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Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância
Polo Brigadeiro
ADMINISTRAÇÃO
ATPS
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
ELIDA PATRICIA DE LIMA LEITE RA3333544877
GILBERTO ALVES DOS SANTOS RA3305507756
MARCELO LIMA DE ALMEIDA RA2322401057
ODAIR BOARO RA3305505583
PROFESSOR EAD SIMONE MARIA MENEZES DIAS
SÃO PAULO
SETEMBRO/2012
ETAPA 1
Passo 2 (Equipe) - Elaboração do balancete de verificação da Cia. Beta
COMPANHIA BETABalancete de Verificação apurado em 31 de dezembro de 2010
(Valores expressos em reais) CONTAS VALOR NATUREZA DÉBITO CRÉDITO1.1 Disponível 30.000 Devedora 30.000 1.2.1 Duplicatas a Receber (Curto Prazo) 180.000 Devedora 180.000 1.2.2 Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) 57.000 Credora 57.0001.2.3 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 33.000 Credora 33.0001.4.1 Equipamentos 270.000 Devedora 270.000 1.4.2 Móveis e Utensílios 285.000 Devedora 285.000 1.4.3 Veículos 45.000 Devedora 45.000 2.1.1 Fornecedores (Curto Prazo) 90.000 Credora 90.0002.1.2 Duplicatas a Pagar (Curto Prazo) 54.000 Credora 54.0002.1.3 Dividendos a Pagar (Curto Prazo) 6.000 Credora 6.0002.2.1 Empréstimos (Longo Prazo) 45.000 Credora 45.0002.3.1 Capital Social 294.000 Credora 294.0002.3.2 Reserva de Lucros 60.000 Credora 60.0003.1.1 Receita de Serviços 477.000 Credora 477.0003.1.2 Despesas com Vendas 27.000 Devedora 27.000 3.1.3 Despesas de Depreciação 37.500 Devedora 37.500 3.1.4 Despesas com Salários 189.000 Devedora 189.000 3.1.5 Despesas com Impostos 52.500 Devedora 52.500 Totais 2.232.000 1.116.000 1.116.000
Passo 3 (Equipe) Apresentar o lucro antes do IR e da CSL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31/12/2010(Valores expressos em reais)
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 477.000Vendas de Produtos 0Vendas de Mercadorias 0Prestação de Serviços 477.000
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -52.500Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas -52.500
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 424.500
(-) CUSTOS DAS VENDAS 0Custo dos Produtos Vendidos 0Custo das Mercadorias 0Custo dos Serviços Prestados 0
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 424.500
(-) DESPESAS OPERACIONAIS -253.500Despesas Com Vendas -27.000Despesas Administrativas -189.000Despesas com Depreciação -37.500
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 0Despesas Financeiras 0(-) Receitas Financeiras 0Variações Monetárias e Cambiais Passivas 0(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 0
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSL 171.000
Passo 4 (Equipe) - Calcular o total do Ativo Circulante em 31/12/2010
APURAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE EM 31/12/2010(Valores expressos em reais)
CONTAS VALOR1.1 Disponível 30.0001.2.1 Duplicatas a Receber (Curto Prazo) 180.0001.2.2 Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) -57.0001.2.3 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa -33.000
Total do Ativo Circulante 120.000
ETAPA 2
Passo 2 (Equipe) - Resumo com conceitos de Regime de Competência e Regime de Caixa.
A diferença entre o Regime o Caixa e o Regime de Competência é que o primeiro considera
as operações da entidade realizadas quando ocorre a efetiva movimentação financeira
(entrada/saída de dinheiro) e o segundo considera efetivadas as operações no exato momento
em que ocorre o fato, independentemente do recebimento ou pagamento de valores.
O correto é avaliar o desempenho através de dois critérios simultâneos: pelo Regime de Caixa
e de Regime de Competência.
Regime de Caixa – Neste critério de avaliação, analisa-se o fluxo de caixa no período, ou seja,
analisa-se as entradas e saídas de dinheiro com seus respectivos saldos diários, sendo que:
Sobra de dinheiro em caixa não é sinônimo da obtenção de lucro.
Exemplo de casos que retratam esta situação:
venda a vista de itens comprados a prazo
venda de itens disponíveis em estoque e que já tenham sido pagos em períodos
anteriores
recebimentos em datas inferiores aos pagamentos (quando o prazo para pagamento da
compra é superior ao do recebimento das vendas)
entrada de dinheiro originada em outras fontes que não seja a venda (venda de um bem
imobilizado, empréstimos, …)
Falta de dinheiro em caixa não é sinônimo de prejuízo.
