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UNESCO 2007 Edio publicada pelo Escritrio da UNESCO no Brasil
Os autores so responsveis pela escolha e apresentao dos fatos contidos neste livro, bemcomo pelas opinies nele expressas, que no so necessariamente as da UNESCO, nemcomprometem a Organizao. As indicaes de nomes e a apresentao do material ao longodeste livro no implicam a manifestao de qualquer opinio por parte da UNESCO a respeitoda condio jurdica de qualquer pas, territrio, cidade, regio ou de suas autoridades, nemtampouco a delimitao de suas fronteiras ou limites.
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Cincia, tecnologia e incluso social para o Mercosul: edio 2006 do Prmio
Mercosul de Cincia e Tecnologia. Braslia : UNESCO, RECyT/Mercosul,MCT, MBC, Petrobras, 2007.
208p.
BR/2007/PI/H/7
1. Prmios Cincia Tecnologia Integrao Social Mercosul 2. DifusoTecnolgica Cincia Integrao Social Mercosul Prmios 3. InovaoCientfica Tecnologia Integrao Social Prmios Amrica do Sul 4.Integrao Social Cincia Tecnologia Mercosul Prmios 5. Tecnologia
Cincia Integrao Social Mercosul Prmios 6. Cincia Tecnologia Integrao Social Mercosul Prmios 7. Mercosul Cincia Tecnologia Integrao Social Prmios I. UNESCO II. Movimento Brasil CompetitivoIII. BRASIL. Ministrio da Cincia e Tecnologia III. Reunin Especializada deCiencia y Tecnologa del Mercosur
CDD 600
edies
UNESCO
Conselho Editorial da UNESCO no Brasil
Vincent DefournyBernardo Kliksberg
Juan Carlos Tedesco
Adama Ouane
Clio da Cunha
Comit para a rea de Cincias NaturaisAry Mergulho Filho
Bernardo Brummer
Celso Schenkel
Coordenador editorial: Clio da Cunha
Assistente editorial: Larissa Vieira Leite
Reviso:Reinaldo Lima Reis e Fernando Campos Leza
Reviso Tcnica:Jeanne Sawaya
Diagramao:Fernando Brando
Projeto Grfico: Edson Fogaa
UNESCO, 2007
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SUMRIO
Agradecimentos ............................................................................................................... 7
Abstract ............................................................................................................................. 9
Prmio Mercosul de Cincia e Tecnologia Chamada 2006 .............................. 11
El llantn, una planta mgica ....................................................................................... 17
1. Resumen ............................................................................................................. 17
2. Introduccin ...................................................................................................... 18
3. Desarrollo .......................................................................................................... 204. Actividades ........................................................................................................ 21
5. Resultados obtenidos ....................................................................................... 22
6. Distribucin del llantn en el noa .................................................................. 24
7. La concrecin de nuestro proyecto y la realizacin de los caramelos
y la crema de llantn......................................................................................... 30
8. Conclusiones y comprobacin de hiptesis ................................................ 35
9. Proyeccin ......................................................................................................... 37
10. Agradecimientos ............................................................................................... 37
11. Bibliografa ........................................................................................................ 38
Gerao de renda em reas de Mata Atlntica: a experincia do manejo
sustentvel da samambaia-preta.................................................................................. 43
1. Resumo ................................................................................................................ 43
2. Introduo .......................................................................................................... 44
3. Objetivos ............................................................................................................. 47
4. Metodologia ....................................................................................................... 48
5. Resultados e discusso ...................................................................................... 50
6. Referncias bibliogrficas ................................................................................. 63
Potabilizacin de agua por tecnologas econmicas en zonas rurales aisladas
del Mercosur .................................................................................................................. 69
1. Resumen .............................................................................................................. 69
2. El problema del agua en Amrica Latina ..................................................... 70
3. Las tecnologas propuestas .............................................................................. 72
4. Resultados obtenidos ........................................................................................ 75
5. Aspectos sociales del proyecto ........................................................................ 89
6. Conclusiones generales ..................................................................................... 91
7. Agradecimientos ................................................................................................ 92
8. Referencias .......................................................................................................... 93
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Kit de automao para cadeira de rodas.................................................................. 99
1. Resumo ................................................................................................................ 99
2. Apresentao do projeto ...............................................................................100
3. Objetivos ...........................................................................................................100
4. Justificativa ........................................................................................................101
5. Metodologia ..................................................................................................... 1026. Projeto de comercializao ............................................................................ 102
7. Concluso..........................................................................................................121
8. Cronograma de atividades ............................................................................ 122
9. Referncias bibliogrficas ...............................................................................123
Projetos de viabilidade econmica para empreendimentos de economia
solidria: uma proposta metodolgica e um relato de experincia ...................1271. Resumo ............................................................................................................... 127
2. Introduo .........................................................................................................128
3. Problematizao ...............................................................................................1304. Metodologia ......................................................................................................133
5. Princicais resultados a experincia da ITCP-UFPR na elaborao
de projetos de viabilidade econmica: o caso do grupo de panificao
de Contenda ......................................................................................................140
6. Consideraes finais .........................................................................................144
7. Referncias .........................................................................................................146
8. Anexos ................................................................................................................ 147
Prevencin y control de patologas apcolas mediante sustancias
naturales, herramienta til de pequeos productores............................................153
1. Resumen ............................................................................................................153
2. Introduccin .....................................................................................................154
3. Materiales y mtodos ...................................................................................... 156
4. Resultados y discusin ....................................................................................165
5. Conclusin ........................................................................................................170
6. Bibliografa ........................................................................................................171
Educao em dia com a modernidade ...................................................................179
1. Resumo ..............................................................................................................1792. Introduo ........................................................................................................ 180
3. Incluso digital em nova era ......................................................................... 181
4. Incluso digital e a educao .........................................................................182
5. Modalidades de uso da tecnologia na educao .......................................187
6. Tecnologia na educao e a transferncia de poder para o aprendiz .... 188
7. Incluso digital: desafios maiores que as simples boas intenes ...........190
8. Incluso digital: cada vez mais no centro da incluso social....................192
9. Referncias bibliogrficas e eletrnicas ....................................................... 196
Nota sobre os autores ................................................................................................199Nota sobre os membros da comisso de avaliao.............................................203
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AGRADECIMENTOS
Comisso de Avaliao dos trabalhos concorrentes ao Prmioconstituda de representantes indicados pelas coordenaes da ReunioEspecializada de Cincia e Tecnologia RECyT de cada pas-membrodo Mercosul, que esteve reunida no escritrio da UNESCO, em Braslia,no perodo de 14 a 18 de maio de 2007 para analisar e selecionar ostrabalhos premiados em trs categorias.
Ao grupo tcnico constitudo por especialistas pertencentes sinstituies organizadoras e patrocinadora do Prmio.
Ao Movimento Brasil Competitivo MBC, parceiro na organizao eexecuo desse Prmio, e ao Ministrio da Cincia e Tecnologia MCTe Petrleo Brasileiro S.A. Petrobras, patrocinadores do PrmioMercosul de Cincia e Tecnologia de 2006.
A todos que, direta ou indiretamente, contriburam para a realizaodesse Prmio.
Comisso de Avaliao:
Professor Clio da Cunha, presidente da Comisso, UNESCO/Brasil
Professor Pedro Lamberti, representante da RECyT/Argentina
Professora Irma Passoni, representante da RECyT/Brasil
Professora Ana Paula Macedo Soares, representante da RECyT/Brasil
Professor Jaime Jara, representante da RECyT/Paraguai
Professor Enrique Grnhut, representante da RECyT/Uruguai
Professor Raul J. Estevez L., representante da RECyT/Venezuela
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Grupo Tcnico da Comisso de Avaliao:
Aline de Marco, UNESCO/Brasil
Ary Mergulho Filho, UNESCO/Brasil Bernardo Brummer, UNESCO/Brasil
Cludio de Jesus Oliveira, Petrobras/Brasil
Denise Gorfinkiel, UNESCO-ORCYT/Uruguai
Eliana Emediato, MCT/Brasil
Fbio Eon, UNESCO/Brasil
Lenart P. do Nascimento Filho, Petrobras/Brasil Maria Teresa Shaudeman, MCT/Brasil
Mariane Schuch, MBC/Brasil
Michele Knop, UNESCO/Brasil
Rafaela Marques, UNESCO/Brasil
Roberta da Silva, UNESCO/Brasil
Tatiana Ribeiro, MBC/Brasil
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ABSTRACT
The Mercosurs Science and Technology Award was established in1998 by the Science and Technology Specialised Meeting RECyT /Mercosur. The call for submission was launched on the 8 th of Augustof 2006, with partnership from UNESCO and MBC (BrazilianCompetitive Movement) and sponsorship from Petrobras (BrazilianPetroleum S.A.) and MCT (Brazil ian Ministry of Science and
Technology). The goal of the Award is to recognise and give prizes tothe best pieces of work from researchers that represent potentialcontribution for scientific and technological development of Mercosurscountries. It also provides incentives for scientific and technologicalresearch to be carried out, directed at the regional integration processamongst the countries in the Block. In 2006, Social Inclusion Technologieswas chosen as the topic and it has three categories: Scientific Initiation(new category) for students of upper secondary education, Young Researcher
for graduated scholars up to 35 years of age and Integrationfor teams thathave graduated, with no age limit and involving at least two differentcountries. This book presents work that won the Award in the threecategories, all received Honours in each category and Participation Meritin the Scientific Initiation category. The published papers range frommedicinal plant principles studies to the discussion of an economicalway of water purification for the supply of isolated cities.
