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Artrópodos transmissores e causadores de doenças
ARTRÓPODOS: quem são?
-Alimentação
Relação dos artrópodos com o homem
Polinização
-Pragas deagricultura
- Controle de pragas
- Saúde humana e animal
Presença
Pediculose e pitiríase (piolhos e chato)
Miíases – larvas de moscas
Escabiose - Sarna
Tungíase – Bicho-do-pé
Como os artrópodos são importantes na saúde
Peçonhentos ou urticantes ao contato
Taturana
Aranhas Escorpiões
Lacraias
Fobias e neuroses
Aracnofobia
Acarofobia
Entomofobia
•Não esquecer os artrópodos que passivamente transmitem parasitas (ovos, cistos, oocistos, bactérias e virus)
Barata
Formiga do cartao
Triatomíneos x Doença de Chagas
VetoresVetores
Anopheles x malária
Culex quinquefasciatus x Filariose bancroftiana
Lutzomyia x Leishmanioses
Ochlerotatus scapularis x Dirofilariose
Aedes aegypti x dengue
Somente fêmeas são hematófagas
Mosquitos – Família Culicidae
Ciclo dedesenvolvimento
Principais espécies vetoras
Anopheles sp.
Principais espécies vetoras
Culex quinquefasciatus
Principais espécies vetoras
Aedes aegypti
Principais espécies vetoras
Aedes albopictus
Aedes aegypti
Criadouros
DENGUE
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica.
AGENTE ETIOLÓGICO
O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae.São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão se faz pela picada do Aedes aegypti
Período de incubação de 8 a 12 dias
CONTROLE E PREVENÇÃO
Essencialmente o Combate ao vetor
Dengue
�� Febre não diferenciadaFebre não diferenciada
�� Febre clFebre cláássica do denguessica do dengue
�� Febre hemorrFebre hemorráágica do denguegica do dengue
�� SSííndrome do choque do denguendrome do choque do dengue
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
�� SSííndromes Clndromes Clíínicas do Denguenicas do Dengue
Dengue
��Dengue ClDengue Cláássicossico
�� Febre.Febre.
�� CefalCefalééia.ia.
�� MialgiaMialgia e e artralgiaartralgia..
�� NNááuseas/vômitos.useas/vômitos.
�� ExantemaExantema..
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
Dengue
�� Febre HemorrFebre Hemorráágica do Denguegica do Dengue
�� Hemorragias na pele: Hemorragias na pele: PetPetééquiasquias, p, púúrpuras, rpuras,
equimoses.equimoses.
�� Sangramento gengival. Sangramento gengival.
�� Sangramento nasal.Sangramento nasal.
�� Sangramento Sangramento gastrointestinalgastrointestinal: : hematêmesehematêmese, melena, , melena,
hematoqueziahematoquezia..
�� HematHematúúriaria e e metrorragiametrorragia em mulheres. em mulheres.
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
Dengue
�� Fatores de Risco para FHDFatores de Risco para FHD
�� Cepa do vCepa do víírus.rus.
�� Anticorpo antidengue prAnticorpo antidengue préé--existente:existente:
�� InfecInfecçção anteriorão anterior
�� Anticorpos maternais em bebêsAnticorpos maternais em bebês
�� GenGenéética dos hospedeiros.tica dos hospedeiros.
�� Idade.Idade.
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
Dengue
�� Fatores de Risco para FHDFatores de Risco para FHD
�� Maior risco em infecMaior risco em infecçções seqões seqüüenciais.enciais.
�� Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos
circulando simultaneamente em altos ncirculando simultaneamente em altos nííveis veis
(transmissão (transmissão hiperendêmicahiperendêmica).).
�� Sorotipo do vSorotipo do víírusrus
�� Risco de FHD Risco de FHD éé maior para DENmaior para DEN--2, seguido do DEN2, seguido do DEN--
3, DEN3, DEN--4 e DEN4 e DEN--1.1.
