Ariane Camilo Alves Thiago Fernando dos Santos Teixeira...

Preview:

Citation preview

COPI - Coordenadoria de Promoção da Integridade

Lindalva de Jesus Feitosa OliveiraGuilherme YazakiMilena Coimbra de CarvalhoThiago Fernando dos Santos TeixeiraAriane Camilo Alves

❏ O conceito

❏ A relevância

❏ As instâncias, mecanismos e ferramentas

❏ Dinâmica - diálogos e desafios na política pública

Tópicos

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente (...)”

Constituição Federal de 1988TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:I - a soberania;II - a cidadania;III - a dignidade da pessoa humana;IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Lei Orgânica do Município de São PauloArt. 2º - A organização do Município observará os seguintes princípios e diretrizes:

❏ I - a prática democrática;❏ II - a soberania e a participação popular;❏ III - a transparência e o controle popular na ação do governo;❏ IV - o respeito à autonomia e à independência de atuação das associações e movimentos sociais; (...)

Art. 5º - O Poder Municipal pertence ao povo, que o exerce através de representantes eleitos para o Legislativo e o Executivo, ou diretamente, segundo o estabelecido nesta Lei.

❏ § 1º - O povo exerce o poder: ❏ I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto;❏ II - pela iniciativa popular em projetos de emenda à Lei Orgânica e de lei de interesse

específico do Município, da cidade ou de bairros; ❏ III - pelo plebiscito e pelo referendo.

❏ § 2º - Os representantes do povo serão eleitos através dos partidos políticos, na forma prevista no inciso I do parágrafo anterior.

Controle Social O que é?

O que é controle social?

Locke (1632-1704): Estado Liberal

Rousseau (séc.XVIII):Soberania Popular

Hobbes (1588-1679): “Leviatã”

Gramsci (1891-1937):“Estado Ampliado”

O Estado controla a sociedade ou a sociedade controla o Estado?

O que é controle social?

Exemplo Período histórico da Ditadura Militar até a Constituição Federal de 1988.Redemocratização: Controle Social na CF/88.

Lei 8.142/90 dá origem aos Conselhos e Conferências de Saúde para fins de se exercitar o controle social do SUS.

A experiência das Diretrizes Nacionais para a Capacitação de Conselheiros de Saúde (1999):

“Considera-se educação permanente para o controle social do SUS, os processos formais de transmissão e construção de conhecimentos por meio de encontros, cursos, oficinas de trabalho, seminários e o uso de metodologias de educação à distâncias, bem como os demais processos participativos e fóruns de debates - Conferências de Saúde, Plenárias de Conselhos de Saúde, Encontros de conselheiros, seminários, oficinas, dentre outros.”

Os Conselhos de Saúde se apropriam das práticas e da cultura do controle social, a fim de se tornarem multiplicadores de iniciativas de formação de outros sujeitos sociais.

Sistemas de Controle

Para acompanhar o uso dos recursos públicos, existem quatro tipos de fiscalização:

● Externo: realizado pelo Legislativo, pelos Tribunais de Contas e pelo Ministério Público;

● Interno: função das Controladorias Municipais, Estaduais e da União;

● Administrativo: desempenhado pelos/as gestores/as dos órgãos públicos;

● Social: desempenhado pela sociedade, de forma individual ou organizada.

Controle Social Por quê?

Por que existir controle social?

● Proporções geográficas;

● Complexidade da administração pública;

● Conhecer para participar - incidência política mais qualificada;

● Representatividade diante de diferentes perspectivas;

● Legitimidade dos processos decisórios;

● Combate à corrupção;

● Outros.

Por que existir controle social?● Cumprimento das normas legais (CF/1988 e LRF/00):

“A transparência será assegurada mediante:

I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).

II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).”

(Lei nº 131/09, que complementa a Lei de Responsabilidade Fiscal, nº 101/00).

Como o Estado realiza suas políticas por meio da aplicação das

receitas (advindas de tributos, multas e venda de bens e

serviços), o cumprimento da Constituição Federal/88, da Lei de Responsabilidade Fiscal/00, da Lei

da Transparência/09, da Lei de Acesso à Informação/11 e de

outras normativas a respeito da transparência fortalecem a

accountability na gestão pública.

Controle Social Como?

1. Identificação de problema (reconhecimento da demanda)

2. Diagnóstico

3. Elaboração e aprovação da política pública que responderá ao problema/demanda

4. Planejamento

5. Implementação

6. Monitoramento e avaliação

Fases da política pública

● Em São Paulo, a partir de 2008 (Emenda nº 30 à Lei Orgânica do Município).

“Art. 69-A. O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa de Metas de sua gestão, até noventa dias após sua posse, que conterá as prioridades: as ações estratégicas, os indicadores e metas quantitativas para cada um dos setores da Administração Pública Municipal, Subprefeituras e Distritos da cidade, observando, no mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas da lei do Plano Diretor Estratégico.”

- Amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela mídia impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial da Cidade no dia imediatamente seguinte ao do término do prazo

- Dentro de 30 dias após o prazo, promover audiências públicas gerais, temáticas e regionais, inclusive nas Subprefeituras.