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PRMIO MERCOSUL DE CINCIA E TECNOLOGIA
CHAMADA 2006
O Prmio foi criado pela Reunio Especializada em Cincia eTecnologia RECyT/Mercosul em 1998, inicialmente chamadoPrmio Mercosul para Jovens Pesquisadores, com o objetivo dereconhecer e premiar os melhores trabalhos de jovens pesquisadoresque representem potencial contribuio para o desenvolvimentocientfico e tecnolgico dos pases-membros; incentivar a realizao
de pesquisa cientfica e tecnolgica orientada para o Mercosul; econtribuir para o processo de integrao regional entre os pases doBloco, mediante incremento na difuso das realizaes e dos avanosno campo do desenvolvimento cientfico e tecnolgico no Mercosul.
At o ano 2000, somente para Jovens Pesquisadores, foram lanadasduas chamadas: em 1998, com o tema Alimentos, 20 trabalhos foramrecebidos; em 2000, com o tema Meio Ambiente Tecnologias Limpas,um total de 19 trabalhos foi recebido.
A partir da chamada de 2004, o Prmio passa a contar com a parceriada UNESCO com a denominao de Prmio Mercosul de Cincia eTecnologia contemplando duas categorias: Jovem Pesquisador, at 35anos de idade, e Integrao, para equipe de pesquisadores sem limitede idade, envolvendo pelo menos dois pases-membros. Essa chamadacontemplou o tema Energia e, com maior esforo de divulgao,recebeu 44 trabalhos.
A chamada de 2006 abordou o tema Tecnologias para InclusoSocial e contou com o patrocnio da Petrleo Brasileiro S.A. Petrobras, do Ministrio da Cincia e Tecnologia do Brasil MCT,apoio da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cinciae a Cultura UNESCO e do Movimento Brasil Competitivo MBC.A participao dessas organizaes consoante com deliberao daRECyT, que busca agregar, progressivamente, empresas e outrasentidades que fomentem o desenvolvimento da cincia, da tecnologiae da inovao na regio.
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Alm das categorias Jovem Pesquisador e Integrao, essa chamadacontemplou a categoria Iniciao Cientfica, voltada para alunos doensino mdio e ainda efetivou a participao dos pases associados em
todas as categorias.Com esse novo formato, foram recebidos 305 trabalhos 53 na
categoria Iniciao Cientfica, 145 Jovem Pesquisador e 107 Integrao nmero sete vezes superior chamada de 2004. Esses trabalhosenvolveram 644 pesquisadores da Argentina, Bolvia, Brasil, Chile,Colmbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela assim comoda Espanha e da Rssia residentes em pases do Bloco.
Creditamos esse aumento participao dos pases associadosjuntamente com os pases do Bloco e ao patrocnio e apoios recebidosda Petrobras, UNESCO e MBC. A participao dessas organizaespermitiu aprimorar o processo de divulgao fazendo com que oconhecimento do Prmio chegasse a um grande nmero de instituiesde ensino e pesquisadores em todos os pases-membros e associados aoMercosul.
So apresentados, a seguir, os trabalhos premiados nas trs categorias.
1 Lugar CATEGORIA INICIAO CIENTFICATrabalho: El l lantn, una planta mgicaAutores: Paula Maria Pedraza, Maria Guadalupe Gmez Alonso, BelnRodrguez del Busto e Roglio Navarro Vitar.
1 Lugar CATEGORIA JOVEM PESQUISADORTrabalho: Gerao de renda em reas de Mata Atlntica: a experincia
do manejo sustentvel da samambaia-pretaAutora: Cristina Baldauf
1 Lugar CATEGORIA INTEGRAOTrabalho: Potabilizacin de agua por tecnologas econmicas en zonasrurales aisladas del MercosurAutores: Marta Irene Litter, Wilson de Figueiredo Jardim, Miguel ngelBlesa, Juan Martin Rodriguez, Lorena del Pilar Cornejo Ponce, MariaCristina Apella e Beatriz Susana Ovruski de Ceballos.
Fernando Haddad
Ministro da Educao
Vincent Defourny
Representante da UNESCO no Brasil a.i.
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Meno Honrosa CATEGORIA INICIAO CIENTFICATrabalho: Kit de automao para cadeira de rodasAutores: Douglas de Sousa Silveira, Carlos Felipe de Carvalho Jnior e
Eduardo Vincius dos Santos.
Meno Honrosa CATEGORIA JOVEM PESQUISADORTrabalho: Projetos de viabilidade econmica para empreendimentos deeconomia solidria: uma proposta metodolgica e um relato deexperinciaAutor: Emerson Leonardo Schmidt Iaskio
Meno Honrosa CATEGORIA INTEGRAOTrabalho: Prevencin y control de patologas apcolas mediante sustanciasnaturales, herramienta til de pequeos productoresAutores: Sandra Rosa Fuselli, Susana Beatriz Garcia de la Rosa, Martin
Javier Eguaras, Roslia Fritz, Judith Principal e Carlos Jos Barrios Suarez.
Mrito de Participao CATEGORIA INICIAO CIENTFICATrabalho: Educao em dia com a modernidade
Autor: Warley Alves Batista
As entidades patrocinadoras e as que apoiaram essa atividade, MCTe Petrobras, UNESCO e MBC, reafirmam a convico de que o Prmioconstitui-se em um efetivo instrumento de integrao regional.
Informamos que os trabalhos premiados esto reproduzidos nesselivro da mesma forma que foram apresentados pelos autores.
Ministrio da Cincia e Tecnologia MCT
Movimento Brasil Competitivo MBC
Petrleo Brasileiro S.A. Petrobras
Organizao das Naes Unidas
para a Educao, a Cincia e
a Cultura UNESCO
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CATEGORIA INICIAO CIENTFICA
1 lugar
Nome do trabalho:El llantn, una planta mgica
Professor Orientador:Carlos Alejandro de la Cruz Carri
Ano escolar e nome da escola:7 ano da escola San Patrcio, Tucumn Argentina
Autores: Paula Maria Pedraza, 12 anos, argentina residente na Argentina
Maria Guadalupe Gmez Alonso, 11 anos, argentina residente na Argentina
Beln Rodrguez del Busto, 12 anos, argentina residente na Argentina
Roglio Navarro Vitar, 12 anos, argentino residente na Argentina
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EL LLANTN, UNA PLANTA MGICA
1. RESUMEN
El estudio del llantn surgi de la duda de cmo se curaban losaborgenes de la Argentina las heridas o algunas infecciones. Para ellose busc informacin en libros e Internet, y se descubri que la hierbams utilizada era esta planta, que adems crece de forma natural en elpatio de nuestro colegio. Para certificar sus propiedades medicinales sesolicit la ayuda de la ctedra de fitoqumica de la Facultad deBioqumica, Qumica y Farmacia de la Universidad Nacional deTucumn; para saber su perfil botnico se consult a los investigadores
de la Fundacin Miguel Lillo de la Facultad de Ciencias Naturales deTucumn. Los cientficos, tras realizar los estudios correspondientes,confirmaron que el l lantn tiene propiedades analgsicas,antimicrobianas, funguicidas, antioxidantes y cicatrizantes, por lo cualpodra ser incorporado a preparados farmacuticos. Posteriormente sedictaron charlas y talleres de preparados farmacuticos sobre el llantna los alumnos. Se realizaron trabajos de campo con la recoleccin delejemplar, desinfeccin y preparado alcohlico del mismo. Finalmente
se realizaron, bajo la supervisin de una bioqumica y respetandonormas de seguridad e higiene, crema y caramelos de extractos obtenidosa partir del llantn en el laboratorio del colegio.
Con este trabajo se pretende revalorizar el antiguo arte de curar a travsde productos fitoteraputicos, como lo es el Plantago tomentosa Lam, msconocida en toda la Argentina como llantn. Las propiedades medicinales deesta planta fueron comprobadas tambin a travs de investigaciones realizadaspor cientficos de distintas partes del mundo (SAMUELSEN, 2000).
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La proyeccin de esta invest igacin pretende fomentar laelaboracin de productos farmacuticos de llantn con ayuda delgobierno provincial y su distribucin gratuita entre la poblacin,
garantizando de esta manera la atencin primaria de salud en toda laprovincia de Tucumn.
2. INTRODUCCIN
En el ao 2005, mientras los alumnos estudiaban las costumbresde los aborgenes, surgi el interrogante de cmo curaban sus dolencias
o heridas de batallas. Se sugiri buscar informacin al respecto enlibros, revistas e Internet. Los datos obtenidos apuntaban casi en sutotalidad a la utilizacin de hierbas medicinales, entre las que seencontraba el llantn.
Esta planta es autctona del norte argentino y crece en algunaszonas de Tucumn, como Yerba Buena y Tafi Viejo. Por este motivolos nios encararon la investigacin con gran entusiasmo.
Los alumnos siguieron los pasos del mtodo cientfico en todomomento. Primero buscaron el espcimen, lo observaron y luego lotransplantaron al jardn del colegio. Posteriormente se procedi arealizar una planificacin botnica y a determinar el perfil qumico,para lo cual se consult a profesionales del rea de la UNT.
Situacin problemtica
Es posible realizar crema y caramelos de extractos obtenidos apartir del llantn?
Hiptesis
El l lantn t iene propiedades analgsicas, ant imicrobianas,antioxidantes y cicatrizantes, por lo que podra ser incorporado apreparados farmacuticos.
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Objetivos generales
Desarrollar preparados farmacuticos utilizando extractos de hojasde llantn.
Objetivos especficos
1) Elaborar crema y caramelos respetando las reglas de higiene yseguridad.
