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Antimicrobianos IV

Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango

Universidade Estadual de Londrina

Antimicrobianos - Mecanismos de ação:1) Parede celular –

penicilinas, cefalosporinas, glicopeptídeos, aztreonam

2) Membrana citoplasmática –anfotericina B, fluconazol, polimixina B

3) Replicação cromossômica –quinolonas, metronidazol, antivirais

4) Síntese proteica –cloranfenicol, clindamicina, macrolídeos, rifamicina

5) Via metabólica –sulfametoxazol, trimetoprim, pirimetamina

MACROLÍDEOS

1952 – Streptomyces erythraeus eritromicina

1954 – Streptomyces ambofaciens espiramicina

Novos macrolídeos – semi-sintéticos roxitromicina (1983), claritromicina (1984),

azitromicina (1986), ....

Estrutura química:

Anel de lactona com

14 a 16 elementos

MACROLÍDEOS - Mecanismo de ação

Liga-se à fração 50S do ribossoma

Não fixa RNAt

Bloqueia aporte de aminoácidos

Inibe a síntese proteica

Antagonismo (competem pelo mesmo receptor) = cloranfenicol, clindamicina, lincomicina

Reduz a síntese de citocinas, portanto regula a cascata da inflamação – pode reduzir a gravidade dos casos.

Em modelo animal reduziu a produção de interferon, de metabólitos do oxido nítrico e inibiu o ciclo de replicação do vírus influenza.Relato de casos com melhora clínica.

Não reduz toda a resposta imune ( # corticoide)

Phaff SJ et al (2006) - pacientes com fibrose cística, em tto com azitromicina:

Resistencia S. aureus a eritromicina aumentou de 6.9 para 53.8%Resistencia Haemophilus spp. aumentou de 3.7 para 37.5%

Kasahara et al (2005) – 46 pacientes com DPB,bronquiectasia, enfisema e bronquite:

100% dos S. pneumoniae desenvolveram resistência a eritromicina e claritromicina com o uso

MACROLÍDEOS

Mecanismo de resistência

1) Modificação na unidade 50 S (metilação da adenina no RNA)

2) Bacilos Gram negativos = impermeáveis e produzem enzimas inativadoras

3) Efluxo do antibiótico por transporte ativo

ERITROMICINASais e ésteres: estolato, estearato,

etinilsuccinato, gluceptato, lactobionato

Espectro de ação:

Gram + Estreptococos, Estafilococos, Corynebacterium diphteriae, Listeria

monocytogenes, Clostridium sp

Gram - Bordetella pertussis, Neisserias

ERITROMICINA

Espectro de ação:

Outros Mycoplasma sp, Ureaplasma urealyticum, Clamydia sp, Legionella sp, Gardnerella vaginalis,

Campylobacter sp, V. cholerae, espiroquetas (treponemas e leptospiras), riquetsias, actinomicetos

ERITROMICINA

Indicações:

Coqueluche, difteria, legioneloses, Pneumonia atípica,

uretrite, anexite, colpite, prostatitefaringite, piodermite, pneumonias comunitárias,

infecções odontológicas.

ERITROMICINAFarmacocinética e metabolismo:

Absorção: VO e EV Estolato é + estável em meio ácido

(pode com alimentos)

Boa distribuição tecidual:concentração tecidual > concentração plasmática

(níveis teciduais prolongados)

ERITROMICINA

Farmacocinética e metabolismo:

Atravessa mal a barreira placentária e

hematoencefálica

Metabolização hepática e eliminação nas fezes,

2-5 % eliminação renal

Gestantes: estearato (estolato é mais hepatotóxico)

ERITROMICINA

Efeitos colaterais:

Náusea, vômitos, diarréia, epigastralgia,hepatite colestática

Associação teofilina, terfenadina, astenizol, cisaprida arritmia

AZITROMICINA

Espectro de ação:

Maior para gram – que eritromicina H. influenzae, Moraxella, Legionella, Neisserias

H. ducrey, Gardnerella vaginalis,

Macrolídeo mais eficaz para toxoplasmose

Eritromicina mais ativa para estafilococos (< MIC)

Indicações:Mesmas da eritromicina

AZITROMICINA

Indicações:

Coqueluche, difteria, legioneloses, Pneumonia atípica,

uretrite, anexite, colpite, prostatite, DST,faringite, piodermite, infecções odontológicas, INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS COMUNITÁRIAS,

DISENTERIA, TOXOPLASMOSE

Infecções em alérgicos à penicilina

AZITROMICINA

Farmacocinética e metabolismo:

Alimentos e anti-ácidos reduzem a biodisponibilidade em 50% =

administrar 1 hora antes ou 2 horas após dieta

Prolongada meia-vida sérica, teciduale intracelular

Prolongada concentração tecidual duração curta de tratamento

AZITROMICINA

Farmacocinética e metabolismo:

Absorção : VO, EV

Metabolização hepática pequena, 72 % é eliminada ativa e excretada intestino e bile

Efeitos colateraisPequenos: TGI, exantema

PN por Mycoplasma spp.

Streptococcus pneumoniae

PN por Pneumococo

Brasil - SIREVA II - 2013 PNEUMOCOCO - CEPAS NÃO MENÍNGEAS

Eritromicina*

* Todos os macrolideos

Amigdalite Piodermite

Estreptococcias

Estafilococcias

Cancro mole

CLARITROMICINA

Espectro de ação:

2 a 4 vezes mais ativa do que a eritromicina contra a maioria dos estreptococos e estafilococos

sensíveis à oxacilina

Mycobacterium leprae, Mycobacterium avium, H. pilori, Toxoplasma gondii

Farmacocinética e metabolismo:

Absorção: VO (com e sem alimentos), EVMetabolização hepática

Excreção renal

CLARITROMICINA

Indicações clínicas:

Mesmas da eritomicina + Mycobacteriose atípica, gastrite por Helycobacter, toxoplasmose

Efeitos Adversos:

Aumenta níveis: teofilina, carbamazepinaDiminui níveis: AZT

TGI (< que eritromicina): náusea, vômito, diarréia Hepatite, exantema

Coqueluche

CLARITROMICINA

Dados farmacocinéticos comparativos:

Azitro Claritro Eritro

Biodisponibilidade 37% 55% 25%Nível sérico máximo(mcg/ml) 0,4 2,4 0,3-1,9Relação tecidual/sérica 10-150 10,5-30 0,5-5Meia-vida tecidual 2-5 dias 5-7 horas 4-6 hs

Referências:

OPA-OMS, ANVISA. Uso racional de antimicrobianos –ATM racional, 2008.

OPA-OMS, ANVISA. Medidas de prevenção e controle da resistênciaMicrobiana e programa de uso racional de antimicrobianos em serviços de saúde – RM controle, 2007.

TAVARES, W. Antibióticos e Quimioterápicospara o Clínico. 2a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2009.

TAVARES, W. Manual de Antibióticos e Quimioterápicose Antiinfecciosos. 3a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2001.

Obrigada !!

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