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Boletim Informativo Águas de Beja - Edição nº24 - EMAS de Beja
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nº24
INFORMATIVOBOLETIM
...águas de Beja, a correr para si...
www.emas-beja.ptfacebook.com/emasdebeja
Fevereiro2013
EM DESTAQUE “EMAS intensifica trabalhos por administração direta em várias frentes”
E M P R E S A M U N I C I P A L D E Á G U A E S A N E A M E N T O D E B E J A , E E M
EMAS
Ficha Técnica
Contactos EMAS
10 | Remodelação da rede de água de Beja
13 | EMAS vai às escolas
16 | FAQ’s: Perguntas frequentes
17 | Resultados SGI
18 | Notícias do Setor
2 | EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
Use o seu smartphone para aceder
ao boletim “Águas de Beja”.
...águas de Beja, a correr para si… 3 | EMAS DE BEJA
EMAS de Beja
Numa altura em que estão em curso todas as frentes de trabalhos que conduzirão à conclusão da
obra, o balanço nesta fase é francamente positivo.
A instalação das condutas de grande diâmetro esta a ser executada conforme o plano de trabalhos,
sendo que em alguns casos foram antecipados os prazos de execução.
A substituição de ramais domiciliários prosseguem também de forma adequada.
Os ensaios e colocação em funcionamento de troços já concluídos, tem decorrido com sucesso, per-
mitindo assim antecipar parcialmente as zonas finalizadas e coloca-las ao serviço dos nossos consumi-
dores.
Cumprimento de valores paramétricos da qualidade da água
Decreto-lei nº306/2007, de 27 de Agosto
Dados disponíveis em 07-03-2013
Programa de Controlo de Qualidade da Água (EMAS Beja baixa 2013)
Pontos de amostragem (Torneira do consumidor): 25
Nº de determinações: 262
Nº de determinações com valor paramétrico: 213
Cumprimento com os valores paramétricos da qualidade da água: 99,5%
(A percentagem de cumprimento é referente aos resultados da implementação do PCQA
EMAS baixa 2013, i.e., não são considerados os incumprimentos da EG em alta a parâme-
tros conservativos)
Gabriela Palma | Coordenadora do GCQ
Ponto de amostragem (47): Rede de Distribuição
Nº de parâmetros : 22
Nº de determinações: 525
Nº de determinações com valor paramétrico: 245
Cumprimento dos valores paramétricos da qualidade
da água: 99,6%
Plano de Controlo Operacional (fevereiro 2013)
Pontos de amostragem (8): Reservatórios
Nº de parâmetros : 22
Nº de determinações: 305
Nº de determinações com valor paramétrico: 149
Cumprimento dos valores paramétricos da qualidade
da água: 99,3%
EMAS de Beja
As Divisões de Operação e Manutenção de Abastecimento e Saneamento da
EMAS, intensificaram os trabalhos por administração direta em várias frentes.
Muitas das intervenções efetuadas visam assegurar a manutenção de infraestrutu-
ras dos sistemas. De salientar que estes trabalhos têm vindo a ser intensificados,
não só na cidade de Beja, mas também nas freguesias rurais, por exemplo, nas
localidades de Trindade, Santa Clara do Louredo, Penedo Gordo, Neves, Vila
Azedo, Albernoa, entre outras. Neste sentido foram feitas intervenções no âmbi-
to da renovação da instalação elétrica relacionadas com a captação de água, ante-
ciparam-se trabalhos de extensão e substituição de infraestruturas na rede de
águas de modo a dar resposta a algumas avarias em instalações particulares, bem
como ações de reabilitação e recuperação de coletores e de contadores de con-
trolo de redes, respetivamente.
A EMAS de Beja intensificará este modo de atuação preventiva, reconhecida que
está a sua capacidade de diminuir significativamente a probabilidade de ocorrên-
cia de constrangimentos que coloquem em causa a prestação dos seus serviços.
A consolidação desta forma de atuação é corroborada pela crescente diminuição
das ações de manutenção corretiva e pela diminuição dos tempos de resposta
que tem vindo a ser alcançados pelas Divisões Operacionais da EMAS de Beja.
No âmbito da XXII Semana Aberta que decorreu na localidade de Nossa Senhora das Neves,
iniciativa promovida pela Camara Municipal de Beja, a EMAS procedeu a várias intervenções no
âmbito das suas responsabilidade que visam a reabilitação, requalificação e manutenção de
infraestruturas de água e saneamento.
