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7/31/2019 As transformaes do Facebook e o impacto para as organizaes
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XXXVCongressoBrasileirodeCinciasdaComunicaoFortaleza,CE3a7/9/2012
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As transformaes do Facebook e o impacto para as organizaes1
Felipe NOGUEIRA2
Luiza MENEZES3
Silvana Maria SANDINI4
Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
RESUMO
O artigo apresenta inicialmente um breve levantamento bibliogrfico e documental, com oobjetivo de investigar como as transformaes impostas pelo Facebook influenciam no
posicionamento das organizaes na Web, alm de evidenciar mudanas do site que
impactaram nesse contexto. O resgate terico foi complementado por entrevistas realizadascom profissionais da rea, a fim de aprofundar o tema e saber a opinio dos mesmos. Destaforma, observa-se que, com frequncia, transformaes impostas pelo site em anliseimpactam as organizaes. As questes mais evidentes referem-se aos termos de uso;
possibilidades para publicao de contedo e de novas interaes; design dos contedos napgina, entre outras que so evidenciadas ao longo do estudo.
PALAVRAS-CHAVE: cibercultura, comunicao digital corporativa, contedos digitais,sites de redes sociais, Facebook.
No relato a seguir, o objeto de estudo o site de redes sociais Facebook. A escolha
foi motivada pelas mudanas propostas pelo site nos meses que antecederam a pesquisa,
assunto que foi identificado pelo grupo de autores deste artigo nas atividades de iniciao
cientfica, realizadas no Espao Experincia, laboratrio experimental da Faculdade de
Comunicao Social da PUCRS. O objetivo das atividades de pesquisa a melhor
compreenso do atual contexto social para o desenvolvimento de aes e estratgias de
comunicao, que visam ao posicionamento das organizaes na Web.
Assim, o estudo foi realizado entre os meses de maro e junho de 2012, com o
objetivo de investigar como as transformaes impostas pelo Facebook influenciam no
posicionamento das organizaes na Web, alm de evidenciar mudanas do site que
impactaram nesse contexto. Para tanto, foram utilizadas pesquisas bibliogrfica e
documental, alm de entrevistas com profissionais, a partir de questionrios estruturados
1 Trabalho apresentado na Diviso Temtica Comunicao Multimdia, da Intercom Jnior VII Jornada de IniciaoCientfica em Comunicao, evento componente do XXXV Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao.2 Estudante de Graduao 2. semestre do Curso de Comunicao Social Jornalismo da PUCRS,email: nogsfelipe@gmail.com.3 Estudante de Graduao 5. semestre do Curso de Comunicao Social Jornalismo PUCRS,
email: menezesb.luiza@gmail.com.4 Orientador do trabalho. Professora do Curso de Comunicao Social Publicidade e Propaganda e Relaes Pblicas daPUCRS, email: silvana@sil.pro.br.
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com perguntas abertas, que foram analisadas de forma qualitativa, conforme o contexto
scio-histrico identificado no levantamento terico.
A tcnica faz parte do ser humano, atravs dela que ele evolui. Segundo Lemos
(2002), todo o sistema tcnico s faz sentido em meio a um determinado corpo social. O
homem, para chegar aonde chegou, fez o uso de invenes e de inovaes para a sua
sobrevivncia e o seu progresso. Na sua origem pr-histrica, a tcnica advm da potncia
de Deus e da imitao da natureza sendo uma atividade prtica de procedncia divina.
Mas, quando se torna uma imitao da natureza, o homem passa a ser um inventor. A partir
desse momento, a religio e a tcnica se separam, mesmo mantendo um forte elo de
recorrncia.
Assim a tcnica ser um instrumento profano (transgresso da ordem da natureza)e potncia mgica e simblica (transformao do mundo) (LEMOS, 2002, p.43). Os
fundamentos das primeiras tcnicas so o oposto do que entendemos como razo
instrumental moderna, mas a transgresso sempre ser um medo e um fascnio, o que
vivemos na cibercultura, uma mistura de temor e deslumbramento pelos objetos tcnicos
(LEMOS, 2002, p.43).
