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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA GERENCIA EDUCACIONAL DE FORMAÇAO GERAL E DE SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA (MÓDULO I)
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR
SAÚDE E METEOROLOGIA
ANGELA PAULA DE OLIVEIRA
JAQUELINE TEREZINHA MARTINS
KAMILLY DOS SANTOS RIBEIRO
KARINA GRAZIELA JOCHEM
VANESSA RIBAS CÚRCIO
FLORIANÓPOLIS, SETEMBRO DE 2005.
Dedicamos todo este trabalho a nós,
alunas, por todo esforço empenhado neste
projeto, afim da realização do mesmo.
Agradecemos a todos que confiaram
em nós e depositaram sempre sua confiança
em nosso potencial.
10
“A ciência poderá ter achado a cura para a maioria dos males, mas não achou
ainda o remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos”.
Helen Keller
11
RESUMO
A meteorologia esta inteiramente ligada a saúde humana, em especial a das
crianças. No decorrer das estações, o organismo humano nem sempre esta apto para
enfrentar a próxima estação. O objetivo principal desse estudo é mostrar as doenças
mais freqüentes de cada estação, através da confirmação de dados de doeis hospitais
de Florianópolis e compara-los com os dados do CIRAM.
12
ABSTRACT
Meteorology is completely related to human health, especially to the children’s.
During the seasons of the year the human organism is not always ready to face the
changing conditions of the next season. The main objective of this study is to point the
season most frequent deseases analyzing data confrontation from two hospitals from
Florianópolis and a local meteorological information center CIRAM.
Key words: seasons, deseases, children.
13
SUMÁRIO
Lista de Figuras.............................................................................................................viii
Introdução........................................................................................................................9
2.Saúde e Meteorologia .................................................................................................10
3.Patologias mais Frequentes em Crianças nas Diferentes Estações do Ano...............14
3.1.1. Efeitos da Primavera no Brasil.............................................................................14
3.1.2.Alergias...................................................................................................................14
3.1.2.1. Sintomas.............................................................................................................16
3.1.2.2.Tratamento..........................................................................................................19
3.2.Verão.........................................................................................................................21
3.2.1.
Micoses.................................................................................................................21
3.2.1.1. Sintomas............................................................................................................21
3.2.1.2.Tratamento..........................................................................................................22
3.2.2. Insolação...............................................................................................................22
3.2.2.1. Sintomas.............................................................................................................22
3.2.2.2.Tratamento..........................................................................................................22
3.2.3. Desidratação.........................................................................................................23
3.2.3.1. Sintomas............................................................................................................23
3.2.3.2. Tratamento.........................................................................................................23
3.2.4. Intoxicação Alimentar............................................................................................23
3.3. Outono......................................................................................................................25
3.3.1.Gripe.......................................................................................................................25
3.3.1.1.Sintomas............................................................................................................. 26
3.3.1.2.Tratamento..........................................................................................................26
3.3.2.Resfriado................................................................................................................27
3.3.2.1. Sintoma............................................................................................................. 27
3.3.2.2.Tratamento..........................................................................................................28
3.4.Inverno.......................................................................................................................28
3.4.1.Sinusite...................................................................................................................28
14
3.4.1.1. Sintomas.............................................................................................................29
3.4.1.2. Tratamento.........................................................................................................29
3.4.2. Asma.....................................................................................................................30
3.4.2.1.Sintomas.............................................................................................................30
3.4.2.2. Tratamento.........................................................................................................30
3.4.3. Bronquite...............................................................................................................31
3.4.3.1. Sintomas............................................................................................................31
3.4.3.2. Tratamento.........................................................................................................31
3.4.4. Pneumonia............................................................................................................32
3.4.4.1. Sintomas............................................................................................................33
3.4.4.2. Tratamento.........................................................................................................33
4. Analise dos dados coletados nos Hospitais................................................................34
4.1. Doenças mais freqüentes na Primavera..................................................................34
4.2.Doenças mais freqüentes no Verão..........................................................................34
4.3. Doenças mais freqüentes no Outono.......................................................................35
4.4. Doenças mais freqüentes no Inverno.......................................................................36
Considerações Finais......................................................................................................37
Referências ....................................................................................................................38
15
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Do lado esquerdo a Terra está sendo iluminada pelo Sol em junho e por
isso que está no Trópico de Câncer. Do lado direito ela está sendo iluminada em
dezembro, portanto, o sol está no Trópico de Capricórnio .............................................11
FIGURA 2 – solstícios e equinócios, traçando as posições do sol em relação às
estações do ano .............................................................................................................11
FIGURA 3 - Tipos de alergias no organismo ................................................................18
FIGURA 4 - Alvéolos normais no primeiro caso, e Alvéolos com pneumonia no segundo
caso( parte mais avermelhada )......................................................................................32
GRAFICO 1- Percentual de casos de alergias ocorridos na primavera, no Hospital
Infantil Joana de Gusmão ...............................................................................................34
GRAFICO 2- Percentual de casos de desidratação , insolação e intoxicação alimentar
ocorridos no verão, no Hospital Infantil Joana de Gusmão ............................................35
GRAFICO 3- Percentual de casos de gripes e resfriados ocorridos no outono, no
Hospital Infantil Joana de Gusmão..................................................................................35
GRAFICO 4- Percentual de casos de rinites, sinusites, pneumonia e asma ocorridos no
inverno, no Hospital Infantil Joana de Gusmão ..............................................................36
GRAFICO 5- Percentual de casos de rinites, sinusites, pneumonia e asma ocorridos no
inverno,no Hospital Universitário.....................................................................................36
16
INTRODUÇAO
A Meteorologia esta inteiramente ligada à saúde humana, especificamente a das
crianças de 0 a 16 anos, que será enfatizada neste projeto.
A causa de todas as variações meteorológicas na Terra é devido à posição do
sol em relação ao nosso planeta, sendo que as estações do ano são causadas pelo
movimento orbital da Terra, trata-se do movimento de translação, e pelo fato da
inclinação do seu eixo. Com a chegada de uma nova estação o ser humano tende a se
adaptar com a transformação, porém nosso organismo nem sempre esta apto para
enfrentar tais mudanças climáticas.
