Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na ......(Dunas de areia e dunas de praia;...

Preview:

Citation preview

Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na

Produção de Cartografia de Risco de Ravinas em Luena

(Leste de Angola)

Emmanuel Arsénio

Helena Fernandez

Celestina Pedras

Rui Lança

Fernando Martins (fmmartin@ualg.pt)

IV Congresso Internacional de Riscos

“Riscos e Educação”

23 a 26 de maio de 2017

Objetivo

Elaboração da cartografia da suscetibilidade à erosão hídrica de 3ravinas da cidade do Luena da província de Moxico (Angola)

Área de Estudo: 3 ravinas na cidade do Luena (capital da Província do Moxico, Leste de Angola)

R1

R2

R3

Área de Estudo: Ravina 1 (11°48‘S ; 19°52'E) ravina do Elavoco

2013 2016

Muitas residências foram

afetadas pela progressão

da ravina.

Área ≈ 1 ha

Área de Estudo: Ravina 2 (11°48'S ; 19°51'E) Ravina dos caminhos de ferro

2013 2016

Encontra-se próxima da linha

férrea de Benguela que liga

o porto de Lobito (litoral -

província de Benguela) com

a vila de Luau (fronteira com

a República Democrática do

Congo - província de

Moxico).

Área ≈ 3 ha

Área de Estudo: Ravina 3 (11°47'S ;19°55’E )

2013 2016

contenção da ravina

Ravina das 7 cunhas

Encontra-se no

centro urbano da

cidade

Área ≈ 42 ha

Clima: Precipitação e Temperatura

• Clima mesotérmico, húmido de estação seca no inverno (Cwa)

30.9 °C

8.5 °C

22.7 °C

17.2 °C

CacimboChuvas Chuvas

231

178

100

23

0 0 16

110

209

180

215

Fonte:

https://pt.climate-data.org/location/4100

Metodologia PAP/RAC

Fotografias RGB

Fotografias

BLUE+NIR

MDS

NDVI

Carta Solos

1: 3.000.000

Carta do uso e

ocupação do solo

(DIVAGIS) +

digitalização

DecliveLitofácies

Mapa de Proteção

Mapa de

Erodibilidade

Mapa dos Estados

Erosivos

Mapa de IMF

Verão e Inverno

Dados climáticos

Dados Espaciais

Mapa de

Suscetibilidade à

Erosão Hídrica do

Verão

Mapa de

Suscetibilidade à

Erosão Hídrica do

Inverno

Aquisição de dados

Aquisição das imagens aéreas de RGB e BLUE+NIR das 3 ravinas

RGB DJI (SONY) 2.7KMapir NDVI BLUE+NIR

DJI PHANTOM 3 STANDARD

Processamento Digital de Imagem

Criação do ortofotomosaico e do Modelo Digital de Superfície com o software

Agisoft PhotoScan

Altitude (m)

High : 1310

Low : 1250

Ravina 1

MDS

Ravina 2

Altitude (m)

High : 1310

Low : 1250

Ravina 3

Altitude (m)High : 1270

Low : 1190

Processamento Digital de Imagem

Ravina 2

Mapas de Declives: Classes segundo PAP/RAC, 1997

Ravina 1

Ravina 2

5%

62%

4%

67%

Ravina 3

(1) Suave

(2) Moderado

(3) Escarpado

(4)Muito Escarpado

(5) Extremo

53%

27%

Litofacies : Classe E (Classificação litológica segundo PAP/RAC, 1997)

Solo Arenoso (ravina 3)

Solo Siltoso (ravina 1 e 2)

Classes Material/Unidade litológica

A Rocha compactada não alterada (xistos)

BRochas coesivas fraturadas ou moderadamente alteradas

(filitos, siltitos , quartzitos)

CRochas sedimentares com alteração ligeira/moderada (Série

vulcano sedimentar básica associada; Diabases e tufos

intermedios básicos subordinados)

D

Rochas pouco resistentes ou profundamente alteradas

(Complexo margo carbonatado de Silves, Calcários

dolomíticos/Calcarios margosos; Arenitos de Silves, Formação

de Mértola e de Mira -grupo do Flysh do Baixo Alentejo).

ESedimentos muito pouco coesivos ou materiais detríticos

(Dunas de areia e dunas de praia; Areias, arenitos e

cascalheiras do litoral do Baixo Alentejo e do Vale do Sado.

