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Sinopse Contábil & Tributária2007
AUDITORIA E IMPOSTOS
DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS (DPP)
Resumo das
principais normas
de auditoria,
contabilidade
e tributação
emitidas durante
o ano.
Publicação do Departamento de
Práticas Profissionais (DPP) e do
Departamento de Impostos da KPMG
Auditores Independentes
Fones (11) 3245-8211 / 2183-3317
Coordenação Técnica:
José Gilberto M. Munhoz
Sócio, DPP
Diogo H. Ruiz
Sócio, Impostos
Sérgio S. Schuindt
Sócio, Impostos
Equipe Técnica:
Antonio Darago Junior
Carmo Barboni Júnior
Fernanda C. Inácio Dayko
Rogério H. Garcia
A Sinopse Contábil & Tributária 2007 destina-se a fornecer um resumo das normas e notícias sobre o andamento das matérias contábil, de auditoria e tributária. Enquanto tomamos os cuidados para assegurar que as informações apresentadas estejam corretas, detalhes importantes para as empresas em particular podem ter sido omitidos. Desta forma, as informações aqui contidas não devem ser consideradas suficientes para a tomada de decisões. A KPMG está à disposição para discussão de situações específicas.
O nome KPMG e o logotipo KPMG são marcas comerciais registradas da KPMG International, uma cooperativa suíça.
© 2008 KPMG Auditores Independentes uma sociedade brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.
2007
SinopseContábil
& Tributária
Design e Produção:
Idéia e Imagem Comunicação
ideiaeimagem@uol.com.br(11) 4056 3575 / 4056 1056
Sumário
Auditoria e Contabilidade
Editorial 4
Normas Nacionais
Resumo da Lei nº 11.638 6CFC - Conselho Federal de Contabilidade 9CVM - Comissão de Valores Mobiliários 11IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 16CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis 19
Normas InternacionaisIASB - International Accounting Standards Board
• Normas Novas - International Financial Reporting Standards (IFRS) 20 • Normas Revisadas - International Accounting Standards (IAS) 21 • Interpretações Emitidas - International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) 22 • Exposure Drafts (EDs) Emitidas 25 • Drafts Interpretations (DIs) 30 • Plano de Projetos do IASB 31
Normas AmericanasFASB - Financial Accounting Standards Board
• FASB Statements (SFAS) Publicadas 32 • Emerging Issues Task Force (EITFs) Publicadas 37 • SEC - Security Exchange Commission 40 • PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board 40
Normas Tributárias
Editorial 44Leis Ordinárias 46Medidas Provisórias 48Decretos Federais 48Instruções Normativas 51Ato Declaratório Interpretativo 55
Auditoria e Contabilidade
Esta sétima edição da Sinopse Contábil & Tributária resume as normas de
contabilidade, auditoria e legislação tributária publicadas em 2007, pelos órgãos
profissionais e reguladores.
O fato contábil e regulatório mais relevante ocorrido em 2007 foi a publicação
da Lei 11.638 em 28 de dezembro de 2007, que alterou entre outras os critérios
contábeis contemplados na Lei 6.404. Esse marco na área dos registros
contábeis possibilitará uma maior transparência nas informações divulgadas
pelas entidades de capital aberto e pelas empresas em geral. Essas novas
normas contábeis passam a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2008. Esse é
um processo irreversível em direção à adoção de padrões internacionais de
contabilidade, em um mercado de capitais globalizado.
Em continuidade ao projeto de harmonização das normas brasileiras às
normas internacionais de contabilidade, os órgãos reguladores no Brasil,
como Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IBRACON) e a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) divulgaram algumas normas neste ano, visando essa harmonização.
