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Lei n.º 3/2004, de 15 de janeiro
“Lei-Quadro dos Institutos Públicos”
Texto consolidado pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público
Texto consolidado sem caráter oficial
(redação adaptada em conformidade com o Acordo Ortográfico)
A consulta deste documento não dispensa a consulta dos atos legislativos publicados no
Diário da República
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Lei n.º 3/2004, (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
de 15 de Janeiro
Aprova a lei-quadro dos institutos públicos
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da
Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte:
TÍTULO I
Objeto e âmbito de aplicação
Artigo 1.º
Objeto
1 - A presente lei estabelece os princípios e as normas por que se regem os institutos
públicos.
2 - As normas constantes da presente lei são de aplicação imperativa e prevalecem sobre
as normas especiais atualmente em vigor, salvo na medida em que o contrário resulte
expressamente da presente lei.
Artigo 2.º
Âmbito de aplicação
1 - Os institutos públicos integram a administração indireta do Estado e das Regiões
Autónomas.
2 - A presente lei é aplicável aos institutos públicos da Administração do Estado e será
aplicável aos institutos públicos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com
as necessárias adaptações estabelecidas em decreto legislativo regional.
Artigo 3.º
Tipologia
1 - Para efeitos da presente lei, consideram-se institutos públicos, independentemente da
sua designação, os serviços e fundos das entidades referidas no artigo 2.º, quando
dotados de personalidade jurídica.
2 - Quer os serviços personalizados, quer os fundos personalizados, também designados
como fundações públicas, podem organizar-se em um ou mais estabelecimentos, como
tal se designando as universalidades compostas por pessoal, bens, direitos e obrigações
e posições contratuais do instituto afetos em determinado local à produção de bens ou à
prestação de serviços no quadro das atribuições do instituto.
3 - Não se consideram abrangidas pela presente lei as entidades públicas empresariais
previstas no Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro. (11)
(1) Alterada pelo artigo 5.º da Lei n.º 51/2005, de 30 de agosto.
(2) Alterada pelo artigo 21.º e pela alínea b) do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de outubro.
(3) Alterada pelos artigos 1.º e 2.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de Abril (o diploma republica a Lei n.º 4/2004 no anexo II). (4) Alterada pelo artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2009).
(5 ) Alterada pela alínea b) do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março (revogou o n.º 2 do artigo 38.º).
(6) Alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 86/2011, de 11 de abril (revoga o Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março, e repristina o n.º 2 do artigo 38.º).
(7) Alterada pela alínea a) do artigo 13.º da Lei n.º 57/2011, de 28 de novembro.
(8) Alterada pelo artigo 4.º da Lei n.º 64/2011, de 22 de dezembro.
(9) Alterada pelo Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho.
(10) Alterada pelo artigo 168.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2013).
(11) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
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4 - As sociedades e as associações ou fundações criadas como pessoas coletivas de
direito privado pelo Estado, Regiões Autónomas ou autarquias locais não são
abrangidas pela presente lei, devendo essa criação ser sempre autorizada por diploma
legal. (12)
TÍTULO II
Princípios fundamentais
Artigo 4.º
Conceito
1 - Os institutos públicos são pessoas coletivas de direito público, dotadas de órgãos e
património próprio.
2 - Os institutos públicos devem em regra preencher os requisitos de que depende a
autonomia administrativa e financeira.
3 - Em casos excecionais devidamente fundamentados, podem ser criados institutos
públicos apenas dotados de autonomia administrativa.
Artigo 5.º
Princípios de gestão
1 - Os institutos públicos devem observar os seguintes princípios de gestão:
a) Prestação de um serviço aos cidadãos com a qualidade exigida por lei;
b) Garantia de eficiência económica nos custos suportados e nas soluções adotadas
para prestar esse serviço;
c) Gestão por objetivos devidamente quantificados e avaliação periódica em função
dos resultados;
d) Observância dos princípios gerais da atividade administrativa, quando estiver em
causa a gestão pública.
2 - Os órgãos de direção dos institutos públicos devem assegurar que os recursos
públicos de que dispõem são administrados de uma forma eficiente e sem desperdícios,
devendo sempre adotar ou propor as soluções organizativas e os métodos de atuação
que representem o menor custo na prossecução eficaz das atribuições públicas a seu
cargo.
Artigo 6.º
Regime jurídico
1 - Os institutos públicos regem-se pelas normas constantes da presente lei e demais
legislação aplicável às pessoas coletivas públicas, em geral, e aos institutos públicos, em
especial, bem como pelos respetivos estatutos e regulamentos internos.
2 - São, designadamente, aplicáveis aos institutos públicos, quaisquer que sejam as
particularidades dos seus estatutos e do seu regime de gestão, mas com as ressalvas
estabelecidas no título IV da presente lei: (13)
a) O Código do Procedimento Administrativo, no que respeita à atividade de gestão
pública, envolvendo o exercício de poderes de autoridade, a gestão da função pública ou
do domínio público, ou a aplicação de outros regimes jurídico-administrativos;
b) O regime jurídico aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas; (14)
c) O regime da administração financeira e patrimonial do Estado;
d) O regime das empreitadas de obras públicas; (12) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(13) Redação (do proémio) conferida pelo n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(14) Redação conferida pelo n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
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e) O regime da realização de despesas públicas e da contratação pública;
f) O regime das incompatibilidades de cargos públicos;
g) O regime da responsabilidade civil do Estado;
h) As leis do contencioso administrativo, quando estejam em causa atos e contratos de
natureza administrativa;
i) O regime de jurisdição e controlo financeiro do Tribunal de Contas.
Artigo 7.º
Ministério da tutela
1 - Cada instituto está adstrito a um departamento ministerial, abreviadamente
designado como ministério da tutela, em cuja Lei Orgânica deve ser mencionado.
2 - No caso de a tutela sobre um determinado instituto público ser repartida ou
partilhada por mais de um ministro, aquele considera-se adstrito ao ministério cujo
membro do Governo sobre ele exerça poderes de superintendência.
