View
3
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
ANO 11 - AGOSTO DE 1988 - N ~ 15
Censo começa em Limeira
Novo tempo para
o Coral
· ..... ~ . ~· 'J'.t
O Presidente do IBGit"C.harl~s •· 't/ Curt Mueller, deu p~~ no ~iàJ.:f.<le setembro, a José Antôni<'!Jt..Gom~l Fontes como titular da Unidade • -. Regional de São Paulo, que sub~"~ David Wu Tal, agora Diretor-Geral. t; •. ) Paulista, de 36 anos, há 14 no • IBGE, ele é formado em estatística pela Unicamp e tem pós-graduação
Ao completar três anos, o Coral do IBGE se renova. Numa homenagem ao Centenário da Abolição, apresentou um espetáculo bem diferente no Rio. Além de Villa-Lobos, Milton Nascimento e Caetano Veloso, com roupas coloridas, o grupo promoveu uma kizomba, ao som do samba-enredo da Vila Isabel. Em setembro, São Paulo verá essa Festa da Raça.
" ... Câmera ... gravando!" E após esta ordem do diretor, atores e equipe técnica iniciavam uma nova tomada de cena para o vídeo instrucional que foi elaborado para o Recenseamento Geral de 1990 e que será aplicado no treinamento do Censo Demográfico Experimental de Limeira. Com duração de uma hora e meia, este vídeo narra as peripécias de estudantes de uma cidade de porte médio, que tomam a iniciativa de procurar o IBGE para trabalhar como recenseadores.
Vânia Correa da Silva, do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos- que é
responsável pelo treinamento deste Censo experimental -, acompanhou toda a filmagem e conta que foram utilizados como locações desde a biblioteca da ENCE e o Clube 17, na Zona Sulcarioca, até sítios em Campo Grande e a favela do Morro do Borel. "Estivemos, inclusive, em um . Centro Espírita em Botafogo", revela Vânia.
O treinamento acontecerá em meados de setembro e a coleta será feita a partir de 1 C? de outubro. Na página 8, reportagem sobre o treinamento para o Censo, a base operacional e o convênio com. a F\mdação Centro Brasileiro de TV ~ucativa.
O roteiro inclui tomadas de cena em um clube no bairro carioca do Horto.
F Uma Agência tradicional
ontes
.
' e o titular de · São Paulo
.. , ' em análise ae sistemas da Fundação Santo André.• •
Seus principafs projetos de trabalho na UR para este! ano são a realização . . do Cen!i') E'<péritnental de Limeira, a
&intenslfic~ção da disseminação de • dados e a descentralização da .. '
apuração. • . •'
.. ..
Numa rua residencial e toda arborizada está a Agência do IBGE.
. Imagine um lugar com cachoeiras, cidade do Rio de Janeiro, no bairro da florestas , casas com quintal e pracl- Tijuca. Lá existe, também, uma Agênnhas, onde costumam passar carroças e cia do IBGE que, coerente com o clima charretes. Não estamos falando da mi~, • Anos Dourados do lugar, se instalou tológica Shangrilá do livro/filme Hqn- - ·~Jll uma bela cas~ .. Na página 4, leia rezonte Perdido. Você ainda pode en.- portagem sobre às encantos tijucanos e contrar tudo isso a 10 km do Centro da a nossa Agência .
Página 2
EDITORIAL
F uncíonários, oitenta para início de conversa, discutiram o nosso próprio
Censo, em encontro que tomou praticamente todo o dia 19 deste agosto. É que com esses oitenta representantes de todos nós foi realizado teste de aplicação dos questionários do NOSSO CENSO.
Conseqüência de convênio entre o IBGE e a ASSIBGE, esta pesquisa, sem perguntar o seu nome, vai traçar o perfil sócioeconômico do ibgeano e coletar dados sobre condições, ambiente e segurança do trabalho, motivação profissional, saúde, remuneração e benefícios. Vai nos tornar mais conhecidos dos que fazem a nossa política de recursos humanos e de quem nos representa como classe.
• O que aprendemos a esperar de um en-
trevistado para que a pesquisa esteja o mais próximo possível da realidade por nós retratada é esperado também de você, parte integrante da equipe do màior banco de dados sobre o Brasil.
Lembre-se: "Quando você for recenseado, responda tudo com exatidão. O sigilo das respostas é total, absoluto e garantido por lei. Quanto mais certas as 'respostas, mais valiosas serão as informações ... e mais ajustados os benefícios para você".
Agora é a sua vez no NOSSO CENSO.
Presidente do República doMSuney
Ministro-Chefe do S.cretario de Planejamento e Coordenoção dolo Batlata de Abreu
S4cret~rio-Gerol
Ricardo Lula Santiago
c~ FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTA TlSTICA - IBGE
Prealdente: Chorles Cun Mueller
Diretor-Geral: David Wu Tal
Diretor de Pnquleaa: lenildo Fernandes Silvo
Diretor de Geocltnclaa: Mouro Pereira de Mello
Diretor de Jnform6tlca: Jos4 S.nt'Anno Bevilaqua
!pRNAL DO IBGE
ANO 11- AGOSTO DE 1988- N!' 15
Publicação mensal destinada aos fuftCion~rios do IBGE Ed"odo pela Coorden~lilorio de Comunlcai;Ao Social - Avenida Fronklin Roosevek, 194-9~ andor- Rio d, Janeiro- Tel. : (021) 220-1222
Editora R"poná,.,l: Shtrley Soares (Reg . n? 12.466 MT-RJI
Edltorla e Redaçlo: Sheila Rlera e Francisco Alchome
Reportagem: Marco Santos
Equipe de Apolo: F~tima Santos e Robson Waldhelm
Publicidade: T erez.o Cristina Millions (Respon~vel)
PropalllaÇio Griftco.Edltorlal: Gertncla de Editoroção
Fotocom-lçlo, Arte-Fiaallzaçlo. lmpreaalo e Ctrculaçlo: Centro de Documentação e Dlssemlnoc;io de Informações - CDDI/Departomento de Produç!o GrMica e Gerência de Marketing.
Tiragem: 16.200 exemplares
PermHido o tronscrlçAo total ou parcial de motbio publicada po Jornal do IBGE, desde que citada a fonte,
I
- ---....=;:.
---- -------
JORNAL DO IBGE- Agosto de 1988
. pelo participante. De qualquer forma, a SIAS está procurando agilizar ao máximo os seus procedimentos para atender satisfatoriamente os Interesses dos participantes.
O reembolso de despesas médicas nos Planos Básico e Especial, a exemplo do que ocorre em todos os planos de medicina de grupo, é feito tomando-se por base uma vez o número de coeficientes de honorários da ta· bela da Associação Médica Brasileira. E mais: como qualquer outro plano do gênero, o da SIAS não contempla o fornecimento de medicamentos.
·Carlos Alberto Ferreira de Carualho - Setor de Ptogramaçdo Visual
Paulo Brum frisou que o obje· tlvo primordial da SIAS é a com· plementação de benefícios previdenciários, não se restringindo aos planos de assistência médi· ca e de empréstimo. E fez ques· tão de ressaltar serem estes dois programas de grande alcance so· ela): o primeiro, gratuito ou qua· se sem custo para a esmagadora maioria dos participantes, e, o segundo, a juros multo abaixo dos praticados no mercado fi. nancelro.
