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ANISIO TEIXEIRA
“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.”
BIOGRAFIA
Nasceu em Caetité, BA, em 12 de julho de 1900 — morreu no Rio de janeiro, em 11 de março de 1971.
Considerado o mais importante educador brasileiro, Anísio iniciou seus estudos em caetité, completando o curso secundário em salvador, onde em seguida iniciou o curso de direito, comcluido no Rio de Janeiro, em 1922.
Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da escola nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização.
Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do manifesto dos pioneiros da educação nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932.
Formando-se em 1922 na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (atual UFRJ), dois anos depois foi nomeado pelo Governador Góes Calmon, Inspetor Geral de Ensino da Bahia — cargo equivalente hoje ao de Secretário da Educação.
A fim de melhor desempenhar esta função, viajou em1925 à Europa, onde observou o sistema educacional de diversos países — implementando em seguida várias reformas no ensino do estado.
Teixeira conseguiu ampliar o sistema educacional, privilegiando a formação de professores.
Em 1932, assina o manifesto dos pioneiros da educação nova, junto com os principais educadores do país, resumindo as principais diretrizes para uma reformulação na educação do país considerado o marco inaugural para um projeto de renovação na escola brasileira.
A partir de 1935, e mais fortemente após a instalação do estado novo, em 1937, passa um longo período afastado da educação, ocupando-se com traduções e mais tarde trabalhando com exportação de minérios na bahia até 1946.
Na década de 40, foi nomeado Conselheiro da UNESCO.
Voltando para o país ao regime democrático em 1947, Teixeira foi convidado por Octávio Mangabeira também exilado e então eleito para o Governo da Bahia — a ser o Secretário de Educação e Saúde –
Dentre outras realizações, construiu o "Centro Educacional Carneiro Ribeiro", mais conhecido por Escola parque, lugar para educação em tempo integral e que serviria de modelo para os futuros CIACs e CIEPs.
Foi um dos idealizadores do projeto da Universidade de brasília (UnB), inaugurada em 1961, da qual veio a ser reitor em 1963, para ser afastado após o golpe militar de 1964.
A MORTE DE ANÍSIO
Diversas circunstâncias obscuras cercaram a morte de Anísio Teixeira. Dois meses antes de sua morte, ele escreveu:
"Por mais que busquemos aceitar a morte, ela nos chega sempre como algo de imprevisto e terrível, talvez devido seu caráter definitivo: a vida é permanente transição, interrompida por estes sobressaltos bruscos de morte"
(numa carta a Fernando de Azevedo)
Depois da última visita a Aurélio buarque de holanda, Anísio desapareceu. Preocupada, sua família investigou seu paradeiro, sendo informada pelos militares de que ele se encontrava detido.
Ao contrário das desencontradas informações e pistas falsas, seu corpo foi finalmente encontrado no fosso do elevador do prédio de Aurélio Buarque, na Praia do botafogo, no Rio. A versão oficial foi de "acidente".
DIDÁTICA DA AÇÃO
Para Anísio, as novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
A nova psicologia da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades.
Por tudo isso, na escola progressiva as matérias escolares – Matemática, Ciências, Artes etc. – são trabalhadas dentro de uma atividade escolhida e projetada pelos alunos, fornecendo a eles formas de desenvolver sua personalidade no meio em que vivem.
Nesse tipo de escola, estudo é o esforço para resolver um problema ou executar um projeto, e ensinar é guiar o aluno em uma atividade.
PENSAMENTO
“- Sou contra a educação como processo exclusivo de formação de uma elite, mantendo a grande maioria da população em estado de analfabetismo e ignorância.
Revolta-me saber que dos cinco milhões que estão na escola, apenas 450.000 conseguem chegar à 4ª série, todos os demais ficando frustrados mentalmente e incapacitados para se integrarem em uma civilização industrial e alcançarem um padrão de vida de simples decência humana.
Choca-me ver o desbarato dos recursos públicos para educação, dispensados em subvenções de toda natureza a atividades educacionais, sem nexo nem ordem, puramente paternalistas ou francamente eleitoreiras.”
— Anísio Teixeira
BIBLIOGRAFIA
ROCHA, João augusto de lima. Anísio em movimento: senado federal, conselho editorial, 2002.
FILHO, Luis viana. Anísio teixeira. A polêmica da educação. Rio de Janeiro. Nova fronteira, 1990.
http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/visita.htm em 19/11/2012
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_dos_Pioneiros_da_Educa%C3%A7%C3%A3 Nova em 20/11/2012.
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