Artigo 8.º
Fins
1 - Os institutos públicos só podem ser criados para o desenvolvimento de atribuições
que recomendem, face à especificidade técnica da atividade desenvolvida,
designadamente no domínio da produção de bens e da prestação de serviços, a
necessidade de uma gestão não submetida à direção do Governo.
2 - Os institutos públicos não podem ser criados para:
a) Desenvolver atividades que nos termos da Constituição devam ser desempenhadas
por organismos da administração direta do Estado;
b) Personificar serviços de estudo e conceção ou serviços de coordenação, apoio e
controlo de outros serviços administrativos.
3 - Cada instituto público só pode prosseguir os fins específicos que justificaram a sua
criação.
Artigo 9.º
Formas de criação
1 - Os institutos públicos são criados por ato legislativo.
2 - O diploma que proceder à criação de um instituto ou Lei Orgânica define a sua
designação, jurisdição territorial, fins ou atribuições, membro do Governo da tutela,
órgãos e respetivas competências e os meios patrimoniais e financeiros atribuídos, bem
como inclui as disposições legais de carácter especial que se revelem necessárias, em
especial sobre matérias não reguladas na presente lei e nos diplomas legais
genericamente aplicáveis ao novo instituto. (15)
3 - A sede dos institutos públicos é definida no diploma que procede à sua criação ou
nos respetivos estatutos. (16)
4 - Os institutos públicos podem iniciar o seu funcionamento em regime de instalação,
nos termos da lei geral. (17)
(15) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril, e pelo n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(16) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(17) Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril (redação corresponde ao anterior n.º 3).
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Artigo 10.º
Requisitos e processos de criação
1 - A criação de institutos públicos obedece cumulativamente à verificação dos
seguintes requisitos:
a) Necessidade de criação de um novo organismo para consecução dos objetivos
visados;
b) Necessidade da personalidade jurídica, e da consequente ausência de poder de
direção do Governo, para a prossecução das atribuições em causa;
c) Condições financeiras próprias dos serviços e fundos autónomos, sempre que
disponha de autonomia financeira;
d) Se for caso disso, condições estabelecidas para a categoria específica de institutos
em que se integra o novo organismo.
2 - A criação de um instituto público será sempre precedida de um estudo sobre a sua
necessidade e implicações financeiras e sobre os seus efeitos relativamente ao sector em
que vai exercer a sua atividade.
Artigo 11.º
Avaliação
(Revogado.) (18)
Artigo 12.º
Estatutos
1 - As disposições relativas à organização interna dos institutos públicos constam dos
seus estatutos, aprovados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das finanças, da Administração Pública e da tutela, e, em tudo o mais que, face ao
disposto na lei, possa assim ser regulado, de regulamentos internos, aprovados pelos
órgãos do instituto. (19)
2 - Nos casos de autonomia estatutária, nos termos da Constituição ou de lei especial, os
estatutos são elaborados pelo próprio instituto, ainda que sujeitos a aprovação ou
homologação governamental, a qual revestirá a forma de despacho normativo.
3 - Os regulamentos internos devem: (20)
a) Regular a organização e disciplina do trabalho;
b) Descrever os postos de trabalho.
Artigo 13.º
Criação ou participação em entidades de direito privado
1 - Os institutos públicos não podem criar entes de direito privado ou participar na sua
criação nem adquirir participações em tais entidades, exceto quando esteja previsto na
lei ou nos estatutos e se mostrar imprescindível para a prossecução das respetivas
atribuições, casos em que é necessária a autorização prévia dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela, anualmente renovada. (21)
2 - O disposto no número anterior não impede que os institutos públicos autorizados por
lei a exercer atividades de gestão financeira de fundos realizem, no quadro normal dessa
atividade, aplicações em títulos.
(18) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(19) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma foi sucessivamente alterada pelo artigo
1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril, e pelo n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(20) Aditado pelo n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(21) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
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Artigo 14.º
Princípio da especialidade
1 - Sem prejuízo da observância do princípio da legalidade no domínio da gestão
pública, e salvo disposição expressa em contrário, a capacidade jurídica dos institutos
públicos abrange a prática de todos os atos jurídicos, o gozo de todos os direitos e a
sujeição a todas as obrigações necessárias à prossecução do seu objeto.
2 - Os institutos públicos não podem exercer atividade ou usar os seus poderes fora das
suas atribuições nem dedicar os seus recursos a finalidades diversas das que lhes tenham
sido cometidas.
3 - Em especial, os institutos públicos não podem garantir a terceiros o cumprimento de
obrigações de outras pessoas jurídicas, públicas ou privadas, salvo se a lei o autorizar
expressamente.
Artigo 15.º
Organização territorial
1 - Ressalvada a esfera própria da Administração Regional Autónoma, os institutos
públicos estaduais têm âmbito nacional, com exceção dos casos previstos na lei ou nos
estatutos.
2 - Os institutos públicos podem dispor de serviços territorialmente desconcentrados,
nos termos previstos ou autorizados nos respetivos estatutos.
3 - A circunscrição territorial dos serviços desconcentrados deverá, sempre que
possível, corresponder à dos serviços periféricos do correspondente ministério.
Artigo 16.º
Reestruturação, fusão e extinção
1 - A reestruturação, a fusão e a extinção de institutos públicos são objeto de diploma de
valor igual ou superior ao da sua criação. (22)
2 - Os institutos públicos devem ser extintos:
a) Quando tenha decorrido o prazo pelo qual tenham sido criados;
b) Quando tenham sido alcançados os fins para os quais tenham sido criados, ou se
tenha tornado impossível a sua prossecução;
c) Quando se verifique não subsistirem as razões que ditaram a personificação do
serviço ou fundo em causa;
d) Quando o Estado tiver de cumprir obrigações assumidas pelos órgãos do instituto
para as quais o respetivo património se revele insuficiente.
3 - (Revogado.) (23)
TÍTULO III
Regime comum
CAPÍTULO I
Organização
SECÇÃO I
Órgãos
(22) Redação conferida pelo artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de outubro.
