Boletim questão sindical ano 1 número 1

Para o bem ou para o mal, com a crise política e de liderança da presi-dente Dilma, a Câmara dos Deputa-dos e o Senado assumiram um papel na vida política brasileira que há mui-to não se via. Resultado da pressão que sofreu durante os anos de ditadu-ra, o parlamento brasileiro era desde a redemocratização um mero carim-bador das decisões do Poder Executi-vo. Com raras exceções, apenas apro-vava aquilo que o Palácio do Planalto queria e da forma que era imposto ou acertado em troca de cargos e sabe-se lá o que mais.

Isso agora mudou. O Poder Legis-lativo está mais independente e isso é bom para a democracia, pois é as-sim que a Constituição determina. E tudo isso só reforça o que temos fa-lado há décadas: É PRECISO ESCO-LHER MUITO BEM EM QUEM VO-TAR PARA VEREADOR, DEPUTADO E SENADOR! Tenho certeza que a maioria das pessoas não se lembra em quem votou para deputado nas eleições de 2014. Essa é a desgraça da vida nacional.

Votar em qualquer um é como dar a qualquer desconhecido o direi-to de decidir o que fazer com a nos-sa vida. O resultado é a aprovação de projetos contrários aos interesses dos trabalhadores, como a terceiri-zação, pacote fiscal, arrocho, redu-ção do seguro-desemprego, da pen-são por morte, etc.

Repito o que já disse outras ve-zes: não adianta bater panelas para a presidente e votar em qualquer pi-careta para o Poder Legislativo. Já deu para ver que com essa indepen-dência eles mandam tanto quanto o Poder Executivo, então, se temos de protestar e reivindicar direitos é em relação a todos eles, de todos os partidos. E isso pode ser feito de vá-rias formas, mandando emails, se manifestando nas nas redes sociais e, claro, indo às ruas.

Informe-se, procure opiniões di-versas para formar sua opinião, pois disso depende o futuro do seu país, o seu futuro e o dos seus filhos.

Tenho participado, nos últimos dias, da Reunião Anual da Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT), que acontece em Genebra. Trata-se de um fórum amplo, com mais de 160 países.

Fundada em 1919, a OIT exerce o importante papel de orientar so-bre as relações de trabalho e firmar normas que buscam garantir traba-lho decente. Por isso, é um órgão tripartite. Desta 104ª reunião anu-al participam representantes de trabalhadores, empregadores e de governos.

Um evento desse porte, com tantos participantes, tem uma pau-ta variada, que é tratada em gru-pos de trabalho. Eu, afora outras ações, integro o grupo de sindica-listas de países de Língua Portu-guesa. Participo e faço propostas.

Uma das propostas que fiz é pela criação de rede sindical específi-ca. Ou seja, articular grupos sindi-cais para atuação junto a empre-sas estabelecidas nesses países. A

ideia da rede é propiciar condições para que se estabeleça um padrão de garantias a esses trabalhadores.

Também me preocupa a entrada nesses mercados de produtos fa-bricados em condições de explora-ção da mão de obra. Por isso, tam-bém levei ao grupo a ideia de que esses países valorizem o produto decente, fixando barreiras para o que, comprovadamente, foi produ-zido mediante a exploração do tra-balhador, especialmente as crian-ças. No Brasil, alguns direitos estão ameaçados. É hora de unir forças para que não sejam retirados.

Uma discussão produtiva nesta reunião da OIT mobiliza as entida-des sindicais dos chamados Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os dirigentes classistas que-rem criar mecanismos de proteção e valorização do trabalho no âmbi-to dos Brics. Já está marcada reu-nião, para julho, na Rússia. A Força Sindical confirmou presença.

A participação nos eventos da Organização Internacional do Tra-balho é um momento de troca de experiências e de aprendizado. A presença de tantos sindicalistas, empregadores e representantes de governos também é um sinal de apoio e valorização das instituições comprometidas com o trabalho de-cente e a justiça social, como é a OIT.

SRTE - No momento em que faço este artigo, amigos do PDT e do sindicalismo sugerem meu nome para a Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Pau-lo. Agradeço a confiança e reafir-mo que é tarefa de todos nós atuar pelo fortalecimento do Ministério do Trabalho e Emprego, ocupado hoje por um trabalhista histórico, o companheiro Manoel Dias.

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 10 de junho de 2015.

QUESTÃO sindicalopinião

opinião aposentados

em brasília

A importância da OIT

A vez doCongresso Nacional

11 de junho de 2015 - número 1 - ano 111 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355

QUestão sindical é uma publicação da do lado de Ka Soluções em Comunicação e troad Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

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Brasil precisa de novas políticas públicaspara enfrentar trabalho infantil, diz FNPETIEm 12 de junho é celebrado o Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil

Os governos municipais, estadu-ais e federal precisam promover novas políticas públicas para for-talecer a luta contra o trabalho in-fantil. É o que defende Isa Maria de Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), em entrevista exclusiva ao Questão Sindical.