Os trabalhos programados, incluíram reposição de calçada em Vila Azedo, bem como reposição
de pavimento betuminoso em Neves. Por parte da Divisão de Operação e Manutenção-
Saneamento, destacam-se, as limpezas levadas a cabo na rede de drenagem de Maria do Vale, de
Monte novo da Estrada, de Vila Azedo, de Porto Peles, de Padrão e respetivas limpezas das fossas séticas.
Complementarmente a estas intervenções, a estação elevatória de Nossa Senhora das Neves será alvo de trabalhos de reabilitação. Do
plano de trabalhos também faz parte a reabilitação da ETAR de Vila Azedo.
Com uma presença assídua nos programas da semana aberta, como não podia deixar de ser, os Heróis da Água estiveram presentes na
Escola Básica das Neves, onde realizaram várias atividades lúdico-pedagógicas com os mais novos.
EMAS de Beja
...águas de Beja, a correr para si… 5 | EMAS DE BEJA
Na sede de freguesia, foi efetuada a manutenção da estação elevatória na Rua Eça de Queiroz, por meio da reparação da vedação, lim-
peza do espaço, e substituição dos vãos (a concluir) e substituição de uma das bombas, tendo-se ainda assegurado a construção de cai-
xa, à saída da localidade, para o contador da conduta adutora da localidade de Vila Azeda.
Nos locais de Maria do Vale, Monte Novo da Estrada, Porto Peles e Padrão efetuou-se a limpeza das redes de drenagem de águas resi-
duais, sendo que à exceção de Maria do Vale, nos restantes locais assegurou-se também a limpeza das respetivas fossas.
Na localidade de Padrão, procedeu-se ainda à reparação das caixas e tubagem de respiração da fossa e à colagem de algumas tampas da
rede de drenagem.
Para além das atividades referidas, deu-se sequência à reabilitação da ETAR de Vila Azedo, já iniciada anteriormente, a qual teve por
objetivo a construção de uma caixa de retenção de sólidos e de um órgão de tratamento preliminar.
Trabalho de construção da caixa de retenção de sólidos e órgão de tratamento preliminar na ETAR de Vila Azeda.
Ricardo Gomes | Chefe da DOMSA
A EMAS de Beja, como incentivo ao empreendedorismo e desenvolvimento local apoiou o evento
Meu Futuro24 que decorreu entre os dias 22 e 23 de Fevereiro no Cine-Teatro Pax-Julia.
Para mais informações sobre o evento consulte o site: http://mf24.org/c/beja.html
EMAS de Beja
6 | EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
No passado dia 25 de fevereiro deram início os trabalhos de
ligação das captações JK5 e Água Doce para efeitos de rega,
conforme já havia sido publicado. As condições climatéricas que
se fizeram sentir durante a semana, limitaram de certa forma o
decorrer da abertura de vala e soldadura dos tubos de PEAD.
Manutenção de pavimentos na freguesia das Neves
Rua central - Vila Azedo
No decorrer da semana aberta da freguesia de N. Srª. Das
Neves, foram realizadas várias reposições de pavimentos resul-
tantes da actividade da EMAS, nas redes de água e saneamento.
Aproveitamento de captações para rega
Substituição de ramais na rua Marquês de Pombal na C. Gorda
Como resultado de uma extensão de conduta necessária ao
abastecimento de água para um novo contrato realizado na
rua Marquês de Pombal na C. Gorda, foi remodelado o
abastecimento de água a cerca de 5 moradias. Os ramais
existentes derivavam uns dos outros em tubo de PEAD de
32 mm, pelo que a extensão de rede agora realizada permi-
tiu o abastecimento individual dos fogos a partir da nova
conduta de PEAD DN 90.
Microgeração de energia eléctrica no parque de materiais da EMAS
No dia 28 de fevereiro foi atribuída a potência de ligação de 3,68 kW para microprodução de
energia eléctrica decorrente do registo da instalação do parque Operacional da EMAS. A instala-
ção irá produzir energia eléctrica a partir de fonte solar através de tecnologia fotovoltaica, energia
esta que poderá ser vendida ao distribuidor, em regime bonificado, conforme definido pelo DL
363/2007, de 2 de novembro, alterado e republicado pelo DL 118-A/2010, de 25 de outubro.