- Divulgação semestral de indicadores de desempenho relativos à execução do Programa de Metas- Relatórios anuais da execução do Programa de Metas e divulgado amplamente.

Programa de Metas / PPA / LDO / LOA

Ciclo de Planejamento do OrçamentoInstrumentos principais de acompanhamento de sua execução:

Programa de MetasOrienta a elaboração dos instrumentos do Planejamento Orçamentário.(4 anos de governo)

Plano PluriAnual (PPA)Define diretrizes, objetivos, metas e programas da gestão;(3 anos de governo + 1 subsequente)

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)Critérios para a elaboração da LOA; Legislação tributária, gestão de pessoal, distribuição de recursos, seleciona metas do PPA. (1 ano)

Lei Orçamentária Anual (LOA)Define fonte de arrecadação, estima receitas e prevê despesas. É o instrumento mais detalhado da atuação geral da administração. (1 ano)

Exemplo da integração - Programa de Metas/PPA/LOA

Fonte: Prefeitura de São Paulo. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/ppa20142017_parte_001(1).pdf>.

Recursos Públicos

Execução Orçamentária:

● Orçado: Valor destinado a uma determinada ação definida na Lei Orçamentária Anual.● Empenhado: após avaliação da gestão, este é o valor efetivamente separado, daquele montante, para a execução

da ação em questão.● Liquidado: Valor devido ao executor da ação; ex. foi contratada a entrega de Livros para uma escola. Quando os

livros chegam, a ação foi liquidada. (note que ainda não houve o pagamento).● Pago/Executado: Valor que já foi efetivamente pago pela execução da ação. No nosso caso, a entrega dos livros.

Instâncias

1. Fóruns e Comitês

2. Mesas de Diálogo

3. Conselhos de Políticas públicas

Composição

● Paritário (poder público e sociedade civil)● Tripartite (usuários, funcionários, gestores)● Outros

Objeto

● Gestor de Equipamentos● Gestor de Fundos● Políticas Públicas

Classificação

● Consultivo● Deliberativo● Participativo

Mecanismos, canais e ferramentas

● Conferências

● Audiências públicas

● Consultas públicas

● Diálogos sociais

● Canais de atendimento ao cidadão e ouvidorias

● Interfaces e ambientes digitais

Lei Orgânica do Município de São PauloArt. 41 - A Câmara Municipal, através de suas Comissões Permanentes, na forma regimental e mediante prévia e ampla publicidade, convocará obrigatoriamente pelo menos 2 (duas) audiências públicas durante a tramitação de projetos de leis que versem sobre:I - Plano Diretor;II - plano plurianual;III - diretrizes orçamentárias;IV - orçamento;V - matéria tributária; VI - zoneamento urbano, geo-ambiental e uso e ocupação do solo;VII - Código de Obras e Edificações;VIII - política municipal de meio-ambiente;IX - plano municipal de saneamento;X - sistema de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador.XI - atenção relativa à Criança e ao Adolescente. (Acrescentado pela Emenda 17/94)

§ 1º - A Câmara poderá convocar uma só audiência englobando dois ou mais projetos de leis relativos à mesma matéria.§ 2º - Serão realizadas audiências públicas durante a tramitação de outros projetos de leis mediante requerimento de 0,1% (um décimo por cento) de eleitores do Município.

Ações realizadas pela COPI/CGM

● Café Hacker

● Oficinas da LAI e de Controle Social

● Programa Agentes de Governo Aberto

● Projeto “Bibliotecas como Polos de Acesso à Informação”

● Construção do Projeto de Lei nº 236/2014 que cria o

Conselho Municipal de Transparência e Controle Social

● Manual de Controladoria Cidadã

Número de participantes (servidores e sociedade civil)

~ 11.600

Número de pedidos realizados no e-SIC

+ 15.500

Número de Eventos e formações para cidadãos e

servidores~ 200

Controle Social Quem?

Dinâmica - diálogo e desafios na política pública

Quem exerce o controle social?

Os desafios

para exercer

o controle social

Diagnóstico de

Informações necessárias

PlanejamentoIdentificação do

problema

1) 2) 3)

4) 5)

Grupo 1

- Líderes comunitários

- Lideranças

religiosas- Líderes políticos

- Conscientização

- Processos de licitações

para execução de serviços

- Locais para fazer a

remoção das famílias

- Ajuda de custos para as

famílias

- População que

reside próximo a

córregos/rios/redes de

esgotos, periferias e

encostas

- Projeto de conscientização

dos moradores dessas

regiões- Canalização de córregos,

rios e esgotos; limpezas e

retirada dos moradores das

áreas de risco

Enchentes

1) Identificação do problema 2) Informações necessárias 3) Planejamento

4) Quem exerce o controle social?