2) Aplicar el mtodo cientfico en todas sus formas y etapas.
3) Investigar en diarios, revistas, libros, Internet o cualquier materialdidctico sobre el tema.
4) Manipular elementos del laboratorio.
5) Expresar sus ideas en forma clara y segura durante la exposicinoral.
6) Generar actitudes de respeto y amabilidad ante profesionalesajenos al colegio.
7) Trabajar en forma cordia l y en equipo durante toda lainvestigacin.
8) Manejar un vocabulario cientfico.
9) Elaborar crema y caramelos respetando las reglas de higiene yseguridad.
10 ) Difundir la investigacin y sus resultados a toda la comunidad atravs de diferentes medios de comunicacin.
La observacin es el primer paso del mtodo cientfico.
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3. DESARROLLO
Recursos materiales
Planta de llantn, palas, macetas, elementos de laboratorio,computadoras, diarios y revistas, cmara de fotos, azcar, miel, ceraautoemulsionante, agua destilada, vaselina lquida, recipientesesterilizados, moldes de caramelos, extracto alcohlico de llantn,embudo, tamiz, balanza de precisin, pipeta, cpsula de Petri y unafuente de calor.
Metodologa
La metodologa se basa en: observacin en el laboratorio, deduccine induccin siguiendo los pasos del mtodo cientfico, participacin enla elaboracin de hiptesis durante el proceso de observacin, expresinoral y escrita, y reflexin e intercambio de ideas.
El primer paso de la investigacin fue la observacin directa de laplanta, que por abundar en los jardines de la zona en general no estenida en cuenta e incluso se tiende a considerarla una intrusa en elcsped, reflexin que surgi del intercambio de ideas. Posteriormentese realiz una consulta a pobladores de la zona de edad adulta. Se llega la conclusin de que la gente que haba vivido en el campo (como esel caso del personal de servicio de algunas casas) s conoca a travsdel saber popular la existencia de la planta y sus propiedades curativasdel dolor de garganta cuando se prepara como una infusin. En base a
estas conclusiones se decidi investigar de forma cientfica suspropiedades reales y, siguiendo los pasos del mtodo cientfico, sesometi a la planta a estudios botnicos y qumicos por parte de laFacultad de Bioqumica, Qumica y Farmacia. Los docentes de la UNTdictaron clases-taller.
Para clasificar la planta desde un punto de vista botnico lasinvestigadoras consultaron a los profesionales de la Fundacin Lillo, yconsiguieron determinar el gnero y la especie de la misma.
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Con los resultados obtenidos los alumnos decidieron comenzar eldesarrollo de crema y caramelos de llantn. Este proceso estuvo dirigidoy controlado en todo momento por los docentes del la UNT.
4. ACTIVIDADES
Recopilacin y organizacin de informacin de diferentes fuentes
Seleccin de textos y sntesis
Organizacin de grupos de trabajo e investigacin del material
disponible
Anlisis y discusin de los contenidos
Talleres tericos-prcticos dictados por los docentes de la ctedrade Fitoqumica de la Facultad de Bioqumica, Qumica y Farmaciade la UNT
Observacin de diapositivas
Elaboracin y realizacin de encuestas, cuadros de observaciones,lminas, invitaciones, folletos, carteles y grficos
Visita a la Facultad de Ciencias Naturales Miguel Lillo
Observacin de la planta del llantn y siembra en la huerta delcolegio.
Registros fotogrficos y compaginacin
Difusin en radio y televisin
Preparacin del stand
Ensayos
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5. RESULTADOS OBTENIDOS
Perfil botnico del llantn
Para conocer el perfil botnico de la planta las alumnas investigadorasse dirigieron con su docente asesor a las instalaciones de la Ctedra deTaxonoma Vegetal de la Fundacin Miguel Lillo perteneciente a laFacultad de Ciencias Naturales de la UNT. All se entrevistaron con ladoctora Figueroa Romero.
Las alumnas y la voluntaria estudiaron las caractersticas del vegetaly de esta manera pudieron establecer el gnero y la especie.
Alumnas investigadoras visitan la Ctedra de Taxonoma Vegetal de laFundacin Lillo
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Hierba perenne, de 10-50 cm altura de raz pivotante fusiforme,gruesa, de hasta 4 cm de dimetro. Cudex corto, a veces ramificado,de 10-25 mm de longitud (long.) por 15-20 mm de dimetro (dim.).
Hojas arrosetadas, lanceoladas a el ptico-ovadas, de (2,5-) 6,0-15 (-20) cm de long. por (0,8-) 4-6 (-8) cm dim. Pubescenciadensamente lanosa en ambas caras, limbo acuminado, de borde entero,5-nervado. Inferiormente angostado en pseudopecolo. Escapo lanoso,de 18-25 (-28) cm long. Espigas densas en la porcin superior y laxasen la inferior, de 3-14 cm long. Brcteas deltoideas lanoso-pubescentes,marginalmente ciliadas, de 1,8-3,2 mm long. por 0,8-1,2 mm dim.
Spalos anteriores obtusos o agudos, con dorso ciliado, de 1,7-2,8 mm long.por 0,9-1,2 mm dim. Lbulos de la corola erectos o patentes.Filamentos estaminales de 1,8-2,0 mm long.; anteras de 0,4-0,6 mm long.;3 vulos. Pixidio con 3 semillas. Semillas de 1,5-2,3 mm long. Caraplacentar plana.
Crece en el sur de Brasil y Paraguay, Uruguay, Per austral, Bolivia,norte y centro de Argentina, llegando hasta el sur de las provincias deBuenos Aires y Mendoza. En Yerba Buena y Tafi Viejo es comn en
ambientes semihmedos, soleados y en suelos arenosos y pedregosos,tanto en la zona de llanura como en filos de cerros. En Yerba Buenaflorece de agosto a noviembre e inmediatamente fructifica. Se propagaa travs de semillas.
Nombres vulgares: llantn, llantn velludo, bapsh man (vozvilela, segn Martnez Crovetto, 1965), hanp lat (voz toba, segnMartnez Crovetto, 1964), plan ptr (voz araucano-pampa, segn
Martnez Crovetto, 1968).Material estudiado: Muestras de llantn recolectadas en Yerba
Buena y Tafi Viejo.
Plantago tomentosa Lam: A, planta; B, fragmento de escapo;C, flor de gineceo receptivo; D, dem, con androceo receptivo;E, dem, tras la antesis; F, G H e I, vista dorsal, ventral y transportede semilla respectivamente.
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6. DISTRIBUCIN DEL LLANTN EN EL NOA
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Composicin qumica del llantn (Plantago Tomentosa Lam), anlisis
realizados en la Facultad de Bioqumica, Qumica y Farmacia de la UNT
Carbohidratos (azcares): glucosa, fructosa, ramnosa, xilosa,sacarosa, planteosa, polisacridos
Los glucsidos aucubina (0,3-2,5%), catalpol y asperulosido (7)se han encontrado en Plantago tomentosa.
Si el llantn no se seca correctamente adquiere un color oscuro.Este color se debe a un polmero de color marrn oscuro que forma laaucubina despus de hidrolizarse.
La aucubina tambin se ha encontrado en Plantago tomentosa(8, 12).
Muclagos: en una proporcin del 6,5%, compuestos porpolisacridos del tipo ramnogalacturonano, arabinogalactano yglucomanano (7).
cidos fenlicos: en Plantago tomentosase han encontrado cidosp-hidroxibenzoico, sirngico, gentsico, cafico, ferlico y
p-hidroxifenilactico (12, 7)
Taninos: entre el 0,5% y el 4% en Plantago tomentosa (8, 6).
Flavonoides: presencia de flavonoides como apigenina, luteolinay escutelarina (7).
cido silcico en una cantidad mayor al 1% y sales minerales depotasio y zinc en Plantago tomentosa (7).
Adems se menciona la presencia de otros compuestos: rutina,taninos, alcaloides, esencias, resinas, esteroides, bases aminadas,compuestos azufrados (10), manitol y sorbitol (15).
Vitamina: Betacaroteno y cido ascrbico.
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Actividad biolgica
Estudios realizados por la Escuela Paulista de Medicina y presentadosen el XIII Simposio de Plantas Medicinales de Brasil (11) encontraron, apartir de estudios realizados con animales, que:
El extracto acuoso de las hojas de Plantago tomentosatuvo actividadantisecretora y antiulcerognica confirmando su uso en medicinapopular en molestias del tracto gastrointestinal.
CUADRO 1 Varios usos del llantn (Plantago tomentosa)en la medicinatradicional (Samuelsen, Revista de Etnofarmacologa,2000)
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El extracto acuoso de Plantago tomentosa no mostr actividadantiinflamatoria y s present actividad analgsica.
El extracto acuoso de las hojas de Plantago tomentosa tuvo actividadantiedematosa y analgsica que puede justificar su uso popularcomo antiinflamatorio.
El estudio de la actividad antinociceptiva del extracto acuoso delas hojas de Plantago tomentosa mostr que el mismo redujo el nmerode contorsiones en animales de manera similar a la atropina (50%)(estudios realizados por el Departamento de Farmacologa de laUFMG de Belo Horizonte, Brasil) (11).
El extracto acuoso en fro, los extractos lquidos y el jugo de lashojas de Plantago tomentosa demostraron efecto bacteriosttico ybactericida mientras que las infusiones y la decoccin no tuvieronese efecto. El efecto antibacteriano es provocado por el aglicn dela aucubina (aucubigenina) liberado por una -glucosidasa. En casode coccin se destruye la -glucosidasa por el calor y se evita lahidrlisis de la aucubina. En un test de Loch se encontr que 1 mlde solucin acuosa de aucubina al 2% en conjunto con la glucosidasa
tiene el mismo efecto que 600 U.I. de penicilina para tratar alStafilococus aureus (7).
