Conduto robras iv

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SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

CURSO: CONDUTOR DE OBRA2007

Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro

A realização pessoal e profissional encontra na qualidade de vida do trabalho, particularmente a que é favorecida pelas condições de segurança, higiene e saúde, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento.

Artigo 4.ºPrincípios gerais 1 - Todos os trabalhadores têm direito à prestação de

trabalho em condições de segurança, higiene e de protecção da saúde.

2 - Deve assegurar-se que o desenvolvimento económico vise também promover a humanização do trabalho em condições de segurança, higiene e saúde.

Decreto-Lei n.º 441/91 de 14 de Novembro OBRIGAÇÕES GERAIS

Artigo 8.º: Obrigações gerais do empregador– O empregador é obrigado a assegurar aos

trabalhadores condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relacionados com o trabalho.

Artigo 15.º Obrigações dos trabalhadores– Cumprir as prescrições de segurança,

higiene e saúde no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas com esse fim pelo empregador;

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

Princípio da Prevenção Dever de Planificação Dever da Vigilância Médica Dever de Instrução Dever de Cooperação Dever de Informação Dever de Formação Dever de Consulta Prévia Dever de fornecer Meios e Recursos Dever de Reparação

DIREITOS DOS TRABALHADORES

Direito à Higiene, Segurança e Protecção da Saúde no Trabalho

Direito à informação Direito a Formação Direito de Participação Direito de consulta prévia Direito de Voto e Representação

DEVERES DOS TRABALHADORES

A) CUMPRIR AS PRESCRIÇÕES DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO ESTABELECIDAS NAS DISPOSIÇÕES LEGAIS OU CONVENCIONAIS APLICÁVEIS E AS INSTRUÇÕES DETERMINADAS COM ESSE FIM PELO EMPREGADOR;

B) ZELAR PELA SUA SEGURANÇA E SAÚDE, BEM COMO PELA SEGURANÇA E SAÚDE DAS OUTRAS PESSOAS QUE POSSAM SER AFECTADAS PELAS SUAS ACÇÕES OU OMISSÕES NO TRABALHO;

C) UTILIZAR CORRECTAMENTE, E SEGUNDO AS INSTRUÇÕES TRANSMITIDAS PELO EMPREGADOR, MÁQUINAS, APARELHOS, INSTRUMENTOS, SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS E OUTROS EQUIPAMENTOS E MEIOS POSTOS À SUA DISPOSIÇÃO, DESIGNADAMENTE OS EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA E INDIVIDUAL, BEM COMO CUMPRIR OS PROCEDIMENTOS DE TRABALHO ESTABELECIDOS;

D) COOPERAR, NA EMPRESA, ESTABELECIMENTO OU SERVIÇO, PARA A MELHORIA DO SISTEMA DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO;

DEVERES DOS TRABALHADORES

E) COMUNICAR IMEDIATAMENTE AO SUPERIOR HIERÁRQUICO OU, NÃO SENDO POSSÍVEL, AOS TRABALHADORES A QUE SE REFERE O ARTIGO 13.º AS AVARIAS E DEFICIÊNCIAS POR SI DETECTADAS QUE SE LHE AFIGUREM SUSCEPTÍVEIS DE ORIGINAREM PERIGO GRAVE E IMINENTE, ASSIM COMO QUALQUER DEFEITO VERIFICADO NOS SISTEMAS DE PROTECÇÃO;

F) EM CASO DE PERIGO GRAVE E IMINENTE, NÃO SENDO POSSÍVEL ESTABELECER CONTACTO IMEDIATO COM O SUPERIOR HIERÁRQUICO OU COM OS TRABALHADORES QUE DESEMPENHAM FUNÇÕES ESPECÍFICAS NOS DOMÍNIOS DA SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO LOCAL DE TRABALHO, ADOPTAR AS MEDIDAS E INSTRUÇÕES ESTABELECIDAS PARA TAL SITUAÇÃO.

