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Caderno de Boas Práticas da Equipe
Regional das SRE de Minas Gerais
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais- 2010
2
Introdução
As próximas páginas apresentam boas práticas com enfoque pedagógico
apontadas e implementadas pela Equipe Regional das SRE de Minas Gerais,
composta de Analistas Educacionais e Inspetores Escolares, cujo trabalho propõe-
se que seja realizado integradamente, somando conhecimentos e experiências .
O conteúdo deste trabalho foi produzido a partir de entrevistas e workshops em
que as atuais práticas dos Analistas Educacionais e Inspetores Escolares das SRE
e algumas práticas internacionais foram debatidas, detalhadas e exemplificadas.
Este Caderno, que contém duas partes, uma com as boas práticas dos Analistas
Educacionais e outra com as boas práticas dos Inspetores Escolares na área da
gestão pedagógica, não pretende ser uma "receita pronta e engessada", mas sim
um instrumento para guiar a equipe na orientação e acompanhamento dos
trabalhos da escola com vistas a construção de um sistema educacional ativo,
democrático, participativo, voltado para a inclusão educacional e social e,
sobretudo, focado na aprendizagem e formação do aluno.
É importante ressaltar que este Caderno estará sempre aberto à complementação,
a partir da experiência e contribuição das Equipes Regionais das SRE, sejam
Analistas ou Inspetores Escolares, que obtenham sucesso por meio de outras
práticas .
3
Conteúdo
Anexos:
1 - Sugestão de Estrutura de Plano de Trabalho para melhoria dos resultados da escola.2 - Sugestão de Relatório de Acompanhamento da Implementação das Ações da Escola.
Instruções sobre como utilizar o Caderno de Boas Práticas da Equipe Regional.
I - O Caderno de Boas Práticas dos Analistas Educacionais.
II – O Caderno de Boas Práticas dos Inspetores Escolares na área da gestão pedagógica.
4
Este Caderno traz Boas Práticas distribuídas em 3 eixos fundamentais
▪ Atuar de forma organizada e produtiva.▪ Planejar as ações pedagógicas em conjunto.
2. Planejamento e reflexão coletiva
▪ Orientar, acompanhar e avaliar o trabalho realizado nas
escolas▪ Promover a liderança e a gestão pedagógica das escolas.
3. Liderança e gestão pedagógica nas escolas
▪ Dominar o conteúdo necessário para o bom desempenho
da função.▪ Aprimorar o conhecimento pedagógico, da legislação e
dos materiais relacionados à escola.
1.Conhecimentos, competências e habilidades
5
Sugestão para utilização deste Caderno
Levantar os pontos fortes e os pontos a serem melhorados.2
Acompanhar a implementação do Plano de Trabalho (ver anexo 2 deste caderno).6
1 Fazer um diagnóstico simples de como está o desenvolvimento de seu trabalho em relação aos 3 eixos fundamentais.
Dentro de cada um dos eixos, selecionar as boas práticas que poderão contribuir para a melhoria dos pontos a serem melhorados.3
Para cada boa prática selecionada, definir ações para a implementação das mesmas. Estas ações podem ser inspiradas nos exemplos práticos contidos neste Caderno e na experiência da Equipe.
4
Elaborar um Plano de Trabalho que contenha as ações a serem implementadas,os prazos e os responsáveis (ver anexo 1 deste caderno).5
Como consultar o Caderno
1 Conhecimentos, competências e habilidades
Eixo
Boa Prática
1.1Dominar o conteúdo necessário para o bom desempenho da
função.
Boa Prática sugerida para a obtenção da excelência do ensino.
Ações concretas
•Conhecer em detalhes o material pedagógico institucional da SEE (Cadernos da SEE/CEALE, Guias do Professor Alfabetizador, do Especialista e do Diretor, dentre outros) bem como outros materiais pedagógicos reconhecidos na área da Educação.• Conhecer a legislação educacional sobre a organização e funcionamento da escola, direitos e deveres dos alunos e professores, organização curricular, etc.•Conhecer as diretrizes e metas de todos os programas e projetos da SEE implantados e implementados pelas escolas.•Visitar o site do CRV e utilizar os estudos de caso e outros materiais buscando o desenvolvimento profissional e novas ideias. (Endereço: h ttp:// crv. educacao. mg. gov.br/).•Utilizar o Portal do Professor (MEC) que possui conteúdo sobre planos de aula, experiências e projetos de todas as SEE, bem como os demais sites disponíveis na internet. (Endereço:http://portaldoprofessor.mec.gov.br).•Informar-se sobre os serviços de educação especial e apoio à inclusão e outros serviços da S.R.E e SEE para orientar e esclarecer melhor as dúvidas das escolas.•Ter conhecimentos básicos da informática que permitam preencher os relatórios on-line.