(23) Resulta do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de outubro.
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Artigo 17.º
Órgãos (24) 1 - Os institutos públicos de regime comum adotam para órgão de direção o modelo de
conselho diretivo. (25)
2 - Os institutos públicos dotados de autonomia administrativa e financeira dispõem
ainda, obrigatoriamente, de um fiscal único. (26)
3 - O diploma orgânico de cada instituto pode prever outros órgãos, nomeadamente de
natureza consultiva ou de participação dos destinatários da respetiva atividade. (27)
SECÇÃO II
Conselho diretivo
Artigo 18.º
Função
O conselho diretivo é o órgão responsável pela definição da atuação dos institutos, bem
como pela direção dos respetivos serviços, em conformidade com a lei e com as
orientações governamentais. (28)
Artigo 19.º (29)
Composição e designação
1 - O conselho diretivo é um órgão composto por um presidente e até dois vogais,
podendo ter ainda um vice-presidente.
2 - O limite previsto no número anterior não prejudica a existência de situações de
representação cruzada entre órgãos de direção e de administração de outras entidades
públicas, expressamente previstas nos respetivos diplomas orgânicos, caso em que as
funções a exercer são de natureza não executiva e não determinam o abono de qualquer
remuneração.
3 - O presidente é substituído, nas faltas e impedimentos, pelo vice-presidente, se o
houver, ou pelo vogal que ele indicar, e na sua falta pelo vogal mais antigo.
4 - Os membros do conselho diretivo são designados por despacho do membro do
Governo da tutela, na sequência de procedimento concursal, ao qual se aplicam, com as
necessárias adaptações, as regras de recrutamento, seleção e provimento nos cargos de
direção superior da Administração Pública previstos no Estatuto do Pessoal Dirigente da
Administração Pública.
5 - O despacho de designação, devidamente fundamentado, é publicado no Diário da
República, juntamente com uma nota relativa ao currículo académico e profissional do
designado.
Artigo 20.º
Duração e cessação do mandato
1 - O mandato dos membros do conselho diretivo tem a duração de cinco anos, sendo
renovável uma vez por igual período. (30)
(24) Redação (da epígrafe) conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(25) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(26) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(27) Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril. (28) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(29) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro: alterada a epígrafe e todos os números do artigo
(a atual redação do n.º 3 corresponde ao anterior n.º 2).
(30) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
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2 - (Revogado.) (31)
3 - Os membros do conselho diretivo não podem ser providos nos mesmos cargos do
respetivo instituto antes de decorridos cinco anos. (32)
4 - O mandato dos membros do conselho diretivo cessa: (33)
a) Pelo seu termo;
b) Pela tomada de posse seguida de exercício, a qualquer título, de outro cargo ou
função, salvo nos casos e durante o tempo em que haja lugar a suspensão ou em que
seja permitida a acumulação nos termos do artigo 16.º no Estatuto do Pessoal Dirigente
da Administração Pública;
c) Por extinção ou reorganização do instituto público, salvo para os membros do
conselho diretivo a quem sejam expressamente mantidos os mandatos nos órgãos de
direção do órgão ou serviço que lhe suceda;
d) Nos casos do n.º 7 do artigo 16.º e do n.º 6 do artigo 17.º no Estatuto do Pessoal
Dirigente da Administração Pública;
e) Na sequência de procedimento disciplinar em que se tenha concluído pela aplicação
de sanção disciplinar;
f) A requerimento do interessado, apresentado nos serviços com a antecedência
mínima de 60 dias, e que se considera deferido se no prazo de 30 dias a contar da data
da sua entrada sobre ele não recair despacho de indeferimento;
g) Pela não comprovação superveniente da capacidade adequada a garantir o
cumprimento das orientações e objetivos superiormente fixados.
5 - A cessação do mandato que se fundamente na extinção ou reorganização de instituto
público ou na necessidade de imprimir nova orientação à gestão dá lugar, desde que
contem, pelo menos, 12 meses seguidos de exercício de funções e quando não se siga
imediatamente novo exercício de funções dirigentes do mesmo nível ou superior ou o
exercício de outro cargo público com nível remuneratório igual ou superior, ao
pagamento de uma indemnização de valor correspondente à remuneração base ou
equivalente vincenda até ao termo do mandato, com o limite máximo de 12 meses. (34)
6 - A indemnização eventualmente devida é reduzida ao montante da diferença entre a
remuneração base ou equivalente como membro do conselho diretivo e a remuneração
base do lugar de origem à data da cessação de funções diretivas. (35)
7 - (Revogado.) (36)
8 - (Revogado.) (37)
9 - O conselho diretivo pode ser dissolvido mediante despacho fundamentado do
membro do Governo da tutela, por motivo justificado, nomeadamente: (38)
a) O incumprimento das orientações, recomendações ou diretivas ministeriais no
âmbito do poder de superintendência;
(31) Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-
Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(32) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(33) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril. (34) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(35) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril. (36) Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-
Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(37) Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-
Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(38) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro (alterados o proémio do artigo e a alínea d) e
aditadas as alíneas f) e g). A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
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b) O incumprimento dos objetivos definidos no plano de atividades aprovado ou
desvio substancial entre o orçamento e a sua execução, salvo por razões não imputáveis
ao órgão;
c) A prática de infrações graves ou reiteradas às normas que regem o instituto;
d) A inobservância dos princípios de gestão fixados na presente lei; (39)
e) O incumprimento de obrigações legais que, nos termos da lei, constituam
fundamento de destituição dos seus órgãos;
f) Falta de prestação de informações ou prestação deficiente das mesmas, quando
consideradas essenciais para o cumprimento da política global do Governo; (40)
g) Necessidade de imprimir nova orientação à gestão. (41)
10 - A dissolução implica a cessação do mandato de todos os membros do conselho