Exemplo de casos que retratam esta situação:
pagamento da compra de um lote de mercadorias e/ou matéria-prima que ainda não
fora vendida
pagamento de contas que não façam parte da movimentação operacional
(empréstimos, financiamentos, …)
compra de bens imobilizados (veículos, móveis, máquinas, …)
retirada realizada por sócios
atraso no recebimento de contas
inadimplências
Regime de Competência - Neste critério de avaliação, analisa-se o real desempenho da
empresa, considerando as operações de venda com os respectivos custos para sua realização:
Neste caso, avaliam-se os custos efetivos (fixos e variáveis) envolvidos na realização
do negócio, independentemente que tenham ocorrido recebimentos ou pagamentos
E também, nesta conta, são levados em consideração somente os valores efetivamente
contratados quando da compra e da venda das unidades negociadas (de mercadorias
ou de serviços)
Deve-se observar sempre:
Não avaliar a empresa pela simples percepção da falta ou sobra de dinheiro no caixa!
É necessário montar um demonstrativo de resultados no período para verificar
tecnicamente se ocorreu lucro ou prejuízo!
Também é necessário montar um demonstrativo do fluxo de caixa deste mesmo
período para verificar a sobra ou falta de dinheiro!
Os dois demonstrativos devem ser elaborados periodicamente, sendo que, cada qual
apresentará um resultado específico
Aquele que demonstra o resultado através do lucro ou prejuízo, demonstra o seu
desempenho pelo Regime de Competência, e, aquele que demonstra o resultado
através do saldo em caixa, demonstra o seu desempenho pelo Regime de Caixa.
Estes dois demonstrativos são independentes e devem ser elaborados periodica e
simultaneamente
Os resultados não deverão ser coincidentes, salvo por uma extrema coincidência ou
quando se tratar de baixíssimo volume negociado no período
Ambos (demonstrativos) deverão ser seus referenciais para tomadas de decisões
sobre: estabelecer política de prazos para recebimentos e para pagamentos, evidenciar
maiores esforços de vendas, estabelecer políticas de compras, …
Passo 3 (Equipe) - Ajudar o contador da empresa Beta a contabilizar a operação adiante
apresentada, de acordo com o Regime de Competência, e resolver as questões a seguir.
“A Companhia Beta contratou, em 01/08/2010, um seguro contra incêndio para sua fábrica,
com prazo de cobertura de três anos e vigência imediata. O prêmio foi de R$ 27.000,00,
pago em três parcelas iguais mensais, sem juros, sendo a última paga em
01/11/ 2010.”
Com base nas informações apresentadas:
1) Responder: de acordo com o Regime de Competência, a Companhia Beta deverá ter
lançado em sua escrituração contábil, como despesa de seguro, no exercício findo em
31/12/2010, o total de R$ 3.750,00. Justificar a resposta.
O total de R$ 3.750,00 lançado como despesas com seguros em 2010, seguindo-se o Regime
de Competência, foi apurado conforme segue:
R$ 27.000,00 (prêmio de seguro) : 36 (meses de vigência) x 5 (meses de agosto a dezembro
de 2010) = R$ 3.750,00
2) Elaborar os lançamentos das seguintes operações:
a) Pelo registro do seguro (em 01/08/2010).
D – Seguros a Apropriar (AC)
C – Seguros a Pagar (PC)
Vr. ref. contratação de seguro contra incêndio, conf. Apólice.......................R$ 27.000,00
b) Pagamento da primeira parcela (01/09/2010).
D – Seguros a Pagar (PC)
C – Bancos Conta Movimento (AC)
Vr. ref. pagto. da parcela 1/3 do prêmio de seguro contra incêndio................R$ 9.000,00
c) Apropriação como despesa da primeira parcela (31/08/2010).
D – Despesas com Seguros (CR)
C – Seguros a Apropriar (AC)
Vr. ref. parcela 1/36 do seguro contra incêndio...............................................R$ 750,00
ETAPA 3
Passo 1 (Individual)
Ler o capítulo 11 do livro texto da disciplina, indicado no final deste documento.
Após a leitura, responda a seguinte questão:
• Existem contas retificadoras no Passivo? Quais?
As contas retificadoras ou redutoras do Passivo são:
Deságio a Amortizar
Juros a Vencer
As contas retificadoras ou redutoras do Patrimônio Líquido são:
Capital a Realizar;
Prejuízos Acumulados;
Ações em Tesouraria;
Dividendos Antecipados.
Passo 2 (Equipe)
Fazer o cálculo e contabilização da exaustão, amortização e depreciação acumuladas no final
de 2010 (com base no que foi lido no Passo 1), seguindo este roteiro:
“A Mineração do Brasil iniciou suas atividades de exploração em janeiro de 2010. No fim
do ano, seu contador apresentou, conforme abaixo, os seguintes custos de mineração
(não incluem custos de depreciação, amortização ou exaustão):
Material .............................................. R$ 122.500,00
Mão de obra ...................................... R$ 1.190.000,00
Diversos ............................................. R$ 269.640,00
Os dados referentes ao Ativo usados na mineração de ouro são os seguintes:
• Custo de aquisição da mina (o valor residual da mina é estimado em R$ 210.000,00 e a
capacidade estimada da jazida é de 5 mil toneladas) ......................... R$ 1.050.000,00.