La decoccin de Plantago tomentosa inyectada en forma intravenosaen ratas estimul la produccin de interfern por el organismo delos animales (13).
El extracto acuoso de la planta tiene efecto antiinflamatoriocomprobado en las ratas, en diferentes modelos experimentales (15).
El uso de una fraccin cromatogrfica de hoja seca va externa adosis de 10% aceler la curacin de llagas en conejos (15).
La decoccin de la hoja de Plantago tomentosademostr inhibicinde los microorganismos Escherichia coliy Staphylococcus aureusaisladosde conjuntivitis humana (6).
Varios estudios en animales de extractos acuosos de Plantagotomentosademostraron la accin hipotensora arterial del mismo (6).
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El extracto de Plantago tomentosa, administrado durante 15 das aun grupo de conejos, no ofreci efecto protector contra el choqueanafilctico inducido por albmina de huevo (6).
La administracin subcutnea del extracto acuoso de la hoja aratas a las cuales se les haba ligado el ploro, demostr que slo ala dosis de 50 mg/kg disminuye significativamente el nmero delceras y el ndice de ulceraciones.
Experiencias clnicas
Aplicada localmente la planta tiene actividad antipruriginosa (15). La decoccin de la planta fresca demostr accin anticido de
actividad similar a las suspensiones de aluminio (15).
Se ha comprobado que en estado seco un extracto de la plantaentera en dosis de 1,2 ml/kg aceler el restablecimiento de lamorfologa normal y la curacin de afecciones uterinas (15).
La decoccin de las partes areas (50 g/l) tuvo accin
antiinflamatoria y antisptica dbil en parodontopatas de ligeray mediana intensidad (15).
La Red TRAMIL clasifica al Plantago tomentosa en la categora C,esto es, recomendado para el uso externo en el tratamiento de laconjuntivitis (15).
La Red TRAMIL clasifica al Plantago tomentosa en la categora C,esto es recomendado para el uso interno de la infusin de la hojacontra la alta presin y contra la inflamacin.
Leclerc cita la obtencin de buenos resultados en el tratamientoexterno de lceras varicosas (8).
La Comisin E de Alemania (organismo creado por el gobierno paraestudiar y proponer los usos aceptados de las plantas medicinales)seala como indicaciones del Plantago tomentosa para uso interno:catarros de vas areas superiores e inflamacin de la mucosa bucal ytraqueo larngea, y para uso externo: Inflamacin de la piel (14).
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Toxicologa y efectos colaterales
No hay registros de efectos txicos del llantn. En Alemania
para Plantago tomentosa se menciona que no tiene efectoscolaterales en caso de uso adecuado (7).
La monografa de la Comisin E de Alemania dice que NOPOSEE contraindicaciones ni efectos colaterales. Tampoco tieneinteracciones con otros medicamentos (14).
La dosis letal 50 del extracto acuoso de la hoja de Plantagotomentosa en ratas por va intravenosa fue de 175 mg/kg (6).
La decoccin de Plantago tomentosa, entre 15-25 g/l, paraadministracin oral, hasta 240 ml cada 4-6 horas y para laaplicacin en buches estomatolgicos (hasta 50 g/l), no producemanifestaciones objetivas ni subjetivas de toxicidad, intoleranciao indeseabilidad clnicamente evidenciables, en pacientes bajotratamiento fitoteraputico (15).
Las partes areas incorporadas en un 40% a la dieta del ratn
infante no tienen efectos nefrotxicos.
El extracto acuoso de la variedad asitica, en concentracin de50 mg/disco no es mutagnico en microorganismos (Salmonellatyphimurium TA98 y TA 100) (15).
Presencia de Plantago tomentosa en medicamentos aprobados y en
farmacopeas En Alemania la hierba y sus extractos se encuentran presentes
en muchos medicamentos como antitusivo, expectorante(aproximadamente en 25) y como broncoespasmoltico (en 2especialidades) (7).
No encontramos registro de su presencia en medicamentosaprobados en nuestro pas.
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La planta est reconocida por ocho farmacopeas nacionales(Francia, Indonesia, Japn, Corea, Filipinas, Vietnam, Paraguay,Farmacopea de Medicina Oriental) (15)
El Ministerio de Salud Pblica de Bulgaria aprob la hoja de estaplanta para el tratamiento de la gastrit is crnica, lceragastroduodenal, diabetes y heridas (15).
Algunas conclusiones e recomendaciones
Creemos muy importante destacar la correlacin que se presenta entre
los usos populares que registra el llantn en todo el continente y suverif icacin a travs de ensayos farmacolgicos. Tambin es muyimportante su amplio uso desde tiempos muy remotos. Finalmente, suatoxicidad y ausencia de mutagenicidad hacen que se pueda considerarla planta segura para su uso interno. Si bien la presente monografa seha redactado en base a estudios realizados sobre Plantago tomentosa,creemos que debido a la similar composicin de los otros llantenespodemos proponer idnticos usos para las otras especies utilizadas
popularmente.
Dra. Maria Ins Isla (Investigadora del Conicet)
7. LA CONCRECIN DE NUESTRO PROYECTO Y LA REALIZACINDE LOS CARAMELOS Y LA CREMA DE LLANTN
Para extraer las propiedades medicinales del llantn se prepar un
extracto alcohlico. Se utiliz alcohol de 70 (se realiza con 100 cm3
dealcohol 96 y 40,85 cm3 de agua).
Preparacin:
Colocar 10 g de llantn y 100 cm3de alcohol en un mortero. Machacary dejar descansar siete das. Filtrar y luego conservar en un frasco estrila temperatura ambiente.
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Medidas de seguridad:
Material esterilizado, cofias, barbijos y manos limpias.
Elaboracin de caramelos con extractos de llantn
Ingredientes:
50 g de azcar
4 ml de extracto alcohlico
25 g de miel
Preparacin:
Se coloca en un vaso de precipitado 50 g de azcar. Luego sesomete al calor hasta que el azcar tome punto caramelo, se agregala miel y se apaga el fuego. Se mide la temperatura y, cuando
descienda hasta los 60 C se coloca el extracto alcohlico de llantn.
Se enmanteca el molde de caramelos y luego se vierte elpreparado en l, se deja enfriar y se procede a desmoldar.
Los caramelos de llantn se podran utilizar como analgsicos,anti inflamatorios y anti infecciosos en procesos infecciosos oinflamatorios de las vas respiratorias superiores, pues esos efectosestn comprobados cientficamente para extractos alcohlicos yacuosos de hojas de l lantn (CCERES e t a l . 1 .990 ySAMUELSEN, 2000).
Por otra parte, debido a su comprobada capacidad antioxidantey depuradora de radicales libres y a su baja toxicidad podran serutilizados como antioxidantes naturales. Las hojas de llantn tienencompuestos fenlicos, como los siguientes: flavoides y vitaminas,cido ascrbico y betacaroteno (CAMPOS y LISSI, 1995).
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Elaboracin de crema con extractos de llantn
Ingredientes:
10 g de cera autoemulsionante
8 ml de vaselina lquida
180 ml agua destilada
2 ml de extracto alcohlico
Procedimiento:
Se coloca en un vaso de precipitado el agua destilada, la cera y lavaselina y se calientan. Se mezcla el preparado hasta que empiece a
Profesionales supervisaron la elaboracin de los caramelos de llantn
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emulsionar. Se apaga el fuego y se mide la temperatura. Cuando latemperatura llegue a 60 C se coloca el extracto alcohlico de llantn.Se deja enfriar y se envasa en moldes libres de contaminacin.
Debido a las comprobadas propiedades antibacteriana, antioxidante,antiinflamatoria y cicatrizante que tiene el llantn, esta crema podraser utilizada localmente en procesos infecciosos de la piel.
Cabe resaltar que no se han realizado hasta el momento estudios deconservacin microbiolgica, qumica y farmacotcnica de la crema. Sinembargo, las observaciones microscpicas efectuadas por el grupo dealumnos y profesores, entre otros, indicaran que mantiene su aspecto
original durante tres meses a temperatura ambiente y un ao en la heladeraPara terminar, queremos recordarle que, antes de consumir estos
productos, debe consultar cualquier duda con su mdico amigo.
La higiene y la concentracin son normas fundamentales del trabajo en ellaboratorio
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Encuestas y estadsticas
Los alumnos realizaron una encuesta entre cien personas mayoresde edad.
La encuesta constaba de tres preguntas:
1.- Sabe Ud. qu es el llantn?
2.- Conoce sus propiedades medicinales?
3.- Usa plantas medicinales para tratar enfermedades?
Los entrevistados solo tenan que responder s o no. Los resultadosfueron los siguientes:
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La mayora de las personas encuestadas usan plantas medicinalespara el tratamiento de enfermedades. Los alumnos llegaron a laconclusin de que debemos revalorizar el uso de plantas medicinales
(fitoterapia) de nuestra regin, como el llantn, sin descuidar ni ignorarlas virtudes y propiedades de los remedios creados en laboratorios.
8. CONCLUSIONES Y COMPROBACIN DE HIPTESIS
A travs de los datos obtenidos de estudios fitoqumicos y la debidaexperimentacin del llantn pudimos comprobar que el llantn tienepropiedades medicinales, por lo cual podra ser incorporado a laelaboracin de medicamentos.