Neste contexto, na CVM podemos destacar a Deliberação 527, que aprova o
Pronunciamento Técnico emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CPC 01, sobre Redução ao valor Recuperável dos Ativos, em linha com a
IAS 36 e o Ofício Circular CVM/SNC/SEP 02/07, que dispõe sobre a opção de
elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com
base no padrão contábil internacional (International Accounting Standard
Board - IASB) durante o período de 2007 a 2009 e fixa o ano 2010 para que
as companhias brasileiras adotem obrigatoriamente as normas contábeis
internacionais.
O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu no ano de 2007 o IFRS
8 onde define os requerimentos para divulgação de segmentos por entidades
que negociam títulos ou ações no mercado público ou que registraram ou estão
em processo de registro de suas demonstrações financeiras em uma comissão
de valores mobiliários ou outros órgãos regulatórios com o objetivo de emitir
qualquer classe de instrumentos no mercado público; a revisão da IAS 1 visa
melhorar a capacidade dos usuários analisarem e compararem as informações
fornecidas nas demonstrações financeiras e a revisão da IAS 23 sobre Custos
de Empréstimos, onde a principal mudança em relação à versão anterior é a
remoção da opção de reconhecimento imediato como despesa dos custos de
empréstimos que se relacionam a ativos para uso ou venda de longa maturação.
Ainda em 2007, o IASB emitiu diversas interpretações, emendas e alguns
Editorial
Sinopse Contábil & Tributária 2007 5
IFRICs. Outras propostas de emendas encontram-se em análise, para serem
divulgadas a partir de 2007.
No âmbito das normas norte-americanas (US GAAP), o Financial Accounting
Standards Board (FASB) publicou dois novos pronunciamentos, o SFAS 159
- Opção de Valor Justo para Ativos e Passivos Financeiros, Inclusive Alteração
na Declaração FASB no 115; o SFAS 160 - Participação Minoritárias nas
Demonstrações Financeiras Consolidadas - uma emenda do ARB nº 51 e
reemitiu um pronunciamento SFAS 141 - Combinação de Negócios.
A Security Exchange Comission (SEC) publicou o SAB 109 que expressa as
opiniões da equipe da SEC relativas aos compromissos de empréstimos
subscritos registrados a valor justo no resultado.
No Brasil, continuamos avançando fortemente no campo da governança
corporativa, motivados pelos reguladores - Banco Central, SUSEP e CVM -
mas, principalmente por um mercado de capitais em contínuo crescimento e
patrocinador da transparência e integridade das informações.
A KPMG, nos diversos segmentos de sua atuação, tem como compromisso
indelegável o patrocínio do debate que venha aumentar a confiança dos
participantes do mercado de capitais, apoiar e discutir com as empresas no
entendimento da regulação.
A rede KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços
profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 145 países e
temos mais de 123 mil profissionais atuando em firmas-membro em todo o
mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e são
afiliadas à KPMG International, uma cooperativa suíça. A KPMG International
não presta serviços a clientes.
No Brasil, somos aproximadamente 2.000 funcionários, distribuídos em 8
Estados e Distrito Federal, 11 cidades e 13 escritórios situados em: São Paulo
(Sede), Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Jaraguá do Sul,
Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Carlos.
José Gilberto M. MunhozSócio
DPP - Departamento de Práticas Profissionais
Normas Nacionais
No dia 28 de dezembro de 2007, foi publicada na edição extra do Diário Oficial
da União a lei n° 11.638, a qual altera dispositivos da Lei n° 6.404 de 15 de
dezembro de 1976 (lei das Sociedades Anônimas), e da lei n° 6.385 de 07
de dezembro de 1976 (lei sobre o mercado de valores mobiliários e que cria
a Comissão de Valores Mobiliários - CVM), estendendo ainda às Sociedades
de Grande Porte disposições relativas à escrituração e elaboração de
demonstrações financeiras.