Ações concretas: Exemplos de como esta prática foi implementada em outras escolas que obtiveram excelentes resultados.
6
7
Conteúdo
Anexos:
1 - Sugestão de Estrutura de Plano de Trabalho para melhoria dos resultados da escola.2 - Sugestão de Relatório de Acompanhamento da Implementação das Ações da Escola.
Instruções sobre como utilizar o Caderno de Boas Práticas da Equipe Regional.
I - O Caderno de Boas Práticas dos Analistas Educacionais.
II – O Caderno de Boas Práticas dos Inspetores Escolares na área da gestão pedagógica.
I- Caderno de Boas Práticas dos Analistas
Educacionais das SRE
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais- 2010
9
Conhecimentos, competências e habilidades
▪ Conhecer as competências da Equipe Regional.
▪ Conhecer em detalhes o material pedagógico institucional da SEE (Cadernos da SEE/CEALE, Guias do Professor Alfabetizador, do Especialista e do Diretor, CBC, etc... Bem como outros materiais pedagógicos reconhecidos na área da Educação.
▪ Conhecer a legislação educacional sobre a organização e funcionamento da escola, direitos e deveres dos alunos e professores, organização curricular, dentre outros.
▪ Conhecer as diretrizes e metas de todos os programas e projetos da SEE implantados e implementados pelas escolas.
▪ Visitar o site do CRV e utilizar os estudos de caso e outros materiais, buscando o desenvolvimento profissional e novas estratégias de ensino. (endereço: http://crv.educacao.mg.gov.br/).
▪ Utilizar o Portal do Professor (MEC) que possui conteúdo sobre planos de aula, experiências e projetos de todas as SEE, bem como os demais sites disponíveis na internet. (endereço: http://portaldoprofessor.mec.gov.br ).
▪ Conhecer os serviços de educação especial e apoio à inclusão e outros serviços da SRE e SEE, para orientar as escolas em suas dúvidas.
▪ Conhecer o acordo de resultados e as metas definidas para a SEE, SRE e Escolas .
▪ Ter conhecimentos básicos de informática que permitam preencher os relatórios on-line de monitoramento dos projetos em curso da SEE, preparar apresentações para capacitações e materiais pedagógicos.
1
Boa Prática Ações concretas
▪ Dominar o conteúdo necessário para o bom desempenho da função
1.1
10
Conhecimentos, competências e habilidades1
▪ Dominar o conteúdo necessário para o bom desempenho da função
1.1 ▪Interpretar números, gráficos e tabelas dos Boletins Pedagogicos e de Resultados do PROALFA e do PROEB, relativos à SEE, SRE e Escolas, fazendo análises quantitativas e qualitativas identificando ações prioritárias para as escolas no desenvolvimento do processo pedagógico.▪Expressar-se bem, ter domínio de conteúdo e de público para garantir qualidade na realização de reuniões, seminários, cursos e encontros com os profissionais da educação.▪Participar de encontros, cursos e reuniões oferecidos pela SEE ou SRE, buscando o aprimoramento profissional.▪Compartilhar conhecimentos informações com todos os membros da equipe, contribuindo para o crescimento de todos.▪Estudar continuamente, ampliando conhecimentos técnicos e pedagógicos através de leituras de textos, livros, revistas e outros.▪Instituir um dia para estudo dos temas relevantes na área da educação propostos pela Diretoria ou pela própria equipe.
▪Participar das reuniões semanais da Equipe para manter-se atualizado e compartilhar informações e conhecimento.▪Estudar e se manter atualizado sobre temas relativos à Educação, aproveitando dos momentos em que a equipe permanece na SRE, para rever os materiais institucionais da SEE e ler outras publicações reconhecidas nacional ou internacionalmente.▪Orientar os colegas nos assuntos técnico pedagógicos que domina e participar de reuniões de orientação oferecidas pelos colegas sobre temas diversos .▪Sugerir à direção da SRE/DIRE nomes de especialistas da área da Educação para atuar na formação continuada da Equipe Regional.▪Participar de cursos e encontros oferecidos por outras instituições educacionais quando autorizados pela Direção da SRE.
