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5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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Tcnico em Logstica
Ana Rosa Cavalcanti da Silva
2014
Fundamentos de ComrcioExterior
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Coordenao do CursoMaria Helena Cavalcanti
Coordenao de DesignInstrucionalDiogo Galvo
Reviso de Lngua PortuguesaEliane Azevedo
DiagramaoRoberta Cursino
Governador do Estado de PernambucoJoo Soares Lyra Neto
Vice-governador do Estado de PernambucoJoo Soares Lyra Neto
Secretrio de Educao e Esportes dePernambuco
Jos Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretrio Executivo de Educao ProfissionalPaulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educao ProfissionalLuciane Alves Santos Pula
Coordenador de Educao a DistnciaGeorge Bento Catunda
Presidenta da RepblicaDilma Vana Rousseff
Vice-presidente da RepblicaMichel Temer
Ministro da EducaoJos Henrique Paim Fernandes
Secretrio de Educao Profissional eTecnolgicaAlssio Trindade de Barros
Diretor de Integrao das RedesMarcelo Machado Feres
Coordenao Geral de FortalecimentoCarlos Artur de Carvalho Aras
Coordenador Rede e-Tec BrasilCleanto Csar Gonalves
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INTRODUO ............................................................................................................................ 3
1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A IMPORTNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA ............. 5
1.1 O Impacto da Globalizao nas Trocas Internacionais ............. 6
1.2 O Processo de Internacionalizao ........................................ 10
1.3 Etapas da Internacionalizao da Empresa ............................ 14
1.4 Vantagens para Exportar ....................................................... 15
1.5 Tipos de Exportao .............................................................. 18
2. COMPETNCIA 02 l CONHECER O PROCESSO DE PROSPECO DE MERCADOS
INTERNACIONAIS .................................................................................................................... 20
2.1 Definio do Que e para Onde Exportar ................................ 21
2.2. Fatores que Contribuem para a Aceitao do Produto ......... 22
2.3 O Plano de Negcios.............................................................. 24
2.4 Marketing Internacional ........................................................ 26
2.4.1 Comunicao entre o Exportador e o Importador .............. 27
2.4.2 Aspectos Culturais nas Exportaes ................................... 29
3. COMPETNCIA 03 l CONHECER AS INFORMAES BSICAS DO COMRCIO EXTERIOR, EM
TERMOS DE ENTIDADES INTERNACIONAIS, INTEGRAO E BLOCOS ECONMICOS ............ 33
3.1 Cooperao e Integrao Regional em Termos de Comrcio
Exterior ....................................................................................... 34
3.2 Entidades e Sistemas ............................................................. 36
3.2.1 Organizao Mundial do Comrcio (OMC) ......................... 36
3.2.2 Conferncia das Naes Unidas para o Comrcio e o
Desenvolvimento (Unctad) .......................................................... 37
3.2.3 Sistema Geral de Preferncias (SGP) .................................. 38
3.2.4 Sistema Global de Preferncias Comerciais (SGPC) ............ 39
3.3 Tratados e Acordos Internacionais de Comrcio ................... 39
3.4 Processos de Integrao Comercial Internacional ................. 40
Sumrio
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3.5 Principais Blocos .................................................................... 41
3.5.1 Mercado Comum do Sul (Mercosul) ................................... 41
3.5.2 Associao Latino-Americana de Integrao (Aladi) ........... 42
3.5.3 Comunidade Andina ........................................................... 42
3.5.4 Tratado Norte-Americano de Livre Comrcio (North
American Free Trade Agreement-Nafta) ..................................... 43
3.5.5 Unio Europeia ................................................................... 44
3.5.6 Associao Europia de Livre Comrcio (EFTA) .................. 44
4. COMPETNCIA 04 l CONHECER OS ORGANISMOS NACIONAIS E LOCAIS DE REGULAO E
APOIO DO COMRCIO EXTERIOR ........................................................................................... 46
4.1 Classificao dos rgos com Atuao no Comrcio Exterior,
em Nvel Nacional ....................................................................... 47
4.1.1 Cmara de Comrcio Exterior (Camex) ............................... 48
4.1.2 Ministrio das Relaes Exteriores (MRE) .......................... 49
4.1.3 Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio
Exterior (MDIC) ........................................................................... 50
4.1.3.1 Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico e Social
(BNDES) ....................................................................................... 52
4.1.3.2 Agncia Brasileira de Promoo de Exportao e
Investimento (Apex-Brasil) .......................................................... 52
4.1.4 Ministrio da Fazenda (MF) ................................................ 534.1.4.1 Receita Federal do Brasil (RFB) ........................................ 53
4.1.4.2 Conselho Monetrio Nacional (CMN) .............................. 54
4.1.4.3 Banco Central do Brasil (BCB ou Bacen) ........................... 54
4.2 Outros Exemplos de rgos Nacionais com Poder de
Interferncia ou Apoio ao Exportador ......................................... 55
4.2.1 Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa)
.................................................................................................... 55
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4.2.2 Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) ....................................................................................... 55
4.2.3 Banco do Brasil S.A. (BB)..................................................... 56
4.3 rgos e Entidades Apoiadores em Pernambuco .................. 57
5. COMPETNCIA 05 l CONHECER AS EMPRESAS PRIVADAS DE SUPORTE NAS OPERAES
DE COMRCIO EXTERIOR ........................................................................................................ 61
5.1 Agentes e Comerciantes Intervenientes no Comrcio Exterior
.................................................................................................... 61
5.2 Entes Privados ....................................................................... 63
5.2.1 Empresas de Transporte Internacional ............................... 63
5.2.2 Empresas de Armazenagem ............................................... 65
5.2.3 Operadores porturios ....................................................... 65
5.2.4. Transitrios de Carga ......................................................... 66
5.2.5. Empresas de Inspeo ....................................................... 66
5.2.6 Bancos Comerciais .............................................................. 66
5.2.7 Companhias de Seguro ....................................................... 67
5.2.8 Despachantes Aduaneiros .................................................. 67
5.3 Canais de Distribuio ........................................................... 68
REFERNCIAS .......................................................................................................................... 69
Endereos de pginas eletrnicas nacionais e internacionais sobre
comrcio exterior ........................................................................ 72
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Fundamentos de Comrcio Exterior
INTRODUO
Ol, aluno do Curso Tcnico EAD em Logstica!
C estamos dando incio a um novo ciclo em seus estudos, estreando o
Mdulo de Comrcio Exterior, com a rica e estimulante disciplina de
Fundamentos de Comrcio Exterior. Prepare-se para uma matria de
contedos interessantes, que certamente vai aumentar ainda mais suavontade de continuar progredindo, em busca de uma melhor formao
profissional e de uma oportunidade mais interessante no mercado de
trabalho.
Para provar a voc que a disciplina contribuir significativamente para a
ampliao das fronteiras dos seus conhecimentos, veja s os assuntos com os
quais vamos lidar a partir de agora!
Na Competncia 01, temos o objetivo de Conhecer a importncia da
atividade exportadora. Para isso, usaremos como meta a compreenso e a
fixao de contedos relacionados a entender a globalizao, a
internacionalizao da empresa e suas etapas e os tipos de exportao.
Na sequncia, lidaremos com a Competncia 02 (Conhecer o processo de
prospeco de mercados internacionais). Colocaremos a mo na massa,
estudando a respeito de temas como definio do que e para onde exportar,
promoo comercial, causas que contribuem para a aceitao do produto,
plano de negcios e marketinginternacional.
A Competncia 03, Conhecer as informaes bsicas do comrcio exterior,
em termos de entidades internacionais, integrao e blocos econmicos,
pretende nos levar pelos caminhos da Organizao Mundial do Comrcio
(OMC), do Sistema Geral de Preferncias (SGP), do Sistema Global dePreferncias Comerciais (SGPC) e dos principais blocos comerciais.
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Tcnico em Lo stica
Nas Competncia 04 (Conhecer os organismos nacionais e locais de
regulao do comrcio exterior) e 05 (Conhecer as empresas privadas desuporte nas operaes de comrcio exterior), seremos guiados a saber a
respeito do organograma do comrcio exterior brasileiro; dos rgos com
atuao no comrcio exterior (nvel nacional e local); dos tipos de agentes e
comerciantes no comrcio exterior, das caractersticas dos intervenientes nas
operaes e dos canais de distribuio.
Agora que voc j teve uma viso panormica do que lhe espera, no perca
tempo e vire logo esta pgina em busca do saber!
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A IMPORTNCIA DA ATIVIDADEEXPORTADORA
Bases tecnolgicas:
Entender a globalizao
A internacionalizao da empresa
Etapas de internacionalizao da empresa
Consideraes relevantes
Exportao direta e exportao indireta
O comrcio exterior de um pas significa o fluxo de mercadorias vendidas
(exportadas) ou compradas (importadas), bem como dos servios executados
por empresas nacionais no exterior ou feitas por empresas estrangeiras no
prprio pas. Em outras palavras, o comrcio exterior engloba a gesto do
processo de compras e vendas internacionais de produtos e servios.