• Equipamento (o valor residual é estimado em R$ 21.000,00; vida útil estimada: 6
anos) ....................................................................................................... R$ 168.000,00.
• Benfeitorias (sem valor residual; vida útil estimada: 15 anos) .................. R$ 92.400,00.
• Durante o ano de 2010, foram extraídas 400 toneladas (8%), das quais 300 toneladas foram
vendidas.”
Cálculo e contabilização da Exaustão
Custo de aquisição da mina 1.050.000(+) Material 122.500(+) Mão-de-obra 1.190.000(+) Diversos 269.640(=) Total investimento 2.632.140(-) Valor residual previsto -210.000(=) Valor contábil 2.422.140Capacidade estimada da jazida (em t) 5.000Valor contábil da tonelada 484,43 Quantidade de minério extraída em 2010 (em t) 400Valor da exaustão a contabilizar 193.771
Lançamento contábil:
D - Despesas de ExaustãoC - Exaustão AcumuladaValor ref. extração de minérios em 2010 193.771
Cálculo e contabilização da Depreciação
Custo de Aquisição dos Equipamentos 168.000(-) Valor residual previsto -21.000(=) Valor contábil 147.000Vida útil estimada (em exercícios) 6Valor da depreciação a contabilizar 24.500
Lançamento contábil:
D - Despesas de DepreciaçãoC - Depreciação AcumuladaValor ref. depreciação de equipamentos em 2010 24.500
Cálculo e contabilização da Amortização
Benfeitorias 92.400Vida útil estimada (em exercícios) 15Valor da amortização a contabilizar 6.160
Lançamento contábil:
D - Despesas de AmortizaçãoC - Amortização AcumuladaValor ref. amortização de benfeitorias em 2010 6.160
Demonstrativo das Contas do Imobilizado
Jazidas Minerais 2.632.140(-) Exaustão Acumulada -193.771 2.438.369
Equipamentos 168.000(-) Depreciação Acumulada -21.000 147.000
Benfeitorias 92.400(-) Amortização Acumulada -6.160 86.240
Passo 4 (Equipe)
1 Utilizar os dados do Quadro 1 a seguir e desenvolver a contabilização no Livro-Razão:
Classe de Devedor A receber PCLD Líquido % de PCLD Classe A 110.000 550 109.450 0,50 Classe B 93.000 930 92.070 1,00 Classe C 145.000 4.350 140.650 3,00 Classe D 80.000 8.000 72.000 10,00 428.000 13.830 414.170
Quadro 1 - Carteira de Clientes
Fonte: A Autora
a) Os Clientes da Classe A pagaram R$ 109.450 dos R$ 110.000 que deviam.
b) Os Clientes da Classe B pagaram integralmente o valor devido, sem perda com a
PCLD.
c) Os Clientes da Classe C pagaram R$ 130.000; portanto, PCLD foi insuficiente.
d) O Cliente da Classe D entrou em processo de falência; portanto, não há expectativa
de recebimento do valor de R$ 80.000.
Lançamentos no Livro Diário
Lançamentos da Provisão p/ CLD:
Lançamento (1)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDProvisão para CLD - clientes classe A 550
Lançamento (2)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDProvisão para CLD - clientes classe B 930
Lançamento (3)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDProvisão para CLD - clientes classe C 4.350
Lançamento (4)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDProvisão para CLD - clientes classe D 8.000
Lançamentos dos recebimentos dos clientes
Lançamento (5)D - Bancos Conta MovimentoC - Duplicatas a ReceberVr. ref. recebimento dos títulos dos clientes classe A 109.450
Lançamento (6)D - Bancos Conta MovimentoC - Duplicatas a ReceberVr. ref. recebimento dos títulos dos clientes classe B 93.000
Lançamento (7)D - Bancos Conta MovimentoC - Duplicatas a ReceberVr. ref. recebimento dos títulos dos clientes classe C 130.000
Lançamento de reversão da provisão p/ CLD
Lançamento (8)D - Provisão para CLDC - Despesas com CLDReversão da Provisão p/ CLD - clientes classe B 930
Lançamentos complementares da provisão p/ CLD
Lançamento (9)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDComplemento da Provisão para CLD - clientes classe C 10.650
Lançamento (10)D - Despesas com CLDC - Provisão para CLDComplemento da Provisão para CLD - clientes classe D 72.000
Registros no Livro Razão:
Conta: Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)Data Lancto Histórico Débito Crédito Saldo
03/09/12 Saldo anterior 428.000 06/09/12 5 Vr. ref. recebto. clientes classe A (109.450) 318.550 10/09/12 6 Vr. ref. recebto. clientes classe B (93.000) 225.550 14/09/12 7 Vr. ref. recebto. clientes classe C (130.000) 95.550
Conta: Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)Data Lancto Histórico Débito Crédito Saldo
06/09/12 5 Vr. ref. recebto. clientes classe A 109.450 109.450 10/09/12 6 Vr. ref. recebto. clientes classe B 93.000 202.450 14/09/12 7 Vr. ref. recebto. clientes classe C 130.000 332.450
Conta: Despesas c/ CLD (Resultado do Exercício)Data Lancto Histórico Débito Crédito Saldo
03/09/12 1 Provisão para CLD - clientes classe A 550 550
