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CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZAGABINETE DO VEREADOR DR. PORTO (PORTINHO)

INDICAÇÃO N.

Torna obrigatória a prestação de Assistência

Odontológica a pacientes em regime de

Internação Hospitalar e Portadores de Doenças

Crónicas lotados em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI's) e dá outras providências.

EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA CAMARÁ MUNICIPAL DE FORTALEZA:

O Vereador Dr. Porto (Pertinho), no uso de suas atribuições e na forma regimental,

depois de ouvidos seus pares, e amparado pelos Art. 149 do Regimento Interno desta

CMFor - e após ouvido Plenário, vem submeter à apreciação desta casa de Leis a

indicação em epígrafe, que após aprovada será enviada ao Exmo. Senhor Prefeito

Municipal, a fim de que retorne a essa Augusta Casa em forma de Mensagem.

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA,

DE DE 2017.

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Vice-Líder do Prefeito

Rua Dr. Thompson Bulcão, 830 - Bairro Patriolino RibeiroFone: (85) 3444.8300 - Ramal 8363

E-mail - vereadordr.porto@gmail.com

DEPTO LEGISLATIVORECEBIDO

CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZAGABINETE DO VEREADOR DR. PORTO (PORTINHO)

INDICAÇÃO N.< 5 17

PROJETO DE LEI N.°

Torna obrigatória a prestação de Assistência

Odontológica a pacientes em regime de

Internação Hospitalar e Portadores de Doenças

Crónicas lotados em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI's) e dá outras providências.

A CAMARÁ MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVA:

Art. 1° - Esta Lei torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a paciente

em regime de internação hospitalar, e aos portadores de doenças crónicas, lotados em

Unidades de Terapia Intensiva (UTI's).

Art. 2° - Nos hospitais públicos ou privados e que existam pacientes internados ou

classificados em algumas das situações previstas no artigo 1°, será obrigatória a

presença de profissionais de odontologia para os cuidados de saúde bucal do

paciente.

§1° - A obrigatoriedade de que trata o caput deste artigo alcança apenas os hospitais

públicos ou privados de médio ou grande porte.

§2° - A assistência odontológica aos pacientes portadores de doenças crónicas fica

assegurada àqueles se encontrem em regime de internação em UTI's.

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§3° - Aos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva - UTI, a assistência

odontológica será prestada obrigatoriamente por cirurgião-dentista e, nas demais

unidades, por outros profissionais devidamente habilitados para atuar na área,

supervisionados por um odontólogo.

§4° - O cumprimento do que dispõe o caput deste artigo deverá ser feito sem prejuízo

aos pacientes atendidos nas emergências das unidades hospitalares a que se refere

esta Lei.

Art. 3° - O regulamento disporá sobre aplicação de penalidade, em virtude do

descumprimento desta Lei.

Art. 4° - As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão à conta das

verbas próprias do Orçamento, suplementadas, se necessário.

Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA,'

DE DE 2017.

VereadoijlDr. Porto (Portinho)

Vice-Líder do Prefeito

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JUSTIFICATIVA

Considerando a resolução n° 7 de 24 de fevereiro de 2010 da ANVISA (Agência

Nacional de Vigilância Sanitária), que dispõe sobre os requisitos mínimos para

funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e dá outras providências; em

que na seção IV referente ao acesso a Recursos Assistenciais o Artigo 18 estabelece

que "devem ser garantidos, por meios próprios ou terceirizados, os seguintes serviços

à beira do leito", sendo o item VI do artigo em tela a Assistência Odontológica.

Considerando o Capítulo X do Código de Ética Odontológica do Conselho Federal de

Odontologia (resolução 118-2012), que no artigo 26 afirma que compete ao cirurgião-

dentista internar e assistir pacientes em hospitais públicos ou privados, com ou sem

caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das instituições.

Considerando a resolução 162.2015 do Conselho Federal de Odontologia, que

reconhece o exercício da Odontologia Hospitalar pelo cirurgião-dentista.

Considerando as experiências positivas de outros estados e cidades da federação que

já possuem leis semelhantes, tais como Paraná (PL 46.2013), Distrito Federal (PL

252.2015), Tocantins (PL 299.2016), Feira de Santa (PL 225.2016).

Considerando o Projeto de Pesquisa realizado pelo Professor Doutor Tácio Pinheiro

Bezerra no Hospital Estadual Waldemar de Alcântara em Fortaleza, que avaliou

pacientes internados na Unidade de Terapia (UTI) de 2011 a 2015, que comparou os

anos de 2011 a 2013 (período em que o profissional da Odontologia não fazia parte da

equipe da UTI) ao período de 2013 a 2015 (intervalo em que o cirurgião-dentista já

estava presente) e ficou constatada queda significativa no número de infecçõest

respiratórias e da taxa de óbito na UTI do referido hospital.

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Considerando as evidências científicas na área que afirmam que o principal

mecanismo fisiopatológico da PAV (Pneumonia Associada à Ventilação mecânica) é a

aspiração pulmonar de patógenos bacterianos que colonizam a cavidade oral e

orofaringe.

Considerando o trabalho de Prendergast et ai. (2013), que afirma que avaliações orais

por escalas cotidianas podem servir como um marcador importante de saúde, sobre os

quais cuidados bucais podem ser adaptados a protocolos de cuidados individuais, e

que esta prática está relacionada a uma redução de 50% de PAV.

E considerando, finalmente, a necessidade de darmos o suporte de assistência à

saúde integral a todo e qualquer paciente internado em hospitais.

Vimos, por meio desta, solicitar a criação de um Projeto de Lei Municipal, na cidade de

Fortaleza, que possa garantir a inclusão do cirurgião-dentista nas equipes

hospitalares, visando à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das doenças da

boca em pacientes internados nestas instituições de saúde.

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA,

DE DE 2017.

j • ' i' i i •Vereador Dr.v Porto (Portinho)

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