BADALADAS | 19 Março 2010 Uma nova inscrição romana em … · 2018-05-13 · ... um inestimável...

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26 sociedade BADALADAS | 19 Março 2010

Uma nova inscrição romana em São Pedro da CadeiraGUILHERME CARDOSO

JOSÉ D’ENCARNAÇÃO

ISABEL LUNA

Uma dedicação de muito louvar

Na igreja de São Pedro da Cadeira, sededa freguesia deste concelho de Torres Vedras,os “tesouros” patrimoniais que fizeram a suahistória têm vindo a ser valorizados através daextraordinária dedicação da senhora D. ElisaHenriques. Pessoa extremamente interessadapelo património, D. Elisa reparte a sua activida-de de oleira com a de zeladora da referidaigreja, onde tem levado a cabo, desde há al-guns anos, um inestimável trabalho de salva-guarda e conservação do seu património mate-rial: limpa e trata todos os objectos antigos quepor lá encontra e inventaria-os com enormededicação, como forma de garantir a sua pere-nidade e valorização por parte dos habitantes.

É assim que hoje em dia podemos encon-trar, em vitrinas mandadas fazer para o efeito,fotografias antigas, alfaias litúrgicas, paramen-tos que restaurou nos tempos livres, livros devisitações do século XVII, róis de confessados,lápides ou o relógio de sol que, com a ajudade especialistas, tratou de mandar colocar denovo em funcionamento na fachada da igreja.

Foi também D. Elisa que descobriu, noquintal da casa paroquial, uma pedra que logolhe pareceu especial e não descansou enquan-to não a virou e lhe descobriu as letras, tratan-do logo de a levar para lugar seguro: está actual-mente na sacristia da igreja, devidamente res-guardada por um gradeamento de ferro.

Agradecemos-lhe, pois, as facilidades (e fo-ram muitas) que nos concedeu para que pu-déssemos levar a cabo o estudo dessa epígraferomana e não podemos deixar de exarar aquitodo o nosso aplauso pelo enorme entusiasmoe quase devoção extrema com que voluntaria-mente se dedica a este importantíssimo laborem prol do património local.

O monumento

Trata-se do que tecnicamente se designapor cipo (fig. 1), porque, assemelhando-se a um

pedestal, paralelepipédico, não se destinava areceber uma estátua. É certo que, no caso pre-sente, há no topo uma cavidade, cujas caracte-rísticas formais (ver fig. 2)11 e pátina antiga po-deriam sugerir que fora efectuada no momen-to em que se preparava a peça para receber ainscrição.

Sucede porém que, por memorar duaspessoas, não parece muito plausível que hajaservido para nela se incrustar um busto ouuma escultura. Em monumentos funerários ro-manos encontra-se, de facto, uma cavidade notopo superior: é o fóculo, destinado a receber(ou a fazer de conta que recebe...) as essênciasa queimar em homenagem aos defuntos. Su-cede porém que, nesses casos, o fóculo se en-contra bem alisado e, geralmente, ladeado dedois toros, a formar, pois, um capitel de agra-dável aspecto – o que não acontece aqui, poisas paredes internas da cavidade (a formar co-mo que dois “patamares”) se apresentam ru-gosas e toda a face superior se encontra rude-mente desbastada, a sugerir-nos, de preferên-cia, uma reutilização posterior.

Não nos admiraria (e uma análise químicapoderia ser argumento de prova) que se tives-se usado a pedra, com inscrição à mostra ouescondida contra a parede, como pia de águabenta. De lioz rósea com rudistas, do tipo dosmármores de Pêro Pinheiro, o monumentotem as faces laterais lisas, mas a oposta à ins-crição apenas foi afeiçoada, pormenor que oranão é possível confirmar, por a pedra estar en-costada à parede e ser muito pesada.

Dimensões: 70 x 49 x 30,5 cm.Campo epigráfico: 70 x 49 cm.

