View
1
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
325
R E S U M O Apresenta-seadescriçãode33peçasemcerâmicacomumfinadecronologiamoderna,
exumadasnaintervençãoarqueológicaefectuadanointeriordoedifíciodoAljubeemLisboa.
Umexemplarfoirecolhidoin situinteiro,apresentando-se17comperfilcompletoe13com
perfilquasecompleto.
A B S T R A C T In this article, we present 33 pieces of common wear from the Modern
period, recovered in the fieldwork carried out inside the building of Aljube in Lisbon.
Onespecimenwascollected in situ,with17havingcompleteprofileand13almostcom-
plete.
1. Introdução
1.1. Localização da intervenção
Aintervençãoarqueológica1realizou-seem2004/2005noedifíciodoAljubeemLisboa,locali-zadonon.º42daRuaAugustoRosa,distandonovemetrosdaparedelateralNortedaSéeencostaaoteatroromano,fazendopartedeumaZonaEspecialdeProtecção(Z.E.P.,D.G.,2.ªSérie,N.º213de11-9-61).Aquandodaintervenção,funcionavacomoDirecçãoRegionaldeLisboadoInstitutodeReinserçãoSocial,aquallevouacabooprojectode“Remodelaçãodorés-do-chãoecave”doedifíciodaantigaprisãodoAljube,resultandoassimanecessidadedeacompanhamentoarqueológiconasobrasrealizadasnolocal(Amaro&Santos,2005).
Aintervençãoiniciou-secomoacompanhamentoarqueológico,estendendo-se,noentanto,aescavação,dadoopotencialarqueológicodescobertonolocal.
1.2. Espólio
DodiversificadoespólioencontradonoedifíciodoAljube,destacam-secronologiasdesdeaÉpocaRomana,Islâmica,Medieval,ModernaatéàContemporânea.
A maiore quantidade de materiais exumados revelou-se pertencente ao Período Moderno(atribuídoscronologicamenteameadoseàsegundametadedoséculoXVI)everificou-senumcontextodedepósito—lixeiradetrítica—aoníveldorés-do-chãodoedifício(Fig.1).
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
PATRÍCIAAUGUSTOSANTOS*
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345326
Esteespaço,comumcomprimentode 5m (sentido oeste/este) por 2 mdelarguraecomumaalturadecercade3m,denominado«Pátio»,revelouapresençadeumpavimentoemlajeado,delimitadoentretrêsmurosempedraepelafachadasuldoedifício(quesedesenvolvenosen-tido oeste/este), tendo esta cortado oespaço mencionado aquando da refor-mulaçãourbanapombalina,impossibili-tandoassimoacessoàrestantepartedoespóliooriginaleàobtençãodeummaiornúmerodecolagensentreosfragmentosencontrados.Revelouapresençadediver-sos fragmentos cerâmicos em porcelanachinesa, faiança, faiança de importação,grés,majólica,comum,vidroscomrefle-xos dourados, numismas em bronze,metaisdiversos,objectosemossotraba-lhadoefauna.
1.3. Relevância do conjunto
Inseridasnumtotaldecercade826fragmentos de cerâmica comum fina, opresente estudo limitado a 33 peças,consideradasmaissignificativasnocon-junto, assume relevância pelo facto deestaremconcentradasnumespaçodelimitado,tendosidoexumadasjuntamentecomumaconsi-derávelquantidadeevariedadedetestemunhosquedeterminamavivênciadocentrodeLisboaemmeadosenasegundametadedoséculoXVI(atestadapelasfaiançasepelacerâmicadeimpor-tação).NestadataoedifíciodoAljubeseriaocupadoporeclesiásticos,comoprisão,emborahajaapossibilidadedeestedepósitotersidotrazidodeummonturo(Macedo,1940–1943;Amaro&Santos,2005).
Noentanto,peladeposiçãodosmateriais,estesaparentamtersidoacumuladosnesteespaçonumperíodoespecífico,factoestecomprovadoatravésdascolagensdefragmentos,provenientesdediferentesunidadesestratigráficas(U.E).Amaiorpartedosexemplaresaquiapresentadospro-veiodaU.E.[9],emboraalgunspertençamàU.E.[20](Amaro&Santos,2005).
Agrandeconcentraçãoqueapresentamnesteespaçofechadoreforçaasuautilizaçãonoquo-tidianocomocerâmicadeusocomum.Osexemplaresaquiemestudoassumemdeigualmodoimportânciapelofactodepermitiremumaobservaçãodepeçasinteirasouquasecompletas,tendosidopossívelefectuarumconsiderávelnúmerodecolagens,dandoaindaaconhecerformasdiver-sascomperfilcompletoinseridasnummesmoconjunto.
Porfim,pretende-secomesteconjuntoalargaroconhecimentodastécnicasemotivosdeco-rativosempreguesnestaspeçasemusonaLisboaquinhentista.
Fig. 1 Pavimentolajeadoqueserviudebaseàdeposiçãodosmateriaisdecronologiamoderna.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 327
2. Cerâmica comum fina
2.1. Apresentação do conjunto em estudo
Aceitando o conceito de “Cerâmica comum fina da Idade Moderna” (Rodrigues, 2006), oconjuntodefragmentosemestudoevidenciouascaracterísticastécnicasedecorativasquegeral-mentedefinemestaspeçasfrágeiseaindapoucodivulgadasempublicaçõescientíficas,menciona-dassobretudoempublicaçõesdescritivasondeadquiriramvariadasdesignações.
Trata-sedepeçasdelicadas,dadaafragilidadedafinaespessuradassuasparedes,emborasesuponhateremtidoduranteosséculosXVIeXVIIumtratodomésticocomusobastanteprofuso.Defacto,sãopeçasqueapresentamporvezesumacabamentopoucocuidadoeumadecoraçãosimples, através de incisões efectuadas pelo oleiro, e que por esse uso generalizado não teriamnecessidadedeumaconfecçãomaiselaborada.