O objetivo principal desse projeto é mostrar as doenças mais freqüentes de cada
estação (verão, outono, inverno e primavera),que influencia na saúde das crianças ,
tendo em vista como se origina, os sintomas e o tratamento para cada uma delas,
comparando essa freqüência de doenças utilizando dados hospitalares com dados
climatológicos (temperatura, pressão e umidade).
A metodologia adotada para realização dessa pesquisa foi a utilização de livros
de sites da Internet, complementando com dados coletados no Hospital Infantil Joana
de Gusmão no ano de 2004 e no Hospital Universitário no ano de 2003 e, por fim , os
dados climáticos que será cedido pelo CIRAM(Centro de Informação de Recursos
Ambientais e Hidrometeorológicos de Santa Catarina ).
Portanto é importante conhecer as variações climáticas existentes em nosso
planeta, pois como sabemos ele está em constante mudança. Por isso, é que saibamos
identificar e prevenir as doenças causadas pelas variações climáticas. Isso permitirá
uma melhor qualidade de vida, principalmente, para as crianças, que por serem mais
frágeis são as mais prejudicadas.
17
SAUDE E METEOROLOGIA
A Terra possui vários movimentos, porém dentre todos, destacam-se os
movimentos de Rotação e o de Translação.
A posição mais próxima ao sol, o periélio, é atingido aproximadamente em 3 de
janeiro e o ponto mais distante, o afélio, em aproximadamente 4 de julho.
O movimento de Rotação é o que a Terra realiza em torno do seu eixo, tendo
sentido de rotação de oeste para leste, causando a sucessão dos dias e das noites.
Portanto, a Terra ao girar em torno do seu próprio eixo, apresenta constantemente um
hemisfério iluminado pelo Sol e o outro voltado para o lado oposto.
O movimento de translação é o que a Terra realiza em torno do Sol, num período
aproximado de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos. Deste movimento
resultam: desigual distribuição de luz e calor, desigual duração dos dias e das noites, as
estações do ano e as sucessões de solstícios e equinócios, tudo isso conforme a época
do ano e a posição do sol.
Os solstícios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul
são desigualmente iluminados e ocorrem nas seguintes datas:
21 de dezembro – solstício de verão no HS e coincide com a passagem do sol
pelo Trópico de Capricórnio, quando os raios solares ficam perpendiculares a esse
trópico, recebendo maior quantidade de luz e calor, dias mais longos e noites mais
curtas. E no HN é o início do inverno.
21 de junho – solstício de verão no HN e coincide com a passagem do sol pelo
Trópico de Câncer, quando os raios ficam perpendiculares a esse trópico, recebendo
maior quantidade de luz e calor, dias mais longos que as noites. E no HS é o início do
inverno.
Os equinócios correspondem às épocas do ano em que ambos os hemisférios
são igualmente iluminados, tendo os dias iguais as noites, coincidindo com a passagem
do sol pelo Equador. Ocorrem nas seguintes datas:
21 de março – início do outono no HS e da primavera no HN.
23 de setembro – início da primavera no HS e do outono no HN.
18
Podemos ver estas descrições nas figuras abaixo (fig 1 e fig 2):
FIGURA 1 - Do lado esquerdo a Terra está sendo iluminada pelo Sol em junho e por
isso que está no Trópico de Câncer. Do lado direito ela está sendo iluminada em
dezembro, portanto, o sol está no Trópico de Capricórnio.
FIGURA 2 – solstícios e equinócios, traçando as posições do sol em relação às
estações do ano.
19
A quantidade total de radiação solar recebida depende não apenas da duração
do dia como também da altura do Sol. Como a Terra é curva, a altura do Sol varia com
a latitude. A altura do Sol influencia a intensidade de radiação solar, ou irradiância, que
é a quantidade de energia que atinge uma área unitária por unidade de tempo (também
chamada densidade de fluxo), de duas maneiras:
a)Primeiro - quando os raios solares atingem a Terra verticalmente, eles são
mais concentrados. Quanto menor a altura solar, mais espalhada e menos intensa a
radiação;
b)Segundo - a altura do sol influencia a interação da radiação solar com
atmosfera. Se a altura do sol decresce, o percurso dos raios solares através da
atmosfera cresce e a radiação solar sofre maior absorção, reflexão ou espalhamento, o
que reduz sua intensidade na superfície.
A incidência de raios verticais do sol, portanto, ocorre entre 23°27’N e 23°27’S.
Todos os locais situados na mesma latitude têm idênticas alturas do Sol e duração do
dia. Se os movimentos relativos Terra-Sol fossem os únicos controladores da
temperatura, estes locais teriam temperaturas idênticas.
A existência das estações se deve à forma elíptica da órbita terrestre e a
inclinação do eixo da Terra com respeito ao plano da órbita terrestre. Porém, o fato de
que, além da excentricidade da órbita terrestre, ambos os planos, equador e elíptica,
estejam inclinados entre si, e também que, ao se deslocar a Terra em redor do Sol, o
eixo de rotação se mantenha paralelamente a si mesmo, implica que os raios solares
incidam mais ou menos obliquamente sobre cada região determinada, originando as
estações.
Entretanto, as principais causas das estações do ano são: o movimento de
translação e as mudanças decorrentes da inclinação de seu eixo, porém também há
outros fatores que as influenciam. Regiões mais sólidas da superfície terrestre se
aquecem e se resfriam mais rapidamente do que as águas dos oceanos e mares, ou
seja, a temperatura varia de acordo com a proximidade do local, além disso, a presença
de montanhas ou vales influencia muito a ocorrência de ventos e nebulosidade, o que
também provoca variações no clima.
20
Contudo, apesar da altura do Sol ser o principal controlador da temperatura, não
é o único. Podemos citar, a radiação, a adveccão de massas de ar, o aquecimento
diferencial da Terra e da água, as correntes oceânicas, a altitude e a posição
geográfica.
Sabendo do processo de formação das estações do ano e as posições que o sol
ocupa em determinada estação, verificamos que a Terra está em constante mudança e
que a todo instante podemos nos ver diante de uma variação climática. Assim sendo,
devemos nos prevenir de toda e qualquer mudança meteorológica.
