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Socicana e Solidaridad
apresentam resultados do
Top Cana
Página 4 Página 7 Páginas 8 e 9
Ano 2 • Nº 16 • Abril 2017
Programa de sustentabilidade torna-se
caminho para a certificação
No dia 29 de março, a Socicana e a fundação Solidari-dad apresentaram os resultados do programa Top Cana, iniciado em junho de 2016. A reunião, em Guariba-SP, foi aberta por José Antonio de Souza Rossato Junior, da di-retoria da Associação, representando o presidente Bruno Rangel Geraldo Martins. Rossato lançou a pergunta “como aumentar o fornecimento de alimento e energia nos dias de hoje?” e apontou como resposta “os investimentos em desenvolvimento sustentável”. Ele lembrou que a Socica-na, atenta à necessidade de mercado, colocou o tema em sua missão.
Coplana discute mercado da soja com
produtores
Artigo - Seletividade de herbicidas à cultura da
cana-de-açúcar
Resp. Socioambiental Coplana participa da Semana
da Água e Dia de Campo CAP Jr Foto
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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria: pres. - Bruno Rangel G. Martins, vice-pres. - Francisco A. de Laurentiis Filho e secretário - Fernando Scaroupa Panobianco, superintendente - José Guilherme Nogueira • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, Igor Pizzo, José Marcelo Pacífico, Pablo Silva, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (produção de textos), Ewerton Alves, Daiana Scaldelai (gestão de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação). • Contatos: cemucci@socicana.com.br, pasgarbosa@coplana.com, regiane@neomarc.com.br
Participaram: representantes de associa-ções, instituiçõesde ensino, usinas, Cati, Unica, Fundação Solidaridad, Bonsucro e Orplana.
Eduardo Romão, presidente da Orplana, co-mentou o posicionamento da Socicana. “Preci-samos fazer com que o produtor de cana seja um agente transformador, fazer a extensão ru-ral e gerar valor para a nação”, resumiu. Iza Bar-bosa, representante da Unica e da Bonsucro, protocolo de certificação, que reconheceu pro-dutores vinculados à Socicana, elogiou o traba-lho que a instituição está fazendo, com reflexos em toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar. “É um trabalho fantástico. A importância deste programa está sendo reconhecida, basta olhar os números.”
Fundação Solidaridad e Usinas parceiras defendem a iniciativa
Aline Silva, representante da Solidaridad, parabenizou os produtores e lembrou como tem sido bem sucedida a parceria com a So-cicana desde 2011, com o projeto Horizonte Rural. “Nós queremos dar subsídios para que o produtor tenha uma lavoura sustentável e, ao mesmo tempo, incremente sua produtividade. Graças aos esforços empreendidos até agora, os resultados têm mostrado que estamos no
Aline SilvaSolidaridad
Eduardo RomãoOrplana
Peter LaspergRaízen
Marcelo Galbiati Usina Santa Adélia
Carlos Alberto Borba Usina São Martinho
José Antonio de Souza Rossato Junior - Socicana
caminho certo”, avaliou. Peter Lasperg, da Raízen,
Marcelo Galbiati, da Usina Santa Adélia, e Carlos Alberto Borba, da Usina São Martinho, reconhe-ceram o desempenho do Top Cana. “Todos estão de parabéns por esta iniciativa exemplar de priorizar a sustentabilidade. A Raízen utiliza o programa ELO, que tem o mesmo propósito”, explicou Lasperg. “Com base nas certificações e apoio da So-cicana, este importante conceito de desenvolvimento sustentável saiu da indústria e chegou ao produtor. Todos só têm a ganhar com este projeto”, disse Galbiati. “Este trabalho vai ao encontro das propostas que norteiam a São Martinho. Não pensamos apenas em resultado econômi-co, mas também social e am-biental. Trata-se de um projeto que gera melhorias para o setor sucroalcooleiro como um todo”, afirmou Borba.
Resultados do programa
José Guilherme Nogueira, su-perintendente da Socicana, apre-sentou os resultados da primeira rodada do Top Cana. “Trabalhar atento aos cuidados ambientais mitiga riscos, e o programa Top Cana caminha nesta direção. Ele visa fazer um diagnóstico da pro-priedade rural e estreita o canal
3Abril de 2017
Vagner Carqui - Produtor Certificado
Produtores são homenageados pela conquista da Certificação Bonsucro
Produtores são homenageados pela conquista da Certificação RSB
José Guilherme Nogueira - Socicana
de relacionamento com o produ-tor, contribuindo para melhorar o resultado e o intercâmbio de informações, oferecendo supor-te ao produtor, gerando valor ao seu produto”, explicou. O supe-rintende destacou ainda que o Top Cana, junto com a ferramen-ta Horizonte Rural, chega a re-presentar uma pré-certificação e ajuda a promover o aumento da produtividade em consonância com as exigências legais.