03/09/12 2 Provisão para CLD - clientes classe B 930 1.480 03/09/12 3 Provisão para CLD - clientes classe C 4.350 5.830 03/09/12 4 Provisão para CLD - clientes classe D 8.000 13.830 14/09/12 8 Reversão da Prov. p/ CLD - Classe B (930) 12.900 14/09/12 9 Complem. Prov. p/ CLD - Classe C 10.650 23.550 14/09/12 10 Complem. Prov. p/ CLD - Classe D 72.000 95.550
Conta: Provisão p/CLD (Redutora do Ativo Circulante - Duplicatas a Receber)Data Lancto Histórico Débito Crédito Saldo
03/09/12 1 Provisão para CLD - clientes classe A (550) (550)03/09/12 2 Provisão para CLD - clientes classe B (930) (1.480)03/09/12 3 Provisão para CLD - clientes classe C (4.350) (5.830)03/09/12 4 Provisão para CLD - clientes classe D (8.000) (13.830)14/09/12 8 Reversão da Prov. p/ CLD - Classe B 930 (12.900)14/09/12 9 Complem. Prov. p/ CLD - Classe C (10.650) (23.550)14/09/12 10 Complem. Prov. p/ CLD - Classe D (72.000) (95.550)
ETAPA 4
Passo 1 – 2.1 – Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade
A Constituição Federal assegura aos trabalhadores urbanos e rurais, dentre outros, o adicional
de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei (art. 7º,
XXIII).
2. Adicional de insalubridade
A legislação trabalhista – CLT – ordena que serão "consideradas atividades ou operações
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos."
Incumbe à Norma Regulamentadora - NR-15 - regular as atividades e operações insalubres.
A atividade em condições insalubres proporciona ao obreiro o adicional de insalubridade, que
incide sobre o salário base do empregado ou previsão mais benéfica em Convenção Coletiva
de Trabalho.
O percentual equivale a:
a) 40% para insalubridade de grau máximo;
b) 20% para insalubridade de grau médio
c) e 10% para insalubridade de grau mínimo.
2. Adicional de periculosidade
São consideradas atividades perigosas aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco
acentuado. Há regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho a esse respeito.
Os trabalhadores que desenvolvem essas atividades ou operações fazem jus ao pagamento do
adicional de periculosidade, no valor de 30% (não há consenso quanto aos cálculos).
Exemplo claro de trabalho periculoso são os empregados que operam em bomba de gasolina,
conhecidos como frentistas. Há um nítido perigo, pela própria natureza do trabalho. Vejamos
outras peculiaridades.
Eletricitários
Segundo entendimento sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho os eletricitários tem
direito ao adicional de periculosidade de forma integral, tendo em vista o trabalho exercido
em condições perigosas (Lei nº 7.369/1985).
Radiação ionizante ou substância radioativa
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção
do adicional de periculosidade.
Cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos em empresa de telefonia
O Tribunal Superior do Trabalho também sumulou entendimento de que se deve estender o
direito ao adicional de periculosidade aos cabistas, instaladores e reparadores de linhas e
aparelhos em empresa de telefonia.
A esses trabalhadores a legislação trabalhista assegura o pagamento de adicional no valor de
30% (trinta por cento) sobre o salário.
3. Conclusão
A perícia é fundamental para a comprovação da periculosidade ou insalubridade. Se requerida
na Justiça do Trabalho, a insalubridade ou periculosidade será averiguada por perito
habilitado. Também é facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento. Além disso, há algumas divergências acerca da questão quanto aos cálculos
dos adicionais (reflexos, base de cálculo etc), bem como acerca de algumas atividades.
Fonte:
http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/adicional-de-insalubridade-ou-periculosidade-diferencas-3544771.html
Autor: Adriano Martins Pinheiro
Passo 2 (Equipe)
1. Horas Extras
1. Horas Extras
A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos
especiais, é de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, no máximo.
Todavia, poderá a jornada diária de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedentes a duas, no máximo, para efeito de serviço
extraordinário, mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença
normativa. Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá ser prorrogada além
do limite legalmente permitido.
Remuneração do Serviço Extraordinário
A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da Constituição Federal/1988,
que deverá constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou sentença normativa, será, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
Trabalho da Mulher
Tendo a Constituição Federal disposto que todos são iguais perante a lei e que não deve haver
distinção de qualquer natureza, e que homens e mulheres são iguais em direito e obrigações,
aplica-se à mulher maior de idade, no que diz respeito ao serviço extraordinário, o mesmo
tratamento dispensado ao homem.