Boa Prática Ações concretas
1.2 ▪ Estudar e buscar manter-se sempre atualizado.
11
Planejamento e reflexão coletiva
▪ Planejar, coletivamente, o Plano de Ação da Equipe, considerando os resultados das avaliações externas e as diretrizes da SEE.
▪ Organizar a semana de trabalho, reservando um dia para reunião com toda a equipe e quatro dias para visitar as escolas sob sua responsabilidade.
▪ Organizar-se para preencher os relatórios on-line das escolas sob sua responsabilidade.
▪ Fazer da reunião semanal na SRE um momento especial para estudo dos materiais fornecidos pela SEE (Guias do Alfabetizador, do Especialista e do Diretor, Cadernos da SEE/CEALE, CBC), dentre outros.
▪ Manter o material da SRE que está sendo trabalhado em cada escola organizado e separado em pastas .
▪ Verificar e garantir que todo material pedagógico fornecido pela SEE esteja sendo utilizado adequadamente na escola.
▪ Reunir-se semanalmente, em dia definido com toda a Equipe, para, dentre outros:
-Preparar a semana de trabalho.-Planejar as visitas às escolas sob sua responsabilidade, com seu
companheiro de dupla.-Prestar contas.-Analisar os dados dos resultados das avaliações do PROALFA e PROEB-Elaborar relatórios das visitas, do trabalho realizado e preencher a
ferramenta de monitoramento on line (FMO).-Estudar e discutir temas relativos à Educação, como artigos publicados,
legislação, além dos materiais institucionais da SEE.-Relatar experiências pedagógicas exitosas praticadas nas escolas
visitadas.-Compartilhar conhecimentos e informações.
2
▪ Planejar e organizar o trabalho para aumento da produtividade na SRE
2.1
Boa PráticaAções concretas
12
▪ Participar das reuniões com a dupla da Equipe Central responsável
pela SRE e aproveitar estes momentos para trocar experiências,
discutir os problemas das escolas, tirar dúvidas, fazer diagnósticos e
planejar estratégias de intervenção pedagógica.
▪ Utilizar nas reuniões com a Equipe Central, o relatório de visita na
escola (ver exemplo no anexo 2), que contém observações
pedagógicas e compromissos acordados com as escolas. Este
relatório pode ajudar a preparar e discutir os assuntos prioritários com
a Equipe Central.
▪ Participar de reuniões ou encontros, repassando as orientações
recebidas sobre os diversos projetos da SEE implementados pelas
escolas.
▪ Atualizar-se constantemente sobre as políticas e diretrizes da SEE.
2.2
Planejamento e reflexão coletiva2
Boa Prática Ações concretas
13
Liderança e gestão pedagógica nas escolas
▪ Realizar encontros e reuniões na SRE para desenvolver oficinas e estudar os conteúdos teórico práticos para embasar o trabalho pedagógico nas escolas.
▪ Transmitir, claramente, as diretrizes e políticas da SEE diretamente às escolas, durante as visitas de monitoramento.
▪ Reunir-se com o(a) Diretor(a) ,os(as) Especialistas e Professores(as) para discutir sobre o que está sendo trabalhado na escola, que professores ou alunos estão com dificuldade, que materiais estão sendo usados, definindo conjuntamente as ações de intervenção pedagógica, orientando e acompanhando a sua implementação.
3
▪ Repassar às escolas as orientações e diretrizes pedagógicas da política educacional da SEE.
▪ Visitar salas de aula, conversar com os professores e os alunos e olhar seus cadernos, sob uma perspectiva pedagógica, analisando o desempenho dos alunos e a prática do professor.
▪ Verificar se as atividades desenvolvidas pelo professor e pelos alunos estão coerentes com as diretrizes do Caderno da SEE/CEALE , do Guia do Alfabetizador e do CBC, e se contêm os itens do planejamento mensal/bimestral da escola. (Plano de Ensino)
▪ Verificar se o objetivo e a sequência de atividades propostas pelos professores fazem sentido e estão coerentes com o planejamento bimestral.
▪ Realizar Oficinas de Leitura com pequenos grupos de alunos com dificuldades, listar/avaliar as competências e habilidades adquiridas ou não por cada um e propor as ações de intervenção para aqueles que ainda não aprenderam.
▪ Reunir-se com o especialista e os professores, no intervalo das aulas especializadas ou em outro momento, para comunicar sua análise sobre a turma e sobre cada aluno daquele professor e dar sugestões de como trabalhar as competências e habilidades que ainda não foram adquiridas pelos alunos.