SIAS responde Carlos Rubens Pinto, Agente de Coleta em Rio Casca/MG, pede esclarecimento à SIAS por se sentir prejudicado no MED/SIAS.
( ... ) Venho recorrer a esse jornal, órgão informativo da comunidade ibgeana, um dos canais democráticos e intermediário de nossos problemas e solicitar sua intervenção ( ... )para explicações junto à SIAS no que diz respeito ao Plano de Assistência Médica - MED / SIAS H.O.S .P.LT.A.L., uma vez que sou lotado na Agência localizada no interior do estado e não existe rede credenciada pelo plano. ( ... )Os associados têm que pagar as consultas e os exames de laboratório dos titulares e dependentes. ( ... )Depois temos que recorrer à SIAS para reembolso dos pagamentos efetuados. O problema é crucial, demora na restituição dos reembolsos, que duram de 45 a 60 dias, às vezes mais, além da burocracia que lhes é sempre peculiar. ( ... ) Peço esclarecimento e solicito para que agilizassem a restituição dos pagamentos. O meu caso é do Plano Especial que restitui o pagamento em sua totalidade.
Nota da Redação: o diretorsuperintendente da SIAS, Paulo Brum, Informou ser multo dlff· cil, ou mesmo Inviável, o slste· ma de credenciamento fora dos grandes centr9s urbanos. Isto devido à falta ~e Interesse da
ft LAFIESTA
classe médica, tendo em vista o reduzido número de atendlmen· tos e conseqüente pulverização dos mesmos pela rede creden· ciada. No entanto, diz ele, a SIAS tem todo o Interesse em promover o credenciamento on· de for possível, o que poderá ser feito mediante a Indicação de médicos e clinicas, através de chefias Imediatas; com a ajuda dos pr6prlos participantes.
Quanto ao reembolso das des· pesas, esclareceu Paulo Brum que, com os recibos médicos corretos, os pagamentos são liberados no prazo médio de 15 dias, a contar da data de entrada do pedido na H.O.S.P.I.T.A.L. Lembrou, ainda, que demoras maiores são, naturalmente, de· vidas ao tempo entre o atendimento médico e a chegada da solicitação de reembolso ou en· tre a expedição da ordem de pa· gamento e o efetivo recebimento
Elogio Do Departamento Regional de Geociências de Goiás, chega a carta assinada pelo Chefe da Divisão de Estudos Ambientais, Zebino Pacheco do Amaral Filho.
Parabenizamos o repórter Marco Santos e toda a equipe responsável pelo Jornal do IBGE, pela excelente reportagem sobre o Meio Ambiente - IBGE em campo. Com poucàs palavras atingiu o objetivo de transmitir ao público o significado e a importância de estudos tão complexos .
ESPECIAL PARA OS IBGEANOS
CINEMIN é a revista de quem gosta de Cinema, dos seus astros e emoções. Especialmente para os funcionários do IBGE, a assinatura terá 10% (dez por cento) de desconto. .................... _, __ ·---. -·-·- ---·----- ................................ x. ... .
Pedido de Assinatura de CINEMIN- 6 números x Cz$ 350.00 = Cz$ 2 .100.00 : PREÇO ESPECIAL IBGEANOS: Cz$ 1 .890,00. ; Nome .. ...•••... . ••....••. ••• ............. ... ..... . .. . ...... .. ..... ·····• · .
Rua •••...•••.•. .. ....••••••. . .... ......... ....•.. n9 ........ apt. . .. .... .
Bairro .........•..••••..••••••............. • . o.fr: .. .. .'~ ... CEP . .. . .... .. . . f
Cidade ••....••.. • •••.. ... .••••. .•. .. . ~ ... .•. ·/. . . • . . . . . . . . . . Estado ..... . 1. . '
Cheque n9 . . . .. .. . .. Banco .. . .... ... ......... ~ ... ~ . . Agência ........... . .. . . \ . Enviar o cupom e o cheque em envelope fechado. ~ara: Edito~a Brasil-América (EBAL) SA. - Rua General Almério de Moura, 302~20 - 20921 - R1o de Janeiro, RJ
· ........ -. - . - --- --- -. ---. -. -- . ---- - - --.... -........... . -. -.- .... -- ...... - . --.. .. --- -- --- . -.. ------ -.
== FO"NOA UDIOLOGIA -- oOtSTÜRBtOS -
A casa de festas que você sonhou. SaUlo. piscina e grande érea ajardinada.
• téauca vocal • da fala • dicç*:l • da eacri ta • oratóJ1., • • • da leitura Serviço completo de buffet.som. foto. filmagem e deco
raçlio. Organizaçiio geral para 15 anos. casamentos. bodas, crianças e outros eventos. • Sob a direçiio de Maria Helena e Maide. Rua Rugendas. 31 - Freguesia - Jacarepagué. Telefo-nes: 327-5656 ou 390-9439 •
• Jleeducação Psica!Dtora
&Uario ..J.sabtl c5iloa .fucclusi -~
Rua Mariz e Barros, 292 - CLI10' Tel.: 284. 5242( consultÓrio )I 248.6968 (casa)
JORNAL DO IBGE- Agosto de 1988
''Nós ternos que trabalhar em oito milhões e meio de quilômetros
· quadrados'' Em 15 de janeiro de 1968, Mauro
Pereira de Mello cursava engenharia cartográfica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, quando Ingressou como estagiário no IBGE, ficando até abril de 1970. Após o mestrado na Universidade Federal do Paraná e uma experiência profissional no Instituto ·de Pesquisas Espaciais, retornou ao IBGE em 1973, trabalhando no antigo Departamento de Geodésia e Topografia, depois Superintendência de Geodésla, no Rio, São Paulo e Brasília. Voltou ao Rio, em janeiro de 1980, para assumir a antiga
JI - Quais são os principais problemas da DGC?
MM - O grande problema da DGC é o grande problema do IBGE: a falta de uma organização de fato, de uma visão mais profissional do trabalho. O quadro de pessoal da Diretoria, como o quadro de pessoal do IBGE, nunca foi objeto de uma reflexão mais profunda, de um ordenamento mais adequado aos objetivos e diretrizes da Instituição. Na verdade, nós recompletamos o efetivo a cada período de Censo.
JI - Esse problema pode ser solucionado apenas na DGC ou precisa ser um processo que envolva todo o IBGE?
MM - Tem que envolver todo o IBGE. Não dá para se fazer isso isoladamente. A Diretoria tem muitas atividades já organizadas, documentadas, mas nos falta um lote substancial de atividades para serem documentadas e organizadas. Veja um exemplo: os materiais empregados no nosso trabalho são adquiridos pelo sistema central de compras do IBGE, o DEMAT. Então, é preciso que essa organização também exista lá, sob pena de prejudicar os nossos pontos de entrada desses insumos nas atividades.
Jl - A reformulação viria como conseqüência da reforma adminis trativa ou seria uma coisa parale la?
MM - Ela seria paralela. Quando se fez o primeiro diagnóstico da reforma, essa questão da organização do trabalho mereceu um enfoque mais detalhado. A sua evolução , os prazos corridos, as mudanças por que passou o IBGE obrigaram a que as ações fossem desenvolvidas noutras frentes, retardándo essa questão da organização, que na época da reforma recebeu a denominação de rotinas de trabalho. Hoje já se pensa em retomar, e em algumas áreas já se retoma como prioridade, essa questão. Mas ela deveria ter sido tratada em paralelo. Chego a me atrever até a dizer que a estrutura orgânica decorreria da perfeita identificação dessas rotinas de trabalho.