21
PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES EM CRIANÇAS NAS DIFERENTES ESTAÇÕES
DO ANO
3.1. Primavera
No ponto de vista geográfico a primavera é a estação do ano que se caracteriza
por temperaturas moderadas e pela renovação e floração das plantas. No hemisfério
norte se estende de março a junho e, no hemisfério sul, de setembro a dezembro.
3.1.1. Efeitos da Primavera no Brasil
A estação, que é um período de transição entre o inverno e o verão, caracteriza-
se pelo aumento da temperatura e variações bruscas nas condições climáticas em
grande parte do Brasil. A partir de setembro, as chuvas aumentam gradativamente nas
Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente pela maior freqüência de
sistemas frontais que passam pelos estados. A passagem desses sistemas no começo
da estação, podem provocar pequenas quedas nas temperaturas, mas as mesmas se
recuperam rapidamente em alguns dias. Além disto, a umidade trazida da Região
Amazônica, vinda pelos ventos, com o aumento das temperaturas começam a provocar
as chamadas "chuvas de verão". Na maior parte do Nordeste, predomina o sol e a
estação não é tão sentida quanto nos estados do Sul e Sudeste. Os ventos também
aumentam de intensidade a partir de outubro na Região Nordeste e normalmente chove
um pouco.
3.1.2. Alergias
É na primavera que as flores estão presentes em maior abundância, deixando os
ambientes mais lindos, recobertos com as mais diversas cores e perfumados com os
mais diferentes aromas. Porém, todo esse presente da natureza pode não ser tão
benéfico assim ao ser humano. As flores produzem o pólen, substância formada por
22
grãos minúsculos, em geral amarelados, produzidos no aparelho reprodutor das flores
das plantas superiores. Seu transporte por ar ou pela água produz a fecundação das
plantas. Assim, é nessa época do ano, que é muito comum a alergia respiratória
(rinites) relacionada ao pólen, essa poeira fina que se desprende das flores. Costumam
surgir camufladas sob coriza e espirros, como se a criança estivesse resfriada. É alta,
também, a incidência de varicela (catapora), com aquelas pintinhas vermelhas
espalhadas pelo corpo. Resfriados e gripes, estas acompanhadas de febre alta, tosse,
mal estar e dores no corpo acontecem na primavera, como nas outras estações.
Quando determinados agentes entram em contato com o organismo, este põe
em funcionamento seu sistema imunológico, que atua como defesa, gerando os
chamados anticorpos, que são moléculas produzidas por determinado tipo de
componentes do sangue, os linfócitos. Os anticorpos interagem com os elementos
invasores, denominados antígenos, para ocasionar as reações antígeno-anticorpo. Em
alguns casos, essas reações são prejudiciais ao organismo e constituem o fundamento
da alergia. Em outras palavras, alergia é uma resposta exagerada do nosso organismo
quando este entra em contato com determinadas substâncias provenientes de fora,
podendo produzir lesões nos tecidos ou uma enfermidade.
Na alergia o antígeno se chama alérgeno e o anticorpo reagina. Mesmo em
quantidade mínima, os alérgenos podem originar uma reação alérgica, por ingestão ou
absorção, assim como por comunicação externa. O início do processo se dá em duas
fases: na primeira, o organismo recebe uma quantidade de antígeno gerador, que
corresponde à dose sensibilizante ou indutora e que não produz qualquer manifestação
sensível. Em seguida, uma segunda dose desencadeia a reação.
Os alérgenos podem ser classificados de acordo com a causa em:
Inalantes: poeira doméstica, fungos, ácaros, pêlos de animais, pólens;
Digestivos: alimentos (trigo, ovos, cítricos, chocolate, pescado, soja),
medicamentos (penicilina, aspirina);
Infectantes: parasitas, bactérias, vírus;
Injetáveis: medicamentos, venenos por picadas;
Através do contato: cimento, cromo, níquel, cosméticos, látex.
23
3.1.2.1. Sintomas
Os sintomas que as crianças portadoras de alergias apresentam são obstrução
nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais 20 vezes
seguidas) e coceira no nariz. Esta coceira pode ser na garganta ou nos olhos. Além
disto a rinite alérgica, pode causar outros problemas, como otites (inflamação dos
ouvidos), sinusites (inflamação de cavidades existentes na face) e roncos (pelo
entupimento do nariz) que faz com que a crianças acabe não durmindo bem a noite.
acriança só vai apresentar estes sintomas quando estiver em contato com as
substâncias aos quais é alérgico. Quanto maior o contato, mais intensos tendem a ser
os sintomas. Todos os doentes apresentam estes sintomas minutos após o contato com
o alérgeno, e cerca de metade deles terão novamente sintomas cerca de 4 a 6 horas
depois.
Muitas pessoas convivem normalmente quando estão em contato com os
alérgenos, porém muitas desencadeam diversas formas de reações alérgicas.
A distinção básica entre os vários tipos de reações alérgicas determina o
estabelecimento de dois grupos:
reações anafiláticas de hipersensibilidade imediata: se dão poucos instantes
após a introdução do alérgeno no organismo. Costumam afetar a musculatura lisa e os
vasos sangüíneos e provocam manifestações do tipo urticária. Seu efeito pode ser
24
O fundamento da alergia cutânea é igual ao do choque anafilático. Induzida
através da pele ou por via alimentar, a alergia cutânea se caracteriza pela rápida
atenuação dos sintomas, que em geral se limitam ao eritema e à inflamação.
Outro tipo de alergia imediata é constituído pelas manifestações atópicas, que
são as corriqueiras rinites e alergias ao pólen. Neste caso, tanto a penetração como o
próprio antígeno são naturais, sem mediação de qualquer mecanismo fisiológico. O
desencadeador mais freqüente é o pólen de numerosas espécies de gramíneas, e é
nessa modalidade que se obtêm melhores resultados na dessensibilização por injeção
alergênica progressiva.
alergias infecciosas ou de hipersensibilidade retardada: a alergia retardada
pode demorar horas e até dias para manifestar-se depois da introdução do alérgeno. À
diferença da imediata, que afeta apenas a musculatura lisa e os vasos sangüíneos,
pode atingir qualquer tipo de tecido. Seu desenvolvimento não se combate mediante
dessensibilização.