• Auxiliar a escola na identificação dos problemas e na busca de soluções.
3.1
3.2
Boa Prática Ações concretas
14
▪ Conhecer e analisar o Plano de Intervenção Pedagógica das escolas sob sua responsabilidade, apresentar sugestões para sua melhoria, se for o caso.
▪ Verificar se as ações propostas pelas escolas estão sendo implementadas de forma sistemática e dar suporte, fornecendo material, capacitações, esclarecimentos e ajuda.
▪ Elaborar um relatório de visita, discutindo seu conteúdo com o Diretor da Escola e o Especialista, registrando o compromisso e pontos a serem trabalhados nas próximas semanas (sugestão: Anexo 2).
▪ Utilizar este “termo de compromisso formal” (Anexo 2) contendo o que foi combinado no dia da visita à escola, para melhor monitoramento e acompanhamento nas visitas subsequentes.
▪ Garantir a priorização das ações da escola e direcionar o foco para aquelas de maior impacto e capacidade de execução.
▪ Estimular a divulgação, na sala dos professores, da rotina de trabalho dos funcionários da Escola.
▪ Orientar e acompanhar o plano de intervenção pedagógica em cada escola
3.3
▪ Auxiliar a escola na identificação dos problemas e na busca de soluções
3.2▪ Realizar, em conjunto com a equipe pedagógica da escola, diagnóstico com
a Provinha Brasil e outras avaliações diagnósticas para identificar as capacidades linguísticas consolidadas e as não consolidadas.
▪ Estudar com o Diretor, o Especialista e os Professores o Boletim Pedagógico do PROALFA e do PROEB para conhecer as capacidades dos alunos ainda não consolidadas e ajudá-los a elaborar o plano de intervenção pedagógica.
▪ Ouvir do diretor, especialistas e professores as dificuldades evidenciadas no processo ensino aprendizagem e buscar, em conjunto, as soluções.
▪ Desenvolver conjuntamente com especialista e professor estratégias de diagnóstico da aprendizagem dos alunos, listando competências e habilidades por aluno e propor ações de intervenção adequadas para aqueles que não aprenderam.
Liderança e gestão pedagógica nas escolas3
Boa Prática Ações concretas
15
▪ Ser claro e objetivo em suas sugestões e orientações para a escola, certificando-se sempre de que a equipe entendeu as informações e orientações dadas.
▪ Realçar as boas práticas, valorizando e validando o trabalho dos professores e especialistas, com objetivo de construir um clima de colaboração nas escolas.
▪ Orientar e estimular o planejamento a curto prazo dos especialistas, com vistas a organização e acompanhamento das atividades desenvolvidas na escola.
▪ Realizar reuniões com especialistas de várias escolas na SRE, com objetivo de estudar os materiais de orientação (Guia do Alfabetizador, Guia do Especialista,Caderno da SEE/CEALE, CBC e outros) e compartilhar experiência.
▪ Promover o aprimoramento profissional dos especialistas e professores das escolas
3.4
▪ Orientar e acompanhar o plano de intervenção pedagógica em cada escola
3.3▪ Congregar a todos da Escola para a intervenção pedagógica, orientando a
elaboração e implementação do plano de ação por toda a Equipe da Escola (Diretor, Especialista, Professores para Ensino do uso da Biblioteca, Professores em Ajustamento Funcional e demais Professores).
▪ Analisar e estabelecer metas e compromissos, em conjunto com os Especialistas, o Diretor e os Professores, para a intervenção pedagógica.
▪ Orientar o Diretor sobre a importância da divulgação aos pais e comunidade, dos resultados das metas definidas para a escola e do Plano de Intervenção Pedagógica.
▪ Auxiliar na divulgação dos resultados dos alunos e da escola, das metas da SEE/SRE e escolas e do plano de intervenção pedagógica.
▪ Sugerir que os dias escolares sejam também utilizados para estabelecer ações com o objetivo de construir um ambiente acolhedor na escola e um clima de entusiasmo e participação.
Liderança e gestão pedagógica nas escolas3
Boa Prática Ações concretas
16
Liderança e gestão pedagógica nas escolas
▪ Promover grupos de estudo com os Especialistas das escolas da região, para compartilhar experiências, evidenciar projetos positivos e divulgar práticas exitosas.
▪ Mapear e divulgar as experiências de sucesso obtidas na regional e nas escolas durante os encontros, reuniões e eventos.