Ela comenta: “Numa projeção es-tatística, se mantidas as condições atuais, em 2020 ainda teremos 2 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, trabalhando. É ur-gente que o governo brasileiro, nas três instâncias, priorize na agenda política o enfrentamento ao traba-lho infantil como condição neces-sária para promover o desenvolvi-mento sustentável no País.”

Cadeia produtiva - Os empresá-rios também têm papel crucial. “O trabalho infantil no mercado for-mal está praticamente erradicado. O que não acontece em atividades informais urbanas, na agricultura, principalmente a familiar, e ativida-des perigosas, como o trabalho do-méstico e em lixões. É preciso que os empresários monitorem a cadeia produtiva”, afirma Isa.

emancipação - Tráfico de dro-

gas e exploração sexual também aliciam crianças e adolescentes. “É preciso que a proteção social seja efetiva para garantir a emancipa-ção das famílias. Tem que ter qua-lificação profissional, inclusão em programas de geração de trabalho e renda e, principalmente, incenti-var a elevação de escolaridade de adultos. As crianças que trabalham são de famílias pobres com adultos de baixa escolaridade”, avalia a se-cretária-executiva.

Avanços - De acordo com ela, o trabalho infantil (de 5 a 17 anos) foi reduzido em 59% nos últimos 20

anos. “Mas isso requer uma refle-xão responsável. Porque ainda te-mos mais 41% para resolver. Man-tidas as políticas públicas atuais, o Brasil não vai eliminar as piores for-mas de trabalho infantil até 2016, e todas as formas de trabalho infantil até 2020, que são as metas defini-das pela OIT”.

debate - na próxima terça (16) acontece debate na Câmara dos Deputados. Será no plenário 7, às 14h30. Para participar, ligue (61) 3216-6781 ou (61) 3216-6782.

Saiba mais: www.fnpeti.org.br

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Walter dos santosPresidente do Sindicato

dos Empregados no Comércio de Guarulhos

Sindicalistas de todo o País partici-parão no início da próxima semana de vigília em Brasília. O objetivo é pressio-nar a presidente Dilma Rousseff (PT) a não vetar a nova fórmula de cálcu-lo do Fator Previdenciário, que define os valores das aposentadorias. Quar-ta (17) é o último dia do prazo para a presidente sancionar ou vetar a Emen-da 45 (de autoria do deputado Arnal-do Faria de Sá, do PTB-S) e a fórmula 85/95 da MP (Medida Provisória) do ajuste fiscal, a 664/14. Está prevista a participação de lideranças de entida-des sindicais de todo o País, além de trabalhadores de várias categorias.

Em entrevista ao Questão sindi-cal, Carlos Ortiz, presidente nacional do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, afirma: “Esperamos bom

senso da presidente Dilma em não ve-tar a fórmula 85/95. Depois de anos de muito suar a camisa, e contribuir direta-mente pelo desenvolvimento do País, o trabalhador brasileiro merece receber de acordo com o que contribuiu”.

Novas regras - A nova fórmula de cálculo possibilita a não incidência do Fator, o que garante aposentadoria in-tegral nos casos em que a soma da ida-de do segurado somada ao tempo de contribuição for igual ou maior que 95, para homem, e 85, para mulher, consi-derando que o tempo mínimo de con-tribuição é de 35 para homens e 30 para mulheres.

Saiba mais: www.sindicatodosaposentados.org.br

“A quem interessa o enfraqueci-mento dos Sindicatos no País?” Esta é a pergunta que faz Sebastião Soares, diretor Nacional de Formação da Nova Central (NCST) e presidente da Agên-cia Social, que participará de audiência pública para debater a interferência nociva do Ministério Público do Traba-lho (MPT) no movimento sindical. Será na próxima quinta (18), na Câmara dos Deputados, em Brasília, às 14 horas.

temas - Contribuição assistencial como mecanismo de sustentação fi-nanceiras de entidades sindicais, Con-venções Trabalhistas, ingerência em

eleições estarão entre os principais te-mas. “Há anos sofremos interferência por parte dos procuradores quanto às contribuições sindicais. Muitos decla-ram nulas as cláusulas, propõem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e entram com Ação Civil Pública para de-volução dos valores descontados”, re-clama Sebastião.

Convidados - Para a audiência, fo-ram convidados, além de Sebastião, José Calixto Ramos, presidente da NCST; Lourenço Ferreira do Prado, pre-sidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Cré-

dito (Contec); Stanley Gacek, diretor-adjunto da OIT (Organização Interna-cional do Trabalho); Joilson Cardoso, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil); Luís Antô-nio Camargo de Melo, procurador-ge-ral do Ministério Público do Trabalho (MPT); representantes do TST (Tribu-nal Superior do Trabalho); do STJ (Su-perior Tribunal de Justiça); Marcus Vi-nicius Furtado Coelho, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); representantes do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

Saiba mais: sites das Centrais Sindicais.