Antes de aprofundarmos nossos estudos em Fundamentos do Comrcio
Exterior, ser necessrio que estejamos familiarizados com termos
comumente utilizados pelos profissionais da rea. Desse modo, quando nos
referirmos exportao, estaremos trabalhando com o conceito de um
processo que ocorre quando um determinado bem cruza a fronteira de um
pas, ou seja, basicamente, quando uma mercadoria originria dos Estados
Unidos sai de l e chega at ao Uruguai, estamos diante de uma exportao. Aimportao, por sua vez, seria a entrada desse bem no espao geogrfico do
pas que o est adquirindo. No mesmo exemplo, os Estados Unidos seriam o
pas exportador e o Uruguai, o importador.
Todos os impostos e contribuies diretamente relacionados com a
exportao e a importao formam as barreiras tarifrias. J as barreiras no
tarifrias so restries entrada de mercadorias importadas, para criar
distores nas trocas comerciais, a exemplo dos regimes de licenas de
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
importao. Por meio de cotas, restringe-se a quantidade de produto
importado, limitada a um nmero preestabelecido alocado sob a base globalou especfica.
Para que seja feito o intercmbio de produtos ou servios, duas empresas
situadas em pases diferentes firmam um contrato de compra e venda
internacional, ou seja, um acordo onde so ditadas as condies de entrega
do produto ou da prestao do servio, a forma de pagamento, etc.,
formalizando, assim, a relao da empresa exportadora com seus clientes no
exterior. o que Sousa (2009, p.149) chama de ponto de partida das
operaes comerciais internacionais. Depois, o exportador dever enviar a
mercadoria, cumprindo os trmites administrativos, e o comprador precisar
pag-la, recepcion-la e cumprir as formalidades administrativas resultantes
da admisso de mercadorias importadas.
Mas no so apenas importadores e exportadores os envolvidos nesta
operao. Outras empresas e organismos participam do processo. A parte dalogstica, que tanto lhe interessa, caro aluno, por exemplo, trata do fluxo fsico
das mercadorias, pela atuao de empresas de transporte e armazenagem,
operadores porturios, etc. Os pagamentos e seguros so de responsabilidade
das entidades financeiras, com controle do Banco Central. As empresas de
inspeo, por sua vez, comandam a parte do controle das mercadorias, sendo
tudo monitorado pela Receita Federal. As alfndegas e despachantes
aduaneiros se encarregam dos processos administrativos. Ficou empolgado
em saber de que forma as coisas acontecem? Ento siga em frente na leitura!
1.1 O Impacto da Globalizao nas Trocas Internacionais
Embora o Brasil esteja em posio privilegiada no ranking que mede os
maiores exportadores do planeta, ocupando o vigsimo primeiro lugar (MRE,
2012), nosso pas no produz tudo o que sua populao necessita. E, ainda
que tenha dimenses continentais, o pas, como qualquer um dos outros 190
existentes no mundo, no possui condies de satisfazer a todas as demandas
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
internas. Voc saberia explicar o motivo dessa aparente situaodesfavorvel?
Imagine que no cabvel que uma nao seja autossuficiente. A falha ou
baixa produtividade de um determinando produto ou matria prima em um
pas pode muito bem ser coberta por um vizinho. Por isso, tanto comprar de
um estrangeiro quanto vender a outro pas so prticas corriqueiras e
necessrias, ou seja, tanto exportar quanto importar fazem parte das regras
do jogo!
Nenhum pas do mundo consegue gerar todos os bens eservios de que sua populao necessita. Comoalternativa, os pases tm procurado especializar-se emcertas atividades, objetivando produzir maiseficazmente determinados tipos de produtos; osexcedentes dessas produes so ento trocados poroutros produtos necessrios s suas populaes. Dessa
forma, as empresas tornam-se mercados maiscompetitivos, surgindo novos produtos para atendernovas demandas (SOUSA, 2009, p. 6).
A Argentina, por exemplo, o segundo maior fornecedor de mercadorias e
insumos de que o Brasil precisa. O Brasil, por sua vez, exporta bastante da sua
pauta de vendas internacionais para a China, segundo dados relativos a 2013,
elaborados pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio
Exterior.
Imagem 01 - Brasil e Argentina: comrcio exteriorFonte:
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
Assim, fica mais fcil compreender porque, ao mesmo tempo em que vende
para a Argentina, to prxima, e para a China, do outro lado do mundo, oBrasil ainda usa boa parte de sua produo para consumo interno. Escoar
toda sua produo l para fora ou comercializar tudo no prprio pas no teria
muito sentido, no verdade, visto que no produzimos por aqui tudo que
necessitamos em termos de insumos, matrias primas, mquinas, etc.
Como nenhum pas uma ilha, natural que ocorra o fluxo internacional,
motivado pela globalizao. Como voc bem sabe, a globalizao pode ser
encarada como um fenmeno, em escala global, capaz de produzir uma
integrao de cunho econmico, social, cultural e poltico entre diferentes
pases.
Ainda que a globalizao possa ser criticada por vrios aspectos, pelos
contrrios ao sistema capitalista, para fins de nossos estudos em Logstica e,
especificamente, em virtude de nossa disciplina de Fundamentos de Comrcio
Exterior, importante para voc, aluno consciente e aberto aos novosconhecimentos, compreender, por exemplo, que o incremento no fluxo
comercial mundial foi potencializado pela modernizao dos transportes e das
telecomunicaes, por exemplo.
Se imaginarmos, hipoteticamente, o transporte martimo como uma
ferramenta da globalizao, poderemos refletir que sua elevada capacidade
de carga, atrelada ao fato de ele servir fortemente nas transaes de
importao e exportao, fazem deste modal um elo da mundializao demercadorias. Por isso, um mesmo produto pode ser encontrado em diferentes
partes do mundo, de forma to acessvel! cada vez mais comum, por
exemplo, que, ao lermos o rtulo de um alimento ou produto de higiene
industrializado vejamos que os mesmos foram feitos em fbricas em algum
pas da Amrica do Sul, por exemplo.
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
Imagem 02 - Transporte martimo
Fonte:
Ludovico (2009) faz uma comparao bem interessante ao abordar essa
questo. Veja se o pensamento desse autor no tem relao direta com o que
comeamos a estudar a partir de agora: para ele, analisar o comrcio
internacional poder ter a viso de que, realmente, o mundo se tornou um
grande condomnio de pases. Nesse grande condomnio, os inquilinos
seriam empresas de todos os tipos e tamanhos.
Tambm podemos construir nossa prpria analogia nesse sentido! Pensemos
o mundo como um grande shopping center e os pases funcionando como
lojas. As mercadorias dessas lojas esto disponveis venda para todos e,
dependendo da situao, uma determinada loja pode comprar de outra, sem
sair de l. Se uma lanchonete desse shopping ficar sem guardanapo, por
exemplo, pode muito bem ir a uma loja de departamentos prxima compraresse item, sem grandes problemas. Isso quer dizer que a lanchonete, cuja
especialidade fazer e vender lanches, no precisa ter uma loja ou fbrica
prpria de guardanapo para levar seu negcio adiante, no mesmo, pois seu
vizinho tem condies de ampar-lo nesta necessidade emergencial.
Compreendeu como fcil?
De fato, a questo da globalizao algo que provocou e ainda gera
mudanas na forma de atuao das empresas em nvel internacional. As novas
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
maneiras de fazer negcios, numa amplitude que no se prende mais s
fronteiras e s proximidades geogrficas, so constataes que empurram ospases e suas empresas aventura do comrcio exterior.
Mas agora pare e pense um pouco a fundo: se o mundo cada vez menor e
se todos os pases e suas empresas pensarem em vender para o mundo, ao
mesmo tempo, haver mercado consumidor suficiente para todos? H tanta
demanda assim? A resposta, claramente, no! Afinal de contas, sempre
haver mais interessados em vender do que comprar, no mesmo? Ento,
como fazer a diferena, como ser bem sucedido nessa empreitada e o que a
Logstica tem a ver com tudo isso? Vamos em busca das respostas!
1.2 O Processo de Internacionalizao
Participar ativamente nos mercados externos pea-chave do processo de
internacionalizao da empresa. Mas estar em constante movimento
internacional um enorme desafio para qualquer empresa! Como aponta
Ludovico (2009), as atividades de comrcio exterior no so isentas de
dificuldades, at porque o mundo l fora fala outros idiomas e tem diferentes
hbitos, culturas e leis em relao ao que o empresrio local est habituado.
Essas so apenas algumas das dificuldades que devem ser consideradas pelas
empresas que se preparam para exportar ou importar. Tambm bom
lembrar que se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a
produzir para o mercado interno, como receio de enfrentar o que est noexterior, alm de seus muros, sofrero a concorrncia das empresas
estrangeiras dentro do prprio Pas. Afinal, cada vez maior a avalanche de
marcas e produtos vindos de fora, disposio do consumidor nacional,
concorda?
Outros pontos a partir dos quais se deve refletir so listados por Ludovico
(2009): definir os objetivos, analisar a capacidade, criar a misso e viso para
atuar com outros mercados. Tudo isso de suma importncia para que a
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
empresa realmente tome a deciso correta sem conflitar, no futuro, comproblemas no antes analisados.