diretivo. (42)
11 - No caso de cessação do mandato, os membros do conselho diretivo mantêm-se no
exercício das suas funções até à efetiva substituição, mas podem renunciar ao mandato
com a antecedência mínima de três meses sobre a data em que se propõem cessar
funções. (43)
12 - O exercício de funções ou cargos previstos no n.º 5, no período a que se reporta a
indemnização, determina a obrigatoriedade da reposição da importância correspondente
à diferença entre o número de meses a que respeite a indemnização percebida e o
número de meses que mediar até à nova designação. (44)
Artigo 21.º
Competência
1 - Compete ao conselho diretivo, no âmbito da orientação e gestão do instituto:
a) Dirigir a respetiva atividade;
b) Elaborar os planos anuais e plurianuais de atividades e assegurar a respetiva
execução;
c) Acompanhar e avaliar sistematicamente a atividade desenvolvida, designadamente
responsabilizando os diferentes serviços pela utilização dos meios postos à sua
disposição e pelos resultados atingidos;
d) Elaborar o relatório de atividades;
e) Elaborar o balanço social, nos termos da lei aplicável;
f) Exercer os poderes de direção, gestão e disciplina do pessoal;
g) Praticar atos respeitantes ao pessoal previstos na lei e nos estatutos;
h) Aprovar os projetos dos regulamentos previstos nos estatutos e os que sejam
necessários ao desempenho das atribuições do instituto;
i) Praticar os demais atos de gestão decorrentes da aplicação dos estatutos e
necessários ao bom funcionamento dos serviços;
j) Nomear os representantes do instituto em organismos exteriores;
l) Exercer os poderes que lhe tenham sido delegados;
m) Elaborar pareceres, estudos e informações que lhe sejam solicitados pelo membro
do Governo da tutela;
n) Constituir mandatários do instituto, em juízo e fora dele, incluindo com o poder de
substabelecer;
o) Designar um secretário a quem caberá certificar os atos e deliberações. (39) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(40) Aditada pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(41) Aditada pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(42) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(43) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(44) Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
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2 - Compete ao conselho diretivo, no domínio da gestão financeira e patrimonial:
a) Elaborar o orçamento anual e assegurar a respetiva execução;
b) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar as despesas;
c) Elaborar a conta de gerência;
d) Gerir o património;
e) Aceitar doações, heranças ou legados;
f) Assegurar as condições necessárias ao exercício do controlo financeiro e orçamental
pelas entidades legalmente competentes;
g) Exercer os demais poderes previstos nos estatutos e que não estejam atribuídos a
outro órgão.
3 - Os institutos públicos são representados, designadamente, em juízo ou na prática de
atos jurídicos, pelo presidente do conselho diretivo, por dois dos seus membros, ou por
mandatários especialmente designados.
4 - Sem prejuízo do disposto na alínea n) do n.º 1, o conselho diretivo pode sempre
optar por solicitar o apoio e a representação em juízo por parte do Ministério Público, ao
qual competirá, nesse caso, defender os interesses do instituto.
5 - Os atos administrativos da autoria do conselho diretivo são impugnáveis junto dos
tribunais administrativos, nos termos das leis do processo administrativo.
6 - O conselho diretivo pode delegar competências em qualquer dos membros previstos
no n.º 1 do artigo 19.º. (45)
Artigo 22.º
Funcionamento
1 - O conselho diretivo reúne uma vez por semana e extraordinariamente sempre que o
presidente o convoque, por sua iniciativa ou a solicitação da maioria dos seus membros.
2 - Nas votações não há abstenções, mas podem ser proferidas declarações de voto.
3 - A ata das reuniões deve ser aprovada e assinada por todos os membros presentes,
mas os membros discordantes do teor da ata poderão nela exarar as respetivas
declarações de voto.
Artigo 23.º
Competência do presidente
1 - Compete, em especial, ao presidente do conselho diretivo:
a) Presidir às reuniões, orientar os seus trabalhos e assegurar o cumprimento das
respetivas deliberações;
b) Assegurar as relações com os órgãos de tutela e com os demais organismos
públicos;
c) Solicitar pareceres ao órgão de fiscalização e ao conselho consultivo, quando
exista;
d) Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo conselho diretivo.
2 - O presidente pode delegar, ou subdelegar, competências no vice-presidente, quando
exista, ou nos vogais.
Artigo 23.º-A (46)
Competências dos membros com funções não executivas
1 - Os membros do conselho diretivo com funções não executivas acompanham e
avaliam continuamente o exercício de funções pelos demais membros do conselho
(45) Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho.
(46) Artigo aditado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho.
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diretivo, com vista a assegurar a prossecução dos objetivos estratégicos definidos, a
eficiência das suas atividades e a conciliação dos interesses dos ministérios que exerçam
tutela ou superintendência partilhada sobre o instituto público ou em relação aos quais
se encontre prevista articulação no exercício de tutela.
2 - Os membros do conselho diretivo com funções de natureza não executiva exercem
as suas competências com independência, oferecendo garantias de juízo livre e
incondicionado em face dos demais membros.
3 - Aos membros do conselho diretivo com funções não executivas são facultados todos
os elementos necessários ao exercício das suas funções.
Artigo 24.º
Responsabilidade dos membros
1 - Os membros do conselho diretivo são solidariamente responsáveis pelos atos
praticados no exercício das suas funções.
2 - São isentos de responsabilidade os membros que, tendo estado presentes na reunião
em que foi tomada a deliberação, tiverem manifestado o seu desacordo, em declaração
registada na respetiva ata, bem como os membros ausentes que tenham declarado por
escrito o seu desacordo, que igualmente será registado na ata.
Artigo 25.º (47)
Estatuto dos membros
1 - Aos membros do conselho diretivo é aplicável o regime definido na presente lei e,
subsidiariamente, o Estatuto do Pessoal Dirigente da Administração Pública.
2 - O presidente do conselho diretivo é remunerado de acordo com os montantes fixados
para o cargo de direção superior de 1.º grau da Administração Pública.
3 - O vice-presidente e ou os vogais do conselho diretivo são remunerados de acordo
com os montantes fixados para o cargo de direção superior de 2.º grau da Administração
Pública.