JI - E as pessoas não são habilitadas?
MM - Na verdade, nós damos uma formação técnica a essas pessoas inter-
Diretoria de Geodésia e Cartografia, e , a partir de 1987, a de Geociências.
Além do IBGE, que define como seu projeto de vida, Mauro leciona na UERJ há nove anos, sobrando muito pouco tempo para o lazer. Mas nos fins de semana cultiva hortaliças e fruteiras "num pequeno pedaço de terra em Teresópolis, fazendo calos nas mãos para compensar a semana envolvido com a burocracia da função de Diretor". E é dos sucessos e problemas da DGC que Mauro Mello nos fala nesta edição.
namente, é um treinamento em trabalho. Isso gera uma série de distorções e deficiências nessa formação, que se reflete basicamente no pleno envolvimento profissional, o que acarreta, como conseqüência, um baixo nível de organização no trabalho.
JI - O quadro de pessoal é Insuficiente?
MM - Estamos nos aproximando do Censo <ie 90 com um quadro de pessoal muito aquém do que precisamos, não somente em quantidade, mas também em qualidade. O ideal seria a contratação, para o Censo, de pessoas já plenamente habilitadas ao desempenho das atividades, o que é difícil, tendo como grande restrição a questão salário. A área de Geociências é muito ativa, dinâmica, não existindo profissionais plenos disponíveis com facilidade no mercado. Tal colocação é válida para todas as áreas que compõem a DGC - cartografia, geografia, geodésia e recursos naturais.
JI - O que mudou com a criação dos Departamentos Regionais de Geociências?
MM - Os Departamentos Regionais de Geociências não são novidade . Desde o primeiro instante do IBGE nós tivemos unidades regionais distintas das delegacias, principalmente na área de Geodésia. Nós temos que trabalhar em oito milhões e meio de quilômetros quadrados. E a lógica nos indica que o melhor caminho para isso é dividirmos os esforços pelo território, em função das pressões de demanda em cada momento. Com a absorção do ProjetoRadam, herdamos esta mesma postura com relação à área de recursos naturais e estudos ambientais, e ampliamos então o número de unidades regionais com a criação da Diretoria de Geociências. Não é bom termos separadamente unidades especializadas em geodésia ou recursos naturais porque a Diretoria é uma só.
JI - Como estão funcionando os DRG?
MM - Embora a resolução que regulamentou a criação do~ DRG seja do início deste ano, a rigor nós tivemos um prazo a partir de abril para implantação, mas estamos longe de atingi-la de forma completa. Mesmo tendo essa deno-
minação única, nós ainda identificamos a atuação especializada dos departamentos hoje. O momento que vivemos, de restrições econômicas e de contratação de pessoal, torna muito difícil dar uma forma definitiva aos nossos departamentos regionais, o que levará algum tempo, difícil de estimar. ~
J I - Os seis DRG atuais são su- ~ flcientes? ~
MM - De maneira alguma. Nós te-~ mos necessidade de cobrir a Região Norte, que compreende mais de 50% do nosso território. Para o volume de trabalho na Região Sul, a unidade de Santa Catarina é muito pequena, com 48 funcionários . A de Salvador é grande, 160 funcionários, mas nós temos deficiência de pessoal lá também. A de Fortaleza é a segunda menor, com 93 funcionários, voltada exclusivamente para levantamentos geodésicos e precisando mudar esse perfil.
JI - Com essas mudanças, seria correto dizer que a DGC está assumindo um novo papel no IBGE?
MM - Olha, eu tenho alguns companheiros que dizem que nós estamos num processo de recuperação histórica. Porque na verdade o IBGE nasceu de · uma proposta do professor Teixeira de Freitas para a criação de um Ins~ituto de Estatística e Cartografia. Teixeira de Freitas via que sem um conhecimento adequado do território - e esse conhecimento informado por uma representação cartográfica - os levantamentos estatísticos iriam falhar em termos de cobertura, perdendo em qualidade. No caso do Censo de 90 estamos trabalhando desde o ano passado na elaboração da base operacional, que, como o próprio nome diz, é um trabalho de base, ou seja, fundamental.
JI - A base operacional é só cartográfica?
MM - Não. Ela tem uma outra componente, o cadastro, que é essencial à elaboração do plano de tabulação, que por sua vez é fundamental no planejar a coleta. As atividades são de suporte para o desenvolvimento do levantamento estatístico. Se essas atividades são básicas, elas têm que anteceder - e muito - a execução do levantamento.
JI - Então , o trabalho está em dia?
MM - Apesar de termos iniciado o trabalho no ano passado, estamos atrasadqs por falta de recursos financeiros. Vamos receber agora em setembro a primeira parcela da dotação Censo 90 para o exercício de 1988, quando deveríamos ter recebido essa parcela em fevereiro. Isso tem implicações diretas com o trabalho de atualização, que requer um treinamento da rede para ser executado de forma adequada . E esse treinamento, que exige um esforço muito grande, deveria ter sido iniciado em abril e maio, terminando em março do próximo ano.
Página 3
JI - Apesar do atraso no repasse da verba, o trabalho para esse Censo está mais aperfeiçoado?
MM - Está. Eu digo isso porque nós tínhamos um problema, basicamente do Censo de 50 para cá, que era a duplicidade de esforços na preparação da base operacional. Anteriormente, as áreas de cartografia e de estatística tinham unidades voltadas para esse trabalho, cuja sintonia sempre foi difícil. Agora, para o Censo de 90, temos uma única unidade. Então, conseguimos aperfeiçoar esses procedimentos e também um engajamento de todos os profissionais da área de geodésia e cartografia. Isto certamente vai significar uma melhoria de qualidade, com o aperfeiçoamento da componente cartográfica da base, com implicações nos cadastros.
JI - Quais são os projetos atuais da DGC?
MM - Os oito meses iniciais da Diretoria foram dedicados a um processo interno de discussão, envolvendo todos os técnicos, na identificação da sua feição mais adequada. Concluiu-se que a melhor forma seria elaborar um plano-diretor de Geociências, um primeiro passo de organização do trabalho, composto por uma série de linhasprogramas de atuação. A que nós privilegiamos hoje, no desdobramento em projetos, é a chamada "ordenação do território", muito rica em conteúdo, e vem dando frutos constantemente, inclusive a revisão da divisão microrregional do País. Isto significa que nós teremos toda uma estrutura de tabulação do Censo de 90 com essa nova divisão em microrregiões, mais adequada à evolução do País nas últimas duas décadas, já que a última revisão ocorreu em ·1969.
JI- Além desse, poderia citar outros?
MM - Temos 850 técnicos envolvidos em diferentes projetos e podemos citar alguns deles: PMACI, com o relatório final já em elaboração; Atlas Multirreferencial do Estado de Mato Grosso do Sul; Programa Grande Carajás; um inventário das potencialidades dos recursos naturais da Amazônia Legal, resultado de convênio com a SUDAM; Diagnóstico do Brasil - uma avaliação da ocupação do território; além dos já tradicionais Geografia do Brasil, Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo e o Atlas Nacional do Brasil.