Caramelos: los caramelos de llantn actuaron con gran efectividaden enfermedades bucofarngeas (laringitis, faringitis), debido a loscompuestos muclagos que actuaron sobre las zonas afectadasdesinflamando e inhibiendo la produccin de placas de pus y a su poderantibitico y antiinflamatorio.
El uso de caramelos inhibe el crecimiento de bacterias y anestesia la zonaafectada
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Experiencia: Se someti a diez voluntarios adultos que presentabaninfecciones bucofarngeas al uso continuo de los caramelos de llantndurante siete das. Al final de dicho perodo se comprob que las placas
de pus y el dolor haban desaparecido. La zona afectada presentabacolor y forma normales.
Crema:la crema de llantn actu con gran efectividad sobre la pieldaada (sequedad por fro, hongos y heridas superficiales), induciendola produccin de nuevas clulas epiteliales, debido a su propiedadantioxidante y cicatrizante que le otorgan sus compuestos fenlicos.Los compuestos muclagos actuaron sobre los agentes extraos
inhibiendo la proliferacin de bacterias y hongos.
El uso de la crema favorece la reconstruccin epitelial y cicatrizacin deheridas
Experiencia: Se administr crema a tres voluntarias adultas quepresentaban daos en la piel de las manos.
Se comprob que su uso durante 30 das favoreci la proliferacinde clulas epiteliales nuevas, dando lugar a la formacin de una pielsuave y de buen aspecto.
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La conclusin a que llegaron los alumnos fue que debemosrevalorizar el uso de plantas medicinales (fitoterapia) de nuestra regin,como el llantn, sin descuidar ni ignorar las virtudes y propiedades de
los remedios producidos en laboratorios
Los alumnos comprobaron que es posible el procesamiento ymanufacturacin de caramelos y crema siguiendo los pasos del mtodocientfico.
9. PROYECCIN
El proyecto tiene una amplia proyeccin para la comunidad, yaque los alumnos pensaron que los productos elaborados por ellos, bajola supervisin de profesionales, puedan servir a otros nios de escasosrecursos como remedios paliativos para enfermedades como bronquitis,faringitis y herpes. Por otro lado, de continuarse el proyecto y lograrseque la produccin sea aprobada por el ente correspondiente, se estaralogrando un medicamento de importante valor curativo.
Sin embargo, es necesario la implementacin de controles de calidadmicrobiolgicos, qumicos y farmacotcnicos para evaluar laestabilidad de estos productos en el cuerpo. Por otro lado, el desarrollode estos productos se podran realizar en laboratorios pblicoshabil itados por instituciones oficiales (Siprosa, Anmat) y serdistribuidos gratuitamente en los Centros de Atencin Primaria deSalud (CAPS).
El objetivo de la participacin en este concurso es dar a conocer
nuestro trabajo y adems recaudar dinero para continuar con lasegunda etapa que consiste en tratar de determinar cual es la molculaque origina en el llantn tantas propiedades curativas.
10. AGRADECIMIENTOS
Al colegio por apoyar este proyecto y fomentar en los nios elespritu cientfico.
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A la Dra. Maria Ins Isla y su equipo de trabajo que nos ayud deforma totalmente desinteresada y con el nico afn de formar a lospequeos cientficos.
A la Dra. Figueroa Romero de la Fundacin Miguel Lillo.
A miss Cristina y miss Nelly, por su seguimiento del proceso deinvestigacin.
A todas las personas que colaboraron de forma desinteresada.
11. BIBLIOGRAFA
1) Cabrera A.L. y Zardini E.M., (1978). Manual de la flora de losalrededores de Buenos Aires, ACME, p. 577.
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4) Martnez Crovetto R., (1981). Plantas utilizadas en medicina en elNO de Corrientes, Miscelnea 69, Fundacin Miguel Lillo, p. 109.
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6) Robineau L., (1991). Hacia una farmacopea caribea, SeminarioTramil 4, Investigacin cientfica y uso popular de plantasmedicinales en el Caribe, ENDA Caribe, Universidad NacionalAutnoma de Honduras, p. 298.
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10 ) Farga C. y Lastra J., (1988), Plantas medicinales de uso comnen Chile, Paesmi, pg. 44.
11 ) XIII Simposio de Plantas Medicinales do Brasil, (1994), Resumode temas livres, 20 -23 de setiembre de Fortaleza, Brasil.
12 ) Herba Polonica, (1977), 23 (3) 201-209.
13) Plachcinska J. y col., (1984), Influence of Medicinal herbs onthe inmune system. Induction of endogenous interferon.Fitoterapia Vol. LV, N 6 pg. 346-348
14) Agradecemos a Barbara Steinhoff de la Asociacin alemana de
fabricantes de medicamentos para automedicacin el habernossuministrado la monografa de la Comisin E.
15 ) Robineau L., (1995), Hacia una Farmacopea Caribea, SeminarioTramil 6-7, Investigacin cientfica y uso popular de plantasmedicinales en el Caribe, ENDA-Caribe, Universidad Autnomade Honduras
16 ) Dr. Manfred, L., Siete mil recetas a base de mil trescientas plantasmedicinales, Editorial Kiev.
17 ) Yuni, J., Urbano, C. (2003), Tcnicas para investigar y formularproyectos de investigacin, Vol.I, Ed. Brujas.
18) Yuni, Jos, Urbano, C. (2003), Tcnicas para investigar yformular proyectos de investigacin, Vol.II, Ed. Brujas.
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19 ) Cceres, A., Girn, L.M., Alvarado, S.R., Torres, M.F. 1987b,Estudio de la actividad antimicrobiana de plantas populares deuso en Guatemala y el tratamiento dermatolgico. Journal of
Ethnopharmacology 20, 223-237.
20) Duckett, S., (1980), Plantas Naturales. Nueva Inglaterra. Revistade Medicina 303, 583.
21) Eli, Lilly, (1980), Farmacia y Terapia. Revista, Indianpolis, EEUU.
22) Guil ln, M.E.N., (1997), Actividades analgsicas yantiinflamatorias de extractos acuosos de llantn, RevistaInternacional de Farmacologa 35, 99-104.
23) Markov, M. (1992), Farmacologa del llantn, Congreso deEtnofarmacologa, Uppsala, Suecia.
24) Samuelsen, A. B., (1995), Caracterizacin de la actividad
biolgica de polisacridos, Llantn. Fitoterapia 9, 211-218,Universidad de Oslo, Suecia.
25) Aportes botnicos de Salta Ser. Flora (1998) vol. 5 pginas20-21, Universidad Nacional de Salta, Argentina.
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CATEGORIA JOVEM PESQUISADOR
1 lugar
Nome do trabalho: Gerao de renda em reas de Mata Atlntica: a experincia
do manejo sustentvel da samambaia-preta
Autora:Cristina Baldauf, 29 anos, brasileira residente no Brasil
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GERAO DE RENDA EM REAS DE MATAATLNTICA: A EXPERINCIA DO MANEJOSUSTENTVEL DA SAMAMBAIA-PRETA
1. RESUMO
A samambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G.Forst.) Ching) destaca-seentre as demais pteridfitas por sua importncia econmica, e suas folhas(frondes) so mundialmente comercializadas para utilizao em arranjosde flores. A espcie ocorre de forma abundante na Mata Atlntica do Estadodo Rio Grande do Sul (RS), local onde o extrativismo das frondes aprincipal fonte de renda de cerca de 3.000 famlias de pequenos agricultores.Apesar da grande importncia dessa atividade na regio, existiam restriesem relao extrao da espcie, devido legislao ambiental do RS.
Contudo, a coleta de produtos florestais no Estado passvel delicenciamento, desde que sejam conhecidos alguns fundamentos tcnicosque subsidiem o manejo sustentvel da espcie em questo. Dessa forma,os principais objetivos deste trabalho foram: contribuir para oestabelecimento de diretrizes, visando o manejo sustentvel e o
monitoramento dos sistemas de manejo de samambaia-preta; promoverprocesso participativo para construo da legislao que dispe sobre acoleta da espcie; difundir as diretrizes para o manejo sustentvel dasamambaia-preta, visando a gerao de renda e a conservao. Os estudosdemogrficos e genticos realizados demonstraram a sustentabilidadeecolgica dos sistemas de manejo tradicionalmente utilizados, o quedesencadeou o processo de construo coletiva de uma instruonormativa para regulamentar a coleta da samambaia-preta no RS. Arecente regulamentao foi elaborada com base nos saberes locais acerca
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da atividade e nos resultados do presente trabalho e est possibilitandoo incio da organizao social dos extrativistas bem como sua melhorremunerao. Foi ainda elaborado o Manual de licenciamento e manejo da
samambaia-preta, para a orientao de extrativistas, intermedirios efiscais de rgos ambientais no que se refere ao manejo, monitoramentoe comercializao das frondes de samambaia-preta do Estado do RioGrande do Sul.
2. INTRODUO
A importncia econmica da samambaia-preta (Rumohra adiantiformis(G.Forst.) Ching)
A espcie Rumohra adiantiformis (G.Forst.) Ching (figura 1) umapteridfita pertencente famlia Dryopteridaceae, conhecidapopularmente por samambaia-preta ou samambaia-silvestre. Dedistribuio geogrfica bastante ampla, encontrada na Amrica doSul, Amrica Central, Austrlia, sia, frica do Sul e em algumas ilhasdo Oceano ndico (GELDENHUYS & VAN der MERWE, 1994).
Destaca-se entre as demais espcies de pteridfitas por suaimportncia econmica, e suas frondes so mundialmentecomercializadas para utilizao em arranjos de flores. A grandepreferncia pela espcie decorre do fato de suas frondes apresentaremgrande durabilidade aps a coleta (MILTON & MOLL, 1988).