Dentre as alterações introduzidas pela lei nº 11.638/07 destacamos :
- As Sociedades Anônimas deverão incluir em suas demonstrações financeiras
obrigatórias, a demonstração dos fluxos de caixa; e se companhia aberta, deve
apresentar também a Demonstração do Valor Adicionado. As companhias
fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$2.000.000,00
(dois milhões de reais), estão desobrigadas a apresentarem a demonstração
dos fluxos de caixa. A demonstração de origens e aplicação de recursos deixa
de ser exigida.
- As normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, referentes às
demonstrações financeiras das companhias abertas, deverão ser elaboradas em
consonância com os padrões internacionais de contabilidade.
- Consideram-se sociedades de grande porte, para os fins exclusivos desta
lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no
exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e
quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00
(trezentos milhões de reais). Estas sociedades de grande porte estão obrigadas
a adotar o disposto na lei 6.404/76 sobre escrituração e elaboração de
demonstrações financeiras e obrigatoriedade de auditoria independente por
auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
- Esta lei também altera diversas regras relativas à elaboração de
demonstrações financeiras e registros contábeis, destacamos :
Classificação do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido- O grupo do ativo permanente, que era dividido em investimentos, imobilizado e
diferido, com esta nova lei, acresce um novo grupo, denominado Intangível.
O imobilizado engloba os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
Resumo da LEI Nº 11.638
Sinopse Contábil & Tributária 2007 7
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; o
diferido engloba as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação
que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um
exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou
acréscimo na eficiência operacional; e intangível classificam-se os direitos que
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
- O patrimônio líquido, antes dividido em capital social, reservas de capital,
reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos acumulados, passa a ser
dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Neste novo
subgrupo “ajustes de avaliação patrimonial” classificam-se as contrapartidas
de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos de certos ativos
e passivos, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado, enquanto
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência.
Não serão mais classificadas como reservas de capital, “prêmio recebido na
emissão de debêntures” e “doações e subvenções para investimentos”. Os
saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua
efetiva realização ou estornados até o final do exercício de 2008.
A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar
para a reserva de incentivos fiscais (subdivisão do grupo de reservas de lucros) a
parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais
para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.
Critérios para Avaliação do Ativo- As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo
prazo devem ser avaliados pelo seu valor de mercado ou valor equivalente,
quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para
venda; e pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de
realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e direitos e
títulos de crédito. Anteriormente havia a opção de apresentá-los pelo custo de
aquisição. Esta lei define o conceito de “valor de mercado dos instrumentos
financeiros”.
- Os direitos classificados no intangível (ativo permanente), pelo custo incorrido
na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;
- A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação
dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de
que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver
decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam
ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou revisados e ajustados os critérios utilizados para
determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação,
exaustão e amortização.
- Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.
Critérios para Avaliação do Passivo- As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo
prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando
houver efeito relevante.
Demonstração do Resultado do Exercício- Discriminará as participações de debêntures de empregados e administradores
e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados que
não se caracterizem como despesa;
Transformação, Incorporação, Fusão e CisãoSe essas operações forem realizadas entre partes independentes e em que
ocorram a efetiva transferência de controle, a avaliação dos ativos e passivos
será obrigatoriamente a valor de mercado.
A Avaliação de Investimento em Coligadas e Controladas Os investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial
quando a Companhia tiver investimentos ( antes tinha que ser relevante ) em
coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que
participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante (antes era do
capital social), em controladas e em outras sociedades que façam parte de um
mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
Quanto as alterações na lei nº 6.385/76, apenas foi acrescido o artigo Art. 10-A
onde foi disposto que a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Banco Central
do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio
com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios,
normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas
atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e
demais orientações técnicas emitidas.
Data de Vigência e Transição
Essas alterações já se aplicam a partir de 1º de janeiro de 2008.
A íntegra das leis acima citadas poderá ser obtida em :
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm
www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L6404compilada.htm
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L6385compilada.htm
8 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Sinopse Contábil & Tributária 2007 9
Resolução CFC nº 1088/07
Eventos Subseqüentes
Aprova a NBC T 19.12 Eventos Subseqüentes à data das Demonstrações
Contábeis, que estabelece critérios e condições para a contabilização e divulgação
de eventos subseqüentes à data do balanço.