Aline Silva, da Solidaridad, aproveitou para informar que o Top Cana continua em 2017, acrescido do apoio do programa MudaCana, da Orplana. “Esta ex-pansão visa manter o mesmo modelo e engajar mais pessoas.” No dia seguinte, o produtor Vag-ner Carqui participou, na Afcopi, em Valparaíso-SP, do lançamen-to do Muda Cana. “Conversei com muitas pessoas e transmiti como foi nossa experiência no Top Cana. Acredito que diversos produtores lá, também vão bus-car a certificação.”
“Produtores Top Cana” recebem reconhecimento do setor
Ao todo, 95 produtores participaram do Top Cana, com desem-penho muito positivo. E seis deles superaram expectativas opera-cionais, gerenciais e técnicas. Assim, Marisa Terezinha Borsetti, José Luiz Braciali, Paula Santana, Murilo Gerbasi Morelli, Roberto Cestari e José Vagner Carqui foram premiados com uma viagem patrocinada pela Solidaridad, para conhecer o setor canavieiro na Colômbia.
O encontro marcou também o reconhecimento aos produto-res certificados pela Bonsucro e RSB. Murilo Morelli agradeceu o reconhecimento e parabenizou os realizadores. Roberto Cestari acrescentou que “os projetos de mudança na lavoura vieram para ficar". Cestari, Morelli e Paulo Rodrigues foram certificados pela Bonsucro.
José Luiz Braciali, que recebeu a certificação RSB, contou que as exigências não foram tão difíceis quanto imaginava. “Quando adotamos as regras de um programa como o Top Cana, melho-ramos a gestão de uma maneira geral.” Eduardo José Ramalho concorda. “Valeu a pena implementar as sugestões do Top Cana. É apenas uma questão de organização.” Marisa Borsetti afirma que a maior parte das exigências ela já cumpria. “Mas havia muito para ser ajustado, e agora além das práticas corretas, estou com a documentação organizada.”
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No dia 23 de março, a Coplana promoveu uma palestra com o economista Guilherme Melo, sobre “Mercado de Soja”. O palestrante é analista sênior de Agronegócios do Itaú BBA e tem larga experiên-cia com pesquisa de commodities.
A iniciativa, segundo a superintendente da Co-plana, Mirela Gradim, ocorrerá outras vezes, já que visa oferecer informações aos produtores para a tomada de decisão. “Pretendemos oferecer pelo menos três palestras por ano: uma antes do plan-tio, uma antes da colheita e outra pós-colheita. Pre-tendemos trazer instrumentos de precificação, a fim de permitir, aos produtores, que consigam se sair cada vez melhor no mercado”, resumiu Mirela.
Guilherme Melo dimensionou os mercados e seus movimentos. “A China é responsável por ¾ das exportações brasileiras... A próxima safra nos Estados Unidos poderá ter uma área maior e isso deve suavizar possíveis reduções de produtividade. Estamos colhendo uma safra espetacular no Bra-sil, e a produção nacional deve crescer. Além disso, a ‘briga’ pela exportação será grande. No Brasil, po-demos voltar a observar crescimento de produção
Mercado de Soja é tema de palestra no CAC - Centro de Atendimento ao Cooperado
na safra 17/18, e o balanço geral tende a ficar relati-vamente folgado. Logo, os preços devem andar de lado.” Ele concluiu que os problemas na Argentina, quanto ao início do plantio, foram superados e tam-bém alertou para o aumento do frete.
E é justamente este aumento, além do custo do armazenamento, que está levando muitos produ-tores à tendência de comercializar já. Ainda que os preços não sejam os ideais no momento, aguardar também gera um custo. “Prefiro vender já porque o custo do armazenamento é alto. O cenário, pelo que acabamos de ver nesta palestra, não vai mudar muito a curto prazo. A palestra, portanto, foi funda-mental para me ajudar a tomar uma decisão”, disse Lincoln Ortolani Arruda.