Do conjunto de 33 peças aqui presentes, apenas uma foi recolhida in situ completamenteinteira(n.º1,Fig.2),apresentando-se17comperfilcompletoe13comperfilquasecompleto,asrestantestrata-sedefragmentoscombordoebojoousomentebojo,consideradossignificativos.De facto, algumas destas peças encontram-se praticamente completas, por vezes apenas comausênciadeumapequenapartedobordooudeumaasa(casodosexemplarescomosn.os19,20,21e23,Fig.5).
Estaspeçasapresentamumaespessuramédiadasparedesde2a4mm(exceptuando-senesteestudoduaspeças),conferindo-lheassimadequadamenteadesignaçãodecerâmicafina.
As pastas apresentam uma coloração laranja a avermelhada, finas, com textura arenosa,homogénea, compacta e dura, com fractura irregular, com escassos elementos não plásticos(e.n.p.) de grão fino a médio, com cozeduras predominantemente em ambiente oxidante, comengobeexterior.Nadescriçãodascoresfoiutilizadaadesignaçãocomumcomreferênciaaores-pectivonúmerodocódigoMunsellSoilColorCharts(1998).
Foipossíveldeterminarnoconjuntoaexistênciadedoisgruposdistintos:
Grupo A: compastasgeralmentedecoloraçãolaranja/avermelhada,dagama2.5YRdeMun-sell(algumasvariandonacoloraçãoamarelo/alaranjada);comtexturaarenosa,homogénea,compacta,dura,comfracturairregular,comescassose.n.p.degrãofino(micas,quartzo,cal-cários,elementosferrosos:hematites),comvacúolos(bolhasdearefendas).Evidenciaumacozeduraemambienteoxidante(emboraalgumasapresentemumacozeduraemambienteredutor,comcernedecoloraçãocinzenta,mascomarrefecimentooxidante);
Grupo B: de igual modo com pastas de coloração laranja/avermelhada, da gama 2.5YR deMunsell,masbastantegrosseiras,comtexturaarenosa,homogénea,compacta,dura,comfrac-turairregular,comabundanteconcentraçãodee.n.p.,degrãofinoamédio(micas,quartzo,feldspato, quartzito, calcários, elementos ferrosos: hematites). Evidencia uma cozedura emambienteoxidante.Ambos os grupos identificados apresentam vestígios de engobe exterior, salientando-se ofactodeactualmenteacororiginaldestaspeçasseencontrarprovavelmentealterada,tantodevido às condições do espaço em que foram depositadas, com muita humidade, como àexistênciadeumafuganascondutasdeesgotosqueatravessavamessemesmoespaçoàsuper-fície. Muitas delas apresentam concreções, cobrindo-as na quase totalidade (caso da peçan.º9,Fig.3).
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345328
Quantoàsformas,predominamaspeçasabertasesãosobretudoastaçasrasasdeduasasasquesedestacamnoconjunto,emboraseincluamtambémtaçasdepéalto(oucálices),potes,pratosouprateis,tampas,entreoutras.Salienta-senoentantoagrandeassimetriaevidenciadanestesrecipien-tes,apresentandobastantesimperfeições(porvezesdisfarçadaspeloengobe)oumesmodeforma-çõesfeitasintencionalmentepelooleiro,conferindo-lhesassimporvezesformasúnicaseoriginais.
Devidoaofactodesetratarderecipientesmanufacturadoscomparedesdeespessuramuitofina,estasapresentamporvezesdeformaçõesprovocadaspelapressãodaaplicaçãodasasasaindaantesdacozedura.Algumasevidenciamtambémumdesgasteparcialnasparedes,propositado,conferindo-lhesumaespessuraaindamaisfina.
Relativamenteàstécnicasdedecoraçãoempregues,estãopresentesnesteconjunto,adigita-ção:deformasimples,naqualadecoraçãoéefectuadaatravésdapressãodosdedosdooleironapeça;efectuadacommaiorpressãodoexterior,originandoônfalos;efectuadacommaiorpressãodointerior,originandoformascircularesousaliênciasovóides;efectuadasimultaneamentepeloexterioreinterior,originandoadeformaçãodosbordos;ouauxiliadaporuminstrumento.
Comdecoraçãorealizadacomrecursoauminstrumento,esteconjuntopossuialgunsexem-plaresemqueamesmafoiefectuadaatravésdeincisão,commotivoscircularesouoblíquos;porremoçãodamatéria;porpressãodoinstrumento;eaindaestampilhada,evidenciadasobretudonosbordos,comreticulados.
Podemaindaapresentaraplicações,apenasconstandodoconjuntoemestudoumexemplarincompleto(n.º17,Fig.4).
Apesardemuitosdestesrecipientespoderemtercomoprincipalfunçãoacontençãodelíqui-dos,algumaspeçasabertasnomeadamentetaças,apresentamcomocaracterísticabordosirregula-rescomdecoraçõesdereticulados,oquesuscitaaqueasmesmaspudessemnãotercomofunçãoaingestãodirectadelíquidos,atribuindo-lhesumaconotaçãodecorativa.
TêmparalelosempeçasencontradasemLisboa(Moita,1964–1965;Ferreira,1992),Cascais(Rodrigues,2006), emPalmela (Fernandes&Carvalho,1998),noConventodeSantaClaraemMoura(Rego&Macias,1993),emespóliosdeTomareSintra(Ferreira,1992,1994)ePorto(Bar-reira,Dordio&Teixeira,1998)apresentandoalgumascolecçõescaracterísticasmuitosemelhan-tes,sendoatribuídasaosséculosXVIeXVII.Desalientartambémqueasformasirregularesdestaspeças,tornedifícilatribuir-lhesparalelosformaisespecíficos.
Constituirelevanteimportânciaumapeça(n.º24,Fig.5),recolhidanoconjuntoaquiapre-sentado, que pelas suas diferenças das restantes, mais especificamente com uma espessura deparedeentreos5e7mm,pastagrosseiramascomamesmaformaemotivosdecorativosempre-guesnaspeçasdeespessurafina,nosfazsuporahipótesedeestarmosperanteumapossívelimita-ção,comamesmatécnicadefabricomasmaisresistente.Tambémapeça,incompleta,represen-tadacomon.º32(Fig.8),identificadocomovasodequartoapresentaasmesmascaracterísticasformaisedecorativas,emboraevidentementemaisgrosseira.