Eventos subseqüentes à data do balanço são aqueles que, sejam eles favoráveis
ou desfavoráveis, ocorrem entre a data do balanço e a data na qual é autorizada
a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis. Dois tipos de eventos
podem ser identificados:
a. Os que evidenciam condições que já existiam na data do balanço (eventos
subseqüentes à data do balanço que originam ajustes).
b. Os que são indicadores de condições que surgiram subseqüentemente à
data do balanço (eventos subseqüentes à data do balanço que não originam
ajustes).
Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação (24 de janeiro de 2007),
aplicando-se na elaboração e divulgação das demonstrações contábeis relativas aos
exercícios que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2007.
Resolução CFC nº 1091/07
Revisão Externa de Qualidade pelos Pares
Dá nova redação á NBC T 14 - Revisão externa de qualidade pelos pares.
Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação (30 de março de 2007),
revogando-se a resolução CFC nº 996 de 16 de abril de 2004, publicada no Diário
Oficial da União, Seção 1, de 22 de abril de 2004, página 254, Resolução CFC nº
1.008, de 8 de outubro de 2004, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de
18 de novembro de 2004, página 74 e demais disposições em contrário.
Resolução CFC nº 1100/07
Sigilo Profissional nos Trabalhos de Auditoria
Aprova a NBC P 1.6 - Sigilo.
Esta norma estabelece as diretrizes a serem empregadas pelo Auditor
Independente sobre questões de sigilo profissional nos trabalhos de auditoria.
Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições
em contrário, em especial o item 1.6 - Sigilo da NBC P 1 - Normas Profissionais de
Auditor Independente, norma aprovada pela Resolução CFC nº 821/97, publicada no
Diário Oficial da União, em 21 de janeiro de 1998, Seção 1, páginas 49 e 50, bem como
a regulamentação do mesmo item de que trata a Resolução CFC nº 961/03, publicada
no Diário Oficial da União, em 4 de junho de 2003, Seção 1, páginas 123 a 125.
CFCConselho Federal de Contabilidade
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.cfc.org.br
10 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Resolução CFC nº 1103/07
Comitê Gestor da Convergência no Brasil
Criação do Comitê Gestor da Convergência no Brasil. O Comitê tem por objetivo
contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil por meio da reforma
contábil e de auditoria que resulte numa maior transparência das informações
financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das práticas
profissionais, levando-se sempre em conta a convergência da Contabilidade
Brasileira aos padrões internacionais. Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação, 28 de setembro de 2007.
Resolução CFC nº 1106/07
Regras para Edição das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs)
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) editadas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC) deverão seguir os mesmos padrões de elaboração e
estilo utilizados nas normas internacionais. Esta Resolução entra em vigor na
data de sua publicação, 26 de outubro de 2007.
Resolução CFC nº 1109/07Dispõe sobre a NBC P 5 - Norma sobre o Exame de Qualificação Técnica para
Registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) do Conselho
Federal de Contabilidade (CFC). Esta Resolução entrou em vigor na data de sua
publicação, 07 de dezembro de 2007.
Resolução CFC nº 1110/07Aprova a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, para aplicação
aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008. Esta Resolução entrou
em vigor em 07 de dezembro de 2007.
Resolução CFC nº 1111/07Aprova o Apêndice II da Resolução CFC nº. 750/93 sobre os Princípios
Fundamentais de Contabilidade. Esta Resolução entrou em vigor em 05 de
dezembro de 2007.