VANTAGENS DA SHST

MAIOR SEGURANÇA NO TRABALHO

PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS PROFISSIONAIS

MAIOR SATISFAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL

MELHOR QUALIDADE DO TRABALHOMELHORES CONDIÇÕES DE

TRABALHO

MAIS LUCROSDIMINUIÇÃO DOS CUSTOS

COM OS ACIDENTES E DOENÇAS PROFISSIONAIS

MAIOR PRODUTIVIDADE

MODALIDADES DE SERVIÇOS SHST

1) SERVIÇOS INTERNOS

2) SERVIÇOS INTEREMPRESAS

3) SERVIÇOS EXTERNOS

ORGANIZAÇÃO INTERNA DE EMERGÊNCIA

A empresa ou estabelecimento, qualquer que seja a modalidade de organização das actividades de segurança, higiene e saúde no trabalho, deve ter uma organização interna que assegure as actividades de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores em situações de perigo grave e iminente, com a identificação dos trabalhadores responsáveis por essas actividades.

MODALIDADES DE SERVIÇOS SHST

A empresa ou estabelecimento deve designar um trabalhador com preparação adequada que o represente perante o serviço externo ou interempresas para acompanhar e colaborar na adequada execução das actividades de prevenção.

A empresa ou estabelecimento que desenvolva actividades de risco elevado, a que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores, deve ter serviços internos.

A empresa com, pelo menos, 400 trabalhadores, qualquer que seja a actividade desenvolvida, deve ter serviços internos.

TRABALHADOR DESIGNADO

No estabelecimento, que empregue no máximo de 10 trabalhadores e cuja actividade não seja de risco elevado, as acções de segurança e higiene no trabalho podem ser exercidas directamente pelo próprio empregador ou por trabalhador por ele designado, desde que tenha preparação adequada e permaneça habitualmente nos estabelecimentos.

DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA

Ficha de Aptidão– Face aos resultados dos exames de admissão, periódicos ou

ocasionais, o médico do trabalho elabora uma ficha de aptidão por trabalhador e remete uma cópia à entidade empregadora.

Modelo 1714 – É o modelo do relatório anual da actividade dos serviços de

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Este relatório é remetido ao ISHST e aos Delegados concelhios de saúde, da área de localização da entidade empregadora.

Modelo 1360 – É o modelo oficial de notificação da modalidade adoptada na

organização dos serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho que deverá ser Autenticado pelo ISHST de acordo com a localização das instalações da organização.

Relatório anual A obrigação de entregar o relatório anual da actividade

de segurança, higiene e saúde no trabalho por meio informático é aplicável a empregadores com mais de 10 trabalhadores.

O relatório deve ser apresentado, no mês de ABRIL do ano seguinte àquele a que respeita, ao delegado concelhio de saúde e ao organismo do ministério responsável pela área laboral competente em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho.

O empregador deve manter à disposição das entidades com competência fiscalizadora a documentação relativa à realização das actividades de HST, durante cinco anos.

SAÚDE Realização de Exames

Médicos:(Obrigatório nos termos da legislação em vigor) – Admissão/ iniciais – Periódicos – Ocasionais

Periocidade dos exames:• Anual - Para trabalhadores com

menos de 18 e mais de 50 anos.Bianual - Para trabalhadores com idades entre os 18 e 50 anos.

ACIDENTES DE TRABALHO

O empregador deve comunicar à Inspecção-Geral do Trabalho os acidentes mortais ou que evidenciem uma situação particularmente grave, nas vinte e quatro horas seguintes à ocorrência.

A comunicação prevista no número anterior deve ser acompanhada de informação, e respectivos registos, sobre todos os tempos de trabalho prestado pelo trabalhador nos 30 dias que antecederam o acidente.

DECRETO-LEI Nº.273/2003

Procede à revisão da regulamentação das condições de segurança e de saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, constante do Decreto-Lei n.º 155/95, de 1 de Julho, mantendo as prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho estabelecidas pela Directiva n.º 92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho

Síntese DECRETO-LEI Nº.273/2003 PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE (PSS) DESENVOLVIMENTO – DO

PROJECTO ATÉ À EXECUÇÃO DA OBRA Coordenador de segurança Comunicação Prévia Compilação Técnica Obrigações e Responsabilidades dos intervenientes no

empreendimento Registo de subempreiteiros e trabalhadores independentes Acidentes graves e mortais Coimas Anexos:

– ANEXO I– Gestão e organização geral do estaleiro a incluir no plano de

segurança e saúde em projecto – ANEXO II

Estrutura do plano de segurança e saúde para a execução da obra – ANEXO III

Elementos a juntar ao plano de segurança e saúde para a execução da obra

COORDENADOR DE SEGURANÇA EM PROJECTO

COORDENADOR DE SEGURANÇA EM OBRA

COMUNICAÇÃO PRÉVIA DE ABERTURA DO ESTALEIRO

PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

FICHA DE PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

FICHA DE PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

COMPILAÇÃO TÉCNICA DA OBRA

RESPONSABILIDADES

REGISTOS

PESQUISA DA LEGISLAÇÃO

EM QUE SITUAÇÃO É QUE O DONO DE OBRA DEVE NOMEAR UM COORDENADOR DE SEGURANÇA EM OBRA?