O que diz o texto

Escrita em Latim, como era hábito no tem-po dos romanos na Península Ibérica, a inscri-ção (fig. 3) apresenta-se em letras maiúsculas eo artífice (chamava-se “o lapicida”) usou de si-glas e abreviaturas e recorreu a letras mais pe-quenas para obter uma paginação bonita de sever e de leitura fácil (na altura, todos compre-endiam o significado dessas siglas...). Por outrolado, para distinguir umas palavras das outras,

usou de pontuação, em forma de reentrânciastriangulares, colocada a meio da altura dasletras, ou melhor, onde havia espaço para tal –o que mostra a perícia técnica do lapicida.

Observe-se, aliás, que houve muito requin-te na gravação desse texto, obedecendo a umadisposição lógica dos seus elementos, evitandocortar palavras e/ou sílabas, recorrendo sabia-mente a letras de módulo menor (o A na l. 1e o S no final), num corte em bisel (ou seja, derasgo angular) para que, com os efeitos da luzsolar (caso não se tivesse recorrido à pinturados caracteres), facilmente o conjunto se tor-nasse legível.

Admirará, porventura, o facto de o textoter sido posto bastante em baixo. Deixando delado a hipótese (verosímil, mas invulgar) de sehaver reservado esse espaço para nele se gra-varem nomes de outros defuntos a ser sepul-tados no mesmo local, interpretamos essa pa-ginação como indício de que o monumentotinha uma base de apreciáveis dimensões e,por isso, a leitura era feita a partir de um planoinferior de visão.

Já agora, importa também responder àquestão: haveria mais linhas em baixo? Afigu-ra-se-nos que não, pois – se letras mais tivera– algo se notaria no canto inferior direito, dadaa regularidade do espaçamento interlinear. Ve-ja-se, por outro lado, como as letras estão geo-metricamente desenhadas, decerto porque so-bre a superfície a gravar (o chamado “campoepigráfico”), se esboçou previamente o que ne-la se iria esculpir.

Desdobrando siglas e abreviaturas, lê-se oseguinte:

L(ucius) • AVFIDIVS • L(ucii) • F(ilius) •GAL(eria) / REBILVS • H(ic) • S(itus) • E(st) • /AVFIDIA • L(ucii) • F(ilia) • AMOENA • H(ic) •S(ita) • E(st)

O que, em português, significa o seguinte:Aqui jaz Lúcio Aufídio Rebilo, filho de Lú-

cio, da tribo Galéria. Aqui jaz Aufídia Amena,filha de Lúcio.

Altura das letras: l. 1: 5,2 (A=3,9); l. 2: 5,2;l. 3: 5,3; l. 4: 5,2 (N=5,4; S=4,2). Espaços: 1:39,5; 2: 1,1; 3: 1,2; 4: 1,3; 5: 6,8.

O interesse histórico domonumento

Deverá dizer-se, em primeiro lugar, que setrata de uma inscrição que data do século I danossa era. Podemos demonstrá-lo com três ar-gumentos:

– É o primeiro a forma como as letras seencontram desenhadas, pois sabemos que tam-bém nisso houve modas e, aqui, essa forma étípica dos começos do Império romano: o Obem circular; os VV, NN, MM e HH muito lar-gos; a perna breve e vertical do G (nitidamentedesenhado a partir de um C); o S de curva-turas simétricas. Sintomáticos são o R e o B,ambos feitos com base na forma do P: no pri-meiro, lançou-se a perna oblíqua; no segundo,a curvatura (maior) da pança inferior. Anote-se,ainda, a horizontalidade (digamos assim) de to-do o conjunto, bem acentuada quer pelas pe-quenas barras dos vértices (vejam-se, por exem-plo, os vértices inferiores do A), bem comopela absoluta horizontalidade das barras medi-anas (do A, do H, do E, do F). Aliás, esse “subli-nhar” de vértices (evidente também no V e noH) denota o que atrás se dizia acerca do cuida-do posto na paginação: preexistiram, sem dú-vida, linhas de pauta e foi a partir delas que olapicida começou a gravar as letras. E o sábiorecurso a letras mais pequenas é, nesse aspec-to, deveras sintomático.