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
Dengue
�� ManifestaManifestaçções Clões Clíínicasnicas
�� Fatores de Risco para FHDFatores de Risco para FHD
�� Pessoas que tenham sofrido uma infecPessoas que tenham sofrido uma infecçção de dengue ão de dengue
desenvolvem anticorpos de soro que podem neutralizar desenvolvem anticorpos de soro que podem neutralizar
o vo víírus do dengue do mesmo sorotipo (homrus do dengue do mesmo sorotipo (homóólogos). logos).
�� Em uma infecEm uma infecçção ão subsequentesubsequente, os anticorpos , os anticorpos
heterheteróólogoslogos prpréé--existentes formam complexos com os existentes formam complexos com os
novos sorotipos de vnovos sorotipos de víírus que causam infecrus que causam infecçção, mas não ão, mas não
neutralizam o novo vneutralizam o novo víírus.rus.
Dengue
Anticorpos HomAnticorpos Homóólogos Formam Complexos logos Formam Complexos
NeutralizantesNeutralizantes
11
1
1
1
Vírus Dengue 1
Anticorpo neutralizante ao vírus Dengue 1
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo neutralizante e vírus Dengue 1
Anticorpos Heterólogos Formam Complexos Não-
Neutralizantes
2 22
2
2
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo não neutralizante e vírus Dengue 2
2
DengueDengue
DengueComplexos Complexos HeterHeteróólogoslogos Penetram Mais Penetram Mais
MonMonóócitos Onde o Vcitos Onde o Víírus se Multiplicarus se Multiplica
2
2
2
22
22
22
2
2
2
Vírus Dengue 2
Anticorpo não neutralizante
Complexo formado por anticorpo não neutralizante e vírus Dengue 2
Dengue
�� DiagnDiagnóósticostico
�� Testes laboratoriaisTestes laboratoriais
�� Hemograma completo.Hemograma completo.
�� Albumina.Albumina.
�� Testes da funTestes da funçção hepão hepáática.tica.
�� Urina para verificar a existência de Urina para verificar a existência de hemathematúúriaria
microscmicroscóópica.pica.
�� Testes especTestes especííficos para o dengueficos para o dengue
�� Isolamento viral.Isolamento viral.
�� Sorologia (ELISA para anticorpos da classe Sorologia (ELISA para anticorpos da classe
IgMIgM).).
Dengue�� DiagnDiagnóósticostico
� Isolamento viral
Cultura de Células Teste de Ac. fluorescente
Dengue
�� DiagnDiagnóósticostico
� Isolamento
viral
Inoculação
do mosquito
Dengue
� Diagnóstico
Sorologia
pelo método
de ELISA
Dengue
Coleta e Processamento de Amostras para Coleta e Processamento de Amostras para
DiagnDiagnóósticos de Laboratsticos de Laboratóóriorio
Tipo de
Espécime
Sangue da fase
aguda
(0-5 dias após o início)
Sangue da fase de
convalescência
(≥ 6 dias após o
início)
Momento
da Coleta
Na apresentação
do paciente;
coletar segunda
amostra
durante convalescência
Entre o 6° e 21° dia
após o início
Tipo de
Análise
Isolamento do
vírus
e/ou sorologia
Sorologia
� Diagnóstico
Dengue no Brasil: casos confirmados, por local de transmissão: 1989 - 1997
Região/Ano 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997
Norte 0 0 2194 0 0 18 3221 2788 22174
Nordeste 4213 15950 8020 396 788 49828 59192 125471 196203
Sudeste 1121 23086 82649 1149 4836 911 35111 32230 22879
Sul 0 0 0 0 0 0 3116 5064 721
Centro-Oeste 0 1606 4346 1671 1462 5864 24934 14839 12965
Total 5334 40642 97209 3215 7086 56621 125574 180392 254942
Fonte: Ministério da Saúde (FNS).
MANEJO AMBIENTAL: Destruição de criadouros
CONTROLE QUÍMICO: Inseticidas nos criadourosUBV – “fumacê” – Em epidemias -Infestação predial de > 5% e circulação comprovada de vírus.
