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Mariana Madruga de Brito¹, Eliseu Weber², Juliana Fin¹
¹ GRID/UFRGS; ² LABGEO/UFRGS; e-mail:
marii.britoo@hotmail.com; eweber@portoweb.com.br; fin.juliana@gmail.com
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi identificar, analisar e hierarquizar as áreas
suscetíveis a movimentos de massa no bairro Cascata, Porto Alegre, RS, através
do geoprocessamento e de dados pré-existentes.
A avaliação e o mapeamento da suscetibilidade foram realizados com auxílio de
módulos de apoio à decisão do software IDRISI, empregando-se mapas de uso
do solo e cobertura vegetal, geologia, pedologia e declividade como variáveis
(Figura 1). Os mapas foram integrados por combinação linear ponderada, cujos
pesos foram determinados por meio do Processo Analítico Hierárquico.
_
Para facilitar a interpretação, o mapa de suscetibilidade (Figura 2) foi agrupado
em quatro classes, com as seguintes características:.
Suscetibilidade muito baixa: a probabilidade de ocorrência de movimentos de
massa é praticamente inexistente, pois os terrenos são muito planos
(declividades de até 5%), não permitindo o fluxo rápido de solo ou rocha.
Suscetibilidade baixa: reúne condicionantes pouco propícias à ocorrência
destes eventos (declividades entre 5 a 12% e vegetação arbórea). Apresenta
expressiva urbanização, composta principalmente por ocupações regulares.
AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE MASSA COM A UTILIZAÇÃO DE GEOPROCESSAMENTO: APLICAÇÃO NO BAIRRO CASCATA, PORTO ALEGRE, RS
MATERIAL E MÉTODOS
Figura 1: Fatores utilizados na análise da suscetibilidade da área de estudo: (a) uso do solo e cobertura vegetal; (b) geologia; (c) pedologia; e (d) declividade.
Suscetibilidade média: o
s riscos existentes relacionam-se a situações pontuais induzidas por
intervenções antrópicas. Nesses locais a implantação de melhorias de infra-
estrutura urbana podem garantir condições seguras de habitação.
Suscetibilidade alta: as declividades mais expressivas estão no intervalo de 47 a
100%. A ocorrência de movimentos de massa é iminente, podendo ser
desencadeados por precipitações pluviais intensas e/ou de grande volume.
Cerca de 70% da área já foi ocupada, predominantemente por ocupações
irregulares, configurando-se em situações de risco.
Com base nestes resultados é possível considerar o bairro Cascata como um
ambiente medianamente a altamente suscetível a esses eventos,
principalmente, pela predominância de um relevo ondulado a fortemente
ondulado, bem como, pelas características de uso e ocupação do solo. Esse
quadro tende a se agravar, uma vez que a expansão urbana é inevitável e
contínua, e que à medida que a população cresce, ela passa a introduzir novas
modificações no território, potencializando a ocorrência desses eventos.
A metodologia utilizada mostrou-se adequada ao objetivo proposto. O mapa
resultante constitui-se em subsídio importante para a tomada de decisão sobre
questões relacionadas ao planejamento e direcionamento das ocupações
humanas, possibilitando uma escolha mais racional na definição de estratégias
de prevenção e intervenção do poder público. Isso demonstra que o
geoprocessamento simplifica e torna ágil o processo de elaboração e
atualização de mapas de suscetibilidade a movimentos de massa, e
consequentemente a gestão de riscos.
relevo varia entre ondulado (12-30%) a forte ondulado
(30-47%). O
_RESULTADOS
Sistema de referência: SAD69
Sistema de projeção: UTM
Suscetibilidade média
482000 484000
66
70
00
06
67
20
00
Av. Professor Oscar Pereira
Rua C anudo s
lheoB A oflv o. dE ung. L
Teresópolis
GlóriaGlória
Coronel Aparicio Borges
Agronomia
São José
Partenon
Vila NovaBelém Velho
Lomba do Pinheiro
Suscetibilidade baixa
Suscetibilidade alta
Suscetibilidade muito baixa
Eixo das ruas
Legenda
Ü 0 0,5 1 km
2%
12%
83%
3%
Distribuição da Área
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Figura 2: Mapa com os diferentes graus de suscetibilidade a movimentos de massa no Bairro Cascata
Ü
!! Dique de diabásio
Falhas
Zona de cisalhamento
Depositos aluviais
Granito Santana
Granito Viamao
Gnaisses Porto Alegre
0 0,8 km
!
482000 484000
6670000
6672000
482000 484000
66
70
00
06
67
20
00
CX
PV1
PV2
SG1
Ü0 0,8 km
482000 484000
66
70
00
06
67
20
00 Ü
Afloramento rochoso
Agua
Arbustivo
Herbáceo
Área edificadaArbóreo
Cultivo
Solo exposto
0 0,8 km
482000 484000
66
70
00
06
67
20
00
0 a 5%
5 a 12%
12 a 30%
30 a 47%
47 a 100%
100 a 338%
Ü0 0,8 km
a
d
b
c
Sistema de referência: SAD69Sistema de projeção: UTMBase cartográfica: Hasenack et al. (2008)
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