4 - Aos membros do conselho diretivo é aplicável o disposto nos Decretos-Leis n.ºs
148/2000, de 19 de Julho, e 34/2008, de 26 de Fevereiro.
SECÇÃO II-A
Presidente
Artigo 25.º-A
Estatuto e competências do presidente
(Revogado.) (48)
SECÇÃO III
Órgão de fiscalização
Artigo 26.º
Função
O fiscal único é o órgão responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da
boa gestão financeira e patrimonial do instituto.
(47) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro, que altera todos os números do artigo e adita o n.º
4. A redação do artigo já havia sido alterada pelo Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril, que aditou o n.º 3.
(48) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro. O artigo (bem como a respetiva seção) havia sido
aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
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Artigo 27.º
Designação, mandato e remuneração
1 - O fiscal único é designado por despacho dos membros do Governo responsáveis
pelas áreas das finanças e da tutela obrigatoriamente de entre os auditores registados na
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários ou, quando tal não se mostrar adequado,
de entre os revisores oficiais de contas ou sociedades de revisores oficiais de contas
inscritos na respetiva lista da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. (49)
2 - O mandato tem a duração de cinco anos e é renovável uma única vez mediante
despacho dos membros do Governo referidos no número anterior. (50)
3 - No caso de cessação do mandato, o fiscal único mantém-se no exercício de funções
até à efetiva substituição ou à declaração ministerial de cessação de funções.
4 - A remuneração do fiscal único é fixada no despacho de designação a que se refere
o n.º 1, atendendo ao grau de complexidade e exigência inerente ao exercício do
cargo. (51)
5 - Os critérios de avaliação do grau de complexidade e exigência a que se refere o
número anterior são fixados e enquadrados por despacho do membro do Governo
responsável pela área das finanças. (52)
Artigo 28.º
Competências
1 - Compete ao fiscal único:
a) Acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento das leis e regulamentos
aplicáveis, a execução orçamental, a situação económica, financeira e patrimonial e
analisar a contabilidade;
b) Dar parecer sobre o orçamento e suas revisões e alterações, bem como sobre o
plano de atividades na perspetiva da sua cobertura orçamental;
c) Dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício e contas de gerência, incluindo
documentos de certificação legal de contas;
d) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação e oneração de bens
imóveis;
e) Dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças ou legados;
f) Dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando o instituto esteja habilitado
a fazê-lo;
g) Manter o conselho diretivo informado sobre os resultados das verificações e
exames a que proceda;
h) Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora, incluindo um relatório anual global;
i) Propor aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela
ou ao conselho diretivo a promoção de auditorias externas a realizar por sociedades de
revisores oficiais de contas registadas como Auditores junto da Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários, quando isso se revelar necessário ou conveniente; (53)
j) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo conselho diretivo,
pelo Tribunal de Contas e pelas entidades que integram o controlo estratégico do
sistema de controlo interno da administração financeira do Estado.
(49) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho. A norma já havia sido alterada (no mesmo sentido e redação) pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(50) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(51) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho. A norma já havia sido alterada pelo artigo 2.º do
Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(52) Aditada pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho.
(53) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. Ver Despacho n.º 12924/2012.
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2 - O prazo para elaboração dos pareceres referidos no número anterior é de 15 dias a
contar da receção dos documentos a que respeitam.
3 - Para exercício da sua competência, o fiscal único tem direito a:
a) Obter do conselho diretivo as informações e os esclarecimentos que repute
necessários;
b) Ter livre acesso a todos os serviços e à documentação do instituto, podendo
requisitar a presença dos respetivos responsáveis, e solicitar os esclarecimentos que
considere necessários;
c) Tomar ou propor as demais providências que considere indispensáveis.
4 - O fiscal único não pode ter exercido atividades remuneradas no instituto ou nas
entidades a que se refere o artigo 13.º nos últimos cinco anos antes do início das suas
funções e não pode exercer atividades remuneradas no instituto público fiscalizado ou
nas entidades a que se refere o artigo 13.º durante os cinco anos que se seguirem ao
termo das suas funções. (54)
SECÇÃO IV
Conselho consultivo
Artigo 29.º
Função
O conselho consultivo, quando exista, é o órgão de consulta, apoio e participação na
definição das linhas gerais de atuação do instituto e nas tomadas de decisão do conselho
diretivo.
Artigo 30.º
Composição
1 - O conselho consultivo é composto, nomeadamente, por representantes das entidades
ou organizações representativas dos interessados na atividade do instituto, por
representantes de outros organismos públicos, bem como por técnicos e especialistas
independentes, nos termos previstos no diploma que procede à criação do instituto. (55)
2 - O conselho consultivo pode incluir representantes respetivamente dos beneficiários e
dos utentes das atividades ou serviços em causa, cabendo ao membro do Governo da
tutela definir as modalidades dessa representação. (56)
3 - O presidente do conselho consultivo é o indicado no diploma que procede à criação
do instituto, designado nos termos nele previstos, ou designado por despacho do
membro do Governo da tutela. (57)
4 - O exercício dos cargos do conselho consultivo não é remunerado, sem prejuízo do
pagamento de ajudas de custo, quando a tal houver lugar.
Artigo 31.º
Competência
1 - Compete ao conselho consultivo dar parecer sobre:
a) Os planos anuais e plurianuais de atividades e o relatório de atividades;
b) Os regulamentos internos do instituto.
(54) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(55) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(56) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(57) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 1.º do
Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
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2 - Compete ainda ao conselho consultivo pronunciar-se sobre as questões que lhe
sejam submetidas pelo conselho diretivo ou pelo respetivo presidente.
3 - O conselho consultivo pode receber reclamações ou queixas do público sobre a
organização e funcionamento em geral do instituto e apresentar ao conselho diretivo
sugestões ou propostas destinadas a fomentar ou aperfeiçoar as atividades do instituto.
Artigo 32.º
Funcionamento
1 - O conselho consultivo reúne ordinariamente pelo menos duas vezes por ano e
extraordinariamente sempre que convocado pelo seu presidente, por sua iniciativa, ou
por solicitação do conselho diretivo, ou a pedido de um terço dos seus membros.