As manifestações mais freqüentes nesse grupo de reações são as de alergia
infecciosa, originada por antígenos de natureza microbiana ou parasitária.
Caracterizam-se pela liberação do chamado fator de inibição de migração de
monócitos, substância que impede a mobilidade de certas células sangüíneas, as quais,
ao serem detidas, provocam a alteração do tecido em que se encontram até produzir
sua necrose.
Outra modalidade relativamente comum é a dermatite de contato, processo
alérgico originado por certos cosméticos e detergentes. Nesse caso, os sintomas
25
consistem na vermelhidão da zona afetada, inflamação e, em casos extremos, necrose
dos tecidos.
O fundamento da reação alérgica retardada, embora com algumas variações, é o
mesmo do processo de rejeição de enxertos, tão importante na evolução dos
transplantes de órgãos.
FIGURA 3 - Tipos de alergias no organismo.
Cabe mencionar, por fim, os processos de alergia medicamentosa, que podem
obedecer tanto a mecanismos imediatos quanto a retardados e que, às vezes, chegam
a desencadear choques anafiláticos. Dentro desse tipo de manifestação, um caso muito
freqüente é o da alergia à penicilina: este fármaco pode unir-se às proteínas do
paciente que o ingere, ocasionando uma reação antígeno-anticorpo que provoca a
liberação de antígenos alergênicos.
26
3.1.2.2.Tratamento
Na medicina há um campo voltado para tratar de doenças relacionadas com as
alergias: a Alergologia e o especialista que é incubido de tratar de tais doenças é
conhecido como alergista.
O tratamento das crianças portadoras de alergias é composto por três pontos
fundamentais:
Higiene ambiental: A forma mais simples de tratar alergia é evitar o contato com
a substância que desencadeia os sintomas. Por exemplo, se o paciente apresenta
obstrução nasal, coriza e espirros quando ingere determinado alimento, o mais fácil a
fazer é simplesmente não comê-lo. Infelizmente, a principal causa de rinite alérgica é o
ácaro, e não é fácil evitar o contato com ele. Algumas medidas simples podem ser
adotadas, e irão diminuir a quantidade destes insetos. A casa e principalmente o quarto
onde o doente dorme devem ser limpos com bastante freqüência. Infelizmente a
vassoura e espanador de pó apenas espalham o pó pelo ambiente. Os aspiradores são
capazes de reter alguma sujeira, porém normalmente sue filtro não é desenvolvido para
limpar o ar por completo, e, portanto muitas vezes o que ele faz é uma pulverização de
poeira no ambiente. Aspiradores com filtros especiais e de alta eficiência existem,
porém tem um custo muito elevado. No caso de não existir carpete ou tapetes no chão,
o uso de pano úmido na limpeza é uma forma bastante eficaz para remover a poeira.
Um ponto importante a ser considerado, é a existência de uma boa ventilação na casa
e no quarto, e se possível ambientes ensolarados, para evitar o surgimento de bolor
(fungos). Além disto, o ideal é que não existam carpetes, tapetes, cortinas, bichos de
pelúcia ou outros móveis ou utensílios que possam acumular poeira. Ainda, deve-se
evitar o uso e contato com travesseiros e almofadas de penas ou outros materiais que
possam causar alergia. A utilização de capas protegendo os colchões e travesseiros,
assim como de substâncias para eliminar os ácaros do ambiente apresentam eficácia
quando aplicados corretamente.Estas medidas de higiene não acabam com os ácaros e
outros alérgenos, mas diminuem a sua quantidade. Além destas mediadas de higiene
ambiental, onde o objetivo é reduzir a quantidade de alérgenos, é muito importante que
os doentes fiquem afastados de outras substâncias capazes de irritar o nariz. Cheiros
27
Tratamento medicamentoso: A critério médico, se estas medidas não forem
suficientes para controlar os sintomas do paciente, poderá ser receitado medicamentos.
Existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona
preventivamente e outro apenas alivia os sintomas. Do ponto de vista farmacológico,
dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e
corticosteróides. Cada uma destas drogas atua de forma diferente, e nenhuma é isenta
de efeitos colaterais que algumas vezes podem ser graves. Por isto, o ideal, é não
realizar auto medicação e, sim, procurar seu médico, evitando danos maiores do que os
existentes.
Vacinas antialérgicas: Quando o tratamento feito nestas condições (higiene
ambiental e medicamentos) falha, pode-se associar o uso de vacinas anti-alérgicas.
Este tratamento é longo, porém quando feito corretamente, diminuí a sensibilidade do
doente àquela substância ao qual ele era alérgico. Muitas vezes chegamos ao ponto
onde não há mais necessidade do uso de medicamentos.
É importante tomar alguns cuidados preventivos, mesmo dentro de sua casa, a
fim de evitar as reações alérgicas:
Mantenha os quartos sempre arejado e limpo, deixando o sol entrar para
eliminar os ácaros;
Limpe a casa com pano úmido. Não use espanador. Com ele, você só vai
mudar a poeira de lugar:
Evite limpar a casa com desinfetantes muito fortes;
Use sabão neutro, com pouco cheiro, para lavar roupas e lençóis;
Se puder, mantenha-se longe de animais com pêlos/penas (cães, gatos,
pássaros). Pêlos e fezes podem ser agentes de doenças, como a asma brônquica;
28
Substitua tapetes e carpetes por tacos, tábuas corridas, revestimentos
plásticos.
3.2.Verão
O verão começa oficialmente dia 21 de dezembro, com a radiação direta (sem
inclinação) os raios solares atuam com maior intensidade sobre o hemisfério. Esse calor
contribui para existência de alguns tipos de fungos e bactérias, podendo ocasionar
algumas doenças na estação. Devido ao calor, a transpiração é maior, o que
proporciona uma grande perda de liquido, que muitas vezes por não ser reposto, pode
provocar uma desidratação, dando chances a outras infecto-doenças.
3.2.1. Micoses
As micoses são causadas por fungos na pele, esses fungos estão presentes no
meio ambiente nas pessoas e nos animais.Os fungos são microorganismos que
necessitam de umidade e calor, e se alimentam da queratina que se localiza na
superfície da pele. Com o fornecimento de calor eles se reproduzem originando a
MICOSE.