Para construir sua estratgia internacional, o empresrio precisa ter respostas
para questionamentos profundos como os adiante, assim alerta Ludovico
(2009):
1. Que percentual da produo estar disponvel para exportao? A
empresa deve analisar sua capacidade instalada e quanto dissoregularmente vende no mercado interno, incluindo momentos de
sazonalidade, como as estaes do ano, pocas de safra e entressafra.
2.
Quais produtos sero selecionados para ser exportados?Se a empresa
produz mais de um item ou mesmo vrios modelos, dever,
cuidadosamente, com base na pergunta anterior, verificar qual a
melhor seleo para a exportao.
3.
A qualidade do produto compatvel com mercados mais ou menossofisticados?O mercado internacional no difere do mercado interno,
por isso, faixas de consumo, poder aquisitivo, usos e costumes e
sazonalidade so alguns dos fatores de anlise.
4.
A empresa est preparada para investimentos que sero exigidos at
o momento da realizao de negcios com o exterior? Assim como no
incio das atividades da empresa no mercado interno, os mesmos
procedimentos ocorrero quando iniciar as atividades para a
exportao. Desse modo, ser preciso fazer catlogos em vriosidiomas, investir em propaganda, enviar amostras, investir em site e
meios de comunicao, etc.
Apenas com essas perguntas possvel constatar que o aumento da
competio internacional pelos mercados tem lanado o desafio por novos
padres de desempenho produtivo, tecnolgico e mercadolgico s empresas
que pretendam alcanar um nvel de competitividade global (LUDOVICO,
2009).
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
Imagem 03 - Qualidade de exportaoFonte:
De um lado, os empresrios precisam ser capazes de se adaptarem s
necessidades particulares de cada mercado. Ao mesmo tempo, ainda devem
saber como aproveitar as economias de escala1e sinergias em suas operaes
internacionais. Para unir as duas pontas desse enorme desafio, Ludovico
(2009) explica que as empresas esto adotando estratgias de integrao e
expanso de suas atividades internacionais, ou seja, globalizando o negcio,
das seguintes formas:
1. Integrao das atividades internacionais: estratgia vlida para
empresas que atuam em diversos pases, pois, por meio da integrao
de suas atividades internacionais, podem alcanar economias de escala
e sinergias em produo, compras, marketing, finanas e pesquisas.
2.
Expanso internacional: pode ser usada tanto por empresas locais
como por multinacionais. O objetivo aumentar a participao nos
mercados internacionais por meio de exportaes, franchising2
internacional, implantao de unidades ou aquisies de empresas noexterior.
3. Aliana internacional: visa desenvolver associaes formais ou
informais com fornecedores de produtos tecnologicamente
diferenciados, com clientes globais e mesmo com concorrentes
internacionais.
Ao se propor ao lanamento no mercado internacional, na condio de
exportadora ativa, a empresa deve entender que para garantir sua fatia do
NOTAS:1.Organizar e utilizaro processo produtivopara diminuir custos,
visando otimizar aqualidade de um
determinadosproduto e elevar o
nvel de lucratividadepara a empresa, esse
um dos principaisobjetivos quecaracteriza a
economia de escala,ou seja, quanto mais
se produz numadeterminada
quantidade, menor ovalor do custo de
cada unidadeproduzida. Disponvel
em.Acesso em 20
set.2012.
2.Franchising:estratgia para a
distribuio ecomercializao de
produtos e servios. um mtodo seguro e
eficaz para asempresas que
desejam ampliar suas
operaes com baixoinvestimento,
representando, poroutro lado, uma
grande oportunidadepara quem quer serdono de seu prprio
negcio. Fonte:http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fra_oque.asp/
http://www.infoescola.com/economia/economia-de-escala/http://www.infoescola.com/economia/economia-de-escala/http://www.infoescola.com/economia/economia-de-escala/http://www.infoescola.com/economia/economia-de-escala/5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
mercado internacional no deve considerar a exportao uma atividadeespordica. Deriva diretamente disso o fato de que a empresa exportadora
dever estar em condies de atender sempre s demandas regulares de seus
clientes no exterior.
A estratgia criada tambm poder se alicerar nos chamados consrcios de
exportao, ou seja, associaes de empresas que conjugam esforos e/ou
estabelecem uma diviso interna de trabalho, com a inteno de cortar
custos, aumentar oferta de produtos destinados ao mercado externo e
ampliar as exportaes. Segundo Brasil (2004, p. 14), os consrcios podem ser
assim caracterizados:
Consrcio de Promoo de Exportaes - mais recomendvel para
empresas que j possuem experincia em comrcio exterior. As vendas no
mercado externo so realizadas diretamente pelas empresas que integram o
consrcio. Sua finalidade desenvolver atividades de promoo de negcios,capacitao e treinamento, bem como melhoria dos produtos a serem
exportados;
Consrcio de Vendas - recomendado quando as empresas que dele
pretendem participar no possuem experincia em comrcio exterior. As
exportaes so realizadas pelo consrcio, por intermdio de uma empresa
comercial exportadora;
Consrcio de rea ou Pas - rene empresas que pretendem concentrar
suas vendas em um nico pas ou em uma regio determinada. O consrcio
pode ser de promoo de exportaes ou de vendas. Pode ainda ser
monossetorial (agrega empresas do mesmo setor) ou multissetorial (os
produtos fabricados pelas empresas podem ser complementares ou
heterogneos, assim como destinados ou no a um mesmo cliente).
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
1.3 Etapas da Internacionalizao da Empresa
Podemos pensar, sem grandes complicaes, que poucas so as empresas que
j se lanam no mercado internacional obtendo sucesso instantneo. At
ingressarem na categoria exportadoras ativas um longo caminho precisa ser
percorrido. Para os que so mais apressadinhos, vale a pena lembrar que a
perfeio pede calma! Vejamos, pois, as etapas que devem ser percorridas at
a transformao acontecer (BRASIL, 2004, p.11):
No interessada - mesmo que eventualmente ocorram manifestaes
de interesse por parte de clientes estabelecidos no exterior, a empresa
prefere vender exclusivamente no mercado interno;
Parcialmente interessada- a empresa atende aos pedidos recebidos de
clientes no exterior, mas no estabelece um plano consistente de
exportao;
Exportadora experimental - a empresa vende apenas aos pases
vizinhos, pois os considera praticamente uma extenso do mercadointerno, em razo da similaridade dos hbitos e preferncias dos
consumidores, bem como das normas tcnicas adotadas.
Exportadora ativa- a empresa modifica e adapta os seus produtos para
atender aos mercados no exterior. A atividade exportadora passa a
fazer parte da estratgia, dos planos e do oramento da empresa.
Agora que j sabemos que as empresas podem participar do mercado
internacional de modo ativo e permanente ou de maneira eventual, vlidochamar ateno para o fato de que, em geral, o xito e o bom desempenho
na atividade exportadora so obtidos pelas empresas que se inseriram na
atividade exportadora como resultado de um planejamento estratgico,
direcionado para os mercados externos (BRASIL, 2004, p.11).
Quando falamos em planejamento estratgico estamos querendo dar foco
necessidade de identificar pontos fracos, pontos fortes, ameaas e
oportunidades que devero ser analisados com antecedncia. Junte-se a isso
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
o fato de que ser preciso fazer uma seleo de mercados com base emcritrios de pesquisa e definio de mercados prioritrios. De modo
sistematizado, Brasil (2004, p.11) indica que seja considerado o seguinte
fluxograma de exportao:
1. Avaliao da capacidade exportadora;
2.
Pesquisa de mercado;
3. Preparao do produto;
4.
Formao de preo para exportao; e
5. Documentao inerente.
1.4 Vantagens para Exportar
Com o avanar de nossas discusses, caro aluno, voc j deve ter ampliado
sua noo de que estar em movimento no comrcio exterior exige bastante
do empresrio. Se a lista de obstculos a serem vencidos grande, por outro
lado, as vantagens obtidas com esse processo mostram-se recompensadoras,
de vrias formas. Alis, importante ter em mente que a exportao trilho
para o futuro da empresa, num ambiente cada vez mais globalizado com mais
exigncias, seja dos consumidores, seja dos governos, com mais concorrncia,
ora local, ora internacional.
Assim, a sada mais inteligente parece ser mesmo arregaar as mangas e
partir para o trabalho! Brasil (2004, p. 9-10) nos oferece oito motivosvantajosos advindos da atividade exportadora s empresas. Ser que voc j
tinha pensado em algum deles? Confira a seguir:
1.
Maior produtividade - exportar implica aumento da escala de
produo, que pode ser obtida pela utilizao da capacidade ociosa da
empresa e/ou pelo aperfeioamento dos seus processos produtivos. A
empresa poder, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os
mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro;
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
2. Diminuio da carga tributria - a empresa3 pode compensar o
recolhimento dos impostos internos, via exportao:a) Os produtos exportados no sofrem a incidncia do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI);
b)
O Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS)
tampouco incide sobre operaes de exportao de produtos
industrializados, produtos semielaborados4, produtos primrios (com os
derivados da agricultura) ou prestao de servio;
c) Na determinao da base de clculo da Contribuio para
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), so excludas as receitas
decorrentes da exportao;
d)
As receitas decorrentes da exportao so tambm isentas da
contribuio para o Programa de Integrao Social (PIS) e para o
Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (PASEP); e
e) O Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF) aplicado s operaes de
cmbio5vinculadas exportao de bens e servios tem alquota zero.