Resolução CFC nº 1115/07Aprova a NBC T 19.13 - Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa
e Empresa de Pequeno Porte. Esta Resolução entrou em vigor em 19 de
dezembro de 2007.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 11
Ofício-circular CVM/SNC/SEP 02/06, de 28 de Dezembro de 2006
Orientações Sobre a Divulgação de Informações Pelas Companhias Abertas
Tem como objetivo alertar às companhias abertas e seus respectivos auditores
independentes sobre a obrigatoriedade de divulgação, no Relatório dos
Administradores, das informações relacionadas à prestação de outros serviços
prestados além da auditoria externa conforme determinado pela Instrução
CVM nº 381/03.
Ofício-circular CVM/SNC/SEP 01/07, de 14 de Fevereiro de 2007
Orientação Sobre Normas Contábeis pelas Companhias Abertas
Este Ofício-Circular substitui o OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SNC/SEP nº 01/2006. Tem
como objetivo incentivar a adoção de novos procedimentos e divulgações, bem como
antecipar futura regulamentação por parte da CVM e, em alguns casos, esclarecer
questões relacionadas às normas internacionais emitidas pelo IASB.
Ofício-circular CVM/SNC/SEP 02/07, de 18 de Maio de 2007
Orientação Sobre Normas Contábeis pelas Companhias Abertas
Tem como objetivo colocar em audiência pública a minuta de instrução que
dispõe sobre a opção de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras
consolidadas, com base no padrão contábil internacional (International Accounting
Standard Board - IASB) durante o período de 2007 a 2009 e fixa o exercício findo
em 2010 para que as companhias brasileiras adotem obrigatoriamente as normas
contábeis internacionais.
Ofício-circular CVM/SEP 04/06, de 28 de Dezembro de 2006
Orientações Sobre a Elaboração de Informações Contábeis Pelas Companhias
Abertas
Tem como objetivo informar às companhias abertas sobre a nova versão do sistema
ITR/DFP/IAN (CVMWIN), disponibilizado a partir de 29 de dezembro de 2006.
Ofício-circular CVM/SEP 01/07, de 20 de Março de 2007
Orientações Sobre Procedimentos a Serem Observados pelas Companhias Abertas
Consolidação dos ofícios-circulares anteriormente emitidos pela SEP
(Superintendência de Relações com Empresas).
Ofício-circular CVM/SEP 02/07, de 1º de Junho de 2007
Orientações Sobre a Elaboração de Informações Contábeis pelas Companhias
Abertas
Tem como objetivo informar às companhias abertas sobre a nova opção de envio
de documentos.
CVMComissão de Valores Mobiliários
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.cvm.gov.br
12 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Ofício-circular CVM/SEP 03/07, de 29 de Junho de 2007
Orientações Sobre a Elaboração de Informações Contábeis pelas Companhias
Abertas
Tem como objetivo informar às companhias abertas sobre a nova versão do
sistema ITR/DFP/IAN (CVMWIN), disponibilizado a partir de 2 de julho de 2007.
Ofício-circular CVM/SEP 04/07, de 6 de Novembro de 2007
Orientações Sobre a Elaboração de Informações Contábeis pelas Companhias
Abertas
Tem como objetivo a orientação quanto ao envio de informações pelas
companhias abertas que voluntariamente passarem, a partir do 3º trimestre
de 2007, a enviar suas demonstrações financeiras consolidadas elaboradas em
conformidade com as normas internacionais de contabilidade, nos termos da
Instrução CVM nº 457/07.
Deliberação CVM nº520 de 15 de Maio de 2007Dispõe sobre a audiência pública e a aceitação pela CVM dos pronunciamentos
técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.
Esta Deliberação entrou em vigor em 17 de maio de 2007.
Deliberação CVM nº 521 de 27 de Junho de 2007Disciplinar, no âmbito da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Sistema
de Supervisão Baseada em Risco do mercado de valores mobiliários - SBR,
estabelecendo mecanismos institucionais de organização das atividades da CVM
e de priorização das suas ações de regulação e fiscalização, de maneira a permitir
a identificação, o dimensionamento, a mitigação, o controle e o monitoramento
dos riscos que possam afetar a implementação dos mandatos legais da CVM.
