?
Os locais ideais para administrar a si próprio a injecção são os seguintes: • na parte superior das ancas; e • no abdómen, excepto a zona à volta do umbigo. Alterne os locais onde administra a injecção de forma a não ficar dorido em nenhuma delas. Se for outra pessoa a administrar a injecção, esta poderá ser administrada também na parte de trás do braço.
Como administro a injecção?
1. Desinfecte a pele com uma compressa embebida em álcool.
2. Segure a caneta pré-carregada com uma mão na área acima da janela da caneta (i.e., na área próxima do botão encarnado de activação).
3. Com a outra mão, puxe a peça cinzenta, de protecção da agulha , removendo-a. A caneta pré-carregada tem uma protecção que o(a) protege de picadas de agulha ou perda de medicamento por choques ou toques acidentais.
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Administrar a injecção
1. Cuidadosamente, posicione a extremidade aberta da caneta pré-carregada, contra a pele preparada.
2. Posicione a caneta pré-carregada num ângulo recto (90 graus)
contra a pele (ver imagem). 3. Segurando
a caneta pré-carregada, exerça uma pressão suave sobre o local de injecção para destrancar o
dispositivo (mantendo a caneta sempre no mesmo sítio, sem mover).
4. Quando estiver preparado(a) para administrar a injecção, pressione o botão encarnado no topo
da caneta, uma única vez. Ouvirá então um estalido. A agulha é libertada e sentirá uma ligeira picada. Liberte o botão encarnado.
5. Mantenha a caneta pré-carregada no seu lugar por um período até 15 segundos, ou até ouvir
um segundo estalido, que assegura que a injecção foi completada. Não movimente a caneta pré-carregada enquanto a injecção está a ser administrada.
6. Remova a caneta pré-carregada do local da injecção. A cobertura de segurança da agulha irá
movimentar-se, assegurando a manutenção da agulha no seu lugar. A janela de inspeção ficará amarela, confirmando que a injecção está completa.
7. Poderá notar uma mancha de sangue no
local de injecção. Poderá pressionar um pouco de algodão ou gaze sobre o sítio de injecção durante 10 segundos. Não esfregue o sítio de injecção. Se necessário, poderá cobrir o sítio de injecção com uma ligadura.
8. Cada caneta pré-carregada pode ser usada uma única vez. Lembre-se Se tiver alguma problema ou dúvida não hesite em contactar o seu médico ou enfermeira para obter esclarecimentos. Eliminação das canetas pré-carregadas usadas • Não volte a colocar a peça cinzenta de protecção na caneta pré-carregada usada. • Coloque as canetas pré-carregadas utilizadas no contentor próprio não perfurável e mantenha-o
longe da vista e alcance das crianças.
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• Elimine o contentor cheio, seguindo as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico,
enfermeira ou farmacêutico. • Nunca coloque as canetas pré-carregadas utilizadas no caixote do lixo que utiliza em sua casa. Outras informações Se necessitar de informação adicional sobre este medicamento deverá contactar o representante local da companhia autorizada a comercializar o Aranesp. België/Belgique/Belgien s.a. Amgen n.v. Arianelaan 5, Avenue Ariane B-1200 Brussel – Bruxelles - Brüssel Tél: +32 (0)2 7752711
Luxembourg/Luxemburg s.a. Amgen Avenue Ariane 5 B-1200 Bruxelles - Brüssel Belgique/Belgien Tél: +32 (0)2 7752711
Česká republika Amgen s.r.o Klimentská 46 110 02 Praha 1 Česká republika Tel :+420 2 21 773 500
Magyarország Amgen Kft. Bank Centre 1054 Budapest Szabadság tér 7. sz. Magyarország Tel. : +36 1 35 44 700
Danmark Amgen filial af Amgen AB, Sverige Strandvejen 70 DK-2900 Hellerup Tlf: +45 39617500
Malta Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel : 31 (0) 76 5732500
Deutschland AMGEN GmbH Hanauer Str.1 D-80992 München Tel: +49 (0)89 1490960
Nederland Amgen B.V. Minervum 7061 NL-4817 ZK Breda Tel: +31 (0) 76 5732500
Eesti Amgen Switzerland AG Eesti filiaal Tornimäe 2 Tallinn 10145 Tallinn Eesti Tel: + 372 5125 501
Norge Amgen AB Norsk avdeling av utenlandsk foretak Kronprinsens gate 1 N-0251 Oslo Tel:+47 23308000
Ελλάδα Genesis Pharma S.A. Φιλελλήνων 24 GR-152 32 Χαλάνδρι Αθήνα Τηλ.: +30 210 6856860
Österreich Amgen GmbH Prinz-Eugen-Straße 8-10 A-1040 Wien Tel: +43 (0) 1 50 217
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España Amgen S.A. World Trade Center Barcelona, Moll de Barcelona s/n Edifici Sud, 8a planta E-08039 Barcelona Tel: +34 93 600 19 00
Polska Amgen Sp. z o.o. Al. Jana Pawła II 25 00-854 Warszawa Polska Tel.: +48 22 581 3000
France Amgen S.A.S 62 Bd Victor Hugo F-92523 Neuilly-sur-Seine Cedex Tél: +33 (0)1 40 88 27 00
Portugal AMGEN Biofarmacêutica, Lda. Tagus Park – Parque de Ciência e Tecnologia Edificio Eastécnica P-2780-920 Porto Salvo Tel: +351 21 4220550
Ireland Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD – UK United Kingdom Tel: Freephone 1 800 535160
Suomi/Finland Amgen AB, sivuliike Suomessa/Amgen AB, filial i Finland Keilaranta/Kägelstranden 16 PL/Box 86 FIN-02101 Espoo/Esbo Puh/Tel: +358 (0)9 54900500
Ísland Vistor hf. Hörgatúni 2 IS-210 Garðabær Sími: +354 535 7000
Slovenská republika Amgen Switzerland AG, Slovakia Organizačná zložka Nam. 1. maja 11 811 06 Bratislava Slovenská republika Tel : +42 1 25939 6456
Italia Amgen S.p.A. Via Tazzoli, 6 I-20154 Milano Tel: +39 02 6241121
Slovenija Amgen Switzerland AG, Podružnica Ljubljana BTC City Šmartinska 140 Ljubljana Slovenija Tel : +386 1 585 1767
Kύπρος Genesis Pharma (Cyprus) Ltd Λεωφ. Κέννεντυ 8, ∆ιαµ. 106 1087 Λευκωσία Τηλ.: +357 22 76 99 46
Sverige Amgen AB Rålambsvägen 17 Box 34107 S-100 26 Stockholm Tel: +46 (0)8 6951100
Latvija Amgen Switzerland AG Rigas filiale Blaumaņa 5A Rīga LV-1011 Latvija Tel : + 371 9284 807
United Kingdom Amgen Limited 240 Cambridge Science Park Cambridge CB4 0WD - UK Tel: +44 (0)1223 436422
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Lietuva Amgen Switzerland AG Rīgas filiāle V.Kudirkos 22-1 LT-2001 Vilnius Lietuva Tel. + 370 6983 6600
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