Imagem exemplificativa
João Pirata | Chefe da DOMA
A convite da escola E.S. D. Manuel I de Beja, promotora do
colóquio sobre a Sustentabilidade dos Recursos Hídricos do
Alentejo “O presente e o futuro”, a Empresa Municipal de
Água e Saneamento de Beja esteve presente para deixar o seu
testemunho e experiência relativa à gestão do ciclo urbano da
água. Foi um privilégio a possibilidade de poder contribuir para
uma iniciativa de reconhecida importância para os jovens,
fomentando a ligação da Escola e dos alunos à comunidade
onde se inserem.
EMAS de Beja
Setor Comercial (DAFC/SC)
Nossa Senhora das Neves (a 07-02-2013)
Beja (a 08-02-2013)
8| EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
EMAS de Beja
No âmbito da XII Semana Aberta, promovida pela Camara Municipal de Beja, estivemos hoje de manhã presentes com o projeto
Heróis da Água na Escola Básica de Nossa Senhora das Neves a realizar atividades lúdico-pedagógicas para os alunos do jardim-de-
infância. Esta sessão contou também com a presença da mascote do projeto para grande satisfação dos mais novos.
Os Heróis da Água continuam a fazer novos amigos, desta
feita agentes da Guarda Nacional Republicana pertencentes
ao nobre projeto Escola Segura. Assim a foto que aqui dispo-
nibilizamos é um registo do envolvimento da comunidade e
de instituições que dentro das suas responsabilidades traba-
lham em prol de uma sociedade melhor. A fotografia foi tira-
da no âmbito de mais uma deslocação da iniciativa “EMAS vai
às escolas”, em Baleizão, com a sala do Jardim de Infância. A
deslocação de hoje foi direcionada para o primeiro ciclo, bre-
vemente serão disponibilizadas as fotos, mas não podíamos
deixar de fazer esta agradável surpresa aos mais novos.
EMAS de Beja
...águas de Beja, a correr para si… 9 | EMAS DE BEJA
EMAS de Beja
Zona 4
Bento de Jesus Caraça
Avenida do Brasil Avenida Fialho de Almeida
Zona 6
Rua Pedro Vitor
Ramalho Ortigão
D. Afonso Henriques
Zona 7
General Humberto Delgado
Zona 8
Avenida Fialho de Almeida Bairro da força Aérea Fernando Namora
10| EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
A evolução dos trabalhos pode ser acompanhada passo a passo em:
Zona 10
São Sebastião Tenente Sanches Miranda
Zona 13
Afonso Lopes Vieira Afonso Albuquerque Almeida Garret
Rua Aresta Branco Rua Conde da Boavista Rua Infantaria 17
Praça da República Rua de Santo António Rua Luís de Camões
...águas de Beja, a correr para si… 11 | EMAS DE BEJA
Os heróis da água estiveram presentes na inauguração da obra de requalificação urbana do Bairro da Mouraria.
Uma cerimonia que decorreu dia 9 de fevereiro, aberta a toda a população.
EMAS de Beja
A iniciativa “EMAS vai às Escolas” visa atuar ao nível da sensibilização ambiental com ações de maior proximidade, recorrendo a diver-
sos materiais lúdico-pedagógicos. Dias divertidos com muitas atividades, jogos e animação, onde são explorados de forma interativa e
participativa, temas que contribuem para a defesa e preservação da água, onde os mais novos aprendem hábitos a adotar para o uso
eficiente da água. No final das sessões a satisfação de todos era bem evidente, como demonstram as fotografias que aqui disponibiliza-
mos.
...águas de Beja, a correr para si… 13 | EMAS DE BEJA
Centro Escolar de São João Baptista (a 07-02-2013)
Escola Básica de Nossa Senhora das Neves (a 19-02-2013)
Cont. (...)
Escola primária de São Matias (a 20-02-2013)
Centro Escolar de Santiago Maior (a 26-02-2013)
Cont. (...)
14 | EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
Cont. (...)
...águas de Beja, a correr para si… 15 | EMAS DE BEJA
Centro Escolar de Santa Maria (a 28-02-2013)
Cont. (...)
O projeto Heróis da Água lançou um desafio ao espaço Bedeteca de Beja para a criação de uma banda desenhada sobre as Aventuras
do Herói da Água. Esta iniciativa vai de encontro aos objetivos do projeto que se baseiam no envolvimento da comunidade para que a
mensagem de que é necessário efetuar um uso eficiente da água, chegue a todos os públicos. Esta forma de sensibilização, mais lúdica,
é também um incentivo à criatividade dos participantes. Acompanhe aqui a evolução e o desenvolvimento dos trabalhos. Desde já um
agradecimento especial a todos os que estão a participar nesta iniciativa.