2 - Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, por convocação do respetivo
presidente, mediante proposta do conselho diretivo, quaisquer pessoas ou entidades cuja
presença seja considerada necessária para esclarecimento dos assuntos em apreciação.
3 - O conselho consultivo pode funcionar por secções.
CAPÍTULO II
Serviços (58)
Artigo 33.º
Serviços
1 - Os institutos públicos dispõem dos serviços indispensáveis à prossecução das suas
atribuições. (59)
2 - A organização interna adotada deve possuir uma estrutura pouco hierarquizada e
flexível, privilegiando as estruturas matriciais.
3 - Os institutos públicos devem recorrer à contratação de serviços externos para o
desenvolvimento das atividades a seu cargo, sempre que tal método assegure um
controlo mais eficiente dos custos e da qualidade do serviço prestado.
Artigo 34.º
Pessoal
(Revogado.) (60)
Artigo 34.º-A
Alteração de regimes de pessoal
(Revogado.) (61)
CAPÍTULO III
Gestão económico-financeira e patrimonial
Artigo 35.º
Regime orçamental e financeiro
1 - Os institutos públicos encontram-se sujeitos ao regime orçamental e financeiro dos
serviços e fundos autónomos, à exceção dos institutos públicos desprovidos de
(58) Redação (da epígrafe do capítulo) conferida pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(59) Redação conferida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril.
(60) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(61) Artigo aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril, e revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-
A/2008, de 31 de dezembro.
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autonomia financeira, aos quais são aplicáveis as normas financeiras dos serviços com
autonomia administrativa, sem prejuízo das especificidades constantes da presente lei.
2 - Anualmente será fixada, no decreto de execução orçamental, a lista de organismos
em que o regime de autonomia administrativa e financeira, ou de mera autonomia
administrativa, deva sofrer alteração.
Artigo 36.º
Património
1 - O património próprio dos institutos públicos que disponham de autonomia
patrimonial é constituído pelos bens, direitos e obrigações de conteúdo económico,
submetidos ao comércio jurídico privado, transferidos pelo Estado para o instituto
quando da sua criação, ou que mais tarde sejam adquiridos pelos seus órgãos, e ainda
pelo direito ao uso e fruição dos bens do património do Estado que lhes sejam afetos.(62)
2 - Os institutos públicos podem adquirir os bens do património do Estado que por
portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças lhes sejam cedidos
para fins de interesse público. (63)
3 - Podem ser afetos, por despacho do membro do Governo responsável pela área das
finanças, à administração dos institutos públicos os bens do domínio público afetos a
fins de interesse público que se enquadrem nas respetivas atribuições e ainda os bens do
património do Estado que devam ser sujeitos aos seu uso e fruição, podendo essa
afetação cessar a qualquer momento por despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela. (64)
4 - Os bens dos institutos públicos que se revelarem desnecessários ou inadequados ao
cumprimento das suas atribuições são incorporados no património do Estado ou da
segurança social, consoante os casos, salvo quando devam ser objeto de alienação,
oneração ou arrendamento, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de
agosto, sendo essa incorporação determinada por despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela. (65)
5 - Os institutos públicos elaboram e mantêm atualizados, anualmente, com referência a
31 de Dezembro, o inventário de bens e direitos, tanto os próprios como os do Estado
que lhes estejam afetos, e prepararão o balanço.
6 - Pelas obrigações do instituto responde apenas o seu património, mas os credores,
uma vez executada a integralidade do património do mesmo ou extinto o instituto
público, poderão demandar o Estado para satisfação dos seus créditos.
7 - (Revogado.) (66)
Artigo 37.º
Receitas
1 - Os institutos públicos dispõem dos tipos de receitas previstos na legislação aplicável
aos serviços e fundos autónomos e, se for caso disso, na legislação da segurança social,
com exceção daqueles que apenas possuam autonomia administrativa.
2 - Em casos devidamente fundamentados, e mediante portaria dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela, podem ser atribuídas receitas
consignadas aos institutos públicos que não disponham de autonomia financeira. (67)
(62) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. (63) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(64) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(65) Redação conferida pelo artigo 168.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro. A norma já havia sido alterada pelo artigo 2.º do
Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(66) Revogado pela alínea b) do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de outubro.
(67) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
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3 - Os institutos públicos não podem recorrer ao crédito, salvo em circunstâncias
excecionais expressamente previstas na lei de enquadramento orçamental.
Artigo 38.º
Despesas
1 - Constituem despesas dos institutos públicos as que resultem de encargos decorrentes
da prossecução das respetivas atribuições.
2 - Em matéria de autorização de despesas, o conselho diretivo tem a competência
atribuída na lei aos titulares dos órgãos máximos dos organismos dotados de autonomia
administrativa e financeira, ainda que o instituto público apenas possua autonomia
administrativa, bem como a que lhe for delegada pelo membro do Governo da tutela. (68)
3 - Considera-se delegada nos conselhos diretivos dos institutos públicos dotados de
autonomia financeira a competência para autorização de despesas que, nos termos da
lei, só possam ser autorizadas pelo membro do Governo da tutela, sem prejuízo de este
poder, a qualquer momento, revogar ou limitar tal delegação de poderes. (69)
Artigo 39.º
Contabilidade, contas e tesouraria
1 - Os institutos públicos aplicam o Plano Oficial de Contabilidade Pública, devendo
essa aplicação ser complementada por uma contabilidade analítica, com vista ao
apuramento de resultados por atividades.
2 - A prestação de contas rege-se, fundamentalmente, pelo disposto nos seguintes
instrumentos legais e regulamentares:
a) Lei de enquadramento orçamental;
b) Regime de administração financeira do Estado;
c) Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas;
d) Instruções emanadas pelo Tribunal de Contas;
e) Diplomas anuais de execução orçamental.
3 - É aplicável aos institutos públicos o regime da Tesouraria do Estado e, em particular,
o princípio e as regras da unidade de tesouraria.
