As tantas flores, com suas cores e formas variadas Diferenças superficiais, pois a terra que as...

Preview:

Citation preview

As tantas flores, com suas cores e formas variadas

Diferenças superficiais, pois a terra que as nutre e sustenta é uma...

- Unidade -

Tantas pessoas, tantas vidas

Habitantes de um único planeta

Tantas culturas, canções, sonhos,

histórias, esperanças...

Teremos olhos para contemplar a beleza daquele

que nos é diferente?

Teremos ouvidos para apreciar as histórias e as canções daquele que habita em outras terras?...

Mundos distantes que ao se aproximarem formam

um novo mundo, de riqueza e beleza

sem par...

Existe o canto,e existe a canção

Existe a tradição,e existe a alma...

Na Índia, após um longo dia na lavoura, a jovem mãe retorna para sua casa.

No lar, ainda lhe esperam os afazeres domésticos e o cuidar da família.

Diante das durezas da vida, os olhos repletos de luz, o amplo sorriso

e palavras floridas de esperança...

As duas irmãs posam para a fotografia em Cabul, Afeganistão.

Um país devastado pela guerra, onde as oportunidades de estudo, saúde, alimentação e

demais necessidades básicas são escassas.

O sorriso fácil e o olhar acolhedor, próprio daqueles que na vida muito

suportaram, muito superaram...

...e que tiveram que aprender desde cedo a dor em esperança transmutar.

Dizemos pais, dizemos filhos,dizemos irmãs

Relações familiares que moldam os nossos sentimentos

mais profundos...

...e que em muitas ocasiões tornam a caminhada mais amena,

ao compartilhar dores, alegrias, sonhos, esperanças.

Quem algum dia poderá mensurar o amor que uma irmã nutre pela outra?

Seja o amor da mais velha pela mais nova,

ou o da mais nova pela sua irmã...

É o amor fraterno o que une as pessoas.

Senão o amor,o que poderia

sustentar o mundo?

Senão o amor,o que poderia

mover o mundo?

Senão o amor,o que poderia fazer

a vida valer a pena?...

“Se em teu coração enxertastea rosa do Amor,

Omar Khayyam

tua vida não passou inútil.”

Numa aldeia africana, casal de irmãos

irradia alegria diante do almoço de domingo.

Para quem está acostumado a enganar

a fome com farinha seca, um punhado de arroz é considerado um rico

banquete e motivo de incontida alegria.

A alegria diante do almoço especial

de domingo,- um retrato dos nossos tempos...

Um punhado de arroz.

E a felicidade a transbordar do coração.

Quantas maneiras haverá de ser feliz?

Quantas maneiras haverá de fazer os

outros felizes?

Canções, cantigas, amizades, famílias

A busca por um sentido,os destinos e a espera

Amores, temores, encantos, os corações

e a poesia...

No subúrbio de uma grande cidade,homem alimenta menina com sopa comunitária.

A dor da necessidade na periferia das grandes cidades.

Vidas que dependem da caridade e da compaixão alheia.

Ninguém escolhe a famíliaou a condição social em que nasce.

É a loteria biológica que determina que uns nasçam em famílias abastadas, enquanto outros passam por severas privações ainda na tenra infância.

A sopa comunitária, o olhar distante,

a primeira infância...

Mais uma noite,seguida por um outro dia...

Frágil demais é a infânciapara que seja abandonada,

para que seja negligenciada...

Quantas maneiras haverá de se passar fome?...

Fome de afeto, de carinho,de esperança, dignidade...

Por um lado, os contemplados pelo destino, que freqüentemente gastam todo o seu

excedente com o próprio conforto e com produtos supérfluos.

E do outro, o vasto contingente dos ignorados pelo destino, com raras oportunidades na vida

e a companhia constante do frio e da fome.

Quanta dor será mitigada, quanto sofrimento minimizado, no dia

em que nos tornarmos mais solidários...

Enxergar a fome e a necessidade do próximo como se nossas

próprias fossem.

Cultivar o hábito de doar um pouco do nosso pouco

àqueles que nada possuem.

Por meio do exercício da caridade e da compaixão,proferir um sentido mais profundo para esta nossa breve existência.

“Eu tive fome, e deste-me de comer, tive sede, e deste-me de beber...”

“Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus

pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”

“Dai, e ser-vos-á dado.”

“Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe...”

“...aonde não chega ladrão e a traça não rói.”

“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.”

Jesus Cristo

Shirin Ebadi,nascida no Irã, em 1947,

é uma advogada e ativista dos Direitos Humanos.

Empenha-se especialmente na promoção dos direitos das mulheres e crianças.

Tem duas filhas, de 24 e 27 anos,

e fundou a “Associação de Apoio para os

Direitos de Crianças.”

Foi agraciada, em 2003, com o

Prêmio Nobel da Paz.

Wangari Maathai, nascida no Quênia, em

1940.Bióloga e ecologista,

mãe de três filhos, criou o “Movimento Cinturão Verde”, com a intenção de promover e proteger

a biodiversidade africana.

Esteve à frente de projetos de

reflorestamento, em queforam plantadas mais de 30 milhões de árvores,

e de campanhas de conscientização acerca

do consumo responsável.

Foi agraciada, em 2004, com o

Prêmio Nobel da Paz.

Ambas já foram presas e ameaçadas de morte

por defenderem as causas que abraçaram:

Direitos das mulheres e das crianças,

o consumo consciente, a defesa do meio-ambiente.

Temas tão vitais e tão pouco valorizados num mundo

imerso em sono profundo.

Tempos tristes estes os nossos, que anseiam pelo resgate dos valores que caracterizam o feminino.

Feminino é a dimensão do misterioso, profundo, intuitivo, criativo que se

revela na existência humana.

Feminino que se revela no cuidar, acolher, amparar, amar.

O amor capaz de vencer o absurdo

e semear esperanças.

Shirin Ebadi e Wangari Maathai

E todas as demais heroínas anônimas que trabalham por um mundo melhor.

O cuidado materno,a ternura essencial.

Um amor incondicional,

capaz de transformar corações e regenerar

o mundo.

Sem o amor, teria sentido

viver e persistir no tempo?

O amor que abre os nossos olhos para

as dores, as tristezas e as necessidades

do próximo,...

...e que nos impele a minimizar-lhe o

sofrimento na plena medida das

nossas forças.

O amor que nos permite ler nos olhares

aquilo que não se traduz por palavras.

Permanecer desperto para a suave brisa

do Amor e da Compaixão, que revigora e reaviva, e que ativa as nossas

melhores energias.

Recordar que somos todos um,

e que estes tempos sombrios que vivenciamos

anunciam as dores de parto e o nascer

de um novo dia.

Dias mais leves, nos quais o amor

nos recorda a cada instante que somos todos membros de uma única família.

Tema musical: Canção “A Vava Inouva” (“Meu Querido Pai”), composta e interpretada pelo cantor argelino Idir, em dueto, com participação especial de Mila, sua irmã.

Formatação: um_peregrino@hotmail.com

Benditos os que nas madrugadas

de silêncio, nas quais nem a

respiração se escuta, têm os ouvidos

abertos para o ritmo imponderável do

Mistério.

“Ó Meu amigo,Ouve de coração e alma as canções

do espírito, e valoriza-as como

valorizas teus próprios olhos...”

Bahá’u’lláh

Breves vidas, caminhadas

A copiosa diversidade da vida

Uma luminosa manhã de verão

Inspirações, tradições, cantigas,

amores e esperanças