Mapas de erodibilidade: Ravina 1

Litofácie

Declive1(A) 2(B) 3(C) 4(D) 5(E)

1 1 (Bx) 1 (Bx) 1 (Bx) 1 (Bx) 2 (Md)

2 1 (Bx) 1 (Bx) 2 (Md) 3 (Me) 3 (Me)

3 2 (Md) 2 (Md) 3 (Me) 4 (At) 4 (At)

4 3 (Me) 3 (Me) 4 (At) 5 (Ex) 5 (Ex)

5 4 (At) 4 (At) 5 (Ex) 5 (Ex) 5 (Ex)

1 – Baixa (Bx)

2 – Moderada (Md)

3 – Média (Me)

4 – Alta (At)

5 – Extrema (Ex)

Ravina 1

32%

31%33%

4%

Ocupação

(PAP/RAC, 1997)

Mapas de erodibilidade: Ravinas 2 e 3

Ravina 2 Ravina 3

43%

23%29%

Ocupação

5%

36%17%

40%

7%

Ocupação

Mapas de Ocupação e Uso do solo

Ravina 1

Ravina 2

Ravina 3

Mapas de NDVI

Ravina 1

Ravina 3

Ravina 2

“Pouca Vegetação”

Mapas de Proteção

Cobert.

Ocup. Solos/veg dispersa densa

savana SP 5 (MB) 4 (B)

areia SP 5 (MB) 4 (B)

veg. arb. SP 5 (MB) 4 (B)

urbano SP SP SP

água SP SP SP

agrícola SP 5 (MB) 5 (MB)

Classes de proteção:1 – Muito Alta (MA)

2 – Alta (A)

3 – Média (M)

4 – Baixa (B)

5 – Muito Baixa (MB)

SP - Sem proteção

Ravina 1

Ravina 2

Ravina 310%

20%

70%

8%

19%

73%

3%

3%

94%

“Sem Proteção”

( adaptado Paixão, 2012)

Mapas dos estados erosivos

Classes dos Estados

Erosivos:1 – Muito Baixo (MB)

2 – Baixo (B)

3 – Médio (Me)

4 – Alto (A)

5 – Muito Alto (MA)

Proteção

Erod.

Baixa

(4)

Muito

Baixa (5)

Sem

Proteção

Moderada (2) 3 (Me) 3 (Me) 4 (A)

Média (3) 3 (Me) 4 (A) 5 (MA)

Alta (4) 5 (MA) 5 (MA) 5 (MA)

Extrema (5) 5 (MA) 5 (MA) 5 (MA)

Ravina 1

Ravina 2

Ravina 3

5%

9%

86%

4%

13%

83%

“cerca de 90% da área com

estado erosivo muito alto”

1%

8%

91%

( adaptado Paixão, 2012)

Erosividade da chuva

Mede a agressividade da chuva

n

i t

i

P

PIMF

1

2

Pi , precipitação media mensal (mm)

Pt, precipitação media anual (mm)

Calculado o Índice Modificado de Fournier

Foi calculado o IMF para o verão, Inverno para diferentes estações meteorológicas

Índice Modificado de Fournier, Corine

CEC (1992)

Valores IMF Classificação

< 60 Muito Baixo

60 - 90 Baixo

90 - 120 Moderado

120 - 160 Alto

160 > Muito alto

Erosividade da chuva

18 estações meteorológicas da província de Moxico para calcular modelo de erosividade da chuva

Erosividade da chuva

Precipitação média mensal das estações do Luena e Santo Caloto vs a média das restantes estações

meteorológicas selecionadas (2015)

0

50

100

150

200

250

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Luena

Santo Caloto

Outras Estações

Cacimbo

Erosividade da chuva

Precipitação do verão de 2015 (estações da provincia de Moxico) – Interpolação Spline

Maiores valores de

precipitação ocorreram

a Nordeste de Moxico

Menores valores a sul de

Moxico.

Em Luena os valores

interpolados estão

compreendidos entre

1200 mm e 1300 mm

Erosividade da chuva

Precipitação do Inverno de 2015 (estações da provincia de Moxico) – Interpolação Spline

Valores de precipitação

muito baixos < 14 mm

Valores < 3 mm no sul

de Moxico

Em Luena os valores

interpolados estão

compreendidos entre 3

mm e 14 mm

Erosividade da chuva: Modelo de Erosividade da Chuva

Erosividade da chuva

MDELatitude

Insolação

Verão/Inverno

Longitude Orientação

Temperatura

Erosividade da chuva: Modelo Digital de Elevações e Mapa da temperatura média na província de Moxico

Fonte: USGS

Orientação das

vertentes

Insolução do

Inverno e Verão

Elevação Máxima: 1678 m

Elevação Mínima: 977 mTemperatura Máxima: 27.0º C

Temperatura Mínima: 16.9 ºC

Fonte: INAMET

Erosividade da chuva: Orientação das vertentes

Em Luena prevalecem

as vertentes para

Noroeste e Sudeste

NWSE

Erosividade da chuva: Insolação de Verão e Inverno (Valores médios em Wh/m2)

Insolação de Verão Insolação de Inverno Período Verão:

Dias: 227 (15 de Agosto

de 2015) a 136 (15 de

Maio de 2016)