Trabalho do Menor
A prestação de serviço extraordinário pelo empregado menor somente é permitida em caso
excepcional, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor seja imprescindível
ao funcionamento do estabelecimento.
Necessidade Imperiosa
Ocorrendo necessidade imperiosa, por motivo de força maior, realização ou conclusão de
serviços inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, a duração do trabalho
poderá exceder ao limite legal ou convencionado, independentemente de acordo ou contrato
coletivo, devendo, contudo, ser comunicado à Delegacia Regional do Trabalho no prazo de 10
(dez) dias no caso de empregados maiores e 48 (quarenta e oito) horas no caso de empregados
menores.
Serviço Externo
Os empregados que prestam serviços externos incompatíveis com a fixação de horário, com
registro de tal condição na CTPS e na ficha ou livro de registro de empregados, não têm
direito a horas extras.
Cargo de Confiança - Gerente
Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam os
diretores e chefes de departamentos ou filial, não fazem jus à remuneração pelo serviço
extraordinário, pois não lhes aplicam as normas relativas à duração normal do trabalho.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/horas_extras.htm
2. Adicional Noturno
A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são direitos dos
trabalhadores, além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Horário Noturno
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um
dia às 5:00 horas do dia seguinte.
Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na lavoura entre 21:00
horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 20:00 horas às 4:00 horas
do dia seguinte.
Hora Noturna
A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna, por disposição legal,
nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou
ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna.
Intervalo
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo:
jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;
jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15
minutos;
jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no
máximo 2 (duas) horas.
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20%
(vinte por cento) sobre o valor da hora diurna, exceto condições mais benéficas previstas em
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Banco de Horas
O empregador poderá celebrar acordo de compensação de horas por meio de contrato coletivo
de trabalho, a ser cumprido em período diurno ou noturno, ou ainda em ambos, cujo excesso
de horas de trabalho de um dia seja compensado pela correspondente diminuição em outro
dia, de maneira a não ultrapassar o limite de 10 horas diárias.
Integração ao Salário
O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade, integram o
salário para todos os efeitos legais, conforme Enunciado I da Súmula TST nº 60:
Formalização do Pagamento
O pagamento do adicional noturno é discriminado formalmente na folha de pagamento e no
recibo de pagamento de salários, servindo, assim, de comprovação de pagamento do direito.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/trabalho_noturno.htm
3. Vale Transporte
O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
Entende-se como deslocamento a soma dos segmentos componentes da viagem do
beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.
Não existe determinação legal de distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento
do Vale-Transporte, então, o empregado utilizando-se de transporte coletivo por mínima que
seja a distância, o empregador é obrigado a fornecê-los.
Utilização
O Vale-Transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público urbano ou,
ainda, intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao urbano, operado
diretamente pelo poder público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas
fixadas pela autoridade competente.
Excluem-se das formas de transporte mencionadas os serviços seletivos e os especiais.
Beneficiários
São beneficiários do Vale-Transporte os trabalhadores em geral e os servidores públicos
federais, estaduais e municipais.
Empregador - Desobrigação
O empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados
ao transporte coletivo, o deslocamento, residência-trabalho e vice-versa, de seus
trabalhadores, está desobrigado do Vale-Transporte.
Não Cobertura de Todo Trajeto
O empregador que fornece ao beneficiário transporte próprio ou fretado que não cubra
integralmente todo o trajeto deverá fornecer Vale-Transporte para os segmentos da viagem
que não foram abrangidos pelo transporte fornecido.
Requisitos para o Exercício do Direito de Receber
O empregado para passar a receber o Vale-Transporte deverá informar ao empregador, por
escrito:
seu endereço residencial;
os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-
trabalho e vice-versa.
número de vezes utilizados no dia para o deslocamento residência/trabalho/residência.
Custeio
O Vale-Transporte será custeado:
pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico
ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.
Quantidade e Tipo de Vale-transporte – Obrigação do Empregador
A concessão do benefício obriga o empregador a adquirir Vale-Transporte em montante
necessário aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no
serviço de transporte que melhor se adequar.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/vale_transporte.htm
4. Salário-família
Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos
com salário mensal de até R$ 915,05, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de
idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação: São equiparados aos filhos os enteados e
os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a
dependência econômica de ambos ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de
contribuição.
Valor do Benefício
De acordo com a Portaria Interministerial nº 02, de 06 de janeiro de 2012, o valor do salário-
família será de R$ 31,22, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar
até R$ 608,80. Para o trabalhador que receber de R$ 608,81 até R$ 915,05, o valor do salário-
família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 22,00.