FIGURA 1 Aspecto (A) e utilizao (B) da espcie Rumohra adiantiformis
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A maior parte da produo mundial comercializada oriunda daFlrida, onde a espcie comeou a ser cultivada no final da dcada de1930 sob condies controladas (MILTON & MOLL, 1988; STAMPSet al.,1994). Outro local de expressiva produo de frondes desamambaia-preta a Costa Rica, onde a espcie ocupa o quinto lugarentre os produtos agrcolas no-tradicionais mais exportados.
J na frica do Sul e no Brasil, as frondes so extradas, na maioriados casos, diretamente do ambiente natural (MILTON & MOLL, 1988,ANAMA/PGDR, 2000). No Brasil, o extrativismo realizado em reasde Mata Atlntica nas regies Sudeste e Sul (CONTE et al., 2000;
ANAMA/PGDR, 2000), e mais da metade do mercado nacional abastecido pelas folhas extradas das reas de ocorrncia da espcie noRio Grande do Sul (ANAMA, 2002).
Extrativismo de samambaia-preta (Rumohra adiantiformis) no Rio Grandedo Sul
No Estado do Rio Grande do Sul a samambaia-preta viceja nos mais
diversos ambientes, e na regio da Encosta Atlntica a espcie temsido submetida a intenso processo de coleta das suas folhas (frondes).Trata-se de atividade que envolve parcela considervel da populaolocal, na coleta, no arrendamento de terras ou na venda aos grandescentros de consumo (Porto Alegre, So Paulo e outras capitais). Acredita-se que estejam envolvidas nesta atividade cerca de 3.000 famlias depequenos agricultores (ANAMA, 2002).
Historicamente, entre as dcadas de 1960 e 1970, a mecanizaoda agricultura decorrente da revoluo verde propiciou odesenvolvimento da horticultura nas reas de vrzea da regio daEncosta Atlntica. No mesmo perodo os produtos agrcolas tradicionaiscomo milho, feijo e mandioca, cultivados nas reas mais ngremes,sofreram crescente desvalorizao. Tais fatores provocaram o declnioda agricultura tradicional na regio, acarretando em um grande xodorural poca, e os agricultores familiares que permaneceram no tinhammuitas possibilidades de trabalho e gerao de renda.
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Nesse cenrio, o surgimento do extrativismo de samambaia-preta(Rumohra adiantiformis(G.Forst) Ching) na dcada de 1970 representoulucrativa possibilidade econmica para as famlias agricultoras e se
expandiu nas dcadas de 1980 e 1990.
Com o Decreto Federal n 750, de 10 de fevereiro de 1993, acontinuidade do sistema da agricultura de coivara nas reas de MataAtlntica ficou ainda mais ameaada, uma vez que o decreto probe ocorte, a explorao e supresso de vegetao primria ou nos estgiosavanado e mdio de regenerao da Mata Atlntica. A partir de tallegislao, os rgos fiscalizadores do RS passaram a agir com rigor
nas reas de pousio multando os agricultores que derrubavam ascapoeiras.
Nesse contexto, intensificou-se o extrativismo de samambaia-pretano litoral norte do Rio Grande do Sul (figura 2). Essa atividadepossibilitou a permanncia na terra dos agricultores e a manutenoda organizao social vinculada s relaes familiares de produo.Hoje, grande parte das famlias de samambaieiros (como soconhecidos localmente esses atores sociais) formada por pessoas
com poucos recursos materiais, as quais tm na coleta das frondes desamambaia sua principal ou nica fonte de renda.
FIGURA 2 Extrativismo de samambaia-preta (Rumohra adiantiformis)no Estado do Rio Grande do Sul
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Entretanto, apesar da grande importncia social dessa atividade naregio, existiam restries em relao extrao da espcie, devido aoj mencionado Decreto Federal n 750, que afirma a necessidade de
prvios estudos tcnico-cientficos de estoques e de garantia decapacidade de manuteno da espcie para que sua extrao sejaregulamentada.
A carncia de estudos motivou a proposio do ProjetoSamambaia-Preta1 , fundamentado no estudo da biologia e ecologiada espcie sob condies naturais, com o objetivo de conhecer oimpacto do extrativismo e propor alternativas de manejo sustentvel
bem como realizar pesquisa etnobiolgica e socioeconmica junto comunidade-alvo. Foram ainda realizados estudos acerca da cadeiaprodutiva da samambaia-preta no litoral norte, RS. no contextodesse projeto que foi desenvolvido o presente trabalho, cujosobjetivos so apresentados na prxima seo.
3. OBJETIVOS
Objetivo geral
Contribuir para o estabelecimento e consolidao de alternativas derenda que envolvam o uso sustentvel de recursos da Mata Atlntica.
Objetivos especficos
Avaliar a sustentabilidade dos sistemas de manejo de samambaia-
preta empregados no Rio Grande do Sul. Sugerir indicadores para o monitoramento do extrativismo da
samambaia-preta no Estado do Rio Grande do Sul.
1 As insti tuies que desenvolvem o Projeto Samambaia-preta so: Ncleo de Pesquisas emFlorestas Tropicais - NPFT-UFSC; Ncleo de Estudos em Desenvolvimento RuralSustentvel e Mata Atlntica - Desma/Programa de Ps-Graduao em DesenvolvimentoRural -PGDR -UFRGS; ONG Ao Nascente Maquin - Anama.
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Fundamentar cientificamente a regulamentao do extrativismoda samambaia-preta no Estado do Rio Grande do Sul.
Promover processo de construo coletiva do instrumento legalque dispe sobre a coleta da samambaia-preta no Estado do RioGrande do Sul.
Difundir as diretrizes para o manejo sustentvel da samambaia-preta no Rio Grande do Sul.
4. METODOLOGIA
A regio de realizao do presente estudo situa-se no litoral Nortedo Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram estudadas populaesde samambaia-preta localizadas no municpio de Maquin (exceto apopulao 4, localizada no municpio de Osrio, tabela 1). Taismunicpios localizam-se no limite austral da distribuio da FlorestaOmbrfila Densa (Mata Atlntica) no Brasil.
As populaes de samambaia-preta amostradas permitem contemplar
os sistemas de manejo de R.adiantiformismais utilizados, de acordo coma tipologia dos sistemas de manejo proposta para a regio (BALDAUFet al., 2007). Os extrativistas participaram dessa etapa do trabalho,indicando os stios onde costumam coletar.
A populao 1 vem sendo manejada por intermdio de um sistemaassociado agricultura de coivara, e a coleta das frondes de samambaiaocorre durante a fase de pousio agrcola. Esse sistema se caracteriza
por intensa modificao da paisagem pela implantao de roas paracultivos anuais e pelo emprego de baixas freqncias de corte anuais.Nas populaes 2 e 3 o sistema de manejo utilizado no interfere napaisagem, exceto para abertura de trilhas, sendo realizada apenas a coletadas frondes em freqncias de corte anuais mais elevadas.
A populao 4 foi cultivada em um quintal agroflorestal, pelo plantioem linha dos rizomas de R. adiantiformisem um antigo pomar. A coletadas frondes dessa populao bastante elevada, sendo realizada a cada
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45 dias. A populao 5 representa uma rea de ocorrncia da espcieonde a extrao das frondes no realizada e foi utilizada comoreferencial da estrutura demogrfica das populaes sem explorao.
Por fim, a populao 6, amostrada apenas para os estudos genticos, uma populao que apresenta freqncia elevada de corte das frondes.No uma situao comum na regio, mas a populao foi amostrada afim de verificar possveis diferenas na diversidade gentica decorrentesda intensidade de coleta.
TABELA 1 Localizao geogrfica e status de seis populaes desamambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G.Forst) Ching) estudadas
Para a caracterizao da estrutura demogrfica decorrente dosdiferentes sistemas de manejo da samambaia-preta foram implementadasquatro parcelas de 5x5m em cada uma das populaes estudadas. Nomonitoramento foram realizadas contagens do nmero de frondes emcada estgio de desenvolvimento, a partir de quatro categorias: brotos,frondes jovens, frondes adultas e frondes mortas. Tambm foi verificada
a presena de soros nas frondes. Realizaram-se avaliaes nos meses deagosto/04, novembro/04, fevereiro/05, maio/05 e agosto/05, excetono caso da populao 3, que comeou a ser monitorada em novembrode 2004.
A amostragem para a caracterizao da diversidade gentica daspopulaes manejadas consistiu de 50 frondes de cada uma daspopulaes, e foi observada uma distncia de aproximadamente dezmetros entre cada fronde coletada, com a finalidade de evitar a coleta do
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mesmo indivduo, visto que a espcie apresenta propagao vegetativa.
A fim de caracterizar geneticamente os indivduos e avaliar o impacto
dos sistemas de manejo sobre as populaes estudadas foram empregados
marcadores alozmicos. O protocolo de eletroforese foi desenvolvido
com base em Soltis, Kephart e Alfenas. (SOLTIS et al.(1983), Kephart
(1990) e Alfenas et al. (1998).
A integrao das informaes oriundas das caracterizaes daestrutura demogrfica e diversidade gentica das populaes forneceuelementos para a escolha dos indicadores de monitoramento daspopulaes manejadas.
Os resultados da avaliao de sustentabilidade obtidos nestetrabalho, bem como outros dados do Projeto Samambaia-Preta, foramencaminhados para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RioGrande do Sul (Sema-RS), com a finalidade de reativar a discussoacerca das possibilidades de licenciamento do extrativismo de R.adiantiformis no Estado do Rio Grande do Sul.