EMAS de Beja
EMAS de Beja
António Conceição | Chefe do GCPeST
O ruído pode provocar
Lesões de órgãos auditivos;
Perturbações da comunicação;
Irritação;
Fonte de fadiga;
Perturbação da circulação sanguínea;
Stresse.
Prevenção e Proteção!
Adquirir máquinas e ferramentas que cumpram as normas CE;
Nas máquinas susbstotuir partes metálicas por partes plásticas manos ruidosas;
Blindar as partes das máquinas particularmente ruidosas;
Manter os equipamentos e máquinas devidamente lubrificados;
Absorver choques por meio de revestimentos de borracha;
Instalar painéis de absorção de ruído e vibrações no ambiente de trabalho;
Alternar funções entre tarefas sujeitas ao risco e isentas de risco;
Utilizar proteção individual sempre que os níveis de ruído ultrapassem os 85dB (A).
No caso de insuficiência de saldo à data de débito, qual o critério adotado pela EMAS?
É enviada a mesma fatura com um prazo mais alargado, com três opções de pagamento. O consumidor fica com possibilidade de
liquidar a sua fatura nos CTT, no Multibanco ou no balcão da tesouraria da EMAS.
Após a data limite de pagamento da fatura posso pagar por multibanco?
Não. Só nos balcões da EMAS.
O que devo fazer para rescindir o contrato de fornecimento de água?
Deve comunicar à EMAS a intenção de rescindir o contrato, podendo efetuar a rescisão através do Balcão EMAS, por Carta ou Fax,
sendo necessário indicar:
Nome e código de Cliente (documento de identificação);
Data e morada do local em que pretende rescindir o contrato;
Leitura do contador;
Morada para envio da última Fatura da Água;
Motivo para rescisão.
O cliente deve ainda facilitar o acesso ao contador para que o técnico da EMAS proceda ao levantamento do mesmo.
EMAS de Beja
16 | EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
Os dados apresentados referem-se às intervenções ocorridas durante o mês de Fevereiro de 2013, tendo este trabalho sido realiza-
do pelo Núcleo de SIG e Cadastro através da análise dos dados obtidos pelo Sistema de Gestão de Intervenções.
OCORRÊNCIA N.º Registos %
ROTURA DE CONDUTA 17 23,6%
ROTURA DE RAMAL 55 76,4%
Total 72
TEMPO DE RESPOSTA N.º Registos %
No próprio dia 36 50,0%
1 dia 6 8,3%
2 dias 12 16,7%
3 dias 8 11,1%
Mais de 3 dias 10 13,9%
Total 72
TEMPO DE RESPOSTA MÉDIO (dias)
2
TOTAL DE OCORRÊNCIAS RESOLVIDAS NOS PRIMEIROS 3 DIAS
62 (86,11%)
TEMPO DE RESPOSTA N.º Registos %
No próprio dia 58 72,5%
1 dia 14 17,5%
2 dias 4 5,0%
3 dias 0 0,0%
Mais de 3 dias 4 5,0%
Total 80
TEMPO DE RESPOSTA MÉDIO (dias)
1
TOTAL DE OCORRÊNCIAS RESOLVIDAS NOS PRIMEIROS 3 DIAS
76 (95,00%)
OCORRÊNCIA N.º Registos %
DESOBSTRUÇÃO DE COLETOR 21 26,3%
DESOBSTRUÇÃO DE REDE PREDIAL 51 63,8%
LIMPEZA DE FOSSA 8 10,0%
Total 80
24%
76%
Tipo de Ocorrências
Rotura de conduta Rotura de ramal de água
26%
64%
10%
Tipo de ocorrências
Desobstrução de colector
Desobstrução de rede predial
Limpeza de fossa
...águas de Beja, a correr para si… 17 | EMAS DE BEJA
Estão anunciadas grandes mudanças para o setor da água no ano em que a APDA – Associação Portuguesa de Distribuição e
Drenagem de Águas comemora 25 anos, Rui Godinho, é fundamental envolver os municípios neste processo.
Como vê o processo de restrutura-
ção do Grupo Águas de Portugal
[adp] e qual o impacte que terá no
sector da água?
O que precisa de ser restruturado é o
sector, não só o Grupo AdP.
Para podermos falar de uma restru-
turação do sector, que outras com-
ponentes teriam de ser contempla-
das?
Trezentos e oito municípios, que são, ao
mesmo tempo, gestores dos sistemas em
baixa, direta ou indiretamente, e também
accionistas parceiros dos sistemas multi-
municipais. Não é possível fazer uma res-
truturação do sector da água – e mesmo
do Grupo AdP – sem os municípios.