▪ Participar das reuniões na Regional com o objetivo de divulgar boas práticas, discutir problemas e dificuldades em comum, estudar temas relativos à Educação e à sua prática na escola.
3
▪ Promover a divulgação de práticas exitosas entre as escolas de sua regional
3.5
▪ Discutir o diagnóstico dos resultados das Avaliações Externas (PROEB, PROALFA, Provinha e Prova Brasil) junto com os especialistas, analisando as competências e habilidades dos alunos consolidadas ou não, com o objetivo de implementar as ações de intervenção pedagógica.
▪ Manter um “banco” de experiências bem sucedidas em Educação e de materiais pedagógicos, utilizando-os, no momento e ocasião adequados, com os especialistas e professores.
▪ Ter uma postura de ouvinte, diante do diretor, especialistas e professores, buscando entender a situação da escola e buscando,conjuntamente, soluções para os conflitos.
▪ Organizar reuniões, seminários e cursos com as escolas para atender às demandas.
▪ Empenhar-se no repasse dos encontros, fazendo com que as orientações recebidas cheguem com qualidade e no momento planejado.
▪ Auxiliar na preparação e participar de reuniões com os pais de modo a conscientizá-los sobre a importância da participação na aprendizagem dos filhos.
▪ Promover o aprimoramento profissional dos especialistas e professores das escolas
3.4
Boa Prática Ações concretas
II- Caderno de Boas Práticas dos Inspetores
Escolares na área da Gestão Pedagógica
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais- 2010
188
Conhecimentos, Competências e Habilidades
Reportar os problemas das escolas somente e diretamente e apenas para os responsáveis.
Não comentar problemas de colegas e problemas discutidos em reuniões. Discutir casos sem mencionar nomes e referências. Dar abertura para os colegas de equipe da SRE, ouvindo as idéias,
ensinando e aprendendo sobre assuntos pedagógicos e ajudando a estabelecer uma relação de parceria.
Acreditar no trabalho a ser realizado. Empenhar-se na busca da solução para os problemas existentes, sendo
corresponsável por todo o processo. Procurar manter a serenidade, mesmo em situações delicadas. Mostrar-se parceiro na solução de problemas. Elaborar relatórios com parecer conclusivo, baseados em fatos reais, e
enviá-los à chefia imediata para apreciação e providencias cabíveis. Respeitar as atribuições de cada cargo/função. Realizar o trabalho com profissionalismo e competência.
1
Boa Prática Ações concretas
▪ Ter postura ética no trabalho.
1.1
Manter a visão pedagógica em todas as atividades, mesmo naquelas classificadas como administrativas.
Promover estudos da legislação na SRE e Escolas, fazendo análise de situações problema.
Manter organizado o material individual de trabalho e, em dia, o conhecimento e aplicabilidade dos mesmos.
Estabelecer a interface entre questões pedagógicas e administrativas.
Conhecer a legislação relativa à Educação.
1.2
Conhecimentos, Competências e Habilidades1
Boa Prática Ações concretas
Estabelecer comunicação com os diversos interlocutores de seu universo de trabalho.
Destinar espaço e tempo para estudo da legislação a fim de que a escola possa se orientar de forma segura.
Saber lidar com as equipes das escolas e comunidades, ajustando o vocabulário e o texto à situação comunicativa.
Trabalhar em sintonia com outros setores da SRE, colaborando para a correção das medidas e das ações desenvolvidas.
Trabalhar em consonância com as políticas públicas à luz da legislação.
▪ Adaptar-se aos diferentes interlocutores com os quais dialoga
1.3
Estudar os Cadernos da SEE/CEALE, os CBC, o Banco de Itens, os Guias do Alfabetizador, os Boletins Pedagógicos, os materiais disponíveis no ambiente virtual do CRV, os Guias do Especialista em Ed. Básica e do Diretor Escolar, os Cadernos de Boas Práticas dos demais profissionais da escola, dentre outros.
Procurar possuir material individual relacionado a outras funções do Inspetor Escolar e às funções dos demais servidores das escolas.
Incentivar a utilização dos materiais da SEE/MG pelos diversos segmentos da Escola.
Interpretar números, gráficos e tabelas dos Boletins Pedagógicos e de Resultados do PROALFA e do PROEB, relativos à SEE, SRE e Escolas, fazendo análises quantitativas e qualitativas, identificando ações de intervenção pedagógica.
▪ Conhecer os materiais disponíveis da área educacional.