2.2. Descrição (formal e decorativa)Oconjuntode33peçasaquiilustrado2éconstituídopor:
2.2.1. Taças
Apresentam-seaqui13exemplares(Figs.2–3),commedidasentreos114e138mmdediâmetrodobordo,estessãogeralmenteboleadosourectos,algunscomabaexterior.Possuemparedesrectas
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 329
Fig. 2 Taçasemcerâmicacomumfina.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345330
Fig. 3 Taçasemcerâmicacomumfina.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 331
com duas asas verticais (com excepção de duas peças que evidenciam asas horizontais) e baseplana.
Comotécnicasdecorativasempreguesapresentammotivosefectuadosatravésdedigitaçãosimples,tantopelointerior(formasovóides,ex.n.º3)comopeloexteriororiginandofrisoscomumaouatétrêslinhasdeônfalosnocorpodapeça(casodosexemplarescomosn.os8a11)ouaindacombinandoambascausandodestemodoumadeformaçãonapeçaatravésdapressãodosdedoscontraaparede.Salientamosoexemplarcomon.º1,umataçarecolhidacompletain situ,aqualevidenciaumadeformaçãointencionaldobordodapeça,conferindo-lheumaforma(decora-tiva)originalemborapoucousualouatéfuncionalcomorecipienteparaingestãodirectadelíqui-dos.Deigualmodooexemplarn.º7sugereumaformasemelhante,comdeformaçãodobordomascombinandoatécnicadecorativadedigitaçãopeloexteriornobojo,todaviaestapeçaencontra--sefragmentadanãonospermitindoassimconheceradeformaçãototalimplicadanapeça.Atéc-nicadadigitaçãopodiaaindaserauxiliadaporuminstrumento,casoaplicadonobordodoexem-plarn.º12.
Algumastaçasapresentamorecursopelooleiroauminstrumentonaelaboraçãodatécnicadecorativa, originando motivos incisos ou provocados pela pressão do instrumento contra aparede.Destacam-seosexemplarescomosn.os4e5,ondeaparededataçafoipressionadaparaointerior,apresentandofundasincisõesverticais.
Relativamenteàtécnicadaestampilhagem,destacamosdoconjuntoastaçascomosn.os11e13,apresentandoumadecoraçãodereticuladoincisonobordo,manifestando-seporestacaracte-rísticacomopeçaslúdicasoudefunçãomeramentedecorativa.
Foram,noconjuntodecerâmicacomumfina,identificadas35taçasalémdesignificativosfragmentosdebojoebasesqueaparentamsermuitoprovavelmentepertencentesataçasmasquenão permitiram colagem, constituindo no entanto a forma mais numerosa do conjunto total.Apenasaspeçascomosn.os1e9conservamambasasasaslaterais.
2.2.2. Taças de pé alto (ou cálices)
Apresentam-seaquicincoexemplares(Fig.4),emboranãotenhasidopossívelobteroperfilcompleto de nenhum. Trata-se de taças de pé alto ou provavelmente cálices, que poderiam tercomofunçãoaingestãodirectadelíquidosouapenasornamentação,comoéocasodoexemplarn.º14,queevidenciaumbordoligeiramenteenvasado,enquantoosexemplarescomosn.os15e18manifestamumbordorectoeatéligeiramenteintrovertido.
Todososexemplaresapresentamoarranquedopé,tendoapenasoexemplarn.º16permi-tidoefectuaracolagemdopécomarespectivabase.Épossívelobservaroarranquedeasaslateraisverticaisemdoisdestesexemplares,conservandoapenasoexemplarn.º14umaasacompleta.
Comotécnicasdecorativas,destaca-seadigitaçãosimplesapartirdoexterior,auxiliadaporinstrumento, caso do exemplar n.º 16, o recurso a instrumento por pressão a partir do interior(n.º14)eporpressãoapartirdoexterior(exemplarn.º15)esteevidenciandotambémumadecora-çãorealizadaatravésdaremoçãodematérianamolduraexterior.
Destaca-seoexemplarcomon.º17que,emboraseapresentemuitofragmentado,demonstrauma técnica decorativa elaborada com aplicações, único exemplar com estas características noconjuntoemestudo.
Salienta-seaexistênciadebastantesfragmentosdepé,osquaisnãopossibilitaramarealiza-çãodecolagens.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345332
2.2.3. Potes
Apresentam-seaquiseisexemplares(Fig.5),osquaissemostraramnoconjuntorelativamentebempreservados,apenascomaausênciadeumapequenapartedobordooudeumaasa(exemplodosn.os19,20,21e23).Apenasospotesn.os22e24nãopermitiramconhecerarespectivaformadobordo,tendoambossidoreconstituídosapartirdacolagemdediversosfragmentos.Sãopeçascomalturascompreendidasentreos63e110mmrelativamenteaosexemplarescomperfilcom-pleto,comduasasasverticais,exceptuando-seopotecomon.º23queapresentaapenasumaasaeédesprovidodedecoração.Osexemplaresn.os20e21sãomuitosemelhantes,amboscomformaglobular.Estesrecipientesseriamcertamentedestinadosàcontençãodelíquidoscombordossim-plessemdecoração.
Comotécnicasdecorativaspodemosobservarnaspeçascomosn.os19,20,21e24orecursoàpressãodeuminstrumento,peloexterior,contraasparedesdobojo,conferindo-lhesumadeco-
Fig. 4 Taçasdepéalto(oucálices)emcerâmicacomumfina.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 333
raçãosimpleseextremamentepráticaerápidanaconfecçãodapeça.Dereferirquenoexemplarn.º24,adecoraçãofoiefectuadadeummodomaisagressivoparaapeça,factoestemuitopossi-velmentedevidoàgrossuradasparedes,dificultandoassimumapressãomaiscuidada.
O pote n.º 19 apresenta também uma banda com incisões oblíquas efectuada através domesmoprocessodepressãodeuminstrumentopeloexterior,enquantoon.º22apenasevidenciaumabandacomincisõeshorizontais,comrecursoainstrumentoporincisão/pressão.