4 - O instituto prepara um balanço anual do seu património, devendo figurar em
anotação ao balanço a lista dos bens dominiais sujeitos à sua administração.
5 - Sempre que o instituto detenha participações em outras pessoas coletivas deve
anexar as contas dessas participadas e apresentar contas consolidadas com as entidades
por si controladas direta ou indiretamente.
Artigo 40.º
Sistema de indicadores de desempenho
(Revogado.) (70)
CAPÍTULO IV
Tutela, superintendência e responsabilidade
Artigo 41.º
Tutela
1 - Os institutos públicos encontram-se sujeitos a tutela governamental.
(68) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. A norma foi revogada pela alínea b) do artigo 14.º
do Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março, e repristinada pela Resolução da Assembleia da República n.º 86/2011, de 11 de abril.
(69) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(70) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
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2 - Carecem de aprovação do membro do Governo da tutela: (71)
a) O plano de atividades, o orçamento, o relatório de atividades e as contas;
b) Os demais atos previstos na lei e nos estatutos.
3 - Carecem de autorização prévia do membro do Governo da tutela: (72)
a) A aceitação de doações, heranças ou legados;
b) A criação de delegações territorialmente desconcentradas;
c) Outros atos previstos na lei ou nos estatutos.
4 - Carecem de aprovação dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das
finanças e da tutela: (73)
a) (Revogada.) (74)
b) (Revogada.) (75)
c) Outros atos previstos na lei ou nos estatutos.
5 - Carecem de autorização prévia dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
das finanças e da tutela: (76)
a) (Revogada.) (77)
b) A criação de entes de direito privado, a participação na sua criação, a aquisição de
participações em tais entidades, quando esteja previsto na lei ou nos estatutos e se
mostrar imprescindível para a prossecução das respetivas atribuições;
c) Outros atos previstos na lei ou nos estatutos.
6 - A lei ou os estatutos podem fazer depender certos atos de autorização ou aprovação
de outros órgãos, diferentes dos indicados.
7 - A falta de autorização prévia ou de aprovação determina a ineficácia jurídica dos
atos sujeitos a aprovação.
8 - No domínio disciplinar, compete ao membro do Governo da tutela: (78)
a) Exercer ação disciplinar sobre os membros dos órgãos dirigentes;
b) Ordenar inquéritos ou sindicâncias aos serviços do instituto.
9 - O membro do Governo da tutela goza de tutela substitutiva na prática de atos
legalmente devidos, em caso de inércia grave do órgão responsável. (79)
Artigo 42.º
Superintendência
1 - O membro do Governo da tutela pode dirigir orientações, emitir diretivas ou solicitar
informações aos órgãos dirigentes dos institutos públicos sobre os objetivos a atingir na
gestão do instituto e sobre as prioridades a adotar na respetiva prossecução. (80)
2 - Além da superintendência do membro do Governo da tutela, os institutos públicos
devem observar as orientações governamentais estabelecidas pelos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração Pública,
respetivamente em matéria de finanças e pessoal. (81)
3 - (Revogado.) (82)
(71) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(72) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(73) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. (74) Revogada pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(75) Revogada pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(76) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. (77) Revogada pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(78) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(79) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(80) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(81) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(82) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
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Artigo 43.º
Responsabilidade
1 - Os titulares dos órgãos dos institutos públicos e os seus trabalhadores respondem
civil, criminal, disciplinar e financeiramente pelos atos e omissões que pratiquem no
exercício das suas funções, nos termos da Constituição e demais legislação aplicável. (83)
2 - A responsabilidade financeira é efetivada pelo Tribunal de Contas, nos termos da
respetiva legislação.
Artigo 44.º
Página eletrónica
Os institutos públicos devem disponibilizar uma página eletrónica, com todos os dados
relevantes, nomeadamente: (84)
a) Os diplomas legislativos que os regulam, os estatutos e regulamentos internos;
b) A composição dos corpos gerentes, incluindo os elementos biográficos
mencionados no n.º 4 do artigo 19.º, e respetiva remuneração; (85)
c) Os planos de atividades e os relatórios de atividades dos últimos três anos;
d) Os orçamentos e as contas dos últimos três anos, incluindo os respetivos balanços;
e) O mapa de pessoal.
TÍTULO IV
Regimes especiais
Artigo 45.º
Institutos com organização simplificada
(Revogado.) (86)
Artigo 46.º
Regime jurídico da função pública
(Revogado.) (87)
Artigo 47.º
Institutos de gestão participada
Nos institutos públicos em que, por determinação constitucional ou legislativa, deva
haver participação de terceiros na sua gestão, a respetiva organização pode contemplar
as especificidades necessárias para esse efeito, nomeadamente no que respeita à
composição do órgão diretivo.
Artigo 48.º
Normas especiais (88) (89) 1 - Gozam de regime especial, com derrogação do regime comum na estrita medida
necessária à sua especificidade, os seguintes tipos de institutos públicos:
a) As universidades e escolas de ensino superior politécnico;
(83) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. (84) Redação (proémio do número) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(85) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(86) Revogado pelo artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril. (87) Revogado pelo n.º 2 do artigo 30.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
(88) Redação (epígrafe) conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(89) Ver Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2012, de 15 de Março, Resolução do Conselho de Ministros n.º 71/2012, de 29
de Agosto (classificação dos institutos públicos de regime especial, para efeitos da determinação do vencimento dos respetivos
membros dos conselhos diretivos) e Despacho n.º 12924/2012 (Fixa a remuneração do fiscal único dos institutos públicos de regime
comum e especial), publicado no DR nº 191, 2.ª série, de 02/10/2012.
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b) As instituições públicas de solidariedade e segurança social;
c) Os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde;
d) (Revogada.) (90)
e) (Revogada.) (91)
f) As entidades administrativas independentes.
2 - Cada uma destas categorias de institutos públicos pode ser regulada por uma lei
específica.