COORDENADOR DE SEGURANÇA

2 - O dono da obra deve nomear um coordenador de segurança em obra se nela intervierem duas ou mais empresas, incluindo a entidade executante e subempreiteiros. (Artigo 9.º)

2 - Nas situações em que não haja coordenador de segurança em projecto, o autor do projecto deve elaborar o plano de segurança e saúde em projecto, iniciar a compilação técnica da obra e, se também não for nomeado coordenador de segurança em obra, recolher junto da entidade executante os elementos necessários para a completar. (Artigo 18.º)

Portaria n.º 101/96 de 3 de Abril

Regulamenta as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis

As regras gerais relativas a prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho, a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis, foram definidas por diploma legal que procedeu à transposição para o direito interno das disposições gerais da Directiva n.º 92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho.

CONCEITOS

SEGURANÇA DO TRABALHO

COMPREENDE O CONJUNTO DE

METODOLOGIAS ADEQUADAS À

PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE

TRABALHO, TENDO COMO

PRINCIPAL CAMPO DE ACÇÃO O

RECONHECIMENTO E O

CONTROLO DOS RISCOS

ASSOCIADOS AOS

COMPONENTES MATERIAIS DO

TRABALHO.

HIGIENE INDUSTRIAL

É a técnica que previne o aparecimento de doenças profissionais, estudando, valorizando e modificando o meio ambiente físico, químico ou biológico do trabalho

SAÚDE

A SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL E NÃO APENAS A AUSÊNCIA DE DOENÇA.

RISCO / PERIGO

PERIGO - propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho (materiais, equipamentos e métodos e práticas de trabalho), potencialmente causador de danos.

RISCO - combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso..

PREVENÇÃO / PROTECÇÃO PREVENÇÃO - acção de evitar ou

diminuir a manifestação dos riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas a adoptar em todas as fases da actividade da empresa.

PROTECÇÃO - A protecção, em oposição à prevenção, visa reduzir, não a probabilidade de ocorrência do acontecimento perigoso, mas sim a severidade das suas consequências, através da adopção de medidas ou disposições consideradas adequadas ao fenómeno em causa.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

TODO O EQUIPAMENTO DESTINADO A SER UTILIZADO INDIVIDUALMENTE DE FORMA A PROTEGER O CORPO OU PARTE DELE DE RISCOS INEQUIVOCAMENTE IDENTIFICADOS.

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA

Conjunto de elementos fixos dispostos numa situação de trabalho visando proteger uma ou mais pessoas de riscos profissionais nela existentes.

DOENÇA PROFISSIONAL

Lesão, perturbação funcional ou doença resultante de causa que actue continuamente desde que seja consequência necessária e directa da actividade exercida pelos trabalhadores e não represente normal desgaste do organismo.

ERGONOMIA

Conjunto de técnicas cujo objectivo é a adequação do trabalho ao indivíduo. (Ergos – Trabalho + Nomos – Lei)

ACIDENTE DE TRABALHO

ACIDENTE DE TRABALHO

“ É ACIDENTE DE TRABALHO O ACIDENTE QUE SE VERIFIQUE NO LOCAL E TEMPO DE TRABALHO E PRODUZA DIRECTA OU INDIRECTAMENTE LESÃO CORPORAL, PERTURBAÇÃO FUNCIONAL OU DOENÇA DE QUE RESULTE A MORTE OU REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO OU DE GANHO”– CASOS EXCEPCIONAIS:– FORA DO LOCAL OU TEMPO DE TRABALHO AQUANDO

DE TRABALHO NO EXTERIOR– NA IDA PARA O LOCAL DE TRABALHO OU NO

REGRESSO DESTE– ELEMENTOS: ESPACIAL; TEMPORAL; CAUSAL (NEXO

DE CAUSA EFEITO ENTRE O EVENTO E A LESÃO)

ACIDENTES DE TRABALHO: Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro

Artigo 6.º Conceito de acidente de trabalho Considera-se também acidente de trabalho o ocorrido:

a) No trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser definido em regulamentação posterior;

b) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade empregadora;

c) No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representante dos trabalhadores, nos termos da lei;

ACIDENTES DE TRABALHO: Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro

d) No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência;

e) Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;

f) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.