– O segundo argumento prende-se com omodo como as duas personagens estão identi-ficadas; ou melhor, os nomes que têm – e dis-so sucintamente se dirá mais abaixo.

– Finalmente, a simplicidade do texto, queobedece apenas à estrutura comum nessa épo-ca: a identificação dos defuntos e a indicaçãode que ali jazem. Sem menção da idade; sema expressão «que a terra te seja leve»; sem re-ferência ao grau de parentesco.

Uma família ilustre?

Seriam irmãos Rebilo e Amena: ambostêm como nome de família Aufídio e ambos seidentificam como filhos de Lúcio. E é na análiseda onomástica que os especialistas se baseiam

DR

Fig. 4: Igreja de São Pedro da Cadeira

GC

Fig. 2: O monumento na sua totalidade

27sociedadeBADALADAS | 19 Março 2010

o da Cadeira

para tentarem discernir quem eram, afinal, aspersonagens com cujos testemunhos, da épo-ca romana, se deparam.

Dir-se-á, em primeiro lugar, que ambos se-rão cidadãos romanos, porque Rebilo vemidentificado como pertencendo à tribo Galéria,sinal, naqueles tempos, de que fora inscrito nocenso de uma cidade, neste caso Olisipo (Lis-boa), em que César ou o imperador Augustoinscreveram este município. Só os homens ti-nham, oficialmente, direitos políticos e, porisso, a menção da tribo não existe na identifica-ção das mulheres, salvo raríssimas excepções.

Ora, essa família Aufidia é, pelos testemu-nhos que dela nos chegaram até ao momento(e já bastantes foram e bem elucidativos), umadas que integraram a primeira vaga de colonositálicos que no território peninsular vieram fi-xar-se. Temos bastantes exemplos nomeada-mente em Tarragona, cidade que deteve umaimportância primordial na organização admi-nistrativa romana da Península, pois que foi acapital da Provincia Hispania Citerior e consti-tuía seguramente o porto mediterrânico demaior poderio económico22; mas acontece queum núcleo importante dessa família se instalouna Lusitânia Ocidental, atraídos, sem dúvida,pela riqueza agrária que, já nesse tempo, a re-gião proporcionaria, uma vez que temos ins-crições em sua honra em Cós (Alcobaça), emPorto de Mós e em Paialvo (Tomar)33. De resto,pelo que se conhece, de outras inscrições daPenínsula Ibérica, os Aufidii teriam gozado degrande prestígio e ocupado cargos de relevono seio da comunidade peninsular44.

Em Paialvo temos também uma AufidiaAmoena, sendo difícil deduzir da mera homo-nímia que estejamos perante a mesma perso-nagem; no entanto, não pode deixar de obser-var-se que a presença do apelido Amoena, designificado concreto, «a bonita», «a afável», émuito frequente em ambientes de indígenasromanizados, ou seja, em que se detecta es-treito relacionamento, por via de uniões fami-liares, entre os colonos e os membros do subs-trato indígena preexistente. Assim deve teracontecido aqui, dado que, por seu turno, oapelido do irmão (que, à partida, deverá sermais velho) não é, seguramente, de cariz pe-ninsular: na citada base de dados encontramosapenas mais duas atestações, uma em Vigo, naGaliza55, e outra, a estela do, também olisipo-nense, L(ucius) Messius L(ucii) f(ilius) Gal(eria)Rebilus.

Atenção particular nos merece, pois, essecognome Rebilus. Devido à sua aparente proxi-midade com um nome tipicamente peninsular,Reburrus, onde parecia reconhecer-se um mes-mo “radical”, Reb-, os linguistas, designada-mente María de Lourdes Albertos66, deduziram

que tal circunstância poderia sugerir uma ori-gem pré-romana. Aliás, foi por esse motivoque Vallejo Ruiz77 incluiu tal antropónimo norol dos que se poderão considerar “indígenas”.