Dos 17 exemplares identificados no conjunto como potes, referimos que não obtemosnenhumcomorecursoàtécnicadadigitação,emborapossuamosfragmentosdebordoebojocomestadecoração,quepossivelmentepossampertencerapotes,masquenãopermitiramumaidentificaçãoformalseguradevidoàssuasreduzidasdimensões.
Fig. 5 Potesemcerâmicacomumfina.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345334
Fig. 6 Pratosoupratéisemcerâmicacomumfina.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 335
2.2.4. Pratos ou pratéis
Apresentam-seapenasquatroexemplares(Fig.6)emboratenhamsidoidentificadosnocon-junto totala existênciadepelomenosnove.Sãopeçascujasmedidas se situamentreos120e176mmdediâmetrodobordo,comumaalturaentreos20e27mm.Todosseencontrambas-tantefragmentados,àexcepçãodopratelcomon.º26,quasecompletoatravésdacolagemdedezfragmentos.
O exemplar n.º 25 não apresenta decoração, sendo uma peça extremamente simples combordoboleadoeabadescaídaparaoexterior.Osn.os26e28apresentamporsuavezbordoscomabasdescaídasparaoexterioreonduladas,ondefoiaplicadaumadecoraçãosimplesatravésdadigitação.Jáapeçan.º27foialvodeumtrabalhomaisespecífico,ondecomrecursoauminstru-mentofoiefectuadoaolongodaabaexteriordobordoaremoçãodematéria,conferindo-lheumadecoraçãomaiselaborada.
2.2.5. Tampas
Apresentam-setrêsexemplares(Fig.7),emboratenhamsidoidentificadaspelomenosdozenoconjuntototal.Apenasduastampasdetêmperfilcompleto,apeçan.º29eumaoutratampa,nãoapresentada(comonúmerodeinventário:ALJ/05[9]36,semdecoração).Possuemumaabaexterior,compétriangular,comoacontececomoexemplarn.º29.
Fig. 7 Tampasemcerâmicacomumfina.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345336
Sãopeçasdeformatroncocónica,comumapegasuperiorembotãodeformatriangular,quegeralmentetendeafracturar(exemplodosn.os30e31).
Atampacomon.º29nãoapresentaqualquerdecoração,enquantoadon.º30exibeumabandanapartecentraldobojocomincisõesefectuadascomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Apeçan.º31evidenciaumadecoraçãonaqual,atravésdorecursoauminstrumentoapartirdoexterior,foramincisospequenostriângulosinvertidos.
Salientamosaexistênciade24pegasfracturadasdetampas,todascomformasmuitodiver-sificadas,evidenciandoumcertorequinte,masquenãoofereceramcolagem.
2.2.6. Outras formas
Dentrodaclassificaçãogeneralizadade«outrasformas»incluímosapeçan.º32daFig.8,queseassemelhaaumvasodequartoequeemboraseencontrefragmentada,permitiuaobtençãododiâmetrodobordo,com202mm,everificaradecoraçãoempregueempartedobojo.Trata-sedeumapeçadeparedesespessas,grosseiramassignificativanoconjuntoporevidenciarumadeco-raçãoinseridanasdescriçõesacimamencionadasrelativamenteapeçasmaisfinas.
Fig. 8 Vasodequartoemcerâmicacomumfina.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 337
Exibenaabasuperior/interior,ligeiramenteoblíquanatransiçãoparaaparedeinteriordobojo,quatrocanelurasbemcomoumalinhaincisa,deformaonduladaefectuadacomrecursoainstrumento.Nobojoevidenciaincisõesmaisprofundasdeigualmodoefectuadascomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.
Porúltimo,referimo-nosaalgunsfragmentosisoladosquenãopermitiramumaidentifica-çãoformal,masqueconsideramossignificativospelosmotivosdecorativosqueapresentam,dife-rentesdosjámencionados.
Ofragmentocomon.º33(Fig.9)apresentaumaespessurafinadaparede,arranquedeasaeumadecoraçãoefectuadacomrecursoainstrumentoondeforamdemarcadasbandasincisascomvárias linhas cruzadas de forma geométrica. Existe ainda um outro fragmento que exibe estesmotivos,provavelmentepertencenteàmesmapeçamasquenãopermitiucolagementreambos.
Realçamostambémaexistênciadefragmentosondeseregistouumadecoraçãocomlinhasonduladasdemarcadasnaparededobojoeondeforamefectuadassucessivasmarcasdedimensãoreduzida,comumobjectoredondoeaindaumpequenofragmento,nãorepresentado,dereduzi-dasdimensões,comdecoraçãobrunida.
Fig. 9 Fragmentoemcerâmicacomumfina.
Fig. 10 Númerototaldefragmentosemcerâmicacomumfinarespeitantesaformasindeterminadas.
bordos bases bojos asas pés(decálice) pegas(detampas)
118104
372
21 1124
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345338
3. Considerações finais
Refere-senoespóliorecolhidonoedifíciodoAljube,deumtotalde826fragmentosdecerâ-micacomumfina,aexistênciadeumconsiderávelnúmerodefragmentosdebordoebojoqueapresentamastécnicasdecorativasaquidescritasmasqueinfelizmentenãopossibilitaramareali-zaçãodecolagensouidentificaçãodaformaoriginaldapeça(Fig.10),comoéocasotambémdebasesprovavelmentepertencentesataçasoupotes.
Omotivodedecoraçãoemreticuladodescritonastaçasrasaseomotivoonduladopresentenospratosouprateis,bemcomooutrasmisturasdetécnicas,aparecemcombinadosembordosmasquepelofactodeseencontraremfragmentadosouapenascomumareduzidapartedobojonãonosasseguramtratar-sedetaçasoueventualmentedepotes.
Salientamosnoentanto,ofactodeadecoraçãonãoconstituirummotivoidentificativodes-taspeçasdecerâmicacomumfina,tendoemcontaquemuitosfragmentosepeçasseapresentamlisassemqualquerdecoração(casodosn.os2,18,23e29apresentados).