3.2.1.1. Sintomas
As manchas em forma de circulo na pele, bolinhas cheias de água, ou com
descamamento na borda, são as primeiras características das micoses, porem nos pés
pode ocorrer descamação entre os dedos e bolinhas na sola. Em muitos casos, homens
apresentam avermelhamento na parte da verilha seguido de coceira e descamação, já
nas crianças ao atingir o couro cabeludo pode causar a queda de cabelo.
29
3.2.1.2.Tratamento
Após a descoberta da micose, deve-se procurar um dermatologista e iniciar o
tratamento, que geralmente é feito com remédios ou cremes, dependendo do local e da
extensão atingida.
Para evitar do aparecimento dessas micoses nas crianças, deve-se tomar
alguns cuidado tais como; andar descalço em vestiários e piscinas, tocar em animais
desconhecidos (principalmente se seus pelos estiverem caindo), usar calçados de
outras pessoas. Alem disso deixar o ambiente arejado em casa e utilizar sandálias
abertas e roupas confortáveis, previnem o aparecimento desse fungo.
3.2.2. Insolação
A insolação é uma perturbação decorrente da exposição direta e prolongada do
organismo ao raios solares.
3.2.2.1. Sintomas
A insolação começa pela intensa falta de ar e dor de cabeça , em seguida vem
as náuseas e a tontura ; a temperatura do corpo se eleva, a pele tende a ficar mais
quente, avermelhada e seca, as extremidades podem ficar arroxeadas, e a pessoa
pode ficar inconsciente.
3.2.2.2.Tratamento
A pessoa deve ser encaminhada imediatamente para um hospital , caso isso não
ocorra recomenda-se que remova a pessoa para um lugar fresco arejado, afrouxe as
vestes deixando-o em repouso e que aplique compressa geladas ou que de um banho
frio se possível e em seguida deite com a cabeça elevada.
30
3.2.3. Desidratação
A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente,
perdemos em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até
mesmo pela respiração. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores no verão. O
aumento da transpiração, ou ainda alterações provocadas pela ingestão de alimentos
contaminados ou mal conservados como vômitos e diarréias são mais freqüentes neste
período
3.2.3.1. Sintomas
Quando uma crianças está desidratada, ela apresenta sede, fica muito tempo
sem urinar, com a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fundos e mais irritada. A
desidratação pode ser grave e por isso, deve ser evitada. Algumas dicas importantes
para prevenir a desidratação são: prefira local arejado e com sombra, use roupas leves,
e ingira constantemente líquidos, deve-se estar atento também aos alimentos
consumidos.
3.2.3.2. Tratamento
O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma desidratação.
Ele deve ser feito misturando uma colher de chá de açúcar e uma colher de café de sal
em um litro de água. Deve-se oferecer à criança desidratada à vontade a cada 20
minutos e após cada evacuação no caso de diarréia. Há casos em que a desidratação
se torna mais grave sendo necessário o atendimento hospitalar.
3.2.4. Intoxicação Alimentar
A intoxicação é causada pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias,
toxinas, ou mesmo venenos ou produtos químicos que podem ter contaminado ou sido
colocados no alimento. Geralmente a intoxicação pelas bactérias ou toxinas ocorrem
31
naqueles produtos preparados sem higiene ou mal conservados, principalmente nos
dias mais quentes e nos alimentos preparados na véspera.Em geral a intoxicação
alimentar é causada por três tipos de bactérias: Salmonela, clostrídios e estafilococos.
Salmonela: contaminam tipos de carnes, leite, ovos, vegetais crus e a te a
água.Os animais como ratos, cachorros, vacas e cavalos, são reservatórios de germes
e as moscas são as transmissoras dessa bactéria. Os principais sintomas dessa
doença são geralmente a febre, diarréia, vomito, náuseas e cólicas. É necessário que
se faça um exame de fezes para que a doença seja diagnosticada ou através de um
exame de sangue. Para evitar a salmonela é necessário que os alimentos sejam bem
conservados e que a higiene do local seja periódica.
Clostrídios: essas bactérias estão presentes no ar, na poeira e no chão,
disseminados pelas moscas, são indestrutíveis e sobrevivem as fervuras durante horas.
Os principais sintomas surgem entre 12 a 24 horas após a ingestão do alimento
contaminado.Fortes dores abdominais seguidas de diarréia, a temperatura do corpo
permanece normal mais à criança fica indisposta.É necessário que se realize exames
de fezes e sangue para o diagnostico, deve-se também ingerir bastante água e
permanecer em repouso.
Estafilococos: são microorganismos que geralmente está na superfície
da pele, em torno do nariz, e também em certas infecções cutâneas(camada acima da
pele), tais como cortes sépticos, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão
pode contaminar os alimentos se eles não forem cozidos a uma temperatura de 60ºC
por 1/2hora. Os alimentos comumente relacionados a esse tipo de intoxicação são:
presuntos, língua , sorvetes, confeitos e doces industrializados (os conservantes não
eliminam essa bactéria). Os sintomas surgem de 1 a 4 horas após a ingestão do
alimento contaminado e costumam ser bastante acentuados: vômitos abundantes que
durem entre 4 a 6 horas, porem a maioria dos pacientes paciente se recuperam em
24horas, mais as crianças costumam demorar mais. O tratamento deve ser
acompanhado por um médio e a criança deve permanecer em repouso e ingerir muito
liquido.
32
3.3. Outono
Sendo uma estação de transição entre o verão e inverno, verificam-se
características de ambas, ou seja, mudanças rápidas nas condições de tempo, maior
freqüência de nevoeiros e registros de geadas em locais serranos. Os dias voltam a ser
mais curtos e frescos, o vento começa a soprar e as pessoas voltam a agasalhar-se.
O outono é a temporada da gripe: Tosse, espirros, corisa, dores no corpo e uma
carinha abatida.Nessa época, o ar esta mais seco, a temperatura, mais baixa, e as
crianças passam mais tempo em ambientes fechados, resultando em gripes e
resfriados que nessa época aumenta em 40% e costumam ter de 5 a 8 infecções virais
por ano(na maioria das vezes é resfriado, que pode ser causado por 200 vírus
diferentes).