3.
Reduo da dependncia das vendas internas - a diversificao demercados (interno e externo) proporciona empresa maior segurana
contra as oscilaes dos nveis da demanda interna;
4.
Aumento da capacidade inovadora- as empresas exportadoras tendem
a ser mais inovadoras que as no-exportadoras; costumam utilizar
nmero maior de novos processos de fabricao; adotam programas de
qualidade; e desenvolvem novos produtos com maior frequncia;
5. Aperfeioamento de recursos humanos- as empresas que exportam se
destacam na rea de recursos humanos, pois costumam oferecer
melhores salrios e oportunidades de treinamento a seus funcionrios;
6. Aperfeioamento dos processos industriais (melhoria na qualidade e
apresentao do produto, por exemplo) e comerciais (elaborao de
contratos mais precisos, novos processos gerenciais, etc.) - a empresa
adquire melhores condies de competio interna e externa;
7. Melhor aproveitamento das estaes do ano- a empresa que produz
artigos vinculados s estaes do ano, como moda praia e agasalhos, na
NOTAS:3.As micro e
pequenas empresasdevem atentar para ofato de que, quando
enquadradas noSistema Simplificado
de Tributao, oSimples, no gozam
dos seguintes
incentivos fiscais nasvendas para mercadoexterno: iseno de
IPI, COFINS, PIS,PASEP. No que tange incidncia de ICMS,essa deciso cabe a
cada Estado.
4.Produto semi-elaborado: toda a
substncia ou misturade substncias ainda
sob o processo defabricao. Fonte:http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.ht
m.
5. Operao decmbio:troca da
moeda de um paspela do outro. E,
quando se fala emmoeda deve-seentend-la na
acepo mais amplada palavra, sendo nos a moeda metlicaou o papel moeda,mas sim todos os
documentos capazesde represent-la(cheque, carta de
crdito etc.). Fonte:http://jus.com.br/revi
sta/texto/4050/iof-operacoes-de-cambio-
como-fato-gerador-
do-imposto.
http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htmhttp://www.anvisa.gov.br/medicamentos/glossario/glossario_p.htm5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
baixa estao no mercado interno pode projetar-se para o mercado dohemisfrio oposto;
8. Imagem da empresa - o carter de empresa exportadora uma
referncia importante, nos contatos da empresa no Brasil e no exterior;
a imagem da empresa fica associada a mercados externos, em geral
mais exigentes, com reflexos positivos para os seus clientes e
fornecedores.
Para qualquer pas, ver suas empresas exportando tambm sinnimo de
vantagem. No por outro motivo que os governos, como o brasileiro, criam
mecanismos de estimulo atividade internacional, como os relativos
questo dos impostos que vimos h pouco. Para o Brasil, a atividade
exportadora ajuda na gerao de renda e emprego, j que as empresas que
exportam precisam comprar mais matria-prima, empregar mais gente, etc.;
na entrada das divisas (moedas) necessrias ao equilbrio das contas externas,
assunto a ser tratado em Economia Internacional, por meio dos pagamentosdas exportaes; e para a promoo do desenvolvimento econmico.
Imagem 04 - Feito no BrasilFonte: < http://www.fiec.org.br/portalv2/sites/fiec-onlinev2/files/images/fiec_online/Made+-+logo.jpg>
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Tcnico em Lo stica
Competncia 01
1.5 Tipos de Exportao
Segundo Brasil (2004), a exportao direta a operao na qual o produto
exportado faturado pelo prprio produtor ao importador. Por tal
caracterstica, esse tipo de operao exige da empresa o conhecimento do
processo de exportao em toda a sua extenso. A utilizao de um agente
comercial pela empresa produtora/exportadora tambm se encaixa como
exportao direta.
Nesta modalidade, o produto exportado isento do IPIe no ocorre a incidncia do ICMS. Beneficia-se tambmdos crditos fiscais incidentes sobre os insumosutilizados no processo produtivo. No caso do ICMS, recomendvel consultar as autoridades fazendriasestaduais, sobretudo quando houver crditos a recebere insumos adquiridos em outros Estados (BRASIL, 2004,p.13).
J a exportao indireta realizada por intermdio de empresas estabelecidas
no Brasil, que adquirem produtos para export-los. Essas empresas podem
ser:
Empresas comerciais exclusivamente exportadoras;
Empresa comercial que opera no mercado interno e externo;
Trading companies (a venda da mercadoria pela empresa produtora
para uma trading que atua no mercado interno equiparada a uma
operao de exportao, em termos fiscais);
Cooperativa ou consrcios de produtores ou exportadores;
Outro estabelecimento da empresa produtora (a venda a este tipo de
empresa considerada equivalente a uma exportao direta,
assegurando os mesmos benefcios fiscaisIPI e ICMS);
Empresa industrial que atua comercialmente com produtos de
terceiros.
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 01
Leitura complementar 01:
Capacidade Exportadora
A exportao no est vinculada s dimenses da empresa (...). A exportao
exige um compromisso com a qualidade, a criatividade e o profissionalismo. (...).
fundamental que na base do processo de internacionalizao haja a avaliao da
capacidade exportadora da empresa e no s a capacidade de produo. A
capacidade exportadora a capacidade que a empresa tem de compreender os
mercados internacionais e adequar-se a eles, por consequncia, em vrios nveis,
como recursos humanos, projeto, produtividade, comunicao e gesto.
Muitas vezes, notamos que existem empresas que investem mais em
capacidade tecnolgica (mquinas modernas, procedimentos atualizados) e menos
em formao de pessoal responsvel pela gesto da exportao ou em atividades
inerentes transferncia do produto e gesto dos mercados.
Encontramos tambm empresas que, no obtendo muito sucesso no mercado
interno, tentam o caminho da internacionalizao. Exceto em alguns casos nos quaisrealmente possvel obter melhores resultados no exterior do que no mercado
interno (...), normalmente mais fcil sobreviver no mercado interno em que as
variveis de mercado como lngua, cultura, preos, normas, etc. tm menor
influncia. Em tais casos, trata-se de um problema de gesto empresarial.
Portanto, quem pode exportar de modo continuativo? Exporta a empresa que
conseguiu criar uma capacidade exportadora, a capacidade de satisfazer s
exigncias dos mercados externos. (...) As empresas usualmente exportam para
mercados mais prximos, em rpido crescimento; mais similares culturalmente; em
que a competio menos agressiva; grandes.Portanto, deve-se trabalhar para criar uma empresa em condies de
competir, preocupar-se em transferir o produto da forma mais competitiva possvel
(como cuidar da logstica, da embalagem, dos aspectos legislativos, etc.) e gerenciar
os mercados.
Fonte: adaptado de MINERVINI, 2005, p. 5-7.
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Tcnico em Lo stica
Competncia 02
2. COMPETNCIA 02 l CONHECER O PROCESSO DE PROSPECO DE
MERCADOS INTERNACIONAIS
Bases tecnolgicas:
Definio do que exportar
Para onde exportar
Promoo comercial: pesquisa de mercado, feiras e exposies no Brasil
e no exterior
Fatores que contribuem para a aceitao do produto
O plano de negcios
Marketing internacional: Identificao das necessidades de consumo,
Disponibilidade do produto, Comunicao entre o exportador e o
importador, Material promocional.
Se a empresa j tomou conscincia de que deseja ingressar no mercado
internacional ser preciso, agora, entre outros fatores, definir o que seroferecido para os consumidores estrangeiros. E antes que voc possa
imaginar que basta levar os produtos ou insumos que j esto disponibilizados
para o mercado domstico, ou seja, daqui mesmo do Brasil, l para fora, saiba
que nem sempre isso ser possvel. s atentar para a questo de que
necessidades e preferncias de consumidores diferentes dos quais a empresa
est habituada a servir precisaro ser atendidas. Pense conosco: se nosso
gosto e necessidades variam tanto, imagine o que quer e como se comporta
quem vive do outro lado do mundo, como um rabe, por exemplo?!
Assim, queremos chamar sua ateno para o fato de que uma simples cpia
ou adaptao de produto no ser das estratgias mais bem feitas. O que
dever ser vendido l fora a grande questo. Querer economizar, achando
que s dar um jeitinho que tudo ficar bem pode ser uma sada no muito
econmica e o que pior: tende a manchar a imagem de sua marca no pas
estrangeiro.
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
Para auxiliar a encontrar o produto certo e disponibiliz-lo da melhor formapossvel cabe uma boa investigao sobre o pas ou pases que se pretendem
atingir. Que tal descobrir de que forma voc poder contribuir para isso, em
suas atividades profissionais? Est pronto?
Imagem 05 - Comrcio exterior
Fonte:
2.1 Definio do Que e para Onde Exportar
Um dos mecanismos de ajuda para obteno de sucesso nas negociaes
internacionais a pesquisa de mercado. essa ferramenta quem apontar
empresa os potenciais importadores de seus produtos, dir as caractersticas
da demanda, o tratamento tarifrio e outras informaes teis.