Houve, decerto, um lapso de investigação,pois, na realidade, este nome nada tem de in-dígena, ainda que Iiro Kajanto, inexplicavel-mente, o não inclua na sua lista de cognomeslatinos88. Na verdade, trata-se de um nome ra-ro, mas é bem conhecido, por exemplo, CaiusCaninius Rebilus, que foi legado de Júlio Césarna Gália, em 52 e 51 a. C.; César refere-se-lhepor diversas vezes nos seus escritos, assim co-mo Séneca e Tácito. Rebilus participou na guer-ra contra os gauleses e, no ano 45 a. C., acom-panhou César na batalha de Munda, na Pe-nínsula Ibérica.

Curiosamente, dado que o cônsul QuintusFabius Maximus faleceu subitamente no últimodia desse ano, Rebilus chegou a ser nomeadocônsul substituto (consul suffectus), exercendoassim funções, por escassas horas, porquantoo novo cônsul tomou posse no dia seguinte99.Ora, todas essas circunstâncias nos levam acrer que o nome haja sido dado a Lúcio Aufí-dio justamente em honra de Gaio Canínio, oque demonstraria, de facto, alguns conheci-mentos históricos.

O contexto romano domonumento

Uma última questão a pôr: donde é que apeça veio? Ou, dizendo doutra forma: qual

terá sido o seu contexto original? Certamenteo pároco ou alguém responsável a terão reco-lhido vinda de algum lugar, naturalmente tute-lado pela paróquia, que poderia ser a igrejaparoquial de São Pedro da Cadeira ou a capelada Senhora da Cátedra. Julgamos, por isso,que deverá estar relacionada com os achadosde cerâmica romana que facilmente se de-tectam à superfície, num terreno muito próxi-mo, fronteiro à capela de Nossa Senhora daCátedra. Recorde-se o que, a respeito do quedesignámos «villa romana de Nossa Ssenhorada Cátedra (ou do Formigal)», já tivemos oca-sião de escrever1100:

«À entrada da aldeia de São Pedro da Ca-deira, numa propriedade fronteira à capela deNossa Ssenhora da Cátedra, junto a uma pe-quena linha de água, recolhemos diversos fra-gmentos de terra sigillata itálica, hispânica, galo-romana e clara A, C e D. Recolhemos, ainda,cerâmica, fragmentos de estuque branco, deimbrices e de opus signinum, bem como umfragmento do bordo de uma ânfora da formaDressel 14. Os trabalhos agrícolas para a plan-tação de vinha devem ter danificado forte-mente o sítio arqueológico, já que as cerâmicasse encontram completamente fragmentadas».

Não podemos também esquecer que poraqui passaria uma via romana1111, que, partindode Torres Vedras, seguia para o litoral, borde-jando o rio Sizandro, passando por São Giãod’Entre as Vinhas, Coutada, São Pedro da Ca-deira e Casal da Estrada, continuando depoispara Mafra e Sintra, via Pêro Pinheiro.

Por último, refira-se que na igreja de SãoPedro da Cadeira existem outras duas inscri-ções romanas1122, cuja matéria-prima, porém,sendo igual entre si, difere da peça agora emestudo.

Em conclusão

Suspeitávamos que, na verdade, tão impo-nente monumento com um letreiro tão bemgravado deveria ter mui curiosa história a con-tar. Mas as expectativas acabaram por ultra-passar a realidade. E assim ficámos a saber,mais uma vez, que, ao tempo dos romanos, oterritório que é hoje pertença do município deTorres Vedras, para além de estar na directadependência de Olisipo (a Lisboa romana), foihabitado por gentes que, pela onomástica que

ostentam, demonstram ter gozado de rele-vante estatuto social, económico e cultural.

