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Área de Ciências Humanas e Jurídicas PEDAGOGIA SEMINÁRIO - ÉTICA E FORMAÇÃO DOCENTE       8º   Período      2014 / 2 Professor(a):  Sirlei Antoninha Kroth Gaspareto

HERKENHOFF, João Baptista. Ética, Educação e Cidadania. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1996.

O autor, João Baptista Herkenhoff, é Livre- Docente da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem sido Professor visitante e palestrante convidado em diversas universidades e instituições culturais. É mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Realizou pós-doutoramentos nos EUA e na França.

O livro reúne vários escritos que mantêm uma linha de conexão. São textos que foram escritos diante de situações variadas, com seus temas de fundo sendo a ética, educação e cidadania.

“A educação é posta como enlaçada com a Missão Ética que lhe cabe e deve ser endereçada à construção social da Cidadania.” (p. 08)

“A Cidadania plena de todos os seres humanos é vista como imposição que se coloca para uma sociedade que se pretenda guiar pela Ética.” (p. 08)

“A Ética é defendida como tábua de referência, sem a qual as comunidades nacionais e a comunidade humana naufragam na anomia e na perplexidade atônita dos desvalores e do não ser.” (p. 08)

“Por Ética devemos entender todo o esforço do espírito humano para formular juízos tendentes a iluminar a conduta das pessoas, sob a luz de um critério de Bem e de Justiça.” (p.11)

“Toda a profissão tem uma ética. O cumprimento dos deveres éticos, nas diversas profissões e labores humanos, é essencial ao bem da sociedade.” (p. 17)

“Vejo uma integração entre todas as Ciências. Todas devem buscar compreender os fenômenos, decifrar o mundo, servir ao ser humano e integrar-se ao Cosmos. Há, outrossim, uma intercomunicação entre os diferentes saberes.” (p. 32-33)

“Tende-se hoje para um saber dividido em compartimentos. É uma grave deformação de caminho e de destino. Professores e estudantes dos mais diferentes setores precisam comunicar suas experiências, compartilhar suas buscas.” (p. 33)

Nosso tempo é um tempo de rupturas, de conflitos, exigindo a criatividade de contínuas elaborações.” (p. 34).

“Ultimamente, no Brasil, uma onda avassaladora de desvalores, de individualismo, de hedonismo, de consumismo tem esquecido de prestar o devido culto à figura do educador, ao seu papel étnico, humano , político.” (p. 37)

“Vemos como papel da Universidade um papel não apenas de formação técnica, mas sobretudo de formação étnica. Aquele que passa por uma universidade deve compreender que contrai um grande débito social. Tudo que se aprende numa universidade deve estar a serviço da coletividade.” (p.38)

“O professor é destinatário de muitas perguntas, o professor é muitas vezes o substituto do pai ou o complemento do pai.” (p. 40)

“Deve estar o professor disponível para cumprir sua tarefa de educador – alguém que ajuda o jovem no seu esforço para descobrir seu papel na vida, seu papel no mundo.” (p. 40)

“O professor é uma pessoa comum, com suas falhas e seus defeitos, que isto não diminui ninguém.” (p. 41)

“A educação libertadora vê o educando como sujeito da História. Vê na comunicação “educador – educando - educador - educando” uma relação horizontal. O diálogo é um traço essencial da educação libertadora. Todo o esforço de conscientização baseia-se no diálogo, na troca, nas discussões.” (p. 55)

“A humildade é pré-requisito ético do educador que se propõe a ajudar no processo de libertação pela educação.” (p. 55)

“O projeto final na educação libertadora é contribuir para que as pessoas sejam agentes de transformação do mundo, inserindo-se na história.” (p. 56)

“Há uma sede de ética na sociedade brasileira atual.” (p. 57)

“Por Ética nós entendemos todo o esforço do espírito humano para formular juízos tendentes a iluminar a conduta das pessoas, sob a luz de um critério de Bem e de Justiça.”(p. 57)

“A ética tem vários aspectos e desdobramentos. Uma das mais graves aplicações da Ética é aquela que se refere ao exercício das profissões.” (p. 57)

“Toda a profissão tem uma ética., o exato cumprimento do “dever de estado” de cada pessoa, segundo critérios éticos, é essencial para que uma sociedade seja feliz.” (p. 58)

“A questão ética é uma das maiores urgências do Brasil contemporâneo.” (p. 60)

“Educação e cultura são temas gêmeos. Educação é cultura. Cultura é educação.” (p. 65)

“Um professor está sempre a querer espalhar educação e cultura. E não apenas no espaço das escolas. Também nos demais espaços públicos, no espaço da cidade.” (p. 65)

“Preservar a vida e a vida plena é compromisso inafastável de uma sociedade que se pretenda minimamente ética.” (p. 72)

“Falo também aqui de uma questão mais geral de educação do povo: a educação que gera senso crítico. Esse senso crítico, uma vez adquirido, permite às pessoas recusar a anestesia da propaganda em massa, feita pelos grandes meios de comunicação.” (p.83)

“A educação do surdo-mudo, como também a do cego, é preocupação que deve caracterizar uma sociedade que pretenda guiar-se pela Ética. Só povos que se encontram num estado de completa insensibilidade moral abandonaram a educação dos deficientes.” (p. 84)

“Há uma busca de referenciais éticos nestes tempos de incerteza. [...] A sociedade está atônita, agredida pro desvalores. Neste quadro cremos que a universidade tem um intransferível papel ético, quer perante o conjunto da sociedade, quer perante os estudantes. (p. 89)

“[...] o principal papel que a escola pública deve desempenhar, numa sociedade democrática, é o de ser espaço universal de convivência entre todos os cidadãos, sem qualquer discriminação.” (p. 96)

“A democracia de hoje não foi outorga de ninguém. Foi conquista do povo. Do povo que deve construir a história, sem a intermediação de supostos salvadores.” (p. 113)

“Um povo sem memória é um povo sem vida. Preservar a memória coletiva é obra de civilização e cultura. Na memória, o ser humano encontra a raiz de sua própria significação existencial. Daí a importância educativa dos museus, das bibliotecas, dos arquivos,dos álbuns de fotografia, das cartas que guardamos no fundo do baú.” (p. 125)

“Os homens públicos não podem esquecer de sua influência no corpo social: se dignificam sua conduta, - educam; se traem seus compromissos,- exercem um papel deletério, deseducam, desencorajam ações éticas e cívicas por parte do cidadão comum.” (p. 133)

“[...] tenho paixão de transmitir ideias e receber lições, pois, como disse num dos meus livros, o professor ensina e aprende, o processo de aprendizagem é dialético e circular.” (p. 147)

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