Página 4
Na Tljuca há o encontro entre
o novo e o antigo. Podemos nos
deslocar no veloz metrô ou
passear nas poéticas charretes
da Praça Xavier de Brito.
JORNAL DO IBGE -Agosto de 1988
A Tijuca é assim
"Seu" leitor faça o favor de responder depressa: em que bairro do Rio foi ambientada a minissérie Anos Dourados, recentemente exibida na televisão? Se você respondeu Tijuca a essa pergunta/paródia, em cima do samba de Noel Rosa - que nasceu no bairro vizinho, Vila Isabel - está absolutamente certo. E onde mais poderia se passar uma história em que os protagonistas estudaram no Instituto de Educação e no Colégio Militar? Nos anos 40 e 50, parecia que havia um "acordo implícito" entre os alunos destes dois pilares do ensino carioca, tal era o número de namoros que surgiam entre os aspirantes ao oficialato e as normalistas. As famflias "faziam muito gosto", como se dizia àquela época.
A Tijuca sempre foi assim, um bairro essencialmente familiar, onde passear na Praça Saenz Pena, tomar um sorvete no Palheta ou assistir à matinê no cine Olinda era programa "obrigatório" para os jovens daqueles tempos inocentes de pouca inflação. "Essa sensação de nostalgia é realmente contagiante", afirma Zelita Baltazar da Silva, 68 anos, que foi bilheteira no já demolido cinema Olinda - hoje Shopping 45. "Trabalhei 48 anos nas empresas do grupo Vital Ramos de Castro, que controlava uma cadeia de cinemas. Fui bilheteira, ainda, nos cines Ritz, Astória e Plaza, que também não existem mais ."
Como não existem, também, as velhas chácaras que se estabeleciam ao longo da Rua Conde de Bonfim, onde, por curiosidade, morou o próprio conde, o negociante Francisco José <de Mesquita. Aliás, a Tijuca é um bairro bastante fértil em fatos curiosos. Suas histórias fariam a delícia dos ouvintes da Rádio Relógio ou dos leitores de almanaque . Você sabia?
O bairro da Muda, por exemplo, que pertence à chamada "Grande Tijuca", recebeu esse nome porque era o local onde as diligências e charretes trocavam os cavalos para a subida até o Alto da Boa Vista. Quer outra? No final do Século XVIII, um certo alferes Joaquim José da Silva Xavier - é esse mesmo que você está pensando - pediu ao vice-rei uma concessão para captar as águas do Rio Maracanã e distribuí-las aos moradores da redondeza, a maioria de posição social elevada, que se gabava de morar em um lugar onde o clima "era semelhante ao de Petrópolis" .
Devia ser mesmo, embora Tijuca, na linguagem dos índios, signifique "terreno la-
macento". Com a urbanização do lugar, os índios teriam que arrumar outro nome . Talvez "o lugar que conheceu o inferno e o paraíso". Nos anos 70, com o início das obras do metrô, os moradores de lá viveram meses tenebrosos por conta do barulho, da sujeira e dos buracos, entre outros tormentos. Os comerciantes, então, quase foram levados à loucura. Mas, ao terceiro dia, a Tijuca ressurgiu, literalmente sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Hoje, o metrô serve a uma população estimada em 280 mil, distribuída em uma área de 43,53 km2
, muito valorizada em termos imobiliários.
Quem não gostaria de morar em um bairro que dispõe ainda de muito verde, opções de lazer, como nove cinemas, três teatros, inúmeros clubes sociais, um movimentado comércio e, além disso, tem três escolas de samba: Salgueiro, Unidos da Tijuca e Império da Tijuca. E indústrias também . Abrindo novamente o almanaque, descobrimos que um certo português de nome Albino Souza Cruz, adquiriu em 1910 a Imperial Fábrica de Rapé Paulo Cordeiro. Desnecessário dizer que esta pequena indústria mais tarde se transformou no gigante chamado Cia. de Cigarros Souza Cruz.
Em busca do ouro
Lazer, comércio, indústria, tudo isso gera dados estatísticos e é aí que o IBGE se faz presente. Paulo Augusto Vieira, chefe da Agência Tijuca, conta que a sua equipe faz todas as pesquisas, exceto a de preços.
Paulo, com 21 anos de IBGE e cinco nesta Agência, revela que, além de cobrir todo o bairro, o seu pessoal se incumbe, também, do Rio Comprido e de Vila Isabel - Agências incorporadas à Tijuca. "Com isso, ovolume de serviço aumentou um pouco, mas nem se compara com os trabalhos do Censo", afirma, acrescentando que já trabalhou em outras Agências, como na extinta Vila Isabel.
- Subimos morros, andamos em favelas, por todas as 324 ruas da Tijuca e dos outros bairros em "busca do ouro" - que é como chamamos as informações - diz Edmundo de Faria, há 41 anos no IBGE e um dos mais antigos da Agência, criada no iníCio dos anos 50.
A funcionária mais antiga na Tijuca, contudo, é Elisa Merhy Noya, 64 anos, com quase 40 anos de casa. Descendente de gregos e libaneses, Elisa conta que no tempo do Conselho Nacional de Geografia -CNG e Conselho Nacional de Estatística -CNE tudo parecia uma família. "Havia mais congraçamento entre todos", revela dona Elisa. "Hoje em dia tudo é muito impessoal, mas ainda assim gosto de todo mundo." Moradora do bairro, ela lembra com saudade dos anos dourados na Tijuca.
Já Sheila Andrioti, que embora tenha oito anos de casa, é uma das mais novas na Agência, diz que curtiu muito o lado boêmio da vida. "Agora não dá mais, porque tenho uma filha que está com dez meses e me absorve muito." Para ela, o relacionamento entre os Agentes de Coleta e os Informantes é o melhor possível. "Existem, naturalmente, alguns problemas, facilmente contornáveis." Ela conta que já trabalhou em Madureira e Jacarepaguá e assimilou muita coisa.
Elza Maria Diniz, também funcionária da Agência, revela que quando se aposentai quer publicar um livro de crônicas sobre experiências de vida . E a Tijuca lhe dá muita inspiração, pois é um lugar onde os contrastes convivem em harmonia. Lá pode ser visto o prédio moderno, com suas esquadrias de alumínio e vidros fumê, ao lado de casas simples com quintal, varanda "e na fachada escrito em cima que é um lar", como na música Gente Humilde. Na Tijuca você pode andar no metrô e passear em bucólicas charretinhas puxadas por bodes. O velho e o novo. O verde e o concreto. A Tijuca é assim.
O Instituto de Educação: cenário para os ingênuos Anos Dourados, onde as nonnalistas sonhavam em casar com aspirantes ao oficialato. Bons tempos ...
JORNAL DO IBGE- Agosto de 1988
Mostra de Cinema dá brindes
Mostra reuniu cerca de 2 mil espectadores.
No último dia da Mostra dos 90 Anos do Cinema Brasileiro foram sorteados, no auditório da Sede, brindes para quem assistiu aos filmes. Estiveram presentes a Chefe de Gabinete, Maria da Conceição Lomba Lima, o Superintendente de Recursos Humanos, Miguel Mubárack, a Coordenadora de Comunicação Social, Shirley Soares, e a equipe de Relações Públicas e Propaganda da CCS responsável pelo Projeto "Quem não viu no cinema, verá no IBGE".