Descaracterização do acidente Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro Artigo 7.º 1- Não dá direito a reparação o acidente: a) Que for dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier de

seu acto ou omissão, que importe violação, sem causa justificativa, das condições de segurança estabelecidas pela entidade empregadora ou previstas na lei;

b) Que provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado;

c) Que resultar da privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado, nos termos da lei civil, salvo se tal privação derivar da própria prestação do trabalho, for independente da vontade do sinistrado ou se a entidade empregadora ou o seu representante, conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação;

d) Que provier de caso de força maior.

Decreto-Lei n.143/99 de 30 de Abril O alargamento do conceito de acidente de

trabalho, nomeadamente a cobertura generalizada do risco in itinere, que passa a incluir expressamente as deslocações entre o local de trabalho e o de refeição, assim como os acidentes ocorridos quando o trajecto normal de deslocação do trabalhador relevante para a qualificação do acidente como de trabalho tenha sofrido desvios determinados por necessidades atendíveis do trabalhador;

Reparação dos Acidentes de TrabalhoLei n.º 100/97, de 13 de Setembro Artigo 10.º Prestações:

a) Em espécie: prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar e quaisquer outras, seja qual for a sua forma, desde que necessárias e adequadas ao restabelecimento do estado de saúde e da capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado e à sua recuperação para a vida activa;

b) Em dinheiro: indemnização por incapacidade temporária absoluta ou parcial para o trabalho; indemnização em capital ou pensão vitalícia correspondente à redução na capacidade de trabalho ou de ganho, em caso de incapacidade permanente; pensões aos familiares do sinistrado; subsídio por situações de elevada incapacidade permanente; subsídio para readaptação de habitação, e subsídio por morte e despesas de funeral.

Participação a tribunal

Decreto-Lei n.o 143/99 de 30 de Abril A participação do acidente ao tribunal competente

pode ser feita: a) Pelo sinistrado, directamente ou por interposta

pessoa; b) Pelos familiares do sinistrado; c) Por qualquer entidade com direito a receber o

valor de prestações; d) Pela autoridade que tenha tomado conhecimento

do acidente, sendo o sinistrado um incapaz; e) Pelo director do estabelecimento hospitalar,

assistencial ou prisional onde o sinistrado esteja, internado, tendo o acidente ocorrido ao serviço de outra entidade.

Comunicação obrigatória em caso de morteDecreto-Lei n.o 143/99 de 30 de Abril - Artigo 20

1 — Os directores de estabelecimentos hospitalares, assistenciais ou prisionais devem comunicar de imediato ao tribunal competente, por telecópia ou outra via com o mesmo efeito de registo de mensagens, o falecimento, em consequência de acidente, de algum trabalhador ali internado.

2 — Igual obrigação tem qualquer outra pessoa ou entidade a cujo cuidado o sinistrado estiver.

ACIDENTE DE TRABALHO:CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS

MORTE INCAPACIDADE PERMANENTE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA: UM

DIA COMPLETO ALÉM DO DIA EM QUE OCORREU O ACIDENTE

ACIDENTES SEM INCAPACIDADE

Natureza da incapacidade

Decreto-Lei n.o 143/99 de 30 de Abril 1 — Os acidentes de trabalho podem

determinar incapacidades temporárias ou permanentes para o trabalho.

2 — As incapacidades temporárias podem ser parciais ou absolutas.

3 — As incapacidades permanentes podem ser parciais, absolutas para o trabalho habitual e absolutas para todo e qualquer trabalho.

ACIDENTE DE TRABALHO: CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS

PLANO HUMANO: – SOFRIMENTO FÍSICO E MORAL; DIMINUIÇÃO DO

SEU POTENCIAL HUMANO, MAU ESTAR; INQUIETAÇÃO; MÁ REPUTAÇÃO DA EMPRESA;

PLANO MATERIAL: – PERDA DE SALÁRIOS, DIFICULDADES

FINANCEIRAS; PERDA DE TEMPO; PERDA E CUSTOS NA PRODUÇÃO; PERDA NACIONAL NA PRODUÇÃO E AUMENTOS DOS CUSTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA SOCIAL; CUSTOS COM OS SEGUROS.