Ludovico (2009) recomenda que, antes mesmo de executar a pesquisa de
mercado, preciso planej-la, ou seja, levar em conta o problema que
originou a busca, o tipo de informao requerido e sua profundidade, a
veracidade da fonte de informao, assim como evitar as distores
ideolgicas que possam atrapalhar a pesquisa. O autor montou um esquema
bsico de trabalho de investigao de mercado internacional em torno dosseguintes eixos:
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Tcnico em Lo stica
Competncia 02
O mercado em si mesmo
Acesso ao mercado
Fatores de comercializao
Concluso
No detalhamento do estudo, a sugesto de Ludovico (2009) de que sejam
levantados, por exemplo, dados gerais sobre o pas analisado (ex: populao,
principais cidades, nmero de habitantes, idioma, moeda utilizada e tipo de
cmbio em relao ao dlar, renda per capita,produto interno bruto, etc), o
produto a ser comercializado no estrangeiro (nome tcnico, cientfico ou
comercial, descrio dos produtos nacionais e importados vendidos no
mercado, preo, origem, embalagem, apresentao campanhas publicitrias
desenvolvidas pelos concorrentes, tipos de mensagens e meios utilizados,
estratgias seguidas pelos pases exportadores), identificao dos
consumidores em grandes grupos e suas caractersticas, tendncias e
projees para os prximos anos, regulamentaes governamentais
(restries, cotas de importao, contingenciamentos, exignciasdocumentais, etc.), etc.
Como a tarefa de pesquisa exige um alto grau de preciso, o empresrio
brasileiro pode recorrer ajuda do Departamento de Promoo Comercial
(DPR) do Ministrio das Relaes Exteriores (MRE). Segundo Brasil (2011),
este setor, ligado ao Governo Federal, est habilitado para fazer pesquisas de
mercado, no exterior, preparar informaes sobre produtos brasileiros com
potencial de exportao, identificar oportunidades de exportao, orientar
exportadores sobre como exportar para este ou aquele mercado, etc.
2.2. Fatores que Contribuem para a Aceitao do Produto
Depois de obter dados e informaes sobre clientes a serem conquistados, as
futuras empresas exportadoras podero comear a contatar os provveis
clientes, iniciando, assim, uma relao comercial. Muito possivelmente os
primeiros contatos no geraro negcios firmados e dinheiro no bolso, mas
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
serviro como experincia na longa jornada da exportao. Assim, voc jdever ter percebido que de nada adiantar ter pressa! A dica desenvolver
uma excelente relao, pautada na tica e na confiana, e seguir em frente!
Como neste comeo de caminhada tudo ser vlido para se apropriar melhor
do terreno onde se est pisando, ou melhor, onde se pretende pisar, uma
boa forma de ir se ambientando no mercado internacional participar de
prospeces em outros pases, ou seja, til para o empresrio realizar
viagens ao exterior, com o objetivo de explorar mercados potenciais para suas
exportaes, em contato direto com importadores e consumidores, bem
como participar de feiras comerciais no exterior (BRASIL, 2004, p. 15).
Lembre-se que os gastos que sero oriundos dessas viagens devero ser
encarados como investimentos necessrios, rumo conquista de uma nova
clientela!
Participar de eventos com estrangeiros, no prprio Brasil, tambm outraboa proposta. cada vez mais comum vermos as rodadas de negcios
acontecendo aqui e l fora, gerando oportunidades para quem quer comprar
e para quem precisa vender. As rodadas de negcios, segundo Brasil (2004,
p.21):
(...) renem os empresrios que demandam e ofertamservios no mesmo local para que negociem. O principalinstrumento o agendamento, que consiste em marcar
encontros direcionados entre ofertantes edemandantes. Estes encontros so marcados a partir daanlise de perfil preenchido pela empresa ao seinscrever e tm durao mxima estipulada pelosorganizadores.
Existem atributos que contribuem para que o produto passe a ser adquirido l
fora. O interesse do consumidor estrangeiro pode ser despertado atravs de
(BRASIL, 2004, p. 25):
Saiba mais:Gostaria de
conhecer maissobre feiras de
negcios? Um bomcomeo acessar
ao CalendrioBrasileiro e
Exposies e Feiras2014. O material
est disponvel em:http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/CalendarioFeiras20
14_P.pdf
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Tcnico em Lo stica
Competncia 02
Preo: o exportador deve levar em considerao tanto os custos para a
sua empresa como os preos praticados no mercado em que pretendecolocar o seu produto. Em princpio, o preo de exportao no dever
ser maior do que o j praticado no mercado alvo.
Embalagem: a embalagem deve tanto servir para proteger o produto
como para torn-lo mais atraente para os consumidores.
Assistncia tcnica: para certos tipos de produtos, a assistncia tcnica
tem assumido um papel crucial na competio internacional e pode ser
determinante na tomada de decises do consumidor por conta da
garantia, instrues sobre a utilizao do produto, atendimento a
reclamaes, reposio de peas com defeitos, reparo e manuteno e
treinamento de mo de obra especializada.
Aps a identificao dos mercados-alvo, via pesquisa, e escolha do tipo de
produto ideal para o consumidor estrangeiro, ser necessrio que a empresa
que deseje estar ativa no mercado internacional adapte sua linha de produo
e incorpore, de uma vez por todas, o mercado externo no seu cotidiano diriode atribuies. Para tanto, indicado que tudo esteja traado num belo plano
de negcios. Ficou empolgado como o desafio de constru-lo e execut-lo?
Ento, siga em frente na leitura!
2.3 O Plano de Negcios
Imagem 06- A importncia do plano de negciosFonte:
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
Um plano de negcios para exportao, em geral, deve ser feito por umconsultor experiente, algum com vivncia no mundo do comrcio exterior. O
empresrio que comea a engatinhar nesse mercado provavelmente no
dar conta de tantas atividades, inclusive a de fazer um bom plano de
negcios. De todo modo, seja um projeto contratado, seja o prprio
empresrio o desenvolvendo, Brasil (2004, p.28-29) indica os seguintes temas
que devero estar contemplados:
Sumrio: o porqu de entrar neste mercado e quais so as
probabilidades de sucesso;
Situao presente: identificar quais produtos da empresa tem potencial
para exportao;
Objetivos: metas de curto e longo prazos para a empresa na
exportao;
Gerenciamento: relacionar os setores da empresa que sero envolvidos
no negcio; Anlise de mercado: definir estratgias de vendas do produto;
Clientes-alvo: descrio do perfil do consumidor, hbitos e costumes;
Anlise da concorrncia: estudo dos concorrentes e posicionamento
dos mesmos;
Estratgias de marketing: estratgias para atrao e reteno do
cliente;
Preos: definio dos preos internacionais e estimativas de lucros;
Mtodos de distribuio: identificar os canais de distribuio em
determinado mercado;
Plano de fabricao: identificar como sero produzidos os produtos
para exportao, assim como o volume;
Balano contbil: identificar dados sobre liquidez e fluxo de caixa da
empresa nos ltimos anos;
Fonte de financiamento: como obter financiamentos para expanso dos
recursos;
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Tcnico em Lo stica
Competncia 02
Concluso: apresentao do plano de ao com os dados do lucro
esperado e cronograma da operao.
2.4 Marketing Internacional
O marketing internacional volta-se satisfao de necessidades especficas,
como divulgao e a promoo da empresa exportadora e de seus produtos
nos mercados externos. Por isso, essa atividade de importncia crucial para
o sucesso da empresa l fora. Mesmo que voc, como profissional de logstica,
no venha a trabalhar diretamente nessa rea, interessante para a sua
bagagem de conhecimento saber de que forma o marketing internacional
influencia e molda todo o processo relativo ao comrcio exterior.
Para dar sustentao ao desenvolvimento do marketing interessante que o
futuro exportador cuide de (BRASIL, 2004, p.22):
Identificao das necessidades de consumo em um determinado
mercado (necessidades de consumo de seu produto).
Disponibilidade do produto e suas caractersticas: preferncias dos
consumidores em um determinado mercado, como cor, tamanho,
design e estilo. Alm disso, deve-se atentar para: materiais utilizados
(observncia das exigncias legais referentes sade e segurana),
desempenho (facilidade de manuteno, durabilidade, credibilidade,
fora e imagem, resistncia a condies especficas) e especificaes
tcnicas (dimenses, voltagem, durabilidade, etc.). oportuno avisarque as especificaes tcnicas podero ser requeridas pelo importador
ou pela legislao do pas de destino do produto. Portanto, fique alerta!
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
Imagem 07 - Marcas globaisFonte:
Com relao ao material promocional, a dica que ele seja feito no idioma do
mercado-alvo, ou, no mnimo, em ingls. Fazem parte do material
promocional internacional itens como:
Catlogo de exportao com imagens do produto ou dos produtos a
serem exportados e informaes gerais (caractersticas e utilidade);
Publicidade - publicao de matrias em revistas especializadas ou
tcnicas ou anncios pagos;
Divulgao de material promocional por mala-direta;
Pgina na internet, etc.