Lemos (2002) destaca que, na segunda metade do sculo XIX, a sociedade estava
baseada no sistema tcnico eletricidade, petrleo e motor. Junto a isso, floresceu, tambm, adiversificao dos novos meios de comunicao. A primeira Guerra Mundial e a crise
econmica de 1929 compes um dos principais pontos de partida para um novo progresso
da tcnica. Nesse perodo, vivemos em uma idade tcnica onde o par cincia-tcnica
determinante para a disseminao da ideia de progresso (LEMOS, 2002, p.51). Para o
autor, a tcnica e a cincia daqui por diante se constroem sob ideologias na modernidade.
Mente e corpo so separados e a razo se torna independente tcnica. Essa vista com um
olhar de coragem e fascinao, de domnio e de explorao.Com o passar do tempo, a tcnica se desenvolveu e finalmente chegamos ao
surgimento da tecnologia digital, onde o tempo linear e o espao geogrfico do incio
globalizao. Essas novas tecnologias da informtica potencializaram as interaes, os
computadores foram diminuindo de tamanho e a tecnologia digital, bem como a internet,
alavancaram a interao via rede. Aps os anos 80, a internet conectou computadores que
estavam do outro lado do mundo criando a possibilidade das pessoas se conhecerem e se
comunicarem. Foi criado, ento, um ambiente onde nada descartado, nem o certo, nem o
errado. Para Lemos (2002),
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A internet um espao de comunicao propriamente surrealista, do qualnada excludo, nem o bem, nem o mal, nem suas mltiplas definies,nem a discusso que tende a separ-los sem jamais conseguir. A internetencarna a presena da humanidade a ela prpria, j que todas as culturas,todas as disciplinas, todas as paixes a se entrelaam. J que tudo possvel, ela manifesta a conexo do homem com a sua prpria essncia,que a aspirao liberdade (LEMOS, 2002 p.14).
Com essa troca de informaes e entrelaamento, a linguagem e a cultura do homem
se tornaram mais potentes, evoludas, criativas e rpidas. Lemos (2002) conclui que, a partir
desse momento, criou-se uma nova cultura, denominada cibercultura.
Acompanhando o progresso das mdias, os espaos culturais multiplicaram-se e enriqueceram-se: novas formas artsticas, divinas, tcnicas, revoluesindustriais, revolues polticas. O ciberespao representa o mais recentedesenvolvimento da evoluo da linguagem. Os signos da cultura, texto,msicas, imagens, mundos virtuais, simulaes, softwares, moedas,atingem o ltimo estgio da digitalizao (LEMOS, 2002, p.13-14).
Maeda (2012) corrobora com Lemos (2002), ao prever que a cibercultura poder ser
conhecida, no futuro, como o elemento responsvel pelo fim da dicotomia, que a
percepo de que toda histria tem dois lados e que existem maneiras de entender as
questes relevantes para a sociedade - a certa e a errada. Para ele,
Essa dicotomia, reforada pela forma como se constituram as sociedadesdesde as grandes guerras mundiais e pela tendncia simplificadora (ou
simplria) da educao formal e ideolgica ainda predominante, no suficiente para entender e analisar as dinmicas sociais que se do noambiente virtual das redes sociais, caracterizado especialmente pelamultiplicidade de pontos de vista, que enriquece debates e permite apontarcaminhos diferentes do usuais (MAEDA, 2012, p.23-24).
Portanto, para Lemos (2002), no podemos falar de lgica de substituio nem de
simples transposio, mas um fenmeno global de mudanas socioculturais complexas: As
novas tecnologias tornam-se onipresentes ao ponto de no podermos discernir claramente
onde comeam onde terminam (LEMOS, 2002, p.279).