SINISTRADO OU DOENTE; FAMÍLIA; COLEGAS; ENTIDADE EMPREGADORA; PAÍS

ACIDENTES DE TRABALHO: CAUSAS

ACIDENTE DE TRABALHO

AMBIENTAIS

FISIOLÓGICAS

TÉCNICAS

MATERIAIS

ESTRUTURAIS OU

ORGANIZACIONAIS

PSICOLÓGICAS OU

SOCIOLÓGICAS

ACIDENTE DE TRABALHOCAUSAS:CAUSAS:

ESTRUTURAIS OU ORGANIZACIONAIS (TER EM CONTA OS POSSÍVEIS RISCOS DOS POSTOS DE TRABALHO)

FISIOLÓGICAS (VISÃO, AUDIÇÃO E

ATENÇÃO; IDADE; FADIGA; FALHA SÚBITA DE UM ÓRGÃO OU FUNÇÃO; HÁBITOS TÓXICOS)

ACIDENTE DE TRABALHOCAUSAS:CAUSAS:

PSICOLÓGICAS OU SOCIOLÓGICAS ( EMOTIVIDADE; DISTRACÇÃO; NEGLIGÊNCIA; IMPRUDÊNCIA FACE AO PERIGO; ROTINA)

AMBIENTAIS (INSALUBRIDADE: TEMPERATURA, HUMIDADE, RUÍDO, VIBRAÇÕES, GASES, FUMOS)

ACIDENTE DE TRABALHO: CAUSASCAUSAS

TÉCNICAS ( FALTA DE HABILITAÇÕES TÉCNICAS; FALTA DE PROTECÇÃO DE MÁQUINAS

E FERRAMENTAS; RITMO DE TRABALHO; AUSÊNCIA DE MEDIDAS DE SEGURANÇA, AUSÊNCIA DE ENCARREGADO DE SEGURANÇA; NÃO RESPEITAR A SINALIZAÇÃO PARA A SEGURANÇA, NÃO UTILIZAÇÃO DE EPI E EPC…)

MATERIAIS (PERIGOS INERENTES AO POSTO DE TRABALHO: MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS…)

Causas dos Acidentes nas Pequenas Empresas/estaleiros

Confusão / Ignorância em relação à lei e responsabilidades em matéria de segurança

Nomeação Encarregados e Engenheiros da obra como coordenadores. ( Acumulação de Dono de Obra com Entidade Executante)

Custos como justificação para o não cumprimento das obrigações em matéria de segurança

Seguros como garante de resolução do problema em caso de acidente.

Causas dos Acidentes nas Pequenas Empresas/estaleiros

Falhas na segurança de outras obras como justificação para a não implementação da segurança

Sentimento de impunidade perante a justiça (Lentidão dos processos em caso de acidente)

Ideia que apenas as grandes empresas/estaleiros estão obrigados a ter que implementar a segurança

Causas dos Acidentes nas Pequenas Empresas/estaleiros Confusão entre competências de fiscalização das

Câmaras Municipais e Inspecção Geral do Trabalho (ex: na entrega do Plano de Segurança e Saúde à Câmara)

Desconfiança em relação à figura dos coordenadores de segurança e Técnicos de Segurança

Ideia generalizada que o plano de segurança e saúde são fotocópias

Achar que por ter contratado uma empresa para executar a obra que tem um engenheiro o desresponsabiliza em matéria de segurança

Principais dificuldades na implementação da segurança

Más praticas/técnicas de trabalho instaladas (resistência à mudança)

Condutas inseguras por parte dos trabalhadores

Desconhecimento ou desrespeito das obrigações legais por parte de trabalhadores e empresas

“Os acidentes na construção resultam ainda em grande medida de um problema comportamental e de mentalidades”

ESTATISTICAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

ACIDENTES MORTAIS 2004

INSPECÇÕES

DOENÇAS PROFISSIONAIS

CONSTRUÇÃO CIVIL

Anualmente, ocorrem pelo menos 60.000 acidentes mortais em estaleiros de todo o mundo. Isto significa que, neste sector, ocorre um acidente mortal de dez em dez minutos, e que cerca de 17% de todos os acidentes mortais no trabalho (1 em cada 6) acontecem em estaleiros.