O vice-presidente da Coplana, Bruno Rangel Ge-raldo Martins, ratificou os dados informados por Melo e destacou que a tendência é que os preços se mantenham a curto prazo. “O produtor tem que analisar bem se vende agora ou se armazena para vender depois. Deve decidir o que compensa mais”, encerrou Bruno.
Produtor irá contar com informações de mercado e palestras para a tomada de decisão
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Foto: Ricardo Carvaho Lincoln Arruda, Murilo Morelli e Azael Pizzolato Jr., representantes do Núcleo de Negócios - Silos
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Breno Fernandes Campos Carlos Alberto Mathias Azania Andréa A. P. Mathias Azania
Normalmente, não há como evitar a presença de plantas dani-nhas na cana-de-açúcar. Elas podem provocar um alto impacto na produção da cultura, e seu controle representa parte significativa dos custos de produção. Dentre as várias alternativas de manejo de plantas daninhas, o controle químico se destaca pela complexida-de e quantidade de variáveis que podem influenciar a sua ação. O herbicida é um produto químico de alto valor, exigindo, portanto, boa eficácia e seletividade para justificar sua utilização no controle de plantas daninhas.
Devido à semelhança morfológica e até mesmo metabólica entre algumas espécies de plantas daninhas e a cultura da cana-de-açú-car, é normal enfrentarmos riscos de intoxicação, quando utilizamos herbicidas como alternativas de manejo. A seletividade pode ser definida como a capacidade que os herbicidas têm em matar ou retardar o crescimento das plantas de uma ou mais espécies, e ao mesmo tempo ter a capacidade de não prejudicar outras plantas de interesse comercial.
O termo 'seletividade' é uma característica inerente ao herbicida, ao passo que os termos 'tolerância' e 'resistência' são relacionados às características específicas das plantas. Portanto, é correto relatar que dado herbicida 'X' é seletivo à cultura da cana-de-açúcar. Da mesma forma, também é correta a interpretação em que afirma-se que a cultura é tolerante e/ou resistente à aplicação de determinado herbicida.
A seletividade dos herbicidas não é absoluta. Por depender do herbicida, das condições ambientais e do modo de aplicação, po-demos afirmar que a seletividade é relativa. Qualquer alteração no herbicida (dose, modo de ação, número ou intervalo de aplicações), ambiente (tipo de solo, umidade, matéria orgânica) ou nas plantas (variedades, modo de aplicação), poderá fazer com que o herbicida seja seletivo à cultura em uma situação e não seletivo em outra.
Com relação ao herbicida, é importante sempre o uso das doses recomendadas pelos fabricantes, uma vez que a aplicação de do-ses maiores aumenta consideravelmente a chance de fitotoxicidade à cultura causada pelo produto. Essa "fito" (como é popularmente
Seletividade de herbicidas à cultura da cana-de-açúcar
denominada) nem sempre é visível na cultura. Dependendo do modo de ação do herbicida utilizado e do momento de aplicação, pode ocorrer a "fito oculta", em que não há nenhum sintoma visual de injúrias causadas pelo produto. Entretanto, o seu uso promove reduções na quantidade e/ou qualidade da produção final. Além da dose, outros fatores relacio-nados ao herbicida, que também influenciam na sua seletividade, são: ingrediente ativo utilizado, uso de adjuvantes junto à calda de aplicação, formulação do herbicida, número de aplicações, intervalo entre aplica-ções, dentre outros.
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7Abril de 2017
Seletividade de herbicidas à cultura da cana-de-açúcar
O ambiente também influencia diretamente na seletividade dos her-bicidas. No caso de herbicidas pré-emergentes ou PPIs (Pré-Plantio In-corporado), deve-se atentar dentre outros fatores, principalmente para o tipo (textura) de solo, uma vez que solos arenosos demandam menores doses de herbicidas quando comparados a solos argilosos. Portanto, um mesmo herbicida, aplicado na mesma dose, pode ser seletivo à cana--de-açúcar em um solo argiloso, e ao mesmo tempo promover sérias injúrias em um solo arenoso.
Outros exemplos de fatores ambien-tais que influenciam a seletividade dos herbicidas pré-emergentes e PPIs são: matéria orgânica (ou quantidade de pa-lha), pH e umidade do solo. Com relação aos herbicidas pós-emergentes, a tempe-ratura (e consequentemente o horário de aplicação) também pode influenciar am-bientalmente, promovendo uma maior ou menor seletividade de determinado pro-duto. Esta característica é muito específica do ingrediente ativo utilizado, já que para alguns mecanismos de ação, maiores tem-peraturas podem significar uma ação mais rápida do produto na planta, aumentan-do, consideravelmente, a fitotoxicidade. Para outros mecanismos, temperaturas mais baixas (como por exemplo em apli-cações noturnas) podem promover uma persistência mais longa do herbicida no interior da planta e também gerar sinto-mas de injúria.