Esse entrelaamento entre as pessoas no espao virtual faz com que os grupos de
pessoas se organizem em redes, geradas a partir da tomada de conscincia de uma
comunidade com interesses e valores comitativos entre si. Segundo Colonomos (1995, apud
MARTELETO, 2001) so diversas as motivaes para o desenvolvimento das redes, que se
relacionam com os nveis de organizao social global, nacional, regional, estadual, local,
comunitrio. Essas redes no tem um centro hierrquico ou uma organizao vertical. So
definidas pela multiplicidade quantitativa e qualitativa dos elos entre os seus mais diversos
membros orientados por uma lgica associativa.
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Neste estudo, compreende-se que, em geral, a comunidade criada pelo
agrupamento de indivduos que se assemelham em uma mesma identidade cultural, na qual
os seres se encontram dentro do parmetro chamado de cotidiano. Essa relao necessria
para o ser humano, pois ele pode dividir seus desejos e satisfazer suas necessidades,
partilhando tambm sentimentos comuns nas redes. Logo, essa comunidade passa a
compartilhar gostos, vontades, desejos e, por fim, seus integrantes interagem entre si,
construindo um agrupamento de pessoas que detm pontos coincidentes.
Recuero (2009) observa que as relaes sociais advindas geram laos sociais. No
caso de pessoas com pessoas chamado de relacional. J a conexo entre um indivduo e
uma instituio ou grupo, de uma outra ordem, o usurio passa a ter um sentimento de
pertencimento, chamado de lao associativo.Costa (2005) salienta que todo tipo de grupo, comunidade, sociedade fruto de uma
rdua e constante negociao entre preferncias individuais. Exatamente por essa razo, o
fato de estarmos cada vez mais interconectados uns aos outros implica que tenhamos de nos
confrontar, de algum modo, com nossas prprias preferncias e sua relao com aquelas de
outras pessoas.
No podemos esquecer que tal negociao no nem evidente nemtampouco fcil. Alm disso, o que chamamos de preferncias individuais
so, na verdade, fruto de uma autntica construo coletiva, num jogoconstante de sugestes e indues que constitui a prpria dinmica dasociedade (COSTA, 2005, p.248).
nesse cenrio de constantes transformaes sociais que encontram-se as
organizaes contemporneas. Neste estudo, as organizaes so compreendidas como
estruturas complexas, que podem ser definidas conforme a proposta de Nassar (2008): um
sistema social e histrico, formal, que obrigatoriamente se comunica e relaciona, de forma
endgena, com seus integrantes e, de forma exgena, com outros sistemas sociais e com a
sociedade (NASSAR, 2008, p. 62).
O autor (2008) aponta algumas caractersticas que so comuns a todas as
organizaes: a) so sistemas sociais construdos por relacionamentos entre pessoas; b) so
complexas e aplicam a diviso do trabalho; c) tm histria e memria (ao longo de sua
histria, que vai alm da histria de seus fundadores, constitui uma cultura; cria, consolida e
inova tecnologias; forma pessoas); d) devem enfrentar o desafio das mudanas (para se
adequar s inmeras mudanas acontecidas nos mbitos mercadolgico, econmico, social,
histrico, ambiental, cultural, comportamental, entre outros); e) tm identidade (que
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expressa a sua cultura); f) querem resultados (que devem ser obtidos a partir de mtodos
que no produzam, nem minimizem, impactos sociais, econmicos e ambientais).
Dessa forma, destaca-se que, em relao aos pblicos, uma organizao composta
por diversos atores que podem ser geridos em sua particularidade. No so apenas os
funcionrios, mas todos os agentes que interagem com a organizao podem ser mapeados
e includos no planejamento da comunicao. Grunig (2009) relata que as organizaes
mantm relacionamentos com a sua famlia de colaboradores, com as comunidades, com
os governos, consumidores, investidores, financistas, patrocinadores, grupos de presso e
com muitos outros pblicos (GRUNIG, 2009, p.27).
Segundo Grunig (2009), os pblicos tm interesses nas organizaes e podem tanto
influenciar suas misses e seus objetivos, como se constituir visando a control-las, quandono esto satisfeitos com elas. Frana (2009) enfatiza que os relacionamentos corporativos
no acontecem de forma isolada a organizao precisa interagir com todas as partes
interessadas de maneira simultnea e contnua" (FRANA, 2009, p. 222).