Quem tem direito ao benefício
o empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade;
o empregado e o trabalhador avulso aposentados por invalidez, por idade ou em gozo
de auxílio doença;
o trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que tenha se aposentado
por idade aos 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher;
os demais aposentados, desde que empregados ou trabalhadores avulsos, quando
completarem 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher).
Os desempregados não têm direito ao benefício.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito
ao salário-família.
Importante:
O benefício será encerrado quando o(a) filho(a) completar 14 anos, em caso de falecimento do
filho, por ocasião de desemprego do segurado e, no caso do filho inválido, quando da
cessação da incapacidade.
Fonte:
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=25
Passo 3 – Equipe
1. Previdência Social
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública
que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida
pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando
ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e
desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.
Sua missão é garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de
política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-
estar social e tem como visão ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família,
pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e
atendimento.
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública
que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida
pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando
ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e
desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.
Sua missão é garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de
política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-
estar social e tem como visão ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família,
pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e
atendimento.
Além do trabalhador com vínculo empregatício junto à iniciativa privada ou ao estado,
poderão inscrever-se como contribuintes os seguintes trabalhadores:
Contribuinte Individual;
Contribuinte Facultativo;
Empregado Doméstico;
Segurado especial
Todos os segurados estarão obrigados a recolher contribuições mensais determinadas por lei e
estarão sujeitos à seguintes tabelas de contribuição:
1. Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos
TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso,
para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2012
Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento
ao INSS (%)
até 1.174,86 8,00
de 1.174,87 até 1.958,10 9,00
de 1.958,11 até 3.916,20 11,00Portaria nº 02, de 06 de janeiro de 2012
2. Contribuinte individual e facultativo
TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados contribuintes individual e facultativo
Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento
ao INSS (%)
622,00 5,00*
622,00 11,00**
622,00 até 3.916,20 20,00
* Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurada (o) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência.Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011 – DOU de 1/09/2011
** Plano SimplificadoLei Complementar 123, de 14/12/2006
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração
a partir de 1º de julho de 2011
Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento
ao INSS (%)até 1.107,52 8,00de 1.107,53 até 1.845,87 9,00de 1.845,88 até 3.691,74 11,00
Portaria nº 407, de 14 de julho de 2011
Fonte:
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=1265
2. Imposto de Renda
Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF
Base Legal - Artigos 2º ao 145 do RIR/99 (Decreto nº 3.000/99)
Fato Gerador - Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda, assim
entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, e de proventos de
qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no
conceito de renda (Art. 43 do CTN)
Base de Cálculo do IRPF: Diferença entre a soma dos Rendimentos Tributáveis recebidos e
as Deduções permitidas pela legislação.
Rendimento Bruto
Produto do capital;
Produto do trabalho;
Produto da combinação do capital e do trabalho;
Os alimentos e pensões percebidos em dinheiro;
Os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos
patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados.
Deduções da Receita Bruta
Contribuições previdenciárias
Pensão alimentícia
Dependentes
Tabela para a retenção do Imposto de Renda na Fonte
Lei 12.469/2011
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.637,11 - -
De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78
De 2.453,51 até 3.271,38 15 306,80
De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15
Acima de 4.087,65 27,5 756,53
Dedução por dependente: R$ 164,56
Fonte:
http://www.receita.fazenda.gov.br
3. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado na década de 60 para proteger o
trabalhador demitido sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os empregadores
depositam, em contas abertas na CAIXA, em nome dos seus empregados e vinculadas ao
contrato de trabalho, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.
Com o fundo, o trabalhador tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir sua
casa própria, com os recursos da conta vinculada. Além de favorecer os trabalhadores, o
FGTS financia programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana,
que beneficiam a sociedade, em geral, principalmente a de menor renda.
Características:
O empregador é o responsável pelo depósito mensal do FGTS
O depósito deverá ser efetuado até o dia 7 do mês subsequente ao mês trabalhado.
Deverão ser depositados 8% (oito por cento) do salário pago ao trabalhador. No caso
de contrato de trabalho firmado nos termos da Lei n.º 11.180/05 (Contrato de
Aprendizagem), o percentual é reduzido para 2%. O FGTS não é descontado do
salário, é uma obrigação do empregador, exceto em caso de trabalhador doméstico.
Fonte:
http://www.caixa.gov.br/voce/fgts/index.asp#
4. Contribuição Confederativa
A Contribuição Confederativa, cujo objetivo é o custeio do sistema confederativo, poderá ser
fixada em assembléia geral do sindicato, conforme prevê o artigo 8º inciso IV da Constituição
Federal, independentemente da contribuição sindical.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/contribuicoessindicais.htm
5. Contribuição Sindical
A Contribuição Sindical dos empregados, devida e obrigatória, será descontada em folha de
pagamento de uma só vez no mês de março de cada ano e corresponderá à remuneração de um
dia de trabalho. O artigo 149 da Constituição Federal prevê a contribuição sindical,
concomitantemente com os artigos 578 e 579 da CLT, os quais prevêem tal contribuição a
todos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/contribuicoessindicais.htm
6. Faltas
Faltas Justificadas
A legislação trabalhista admite determinadas situações em que o empregado poderá deixar de
comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário.