Cadeiras de "diretor de cinema"- Marlene de Oliveira, Almerindo das Flores e Olimarknierim (Mangueira). Livros- Maristela Carvalho, (Sede), José Carlos Castro e Lilian Andrade (Praça da Bandeira), Aldalita Lima e Aníbal da Silveira (Lucas). Discos- Jadir da Costa, Leda Ferreira, Jorge Luiz dos Santos, Carlos Roberto de Melo, Maria Rebouças e Rute dos Santos (Mangueira), Aracy Folena, Milton de Carvalho e Jorge Pinto (Lucas), Trento Natali Filho (Praça da Bandeira) e Ana Amélia Coelho (Sede) . Assinaturas da Revista Cinemin - Edimilson Baptista, Nilcéia da Silva e Cesaltina Marracho (Mangueira), Eliane Xavier, Ely Fernandes e Sônia Maria de Souza (Sede). Pacotes com revistas- Fátima Prates, Sérgio da Silva, Eliana de Jesus, Geraldo Gonçalves Filho, Angela Maria Caetano, Silvia Bregman, Maria Fátima Fernandes, Eliane Barreto, Fátima Machado, José Janio Eustáquio, Luciene Silva Guto, Heleria Maria Quintanilha, Rosani da Silva, Carlos Alberto Simonato, Juarez Vieira, Nilcéia de Campos e Júlia Maria Tostes (Mangueira), Yrapoan Rodrigues, Ana Lúcia Fernandes e Hélio dos Santos (Praça da Bandeira), Tereza Cristina Gino, Vera Lúcia Dutra e Sonia Maria Santos (Sede) e Oswaldo Souza (DEGE/RO). Cartazes - Virgínia Azevedo, Rosângela de Souza, José Carlos Costa, Sonia Maria da Silva, Maria Lúcia Dias, Henrique Lopes, João Ferreira dos Passos, Iracema de Lyra, Sonia Manhães Dias, Sebastião Gomes, Iara de Faria, Ana Lúcia Saboia, Denicia de Lima, Luiz Carlos do Amaral, Urahi de Oliveira, EsteJa Rosa dos Santos e Laercio Roberto Doederlein (Mangueira), Willian Avelino da Silva, Sonia Regina lzidoro e Sérgio Roberto Xavier (Lucas), Armely Marica to (Praça da Bandeira) e Creimar de Souza, Francisco Carlos dos Santos e Diva Francisco Ribeiro (Sede).
Página 5
Na ponta do lápis O seu dia-a-dia é na ponta do
lápis, coletando os preços efetivamente cobrados ao consumidor. E tudo tem que ser também anotado direitinho para administrar o orçamento familiar, principalmente em tempo de mudanças de hábitos de consumo e até projetos de vida. O que fazem alguns Agentes de Coleta da Unidade Regional do Rio de Janeiro quando esbarram, como todos nós, nas contas do "pão nosso de cada dia"?
"A primeira regra é gastar bastante a sola de sapato para depois comprar." Quem recomenda é Teima Lomba de Oliveira que nos tempos do Plano Cruzado esbanjava comprando, justamente, sapatos. Hoje, em vez de jogar no lixo os pares que estão muito usados, procura mesmo é o sapateiro da esquina.
Solteira e morando com os pais, T elma gastava boa parte de seu salário em butiques da moda, sem se preocupar muito com os preços. Agora, consciente de que o salário acompanha a distância a inflação, contém seus impulsos na hora de fazer uma compra ou projetos.
"Recentemente quis fazer um curso de extensão em jornalismo. Desisti quando vi que era cobrado em OTN", reclama Teima, que desistiu também de comprar um novo par de tênis para a ginástica. "Quando o vendedor me disse o preço!!! Preferi continuar usando o velho mesmo." Agente de Coleta, há oito anos, Teima dá dicas a sua mãe sobre produtos e locais que oferecem
mais vantagens, zelando, assim, pelo orçamento familiar.
Colhendo verduras
João Henrique Sales, supervisor, diz que a solução para manter o seu poder aquisitivo foi a mudança da casa em Higienópolis na Zona Norte carioca para um sítio em ltaboraí, a 60 km do Rio. Apesar de gastar cerca de 2 horas de ônibus por dia no caminho de casa para o trabalho, economiza consumindo produtos de sua própria horta e criando galinhas: "Já dá para garantir a omelete de cada dia". Com bom humor, ele não se queixa da vida e continua a comentar como consegue controlar as suas despesas.
"Fiz uma despensa em casa onde estoco o que não é perecível, deixando para as compras diárias o pão e o leite." Ele e a esposa de-
Na luta contra a inflação, os pesquisadores
de preços Teima, Clara e João Henrique
dão suas "dicas".
sistiram da cervejinha e de supérfluos como o queijo e o presunto. "Isto se tornou um luxo." Mas de uma coisa ainda não abriu mão: almoçar ou jantar uma vez por mês em um restaurante com a família. João só lamenta mesmo é o cancelamento da assinatura de suas revistas.
De olho nos preços
Novos tempos, novos hábitos. Para quem vive na ciranda de fogo dos preços é fundamental conhecer o caminho das pedras para não se queimar. Clara Colmen Hochman sabe e dá a "dica":
- Hoje em dia o ideal é pesquisar os preços, verificar onde as promoções são realmente van-
tajosas e comprar os artigos em oferta. Enquanto faço a coleta, fico de olho nas promoções. Se estiver perto de casa, depois do expediente pego o carrinho de feira e volto.
Ela mora em Copacabana, com o marido e o filho, em um apartamento próprio, pago durante 15 anos, "na época em que podíamos comprar imóvel financiado, pois hoje até o condomínio é alto", acrescenta;
Clara trabalha pesquisando os preços em estabelecimentos da Zona Sul do Rio, de Santa Teresa e Glória até o Leblon. Ela admite que esses tempos de inflação em alta modificaram seus hábitos. Já cortou supérfluos na alimentação, como .queijos, refrigerantes e enlatados. E o lazer? "Só vou ao teatro no final do ano quando tem a promoção das Kombis."
Ela tem utilizado uma prática muito comum atualmente na classe média: o "efeito substituto", deixando de comprar discos para ouvir rádio. Se antes comprava muitos livros, hoje prefere trocar com os amigos os poucos que adquire. Seleciona bem os filmes a que vai assistir, porque o preço do ingresso está muito ca- l' ro.
Mas o que ela sente falta mesmo é das viagens que fazia a São Paulo para rever os familiares ou a T eresópolis com os amigos. No ano passado ganhou uma passagem a Israel de um parente que mora lá. "Só assim mesmo que eu pude conhecer a terra de meus pais", assegura Clara, que é sanitarista formada pela USP e funcionária do IBGE desde 1970.
Página 6
Promoção IBGE/Nova Fronteira Se você deseja ganhar um dos li
vros recomendados na promoção basta responder corretamente às duas perguntas do teste e enviar o cupom até o dia 14 de outubro pa-
ra o Jornal do IBGE - Promoção IBGE - NOVA FRONTEIRA - Av. Franklin Roosevelt, 194 - 9? andar - CEP: 20.021 - Rio de Janeiro. A Editora Nova Fronteira
está oferecendo cinco exemplares de A Gargalhada no Escuro e cinco de O Homem dos Dois Mundos para serem sorteados entre os funcionários do IBGE.