Esta Deliberação entrou em vigor em 26 de junho de 2007.
Deliberação CVM nº 525 de 5 de Setembro de 2007Obrigatoriedade de identificação dos acionistas, conforme elencados no caput do
art. 12 da Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002, de companhias abertas
e estrangeiras, até o nível das pessoas físicas.
Esta Deliberação entrou em vigor em 06 de setembro de 2007, observadas as
seguintes regras de transição:
i. As companhias ainda não registradas deverão apresentar as informações
previstas nesta Deliberação para a obtenção do registro.
ii. As companhias já registradas que realizarem distribuição pública de valores
mobiliários deverão apresentar as informações previstas nesta Deliberação
previamente à concessão do registro de distribuição.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 13
iii. As companhias já registradas na CVM que não realizarem distribuição
pública de valores mobiliários até 31 de maio de 2008 deverão apresentar as
informações especificadas nesta Deliberação no Formulário IAN com
vencimento a partir dessa data.
Deliberação CVM nº 527 de 1º de Novembro de 2007Aprova e torna obrigatório, para as companhias abertas, o Pronunciamento
Técnico CPC 01, anexo à presente Deliberação, que trata sobre Redução ao Valor
Recuperável dos Ativos, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
- CPC, para aplicação aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008.
Esta Deliberação entrou em vigor em 08 de novembro de 2007.
Instrução CVM nº 449 de 15 de Março de 2007Altera os arts. 11, 12, 13 e 15 da Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002,
que dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante
relativo às companhias abertas, disciplina a divulgação de informações na
negociação de valores mobiliários e na aquisição de lote significativo de ações
de emissão de companhia aberta, estabelece vedações e condições para a
negociação de ações de companhia aberta na pendência de fato relevante não
divulgado ao mercado.
Esta Instrução entrou em vigor em 19 de março de 2007.
Instrução CVM nº 450 de 30 de Março de 2007Trata Sobre Fundos de Investimento.
Revoga as Instruções CVM nºs 316, de 15 de outubro de 1999, 322, de 14 de
janeiro de 2000, 326, de 11 de fevereiro de 2000, 327, de 18 de fevereiro de 2000,
329, de 17 de março de 2000, 336, de 15 de maio de 2000, e 338, de 21 de junho
de 2000 e altera a redação das Instruções CVM:
• Nº 409, de 18 de agosto de 2004, que dispõe sobre a constituição, a
administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos
de investimento.
• Nº 306, de 5 de maio de 1999, dispõe sobre a administração de carteira de
valores mobiliários.
• Nº 387, de 28 de abril de 2003, que estabelece normas e procedimentos a
serem observados nas operações realizadas com valores mobiliários, em
pregão e em sistemas eletrônicos de negociação e de registro em bolsas de
valores e de bolsas de mercadorias e futuros e dá outras providências.
• Nº 391, de 16 de julho de 2003, que dispõe sobre a constituição, o funcionamento
e a administração dos Fundos de Investimento em Participações.
Esta Instrução entrou em vigor em 03 de abril de 2007.
14 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Instrução CVM nº 451 de 3 de Abril de 2007Altera a Instrução CVM nº 398, de 28 de outubro de 2003, que dispõe sobre a
constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos
Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional - FUNCINE.
Esta Instrução entrou em vigor em 04 de abril de 2007.
Instrução CVM nº 452 de 30 de Abril de 2007Regula a imposição de multas cominatórias pela CVM às pessoas que deixarem
de prestar as informações periódicas ou eventuais exigidas em atos normativos,
ou, ainda, que deixarem de cumprir ordens específicas emitidas pela CVM e
revoga a Instrução CVM nº 273, de 12 de março de 1998.
Esta Instrução entrou em vigor em 03 de maio de 2007.