As dispensas legais são contadas em dias de trabalho, dias úteis para o empregado.
Quando a legislação menciona "consecutivos", este é no sentido de seqüência de dias de
trabalho, não entrando na contagem: sábado que não é trabalhado, domingos e feriados.
Exemplo:
Falecimento do pai do empregado na quinta-feira à noite, este empregado não trabalha aos
sábados, então poderá faltar, sem prejuízo do salário, a sexta-feira e a segunda-feira.
Faltas Admissíveis
O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
- até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente,
irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob
sua dependência econômica;
- até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
- por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
- por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
- até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei
respectiva;
- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na
letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar);
- quando for arrolado ou convocado para depor na Justiça;
- faltas ao trabalho justificadas a critério do empregador;
- período de licença-maternidade ou aborto não criminoso;
- paralisação do serviço nos dias que, por conveniência do empregador, não tenha havido
trabalho;
- afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho (primeiros 15 dias);
- período de afastamento do serviço em razão de inquérito judicial para apuração de falta
grave, julgado improcedente;
- durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão
preventiva, quando for impronunciado ou absolvido;
- comparecimento como jurado no Tribunal do Júri;
- nos dias em que foi convocado para serviço eleitoral;
- nos dias em que foi dispensado devido à nomeação para compor as mesas receptoras ou
juntas eleitorais nas eleições ou requisitado para auxiliar seus trabalhos (Lei nº 9.504/97);
- os dias de greve, desde que haja decisão da Justiça do Trabalho, dispondo que, durante a
paralisação das atividades, ficam mantidos os direitos trabalhistas (Lei nº 7.783/89);
- os dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior;
- as horas em que o empregado faltar ao serviço para comparecimento necessário como parte
na Justiça do Trabalho (Enunciado TST nº 155);
- período de freqüência em curso de aprendizagem;
- licença remunerada;
- atrasos decorrentes de acidentes de transportes, comprovados mediante atestado da empresa
concessionária;
- a partir de 12.05.2006, por força da Lei 11.304/2006, pelo tempo que se fizer necessário,
quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro; e
- outras faltas dispostas em acordos ou convenções coletivas.
Exceção: professor
Os professores, nas faltas por motivo de casamento e falecimento, têm direito:
- até 9 (nove) dias, por motivo de gala, ou de luto, em conseqüência de falecimento do
cônjuge, pai, mãe ou filho.
Bases:
Arts. 473, 495 e 822 da CLT;Art. 6º da Lei nº 605/49;Art. 12 do Decreto nº 27.048/49;Lei nº 4.737/65;Art. 10, II, § 1º da Constituição Federal/88;Art. 419, parágrafo único do CPC; eArts. 430 e 434 do CPP.
Faltas Não Justificadas – Reflexos Na Remuneração
As faltas não justificadas por lei não dão direito a salários e demais conseqüências legais, e
podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou repetição; mas podem
ter justificativa imperiosa que, se seriamente considerada, vedará a punição. É o caso de
doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra hipótese de força maior.
Desconto do Dia de Trabalho
A falta do trabalhador ao serviço enseja o desconto do dia respectivo em sua remuneração,
salvo se a falta for considerada justificada.
Descanso Semanal Remunerado
O empregado perde a remuneração do dia de repouso quando não tiver cumprido
integralmente a jornada de trabalho da semana, salvo se as faltas forem consideradas
justificadas. Base: art. 6 da Lei 605/1949.
Entendemos que o desconto do DSR se estende ao empregado mensalista ou quinzenalista,
porque a Lei 605/1949 não privilegia os mesmos, e a redação do § 2º do art. 7 da referida Lei
considera que o mensalista e o quinzenalista são remunerados pelo DSR na própria
remuneração mensal ou quinzenal. Daí, se deduz que o desconto do dia de falta abrangerá
também o DSR da respectiva semana.
Feriado
Se na semana em que houve a falta injustificada, ocorrer feriado, este perderá o direito á
remuneração do dia respectivo. Base: § 1º do art. 7 da Lei 605/1949.
Fonte:
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/rotinastrab_faltasjustificadasenao.htm
7. Pensão Alimentícia
A pensão alimentícia é uma obrigação devida pelo alimentante ao alimentado e está prevista
nas leis 5.478/68 e 8.971/94, as quais asseguram o direito à ação de alimentos à parte que, não
tendo condições, necessitar da outra para sua subsistência.
Ao contrário do que se possa pensar a ação de alimentos pode ser proposta não só pela mulher
(em seu favor ou em favor do menor sob sua guarda), mas também pelo homem ou qualquer
outro dependente (neto, sobrinho, irmão) que vivia sob guarda judicial em ambiente familiar,
vez que o dever de cuidado é recíproco entre as pessoas de uma unidade familiar.