3 - Gozam ainda de regime especial, com derrogação do regime comum na estrita
medida necessária à sua especificidade: (92)
a) O Instituto Nacional de Estatística, I. P.;
b) A Agência para a Modernização Administrativa, I. P.;
c) A Caixa Geral de Aposentações, I. P.;
d) A Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I. P.;
e) O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I. P.;
f) O Instituto Nacional de Aviação Civil, I. P.;
g) O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P.;
h) A Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.;
i) O INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.
P.;
j) Os institutos públicos cujas leis orgânicas prevejam, expressamente, atribuições
relacionadas com a gestão, em qualquer das suas vertentes, de programas de
aplicação, de medidas programáticas, de sistemas de apoio e de ajudas ou de
financiamento, suportados por fundos europeus.
4 - (Revogado.) (93)
5 - Excecionam-se do disposto no n.º 1 do artigo 19.º o Estádio Universitário de Lisboa,
I. P., e o Centro Científico e Cultural de Macau, I. P., cujo órgão de direção é um
presidente, cargo de direção superior de 1.º grau. (94)
TÍTULO V
Disposições finais e transitórias
Artigo 49.º (95)
Base de dados sobre os institutos públicos
1 - Os institutos públicos encontram-se obrigados ao cumprimento dos deveres legais
decorrentes do diploma que institui e regula o funcionamento do Sistema de Informação
da Organização do Estado, devendo a informação reportada naquele sistema incluir,
entre outros elementos, a designação, o diploma ou diplomas reguladores, a data de
criação e de eventual reestruturação e a composição dos corpos gerentes.
2 - O Sistema de Informação da Organização do Estado referido no número anterior é
disponibilizado em linha na página eletrónica da Direcção-Geral da Administração e do
Emprego Público, incluindo conexões para a página eletrónica de cada instituto referida
no artigo 44.º.
(90) Revogada pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. (91) Revogada pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(92) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho. A redação da norma foi sucessivamente alterada
pelo artigo 5.º da Lei n.º 51/2005, de 30 de agosto, pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de abril, e pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(93) Revogado pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 123/2012, de 20 de junho. A norma havia sido aditada pelo artigo 2.º do Decreto-
Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(94) Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(95) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro. O artigo havia, contudo, sido revogado pelo artigo
13.º da Lei n.º 57/2011, de 28 de novembro.
20
Artigo 50.º
Revisão dos institutos públicos existentes
(Revogado.) (96)
Artigo 51.º
Uso da designação «Instituto, I. P.» ou «Fundação, I. P.»
1 - No âmbito da administração central os institutos públicos, abrangidos pela presente
lei, utilizam a designação «Instituto, I. P.» ou «Fundação, I. P.».
2 - A designação «Fundação, I. P.» só pode ser usada quando se trate de institutos
públicos com finalidades de interesse social e dotados de um património cujos
rendimentos constituam parte considerável das suas receitas.
Artigo 52.º
Estabelecimentos
1 - No caso de o instituto dispor de um ou mais estabelecimentos deverá o seu órgão de
direção especificar, em aviso publicado na 2.ª série do Diário da República, qual o
pessoal que se encontra afeto ao estabelecimento e qual o regime jurídico em que o
mesmo presta funções.
2 - Pode o órgão de direção do instituto, mediante prévia autorização dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da tutela, que desafete o
estabelecimento da prestação de serviço público, transmitir, ou ceder temporariamente a
terceiros, a exploração de estabelecimentos que integrem o seu património. (97)
3 - A transmissão ou cessão de exploração será titulada por contrato escrito, em que
ficarão consignados todos os direitos e obrigações assumidos quanto à exploração do
estabelecimento, devendo a escolha do adquirente ou cessionário ficar sujeita às
mesmas formalidades que regulam a realização de despesas públicas de valor
equivalente ao da receita obtida.
4 - No caso de transmissão ou cessão de exploração do estabelecimento serão
transferidos para o adquirente, salvo acordo em contrário entre transmitente e
adquirente, a posição jurídica de entidade patronal e os direitos e obrigações do instituto
relativos ao pessoal afeto ao estabelecimento, em regime de direito público ou privado,
sem alteração do respetivo conteúdo e natureza.
Artigo 53.º
Concessões
1 - Os órgãos de direção do instituto podem, mediante prévia autorização do membro do
Governo da tutela, conceder a entidades privadas, por prazo determinado e mediante
uma contrapartida ou uma renda periódica, a prossecução por conta e risco próprio de
algumas das suas atribuições, e nelas delegar os poderes necessários para o efeito. (98)
2 - Os termos e condições da concessão constarão de contrato administrativo, publicado
no Diário da República, sendo a escolha do concessionário precedida das mesmas
formalidades que regulam o estabelecimento de parcerias público-privadas na
Administração Pública.
3 - No caso de a concessão ser acompanhada pela cessão da exploração de
estabelecimento do instituto aplicar-se-ão as correspondentes disposições.
(96) Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(97) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(98) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
21
Artigo 54.º
Delegações de serviço público
1 - Os órgãos de direção do instituto podem, mediante prévia autorização do membro do
Governo da tutela, delegar em entidades privadas, por prazo determinado, e com ou sem
remuneração, a prossecução de algumas das suas atribuições e os poderes necessários
para o efeito, assumindo o delegado a obrigação de prosseguir essas atribuições ou
colaborar na sua prossecução sob orientação do instituto. (99)
2 - Os termos e condições de delegação de serviço público constarão de contrato
administrativo publicado no Diário da República, sendo a escolha do delegado
precedido das mesmas formalidades que regulam o estabelecimento de parcerias
público-privadas na Administração Pública.
3 - No caso de a delegação ser acompanhada pela cessão de exploração de
estabelecimento do instituto, aplicar-se-ão as correspondentes disposições.
Artigo 55.º
Entrada em vigor
(Revogado.) (100)
Aprovada em 27 de Novembro de 2003.
O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral.
Promulgada em 30 de Dezembro de 2003.
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 30 de Dezembro de 2003.
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.
(99) Redação conferida pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
(100) Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 5/2012, de 17 de janeiro.
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