Desse total, pelo menos um é gripe desencadeado pelo vírus influenza, com
muitos subtipos.Por isso a mesma criança pode pegar varias vezes, com o tempo, a
memória imunológica da criança vai se fortalecendo.
3.3.1. Gripe
É uma infecção viral das vias respiratórias, geralmente as crianças podem sofrer
três ou quatro destas infecções por ano, e é raro o adulto que escapa.
As gotas eliminadas pelas pessoas contaminadas ao tossir ou espirar são as
principais responsáveis pela transmissão do vírus da gripe.O vírus se multiplica nas vias
respiratórias alcançando sua concentração máxima nas secreções aos 2 ou 3 dias da
infecção.Deixa de ser detectável depois de aproximadamente Sete dias, embora as
crianças infectadas pela primeira vez passam levar duas semanas para elimina-lo. Nos
climas temperados, a gripe é uma doença dos meses frios que tende a se apresentar
de forma epidêmica.
33
3.3.1.1. Sintomas
A doença tende a começar bruscamente, com faringe , dores de cabeça ,
calafrios, tosse seca , febre alta( que tende a ser mais alta pela fragilidade das
crianças), dores musculares, mal-estar geral e falta de apetite.
As vezes , observa-se obstrução nasal, eliminação de secreção aquosa pelo
nariz, espiros incômodos oculares.A freqüência de complicações gastrintestinais, como
vômitos e dor abdominal, é relativamente elevada. Entre as diferentes manifestações
podem ocorrer aumento do ritmo respiratório e cardíaco e diminuição da pressão
arterial.
Uma das complicações mais grave é a síndrome de REYE, que ocorre em
crianças e adolescentes, causando uma mortalidade elevada. É caracterizada por
alterações ao nível do sistema nervoso central e do fígado.Parece existir uma
correlação com o consumo de medicamentos tipo aspirina, motivo pelo qual seu uso
não é recomendado em crianças com infecção respiratória.
3.3.1.2. Tratamento
A amantadina pode ser utilizada para a prevenção e o tratamento especifico das
infecções produzidas pelo vírus da gripe. Estima-se que o efeito protetor pode alcançar
aproximadamente 75% dos usuários deste medicamento.
Atualmente a vacinação é a medida preventiva mais eficaz, embora sua eficácia
seja relativa, pois evita a doença somente em 60-80% dos vacinados.a vacina é
administrada em dose única, mais é recomendável a revacinação a cada outono, antes
da epidemia.Nos jovens a vacina tende a ser mais eficaz do que nos idosos, no sentido
de que evita melhor as complicações e a má evolução clinica.
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3.3.2. Resfriado
É a infecção mais comum em qualquer idade, com uma predominância maior em
crianças do que em adultos. Ocorre durante todo ano, mais, nos climas temperados,
tende a predominar no outono. Sua causa é predominalmente viral, principalmente
pelos rinovírus, dos quais mais de 100 subtipos diferentes já foram descritos. A infecção
por um tipo de vírus não protege contra infecção por outros subtipos, o que explica a
incidência desta doença.
Seu aparecimento esta relacionado quase sempre associado a fatores
inespecíficos, como a exposição ao frio, umidade, respiração bucal, entre outros, que
atuam facilitando a penetração do vírus;este se transmite a partir das secreções
respiratórias(em pequenas partículas eliminadas ao falar, tossir e espirrar) e pode
sobreviver horas na superfície dos objetos e nas mãos as pessoas infectadas.
3.3.2.1. Sintomas
O período de incubação é curto, variando de 1 a 3 dias; a doença começa com a
eliminação de uma secreção pelo nariz (rinorréia), aquosa no principio, que vai se
tornando mais grossa com o decorrer da doença. Há espirros, acompanhados de
obstrução nasale, freqüentemente, dor de garganta, a febre ocorre raramente, e o mal-
estar a dor de cabeça não tendem a ser demasiado intensos.Também é muito comuns
a rejeição de alimentos, e conseqüentemente a fraqueza, a febre e o sono agitado
predominam durante a permanência do vírus.Depois aparece espiros, respiração
ruidosa e a rinorréia; a febre tende a ser mais alta no inicio. Em crianças maiores o
quadro tende a ser mais leve, com menos febre e mal estar geral.
Deve-se lembrar que algumas doenças infecciosas, como o sarampo e a
poliomielite, podem começar como um catarro nas vias respiratórias e simular um
resfriado comum.
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3.3.2.2. Tratamento
O tratamento do resfriado é dirigido ao alivio dos sintomas. Nenhuns
medicamentos especificam tem efeito curativo sobre o resfriado por rinovírus. O uso
moderado de medicaments para baixar a febre(antipiréticos), como a aspirina, o
paracetamol, o ibuprofeno entro outros; e a manutenção de um ambiente adequado
quando à temperatura e umidade, uma alimentação que assegure um bom
fornecimento de líquidos e repouso relativo permitem que a recuperação da criança
seja mais rápida.
3.4. Inverno
Com o frio as crianças tendem a ficar em locais fechados, sem muita ventilação,
se aglomeram mais e gastam mais energia para manter a temperatura do corpo,
ficando mais expostas à umidade.Junto com essas mudanças de hábitos típicos dos
meses frio, muitas crianças começam a apresentar quadros de dificuldades
respiratórias ou de agravamento de doenças já existentes, como a sinusite, a asma, o
bronquite e muitas vezes desenvolvem a pneumonia.
3.4.1. Sinusite
Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais, geralmente associada a um
processo infeccioso.
Os seios paranasais são formados por um grupo de cavidades aeradas que se
abrem dentro do nariz e se d o desenvolvimento da doença depende da resistência da
pessoa, da virulência do agente infeccioso e o número de germes a que o hospedeiro
foi exposto. esenvolvem nos ossos da face. A sinusite acomete todas as faixas etárias,
inclusive crianças, principalmente aquelas que convivem em grupos (como creches),
onde entram em contato com várias pessoas.
Há uma classificação para se diferenciar os tipos de sinusite para melhor
tratamento. A sinusite é classificada como aguda quando apresenta em média menos
36
de 3 semanas de evolução, subaguda quando o tempo é entre 3 semanas e 3 meses e
crônica quando o período é maior que 3 meses.
