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Boletim da Biblioteca relativo ao mês de fevreiro.
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N4| fevere iro de 2015 | B ib l ioteca
Esco lar
EFE M RI DES DO MS
06| Dia da Internet Segura; Nascimento de Charles Dickens; 10| Nascimento de Boris Pasternak; 11| Nascimento de Thomas Edison;
EFE M RI DES DO MS
13| Nascimento de Agostinho da Silva; 14| Dia de So Valentim;
21| Dia Internacional da Lngua Materna;
23| Nascimento de David Mouro-Ferreira;
27| Nascimento de Ruy Belo.
DESTAQUE DO MS
Aquelas palavras que, provavelmente, ningum, pelo menos naquela forma precisa, alguma vez tivesse dito antes, tiveram a fortuna de no se perderem por si prprias, pois algum as juntou, e quem sabe, talvez o mundo fosse um lugar melhor se ns fossemos capazes de juntar algumas das palavras que esto por a vagueando sozinhas. (Jos Saramago, Seeing). A importncia do livro nas sociedades histricas releva da construo da memria, da afirmao e coeso do contexto social, mas tambm das suas marcas nos espaos privados, na construo do gosto individual. O livro permite abrir o individual ao mundo e ser utilizado como uma ferramenta cvica primordial (Gabriel Zaid), exprimindo a diversidade. , nesse sentido, um poderoso meio de formao. O texto conduz-nos a geografias, mistrios diversos, em espaos quotidianos que no vivemos e por onde os leitores emergem, vivendo e construindo faculdades sensrias, emotivas e cognitivas (W. Iser). A leitura concede assim aos leitores possibilidades de participar na aventura humana, vivendo com o livro experincias, descobertas que so janelas do
seu crescimento e do desenvolvimento humanos.
NOVI DADES
OS LIVROS DA SEMANA
Isto , palavras,
formas indecisas
procurando um eixo que
lhes d peso, um sentido capaz de conter
a sua inocncia
uma voz (uma palavra) a que se prender
antes de se despedaarem
contra tanto silncio.
Manuel Antnio Pina, Tanto silncio.
Manuel Antnio Pina, Tanto silncio.
| B ib l i o te ca Esco l a r | Esco la Se cu n d r i a Ra i n h a Do n a Am l i a | Bo le t i m N 4 f e ve re i r o d e 2 0 15 |
Um Poema
E tudo era possvel Na minha juventude antes de ter sado de casa de meus pais disposto a viajar eu conhecia j o rebentar do mar das pginas dos livros que j tinha lido. Chegava o ms de maio era tudo florido o rolo das manhs punha-se a circular e era s ouvir o sonhador falar da vida como se ela houvesse acontecido. E tudo se passava numa outra vida e havia para as coisas sempre uma sada Quando foi isso? Eu prprio no o sei dizer. S sei que tinha o poder duma criana entre as coisas e mim havia vizinhana e tudo era possvel era s querer.
Ruy Belo, in Homem de Palavra [s]
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Autores do ms
ALMEIDA GARRETT
Almeida Garrett nasceu a 4 de
fevereiro de 1799, no Porto. Teve
na sua infncia, uma formao
religiosa e clssica. Concluiu o
curso de Direito em Coimbra,
onde aderiu aos ideais do
liberalismo. Em 1823, aps a
subida ao poder dos absolutistas,
obrigado a exilar-se em
Inglaterra onde inicia o estudo do
romantismo (ingls), movimento
artstico-literrio ento j
dominante na Europa. Regressa
em 1826 a Portugal e passa a
participar na vida poltica.
Em 1828 obrigado a exilar-se
novamente em Inglaterra devido
evoluo poltica do Pas com
a guerra civil, no decurso das
posies de D. Miguel. Em 1832,
na Ilha Terceira,1832, integra o
exrcito liberal de D. Pedro IV e
participa no cerco do Porto.
Almeida Garrett exerceu funes
diplomticas em Londres, em Paris e
em Bruxelas. Em 1836, torna-
se Inspetor-geral dos Teatros e funda
o Conservatrio de Arte Dramtica e o
Teatro Nacional. A partir de 1842,
com o governo ditatorial chefiado por
Costa Cabral, Almeida Garrett torna-
se marginal vida poltica. Inicia
assim, o perodo mais produtivo da
sua vida literria.
A partir da dcada de 1850, com
Fontes Pereira de Melo, ser nomeado
visconde e desempenha a funo de
Ministro dos Negcios Estrangeiros.
sem dvida um dos expoentes do
romantismo portugus e um escritor
que, entre gneros diversos, inovou
na composio dos mesmos. Almeida
Garrett de uma grande
modernidade, pela forma como usa a
linguagem, mas tambm pelos temas
sobre os quais escreveu.
LUS SEPLVEDA
Lus Seplveda com Garrett o
escritor do ms na Biblioteca. O
escritor chileno tem feito da sua
experincia de vida um conhecimento
que o faz refletir sobre o mundo.
Reflexo onde se deve destacar esse
edifcio que procura levantar em
palavras e gestos um testemunho de
solidariedade pelas vozes esquecidas
das culturas e povos da Amrica do
Sul. Lus Seplveda nasceu em 1949,
em Ovalle, no Chile. A sua vida tem
sido repleta de memrias e de
experincias diversas. A sua obra um
testemunho de uma esttica que
procura na vida real construir uma
tica sobre os valores humanos e sobre
os sonhos de minorias. Com ele
descobrimos a tradio da oralidade, o
valor das histrias contadas em
mltiplas aldeias. Com Seplveda
descemos aos povoados solitrios da
Patagnia, aos caminhos de vento, a
uma flora e uma fauna muito prprias.
Os seus livros so a traduo de um
imaginrio, de uma memria e de uma
cidadania, em defesa dos mais fracos,
dos ausentes; eles so a confirmao
de que a literatura tambm uma
inspirao para a vida e com ela.
mailto:bibliotecaesrda@gmail.comhttp://biblioteca-rainha.blogspot.pt/https://twitter.com/Bibliorainha
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