Asignificativaquantidadedefragmentosdebordos,bases,asaseprovavelmentepegasperten-centesatampasepésdecálices,indicaumconjuntobastantediversificado,permitindoefectuaralgumasreconstituições,atravésdecolagens,assimcomooconhecimentodeformasedecoraçõesoriginaisemusonaépoca,emqueooleiro,apesardeseguirumpadrãocomum,improvisavaumanovapeçapraticamenteacadaconfecçãoqueelaborava,vistoqueapesardeextremamentesimplesnaconfecção,astécnicasdecorativasatribuemaestaspeçasumaoriginalidadeinconfundível.
Foiobjectivodesteartigoapresentaradiversidadeempreguenosexemplaresqueseencon-trammaiscompletos,permitindoesteconjuntodepeçasdecerâmicacomumfinaexumadonointeriordoedifíciodoAljube,daraconhecerpeçasinteirasouquasecompletasimportantesnavivênciaquotidianadaLisboaquinhentista,peçasestasqueestariamnaorigemdeformasseme-lhantesemaiselaboradasnosséculosquelhesseguiram.
ANEXO
Catálogo
1 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 1Taçacompleta.Bordoplanocomtrêslinhasincisaseparalelasnapartesuperior.Molduraexterior.Duasasasverticais.Baseplanaembolacha.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8).Diâmetrodobordo:131x112mm,diâmetrodabase:63mm,altura:59mm,espessuramédiadaparede:3–4mm.Deformaçãodobordo,atravésdapressãodosdedosdooleiro.Paralelos(Rego&Macias,1993).Estapeçaterásidointencional-mentedeformadapelooleiroantesdacozedura.Fig.2,n.º1.
2 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 79Taça fragmentada. Perfil completo com bordo boleado. Paredes rectas verticais com duascanelurasincisaseasavertical(provavelmenteteriaduas).Fundoraso.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:120mm,diâmetrodabase:103mm,altura:52mm,espessuramédiadaparede:2–2,5mm.Semdecoração.Fig.2,n.º2.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 339
3 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 34Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoboleado.Apresentamolduraexterior.Care-nada,comasaverticaldesecçãoem“D”earranquedeumaoutra.Fundoraso.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/6;interior:5YR5/6).Diâmetrodobordo:124mm,diâmetrodabase:80mm,altura:72mm,espessuramédiadaparede:2–4mm.Decoraçãoem bandacomformascirculares/ovóides,efectuadaatravésdedigitaçãosim-plesapartirdointerior.Constituídapor5fragmentoscolados.Fig.2,n.º3.
4 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 41Taçafragmentada.Perfilcompletocombordointeriorverticaleboleadonoexterior.Apre-sentamolduraexterior.Provavelmenteteriaduasasas.Baseplana.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/8;cerne:10YR6/1,coze-duraredutoracomarrefecimentooxidante).Diâmetrodobordo:136mm,diâmetrodabase:108mm,altura:61mm,espessuramédiadaparede:2–3mm.Decoraçãoem bandacominci-sõesverticaisnobojo,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Constituídapor3fragmentoscolados.Fig.2,n.º4.
5 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 83Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoboleadoenvasado.Paredesverticaiscomcane-lurainferioremolduraexterior.Arranquedeasavertical(provavelmenteteriaduas).Fundoraso. Pasta do grupo A, com coloração laranja/avermelhada (exterior: 2.5YR 5/8; interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:130mm,diâmetrodabase:84mm,altura:65mm,espessuramédiadaparede:1,5–4mm.Decoraçãoembandacomincisõesverticaisacentuadasnobojo,(agrupadasemduas)efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Constituídapor2fragmentoscolados.Fig.2,n.º5.
6 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 75Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoboleadoeoblíquonoexterior,comcaneluras.Paredesverticaiscomcarenainferior.Asahorizontal(provavelmenteteriaduas).Fundoraso.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8; interior:7.5YR7/6).Diâmetrodobordo:124mm,diâmetrodabase:74mm,altura:58mm,espessuramédiadaparede:2–3mm.Decoraçãoembandacomincisõesoblíquasnametadeinferiordobojo,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Constituídapor3fragmentoscolados.Fig.2,n.º6.
7 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 80Fragmentodetaçacombordoepartedobojo.Bordoenvasadocomtrêscanelurasincisaseparalelasnapartesuperior.Bojocommolduraexteriorearranquedeasavertical.Pastado grupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior:2.5YR5/6;interior:5YR6/8).Altura:59mm,espessuramédiadaparede:3–4mm.Decoraçãoembandacomdoisfrisoshorizon-taiscomônfalosverticais(sobamolduraexterior),efectuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Possivelmentedeformadaintencionalmentepelooleiro.Constituídapor4fragmentos(2delescolados).Fig.2,n.º7.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345340
8 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 42Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoboleadoenvasado.Asavertical,ligeiramenteoblíqua(provavelmenteteriaduas).Fundoraso.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/8).Diâmetrodobordo:116mm,diâmetrodabase:85mm,altura:55mm,espessuramédiadaparede:1–3mm.Decoraçãoembandacomtrêsfrisoshorizontaiscomônfalosdispostosnaoblíqua(sobamolduraexterior),efec-tuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Paralelos(Ferreira,1992,Est.4,nº.5,p.156).Constituídapor4fragmentos(2delescolados).Fig.3,n.º8.
9 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [20] 72Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoboleado,ligeiramenteenvasadoebojovertical.Duasasasverticais.Basecarenadacomfundoplano.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8;interior:2.5YR6/8).Diâmetrodobordo:130mm,diâme-trodabase:66mm,altura:62mm,espessuramédiadaparede:2–4mm.Decoraçãoembandacomtrêsfrisoshorizontaiscomônfalosnaoblíqua(sobamolduraexterior),efectuadaatra-vésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Paralelos(Ferreira,1992,Est.4,nº.5,p.156).Constituídapor7fragmentos(6delescolados).Apresentamuitasconcreções.Fig.3,n.º9.