2.4.1 Comunicao entre o Exportador e o Importador
O marketing internacional tambm se fundamenta numa relao de
comunicao adequada entre fornecedor, ou seja, o futuro exportador, e o
interessado, no caso, a empresa importadora. Para que essa relao seja
exitosa, desde o incio, ainda nos primeiros telefonemas e e-mails trocados
com o pretenso cliente estrangeiro, ser preciso zelar pela boa impresso, na
correspondncia comercial (utilizar papel timbrado com o endereo e nome
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Competncia 02
da empresa, inclusive e-mail e endereo de homepage na internet), na hora
de redigir o texto das cartas de forma breve, clara e precisa e, se possvel, noidioma do destinatrio (importador estrangeiro), entre outros. Agindo assim
voc s tem a ganhar, caro aluno!
Imagem 08 - Comunicao internacionalFonte:
Mas o que ser interessante para o comprador saber a nosso respeito, ouseja, sobre nossa empresa e o que temos a lhe oferecer? Pare um pouco e
reflita: se fosse voc o importador, o que gostaria de saber? Agora, confira se
voc foi pelo caminho certo no seu raciocnio. O importador, nesse processo
de troca de informaes, basicamente procura ficar a par do (a) (BRASIL,
2004, p.23):
Perfil da empresa - data de fundao, experincia exportadora, nmero
de empregados, dimenses da fbrica, equipamentos utilizados,referncias bancrias, etc. O fornecimento a empresas multinacionais,
estabelecidas no Brasil, constitui boa referncia, especialmente para a
empresa que ainda no exporta, se for o caso;
Descrio dos produtos - folhetos ou catlogos a serem encaminhados
ao importador devem conter o endereo da empresa (inclusive fax, e-
mail, site), ilustraes fotogrficas dos produtos (cada produto pode ser
identificado por um nmero, o que facilita a referncia respectiva
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
descrio sobre dimenso, volume, identificao do material utilizado,etc.;
Lista de preos - deve indicar preo FOB6e/ou CIF7de venda e no deve
ser incorporada ao catlogo, uma vez que os preos podem mudar.
Recomenda-se utilizar folha avulsa, que seguir com o catlogo.
2.4.2 Aspectos Culturais nas Exportaes
Para que a comunicao com o cliente estrangeiro possa ser frutfera,
preciso que a negociao transcorra da melhor forma possvel. Sobre esse
aspecto tem grande peso a questo das diferenas culturais. s vezes, sem a
menor das intenes, o empresrio pode cometer uma grande gafe, pondo
em risco toda a tentativa de fechar negcio. Por esse motivo, prudente
conhecer, da forma mais profunda possvel, o outro lado com o qual se est
lidando na hora do fechamento de uma operao internacional.
Agora que voc j assimilou que a cultura de um pas o fator mais influente
sobre as diferenas, mal-entendidos e perspectivas diversas entre as pessoas,
acrescente mais esta dica: alguns dos aspectos culturais mais importantes que
devemos conhecer o quanto antes esto relacionados a questes como
tempo, religio, sade, sexo, hospitalidade, humor, idioma, protocolo, status,
cor, alimentao, idade, espao e presentes.
Imagem 09 - Mapa mundiFonte:
NOTAS:6. Preo Free onBoard (FOB):o
exportador deveentregar a
mercadoria,desembaraada, a
bordo do navioindicado pelo
importador, no portode embarque. Esta
modalidade vlidapara o transporte
martimo ouhidrovirio interior.Todas as despesas,at o momento em
que o produto colocado a bordo do
veculo transportador,so da
responsabilidade doexportador. Ao
importador cabem asdespesas e os riscosde perda ou dano doproduto, a partir domomento que este
transpuser a amuradado navio.
7.PreoCost,Insurance and Freight
(CIF):modalidade detransporte no qual asdespesas de seguro
ficam a cargo doexportador. O
exportador deveentregar a mercadoriaa bordo do navio, noporto de embarque,com frete e seguro
pagos. Aresponsabilidade doexportador cessa nomomento em que o
produto cruza aamurada do navio noporto de destino. Essamodalidade s pode
ser utilizada paratransporte martimo
ou hidroviriointerior.
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Competncia 02
Para exemplificar, de forma prtica, como essas questes se do, Brasil (2004,
p.23-24) apresenta as seguintes informaes sobre como funcionam asnegociaes no (a):
a) Europa Ocidental
- propostas iniciais vs. acordo final: exigncias iniciais moderadas
- apresentao de questes: uma de cada vez
- apresentaes: formais
- tratamento de divergncias: corts, direto
- concesses: bastante lentas
b) Europa Oriental
- propostas iniciais vs. acordo final: exigncias iniciais elevadas
- apresentao de questes: podem ser agrupadas
- apresentaes: bastante formais
- tratamento de divergncias: argumentativo
- concesses: lentas
c) Amrica Latina
- propostas iniciais vs. acordo final: exigncias iniciais moderadas
- apresentao de questes: uma a uma
- apresentaes: informais
- tratamento de divergncias: argumentativo
- concesses: lentas
d) Amrica do Norte
- propostas iniciais vs. acordo final: elevadas exigncias iniciais
- apresentao de questes: uma de cada vez
- apresentaes: formais
- tratamento de divergncias: franco
- concesses: lentas
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 02
e) Oriente Mdio e na frica do Norte- propostas iniciais vs. acordo final: muitas exigncias iniciais
- apresentao de questes: uma de cada vez
- apresentaes: informais
- tratamento de divergncias: bastante verbalizado
- concesses: lentas
f) sia e na Orla do Pacfico;
- propostas iniciais vs. acordo final: exigncias moderadas a altas
- apresentao de questes: podem ser agrupadas
- apresentaes: bastante formais
- tratamento de divergncias: corts; silncio quando corretos
- concesses: lentas
g) frica Sub-Saariana
- propostas iniciais vs. acordo final: elevadas exigncias iniciais- apresentao de questes: isoladas
- apresentaes: informais
- tratamento de divergncias: direto
- concesses: lentas
Leitura complementar 02:
Imagem 10 - Localizao da China
Fonte:
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Competncia 02
A Cultura Chinesa e as Relaes Comerciais com o Brasil
A lngua diferente uma barreira importante a superar no entendimento.Mesmo que os interlocutores chineses falem o ingls, o sentido ou significado de seustermos nem sempre corresponde ao sentido que os brasileiros do s palavras. Outro
ponto importante nas visitas para negociao ser pontual, pois os chinesesconsideram o atraso uma falta grave. Enquanto os chineses tendem a ser modestos ehumildes, o comportamento machista e agressivo mais comum nos Estados Unidose na Amrica Latina.
Uma das maneiras de penetrar o mercado chins participar de eventoscoletivos como feiras e exposies comerciais. No caso de apresentao dedocumentos aos chineses, dever ser entregue uma cpia traduzida para omandarim, pois segundo CARNIER (1996 p. 270): "uma cpia devidamente traduzida
para o mandarim demonstrar o grau da seriedade e de preparo por parte dosvisitantes em realmente desenvolver negcios efetivos".
De acordo com MINERVINI (2001), na China comum negociar em grupos,porm muito difcil estabelecer uma relao de amizade. Frases negativas soconsideradas de pssima educao. Aplauso comum para dizer que esto deacordo. Cortesia e formalidade so marcas registradas. Convites para almoo e
jantares so muito frequentes e se beberem aconselhvel que o negociadoracompanhe. Pode ser provvel descobrir o nvel hierrquico de uma delegaoentrando em uma sala, observando a ordem (em fila indiana) em que os
componentes entram, o chefe normalmente o ltimo. Abraos no so indicados.Devem-se levar muitos cartes de visita, os chineses so numerosos; e entregue
ou receba com as duas mos. No use roupas amarelas, pois a cor simboliza o sexo.No recomendvel presentear um chins com um relgio, porque a palavra em umdos idiomas locais recorda tristeza e luto.
Cada um possui comportamentos diversos que provm de fatores ligados lgica, razo e tica pertinentes de cada cultura sendo a tica definida por KUAZAQUI(1999, p. 99) como: "grupo de conhecimento que auxilia uma sociedade conduzindo
formatao de padres, normas, regras e leis que essa mensagem deve observar".Nas sociedades asiticas, os valores tradicionais prevalecem, a religio, os
antigos mtodos de conduta, a importncia da famlia e da lngua continuam amoldar a cultura. Ao mesmo tempo em que a China possui seus valores consideradosconservadores, o pas almeja objetividade e praticidade diante das negociaes.Procuram as mesmas vantagens e tm em mente objetivos similares de qualquerempresrio ocidental, ou seja, esto interessados em negociar com quem oferecer asmelhores condies, os melhores preos, independente do pas.
Adaptado de:A Cultura e tica nas negociaes internacionais entre o Brasil e a China,no perodo ps-globalizao. Disponvel em . Acesso em 27 jul.2012.
Saiba mais:Ficou interessado
em marketinginternacional? Duma lida na cartilhado Sebrae, da srie
CooperaoInternacional. O
livreto estdisponvel em:
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdf.