Mais um motivo, portanto, para que os tor-rienses sintam orgulho do seu passado, aindaque de há dois mil anos atrás. É que, já nessaaltura, tinham uma palavra a dizer! E mais ummotivo também para que pedras como esta,aparentemente sem préstimo e com palavrasque o vulgo não consegue decifrar, continuema ser devidamente salvaguardadas, como emtão boa hora o fez D. Elisa Henriques1133!

FOTOGRAFIAS: GUILHERME CARDOSO

1 Encontra-se centrada, constituída por um buraco cilíndri-co com outro mais pequeno inserido no fundo. Dis-tâncias para as faces: 17 cm para cada lado; 7 cm para afrente e para a face posterior; diâmetro de topo: 15,5 cm;altura total: 10,5; diâmetro da cavidade inferior: 10,5 cm;altura da cavidade inferior; 5,2 cm.

2 Dos 26 testemunhos registados na base de dados daepigrafia romana peninsular www.eda-bea.es/, consulta-da a 5-2-2010, verifica-se que 9 são dessa cidade.

3 Mapa 48 do Atlas Antroponímico de la Lusitania Romana,edição coordenada por Milagros NAVARRO CABAL-LERO e José Luís RAMÍREZ SÁDABA, Mérida, 2003, p.106.

4 Cf. Jorge de ALARCÃO, «Alfidii e Aufidii de Collippo eSellium», Humanitas 45 1993 193-198. A hipótese de terhavido uma variante gráfica do mesmo gentilício afigu-ra-se-nos, hoje, menos provável, atendendo a que am-bos os gentilícios – Alfidius e Aufidius – estão segura-mente documentados, sem indício de ter havido conta-minação (por exemplo, em Mérida, capital da Lusitânia,há vários testemunhos de Alfidii e nenhum de Aufidius).Em todo o caso, não fica – antes pelo contrário! – invali-dada a confirmação da importância de ambas as gentesna Lusitânia romana.

5 Hispania Epigraphica 6, 1996, 778 = L’Année Épigraphi-que 1969/70, 263.

6 «Nuevos antropónimos hispánicos», Emerita XXXIII (2)1965 p. 119-120.

7 VALLEJO RUIZ (José María), Antroponimia Indígena dela Lusitania Romana, Vitoria-Gasteiz, 2005, p. 381.

8 KAJANTO (Iiro), The Latin Cognomina, Roma, 1982(reimp.).

9 Permita-se-nos um aparte: tal circunstância foi motivo dechacota entre os seus contemporâneos: Cícero não lhepoupou críticas e Macróbio (Sat. II 3.26) escreveu: «Vi-gilantem habemus consulem Caninium, qui in consulatusuo somnum non vidit» («Temos Canínio por cônsul vi-gilante, pois que, no seu consulado, não viu o sono»!...

10 Guilherme CARDOSO e Isabel LUNA, «Últimos dadossobre a romanização no concelho de Torres Vedras»,Actas do Congresso “A presença romana na Região Oes-te”, Bombarral: Câmara Municipal, 2005, p. 72.

11 Vasco MANTAS, «A rede viária romana e medieval daregião de Torres Vedras», Turres Veteras, I – Actas de His-tória Medieval, Torres Vedras, Câmara Municipal de Tor-res Vedras/Instituto de Estudos Regionais e Municipalis-mo “Alexandre Herculano”, 2000, pp. 9-25.

12 Vasco MANTAS, «Três inscrições romanas do concelhode Torres Vedras», Conimbriga 24 1985, pp. 125-149.

13 Este trabalho integra-se, pela parte de José d’Encarnação,no projecto de investigação do grupo Epigraphy andIconology of Antiquity and Medieval Ages, do Centro deEstudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra ePorto (Unidade I&D nº 228811 da Fundação para a Ciênciae a Tecnologia). No que respeita a Guilherme Cardoso,no quadro da sua actividade como arqueólogo da As-sembleia Distrital de Lisboa.

GC

Fig. 3: A face superior do monumento

GC

Fig. 4: A inscrição