10 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 89Taçafragmentada.Perfilcompletocombordoverticalnointerioreredondonoexterior.Bojoenvasado. Asa vertical de secção em “D” (provavelmente teria duas). Base plana. Pasta dogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8;interior:5YR7/8).Diâme-trodobordo:138mm,diâmetrodabase:94mm,altura:67mm,espessuramédiadaparede:2–5mm.Decoraçãoembandacomdoisfrisoshorizontaisdeônfalos(sobamolduraexte-rior),efectuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Fig.3,n.º10. 11 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 35Taçafragmentada.Perfilcompletocombordocomabaexteriorinclinadaparabaixo,enva-sado.Molduraexteriorcomarranquedeasavertical,ligeiramenteoblíqua,desecçãoem“D”descaída(provavelmenteteriaduas).Baseplana.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:138mm,diâmetrodabase:70mm,altura:69mm,espessuramédiadaparede:2,5–4mm.Decoraçãoem reticu-lado inciso na parte superior e exterior do bordo, efectuado com recurso a instrumento;bandacomfrisohorizontalcomônfalos(acimadamolduraexterior),efectuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Constituídapor2fragmentoscolados.Fig.3,n.º11.
12 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 84Fragmentodetaçacombordoepartedobojo.Bordoeparedeenvasada.Bojocomparteinfe-riorglobular.Arranquedeasahorizontal.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaran-jada(exterior:2.5YR6/8; interior:5YR7/6).Diâmetrodobordo:106mm,altura:55mm,espessuramédiadaparede:2–3mm.Decoraçãono bordocomondulações,efectuadascomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdointerior;bandacomfrisohorizontalcomônfa-los(sobamolduraexterior),efectuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior.Para-lelos:(Barreira,Dordio&Teixeira,1998,Fig.53,p.176).Fig.3,n.º12.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 341
13 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [20] 39Taçafragmentada.Perfilcompleto,combordointeriorverticaleabaexteriordescaída(oblí-qua),comreticuladoincisonapartesuperior.Paredeverticalcomcanelurainferiorjuntoàbase.Arranquededuasasasverticais.Fundoplano.PastadogrupoA,comcoloraçãoama-rela/alaranjada(exterior:2.5YR5/6;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:114mm,diâme-trodabase:84mm,altura:60mm,espessuramédiadaparede:2–4mm.Decoraçãoem reti-culadonapartesuperiordobordo(incisõesraiadasequadrangulares),efectuadocomrecursoainstrumento.Constituídapor3fragmentoscolados.Fig.3,n.º13.
14 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 33Taçadepéalto(cálice)fragmentada.Perfilquasecompleto.Bordoligeiramenteboleado.Bojoenvasadocommolduraexteriorameiodocorpo,comarranquesuperiordeduasasasverti-cais,umadelascompleta.Fundo interiorcomseiscaneluras.Arranquedopé incompleto.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/6).Diâmetro do bordo: 105 mm, altura do fragmento: 114 mm, espessura média da parede:2–4mm.Decoraçãoem bandacomsaliênciasoblíquas(sobamolduraexterior),efectuadacomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdointerior.Peçacompletanapartesuperioràexcepçãodeumaasa.Fig.4,n.º14.
15 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 77Taçadepéalto(cálice)fragmentada.Perfilcompletonapartesuperiorearranquedopé.Bordovertical com três caneluras no bojo. Arranque de duas asas verticais. Fundo completo, comarranquedopéfragmentado.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR 6/8; interior: 5YR 6/6). Diâmetro do bordo: 72 mm, largura máxima do fragmento:83mm,alturado fragmento:114mm,espessuramédiadaparede:2–3mm.Decoraçãoem bandacomincisõesoblíquasnobojo(aoníveldoarranquesuperiordasasas)efectuadacomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdoexterior;molduraexteriorlocalizadanatransiçãodobojoparaopé,comumasucessãodepequenoslosangos,efectuadoscomrecursoainstru-mentocomremoçãodematéria.Constituídapor4fragmentoscolados.Fig.4,n.º15.
16 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 87Taçadepéalto(cálice)fragmentada(completanaparteinferior,péebase).Arranquededuasasas verticais. Pasta do grupo A, com coloração laranja/avermelhada (exterior: 2.5YR 5/6;interior:5YR6/6).Larguramáximadofragmento:93mm,diâmetrodabase:77mm,altura:78mm,espessuramédiadaparede:2–9mm.Decoraçãoem bandacomônfalosovaisdispos-tosnahorizontal,efectuadaatravésdedigitaçãosimplesapartirdoexterior,auxiliadaporinstrumento.Constituídapor2fragmentoscolados.Fig.4,n.º16.
17 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 86Taçadepéalto(cálice)fragmentada.Bojoincompletonapartesuperior,convexo.Arranquedopé.Fundointeriorplano,completo.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja(exterior:2.5YR6/8;interior:2.5YR6/8).Larguramáximadofragmento:111mm,alturadofragmento:49 mm, espessura média da parede: 2–3 mm. Decoração com seis apliques exteriores (deformarectangularecomespessurade1mm)espaçadosentresiquesedispõemnaverticaldesdeaparteconvexainferiordobojoatéaoarranquedopé,oqualseapresentacarenado.Fig.4,n.º17
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345342
18 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 85Taçadepéalto(cálice)fragmentada.Perfilcompletonapartesuperior.Bordovertical.Bojocomcarenainferior.Fundocompletocomarranquedopé.Pastado grupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:10R5/6;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:91mm,alturadofragmento:68mm,espessuramédiadaparede:3–4mm.Semdecoração.Fig.4,n.º18.
19 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 3Potefragmentado.Perfilcompleto.Bordoboleadoenvasado.Bojocomcanelurasameiodocorpo.Asaverticalearranquedeoutra.Fundorasocomconcavidadecentral.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo: 92 mm, diâmetro da base: 62 mm, altura: 110,5 mm, espessura média da parede:2–2,5mm.Decoraçãoembandacomincisõesoblíquasnapartesuperiordobojo,efectuadacomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdoexterior;bandanaparteinferiordobojocomsemicírculosdispostosnahorizontal,efectuadacomrecursoainstrumentoporpres-sãoapartirdoexterior.Paralelos(Ferreira,1992,Est.6,n.os4–5,p.159).Peçaquasecom-pletaàexcepçãodeumaasaepartedobordo.Constituídapor3fragmentoscolados.Fig.5,n.º19.