ESTATISTICAS (OIT)

ESTATISTICAS (OIT)

Embora em muitos países industrializados o sector da construção possa empregar tipicamente entre 6 e 10% da força de trabalho nacional, pode também ser responsável por 25 a 40% do total nacional de acidentes de trabalho mortais.

Um inquérito Europeu, realizado em 2000, revelou que 16% dos trabalhadores da construção foram expostos a químicos perigosos durante metade da sua vida de trabalho, mais do que em qualquer outro sector.

ESTATISTICAS (OIT)

No Reino Unido, estima-se que anualmente 10% dos operários da construção abandonem a indústria devido a dermatites alérgicas causadas pela manipulação de cimento.

As dores lombares e perturbações músculo-esqueléticas prevalecem também na indústria. Em alguns países, calcula-se que cerca de 30% da força de trabalho sofra de dores lombares ou outras perturbações musculo-esquelécticas.

Globalmente, a silicose e as pneumoconioses por poeiras diversas têm uma alta incidência entre trabalhadores da construção, devendo dar-se uma atenção particular à sua prevenção.

CUSTOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

os acidentes de trabalho no ano 2000 custaram a Portugal 183 milhões de euros e implicaram a perda de 7.5 milhões de horas laborais (Estudo do IDICT)

VISAOONLINE    28 Abr. 2003

CUSTOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

Estima-se que as consequências directas e indirectas dos acidentes de trabalho custam, ao nosso país, cerca de 3 000 milhões de Euros (aproximadamente 600 milhões de contos), por ano.

Em 2000 registaram-se cerca de 220 mil acidentes de trabalho (participados), dos quais quase 300 foram mortais. No mesmo ano perderam-se, em consequência desses acidentes, mais de 3,3 milhões de dias de trabalho. O que equivale a dizer que cerca de 15 200 trabalhadores estiveram parados o ano inteiro.

(CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica- 2002- AEP)

Princípios gerais de prevenção

1. Evitar os riscos 2. Avaliar os riscos não evitados 3. Combater os riscos na origem 4. Adaptar o trabalho ao homem 5. Atender ao estádio de evolução da técnica 6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de

perigo ou menos perigoso 7. Planificar a prevenção com um sistema coerente

(técnica, organização, condições e ambiente de trabalho, relações sociais)

8. Priorizar a protecção colectiva relativamente à individual

9. Formar, informar e consultar

AVALIAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS

ANÁLISE DE RISCOS

ILUMINAÇÃO INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS VIAS DE PASSAGEM PAVIMENTOS ABERTURAS PARA O EXTERIOR VENTILAÇÃO SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA TEMPERATURA E HUMIDADE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS TUBAGENS E CANALIZAÇÕES INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, DE VESTIÁRIO E REFEITÓRIO RUÍDO VIBRAÇÕES INCÊNDIOS ARMAZENAGEM

OS FACTORES DE RISCOS PROFISSIONAIS

FÍSICOS: Iluminação, Radiações, Vibrações, Ruído, Temperatura, Humidade, Ventilação;

QUÍMICOS: Sólidos, Líquidos, Gases e vapores, Poeiras, Aerossóis e Fumos;

BIOLÓGICOS: Vírus, Bactérias, Fungos, Animais, Plantas;

ERGONÓMICOS: Posturas, Concepção de máquinas e ferramentas, Trabalho com visores, Concepção do espaço de trabalho, Transporte próprio e de cargas, Levantamento manual de cargas;

PSICOSSOCIAIS: Isolamento, Satisfação pessoal, Relações pessoais e hierárquicas, Carga física e mental do trabalho;

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: Horários, Ritmos e pausas, Destreza (habilidade), Capacidade (adaptação e treino), Monotonia e repetitividade.

MEDIDAS ORGANIZACIONAIS

Medidas de engenharia – concepção dos postos e processos de trabalho (ex.: modificação de equipamentos, manutenção, ventilação, acústica, isolamentos, barreiras)

Medidas organizacionais – organização do trabalho (gestão dos tempos de exposição aos factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores, arrumação e limpeza dos locais de trabalho)

Medidas de informação e de formação… Medidas de protecção colectiva… Medidas de protecção individual…

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

EPI

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO COLECTIVA

É a técnica que protege todas as pessoas contra os riscos que não seja possível evitar ou reduzir. Também pode ser definida como a técnica que protege simultaneamente mais de uma pessoa.