Além dos fatores inerentes ao herbicida e ao ambiente, existem de-talhes relacionados à planta que também influenciam diretamente na seletividade dos herbicidas. Além de diferenças varietais, estudos estão sendo conduzidos, visando avaliar a seletividade de diferentes progra-mas de controle químico nos novos sistemas de MPBs (Mudas Pré-Bro-tadas) em comparação ao sistema convencional de plantio. Além disso, deve-se atentar ao modo de aplicação do herbicida em relação à cultura. Aplicações em pós-emergência são geralmente mais fitotóxicas à cultura quando comparadas a aplicações em pré-emergência. Ainda dentro dos pós-emergentes, quanto mais avançado for o estágio de desenvolvimen-to da cultura (e portanto maior área foliar), maiores serão as chances de fitotoxicidade.
Algumas plantas daninhas, de mais difícil controle, têm se destacado como importantes na cultura da cana-de-açúcar como o capim-colonião (Panicum maximum), capim-camalote (Rottboellia exaltata) e convolvu-láceas (Ipomoea spp. e Merremia spp.). Assim, têm-se buscado me-
canismos alternativos de controle para as referidas espécies, como por exemplo, através do uso de herbicidas não seletivos para a cultura através de aplicações na entrelinha ou somente “catação” das sobras de ervas mal controladas por herbicidas residuais. No entanto, o uso desses produtos na entrelinha, uma vez que são não-seletivos, deve ser seguido de cuidados especiais, como uso de bicos específicos, protetores do jato de pulverização e operação
controlada, de forma a não atingir caule ou folha da cana-de-açúcar.
Algumas empresas privadas es-tão buscando o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar, gene-ticamente modificadas, com resistên-cia a alguns herbicidas não-seletivos, visando melhorar a flexibilidade de controle de plantas daninhas, com reduzido risco de injúrias. Entretanto, maiores estudos serão necessários para avaliar o real benefício e possí-veis efeitos adversos da adoção dessa tecnologia. Portanto, é notável a com-plexidade da decisão que envolve a escolha do herbicida a ser utilizado. O herbicida deve ser escolhido em função do mapeamento de plantas daninhas presentes na área, assim como outras decisões relacionadas ao momento de aplicação, dose, solo, temperatura, etc. Todas essas variá-veis são de fundamental importân-
cia para se obter um controle eficiente da comunidade de plantas daninhas, sem que haja prejuízos à cultura decorrentes de injúrias (visíveis ou não) causadas pela utilização de herbicidas.
Breno Fernandes Campos é Pesquisador Científico da Syngenta; Carlos Alberto Mathias Azania
é Pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas; Andréa A. P. Mathias Azania
é consultora.
Produtor, antes de qualquer iniciativa, procure sempre as orien-tações do Agrônomo da Coplana de sua região. Nossa equipe está
preparada para indicar os produtos e procedimentos com melhores custos-benefícios.
Com relação ao herbicida, é importante
sempre o uso das doses recomendadas pelos fabricantes, uma vez que a aplicação de
doses maiores aumenta consideravelmente a
chance de fitotoxicidade à cultura causada pelo
produto.
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Foto: RenataMassafera/Neomarc
A Semana da Água em Jaboticabal, promovida pela Câmara Municipal, de 20 a 24 de março, foi en-cerrada com uma palestra da Coplana, ministrada pelo engenheiro agrônomo Victor Rigueto, do de-partamento Técnico-Comercial de Insumos da Co-operativa. Victor apresentou diversos aspectos da irrigação na agricultura, além do uso da hidroponia. O público foi composto por alunos e professores da escola estadual Rosa Mari de Souza Simielli. O
Responsabilidade SocioambientalCoplana conclui os trabalhos da Semana da Água
objetivo da palestra foi estimular a reflexão so-bre a importância da preservação e do uso racio-nal da água. A Coplana participa, com frequência, de eventos nos quais a preservação ambiental é tema. Entre os assuntos normalmente abordados estão a destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas, a recuperação de áreas de nascentes, a preservação do solo e a reciclagem.
