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CONSIDERAÇÃO DA DRAGAGEM SISTEMÁTICA DE PMCH’S COMO PROCESSO DE GESTÃO E OPERAÇÃO VISANDO A MINIMIZAÇÃO DE
IMPACTOS AMBIENTAIS E A SUA PERENIZAÇÃO
JEFFERSON VIANNA BANDEIRA - CDTN-CNENLÉCIO HANNAS SALIM – CDTN -CNEN
Assoreamento das PMCH’s e suas Conseqüências
O barramento de rios para a construção de reservatórios interrompe o transporte natural dos sedimentos em direção ao oceano, produzindo o assoreamento do reservatório e interrompendo ou diminuindo o fluxo natural dos sedimentos para jusante. Conseqüências: Perda de volume útil Passagem de sedimentos pelas turbinas acelerando seu desgaste Redução da piscosidade Erosão das margens a jusante do reservatório Desequilíbrio de embocaduras e costas arenosas
O Equilíbrio Sedimentológico e Ambiental Se a barragem não existisse, os sedimentos seguiriam normalmente o seu curso para jusante do local onde a mesma foi construída. Por que, então, não se preocupar com a condução sistemática dos sedimentos para jusante, procurando imitar a natureza e evitando, assim, prejuízos econômicos e ambientais?
Transposição dos Sedimentos
((ChampsChamps, 1992) (DT ENGENHARIA, 1997a, 1997b), 1992) (DT ENGENHARIA, 1997a, 1997b)
Em que consiste?Em que consiste?
DragaDraga--se o sedimento da represa e efetuase o sedimento da represa e efetua --se a suase a suatransposição para os cursos d’água a jusante, atravéstransposição para os cursos d’água a jusante, atravésde uma draga de sucção e recalquede uma draga de sucção e recalque
Draga de sucção e recalqueDraga de sucção e recalque
Normas para o Despejo do Material Dragado
Resolução CONAMA No 344, de 25 de março de 2004 - estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado visando ao gerenciamento de sua disposição em águas jurisdicionais brasileiras.
As Possibilidades de Dragagem da Represa da Pampulha e a Disposição do Material para Jusante
Objetivos
Avaliar a capacidade de hidro-transporte dos sedimentos finos, possivelmente despejados nos cursos d’água a jusante, com a utilização de traçadores, através da marcação simultânea do sedimento fino com tecnécio (99mTc), material radioativo de meia-vida curta (T1/2 = 6,02 horas), já amplamente utilizado em Medicina Nuclear, e da água, seu agente transportador, marcada com traçador fluorescente Rodamina WT.
Aos dados obtidos foi aplicado e calibrado um modelo matemático recente e, através de convolução, simulou-se o despejo de dragagem, calculando-se os impactos ambientais físicos decorrentes desse despejo: e.g. aumento da concentração de sedimentos finos em suspensão e a possibilidade de sua decantação.
Detalhes da Área de Estudo
Histórico do Assoreamento da Represa da Pampulha
Assoreamento da Represa da Assoreamento da Represa da Pampulha. Pampulha. Fonte: (CPRM , 2001)Fonte: (CPRM , 2001)
1. Introdução (cont.)
19641964 19811981
20012001
Trabalho de Campo Trabalho de Campo Ribeirão da Onça (03/10/2000) e (03/07/2001)Ribeirão da Onça (03/10/2000) e (03/07/2001)
Injeção em 03/10/00Injeção em 03/10/00Advecção e dispersão Advecção e dispersão inícial da nuvem de inícial da nuvem de sedimento e água, em sedimento e água, em dupla marcaçãodupla marcação
Ribeirão da OnçaRibeirão da Onça
Rio das Velhas (26/06/2001)Rio das Velhas (26/06/2001)
Advecção e dispersão Advecção e dispersão inicial da nuveminicial da nuvem
Curvas de PassagemCurvas de Passagem H
ora
da in
jeçã
o 11
:35:
00
0,0E+00
2,0E-04
4,0E-04
6,0E-04
8,0E-04
1,0E-03
1,2E-03
11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00
Hora
Ati
vid
ades
no
rmal
izad
as
Estaçao D1 - sedimento
Estaçao D1 - água
Estaçao D2 - água
Estaçao D3 - sedimento
Estaçao D3 - água
D2D1 D3
Rib. Pampulha e Onça (27/09/00)Rib. Pampulha e Onça (27/09/00)
Hor
a da
inje
ção
12:4
8:00
0,0E+00
2,0E-04
4,0E-04
6,0E-04
8,0E-04
1,0E-03
1,2E-03
10:00:00 12:00:00 14:00:00 16:00:00 18:00:00 20:00:00 22:00:00 00:00:00
Hora
Ati
vid
ades
no
rmal
izad
as
Estaçao D7 - sedimento
Estaçao D7 - água
Estaçao D8 - sedimento
Estaçao D8 - água
Estaçao D9 - sedimento
Estaçao D9 - água
D7 D8 D9
Rio das Velhas (26/07/01)Rio das Velhas (26/07/01)
Hor
a da
inje
ção
11:0
0:00
0,0E+00
2,0E-04
4,0E-04
6,0E-04
8,0E-04
1,0E-03
1,2E-03
10:00:00 12:00:00 14:00:00 16:00:00 18:00:00 20:00:00 22:00:00 00:00:00
Hora
Ativ
idad
es n
orm
aliz
adas
Estaçao D3 - sedimento
Estaçao D3 - água
Estaçao D4 - água
Estaçao D5 - água
Estaçao D6 - sedimento
Estaçao D6 - água
Estaçao D4 - sedimento
D3 D6D5D4
Ribeirão da Onça (03/10/00)Ribeirão da Onça (03/10/00)
Hor
a da
inje
ção
10:3
6:00
0,0E+00
2,0E-04