Boa leitura!
http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A8AEE1A5A6EEDA3103256FE100475BE5/$File/NT000A673E.pdfhttp://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/http://www.webartigos.com/artigos/a-cultura-e-eacute-tica-nas-negocia-ccedil-otilde-es-internacionais-entre-o-brasil-e-a-china-no-per-iacute-odo-p-oacute-s-globaliza-ccedil-atilde-o/2134/5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 03
3. COMPETNCIA 03 l CONHECER AS INFORMAES BSICAS DOCOMRCIO EXTERIOR, EM TERMOS DE ENTIDADES
INTERNACIONAIS, INTEGRAO E BLOCOS ECONMICOS
Bases tecnolgicas:
Organizao Mundial do Comrcio (OMC)
Sistema Geral de Preferncias (SGP) Sistema Global de Preferncias Comerciais (SGPC)
Principais blocos comerciais: Mercado Comum do Sul (Mercosul),
Associao Latino-Americana de Integrao (Aladi), Comunidade
Andina, Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte (NAFTA), Unio
Europia (UE), Associao Europia de Livre Comrcio (EFTA), Unio das
Naes Sul-Americanas (UNASUL)
Nesta Competncia 03 veremos a regulao do comrcio internacional, asetapas e os atores institucionais envolvidos, comeando com uma viso geral
sobre os conceitos de cooperao e integrao regional, passando pelos
organismos que regulamentam a atividade em nvel internacional, a exemplo
da Organizao Mundial do Comrcio (OMC).
Na sequncia, os tratados e acordos internacionais de comrcio sero
trabalhados, assim como os processos de integrao internacional, para que
voc compreenda e saiba diferenciar cada um deles. Sobre esse ltimo tpico,
destacaremos entidades sobre as quais certamente voc j ouviu falar, como
o Mercosul e a Unio Europeia.
Por conta do volume de informaes que trataremos aqui, vamos precisar de
uma dose extra de ateno de sua parte. Estaremos a postos no AVA para
tirar suas dvidas e estimul-lo a crescer cada vez mais. Agora, vamos
leitura!
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Tcnico em Lo stica
Competncia 03
3.1 Cooperao e Integrao Regional em Termos de Comrcio Exterior
No mundo moderno, uma boa fonte de conflitos de interesses foi e tem sido a
globalizao. Como consequncia direta desse fenmeno, j estudado na
Competncia 01, no comrcio internacional, ao longo de vrios momentos
histricos no sculo XX, os pases precisaram negociar criando instituies,
regras, normas e acordos reguladores.
Os objetivos imaginados nessas discusses, que ganharam mais foras,
especialmente, aps a Segunda Guerra Mundial, eram liberalizar as relaes,sempre que possvel, neutralizar disputas e no permitir que apenas os mais
ricos tivessem condies de atuar, dependendo do foco do interesse de cada
um. Em termos prticos, foi preciso que os pases conversassem, explicassem
seus pontos de vista e opinies, chegando a um consenso, s que em escala
mundial.
Voc deve imaginar o quanto essas negociaes foram difceis e demoradas,
no mesmo? Lembre-se de suas aulas de Histria no colgio, quando
estudou as consequncias de Segunda Guerra Mundial para perceber que os
pases que perderam o conflito (Alemanha, Itlia e Japo), que se espalhou
pela Europa, frica e sia, estavam arrasados e os que ganharam (Inglaterra,
antiga URSS, Frana e Estados Unidos) no tinham muito que comemorar, em
termos de mercado, pois as pessoas estavam pobres e no tinham dinheiro
para consumir. A nica sada para colocar o mundo novamente nos eixos, em
termos de comrcio exterior, era uma boa dose de organizao e nivelamentode interesses!
Segundo Dias e Rodrigues (2009, p.129), nessa poca, buscava-se garantir o
desenvolvimento do comrcio internacional em bases legais comuns a todas
as naes. Mas por que se falar em bases legais comuns? Como voc bem
consegue assimilar, caro aluno, os pases que participam do comrcio exterior
assumem condies diferentes, muitas vezes em funo do seu grau de
desenvolvimento econmico. Como numa luta de boxe, onde os participantes
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Fundamentos de Comrcio Exterior
Competncia 03
so separados em categorias, em funo do seu peso, no ringue dos pasestambm preciso categorizar quem so os participantes, estabelecendo
regras e zelando para o seu fiel cumprimento.
Veja s: enfrentando-se nesse campeonato imaginrio de pugilismo esto os
pases ditos desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Alemanha; pases em
desenvolvimento, a exemplo do Brasil e da ndia, e pases menos favorecidos,
do ponto de vista socioeconmico, como alguns da frica. Mas, ao contrrio
do boxe, onde somente um competidor poder ostentar o cinturo de ouro,
em termos de relaes internacionais, as vitrias precisam ser mais amplas,
envolvendo mais pases. Afinal, como j vimos na Competncia 01, todos
querem vender para todos! Mas se no houver compradores, a equao ficar
sem resposta, no verdade?
Prossiga um pouco mais neste raciocnio: diante dessa diversidade de
situaes e da constatao de que, com a globalizao, as economias dospases acabaram sendo interdependentes, chegou-se concluso de que era
preciso trabalhar em bases cooperativas, quando o assunto comrcio
internacional. J havia pensado nisso?
Agora, o que voc pensa sobre outro pensamento que emergiu por causa de
toda essa discusso? Acompanhe: a integrao regional pode ser vista com
bons olhos, em termos de comrcio exterior. Por que isso deve ter
acontecido? Que tal ir ao nosso frum apresentar sua opinio?
Em termos prticos, foi por conta disso que o mundo viu surgir alianas de
pases prximos, com caractersticas parecidas (momento econmico,
populao, desenvolvimento tecnolgico e econmico, idioma, etc.), como o
Mercosul, na Amrica do Sul, a Unio Europeia, na Europa, entre outros.
Ficou complicado? Vamos descomplicar com o seguinte exemplo: do mesmo
modo que pensamos que, teoricamente, mais fcil fazer negcio com um
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Competncia 03
conhecido do que com algum que no temos muito contato ou sobre o qual
pouco sabemos, dominava no mundo a ideia de que as unies entre vizinhospoderia ser uma excelente opo, em termos de comrcio exterior. Parece
fazer todo o sentido, no mesmo? Suas colocaes no frum do AVA
coincidiram com essa explicao?
Agora que voc j leu at este ponto e comeou a construir ou reforar as
bases do seu conhecimento, que tal darmos uma pausa nas questes
conceituais e passarmos a conhecer as principais entidades e sistemas
relacionados ao que discutimos at ento, para tudo fazer mais sentido? J
que estamos no ritmo certo, sigamos adiante!
3.2 Entidades e Sistemas
3.2.1 Organizao Mundial do Comrcio (OMC)
Criada em 1995, a OMC fortaleceu e aperfeioou o sistema multilateral de
comrcio, em vigor desde o final da Segunda Guerra Mundial, pretendendo
garantir a livre competio entre os pases membros, eliminar os obstculos
ao comrcio internacional e permitir o acesso cada vez mais amplo de
empresas ao mercado externo de bens e servios (BRASIL, 2011, p.36).
A OMC uma organizao que tem por funes principais facilitar a aplicao
das normas do comrcio internacional j acordadas pelos seus pases
membros, alm de servir tambm como foro para negociaes de novasregras, dotada tambm de um sistema de controvrsias em comrcio
internacional, segundo Brasil (2004).
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Competncia 03
Imagem 11 - Salo da OMCFonte:
A OMC, em linhas gerais, serve para (BRASIL, 2011):
Supervisionar a implementao das regras acordadas no mbito do
sistema multilateral de comrcio;
Atuar como frum de negociaes comerciais;
Proporcionar mecanismos de soluo de controvrsias;
Supervisionar as polticas comerciais dos 153 pases membros;
Fornecer assistncia tcnica e cursos de formao para pases em
desenvolvimento, em matria de comrcio;
Desenvolver cooperao com outras organizaes internacionais.
3.2.2 Conferncia das Naes Unidas para o Comrcio e o Desenvolvimento
(Unctad)
Em vigor desde 1964, a Unctad volta-se ao desenvolvimento e integrao de
forma amigvel dos pases em desenvolvimento na economia mundial. um
frum privilegiado das Naes Unidas para o tratamento integrado do
comrcio, desenvolvimento e assuntos relacionados com as reas de finanas,
tecnologia, investimento e desenvolvimento sustentvel.
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Competncia 03
Imagem 12 - Smbolo da UnctadFonte:
Em linhas gerais, a Unctad trabalha fornecendo ajuda aos pases em
desenvolvimento, particularmente aos menos adiantados para que estespossam aproveitar os efeitos positivos da globalizao.
3.2.3 Sistema Geral de Preferncias (SGP)
Foi criado em 1970, pela Unctad, visando permitir aos pases desenvolvidos
conceder iseno ou reduo do imposto de importao sobre determinados
produtos procedentes de pases em desenvolvimento, entre os quais o Brasil.
De forma simples, o SGP uma concesso unilateral de pases desenvolvidos
aos pases em desenvolvimento. Isso quer dizer que os pases em
desenvolvimento no precisam devolver a vantagem recebida.
Por meio do SGP, certos produtos, originrios e procedentes de pases
beneficirios em desenvolvimento (PD) e de menor desenvolvimento (PMD),
recebem tratamento tarifrio preferencial (reduo da tarifa alfandegria) nos
mercados dos pases outorgantes desse programa:
1.