Instrução CVM nº 453 de 30 de Abril de 2007Altera as Instruções CVM nº 406, de 27 de abril de 2004, que dispõe sobre a
constituição, o funcionamento e a administração dos Fundos de Investimento em
Participações que obtenham apoio financeiro de organismos de fomento:
• Nº 209, de 25 de março de 1994, que dispõe sobre a constituição, o
funcionamento e a administração dos fundos de Investimento em
Empresas Emergentes.
• Nº 391, de 16 de julho de 2003, que Dispõe sobre a constituição, o
funcionamento e a administração dos Fundos de Investimento em
Participações.
Esta Instrução entrou em vigor em 03 de maio de 2007.
Instrução CVM nº 454 de 30 de Abril de 2007Dispõe sobre a atividade de captação de ordens pulverizadas de venda de ações,
e revoga os dispositivos da Instrução CVM nº 387, de 28 de abril de 2003, e a
Deliberação CVM nº 213, de 21 de março de 1997.
Esta Instrução entrou em vigor em 02 de junho de 2007.
Instrução CVM nº 455 de 13 de Junho de 2007Inclui as companhias hipotecárias entre as entidades autorizadas a administrar
fundos de investimento imobiliário e altera a Instrução CVM nº 205, de 14 de
janeiro de 1994.
Esta Instrução entrou em vigor em 14 de junho de 2007.
Instrução CVM nº 456 de 22 de Junho de 2007Altera as Instruções CVM no 409, de 18 de agosto de 2004, que dispõe sobre a
constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos
fundos de investimento e no 332, de 4 de abril de 2000, Dispõe sobre a emissão
e negociação de certificados de depósito de valores mobiliários - BDRs com lastro
Sinopse Contábil & Tributária 2007 15
em valores mobiliários de emissão de companhias abertas, ou assemelhadas, com
sede no exterior.
Esta Instrução entrou em vigor em 26 de junho de 2007.
Instrução CVM nº 457 de 13 de Julho de 2007Dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras
consolidadas, com base no padrão contábil internacional emitido pelo International
Accounting Standards Board - IASB.
Esta Instrução entrou em vigor em 16 de julho de 2007.
Instrução CVM nº 458 de 16 de Agosto de 2007Altera a Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001, que Regulamenta a
constituição e o funcionamento de fundos de investimento em direitos creditórios e de
fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.
Esta Instrução entrou em vigor em 17 de agosto de 2007.
Instrução CVM nº 459 de 17 de Setembro de 2007Dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação
de informações dos fundos de investimento vinculados exclusivamente a planos
de previdência complementar ou a seguros de vida com cláusula de cobertura
por sobrevivência, estruturados na modalidade de contribuição variável, a que se
referem os arts. 76 e seguintes da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.
Esta Instrução entrou em vigor em 18 de setembro de 2007.
Instrução CVM nº 460 de 10 de Outubro de 2007Dispõe sobre os Fundos de Investimento em Participações em Infra-Estrutura e
altera a Instrução CVM nº 406/04.
Esta Instrução entrou em vigor em 11 de outubro de 2007.
Instrução CVM nº 461 de 23 de Outubro de 2007Disciplina os mercados regulamentados de valores mobiliários e dispõe sobre
a constituição, organização, funcionamento e extinção das bolsas de valores,
bolsas de mercadorias e futuros e mercados de balcão organizado. Revoga as
Instruções 42/85; 179/92; 184/92; 203/93; 263/97; 344/00; 362/02; 379/02; o art. 6º
da Instrução 312/99; os arts. 1º a 14 e 17 da Instrução 243/96; 250/96; arts. 2º a 7º,
caput e §1º do art. 8º, arts. 10, 13, 15 e 16 da Instrução 297/98; o parágrafo único
do art. 1º e o art. 3º da Instrução 202/93; e a Deliberação 20/85.
Esta Instrução entrou em vigor em 24 de outubro de 2007.