Sinusite aguda: Na sinusite aguda os sintomas mais freqüentes são a dor
localizada na fronte, nos olhos ou na face, com acentuação da intensidade ao abaixar a
cabeça, secreção nasal purulenta, congestão nasal, com ou sem febre, dores no corpo,
falta de apetite, mal-estar, tosse seca, às vezes com secreção, sensação de secreção
descendo do nariz em direção à garganta e irritação desta. Nas crianças, os sintomas
podem se confundir com um resfriado mais prolongado, febre baixa, irritabilidade,
secreção nasal, tosse diária com piora à noite, sensação de pressão na cabeça ou na
face.
Sinusite crônica:O quadro clínico é geralmente pobre e pode se
confundir com outras doenças nasais, mas os sintomas mais freqüentes são a secreção
nasal purulenta, sensação de secreção descendo do nariz para a garganta, dor de
garganta, tosse crônica com ou sem rouquidão, congestão nasal, mau hálito e
dificuldade para sentir odores.
3.4.1.1. Sintomas
Os sintomas principais da sinusite são: dor de cabeça (mais freqüente em
adultos), obstrução nasal persistente, secreção catarral do nariz, febre ou mal estar. No
entanto, em alguns casos pode se manifestar apenas como uma tosse persistente com
piora noturna, principalmente nas crianças.
3.4.1.2. Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos, anti-inflamatórios, descongestionantes em
alguns casos e medidas gerais importantes como a hidratação oral abundante, a
vaporização e a limpeza nasal.
A sinusite tratada corretamente evolui para a cura na maioria dos casos, porém
existem casos de complicação e cronificação, necessitando de um acompanhamento
médico rigoroso e às vezes com uma intervenção cirúrgica.
37
Somente o médico poderá esclarecer se os sintomas do paciente correspondem
ou não a um quadro de sinusite, sugerindo o melhor tratamento para cada caso.
3.4.2. Asma
A asma é uma doença alérgica das vias aéreas, mais precisamente dos
brônquios, que são os tubos que levam o ar da boca até os alvéolos, estruturas
pulmonares onde será feita a oxigenação do sangue. É uma doença crônica,
caracterizada pela inflamação contínua da parede dos brônquios e uma tendência ao
fechamento temporário dos mesmos, ocasionando a crise de asma.
3.4.2.1. Sintomas
A asma se manifesta em crises que podem ser desencadeadas pelos fatores
acima citados.
A pessoa geralmente apresenta falta de ar, chiado no peito, tosse e sensação de
opressão, semelhante a um aperto no peito. O diagnóstico da doença é geralmente
feito pela história clínica. Algumas vezes, especialmente nas crises
3.4.2.2. Tratamento
O tratamento consiste basicamente de duas coisas: medicamentos e higiene
ambiental, que é o afastamento da pessoa de fatores que provocam a crise de asma,
citados acima.
As medicações para o tratamento da asma são, sempre que possível, utilizadas
por via inalatória, como as bombinhas, nebulização ou aparelhinhos para a inalação de
pó seco. Há uma medicação preventiva, de uso diário, e outra para uso na hora da
crise. Em crises graves, é necessário o uso de medicação antinflamatória na forma de
comprimido, e eventualmente, tratamento a nível hospitalar.
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3.4.3. Bronquite
É uma inflamação nos brônquios que provoca maior secreção do muco. Há dois
tipos de bronquite: aguda e crônica. No primeiro caso, geralmente é benigna e não
apresenta maiores complicações, tendo várias causas possíveis, desde vírus, como o
do resfriado, até por inalação de gases irritantes, como sulfetos e dióxido de nitrogênio.
Na bronquite crônica ( e asmática), são mais comuns as infecções bacterianas,
instalando-se em processos brônquicos já estabelecidos ou iniciados por vírus, em
organismos debilitados. As bronquites crônicas representam perigo, pois vêm
acompanhadas de alterações respiratórias que podem comprometer a recuperação do
doente.
A incidência da bronquite predomina no inverno em más condições higiênicas;
também as aglomerações facilitam a afecção.
3.4.3.1. Sintomas
A bronquite caracteriza-se por tosse, expectoração e dor no meio do peito e
garganta; isto pelo comprometimento da traquéia e laringe. Aparecem, também,
quadros infecciosos: mal-estar, febre, falta de apetite, dores de cabeça. Em muitos
casos, a tosse vem acompanhada de respiração ruidosa. Os sintomas duram
geralmente alguns dias e, nos casos simples, a doença evolui progressivamente para a
cura total.
Em certos casos, poderão ocorrer complicações, como a extensão da afecção
aos bronquíolos, pneumunia e colapso pulmonar (obstrução dos brônquios).
3.4.3.2. Tratamento
O tratamento consiste em alimentação rica, repouso, umidificação do ar, uso de
analgésicos, antitérmicos, sedativos da tosse e expectorantes, antiinflamatórios e, em
alguns casos, antibióticos. A bronquite, em geral não é fatal; mesmo em casos
acompanhados de complicações, elas podem ser superadas, desde que o paciente
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apresente boas condições de resistência orgânica. A principal forma de prevenção é
manter as boas condições de resistência orgânica.
3.4.4. Pneumonia
A pneumonia é uma doença infecciosa, causada por grande variedade de
bactérias, principalmente pelo Streptococcus pneumoniae ou Diplococcus pneumoniae.
Nas pessoas com resistência orgânica debilitada por uma doença como a AIDS, em sua
fase mais grave, uma bactéria oportunista chamada Pneumocystis carinii também
causa a pneumonia, que contribuiu para o agravamento do quadro geral do paciente
com AIDS.
Nos casos comuns de pneumonia, ocorre, além da contaminação, o
enfraquecimento das defesas naturais do organismo. Esta baixa de resistência decorre
principalmente da exposição à umidade, variações bruscas de temperatura, da
debilidade conseqüente de outras doenças, sobretudo do alcoolismo, ocorrendo, em
conseqüência, a pneumonia. O contágio pode acontecer pela proximidade com
portadores da doença, através de gotículas de saliva. A maior incidência de pneumonia
é durante o inverno e nos homens.
Figura 4 - Alvéolos normais no primeiro caso, e Alvéolos com pneumonia no segundo
caso( parte mais avermelhada ).