COMBATE AO VETOR
Vigilância Epidemiológica
Dificuldades no controle
Mosca berneira: Dermatobia hominis
Ordem: DipteraFamilia: Muscidae
Doença: miíase (Berne)
infestação de vertebrados vivospor larvas de dípteros que se alimentam de tecidos ou líquidos corpóreos
• Dermatobia hominis é encontrado em várias áreasúmidas da Américas central e sul
• A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outrosinsetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou secreções (moscas ou pernilongos)
• Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a larva de Dermatobia penetra a pele sã (biontófaga) e evolui, dentro da lesão, até a larva 2. estádio
• Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e cai no solo onde se transforma em pupa
inseto foréticoD. hominis
•O local de infecção fica suscetível a entrada de oportunistas: bactérias
• A infecção normalmente é benigna (inflamação localizada)
(larva biontófaga)
DipteraDiptera
Dermatobia hominis - Berne
DipteraDiptera
Dermatobia hominis - Berne
Após abandono do hospedeiro � pupa no solo
Emergência da mosca adulta após 4-11 semanas que vive poucos dias, copula e realiza postura (5-12 d)
•Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas cirúrgicas
• Eventualmente, aplicação de um antibiotico
Tratamento
DipteraDiptera
Moscas varejeiras:Cochliomyia hominivorax (biontófaga)
Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga)
Doença: miíase (Bicheira)
• Presente do sul dos EUA até Argentina, em regiões tropicais (ano inteiro) e temperadas (primavera-verão)
• Fêmeas de Cochliomyia hominivorax depositam 200-300 ovos/dia durante 3-4 dias ao redor de um ferimento recente (biontófaga, oviposição somenteem seres vivos)
• 12-24 horas depois a larvas eclodem e fixam-se e nutrem se dos tecidos
• durante 6-7 dias há duas ecdises (L1-L3)• abandonam o hospedeiro e pupam no solo (6-8 dias)• emergem os adultos
•Cochliomyia macellaria: ovos em tecidos necrosados
DipteraDiptera
Cochliomyia hominivorax
Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas• Ferimento aumenta de tamanho• Decomposição de material no ferimento
Miíases secundárias
Atrai moscas
Miíases por necrobiontófagas(Cochliomyia macellaria)
Tratamento:
• Limpar ferimento (com anestesia local)• Remoção individual das larvas • Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo espectro
•No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de uma variedade de moscas): antihelmínticos
Controle:
• Zoonose: Tratamento também dos animais!•Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno• Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para diminuir a densidade populacional das moscas
Miíases - ação terapêutica
– tratamento pode ser vantajoso no caso de resistência a antibióticos
– utilização larvas necrobiontófagas– úlceras crônicas: pé diabético,
estase venosa (forma de terapia milenar)
Lucilia sericata, L. ilustrisPhornia regina
• Remoção de tecidos necróticos– secreção de proteases– ingestão do tecido liquefeito
• Atividade antimicrobiana– S. aureus, Streptococcus sp.
• Cicatrização– movimento (?)– alantoína, uréia, bicarbonato de amônia
1 semana 1 ano
Siphonaptera
Siphonaptera
Ctenídeos
Achatamento latero-lateral
Siphonaptera
Siphonaptera
Siphonaptera
Peste BubônicaPasteurella pestis (=Yersinia pestis)
Siphonaptera
Principais espécies
Siphonaptera
Pulex irritans
Ctenocephalides canisCtenocephalides felix
Siphonaptera
Siphonaptera
Xenopsylla sp.
Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans
– pulga da areia
– “bicho do pé” ou “bicho do porco”, hospedeiro usual éo porco (mas ataca gatos, cachorros e seres humanos)
As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens (gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis(blastomicose)
Siphonaptera
Tungidae – Tunga penetrans
Siphonaptera
Siphonaptera
Phthiriaptera
Anoplura - Piolhos Sugadores – Piolhos e chatos
Achatamento dorso-ventral
� Doenças: Pediculose e Ftiríase� Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente
de humanos� Em todas as classes sócio-econômicas� Hemimetábolos (ovo, larva, ninfa, adulto)� Todos os estádios hematófagos
Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P. humanus e Pthirus pubis
Anoplura
- 15 famílias, 49 gêneros e cerca de 532 espécies
- Altamente específicos
- Com uma excessão, osovos são postos aderidosaos pêlos - Lêndeas
- Ápteros
Anoplura
Ovos postosaderidos ao
pêlo
Adulto em 6 a 10 diasVive cerca de 20 dias
Põem cerca de 10 ovos/dia
Ovos eclodemem 7 a 10 dias
3 estádiosninfais
Desenvolvimento
Anoplura
Pediculus capitis – Piolho-da cabeça
Pediculus humanus – Piolho-do-corpo
Pthirus pubis – Piolho-dos-pêlos-pubianos
Anoplura
• Catação
• Pente-fino
• Ar quente
• Raspagem
• Corte curto
• Inseticidas
Controle
Acari
Ácaros
Sarcoptes scabiei
Morfologia geral dos ácaros
(corpo)
(aparelhobucal e palpos)
larvas com 3 pares, ninfas/adultos com 4 pares de patas
Sarcoptes scabiei
Doença:Escabiose ou Sarna
Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes)
dorsal ventral• Cosmopolita, democrático• 300 milhões de casos• parasita de seres humanos e outros mamíferos (existemvariedades com diferentes preferências: S. scabiei canis, S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
• Não possuem traquéias, respiram pelo tegumento• Macho (0,2 mm) e fêmea (0,4 mm)• Infecção ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos contaminados (roupa, pentes etc.)
• Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se desenvolvem para ninfas que ficam adultos (4 dias).
• Fêmea: 3-4 ovos/dia (durante até 50 d), ciclo total: 20 d• Sítio preferencial de infecção: interdigital, nas pernas
• A atividade migratória e a deposição de antígenoscausa o influxo de células T mononucleares e reaçõesalérgicas (hipersensitividade do tipo IV)
• Prurido, causa ferimentos secundários na pele e infecções bacterianas são frequentes
• Em imunossuprimidos, ocorre dermatite generalizadacom grandes areas de pele comprometidas, altíssimonúmero de ácaros presentes e o indivíduo é forte transmissor de Scabies
Patologia
Acari
Escabiose ou sarna
Acari
Sarna de animais
Tratamento (repetido!):
- Creme com permethrina 5%ou
- Lindan 1%(pessoas imunocomprometidos plus 1 dose Ivermectina)
- Tratamento da roupa contaminada: Lavar e secarpor 10 min a 50°C, ou estocagem em recipientesfechados por 5 dias
Diagnóstico:
• Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e aspecto das crostas
• Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado profundo� lâmina� microscópio
Aspectos epidemiológicos
• Infestação do homem por variedades S. scabiei de animais:• auto-limitante, fugaz
• Hipótese - origem das variedades:
•Homem: hospedeiro primário• Adaptações a outras espécies de hospedeiros• Intercruzamento de cepas de animais e do homem
evita especiação variabilidade genética levaa ampliação do espectro de hospedeiros (40 spp de 17 famílias e 7 ordens)
Acari
Dermatophagoides sp. – ácaro da poeira doméstica
Ácaros de vida livre como causador de doença • Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados, alimentos processados
• Família Phyroglyphidae: - Dermatophagoides pteronyssinus- Dermatophagoides farinae- Pyroglyphus africanus- Dermatophagoides deanei- Euroglyphus maynei
• Família Glycyphagidae: - Blomia tropicalis• Família Chortoglyfidae: - Chortoglyphus arcuatus• Família Saproglyphidae: - Suidasia pontifica
• Pessoas suscetíveis (número crescente): alergias respiratórias
• Alérgeno é o próprio ácaro e/ou seus produtos: dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão em poeira
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