A GARGALHADA NO ESCURO
Vladimir Nabokov Cd 2.700,00- 220
páginas Editora Nova Fronteira
Teste literário
O HOMEM DOS DOIS MUNDOS
Frank Herbert e Brian Herbert Cd 3.350,00 - 492 páginas Editora Nova Fronteira
1 - O livro de maior sucesso de Vladimir Nabokov, filmado por Stanley Kubrick, que narra o romance de uma adolescente por um homem maduro é:
2 - Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro são obras do conhecido escritor baiano:
) Antonio Callado ) OTambor ) Assassinato no Expresso Oriente ) Memórias de Adriano
) João Ubaldo Ribeiro ) Mario de Andrade
) Lolita ) Guimarães Rosa
) Aeroporto ) Nelson Rodrigues
Nome ................................................................ .
Lotação ............................................................. .
Telefone/Ramal .................................................. .
Cidade ......... ........•. . Estado •................................. I
L- -- ---- - ---- - ---- - --- - - ------ - --- - -- --- --- - - --- - --- -- - - - -- -- - - - -~
CLASSIFICADOS Anuncie grátis no Jl: ligue 220-1222 L@) QUEM NÃO VIU
JORNAL DO IBGE- Agosto de 1988
INPCem disquetes
No estande, Paulo Tafner, chefe do CDDI.
O IBGE participou da VIII Feira Internacional de Informática, no Riocentr.o, de 22 a 26 de agosto, com uma grande novidade: demonstrações do nosso primeiro produto em disquete, a ser lançado brevemente. Trata-se da série histórica, a partir de janeiro de 87, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor -INPC. Houve demonstrações, também, de como será possível, já em outubro, acessar diretamente o maior banco de dados sobre o Brasil, via Embratel, pela RENPACRede Pública de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes_ Em nosso estande, publicações, mapas e gráficos. E mais: através de tr~s terminais e um telex, milhares de informações sobre estudos e pesquisas do IBGE nas áreas de Estatística e de Geociências. Essas informações podem ser normalmente obtidas pelo público, durante o ano inteiro, no CDDI.
10 (\1(11 VERÁ I
10 18&1 L®
Utilidades do
Lar
Tratar com OzéUo. Tels. : (084) 222-1426 ou 222-8964.
VENDO - Calculadora eletrônica Texas lnstrument T-30. Preço:
VENDO um relógio Mondaine novo, na caixa. Pulseira de aço com detalhes dourados. Tratar com Marco. Tel.: (021) 220-1542 ou 220-1222. IMAGINÁRIO s:z ~ PolyGram
• ............ 111 lliDf..~"'OI · h•· l U.
VENDO - Tapete Tabacow, cor mostarda, 2,10 x 3,50. Pouco uso. Tratar com Teresa Cristina. Tel. : (021) 220-1542.
VENDO - Uma estante-escrivaninha p/ 2 pessoas com 2 cadeiras. Informações com F6tima. Te!. : (021) 220-1222
Diversos
VENDO - Coleção de selos. Mais de mil peças avaUadas em um milhão de cruzados. Preço: 500.000,00.
Cz$ 6.000,00. Informações com Clair. Tel.: 1021) 232-8945.
VENDO - Coleções de Conhecer (15 vols.), Bom ApeHte, Mãos de
Ouro (6 vols.), Sl!culo XX (14 vols.), Allan Kardec (5 vols.) e Bfblia Poesia Eterna (2 vols.). Informações com Norma. Tel.: (021) 220-1222.
VENDO - Coleção do Correio da Unesco (FGV), ano 1979, Gênios da Pintura (6 vols.) e Dicionário Mor da Ungua Portuguesa, ilustrado (4 vols.) - 1%7. Informações com Ana. Tel.: (021) 297-3911 - R. 385.
COMPRO o primeiro número da revista Superínteressante, em bom estado. Tratar com Marco. Tel. : (021) 220-1222 ou 220-1542.
Imóveis
VENDO - Terreno 15 x 30 na Praia de Muriu, Natai/RN. Excelente localização, a 600 m do mar. Preço: 90 OTN. Tratar com Ozélio. Te!.: (084) 222-1426 ou 222-8964.
a Veículos e
Acessórios
VENDO - Capas Procar p/ bancos de Brasflia. Bom estado. Trata r com Carlos César. Tel.: (021) 220-1542.
Rio-cine-festival
EMBRAFILME -~- ~I .. ~~
BOI*OGO Dml m 00 I c ÉON CHAUVItRE clnomatog"'flaltdll
~~""'
FUNDAÇÃO DO ONEMA BRASILEIRO mlnC
COLABORARA fi PARA o SUCESSO DA fiOSTRA
L@) QUEM NÃO VIU 10 (11(11 VERÁ lO 1161 L®
Para anunciar no Jl basta ligar para 220-1 222
JORNAL DO IBGE- Agosto de 1988 Página 7 ·
Encontro de Informática no Rio O I Encontro da Informática das Delega
ciasRegionais aconteceu no Rio, de 15 a 19 de agosto, promovido pela DI, através da Ger~ncia de Produção e Suporte aos Usuários e do· Setor de Treinamento do GEA. Participaram os responsáveis pelos Centros de Processamento de Dados e titulares das Unidades Regionais, técnicos e diretores de Informática e de Pesquisas e representantes das Superintend~ncias de Recursos Humanos e de Recursos Financeiros, Materiais e Patrimoniais envolvidos com a descentralização de sistemas.
Foram analisadas as vantagens obtidas com a descentralização da apuração das pesquisas, a uniformização de conceitos e padronização de rotinas nas Unidades Regionais, a criação de um Catálogo de Aplicativos em nível nacional e as diversas formas de comunicação e transmissão de dados entre as UR e o CPD central, avaliando volume x tempo x custo. Houve também apresentação dos sistemas desenvolvidos nas UR, mostrando o avanço destas no processo de informatização de suas rotinas intemas. E ainda uma explanação sobre o Banco de Dados de Recursos Humanos,
Beuilaqua: política de descentralização da inform6tíca no IBGE.
que, entre outras coisas, dará maior agilidade à atualização das fichas cadastrais dos funcionários e deverá ficar pronto em outubro.
PELO BRASIL AFORA REGIÃO NORTE
A convite da Assembléia Legislativa do estado, a Unidade Regional do Amazonas participou, nos dias 17 e 18, representada pelo Gerente de Pesquisas, João Adelino da Silva, de um ciclo de debates sobre o papel do município na Nova Constituição.
Ainda do Amazonas: o Superintendente de Recursos Financeiros, Materiais e Patrimoniais, Homero Correa, esteve em Manaus para tratar da construção da nova sede na Estrada do Alei- · xo.
* * * O Curso de Chefia e Liderança foi.
ministrado aos servidores da Unidade Regional de Rondônia, de 20 de junho a 10 de julho. Em pauta, o comportamento humano e diferenças individuais, o indivíduo em grupo, a comunicação como fator de informação, aplicação prática e análise dos resultados.
* * * O Coordenador da Comissão Execu
tiva do Nosso Censo - Pesquisando Nossa Realidade, Manoel Antônio Soares da Cunha, fez palestra dia 29 de julho no auditório do INPS para os servidores da Unidade Regional do Pará. Foram expostos os objetivos, o conteúdo e o cronograma do Censo dos funcionários da Casa que terá início em em outubro.