Atravs da internet, as organizaes tiveram um estreitamento das relaes com
seus diversos pblicos, pois, atravs dos sites e outros canais, elas se tornam 'visveis',
disponibilizam seu prprio contedo e tambm a planejam a forma como ele apresentado.
Tudo contribui para que a organizao se torne mais relevante para o usurio, "a localizaodos links, a posio da logomarca, a utilizao de slogan, a seleo das cores e as formas de
interatividade disponibilizadas assumem relevncia nesse meio de comunicao
(SCROFERNEKER, 2005, p.3).
Hoje, as possibilidades para uma organizao se fazer presente neste meio so
incontveis e os resultados dependem, em grande parte, da forma como esta organizao se
apropria dos espaos disponveis e da resposta dos usurios aos estmulos recebidos. Para
uma melhor compreenso, acreditamos ser possvel transpor os modelos de territriosgeogrficos propostos por Fischer (1994) para a realidade do espao virtual.
De acordo com Fischer (1994), a psicologia ambiental utiliza o conceito de territrio
para designar um lugar ou uma rea geogrfica ocupada por uma pessoa ou um grupo: o
territrio , nessas condies, a propriedade de uma pessoa ou de um grupo que se torna de
certa maneira proprietria dele (FISCHER, 1994, p.84). O autor concebe que a noo de
territrio representa uma dimenso interativa do comportamento humano em dado contexto,
pois considera que os territrios podem ser evidenciados atravs de trs diferentes tipos:
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territrio primrio: local ocupado, utilizado de maneira estvel e claramente
reconhecido como seu, que pode ser personalizado e defendido contra qualquer
intruso;
territrio secundrio: local semipblico ou semiprivado, regido por regras mais ou
menos claramente definidas quanto ao seu acesso e uso;
territrio pblico: local ocupado temporariamente, onde, a princpio, qualquer
pessoa pode entrar e onde os comportamentos so regidos pelas instituies, pelas
normas, pelos costumes e pela arrumao do espao.
Com isso, considera-se que a Web patrocina diferentes tipos de territrios, sobre os
quais as organizaes podem exercer influncia e controle, atravs da apropriao que, emltima instncia, as definem no mundo virtual. Se a casa um exemplo de territrio
primrio, o bar de territrio secundrio e a cabine telefnica de territrio pblico, a Intranet
de uma empresa, um determinado site de redes sociais e o site Reclame Aqui seriam,
metaforicamente, os respectivos exemplos de territrios, transpostos para o espao virtual.
Altman (1980), a partir de uma classificao semelhante, destaca que os territrios
secundrios (classificao na qual inclumos o Facebook) apresentam caractersticas que lhe
conferem um papel no muito claro, em relao ao uso dos espaos, e a consequente
predisposio a conflitos sociais na utilizao dos mesmos.
Nos espaos informais, as redes so iniciadas a partir da tomada de conscincia de
uma comunidade de interesses e/ou de valores entre seus participantes. Independentemente
das questes que se busca resolver, muitas vezes a participao em redes sociais envolve
direitos, responsabilidades e vrios nveis de tomada de decises. Colonomos (1995, apud
MARTELETO, 2001) expe que, diferentemente das instituies, as redes no supem
necessariamente um centro hierrquico e uma organizao vertical, sendo definidas pela
multiplicidade quantitativa e qualitativa dos elos entre os seus diferentes membros,
orientada por uma lgica associativa. Sua estrutura extensa e horizontal no exclui a
existncia de relaes de poder e dependncia nas associaes internas e nas relaes com
unidades externas.
Maeda (2012) acredita que a construo de uma nova cultura e as novas formas de
agir e pensar, que j esto postas, so evidentes em nossa sociedade.
Vdeos publicitrios vendem marcas e produtos a grupos que, alm de
consumir, defendem as companhias fabricantes, que por sua vez gastammontantes crescentes em verbas para uma nova rea corporativa
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comumente chamada de e-marketing, responsvel pelas estratgias decomunicao e interao com o pblico online (MAEDA, 2012, p.23).