1.4
19
20
Planejamento e Reflexão coletiva
▪ Planejar, com o Analista companheiro de dupla, as visitas e as ações de acompanhamento à escola, promovendo um trabalho coerente que possibilite a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
▪ Participar das reuniões semanais com a Equipe de Inspetores e Analistas.
▪ Participar das reuniões pedagógicas com os Analistas da SRE e Equipe Central.
▪ Elaborar, em conjunto com o colega Analista, a agenda mensal de viagens e revisá-la semanalmente.
▪ Visitar as escolas, sempre que possível em conjunto com o Analista, para garantir coerência no trabalho da dupla junto à escola.
▪ Definir previamente os assuntos a serem abordados nas visitas às escolas.
▪ Manter contato permanente com o seu colega Analista, através de e-mail, telefone, para compartilhar informações e conhecimento
2
Boa Prática Ações concretas
▪ Manter contato constante com os colegas.
2.1
▪ Participar, com os colegas analistas, de reuniões cujos temas de estudos sejam legislação, avaliação, questões pedagógicas e outros.
▪ Manter-se atualizado através de publicações como as do “Minas Gerais”.
▪ Realizar estudo individual, a fim de otimizar as discussões com os colegas sobre os temas educacionais.
▪ Promover reuniões de estudos de casos que envolvam situações pertinentes às questões pedagógicas e legais da escola.
▪ Participar de encontros para estudos com toda a Equipe Pedagógica da SRE.
2.2
21
Planejamento e Reflexão coletiva
▪ Discutir com colegas mais experientes a respeito de temas e situações que fujam ao domínio pessoal.
▪ Contribuir com os colegas menos experientes orientando-os quando solicitado.
▪ Solicitar ajuda e estabelecer uma relação de confiança com toda a Equipe da SRE.
▪ Compartilhar conhecimentos e informações com seu colega de dupla, tanto ensinando quanto aprendendo.
▪ Cultivar o papel pedagógico do trabalho da dupla.▪ Participar das capacitações pedagógicas promovidas pela SRE ou
SEE, aprimorando-se e enriquecendo-se neste campo.▪ Reconhecer os próprios limites e respeitar os limites dos outros.▪ Contribuir para que o ambiente de trabalho seja harmonioso, de
compartilhamento de conhecimento, de idéias e de busca de solução para os desafios enfrentados.
▪ Manter-se atualizado em relação a publicações, regulamentações e orientações do sistema.
2
Boa Prática Ações concretas
▪ Buscar autoaperfeiçoamento e melhoria do ambiente na SRE.
2.3
22
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas3
Boa Prática Ações concretas
• Manter uma agenda clara para todos da Escola.• Monitorar as escolas no cumprimento das recomendações dadas na
visita anterior.• Evitar o uso de palavras negativas nas visitas e reuniões.• Buscar soluções em conjunto para os problemas e desafios
encontrados nas escolas• Elaborar Relatórios e Termos de Visita completos que contemplem
orientações e conclusões/soluções.• Envolver a todos da escola, inclusive o Colegiado Escolar, na
solução dos problemas garantindo a implementação das ações acordadas.
• Responder, com a maior brevidade possível, às dúvidas das escolas, caso tenha o conhecimento necessário para fazê-lo. Do contrário, buscar a informação e retornar a resposta em prazo razoável.
• Manter um canal de comunicação aberto com a escola, através de celular, e-mail, etc.
• Discutir, com o colega Analista, as possíveis soluções para as situações problema das escolas.
▪ Desempenhar, na gestão pedagógica, o papel de parceiro e orientador da escola, buscando estabelecer uma relação de confiança.
3.1
• Reservar tempo, nas visitas, para trabalhar os aspectos da estrutura, organização e funcionamento da Escola.
• Realizar capacitações para os profissionais da Escola cujo assunto seja a legislação vigente, com foco na gestão pedagógica.
• Discutir e resolver situações da Escola à luz da legislação• Favorecer e fortalecer, nas unidades escolares, encontros com cada
segmento de forma sistematizada.
▪ Promover e participar de estudo da legislação com as equipes das escolas.