REGIÃO NORDESTE Os Geógrafos Aluízio Capedeville e
Maristela de Azevedo Brito estiveram na Unidade Regional da Paraíba, em agosto, dando prosseguimento ao projeto de revisão da divisão do estado em microrregiões, que já será utilizada no Recenseamento Geral de 1990. No encontro, técnicos da Universidade Federal de Pernambuco, Fundação da Colonização do Estado da Paraíba, Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, Comissão Estadual de Planejamento Agrário da Paraíba e Gabinete do Planejamento e Assistência Governamental.
Eles estiveram também no Piauí para debate com técnicos da Unidade Regional e de órgãos estaduais de pesquisa. Na proposta final, o estado ficou constituído por 15 microrregiões, num total de quatro mesorregiões.
* * * "Geografia e realidade brasileira: for
mas de resistência" foi o tema do 7. 0
Encontro Nacional de Geógrafos e da 35. a Assembléia Nacional Ordinária da Associação Brasileira de Geógrafos. Realizado no Colégio Marista de Maceió, no final de julho, reuniu mais de 2.400 geógrafos, entre professores, pesquisadores, técnicos e estudantes de Geografia e Meteorologia. O IBGE marcou presença, através da Unidade Regional de Alagoas, inclusive com um estande para venda de publicações, montado pelo setor de Documentação e Disseminação de Informações.
* * * Eribaldo de Carvalho Portela está
completando três anos como titular da Unidade Regional de Pernambuco. Ele aproveita para agradecer o apoio "dos órgãos centrais e principalmente da minha equipe de trabalho".
REGIÃO SUDESTE O Setor de Desenvolvimento e Assis
tência ao Empregado da Unidade Regional de São Paulo vem se ampliando nos últimos meses. Seguindo as diretrizes gerais estabelecidas pela política de recursos humanos do IBGE, a assistente social Tereza Arruda Fattorl tem orientado os servidores da DEGE e suas famílias a respeito da legislação trabalhista e do uso de seus direitos assegurados pelo Acordo Coletivo de Trabalho.
Esta orientação abrange os casos de acidente de trabalho e pedidos de aposentadoria, quando os funcionários são encaminhados aos setores competentes, além do acompanhamento de problemas particulares e familiares que repercutem no rendimento funcional.
Quanto aos servidores lotados no interior do estado podem receber orien-
Descentrallzaçio
No discurso de abertura do encontro, o Presidente Charles Mueller destacou a im-
tação da assistente social através de cartas ou por telefone.
* * * A Unidade Regional de Minas Gerais
participou com um estande do V Congresso Mineiro dos Municípios e da IV Feira para o Desenvolvimento dos Municípios, de 25 a 28 de julho, em Belo Horizonte. ·
* * * Foi na Unidade Regional do Espírito
Santo este mês que começou o programa de treinamento na área de recursos materiais, sob a orientação de José Carlos Barreiro, do DEMAT. Esse treinamento sobre a alienação, compras (aquisição e registro) , locação (de serviços e imóveis) e sistema de comunicações (expediente, protocolo, arquivo e controle de veículos) será levado a todas as Unidades Regionais.
REGIÃO CENTRO-OESTE Como resultado de um convênio en
tre o IBGE e o Instituto Nacional de Saúde e Nutrição, começa, em setembro, na Unidade Regional do Distrito Federal, o trabalho de campo da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, que abrangerá todas as Unidades da Federação. Foram selecionados 15 setores, visitados por 30 pesquisadores que receberão treinamento intensivo.
Para garantir a qualidade das informações, especialmente as que envolvem medidas de precisão, cada dupla (entrevistador e antropometrista) receberá uma balança microeletrônica e fitas métricas próprias para medir altura.
REGIÃO SUL O Centro de Processamento de Da
dos da Unidade Regional de Santa Catarina receberá em setembro um equipamento Cobra-480 . Supervisionado por Natanael Maciel, o CPD funcionará com·nove terminais de vídeo e uma impressora Digilab de 300LPM. Assim, a UR ingressa definitivamente na era da informática, simplificando e agilizando todos os serviços das áreas técnicas e administrativas.
portâncla da descentralização da informática no IBGE e falou sobre o desenvolvimento técnico das Unidades Regionais e o aperfeiçoamento do processo de apuração das pesquisas.
Dentro da política de descentralização operacional da informática v~m·send6 instalados, desde 1984, Centros de Pr.ecessamento de Dados nas Unidades .. Regionais. Já estão implantados os CPD do Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Anteriormente, pesquisadores das Unidades Regionais faziam o trabalho de campo, preenchendo questionários, depois envelo-: pados e remetidos à Sede para processamento dos dados estatísticos. Com a insta.lação dos CPD, parte desse processamento passou para as UR, garantindo maior agilidade às pesquisas do IBGE.
No encerramento o Diretor-Geral, David Wu Tal, incentivou a continuidade desse tipo de encontro, ressaltando a sua importância para o bom desenvolvimento dos trabalhos das áreas envolvidas.
As Geógrafas Onorina Fátima Ferrari e Lurdes Manhães de Mattos Strauch, da Diretoria de Geociências, reuniramse, de 10 a 12 de agosto, com os técnicos da Unidade Regional do Paraná e de 21 órgãos estaduais para discutir a proposta de reformulação das meso e microrregiões. Ficaram definidas 39 microrregiões e 11 mesorregiões no estado.
Pela primeira vez, foi realizada no Paraná a Reunião da Comissão Especial de Planejamento, Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias -CEPAGRO. O Presidente do IBGE, Charles Curt Mueller, e o Diretor de Pesquisas, Lenildo Silva, participaram desse encontro dia 17 de agosto, no auditório da FederaÇão da Agricultura, em Curitiba. Estiveram presentes ainda, entre outros, os titulares das Unidades Regionais de Santa Catarina e Paraná, representantes do Grupo de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias - GCEA, coordenadores de Estatísticas Agropecuárias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e chefes das Agências de Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Jacarezinho e Rio Negro.
Equipe de Apoio nas Unidades Regionais: Dante Chaves - RJ; Claudionora de Paiva - AC; Alcemir de Carvalho - AM; José Jirino de Santana - AL; Djalma de Almeida - AP; Celeste Moreira - BA; Roberto Aragão - CE; Claro de Marcelo - DF; Sebastião de Mato - GO; João Monteiro Filho -MA; Tereza Nogueira - MT; Benedito Azamor Filho - MS; Cide Antônio Fonseca - MG; Jackson Silva - ES; Cláudia Hortides - PA; Afonso Biali - PR; Hélio Caldas- PB; Vicente da Silva - PE; Pedro de Oliveira - PI; Maria Ednaide de Oliveira - RN; Jair ou Rose - RS; Maria do Socorro Costa - RO; José Monteiro da Silva -RR; Vera Lúcia de Souza - SC; Guilherme Bittencourt - SP; e Ruy Régis -SE.
Página 8 JORNAL DO IBGE - Agosto de 1988
O Censo já começou Recursos Humanos - GETRE, afirma que o treinamento para o Censo Experimental será de dois tipos: um enfati· zando o formulário básico (CD 1.01) para os recenseadores que percorrerão setores urbanos menos complexos; e outro que destacará o formulário c,la amostra (CD 1.02) a ser aplicado nos domicílios previamente selecionados para a segunda passagem. Eles responderão, além do questionário básico, a este modelo que Investiga dados mais específicos.