Maeda (2012) enfatiza que, atualmente, os usurios tm o costume de publicar tudo
e qualquer coisa na internet. Isso se d atravs dos sites de redes sociais, que tmpossibilitado aos usurios dividirem experincias de vida: desde um resfriado at o
nascimento do primeiro filho. Os usurios esto dividindo qualquer acontecimento:
reflexes, alegrias e angstias, criando um novo hbito que tem se disseminado nas redes.
Como se verificou, entre os tipos de territrios transpostos metaforicamente para Web, h
diversas possibilidades para que as organizaes possam traar suas estratgias de
posicionamento. tambm atravs dos sites de redes sociais que ocorrem as interaes e o
relacionamento entre organizaes e usurios.Os sites de redes sociais so locais onde se pode afirmar e/ou concretizar os laos
entre os usurios. So os espaos utilizados para a expresso das redes sociais na internet
(RECUERO, 2009, p.102), uma aplicao direta da comunicao mediada pelo
computador. O seu grande diferencial que permite uma visualizao, articulao e
manuteno dos laos sociais que j foram feitos no espao off-line. possvel que um
mesmo usurio utilize diversos sites de redes sociais com objetivos diferentes. O Twitter e o
Facebook so sites de redes sociais, mas as suas finalidades so diferentes com relao aos
seus usurios. Contudo as pessoas, os grupos ou as empresas, que esto interagindo nesses
canais, possuem o mesmo objetivo, reafirmar seus laos.
O Facebook foi o site escolhido para o desenvolvimento desse estudo no apenas em
funo das demandas do grupo de pesquisadores, mas tambm por ser um site de redes
sociais notoriamente difundido em todo mundo. Trata-se de uma plataforma que aproveita o
contexto de redes sociais para priorizar os relacionamentos dos usurios e que evolui
cotidianamente, propondo a eles novidades e transformaes constantes.
Atualmente, a plataforma possui trs tipos de espaos: perfil, pginas e grupos, que
formam, de alguma maneira, as redes sociais dentro do site. Toda e qualquer pessoa que
deseja estar no Facebook precisa ter um perfil. Cada pessoa tem grande controle das
informaes que se encontram nesse espao.
Pginas permitem que organizaes, empresas, celebridades e marcas reaisse comuniquem amplamente com pessoas que as curtem. As pginas podemser criadas e gerenciadas somente pelos representantes oficiais. Gruposoferecem um espao fechado para pequenos grupos de pessoas se
comunicarem sobre interesses em comum. Os grupos podem ser criados porqualquer pessoa ([FACEBOOK, 2012d]).
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As pginas so gerenciadas pelos administradores que tm perfis pessoais no
Facebook e podem ser curtidas por usurios, que passam a ter seus perfis relacionados s
pginas em questo. Elas no tm as informaes de login separadas do perfil dos usurios.
Elas so apenas diferentes entidades no site, semelhantes aos grupos. Depois de criar uma
pgina dentro do perfil, o usurio pode adicionar outros administradores para ajudar no
gerenciamento dessa pgina. As pessoas que escolherem curtir a pgina no podem ver
quem o administrador, nem possuem qualquer acesso conta pessoal do responsveis
pelo canal ([FACEBOOK, 2012d]).
Ainda de acordo com o Facebook (2012a), a plataforma disponibiliza medies
sobre o desempenho das pginas. Ao monitorar quando as pessoas curtem uma pgina,
interagem com as publicaes ou criam suas prprias publicaes, possvel compreender aquais publicaes as pessoas respondem melhor. Somente os administradores de pgina,
desenvolvedores e administradores de domnio podem ver os dados das informaes dessas
entidades.