3.2
23
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas3
Boa Prática Ações concretas
• Conhecer as atividades e ações implementadas nas escolas.• Validar as atividades planejadas e executadas pela equipe da
escola.• Conhecer os projetos e programas em execução nas escolas.• Respeitar a autonomia do Diretor da Escola.• Ajudar as escolas a fazer uso correto do material pedagógico, de
informática e outros.• Orientar o Diretor da Escola quanto a obrigatoriedade da realização
das reuniões de Módulo II, conforme legislação.• Incentivar e acompanhar as reuniões de Módulo II e demais eventos
planejados e executados pela Equipe da Escola.• Orientar e acompanhar o cumprimento das Reuniões de Módulo II,
seus registros e assinatura de ponto.
Orientar e acompanhar o planejamento e a implementação do trabalho das escolas.
3.3
• Recomendar à escola a exposição e divulgação de seus resultados e metas, em local de boa visibilidade e fácil acesso, para os professores e a comunidade
• Incentivar o Diretor da Escola a discutir, com a comunidade escolar, os resultados dos alunos nas avaliações externas e participar, conjuntamente, destes eventos de conscientização e de parceria, para o atingimento das metas.
• Intervir junto ao Professor, em ação conjunta, nas situações especiais e quando solicitado pelo Especialista.
▪ Estimular as escolas a refletir sobre seus resultados e sobre ações para atingir as metas.
3.4
24
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas3
Boa Prática Ações concretas
Conhecer e analisar, junto com a equipe da escola, os resultados das avaliações externas.
3.5• Discutir os resultados das avaliações externas, primeiramente
na SRE, em conjunto com os colegas Analistas.• Discutir estes resultados em reuniões com o Diretor e a equipe
da escola, de forma clara, buscando conscientizar e gerar ações para melhoria do processo pedagógico.
• Promover e participar das discussões sobre os resultados da aprendizagem dos alunos, objetivando ajudar e estimular a implementação do PIP na escola.
• Tomar iniciativa em busca da melhoria dos resultados pedagógicos da escola, orientando e acompanhando a implementação das ações de intervenção pedagógica, junto ao Especialista e Diretor.
• Priorizar, para as visitas de orientação e acompanhamento, as escolas com baixo rendimento nas avaliações externas.
25
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas3
Boa Prática Ações concretas
• Visitar as escolas, participar de reuniões e eventos, visitar salas de aula, acompanhar o processo pedagógico, aproveitando a convivência para conhecer a escola e o trabalho aí realizado.
• Buscar informações com os Diretores das escolas a respeito do desempenho dos profissionais que aí atuam.
• Informar-se sobre a escola, o desempenho de seus profissionais e dos alunos, analisando os Boletins do PROALFA e PROEB, os registros escolares e trocando informações com os colegas Analistas.
• Respeitar os diferentes perfis dos que atuam nas escolas.• Considerar as diferenças individuais, buscando uma convivência
mais saudável e produtiva.
▪ Conhecer o perfil do quadro de pessoal das escolas, sobretudo da equipe pedagógica.
3.6
• Participar dos repasses dos encontros de nível Central, buscando também capacitar-se nos temas pedagógicos e nos materiais específicos do PAV, da Escola de Tempo Integral, do PIP e demais Projetos da SEE.
• Atuar como multiplicador do repasse junto às escolas.• Manter permanente contato com o Diretor DIRE para um maior
conhecimento dos projetos da SEE.• Monitorar a execução dos projetos, em conjunto com o colega
Analista, acompanhando-os desde a implementação até a avaliação.
Orientar e acompanhar os projetos da SEE em execução nas escolas estaduais.
3.7
26
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas
• Estudar o Plano de Intervenção Pedagógica (PIP) da escola, discutir e acompanhar a sua implementação.
• Tomar conhecimento do PIP da escola através da análise de documentos, participação em reuniões, entrevistas com o Diretor e Especialista, entre outros.
• Discutir com o colega Analista sobre o PIP da escola, analisando e sugerindo intervenções pedagógicas.
• Participar, junto à escola, da implementação do PIP, buscando a melhoria dos resultados da aprendizagem dos alunos.
3
Boa Prática Ações concretas
▪ Conhecer o Plano de Intervenção Pedagógica e acompanhar a sua execução.
3.9
• Analisar os resultados das avaliações internas e externas, com o especialista da Escola, para manter o foco no desempenho dos alunos e no desenvolvimento do Processo Pedagógico.
• Acompanhar as outras áreas com foco no pedagógico, atuando em conjunto com a equipe da escola.
• Acompanhar a utilização dos materiais de apoio, na sala de aula, como os Cadernos da SEE/CEALE, do Guia do Alfabetizador, CBC e de outros recursos didático-pedagógicos.
• Visitar a escola em todos os turnos de funcionamento, inclusive no Noturno.