A legislação não estabelece um percentual específico a ser pago, pois o valor da pensão deve
ser definido com base na necessidade de quem solicita e a possibilidade de quem deve pagar.
Ultrapassado a fase de conhecimento (onde se determina o valor ou percentual a ser pago),
inicia-se a fase de execução da sentença ou do acordo, momento em que (conforme dispõe o
art. 16 da Lei 5.478/68) será observado o disposto no art. 734 do CPC, in verbis:
"Art. 734 - Quando o devedor for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa,
bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o juiz mandará descontar em folha de
pagamento a importância da prestação alimentícia.
Parágrafo único. A comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao empregador por
ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a importância da prestação e o
tempo de sua duração."
Assim, o devedor poderá ter a pensão alimentícia descontada diretamente de seus haveres
salariais conforme estabelecido em sentença, podendo ser sobre o salário básico (depois de
abatidos os descontos legais), sobre o salário e adicionais (horas extras, férias, participação
nos lucros e etc.), bem como sobre as verbas rescisórias e saldos fundiários.
Havendo valor de pensão em atraso o alimentando poderá cobrar o seu total de uma única vez
ou, havendo acordo, parcelar os valores de acordo com a capacidade de quem é obrigado ao
pagamento, já que este não pode ser compelido ao pagamento total e detrimento da própria
subsistência.
Como se pode observar, no artigo acima transcrito, não há menção se o desconto em folha
deva ser somente das parcelas vincendas, porquanto se pode entender que, havendo "fôlego"
salarial, também se possa descontar um percentual extra de forma a suprir as parcelas em
atraso.
Como não há previsão legal de percentual mínimo ou máximo a ser descontado, o
entendimento jurisprudencial é no sentido de que, considerando o poder aquisitivo do
alimentante, poderá se estabelecer percentuais diferentes para cada situação, podendo chegar
até a 50% dependendo do caso concreto.
Assim, se o valor da pensão descontada em folha seja de 15% e o valor das parcelas em
atraso, dividido em 12 parcelas iguais, resultar em percentual equivalente a mais 15% do
salário, nada obsta que o juiz determine que durante um ano seja descontada a soma dos
percentuais (30%) até que o saldo devedor seja satisfeito, passando, a partir de 12 meses, ao
desconto das parcelas normais de 15%.
Este é o entendimento que observamos no julgamento do STJ abaixo.
É POSSÍVEL DESCONTO EM FOLHA DE PARCELAS VENCIDAS DE PENSÃO
ALIMENTÍCIA
Fonte: STJ - 25/10/2011 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
É possível o desconto em folha de pagamento de parcelas vencidas de pensão alimentícia,
desde que em montante razoável e valor que não impeça a própria subsistência do executado.
A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em processo no qual uma
alimentanda do Rio de Janeiro solicitou que dívidas passadas fossem descontadas na folha de
pagamentos do pai.
A alimentanda ajuizou ação de execução de alimentos para que fossem descontados em folha
25% sobre os ganhos brutos do pai, relativos às parcelas atrasadas. Tanto o juízo da 1ª Vara
de Família de Nova Friburgo quanto o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ)
entenderam que não era possível o desconto por falta de previsão legal. O pai foi condenado a
pagar o percentual de 12,5% sobre parcelas correntes.
Segundo a decisão local, o desconto de parcelas pretéritas desnatura a função alimentar, não
sendo possível a execução prevista nos termos do artigo 734 do Código de Processo Civil
(CPC), devendo a execução processar-se por quantia certa contra devedor solvente.
Para o STJ, o desconto é legítimo desde que em montante razoável e de modo que não impeça
a própria subsistência do alimentante. A Súmula 309 do STJ dispõe que "o débito alimentar
que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao
ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo". Dessa forma, segundo
o relator, ministro Luis Felipe Salomão, parcelas vencidas no curso da ação de alimentos têm
também a natureza de crédito alimentar.
De acordo com o ministro, os artigos 16 da Lei 5.478/68 e 734 do Código de Processo Civil
(CPC) preveem, preferencialmente, o desconto em folha para pagamento da dívida. Como não
há na lei ressalva quanto ao tempo limite em que perdura o débito para a determinação do
desconto em folha, não é razoável restringir o alcance da norma para proteger o inadimplente,
segundo o relator.
A obrigação de prover alimentos se funda no princípio da solidariedade, previsto pela
Constituição, e encontra respaldo nos artigos 206, 1.694 e 1.710 do Código Civil e no artigo
22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de outras leis residuais. Seu
descumprimento acarreta prisão por dívida, conforme autorizado pelo artigo 5º, inciso LXVII,
da Constituição. O juiz pode estabelecer obrigações compatíveis com a dignidade humana e
para fazer cumprir os encargos assumidos.
Fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/pensao-folha-pagamento.htm
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