Os administradores tm total controle sobre as pginas vinculadas aos seus perfis. O
site (2012b) aconselha que elas sejam gerenciadas da forma mais natural possvel, embora
indique a remoo de comentrios difamatrios ou spams. Tambm possvel adicionar
palavras-chave lista de bloqueio de moderao, para evitar que elas apaream na pgina.Dessa forma, quando as pessoas incluem as palavras-chave que esto na lista negra, em
uma publicao ou em um comentrio na pgina, o contedo ser marcado
automaticamente como spam (FACEBOOK, 2012c). Contudo, aconselha-se que as
interaes devem ser consideradas conversas e os comentrios negativos gerenciados de
forma honesta e aberta.
A partir de novembro de 2011, foram percebidas mudanas que culminaram no atual
formato. Inicialmente, destaca-se a maneira como as informaes foram distribudas dentrodo prprio perfil dos usurios. J no se trata mais de uma grande pgina com informaes
organizadas. Agora, o Facebook trabalha com uma Linha do Tempo, onde so exibidos os
resumos das informaes bsicas, organizadas por datas e destacadas conforme a vontade
do usurio. Essa funcionalidade tambm contempla as pginas de organizaes e marcas do
Facebook, que agora podem adicionar "marcos histricos", destacando algumas de suas
publicaes na linha do tempo.
As informaes so dispostas em uma linha vertical, com fotos que realam os
eventos mais importantes em duas colunas e posts menores para relembrar atividades, como
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pginas curtidas ou locais visitados. A partir dessa interface possvel ver quando um
amigo postou um vdeo ou quais foram as mensagens de aniversrio recebidas h dois anos.
Tambm no perfil, h um mapa para organizar fotos e visitas, de acordo com a localizao
geogrfica, num mapa-mundi.
De acordo com a Info (2011), a possibilidade de resgatar a histria do usurio
interessante para que as companhias possam estudar quem so seus consumidores e assim
oferecer produtos mais especficos, dando margem para uma relao mais profunda
(INFO, 2011, p.74). Contudo, diferentemente do antigo layout, h menos acesso s
informaes pessoais dos usurios que curtem determinada pgina. Segundo o Facebook
(2012e), "as pginas no podem ver os perfis (linhas do tempo) das pessoas que se
conectam a elas, apenas a foto e o nome do seu perfil. Tambm no h acesso ao Feeddenotcias com as atualizaes dos usurios" (FACEBOOK, 2012e).
Com objetivo de aprofundar a pesquisa e conhecer a opinio de especialistas, foi
aplicado um questionrio com profissionais que trabalham ativamente no desenvolvimento
de estratgias de organizaes que participam das redes sociais. As perguntas foram
realizadas com base nos objetivos do presente estudo. Ao total foram elaboradas sete
questes, enviadas por e-mail aos entrevistados, durante o ms de junho de 2012. A partir
das questes, pretendeu-se descobrir a opinio desses especialistas, com relao salteraes do Facebook, que causam impactos na atuao das organizaes junto s redes
sociais. As perguntas foram abertas. Por se tratarem de opinies sobre um mesmo tema,
cada entrevistado ficou livre para dar o seu parecer, sem respostas pr-estabelecidas ou
qualquer outra limitao.
O entrevistado A, trabalha com planejamento e novos negcios, acredita que o
Facebook uma ferramenta de total interao entre as organizaes e seus pblicos.
Menciona que a implementao da Timeline (linha do tempo) foi a transformao que maisimpactou porque mudou a forma de atualizao de contedo. Alm disso, o novo design
possibilitou explorar outras formas de exibio dos dados. A Cover Photo (foto de capa),
grande foto principal em destaque no cabealho das pginas, uma ferramenta interessante
que permite s organizaes melhorar sua visibilidade, destacando aes especficas.
Quanto ao acompanhamento das modificaes dos Termos de Uso do site, ele afirma que h
pouca preocupao. De acordo com o entrevistado, difcil algum consultar
cotidianamente os Termos de Uso. Considerando a agilidade das organizaes em agregar
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as novidades, ele afirma que as empresas que trabalham com internet esto acostumadas a
aderir rapidamente.
O entrevistado B responsvel pelas estratgias de comunicao de uma agncia.