▪ Orientar e acompanhar o trabalho nas escolas como um todo.
3.8
27
Liderança e Gestão Pedagógica nas Escolas
• Visitar as Secretarias Municipais de Educação, orientando quanto ao desenvolvimento do processo pedagógico e quanto aos projetos da SEE/MG desenvolvidos também nas Escolas Municipais.
• Realizar capacitações, em conjunto, para as Escolas Estaduais e Municipais.
• Visitar e acompanhar Escolas Municipais, em conjunto com a Equipe Pedagógica Municipal, quando solicitado.
• Realizar, em conjunto com os colegas Analistas, repasse de orientações, encontros e capacitações para os Especialistas da Rede Estadual e Municipal.
• Compartilhar experiências exitosas realizadas em sala de aula.
3
Boa Prática Ações concretas
Assessorar e orientar as Secretarias Municipais de Educação na gestão pedagógica das escolas.
3.11
• Realizar a avaliação com toda a equipe da escola, analisando o desempenho dos servidores, com foco nos resultados e cumprimento das metas.
• Estabelecer um paralelo entre os resultados das avaliações de desempenho dos servidores e o resultado das avaliações externas de cada escola.
• Detectar os entraves e buscar soluções para os mesmos, conjuntamente.
• Fazer uma avaliação criteriosa dos trabalhos pedagógicos da escola, orientando e acompanhando as ações para correção dos rumos.
• Divulgar, sempre que possível, o trabalho de todos os profissionais, valorizando-os como coparticipantes do processo de ensino e aprendizagem
▪ Avaliar o desempenho da escola.
3.10
28
Conteúdo
Anexos:
1 - Sugestão de Estrutura de Plano de Trabalho para melhoria dos resultados da escola.2 - Sugestão de Relatório de Acompanhamento da Implementação das Ações da Escola.
Instruções sobre como utilizar o Caderno de Boas Práticas da Equipe Regional.
I - O Caderno de Boas Práticas dos Analistas Educacionais.
II – O Caderno de Boas Práticas dos Inspetores Escolares na área da gestão pedagógica.
29
Anexo 1: Sugestão de Estrutura para Elaboração do Plano de Trabalho
ResultadoTérmino (realizado)
Término (previsto)
Responsável Início (previsto)
AçãoBoa prática
Plano de Trabalho de Acompanhamento para Melhoria dos Resultados
Foco: Alfabetização nos anos iniciais, prioritariamente o 3º ano
Eixo fundamental
Eixo fundamental
a ser trabalhado
Seleção de boas práticas que melhor
podem contribuir
para melhoria da escola
Uma das ações
exemplifi-cadas no
Caderno de Boas Práticas ou outra ação sugerida pela
escola ou SRE
Nome da pessoa ou
pessoas que irá(ão)
implementar esta ação
Data de início da
implemen-tação
da ação
Data prevista
para finalização
da ação
Data real em que a ação foi
finalizada. ou
30
Anexo 2: Sugestão de Relatório de Acompanhamento da Implementação das Ações da Escola
Nome da Escola:
Município:
Data da visita:
Tópicos a serem esclareci-dos na próxima visitaSugestões apresentadasObservações pedagógicasObservações gerais
Analista e/ou Inspetor Escolar responsável(eis):
Diretor(a):
UM EXEMPLO
▪ Na escola há 5 turmas de Ensino Médio no 1º turno e 1 turma no 3º turno;
▪ À noite funcionam 4 turmas do EJA;
▪ Está em andamento e designação para o cargo de Especialista
▪ Houve mudança de diretor em janeiro de 2009;
▪ A escola está mais limpa, organizada, a sala dos professores está mais agradável com um mural bem chamativo
▪ As reuniões de módulo II tem acontecido aos sábados;
▪ Na escola tem funcionado a “Praça do Saber”, que é um trabalho elaborado pelas Professoras do curso de Progestão;
▪ O projeto de revitalização da escola está em andamento, como consta no PIP
▪ Elaboração e digitação do Projeto de Biblioteca
▪ Elaboração e implementação de um Projeto de Leitura na Biblioteca para sua revitalização
▪ Revisão das ações do PIP
▪ Verificar os Planejamentos Anuais dos Professores
▪ Encaminhar a implementação do Projeto de Biblioteca, verificando a leitura dos alunos
▪ Preparar formas de intervenção para os alunos que estejam com defasagem em leitura;
Diretor da Escola Especialista de Educação Básica
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