- Nesse treinamento do segundo tipo o destaque será dado aos recenseadores que percorrerão setores rurais e
g, urbanos de difícil acesso e aos que fa-6 rão a segunda passagem nos setores g urbanos onde será aplicado o modelo '8 CD 1.02, diz Suely. E
~ ~i
@
Suely, Cleide e Moema: vídeo traz para a sala de aula
situações novas para os treinandos.
~ De acordo com Cleide Ramos, serão treinados para o Censo Experimental 16 supervisores e 136 recenseadores que aplicarão os formulários numa população estimada em mais de 200 mil habitantes.
Heitor, Valéria e Jorge: Limeira foi a cidade que apresentou o perfil mais adequado para o teste.
N elson, nio podemos es-- quecer nada.
- Vamos montando a casa devagar, Clara. Precisamos de poucas coisas.
- No fundo, queria ter uma· casa linda com tudo bem arrumado.
Não, este não é trecho de um diálogo da novela das oito. Esta é uma das cenas do roteiro de um vídeo lnstru· clonal para o treinamento de recenseadores que atuarão no Censo De· mográfico Experimental de Limeira e no Recenseamento Geral de 1990. O vídeo é resultado do convênio de cooperação técnica e prestação de servi· ços feitos entre o IBGE e a Fundação Centro BJasilelro de TV Educativa -FUNTEVE.
Segundo Antonio Frota Neto, presidente da Funtevê, esse convênio abre espaço para a cooperação em vários âmbitos: "Queremos mostrar a toda a população o trabalho que o IBGE realiza e que o Brasil precisa conhecer", assegura Frota Neto, ressaltando a lm· portâncla da articulação de dois órgãos do Governo destinados a pres· tar serviços à sociedade.
Cenas típicas
No vídeo, os personagens principais sio colegas de um curso noturno de Contabilidade, que resolvem trabalhar como recenseadores no IBGE. As locações são as mais diversas possíveis: desde uma biblioteca até casebres nas áreas rurais onde um dos personagens leva uma "carreira" de um cachorro.
· Para a titular do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos - DEPLA, Cleide Ramos, já não há mais como Ignorar a Importância do VT na educação. Segundo ela, o videocassete é um recurso que atinge vários sentidos do treinando. "O vídeo tem a capacidade de demonstrar, sistematizar a aula, exemplificar e provocar a discussão sobre determinado assunto." Cleide acha que esse novo recurso traz para a sala de aula situações que, por questões até mesmo de tempo, não pode· riam ser vtvencladas pelos trelnandos.
Além do VT, outros recursos serão utilizados, como o teste Inicial, o ca· demo de exercícios, transparências e teste final. Embora já tenham sido empregados nos treinamentos de Censos anteriores, desta vez foram adequados a uma linguagem mais moderna em termos de recursos humanos.
Suely Lacerda Palva, gerente de Treinamento e Desenvolvimento de
Um trabalho de base Para garantir a qualidade da execução
de um Censo existem dois fatores básicos: a cobertura completa do território nacional e o preenchimento correto dos questionários. Para que o primeiro obje· tivo seja atingido é fundamental o preparo cuidadoso da base operacional, por onde, na verdade, começa a atividade censitária.
Segundo Rodolpho Alves Simas, gerente do Projeto Censo na DGC, base operacional é um conjunto de atividades que visa a preparar o material necessário à coleta, com o objetivo de definir o percurso do recenseador na sua atividade, garantindo a representatividade territorial das estatísticas.
Nas atividades da base operacional é que se define o setor censitário, que estará representado em forma cartográfica na caderneta do recenseador onde o mesmo encontrará os domldlios a serem pesquisados. "Na elaboração dos mapas municipais são levadas em conta desde descrições topográficas mais detalhadas aM a própria legislação que define os limites municipais e estaduais", explica Lurs Antonio Paultno, do Departamento de Cartografia - DECAR.
Para testar o material que será utilizado no treinamento do pessoal da coleta, que executará o trabalho de elaboração de base, estiveram em Limeira, em agosto, além de Rodolpho e Lufs Pau/ino, os engenheiros cart6grafos Olmes Paes e Mauro Preisler, do DECAR, o engenheiro agrônomo Antonio Florido, do Núcleo de Documentação e Informação - NDI. Na oportunidade, aproveitaram para fazer a delimitação dos setores para o Censo Experimental.
- Em Limeira foi promovida uma reunião para avaliar os manuais de Atualização Cartográfica e de Delimitaçlfo de Setores, diz Mauro Preisler. "Foi a primeira vez que houve este tipo de trabalho junto ao pessoal da base."
Já Martlene Simões Rios, Chefe do setor de Base Operacional da Unidade Regional de São Paulo, acha que seria muito importante criar um íntercllmbio com as áreas de Cartografia e de base operacional: "Para nós é fundamental que sejam desenvolvidos novos procedimentos cartográficos nos trabalhos de e/aboraçlfo da base, como a uttlizaçlfo de bússola e de técnicas de medtçlfo de distâncias e localização de elementos no mapa".
j i
Rodolpho, Mauro e Pau/in o: delimitaçao dos setores censltárlos.
Por que Limeira?
Foi o que perguntamos a Valéria da Motta Leite, Chefe do Departamento de População - DEPOP: .
- Para a escolha da cidade onde faríamos o teste para o Censo de 1990 deveriam ser levados em conta vários aspectos. O número de habitantes não poderia ser muito grande porque estenderia a apuração. Não poderia ser multo pequeno, pois tornaria os resultados pouco representativos. Valéria acrescenta que o local escolhido deveria apresentar, também, aspectos demográficos e sócio-econômicos bem diversificados a serem Investigados, tais como: nupcialidade - caracterís· tlcas das uniões conjugais - migração Interna, pessoal ocupado em áreas ur· banas, rurais, tipos de atividades econômicas e nível de escolaridade. Outro fator a influenciar a escolha foi a proximidade com o Rio de Janeiro. Isto para não onerar o projeto. Foi fel· ta, então, uma consulta às Unidades Regionais do Rio, Minas Gerais e São Paulo e, entre as Cidades sugeridas, Limeira foi a escolhida, porque apresentou o perfil mais adequado.
Uma vez definido o local onde se verificaria o teste, a etapa seguinte seria iniciar o planejamento do Censo Experimental. Jorge Henrique Carvalho, Chefe da Divisão de Pesquisas do DEPOP, afirma que foram feitas consultas aos usuários especializados não só do IBGE como de outros órgãos que sugeriram várias questões a serem incluídas no Censo. Foram necessárias algumas reuniões para consolidar todas as sugestões enviadas.
- Criou-se, também, um grupo de amostragem composto por técnicos da Diretoria de Pesquisas e da Escola Nacional de Ciências Estatísticas -ENCE, para estudar as aplicações de amostragem no Censo de população, diz Jorge Henrique.
Com data-referência de 1. 0 de outu· bro, o Censo Demográfico Experimental de Limeira será "um grande laboratório" para o Recenseamento Geral de 1990 em todos os níveis: servirá para testar as técnicas definidas para o treinamento e os procedt~entos de coleta.
Heitor Vellozo, assessor especial para o Censo, que participou de todos os recenseamentos a partir de 1940, diz que estas são as grandes e bemvindas modificações. Ele assegura que "depois da Informatização e utilização do processo de amostragem nos Censos, a Introdução de recursos modernos em treinamento como o VT é o grande avanço".
Recommended