Atravs de um processo de construo coletiva que envolveu a
participao da comunidade local e regional, ONGs, universidades ergos governamentais, foi elaborada instruo normativa que dispesobre as normas para a regularizao da coleta das frondes dasamambaia-preta (Rumohra adiantiformis) no Estado do Rio Grande doSul. Alm da instruo normativa, os resultados deste trabalhotambm fundamentaram a elaborao doManual de licenciamentoe manejoda samambaia-preta.
5. RESULTADOS E DISCUSSO
Caracterizao da estrutura demogrfica das populaes manejadas
Nas populaes manejadas constata-se rpida regenerao dasfrondes aps o corte, evidenciada pelos nmeros de frondes adultasencontrados nas avaliaes posteriores s coletas, com exceo da
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populao cultivada (figura 3). Contudo a reduo encontrada nessapopulao no foi significativa e a freqncia relativa dessa categoriase manteve constante durante as avaliaes.
Observou-se que as populaes de R. adiantiformis apresentamgrande dinamismo demogrfico, evidenciado pela variao no nmeroe na proporo de frondes nas diferentes fases de desenvolvimentoencontradas na populao no-manejada (populao 5 - figura 3).Todavia, entre agosto de 2004 e agosto de 2005, a freqncia relativadas frondes adultas diminuiu, ao passo que a proporo de frondesmortas aumentou na referida populao. Ainda que tal reduo no
tenha sido significativa, ela sugere que a ausncia de manejo acarretaa diminuio das populaes da espcie.
No foram obtidas diferenas significativas entre os sistemas demanejo em relao ao nmero de brotos e jovens. J nas categorias defrondes adultas, frondes mortas e frondes frteis foram encontradasalgumas diferenas entre as populaes, ainda que de magnituderelativamente pequena (tabelas 2 e 3).
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FIGURA 3 Proporo de frondes em cada categoria de desenvolvimento( esquerda) e nmero de frondes em cada categoria de desenvolvimento( direita) ao longo de um ano de monitoramento em cada populao desamambaia-preta (Rumohra adiantiformis(G.Forst) Ching) estudada. Assetas indicam as datas de coletas de frondes em cada populao
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TABELA 2 Valores mdios para as diferentes categorias dedesenvolvimento, nmero total de frondes e nmero de frondes frteis desamambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G.Forst) Ching) nas cincopopulaes estudadas
* Valores seguidos da mesma letra no diferem entre si pelo teste Dunn (comparao na coluna)
TABELA 3 Valores mdios para as propores obtidas em diferentescategorias de desenvolvimento e propores de frondes frteis desamambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G.Forst) Ching) nas cincopopulaes estudadas
* Valores seguidos da mesma letra no diferem entre si pelo teste Dunn (comparao na coluna)
De maneira geral, ao serem consideradas todas as categorias epopulaes amostradas, possvel constatar um padro cujas
populaes 4 e 5 (cultivada e no-manejada, respectivamente)apresentaram valores baixos nas propores de frondes vivas(brotos, jovens e adultas) e valores bastante elevados nas proporesde frondes mortas, em relao s demais populaes estudadas.
Uma das tendncias mais marcantes, e de grande relevncia para omanejo da espcie, a rpida regenerao das frondes aps os cortes. Emgeral, as populaes apresentaram rpida reposio de frondes, evidenciadapelo nmero e proporo de frondes adultas nas avaliaes posteriores s
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coletas. Destaca-se a importncia dos resultados obtidos na populao 3,na qual foram aplicados o sistema de manejo e a freqncia de corte maisutilizados na regio sob anlise (BALDAUF et al., 2007 figura 4). A
comprovao da regenerao das frondes em um tempo consideradorazovel para a explorao pelos extrativistas (trs cortes anuais) pode serconsiderada forte indcio da sustentabilidade ecolgica da atividade.
FIGURA 4 Sistema de manejo tradicional: rea de coleta em destaque(A) e coleta das frondes (B)
No caso do extrativismo de R. adiantiformis, em que no se retira oindivduo, a sobreexplorao pode reduzir o tamanho efetivopopulacional bem como diminuir o crescimento do rizoma, o que resultana produo de quantidade menor de frondes. De acordo com Peters,na maioria das espcies o efeito mais visvel da sobreexplorao areduo na quantidade de plntulas e plantas jovens ou de novasestruturas de explorao (PETERS, 1996). Uma vez que se trata deespcie rizomatosa, as fases iniciais de desenvolvimento das frondes
(brotos e frondes jovens) so entendidas como equivalentes s plntulase plantas jovens das espcies arbreas para fins de monitoramento.
No entanto, as variaes nas quantidades de frondes encontradasnas diferentes fases do desenvolvimento dificultam a utilizao deindicadores, visto que estes devem possuir valores numricos crticos,alm dos quais a produo declina rapidamente (FERRAZ, 2003). Dessaforma, optou-se por utilizar as propores encontradas em cada fasecomo valores de referncia para os indicadores.
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Uma vez que a proporo de frondes jovens encontrada naspopulaes manejadas apresenta variao menor em relao proporode brotos, a primeira foi considerada indicador representativo do
dinamismo demogrfico caracterstico da espcie e dos possveisimpactos da extrao das frondes. Os valores de referncia para esseindicador variam em decorrncia de um perodo intenso de produode novas frondes no final do inverno. Assim, pode-se considerar que noperodo compreendido entre setembro e dezembro (aps a brotao dasnovas frondes) deve-se encontrar um valor entre 10 e 20% de frondesjovens, ao passo que nas demais pocas do ano, a proporo esperada de 5 a 15%.
Outro indicador para o monitoramento a proporo de frondesmortas, cujos valores mximos se situam entre 30 e 35%. A obtenode valores superiores aos mencionados nesse indicador pode estarapontando declnio populacional, como o evidenciado na populao 5.No entanto, a estrutura demogrfica da samambaia-preta bastanteinfluenciada por fatores climticos e pelo processo de sucesso florestal,o que remete necessidade de monitoramento continuado ao longo de
vrios anos.Destaca-se, ainda, que os indicadores propostos neste trabalho
baseiam-se na estrutura demogrfica das populaes e so de fcilmensurao, podendo ser avaliados juntamente com os extrativistas naspropriedades onde se procede coleta, visando implantao de umsistema de monitoramento participativo. Nos casos em que se necessiteanlise mais aprofundada, todavia, possvel proceder anlise dadiversidade gentica da populao em questo, por meio do uso de
marcadores alozmicos.
Caracterizao da diversidade gentica das populaes manejadas
Os ndices de diversidade gentica encontrados nas populaesestudadas (tabela 4) apresentaram valores elevados, sendo compatveiscom a diversidade gentica geralmente encontrada em reas de MataAtlntica (MORAE et al., 1999; SEBBEN et al., 2000; CONTE, 2004).
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Os valores encontrados tambm so superiores aos obtidos em umagrande diversidade de estudos com outras espcies de pteridfitas(SOLTIS & SOLTIS, 1987; MAKI & ASADA, 1998; HSU, 2000).
Os valores obtidos neste estudo para a relao G/N em R.adiantiformis tambm foram bastante elevados. Significa dizer que umabola ou touceira de samambaia formada por vrios indivduos. Dessaforma, ainda que a espcie apresente formaes de touceiras a partirdo crescimento do meristema apical , a fecundao cruzadaprovavelmente representa decisivo papel na manuteno da diversidadegentica das populaes. Assim, ressalta-se a importncia de ser evitada
a coleta de frondes com soros.
TABELA 4 ndices de diversidade gentica* estimados em populaes desamambaia-preta (Rumohra adiantiformis(G.Forst) Ching) no sul do Brasil
* Tamanho mdio da amostra (N); nmero de alelos por loco (A); porcentagem de locos polimrficos sem critrio (P 1);
porcentagem de locos polimrficos com freqncia do alelo mais comum inferior a 95% (P 2); diversidade gentica (He);
heterozigosidade observada (Ho) e ndice de fixao (f).
** Erro padro da mdia
* 2p< 5%; ns no significativo
Contudo, apesar dos elevados ndices de diversidade genticaencontrados, as populaes estudadas apresentaram deficincia nonmero de heterozigotos em relao ao esperado em situaes decruzamentos aleatrios (panmixia). As estatsticas-F indicaramconsidervel grau de endogamia tanto na mdia das subpopulaes(F
IS=0,3464) quanto no seu conjunto (F
IT=0.399), sendo ambos os
valores significativos. Esses elevados ndices de endogamia indicam apresena de cruzamentos entre aparentados e/ou a perda de alelos por
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processos estocsticos (deriva gentica) e so comuns em espcies depteridfitas colonizadoras como a samambaia-preta, uma vez quefreqentemente elas se estabelecem a partir da germinao de um nico
ou poucos esporos (CRIST & FARRAR, 1983; SOLTIS & SOLTIS,1986). Dessa forma, a autofecundao, associada ao processo de derivagentica (efeito fundador), explicaria a alta endogamia encontrada naspopulaes estudadas.
Por outro lado, a populao 4 (cultivada) originou-se a partir de umnmero maior de matrizes, coletadas j na fase de esporfito, emdiferentes locais do sul do Brasil. Isso poderia explicar o fato de o ndice
de fixao no ser significativo na populao. Outra hiptese seria a deque a seleo humana, atravs da escolha de plantas mais vigorosas,teria favorecido a implantao de uma quantidade maior de gentiposheterozigotos na rea cultivada. Nas outras populaes estudadasconstata-se a existncia de um sistema de cruzamento misto, e aautofecundao teria grande relevncia na colonizao de novosambientes enquanto a fecundao cruzada promoveria a manutenode altos nveis de diversidade gentica.