Esse diálogo não está a acontecer?
Não sei. O que eu tenho percecionado é
que, do lado dos municípios, há, pelo
menos, um aparente retraimento de par-
ticipação neste processo. Não sei se há
uma liha única de orientação que tivesse
sido encontrada pelos municípios através
da sua associação representativa, a Asso-
ciação Nacional dos Municípios Portugue-
ses, que não se tem pronunciado comple-
tamente nada sobre o assunto. Por outro
lado, alguns sinais que me têm chegado,
embora dispersos, e que, portanto não
dão para retirar uma orientação geral, é
que tem havido dificuldades em encon-
trar uma adesão entusiástica dos municí-
pios relativamente ao processo de res-
truturação. Há, claramente, diversos
tipos de posições e interesses da parte
dos municípios. Alguns têm os seus siste-
mas numa situação de completa insusten-
tabilidade, por diversas razões. Mas há
sistemas, serviços municipalizados que
são muito bem geridos e onde não vejo,
sinceramente, nenhuma receptividade
nem nenhuma necessidade, de os integrar
um processo de verticalização.
Acha que isso pode pôr em causa os
objectivos de verticalização da AdP?
Não creio que irá pôr em causa, mas vai
mitigar certamente o alcance dos proces-
sos de verticalização que venham a ser
concretizados. Vai haver certamente pro-
cessos e verticalização, em algumas áreas
do País, noutras não haverá. Vejo grandes
dificuldades, por exemplo, na Área
Metropolitana de Lisboa, onde há servi-
ços municipalizados que funcionam muito
bem, quer a norte do Tejo, quer a sul do
tejo. São conhecidas posições até de
alguns dirigentes relevantes de serviços
municipalizados e também sei de situa-
ções no centro do País e no norte, onde
há comunidades intermunicipais que não
estão a aderir ao processo de verticaliza-
ção.
Onde é que existe mais receptivida-
de das autarquias a este processo?
Onde tem havido alguma receptividade é
em Trás-os-Montes e Alto Douro, mas
não tenho informação suficiente. A situa-
ção é muito diferente de região para
região. Há dificuldades até na forma
como os municípios estão a responder às
solicitações da AdP, no sentido de parti-
ciparem nas fusões dos sistemas multimu-
nicipais, porque, atenção, as fusões dos
sistemas multimunicipais têm de ter a
adesão dos municípios. Eles têm 49 por
cento das participações nos sistemas
multimunicipais. E mais: os sistemas fun-
cionam na base de uma concessão que foi
atribuída por decreto-lei. Esses contratos
de concessão têm várias cláusulas impor-
tantes, mas têm que é de decisiva para
gerir este tipo de relacionamento com os
municípios. É que, no final da concessão,
o património afecto à concessão reverte
para os municípios. Não vi essa questão
ainda suficientemente tratada. Como é
que vai ser feito, se tiver de haver, por
exemplo, também por decreto-de-lei,
resgate dessas concessões? Tenho muitas
dúvidas sobre isso.
O facto de 2013 ser um ano de
autárquicas torna o processo mais
difícil?
Também dificulta. Todo o processo de
reforma de estruturas desta natureza leva
o seu tempo. E as metas que foram fala-
das pelo Governo, não sei se é possível
[cumpri-las] a não ser que o Governo
imponha, do ponto de vista político-
administrativo, uma solução sem um
envolvimento de todas as partes.
Seria uma forma negativa de con-
cretizar a reforma do sector?
Completamente negativa. E principalmen-
te num ano de eleições autárquicas, em
que vai haver um número muito significa-
Cont. (...)
18 | EMAS DE BEJA ...águas de Beja, a correr para si...
terem atingido o limite dos mandatos.
Também essa transformação – os que
estão e vão sair não quererão certamen-
te assumir responsabilidades que depois
comprometam os próximos, e os próxi-
mos ainda não estão em funções – vai
atrasar [o processo]. Mas, claramente, é
necessário reestruturar o sistema.
E a fusão dos sistemas multimunici-
pais é uma boa solução para resol-
ver o problema de insustentabilida-
de do sector da água?