Termina nesta sexta (12) a Semana de Luta em Defesa do Emprego e Contra De-missões, iniciativa do Sindicato dos Meta-lúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. As manifestações acontecem na Capital pau-lista em Mogi. O último dia de protestos será no Jardim Jaraguá (em frente à Me-cano Científica), Zona Oeste de São Paulo.

Sindicatos da categoria de outras re-

giões do Estado apoiam os atos. Em nota no site da Força Sindical, o pre-sidente da Central e do Sindicato, Mi-guel Torres, afirma: “Não vamos acei-tar demissões, há outras alternativas que podem ser negociadas e aplicadas antes de demitir e vamos buscá-las”.

protestos - Segunda (8), os protes-

tos aconteceram em Mogi das Cru-zes (Vila Industrial); terça (9), Jaçanã, Zona Norte da Capital; quarta (10), na Mooca e em Itaquera (ambos na Zona Leste); quinta (11), Jardim Pro-missão, Zona Sul.

Saiba mais: www.fsindical.org.br e www.metalurgicos.org.br

Vigília pressiona Dilma contra veto à fórmula do Fator Previdenciário

Sindicalistas debatem interferência nociva do MPT

Semana de Luta pelo Emprego e contra Demissões termina nesta sexta (12)

pereira@metalurgico.org.brPereiraMetalurgicowww.pereirametalurgico.blogspot.com.br

José pereira dos santosPresidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical

Portal Mais Empregotem mais de 16 mil vagas

O Portal Mais Emprego, do MET (Mi-nistério do Trabalho e Emprego), está com 16.871 vagas de trabalho na in-dústria e comércio em várias regiões do País. Do total, 12.767 são para o comér-cio e 4.104 para a indústria. De janeiro a maio deste ano, o Portal disponibilizou mais de 800 mil postos. Mais de 200 tra-balhadores foram contratados.

O acesso às vagas é por meio do site do MTE (www.mte.gov.br). O candida-to faz o cadastro e tem acesso às opor-tunidades no Sine (Sistema Nacional de Emprego). É preciso ter no mínimo 14 anos, além de informar o número do RG, da Carteira de Trabalho e do PIS .

Saiba mais: www.brasil.gov.br

Fecomerciários beneficia mais de 35 mil trabalhadores com PLR

Entre janeiro e maio deste ano, a Fe-comerciários (Federação dos Comer-ciários do Estado de São Paulo) assi-nou acordos de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) que benefi-ciaram 35.614 trabalhadores. Funcio-nários de lojas da Casas Bahia, C&A, Havan, Walmart, Makro, Dicico e Auto Sueco estão entre os contemplados.

Outras negociações estão adiantas com as redes Colombo, Hi Rappy, PB Kids, Leroy Merlin, Centauro, Bela Agrí-cola, Tok Stok, Drogasil e Droga Raia.

Saiba mais: www.fecomerciarios.org.br

“Pacote da Maldade”é o tema do ProgramaVoz do Trabalhador

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Jo-sinaldo José de Barros (Cabeça), será o entrevistado do programa Voz do Tra-balhador desta semana. Ele falará sobre o “Pacote da Maldade” do governo fe-deral (Medidas Provisórias 664 e 665) e o projeto de lei das terceirização.

O programa é transmitido pela TV Destaque (Guarulhos), nos canal 15 da NET, sábado e domingo, das 19 às 20 horas. Também pode ser assistido pelo site www.d11.com.br. O apresentador é o jornalista Júlio Abreu.

Saiba mais: www.metalurgico.org.br

Sincomerciáriosde Guarulhos apoia cursos grátis no Senac

O Sindicato dos Empregados no Co-mércio de Guarulhos é apoiador de cursos gratuitos no Senac. Inscrições estão abertas. Rotinas de Pessoal será dias 6, 7 e 8 de julho; Planejamento de Vendas e Pós-Vendas, dias 10, 11 e 12; e Vitrinismo Básico para o Varejo, 14 e 15. Sempre das 19 às 22 horas. Mais in-formações, ligue (11) 2475-7575.

Saiba mais: www.comerciariosdeguarulhos.org.br

Carlos Ortiz, presidente do Sindnapi

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

CUrtas

Crianças de famílias pobres e com baixa escolaridade são maiores vítimas

subsede itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792

sede Guarulhos 11 2475-6565

www.comerciariosdeguarulhos.org.brimprensa@comerciariosdeguarulhos.org.br

sindicato dos metalúrgicos de Guarulhos e região(11) 2463.5300

www.metalurgico.org.brsindicato@metalurgico.org.br

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