5) Desafios para o exercício do controle social

Grupo 2

- Secretaria de

Habitação- Assistência Social

- Fiscalização da

Prefeitura Regional

- Organizações sociais

- Conscientização dos

envolvidos

- Dificuldade de

implantação de serviços

sociais- Regularização fundiária

- Impossibilidade de

acesso para limpeza de

córregos

- Congelamento de área

para sanar o problema

- Levantamento populacional

- Levantamento do perfil

familiar- Inserir a população em

programas sociais

Construção clandestina

de habitação de

interesse social

1) Identificação do problema 2) Informações necessárias 3) Planejamento

4) Quem exerce o controle social?

5) Desafios para o exercício do controle social

Grupo 3

- Conselhos consultivos

dentro dos órgãos que

realizam as divulgações

dessas ferramentas com a

comunidade local, para

checar sua efetividade e

avaliar possíveis dificuldades

- Tornar essas

ferramentas atrativas

à população para o uso

cotidiano

- Número de acessos

- Perfil de quem

acessa a plataforma

- Avaliação dos usuários

sobre a plataforma (de

fácil ou difícil manuseio)

- Campanhas de divulgação sobre a

existência dessas plataformas

(ênfase no e-SIC)

- Instalar polos de informação sobre

a existência e o uso do e-SIC nas

subprefeituras

- Dissipar essas informações para

organizações da sociedade civil nas

diversas regiões da cidade. Ex:

associação de moradores

Efetividade do uso das

ferramentas de acesso

à informação, mais

especificamente o

e-SIC, pois ainda é um

recurso pouco utilizado.

1) Identificação do problema 2) Informações necessárias 3) Planejamento

4) Quem exerce o controle social?

5) Desafios para o exercício do controle social

Grupo 4

- Todas

- Acesso à informação

- Acesso às diretrizes

para ampliar a

quantidade de

delegacias- Enfrentamentos

- Quantidade de

delegacias- Horário de funcionamento

- Especificidades do

atendimento em locais

- Aumentar a

quantidade de delegacias

e o horário de

atendimento

- Maior divulgação dos

canais de atendimento à

mulher, como 180

Acesso a canais de

denúncias de violência

à mulher

1) Identificação do problema 2) Informações necessárias 3) Planejamento

4) Quem exerce o controle social?

5) Desafios para o exercício do controle social

Referências - Legislação● Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

● Lei Federal nº 12.527/2011 - Lei de Acesso à Informação (LAI)

● Decreto de 15 de setembro de 2011 - Institui o Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto

● Decreto Federal nº 8.243/2014 - Institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS

● Lei Municipal nº 15.764/2013 - criação da CGM, dos Conselhos Participativos

● Decretos Municipais nº 53.623/12, 54.779/14 e 56.519/15 - regulamentação da LAI em São Paulo

● Decreto Municipal nº 54.794/2014 - institui a São Paulo Aberta e o CIGA-SP

● Decreto Municipal nº 56.832/2016 - aprova o Código de Defesa do Usuário do Serviço Público Paulistano

● Portaria Intersecretarial 03/2014 - institui as seções “Acesso à Informação” e “Participação Social” nos sites

institucionais da Prefeitura do Município de São Paulo

● Lei Orgânica do Município de São Paulo de 1990 - lei fundamental que rege a municipalidade

Referências bibliográficas

● AMÂNCIO, J.M.; DOWBOR, M.; SERAFIM, L. Controle Social: dos serviços públicos à garantia de direitos. São Paulo: CEBRAP/IDS, 2010. Disponível em: <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/arquivos/controle_social_CEBRAP.pdf>.

● DOWBOR, M.; HOUTZAGER, P.; SERAFIM, L. Enfrentando os desafios da representação em espaços participativos. São Paulo: CEBRAP/IDS, 2008. Disponível em <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/arquivos/representacao_espacos_participativos_CEBRAP_IDS.pdf>.

● AVRITZER, L. Instituições participativas e desenho institucional: algumas considerações sobre a variação da participação no Brasil democrático. Opin. Pública, Campinas , v. 14, n. 1, p. 43-64, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762008000100002>.

● BARROS, L. M. A. Participação democrática e fomento nos conselhos deliberativos: o exemplo paradigmático da infância e adolescência/Laura Mendes Amando de Barros. São Paulo: Saraiva, 2016.

● CORREIA, M. V. C. Que Controle Social? Os conselhos de saúde como instrumento. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. (link para resumo)

Referências bibliográficas

● Cadernos de Formação SMDHC. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/politica_municipal_de_participacao_social/sobre_participacao_social/index.php?p=166718>.

● Controladoria Geral da União. Manual da Lei de Acesso à Informação para Estados e Municípios. Brasília/DF, 2013. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/controladoria_geral/arquivos/Manual_LAI_EstadosMunicipios.pdf>.

● Controladoria Geral da União. Controle Social - Orientações aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social. Coleção Olho Vivo. Brasília/DF, 2012. Segunda edição. Disponível em <http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/controle-social/arquivos/controlesocial2012.pdf>.

OBRIGADO!

COPI - Coordenadoria de Promoção da IntegridadeLindalva de Jesus Feitosa OliveiraMilena Coimbra de CarvalhoGuilherme YazakiThiago Fernando dos Santos TeixeiraAriane Alves

tel: (11) 3334-7409e-mail: controlesocial@prefeitura.sp.gov.br