É. Não há outra forma senão fundir. A
reorganização dos sistemas em alta deve
ser feita. E os sistemas em baixa também
têm que ser reorganizados. O que pro-
pomos é uma integração horizontal, com
a aglomeração de vários municípios,
criando entidades gestoras de dimensão
suficiente para a obtenção do que chama-
mos a “escala mínima eficiente”, porque
há muitos sistemas municipais que, pela
sua pequena dimensão, não são sustentá-
veis. Senão for possível uma verticaliza-
ção de todo o sector, e não será, supo-
nho eu, no curto prazo, é preciso ter um
plano B. Ora, o plano B que, como hipó-
tese de trabalho, devia ser discutido, era
este: a reorganização em alta e uma reor-
ganização em baixa, com algumas integra-
ções [verticais]. Onde não houver inte-
grações, os municípios em baixo que
criaram entidades gestoras com dimen-
são mínima eficiente que façam o que
quiserem: concessionem, façam empresas
intermunicipais, continuem a gerir siste-
mas públicos, etc. impor de uma forma
um pouco ortodoxa uma solução a todo
o país é muito difícil.
Cont. (...)
Autor | Joana Filipe
A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), empresa do grupo Águas
de Portugal que resulta de uma parceria pública envolvendo o
Estado e 21 Municípios do Alentejo criada em 2009 para explo-
rar e gerir os serviços de águas relativos ao Sistema Público Inte-
grado de Águas do Alentejo, avançou recentemente com um
conjunto de novas empreitadas.
No concelho de Beja, a AgdA vai ampliar o reservatório de água
potável da Atalaia, com a construção de uma nova célula com
5.000m3 de capacidade, o que permitirá duplicar as atuais reser-
vas de água potável da cidade, permitindo assegurar um dia de
abastecimento, no mês de maior consumo.
A empreitada, que deverá estar concluída no final do ano e está
a cargo da empresa Oliveira, S.A., representa um investimento
de aproximadamente 1,1 milhões de euros, e criará também as
condições para que as duas células possam ser abastecidas, quer
a partir da ETA do Roxo, quer a partir das captações subterrâ-
neas existentes.
No concelho de Almodôvar, a AgdA vai ampliar e reabilitar a
ETA da Rabaça, infraestrutura que garante a produção de água
potável para abastecimento dos cerca de 3 mil habitantes desta
vila.
A empreitada, representando
um investimento de cerca de
300 mil euros e adjudicada em
dezembro passado à empresa
HUBEL, S.A., inclui a execução
de um reservatório de água bru-
ta, uma estação elevatória, uma
unidade de oxidação e desinfe-
ção por dióxido de cloro, a melhoria do funcionamento dos tan-
ques de mistura, a instalação de novos equipamentos de filtra-
ção, a instalação de novos equipamentos de dosagem de reagen-
tes e a reabilitação do edifício da ETA.
A AgdA vai também avançar com a construção de uma nova
conduta para transporte de água tratada entre a ETA do Alvito e
o Reservatório da Forca, no município de Cuba. A empreitada,
no valor de cerca de 880 mil euros e adjudicada à Socopul, S.A.,
irá permitir melhorar o abastecimento de água para consumo
aos municípios de Alvito, Cuba e Vidigueira, através da constru-
ção de uma conduta com cerca de 6,2 km, câmaras de interliga-
ção e um novo reservatório de ar comprimido para proteção do
golpe de ariete (fenómeno relacionado com variações de pres-
são).
A qualidade da água para o consumo humano no concelho de Beja é “excelente” garante Rui Marreiros, director delegado da EMAS –
Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja.
Segundo o mesmo responsável o relatório global da qualidade da água de 2012 fechou com um índice de qualidade de 99,6%. Rui Mar-
reiros diz que este é um dos valores “mais altos” que a EMAS já atingiu. O director delegado da Empresa Municipal realça que foram
ultrapassados: o valor da média nacional, que é de 98%, e o valor do regulador, que se situa nos 99%. O mesmo responsável afirma que
estes números dão “motivação e ânimo” para a Empresa continuar a trabalhar em prol dos munícipes e a distribuir água de “boa quali-
dade”. Para 2013, a meta é “manter o nível de excelência e de qualidade dos serviços” assegura Rui Marreiros.
...águas de Beja, a correr para si… 19 | EMAS DE BEJA
… águas de Beja, a correr para si...
Conselho de Administração (membros não remunerados)
Jorge Pulido Valente
(Presidente do Conselho de Administração)
José Domingos Negreiros Velez
(Administrador não executivo)
Cristina Maria Gomes Martins Valadas
(Administradora não executiva)
Direção da EMAS
Rui Marreiros
(Diretor Delegado)
www.emas-beja.pt
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