4,0E-04
6,0E-04
8,0E-04
1,0E-03
1,2E-03
10:00:00 12:00:00 14:00:00 16:00:00 18:00:00 20:00:00 22:00:00 00:00:00
Hora
Ati
vida
des
norm
aliz
adas
Estaçao D3 - sedimento
Estaçao D3 - água
Estaçao D4 - sedimento
Estaçao D5 - sedimento
Estaçao D5 - água
Estaçao D6 - sedimento
Estaçao D6 - água
D6D5D4D3
Ribeirão da Onça (03/07/01)Ribeirão da Onça (03/07/01)
Equação Básica para o Transporte e Misturamento Longitudinal Equação Básica para o Transporte e Misturamento Longitudinal de um Soluto ou Traçadorde um Soluto ou Traçador
x
cv
x
cD
t
c
2
2
onde:onde:
cc = concentração média do traçador na seção de medições = concentração média do traçador na seção de medições
DD = coeficiente de dispersão longitudinal (m = coeficiente de dispersão longitudinal (m22/s)/s)
vv = velocidade média do escoamento na seção considerada = velocidade média do escoamento na seção considerada (m/s)(m/s)
xx = distância, ao longo do canal, a partir da seção de injeção = distância, ao longo do canal, a partir da seção de injeção (m)(m)tt = tempo (s) = tempo (s)
Resultados: Exemplos ...Resultados: Exemplos ...Ribeirão da Onça (Ribeirão da Onça (03/10/0003/10/00))
0,0E+00
5,0E+00
1,0E+01
1,5E+01
2,0E+01
2,5E+01
3,0E+01
3,5E+01
50 100 150 200 250 300Tempo (min.)
Ativ
idad
e no
rmal
izad
a medido calculado
0,0E+00
5,0E+00
1,0E+01
1,5E+01
2,0E+01
2,5E+01
3,0E+01
3,5E+01
50 100 150 200 250 300Tempo (min.)
Ativ
idad
e no
rmal
izad
a medido calculado
Rodamina WT Trecho (D3-D4)Rodamina WT Trecho (D3-D4) vv = 0,379m/s; = 0,379m/s; DD = 11,2m = 11,2m22/s/s
99mTc Trecho (D3-D4)Trecho (D3-D4) vv = 0,386m/s; = 0,386m/s; DD = 11,9m = 11,9m22/s/s
ConclusõesConclusões
Avaliação dos impactos físicos do despejo de dragagemAvaliação dos impactos físicos do despejo de dragagem
1 - Quanto aos impactos estudados, 1 - Quanto aos impactos estudados, concluiu-se que não háconcluiu-se que não há impedimento para o despejo de material fino nos cursosimpedimento para o despejo de material fino nos cursos d’água a jusante da Represa da Pampulhad’água a jusante da Represa da Pampulha
2 -2 -Assim como os projetistas de barragens procuram diminuir Assim como os projetistas de barragens procuram diminuir os efeitos destas sobre a piracema, dotando-as de escadas para os efeitos destas sobre a piracema, dotando-as de escadas para peixes, deve-se considerar a dragagem de reservatórios peixes, deve-se considerar a dragagem de reservatórios sucessivos, com a transposição de sedimentos para jusante, sucessivos, com a transposição de sedimentos para jusante, como uma "escada de sedimentos“como uma "escada de sedimentos“. Mesmo com a presença das barragens, os rios devem continuar, para a harmonia ambiental, sendo uma via de mão dupla. Os peixes devem poder subir o rio, assim como os sedimentos devem poder descê-lo
Comentários para o Aperfeiçoamento da ResoluçãoComentários para o Aperfeiçoamento da Resolução CONAMA 344 (2004) sobre Disposição Final do Material CONAMA 344 (2004) sobre Disposição Final do Material
DragadoDragadoAs inovações tecnológicas do presente trabalho contribuem para As inovações tecnológicas do presente trabalho contribuem para uma consideração mais adequada dos aspectos físicos da dinâmica uma consideração mais adequada dos aspectos físicos da dinâmica do sedimento despejado em meio líquido:do sedimento despejado em meio líquido:
Elas são ferramentas fundamentais na avaliação da área a serElas são ferramentas fundamentais na avaliação da área a serafetada e no grau de impacto do despejo de dragagem na água;afetada e no grau de impacto do despejo de dragagem na água;
Dessa forma, o texto do Art. 2Dessa forma, o texto do Art. 2oo, em seu Inciso III – , em seu Inciso III – DisposiçãoDisposiçãofinal do material dragadofinal do material dragado, da Proposta de Resolução, poderá ser, da Proposta de Resolução, poderá sermais bem compreendido, caso a caso;mais bem compreendido, caso a caso;
Poderão também auxiliar para o aperfeiçoamento da redação doPoderão também auxiliar para o aperfeiçoamento da redação doArt. 7Art. 7oo – Inciso II, da Proposta a qual, em sua forma atual, não – Inciso II, da Proposta a qual, em sua forma atual, nãoaceita “aceita “técnicas que considerem, como princípio de disposição, atécnicas que considerem, como princípio de disposição, adiluição ou a difusão dos sedimentos do material dragadodiluição ou a difusão dos sedimentos do material dragado”.”.
Esta apresentação estará disponível para download, a partir do dia 28/04/08,
no site:
www.cbdb.org.br/vispmch
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