Tanto as professoras que acompanhavam os alunos, quanto o vereador Ednei Va-lêncio, que convidou a Coplana para o evento, ressaltaram as ações da Cooperativa junto aos produtores e sociedade, como o trabalho na Cen-tral de Embalagens e os projetos Re-florestando as Nascentes e Córrego Vivo.
9Abril de 2017
Foto: RenataMassafera/Neomarc
A Coplana participou de mais uma edição do Dia de Campo organizado por alunos e professores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV)/Unesp Jaboticabal, por meio da CAP Jr, empresa escola que oferece consultoria na área de negócios. No evento, realizado no dia 25 de março, organizadores e visitantes comentaram sobre a participação da Coplana. Izabella Parkutz Casagrande, da organização, disse que foi uma satisfação contar com o know how de uma cooperativa que cada vez mais se destaca nos cenários nacional e internacional. Segundo ela, esta edição do Dia de Campo foi a mais prestigiada, contando com cerca de 400 pessoas. No estande da Coplana, o professor de Agronomia, Raul Pivetta, demonstrou grande interesse sobre o trabalho da Cooperativa e a cultura do amendoim.
Guilherme Uitdewilligen, gerente da área de Se-mentes da Coplana, detalhou a cultura do amen-doim, com foco nas variedades e suas característi-
Coplana apresenta variedades de amendoim no XXI Dia de Campo da CAP Jr
cas: IAC OL3, IAC 013, granoleico e EC 98. Esta úl-tima, testada pela primeira vez nesta safra, é uma nova variedade argentina, que está sendo avaliada dentro da Coplana. Guilherme falou também sobre os processos da Cooperativa, a participação no mercado externo e sobre o desenvolvimento eco-nômico e social a partir do amendoim em toda a região.
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Luiz Paulo Figueiredo
O plantio é considerado uma das etapas mais importantes do processo de produção de cana-de-açúcar. Assim, é fundamental um bom planejamento antes da operação, pois após a implantação, o canavial permanece, em média, cinco safras produzindo, até nova reforma. Além disso, a eficiência do plantio determina o número de soqueiras a serem colhidas. O produtor deve conhecer bem o ambiente edafoclimático ou ambiente de produção de sua proprie-dade, fator que influencia muito no potencial produtivo de cada variedade.
O ambiente de produção é a interação entre solo, planta e clima e está classificado em cinco grupos: A, B, C, D, e E, partindo de am-bientes mais favoráveis para desfavoráveis.
Para saber quais ambientes de produção possui na proprieda-de é necessária a classificação dos solos. Quanto ao clima, como há pouca variação numa mesma propriedade, pode-se tomar por base o clima regional. O próximo passo é a escolha da variedade, pois há uma vasta diversidade ofertada por entidades de melhoramento genético e cada uma expressa seu potencial produtivo em um am-biente de produção específico. Ou seja, há variedades rústicas, que produzem melhor em ambientes desfavoráveis do que em ambien-tes mais favoráveis e vice versa, além de variedades intermediárias.
O plantio deve ser planejado de forma conjunta às operações de colheita e manutenção do canavial e não de forma isolada como tem ocorrido em alguns locais. Portanto, atenção às seguintes ações: manejo e a conservação do solo que evite erosões; sistematização do local (nivelamento do terreno, acabamento dos terraços, definição de carreadores, comprimento e largura dos talhões, tiro de colheita, planejamento da sulcação, etc.), estratégias que minimizam o núme-ro de manobras do maquinário sobre as soqueiras na colheita me-canizada; mudas novas (de sete a dez meses) de alto perfilhamento e livres de doenças e pragas. Estas são algumas medidas que contri-buem para aumentar a produtividade e longevidade das soqueiras.
Execução O plantio pode ser manual ou mecanizado e ambos devem prio-
rizar a qualidade para bons resultados no ciclo da cultura. É impor-tante que os operadores e a equipe que desempenhará o trabalho estejam motivados, capacitados e bem treinados. Quando o plantio é manual ou semi-mecanizado, exige-se maior mão-de-obra para
Planejamento do plantio
otimizar atividades como corte da muda, distribuição, arrumação e picagem da muda dentro dos sulcos e fiscalização do plantio. Este modelo tem garantido maior vigor do canavial e menos falhas na brotação, já que não há muito comprometimento das gemas quan-to a danos mecânicos durante o corte e carregamento das mudas. No plantio totalmente mecanizado, reduz-se muito a mão-de-obra e aumenta-se significativamente o rendimento de área plantada, ten-do assim maior eficiência e rapidez no plantio. Nessa modalidade pode haver alguns impasses, uma vez que a cana não está totalmente adaptada à mecanização do plantio. O corte da muda é realizado por colhedoras e depois alimentam-se plantadoras ou distribuidoras de toletes (já cortados em tamanhos menores) dentro dos sulcos. Tan-tos processos mecanizados podem comprometer a integridade das gemas e toletes, o que resulta em maior consumo de mudas para garantir um bom estande na formação do canavial. Além disso, pode haver maior número de falhas de deposição de mudas nos sulcos e, consequentemente, a brotação pode ficar desuniforme.