Canad,
2. Estados Unidos (inclusive Porto Rico),
3. Japo,
4. Noruega,
5. Nova Zelndia,
6.
Sua (inclui Liechtenstein),7.
Turquia,
http://www.earthconsciousmag.com/wp-content/uploads/2010/09/ccrif2.jpghttp://www.earthconsciousmag.com/wp-content/uploads/2010/09/ccrif2.jpghttp://www.earthconsciousmag.com/wp-content/uploads/2010/09/ccrif2.jpghttp://www.earthconsciousmag.com/wp-content/uploads/2010/09/ccrif2.jpg5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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8.
Unio Aduaneira da Eursia (Rssia, Belarus e Cazaquisto),9.
Unio Europeia.
3.2.4 Sistema Global de Preferncias Comerciais (SGPC)
Atravs do intercmbio de concesses comerciais entre seus membros, o
SGPC objetiva promover e ampliar os laos comerciais entre os pases em
desenvolvimento da frica, sia e Amrica Latina. Os participantes do SGPC
buscam incrementar sua participao na economia global, valendo-se docomrcio exterior, identificando complementaridades entre as suas
economias, de modo a abrir o enorme potencial para a cooperao comercial
existente. No Brasil, o Acordo entrou em vigor em maio de 1991.
3.3 Tratados e Acordos Internacionais de Comrcio
Pelo que voc j pde compreender com a leitura inicial da Competncia 03,
tornou-se tendncia mundial, gerada pela necessidade de manter o mercado
internacional aquecido e em bases semelhantes, buscar formas de integrao
em escala mundial.
Outro ponto que precisa ficar bem claro que os tratados internacionais de
comrcio podem ser do tipo bilateral, quando abrangem apenas duas naes,
ou multilateral, se suas disposies se estendem a vrios pases. Nesse ltimo
caso, os pases precisam t-lo aprovado, com a inteno de incrementar asrelaes comerciais.
Preste ateno, agora, a essa nova informao: as principais clusulas de um
tratado internacional so a reciprocidade de tratamento, em que os direitos
aduaneiros8somente so modificados mediante acordo mtuo; a paridade de
tratamento de taxas, ou seja, quando os mesmos impostos so aplicados
tambm aos produtos similares; e a clusula da nao mais favorecida,
NOTAS:
8. Direitoaduaneiro:
conjunto de normasjurdicas codificadas
que servem pararegular o comrcio
exterior e asatividades
desenvolvidas pelaspessoas naintervenoperante as
Alfndegas. Fonte:http://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.
aspx#p.
http://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#phttp://www.brasilglobalnet.gov.br/PaginasBase/GlossarioP.aspx#p5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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atravs da qual os pases signatrios do tratado recebero os mesmos
privilgios que forem concedidos a outros pases.
Souza (2009) explica que os acordos comerciais correspondem a um conjunto
de regras e normas estipuladas entre dois ou mais pases, atravs de
negociaes comerciais, que visam a regular os fluxos de comrcio entre esses
pases, bem como a determinar objetivos comuns de comrcio entre eles.
3.4 Processos de Integrao Comercial Internacional
Por se tratarem de complexos conceitos, os processos de integrao
comercial englobam diversas fases, que podem ser sucessivas ou no,
dependendo de onde se quer e pode chegar. Que tal se pensarmos essas
etapas como um jogo de tabuleiro da integrao comercial? J podemos
lanar os dados?
Para comear, na primeira casa, os pases concordam em fazer parte de
uma Zona de Livre Comrcio (ZLC), na qual so estipulados, por meio de um
tratado internacional, a reduo e posterior eliminao das tarifas aduaneiras
intra-bloco, promovendo a liberalizao da circulao de mercadorias entre os
pases membros.
Se a pretenso dos pases parceiros seguir adiante no jogo, a prxima
casa a ser atingida denominada Unio Aduaneira (UA). Nela, alm de
todas as caractersticas da ZLC, h ainda o estabelecimento de uma TarifaExterna Comum (TEC)9, incidente sobre todos os produtos extra-bloco, bem
como a busca de harmonizao das legislaes internas.
Mais um passo e chega-se terceira etapa, conhecida como Mercado Comum
(MC), que uma UA acrescida de livre circulao dos fatores de produo,
como bens, servios, mo de obra e capitais. Nesta etapa, fator
imprescindvel j haver uniformizao das legislaes, na busca de normas e
padres que sejam comuns a todos os pases do bloco.
NOTAS:
9. Tarifa externacomum (TEC):
conjunto de tarifasque estabelece,
desde 01/01/1995,os direitos de
importao para ospases membros do
Mercosul (Brasil,Argentina, Paraguai
e Uruguai), combase na
NomenclaturaComum do
Mercosul (NCM)para produtos e
servios. O objetivoda TEC estimular a
competitividadedesses pases. A
estrutura tarifriaaprovada no
Mercosul apresentaalquotas
crescentes de 2pontos percentuais
de acordo com ograu de elaborao
ao longo da cadeiaprodutiva:
matrias-primas (0a 12%), bens de
capital (12 a 16%) ebens de consumo(18 a 20%). Fonte:
http://www.bb.com.br/portalbb/page44,3389,3429,0,0,1,2.bb?codigoMenu=13205&codigoNotici
a=21535&codigoRet=13261&bread=7.
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Competncia 03
Por fim, atinge-se a Unio Econmica, estgio posterior ao mercado comumque contempla a coordenao estreita das polticas macroeconmicas dos
pases membros e, eventualmente, a adoo de moeda nica (BRASIL, 2011,
p.42).
Imagem 13 - Jogo de tabuleiro com os pasesFonte: < http://jogosebrinquedos.com/jogos-de-tabuleiro-versoes-do-war/>
3.5 Principais Blocos
3.5.1 Mercado Comum do Sul (Mercosul)
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991. Seus pases
fundadores so Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolvia, o Chile e o
Peru so considerados associados. Em junho do ano 2012, o Paraguai foi
excludo temporariamente do bloco, por conta de questes polticas internase externas.
Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em dezembro de 1994, o
Mercosul ganhou personalidade jurdica de direito internacional. Atravs dele,
o bloco tem competncia para negociar, em nome prprio, acordos com
terceiros pases, grupos de pases e organismos internacionais.
Saiba mais:Ficoucurioso sobre asuspenso doParaguai e aentrada da
Venezuela noMercosul? Ento
clique emhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-
EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Merc
osul.html.Outraopo pode seruma matria do
Jornal Nacional, daTV Globo,
disponvel emhttp://www.youtube.com/watch?v=7Q
cXVEWK4m4.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://www.youtube.com/watch?v=7QcXVEWK4m4http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.htmlhttp://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6132850-EI294,00-Brasil+defende+suspensao+do+Paraguai+e+entrada+da+Venezuela+no+Mercosul.html5/20/2018 Apostila Fundamentos de Comrcio Exterior
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Competncia 03
Em seu processo de harmonizao tributria, o Mercosul contempla a
eliminao de tarifas aduaneiras e restries no-tarifrias circulao demercadorias entre os pases membros.
Podem ser considerados fontes de avano neste processo de integrao a
criao de uma TEC, o que caracteriza uma unio aduaneira, em janeiro de
1995, e a adoo de polticas comerciais comuns em relao a terceiros
pases.
Imagem 14 - Pases do MercosulFonte:
3.5.2 Associao Latino-Americana de Integrao (Aladi)
A Aladi foi estabelecida em 1980, sendo integrada pelos pases do Mercosul
(Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e da Comunidade Andina (Bolvia,
Colmbia, Equador, Peru e Venezuela), alm do Chile, Mxico e Cuba.
3.5.3 Comunidade Andina
A Comunidade Andina foi criada em 1969, com a assinatura do Acordo de
Cartagena, sendo uma organizao sub-regional, hoje integrada por cinco
pases (Bolvia, Colmbia, Equador, Peru e Venezuela), de servios,
propriedade intelectual, compras governamentais e outros.
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Competncia 03
A Comunidade Andina volta seus esforos para promover o desenvolvimentoequilibrado e harmonioso dos pases membros por meio da integrao e da
cooperao econmica e social; facilitar a sua participao no processo de
integrao regional, visando formao progressiva de um mercado comum
latino-americano; melhorar a situao dos pases membros no cenrio
econmico internacional, entre outros pontos.
3.5.4 Tratado Norte-Americano de Livre Comrcio (North American Free
Trade Agreement-Nafta)
O acordo, assinado em 1992 pelos Estados Unidos, Canad e Mxico e que
passou a vigorar em 1994, prev reduo gradativa das tarifas aduaneiras no
comrcio de bens entre os trs pases.
No que diz respeito ao seu funcionamento, pode-se citar como vantagens
(dependendo do olhar crtico do observador, naturalmente):
Empresas dos Estados Unidos e Canad conseguem reduzir os custos de
produo, ao instalarem filiais no Mxico, aproveitando a mo de obra
barata. O Mxico ganha com a gerao de empregos em seu territrio;
A gerao de empregos no Mxico pode ser favorvel aos Estados
Unidos, pois pode d
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