O fluxo gnico aparente entre as populaes estudadas alto(Nm=1,97), provavelmente devido ao alto grau de disperso dos esporos.Esse fluxo gnico elevado impede a existncia de uma forte estruturaogentica. A estruturao gentica se refere distribuio da diversidadegentica no tempo e no espao e cuja ausncia indicativo de que amaior diversidade gentica se encontra dentro das populaes, o que decerta forma garante sua viabilidade ao longo do tempo.
Foi verificada a presena de alelos fixados em cinco das seispopulaes estudadas, inclusive na populao no-manejada (populao5). A fixao de alelos representa perda de diversidade gentica, umavez que em um dado loco no existem mais diferentes tipos de alelos.Foi encontrada ainda grande quantidade de alelos raros (freqnciamenor que 5%) em todas as populaes, sendo o maior nmeroencontrado na populao 6 (16 alelos). Alm disso, quando consideradoo critrio de 95% o nmero de locos polimrficos reduzido em algumaspopulaes, diminuindo consideravelmente na populao 6, devido ao
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grande nmero de alelos de baixa freqncia da populao. Esses aleloscorrem o risco de se perderem devido s alteraes no tamanho efetivopopulacional provocadas pela alta intensidade de corte e coleta de
frondes imaturas, caractersticas do sistema de manejo utilizado nessapopulao.
No foram encontradas diferenas significativas entre as populaespara os estimadores porcentagem de locos polimrficos (P), nmero dealelos por loco (A), heterozigosidade mdia observada (Ho) eheterozigosidade mdia esperada (He). Assim, os altos valores dediversidade gentica no so afetados pelos sistemas de manejo
tradicionais da espcie, visto que os valores encontrados nessaspopulaes (1, 2 e 3) no diferem dos obtidos na populao no-manejada ( 5).
No entanto, a populao 6 apresentou ndices de diversidade maisbaixos em alguns desses estimadores (Ho, He e nmero de locospolimrficos critrio 95%) bem como nmero elevado de alelos debaixa freqncia (16 alelos). Essas diferenas parecem estar associadasao sistema de manejo empregado, que se baseia em alta freqncia de
corte e na coleta de frondes jovens.
A aplicao de freqncia de cortes elevadas no comum na regiosob anlise. De qualquer forma, destaca-se que a sobreexplorao daespcie pode provocar reduo da quantidade de indivduos que estose reproduzindo, resultando em perda de alelos de baixa freqncia,aumento do grau de parentesco e dos nveis de endogamia dentro daspopulaes. Esses fatores podem diminuir a capacidade de adaptao
das populaes e, conseqentemente, sua resposta ao de forasseletivas.
Os resultados deste trabalho demonstraram que a espcie R.adiantiformis apresenta altos ndices de diversidade gentica. No foramencontradas diferenas significativas entre as populaes em relaoaos ndices de diversidade gentica estimados. No entanto, asobreexplorao das populaes pode provocar a reduo do tamanhoefetivo populacional, perda de alelos raros, alm de reduo na
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heterozigosidade e no nmero de locos polimrficos. Assim, taisestimadores podem ser uti l izados para o monitoramento daspopulaes manejadas.
A ausncia de diferenas significativas nos ndices de diversidadegentica entre as demais populaes manejadas e a populao no-manejada indica que os sistemas de manejo tradicionalmente empregadosna regio sob anlise no causam reduo na diversidade gentica daspopulaes.
Regulamentao do extrativismo da samambaia-preta e gerao de
renda
Uma vez que se dispe de critrios para o manejo sustentvel emonitoramento do extrativismo, sua regulamentao foi consideradacondio essencial, pois essa atividade representa uma das nicasalternativas que restaram hoje para muitos moradores das reas de MataAtlntica no sul do Brasil, conforme demonstra o excerto de umaentrevista: Tirar samambaia , por assim dizer, a minha profisso, o
que eu sei fazer bem... Me criei tirando samambaia. Se dependesse demim, criaria meus filhos e ensinaria eles como tirar certinho, o jeito, apoca certa... (S.D., 42 anos.)
A fala demonstra a importncia e a urgncia da implementao demedidas que viabilizem a continuidade do extrativismo de samambaia-preta na regio do litoral norte do Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, os resultados deste trabalho, juntamente com outraspesquisas realizadas pelo Projeto Samambaia-Preta foram encaminhados
para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul(Sema-RS), reativando a discusso acerca das possibilidades delicenciamento do extrativismo de R. adiantiformis. Assim, em abril de2006, foi realizado o III Encontro da Samambaia-Preta, com apoio doMinistrio do Meio Ambiente e do Conselho Nacional da Reserva daBiosfera da Mata Atlntica e contou com a participao da comunidadelocal e regional, ONGs, universidades e rgos governamentais. (figura5). Do evento resultou a Carta de Maquin (Desma, 2006), uma
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manifestao pblica a favor da regulamentao do extrativismo desamambaia-preta. Alm disso, durante a realizao desse frum, a Sema-RS assumiu publicamente o compromisso de regulamentar a atividade,
com base nos parmetros tcnicos e indicadores de monitoramento doextrativismo propostos neste trabalho.
FIGURA 5 (A e B): Terceiro encontro da samambaia-preta, Salo Paroquialde Maquin, RS
Aps o referido encontro, foram realizadas reunies com osextrativistas e comerciantes de samambaia-preta a fim de construir anova regulamentao de forma participativa e considerando oconhecimento local sobre a atividade. Concomitantemente a essasreunies com os atores sociais envolvidos na cadeia produtiva, foramtambm realizados encontros com diversas instituies relacionadas problemtica da samambaia-preta (Consema, Comit Estadual eNacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlntica, Ministrio Pblico
Estadual, Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia, SociedadeBrasileira de Etnobiologia e Etnoecologia, ONGs e universidades).
O resultado de toda essa articulao foi a recente publicaode uma instruo normativa que dispe sobre as normas para aregularizao da coleta das frondes da samambaia-preta (Rumohraadiantiformis (G.Forst.) Ching) no Estado do Rio Grande do Sul.
A instruo normativa n. 001/06 da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente, publicada no Dirio Oficial do dia 21 de novembro do
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corrente, foi construda com base nos resultados do presente trabalho,especialmente no que se refere aos parmetros tcnicos para o manejosustentvel e nos indicadores para monitoramento do extrativismo.
No entanto, ressalta-se a construo coletiva dessa regulamentao,que incorporou o conhecimento e as sugestes dos extrativistas eintermedirios do comrcio da samambaia-preta.
Alm da instruo normativa, os resultados deste trabalho tambmfundamentaram a elaborao do Manual de li cenciamento e manejo dasamambaia-preta, como orientao para extrativistas, intermedirios efiscais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente no que se refere ao
manejo, monitoramento e comercializao das frondes de samambaia-preta do Estado do Rio Grande do Sul (figuras 6 e 7). O Manual foiredigido em linguagem acessvel como material educativo, permitindocompreenso de todas as etapas do licenciamento da atividade.
A regulamentao do extrat iv ismo da samambaia-preta no RioGrande do Sul, alm de retirar os samambaieiros da situao deilegalidade, permitir o incio de sua organizao social comoextrativistas. A legalizao tambm traz consigo a possibilidade demelhor estruturao da cadeia produtiva, conferindo acrscimo novalor recebido pelos samambaieiros, visto que muitos atravessadoresse aproveitavam da condio ilegal da atividade para ficar com a maiorparte do lucro.
Finalmente, destaca-se que o trabalho apresentado serviu comobase cientfica para ao do poder executivo que vem ao encontro danecessidade de estabelecimento de estratgias que conciliem a
conservao dos remanescentes florestais com a reproduo socialdas comunidades que vivem nessas reas, configurando um processode gesto sustentvel da biodiversidade.
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FIGURA 6 Capa e contracapa do Manual de licenciamento e manejo dasamambaia-preta
FIGURA 7 Manual de licenciamento e manejo da samambaia-preta orientaes para o manejo sustentvel
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CATEGORIA INTEGRAO
1 lugar
Nome do trabalho:Potabilizacin de agua por tecnologas econmicas en zonas
rurales aisladas del Mercosur
Autores: Marta Irene Litter, argentina residente na Argentina
Wilson de Figueiredo Jardim, brasileiro residente no Brasil
Miguel ngel Blesa, argentino residente na Argentina
Juan Martin Rodriguez, peruano residente no Peru
Lorena del Pilar Cornejo Ponce, chilena residente no Chile
Maria Cristina Apella, argentina residente na Argentina
Beatriz Susana Ovruski de Ceballos, argentina residente no Brasil
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POTABILIZACIN DE AGUA PORTECNOLOGAS ECONMICAS EN ZONASRURALES AISLADAS DEL MERCOSUR
1. RESUMEN
Se muestran los resultados del proyecto desarrollado para proveer aguapotable segura en zonas rurales aisladas con escasos recursos hdricos yeconmicos mediante tecnologas econmicas y socialmente aceptablespor la poblacin. En este proyecto participaron seis pases de AmricaLatina y el Caribe (Argentina, Brasil, Chile, Mxico, Per y Trinidad y
Tobago). Las tecnologas ofrecidas todas ellas en botellas plsticas debebidas comerciales fueron la Desinfeccin Solar (SODIS), la Remocinde Arsnico por Oxidacin Solar (SORAS) y la Fotocatlisis HeterogneaSolar con Dixido de Titanio (FHS). Se describen los objetivos del proyecto,su justificacin y las
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