20 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 2Pote fragmentado. Perfil completo. Bordo boleado envasado. Bojo globular. Asa vertical earranquedeoutra.Fundorasoeplano.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior: 2.5YR 5/8; interior: 5YR 6/6). Diâmetro do bordo: 85 mm, diâmetro da base:57mm,altura:103mm,espessuramédiadaparede:2–3,5mm.Decoraçãoembandanapartecentraldobojocomsemicírculosdispostosnahorizontal,efectuadacomrecursoainstru-mentoporpressãoapartirdoexterior.Peçacompletaàexcepçãodeumaasa.Fig.5,n.º20.
21 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 32Potefragmentado.Perfilcompleto.Bordorecto,ligeiramenteenvasado.Bojoglobular.Asaverticalearranquedeoutra.Fundorasocomacentuadaconcavidadecentral.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo: 80 mm, diâmetro da base: 57 mm, altura: 102 mm, espessura média da parede:2–4mm.Decoraçãoembandanapartecentraldobojocomformasdispostasnaoblíqua,efectuadacomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdoexterior.Peçaquasecompletaàexcepçãodeumaasaepartedobordo.Fig.5,n.º21.
22 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 78Potefragmentado.Perfilquasecompletoàexcepçãodobordo.Bojodeformaglobular/ovóidecomcanelurasjuntoàbase.Possuipartesuperiordeasaverticalearranqueinferior(prova-velmenteteriaduasasas).Baseplana.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior:2.5YR6/8; interior:7.5YR7/6;cerne:7.5YR4/1).Larguramáximadofragmento:122mm,diâmetrodabase:52mm,alturadofragmento:121mm,espessuramédiadaparede:2–4mm.Decoraçãoembandaentrecaneluras,napartesuperiordobojo,comincisõeshori-zontais,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Cons-tituídapor9fragmentoscolados.Fig.5,n.º22.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 343
23 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 76Pote(púcaro)fragmentado.Perfilcompleto.Bordorectoevertical.Asaúnicaverticalcomarranquesuperiornobordo.Basecomsaliênciaconvexa.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada (exterior:2.5YR6/6; interior:7.5YR7/6).Diâmetrodobordo:76mm,diâmetrodabase:51mm,altura:63mm,espessuramédiadaparede:2–2,5mm.Semdecora-ção.Paralelos(Moita,1965,p.69).Peçaquasecompletaàexcepçãodeumapartedobordo.Fig.5,n.º23.
24 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 73Potefragmentado.Perfilquasecompletoàexcepçãodobordo.Bojodeformaglobularepare-des espessas. Arranque de duas asas verticais. Fundo com acentuada concavidade central.PastadogrupoB,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/6;interior:5YR6/6).Largura máxima do fragmento: 116 mm, diâmetro da base: 76 mm, altura do fragmento:94mm,espessuramédiadaparede:5–7mm.Decoraçãocomfrisodispostoentrecaneluras,comincisõesoblíquasnapartesuperiordobojo,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior;linhaonduladaincisadispostanahorizontal(aoníveldoarranque superior das asas), efectuada com recurso a instrumento por incisão a partir doexterior;motivosdeformaovaldispostosligeiramentenaoblíquaaolongodapartecentraldobojo,efectuadacomrecursoainstrumentoporpressãoapartirdoexterior.Peçaquasecompletaàexcepçãodobordoeasas.Constituídapor21fragmentoscolados.Possívelimita-ção.Fig.5,n.º24.
25 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 88Prato(pratel)fragmentado.Perfilcompleto.Bordoboleadocomabadescaída.Baseplana.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/6;interior:5YR5/4).Diâmetrodobordo:126mm,diâmetrodabase:100mm,altura:20mm,espessuramédiadaparede:2–4mm.Semdecoração.Fig.6,n.º25.
26 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 37Prato (pratel) fragmentado.Perfilcompleto.Bordocomaba ligeiramenteoblíquaeondu-lada.Fundoraso.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/8;interior:5YR6/8).Diâmetrodobordo:150mm,diâmetrodabase:110mm,altura:27mm,espessuramédiadaparede:2–5mm.Decoraçãonobordocomfrisorecortadonapartelate-ral, efectuadaatravésdedigitaçãosimples.Constituídapor10 fragmentoscolados.Fig.6,n.º26.
27 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 91Prato(pratel)fragmentado.Perfilquasecompleto.Bordocomabadescaída,envasado.Bojocomcarenaconvexa.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR5/6;interior:2.5YR5/6).Diâmetrodobordo:176mm,alturadofragmento:22mm,espes-suramédiadaparede:2–6mm.Decoraçãono bordocomfrisorecortadonapartesuperior,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão;abadobordocomgruposdequatroinci-sões, dispostas na horizontal em forma losangular, efectuada com recurso a instrumentocomremoçãodematéria.Fig.6,n.º27.
Patrícia Augusto Santos Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345344
28 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 92Prato(pratel)fragmentado.Perfilcompleto.Bordocomabadescaídaeondulada.Baseplana.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior:2.5YR6/8;interior:5YR7/8).Diâmetrodobordo:176mm,diâmetrodabase:126mm,altura:22mm,espessuramédiadaparede:3–4mm.Decoraçãonaabadobordocomondulação,efectuadaatravésdedigitaçãosimples.Constituídapor2fragmentosquenãocolam.Fig.6,n.º28.
29 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 74Tampacomperfilcompleto.Pegasuperiorembotão.Formatroncocónica.Abahorizontal.Pétriangular.PastadogrupoA,comcoloraçãoamarela/alaranjada(exterior:10R5/6;inte-rior:5YR6/6).Diâmetrodabase:68mm,altura:88mm,larguramáxima:103mm,espessuramédiadaparede:2–5mm.Semdecoração.Paralelos (Ferreira,1992,Est.7,p.160).Fig.7,n.º29.