Período Inverno:

Dias: 135 (15 de Maio de

2015) a 227 (15 de

Agosto de 2015)

Cálculo da média em

Wh/m2 para cada

período

Não foi considerado no

cálculo a eventual

nebulosidade do local

Insolação média:

219 Wh/m2

Insolação média:

157 Wh/m2

Erosividade da chuva: Latitude e Longitude

Longitude Latitude

Erosividade da chuva: Regressão Multilinear (IMF Verão)

Erosividade da chuva: Regressão Multilinear (IMF Verão)

IMFverão = coord M × 0,00007278 + coord P × 0,00005352 + Altitude × 0,03172 + Orientação × 0,01118 – 348,9

Satisfeitas as 4 permissas

Normalidade

Distância Cook’s <0.5

Homogeneidade da variância

Independência dos erros

Erosividade da chuva: Regressão Multilinear (IMF Inverno)

Erosividade da chuva: Regressão Multilinear (IMF Inverno)

IMFInverno = - Altitude × 0,009824 - Temperatura × 1.709183 – 54,335171

Satisfeitas as 4 permissas

Normalidade

Distância Cook’s <0.5

Homogeneidade da variância

Independência dos erros

Erosividade da chuva: Regressão Multilinear (IMF Verão e Inverno)

Classes de agressividade segundo CORINE – CEC (1992)

IMF Verão IMF Inverno

Mínimo: 0 mm

Média: 6.9 mm

Máximo: 13 mm

Mínimo:160 mm

Média:187.4 mm

Máximo: 230 mm

Índice Modificado de Fournier, Corine

CEC (1992)

Valores IMF Classificação

< 60 Muito Baixo

60 - 90 Baixo

90 - 120 Moderado

120 - 160 Alto

160 > Muito alto

Mapas de suscetibilidade à erosão hídrica:

Ravina 1

Classes de suscetibilidade

à erosão hídrica:1 – Muito Baixa(MB)

2 – Baixa (B)

3 – Média (Me)

4 – Alta (A)

5 – Muito Alta (MA)

IMF

Est. Erosivovos

Inverno

IMF (<60 mm)

Verão

IMF (>160 mm)

Médio (3) 1 (MB) 5 (MA)

Alto (4) 2 (B) 5 (MA)

Muito alto (5) 3 (Me) 5 (MA)

Inverno Verão

100%

5%

9%

86%

“suscetibilidade

Média à erosão”

“suscetibilidade

Muito alta à erosão”

( adaptado Paixão, 2012)

Mapas de suscetibilidade à erosão hídrica:

Ravina 2

Inverno Verão

100%

4%

13%

83%“suscetibilidade

Média à erosão”“suscetibilidade

Muito alta à erosão”

Mapas de suscetibilidade à erosão hídrica:

Ravina 3

Inverno Verão

100%

1%

8%

91%

“suscetibilidade

Média à erosão”“suscetibilidade

Muito alta à erosão”

1. A região estudada reune as condições propricias ao deslizamento de sedimentos no período

chuvoso:

.Altitude acima dos 1200 m

. Terreno não plano

. Declive moderado a escarpado (3 a 20%) existindo mesmo na ravina 3 27% de declives

extremos (> 35%).

. Vertentes com a direção NW-SE (ravina 2 e 3) e N-S (ravina 1)

. Solos siltosos e arenosos

. Pouca vegetação

2. Pelas imagens do Google Earth verifica-se que entre os períodos de 2013-2016 ocorreu um aumento

na progressão das ravinas

Conclusões

Conclusões

3. A norte das ravinas 1 e 2 localizam-se concentrações urbanas e a ravina 3 está localizada no interior

do centro do urbano. Situaçao preocupante!!!

4. As cartas de suscetibilidade à erosão hidrica obtidas para as 3 ravinas nos 2 periodos do ano, mostram

que no verão a totalidade das áreas apresentam uma suscetibilidade muito alta e no inverno apresentam

essencialmente a classe de média suscetibilidade (85% nas ravinas 1 e 2 e 91% na ravina 3)

5. Verifica-se que na ravina 3, a montante das obras de contenção, algumas zonas foram classificadas de

baixa suscetibilidade, o que mostra as vantagens destas obras.

6. As autoridades competentes deverão tomar medidas que controlem e diminuam o risco associado à

erosão: evacuação das populações localizadas nas áreas limitrofes às ravinas, proibição de ocupação

agricola, reflorestação e mais obras de contenção. Note-se que na ravina 2 a linha ferrea de Benguela

deverá ser protegida.

7. Pretende-se dar continuidade ao estudo por forma a monitorizar a evolução das ravinas e ampliá-lo

a outros locais da cidade do Luena e da provincia de Moxico.

Conclusões

OBRIGADO