Para ele, as alteraes do Facebook geraram grande impacto nas organizaes. Elas afetam
diretamente os executivos e os marqueteiros, pois o to desprezado contato direto com o
pblico se mostra relevante. H uma interao mais visvel entre a organizao e o pblico.
Como consequncia disso, as organizaes e as agncias comearam a entender como o
processo funcionava e comearam a investir mais nessa rea. Na viso do profissional, a
implementao da Timeline transformou o visual dos canais das organizaes tornando-as
mais atraentes e proporcionando algo chamado de design de contedo, no qual preciso
estudar como feita a distribuio do contedo para que o aspecto visual ajude no alcance,no compartilhamento e na absoro das mensagens. As alteraes fizeram com que as
organizaes se adaptassem para conseguir continuar com uma performance atraente. Ele
afirma, tambm, que a no existncia de uma limitao imposta pelo Facebook, com
relao ao nmero de posts, faz com que as organizaes pensem em uma linguagem
inovadora e em formatos diferentes para continuar crescendo. Os Termos de Uso para o
entrevistado B possuem pouco impacto no dia a dia, mas ele acredita que importante ficar
atualizado. Com relao rapidez das organizaes em absorverem as mudanas, ele afirmaque a adaptao feita aos poucos e que a velocidade depende, principalmente, da
importncia que a empresa d ao digital.
O entrevistado C diretor de planejamento e considera que o Facebook umaferramenta que pode legitimar organizaes se utilizada com planejamento e criatividade.
Para ele, a partir das transformaes, as organizaes utilizam a rede social para inovar e se
comunicar de maneira interativa com os seus pblicos. O novo design do Facebook leva a
uma criao de nmeros ilimitados de peas e campanhas criativas. Com isso, asmensagens precisam ser trabalhadas para chegar at ao pblico desejado. Em seu ambiente
de trabalho h um constante mapeamento das mudanas e das novas regras do Facebook.
Para ele, a agilidade das organizaes para aderir s alteraes depende de cada caso e do
quanto a organizao disponibiliza para o investimento em comunicao e marketing.
Portanto, os entrevistados foram unnimes ao considerar o Facebook como interface
das organizaes, acreditam que a plataforma serve como espao de interao das empresas
com seus pblicos desde que a utilizem com um bom planejamento e criatividade. De igual
maneira, as transformaes geradas pelo Facebook impactaram a produo de contedo
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segundo os entrevistados, no precisando necessariamente alter-lo, mas sim, produzi-lo de
modo criativo e instigante, interagindo e inovando com o pblico.
As mudanas so facilmente percebidas na plataforma, a maior delas ocorreu com a
criao da linha do tempo que, segundo os entrevistados, proporcionou maior interao
atravs dos destaques nos contedos, diferenciando-se do Twitter. O planejamento
estratgico se faz necessrio a partir do momento que percebida a importncia da
organizao desses contedos sendo necessrio, a partir dessas mudanas, se aprofundar nas
estratgias para que o aspecto visual tambm seja aproveitado e valorizado, aumentando o
alcance, os compartilhamentos dos contedos e a absoro do mesmo.
Por fim o acompanhamento das mudanas nos termos de uso recomendvel,
embora alguns entrevistados no sigam essa prtica. O mau uso da plataforma podeacarretar em cancelamento dos servios, perdas de dados e aes judiciais.
As mudanas do Facebook, que impactaram diretamente no posicionamento das
organizaes, so amplas e evidentes. Dizem respeito aos termos de uso, possibilidades
para contedos, interface e novas interaes alm de outras que foram evidenciadas ao
longo do estudo.
Com isso, foi possvel observar que as constantes transformaes so caractersticas
relacionadas ao prprio contexto da cibercultura e, portanto, devem ser acompanhadasconstantemente pelas organizaes. Por sua vez, estas devem considerar as dinmicas de
cada ferramenta j na fase de planejamento das aes, com objetivo de agilizar a adaptao
das instituies s possveis mudanas.
REFERNCIAS
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