30 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 81Tampafragmentada.Perfilquasecompleto.Abahorizontal.PastadogrupoA,comcolora-çãoamarela/alaranjada(exterior:2.5YR6/8;interior:7.5YR7/6).Diâmetrodabase:78mm,altura do fragmento: 51 mm, largura máxima do fragmento: 92 mm, espessura média daparede:3–5mm.Decoraçãoembandanapartecentraldobojocomincisõesdispostasnaoblíqua,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Para-lelos(Ferreira,1992,Est.7,p.160).Fig.7,n.º30.
31 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 82Tampafragmentada.Perfilquasecompleto.Abaligeiramenteoblíqua.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/6;interior:2.5YR6/6).Diâmetrodabase:75 mm, altura do fragmento: 45 mm, largura máxima do fragmento: 104 mm, espessuramédiadaparede:4mm.Decoraçãoemfrisonapartesuperiordobojocompequenostriân-gulosinvertidosincisos,efectuadocomrecursoainstrumentoporincisãoapartirdoexte-rior.Paralelos(Ferreira,1992,Est.7,n.º1,p.160).Fig.7,n.º31.
32 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 90Vasodequartofragmentado.Perfilincompleto.Bordoboleadoeenvasado.Paredesuperior/interiorligeiramenteoblíquacomcanelurasnatransiçãoparaaparedeinteriordobojo.Bojovertical.PastadogrupoB,comcoloraçãolaranja/avermelhada(exterior:2.5YR6/6;interior:5YR6/6).Diâmetrodobordo:202mm,alturadofragmento:70mm,espessuramédiadaparede:3–10mm.Decoraçãonaabasuperior/interiordobordocomlinhaonduladaincisa,efectuadacomrecursoainstrumentoporincisão;frisocomincisõesoblíquasnobojo,efec-tuadocomrecursoainstrumentoporincisão/pressãoapartirdoexterior.Constituídapor2fragmentosquenãocolam.Fig.8,n.º32.33 ‑ N.º de Inv. ALJ/05 [9] 93Fragmentodebojocomarranquedeasa.PastadogrupoA,comcoloraçãolaranja/averme-lhada(exterior:2.5YR5/8;interior:5YR6/6).Alturadofragmento:43mm,larguradofrag-mento:65mm,espessuramédiadaparede:2–3mm.Decoraçãocommotivosincisoscomformas geométricas, efectuada com recurso a instrumento. Constituída por 2 fragmentosquenãocolam.Fig.9,n.º33.
Cerâmicas de cronologia moderna do edifício do Aljube em Lisboa Patrícia Augusto Santos
REVISTA PORTUGUESA DE Arqueologia. volume 11. número 2. 2008, pp. 325–345 345
NOTAS
* Arqueóloga.1 Aintervençãoarqueológicacontoucomaco-direcçãodePatrícia AugustoSantoseteveacoordenaçãocientíficadeClementinoAmaro,
agradecendo-seaomesmoacedênciadaspeças paraopresenteestudo.2 DesenhosefectuadosporPatríciaAugustoSantos.
BIBLIOGRAFIA
AMARO,Clementino;SANTOS,PatríciaAugusto(2005)-Relatório Final. Projecto: “Edifício do Aljube ‑ Remodelação de r/c e cave”.Lisboa:MinistériodaJustiça,InstitutodeReinserçãoSocial.
BARREIRA,Paula;DORDIO,Paulo;TEIXEIRA,Ricardo(1998)-200anosdecerâmicanaCasadoInfante:doséc.XVIameadosdoséc.XVIII.InActas das 2.as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós‑Medieval.Porto:CâmaraMunicipaldeTondela,pp.145–184.
CARDOSO,Guilherme;RODRIGUES,Severino(1999)-TipologiaecronologiadascerâmicasdosséculosXVI,XVIIeXIXencontradasemCascais.Arqueologia Medieval.Porto.6,pp.193–212.
FERNANDES,IsabelCristinaFerreira;CARVALHO,AntónioRafael(1998)-Conjuntoscerâmicospós-medievaisdePalmela.InActas das 2.as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós‑Medieval.Porto:CâmaraMunicipaldeTondela,pp.211–255.
FERREIRA,ManuelaAlmeida(1992)-OBarroconacerâmicadomésticaportuguesa.In1.as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós‑‑Medieval.Porto:CâmaraMunicipaldeTondela,pp.151–161.
FERREIRA,ManuelaAlmeida(1994)-VidroecerâmicadaIdadeModernanoConventodeCristo.Mare Liberum.Lisboa.8,pp.117–200.
FERREIRA,ManuelaAlmeida(2003)-VidroarqueológicodaregiãodeSintra(séculosXVIeXVII).Arqueologia Medieval.Porto.8,pp.279–281.
HUARTECAMBRA,Rosario;SOMÉMUÑOZ,Pilar(1999)-LacerámicamodernaenelConventodelCarmen(Sevilla).Arqueologia Medieval.Porto.6,pp.160–171.
MACEDO,LuísPastorde(1940-1943)-Lisboa de lés a lés.Vol.1,3.ªedição,Lisboa.
MOITA,Irisialva(1964)-HospitalRealdeTodos-os-Santos-I.Revista Municipal.Lisboa.101,pp.77–100.
MOITA,Irisalva(1965)-HospitalRealdeTodos-os-Santos-II.Revista Municipal.Lisboa.102,pp.26–103.
REGO,Miguel;MACIAS,Santiago(1993)-CerâmicasdoséculoXVIIdoConventodeSta.Clara(Moura).Arqueologia Medieval.Porto.3,pp.147–159.
RODRIGUES,Severino(2006)-CerâmicacomumfinadaIdadeModerna:propostadeumnovoconceito.Cascais:noprelo.
SARDINHA,Olinda(1999)-Notíciasobreaspeçaspedradasdogaleão«SanDiego»(1600).Arqueologia Medieval.Porto.6,pp.183–192.
TEICHNER,Felix(1998)-AocupaçãodocentrodacidadedeÉvoradaépocaromanaàcontemporânea.PrimeirosresultadosdaintervençãodoInstitutoArqueológicoAlemão(Lisboa).InActas das 2.as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós‑Medieval.Porto:CâmaraMunicipaldeTondela,pp.17–31.
Recommended