                                 

                                 

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA

Vedação da obra Protecções de vãos Sinalização de segurança Sinais acústicos de perigo Escoramentos Entivações Cimbres (armação de madeira ou metálica destinada a suportar

os materiais dos arcos ou abóbadas durante a sua execução;   Acessos protegidos (escadas, passadiços…) Iluminação auxiliar Vedação auxiliar Disjuntores diferenciais Tomadas com terra Revestimento de cabos eléctricos Protecções das máquinas, ferramentas e equipamentos Meios de combate a incêndio Redes

ANÁLISE DE RISCOS PROFISSIONAIS 1. O LOCAL E A SUPERFÍCIE DE

TRABALHO 2. AS FERRAMENTAS 3. AS MÁQUINAS 4. A ELECTRICIDADE 5. OS INCÊNDIOS 6. O ARMAZENAMENTO, A

MOVIMENTAÇÃO E O TRANSPORTE 7. A SINALIZAÇÃO 8. A MANUTENÇÃO

1. LOCAL DE TRABALHO

Quedas no mesmo nível Quedas de um nível diferente Pisadela de objectos Choques contra objectos imóveis Choques contra objectos móveis Atropelamentos com veículos Quedas de objectos por desequilíbrio ou

derrubamento

2. FERRAMENTAS

Contacto com elementos cortantes. Projecção de fragmentos. Quedas por esforço excessivo.

3. MÁQUINAS

A) Perigos mecânicos: são um conjunto de factores físicos que podem originar uma lesão.

B) Perigos eléctricos: estes perigos podem ocasionar lesões ou morte por electrocussão ou queimaduras.

C) Outros perigos: de origem térmica, decorrentes da exposição ao ruído, às vibrações e derivados da não aplicação das regras de Ergonomia ao posto de trabalho.

4. ELECTRICIDADE

REGRAS DE OURO

1. Cortar todas as fontes sob tensão 2. Bloquear os aparelhos de corte 3. Verificar a ausência de tensão 4. Ligar à terra e pôr em curto circuito

todas as fontes de tensão possíveis 5. Delimitar e sinalizar a zona de

trabalho

5. OS INCÊNDIOS

PREVENÇÃO E PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

É o conjunto de acções tendentes a impedir a deflagração de incêndios, através da eliminação de algum dos três factores do fogo.

A protecção contra incêndios é um conjunto de acções destinadas a completar a acção preventiva, para que, em caso de deflagração de um incêndio, este seja reduzido no que diz respeito à sua propagação e às suas consequências.

6. O ARMAZENAMENTO, A MOVIMENTAÇÃO E O TRANSPORTE

O correcto armazenamento dos diversos materiais evita, em grande medida, os riscos de desprendimento, escorregamento, etc., com as graves consequências que daí possam advir.

A correcta localização dos armazéns melhora a segurança e evita perdas de tempo.

É necessário manter o posto de trabalho arrumado e limpo, dispondo da matéria prima necessária para o dia. Evita-se assim transformar o posto de trabalho num armazém.

7. SINALIZAÇÃO

A sinalização é a técnica que administra uma indicação relativa à segurança de pessoas e/ou materiais.

CLASSES DE SINAIS– Proibição: proíbe um comportamento que possa originar

perigo.– Obrigação: sinal que obriga a adoptar um determinado

comportamento.– Aviso: sinal que avisa da existência de um determinado risco

ou perigo.– Socorro: indicação relativa a saídas de emergência ou

primeiros socorros, ou aos dispositivos de salvamento.– Indicação: apresenta informações diferentes das acima

indicadas.– Sinal adicional ou auxiliar: contém exclusivamente um texto e

é utilizado com conjunto com um dos sinais acima descritos.

Por dia, em todo o mundo, morre uma média de 5000 pessoas, vítimas de doenças e acidentes relacionados com o trabalho, correspondendo a um total de 2 a 2,3 milhões de mortes relacionadas com o trabalho. Deste número, cerca de 350.000 corresponde a acidentes mortais e 1,7 a 2 milhões a doenças mortais.

Anualmente, os trabalhadores sofrem cerca de 270 milhões de acidentes laborais que originam ausências ao trabalho superiores a 3 dias, e cerca de 160 milhões de doenças não mortais.

As substâncias perigosas matam cerca de 438.000 trabalhadores anualmente, e calcula-se que 10% de todos os cancros da pele sejam atribuíveis à exposição a substâncias perigosas no local de trabalho.

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