Um aspecto importante, principalmente no plantio manual, é o cobrimento das mudas dentro dos sulcos, pois esta operação é feita com um cobridor mecanizado no qual o trator, sem ajuste da bitola, trafega com os pneus dentro dos sulcos, provocando o esmagamento das mudas e possível compactação no fundo dos sulcos.
Luiz Paulo Figueiredo, Técnico da Socicana/Projeto Aplique Certo
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11Abril de 2017
César Luiz Gonzalez
A cultura da cana-de-açúcar tem duas fases fisiológicas distintas. A fase vegetativa - em que ocorre um intenso desenvolvimento vege-tativo, e o canavial ganha massa verde, estimulado por temperaturas e ocorrência das chuvas. O período mais intenso, nestes quesitos vai de outubro a março. E a fase de acúmulo de sacarose - com início no final da fase vegetativa, a temperatura tende a ficar mais amena, e a quantidade de chuva tende a se reduzir. Esta transição ocorre em meados de fevereiro e pode se estender até a colheita do canavial.
Ao longo dos anos, observamos que em algumas safras, os teores de sacarose são maiores e, em outras, são menores. As va-riações climáticas interagem com a cana-de-açúcar, propiciando o maior ou menor acúmulo de sacarose. Em anos com florescimento e ou chochamento (isoporização) das canas, reduzem-se o teor de sacarose e o peso dos canaviais.
Por que a cana-de açúcar floresce em alguns anos e em outros não?
A ausência, a presença e a intensidade do florescimento po-dem ser medidas por alguns fatores climáticos, que são indutores :
1) Temperatura do ar, de 18ºC a 31ºC, no período de 25 de fevereiro a 20 de março.
2) Precipitação e armazenamento de água no solo no período mencionado.
Esta época é citada devido ao fotoperíodo, ou seja, compri-mento do dia, no momento de transição - do verão para o outono, quando a faixa de insolação é de 12,5 a 12 horas. Com base nestas premissas, contabilizamos, neste período (25 dias) os dias em que o clima age como indutor do florescimento, e isso estabelece a maior ou menor probabilidade do canavial florescer.
Para o acúmulo de sacarose da cana-de-açúcar (maturação), o florescimento é prejudicial, pois ocorre um gasto energia para a in-florescência (pendão), consequentemente, reduzindo a quantidade de ATR.
Qual a possibilidade de florescimento na safra 17/18?Em 2017, baseado nas informações meteorológicas da Estação
de Agrometeorologia da Unesp de Jaboticabal, os dados climáticos foram extraídos e lançados numa equação desenvolvida para me-dir a possibilidade de florescimento do canavial. O resultado obtido
Florescimento e fisiologismo da cana-de-açúcar
indica POUCA probabilidade para o canavial florescer nesta safra 17/18. Já o volume de chuva neste período também não foi o ideal para induzir o florescimento.
Em resumo, pelos dados climáticos analisados, a safra em an-damento não indica a ocorrência do florescimento nos canaviais, diferente da safra de 2014, em que o florescimento foi intenso.
Como devo proceder para e reduzir o efeito do florescimento e obter um ATR melhor?
Algumas variedades são mais propensas ao florescimento, das quais podemos destacar: RB 85 5156, RB 85 5453, RB 96 6928, CTC 9, CTC 22. Nestes casos, por se tratar de variedades precoces, o ma-nejo indicado é promover a colheita no início da safra.
Diante disso, o agricultor pode promover algumas medidas:- Colher inicialmente as variedades precoces e mais propensas
ao florescimento.- Ou ainda utilizar inibidores de florescimento ou maturadores
para antecipar o período de colheita. A decisão é bastante técnica e deve ser compartilhada com os técnicos da Coplana e/ou Socicana.
César Luiz Gonzalez é Engenheiro Agrônomo, com vasta experiência na lavoura canavieira
e Gerente Técnico da Socicana.
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Planejamento do plantio
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