40
3.4.4.1. Sintomas
A instalação da pneumonia é repentina, com febre elevada, calafrios e delírio.
Ataca também a pleura, membrana que envolve os pulmões e que é altamente
sensível. A inflamação da pleura e seu conseqüente espessamento provocam dor em
toda a região torácica, dor que aumenta com os movimentos respiratórios. A secreção
defensiva dos alvéolos, bronquíolos e brônquios constitui o catarro expelido pela tosse.
Em geral, o catarro é da cor de tijolo, às vezes com estrias de sangue. As vias
respiratórias, bloqueadas pelo catarro, tornam a respiração difícil e arfante, constituindo
o período de enfartamento. Estas manifestações desaparecem em poucos dias,
persistindo a sede e falta de apetite até os últimos dias de tratamento.
Durante qualquer fase da doença, o repouso é necessário. Os líquidos em geral
contribuem para abaixar a febre e desprender o catarro.
3.4.4.2. Tratamento
O tratamento consiste em repouso, alimentação livre e uso de antibióticos para
bloquear o avanço da doença. A recaída é extremamente perigosa. A principal maneira
de se prevenir contra a pneumonia é evitar a queda de resistência natural do
organismo, através da boa alimentação, agasalho, higiene e, às vezes, administração
de glicosídios cardioativos.
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ANALISE DOS DADOS COLETADOS NOS HOSPITAIS
4.1.Doenças mais freqüentes na Primavera
Analisado os dados coletados através do Hospital Infantil, foi possível observar,
que é muito comum a alergia respiratória relacionada ao pólen, que se espalham
rapidamente no ar na primavera. Alem da alergia respiratória existem ainda outras
causadas por diversos fatores, porem muitos deles ocorrem somente neste período de
mudança de estação.
Dados do Hospital Infantil Joana de Gusmão
57%
43%Alergias
Outras doenças
GRAFICO 1- Percentual de casos de alergias ocorridos na primavera, no Hospital
Infantil Joana de Gusmão.
4.2 Doenças mais freqüentes no Verão
Através da comparação dos dados obtidos, é possível confirmar que as doenças
ligadas a exposição excessiva ao sol e a perda de líquidos são classificadas como as
mais comuns, isso ocorre pelo simples fatos de ser a época mais quente do ano, e as
crianças passarem mais tempo nas praias e nas ruas.
42
Dados do Hospital Infantil Joana de Gusmão
91%
5% 4% Desidratação eInsolação
Intoxicação
Outras doenças
GRAFICO 2- Percentual de casos de desidratação, insolação e intoxicação alimentar
ocorridos no verão, no Hospital Infantil Joana de Gusmão.
4.3. Doenças mais freqüentes no Outono
Observando os altos índices de gripes e resfriados durante o outono , é possível
dizer que por ser uma época de transição entre o verão e o inverno , é nesta época que
as temperaturas estão em transformação o que acaba provocando mudanças no
organismo das crianças , que são mais vulneráveis .
Dados do Hospital Infantil Joana de Gusmão
67%
33% SindromeInfecciosas(febres,gripes e resfriados)
Outras doenças
GRAFICO 3- Percentual de casos de gripes e resfriados ocorridos no outono, no
Hospital Infantil Joana de Gusmão.
43
4.4. Doenças mais freqüentes no Inverno
Os dados comprovam que é no inverno que as crianças ficam mais doentes, isso
ocorre pelo fato do inverno ter as temperaturas mais baixas do ano, e as crianças
permanecerem um lugares fechados durante muito tempo , que haja uma boa
circulação do ar .
Dados do Hospital Infantil Joana de Gusmão
33%
23%
32%
12%Rinite e Sinusite
Pneumonia
Asma
Outras doenças
GRAFICO 4- Percentual de casos de rinites, sinusites, pneumonia e asma ocorridos no
inverno, no Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Dados do Hospital Universitário
16%
22%60%
1%
1%
Asma
Bronquite
Pneumonia
Sinusite
Outras doenças
GRAFICO 5- Percentual de casos de rinites, sinusites, pneumonia e asma ocorridos no
inverno, no Hospital Universitário.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Presenciando as variações climáticas, constatamos nesta pesquisa que a
meteorologia influencia na saúde do ser humano, principalmente a das crianças, as
quais demos enfaze neste projeto.
O objetivo principal da pesquisa não foi devidamente concretizado, em função de
alguns problemas no fornecimento de dados climáticos, que seriam obtidos através do
CIRAM,com esses dados e juntamente com os dados hospitalares que conseguimos
seria realizado uma comparação , mostrando que as mudanças no tempo influenciam
na saúde . Porem conseguimos fazer uma comparação das doenças mais freqüentes
em crianças, nas diferentes estações do ano com o auxilio dos dados hospitalares
cedidos pelo hospital infantil Joana de Gusmão e pelo hospital Universitário.
Através dessa comparação observamos que com a mudança de uma estação
para outra , certas doenças se manifestem com maior freqüência.
Sugerimos a todos que optarem realizar este projeto novamente, coletar dados
com antecedência, para que possa fazer uma análise mais rigorosa e precisa,
mostrando assim um resultado melhor.
45
46
REFERÊNCIAS
Revista Crescer. Disponível em
www.revistacrescer.globo.com/Editoraglobo/componentes/articecle/edg_artice_print
Acesso em 28 de maio de 2005.
Goldencross. Disponível em
www.goldencross.com.br/internet/htm/vidasaud/respirar Acesso em 28 de maio
de2005.
Guizzetti. Franco. Disponível em
www.1.folha.uol.com.br Acesso em 28 de maio de 2005.
Disponível em: glocites.yahoo.com.Br/saladefisica3/laboratório/inclinação. Acesso em
13 de agosto de 2005.
Disponível em: www.crie.com.br/html/investnews/vernoticia_dgafbg.html Acesso em 10
de agosto de 2005.
Disponível em: http://www.feranet21.com.br/dicas/geografia/solsticio_equinocio.htm
Acesso em 7 de julho de 2005.
Coelho, Marcos de Amorim; Nakata, Hirome.Geografia Geral.São Paulo: Moderna ltda
do Brasil, 1988.
Andrade, Manoel C.; Sette, Hilton. Geografia Geral. São Paulo: Editora do Brasil, 1978.
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