Instrução CVM nº 462 de 27 de Novembro de 2007Dispõe sobre o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Esta Instrução entrou em vigor em 27 de novembro de 2007.
16 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Publicações 2007
NPA 13
Procedimentos de Auditoria Independente dos Dados dos Participantes e das
Obrigações de Planos de Benefícios de Entidades Fechadas de Previdência
Complementar
Esta norma foi elaborada pela Comissão Nacional de Normas Técnicas do
IBRACON com o objetivo de orientar o auditor independente sobre os
procedimentos mínimos a serem utilizados nos trabalhos de auditoria das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), a fim de cumprir com
o disposto na NBC P 1.8 - Utilização de Trabalhos de Especialistas.
Esta NPA está em vigor a partir de 1 de janeiro de 2007.
NPA 14
Laudos de Avaliação Emitidos por Auditor Independente
Esta Norma e Procedimentos de Auditoria (NPA) estabelece padrões técnicos
e profissionais a serem observados pelo auditor independente, nomeado
como perito ou como empresa especializada (também referido como avaliador
para fins desta NPA), na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a
valor contábil ajustado a preços de mercado, destinado a apoiar processos de
incorporação, cisão ou fusão de entidades empresas, de retirada ou ingresso de
sócios, de encerramento de atividades ou operações específicas previstas em
lei. Os trabalhos do auditor independente para a emissão de laudos de avaliação
contábil devem ser conduzidos com observância ao descrito nesta NPA.
Esta NPA foi aprovada pelo IBRACON em 24 de setembro de 2007. Aplica-se
a trabalhos para emissão de laudos de avaliação de patrimônios ou acervos
líquidos cuja data-base seja em ou após 1° de janeiro de 2008.
NPO 1 - Trabalhos de Asseguração (Assurance) que não Sejam de Auditoria ou de
Revisão de Informações Financeiras Históricas
O objetivo desta Norma e Procedimentos de Asseguração (NPO) é estabelecer
princípios básicos e procedimentos essenciais, além de fornecer orientação
aos auditores independentes, para a realização de trabalhos de asseguração
(também conhecidos pelos profissionais da área como trabalhos de “Assurance”)
que não sejam de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas, que
estão sujeitos a normas específicas.
A presente NPO foi aprovada pela Diretoria Nacional em 25 de outubro de 2007
e aplica-se a trabalhos de asseguração cujo relatório for datado a partir de 1º de
janeiro de 2008.
IBRACONInstituto dos Auditores Independentes do BrasilA íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.ibracon.com.br.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 17
Interpretação Técnica 01/2004 - Contabilização das Contribuições para o
Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS)
Orientação geral quanto aos principais aspectos contábeis envolvidos forma
de cálculo das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), e para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS). Foi REEDITADA EM 24 de setembro de 2007 em
função de alteração na questão 5 (cinco).
Questão 5
Qual a forma de contabilização do crédito, no caso das empresas que estão
enquadradas no regime da não-cumulatividade e que realizam operações de
exportação de mercadorias, prestação de serviços para pessoas domiciliadas
no exterior e vendas à empresa comercial exportadora com o fim específico de
exportação, uma vez que essas operações não sofrerão incidência do PIS/da
COFINS?
Resposta
Segundo previsão incluída em Lei, as empresas que realizarem as referidas
operações poderão utilizar o crédito do tributo para dedução do valor da
contribuição a recolher, decorrente de suas demais operações no mercado
interno, ou para compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos,
relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal, observada a legislação específica aplicável à matéria. Ainda, segundo
a norma, as empresas que não conseguirem utilizar o crédito por qualquer
dessas formas, até o final de cada trimestre do ano civil, poderão solicitar
ressarcimento em dinheiro, também observada a legislação específica
aplicável à matéria. Assim, a contabilização deverá ser feita de forma análoga
ao descrito na Questão 2.
Por outro lado, cabe destacar que as empresas exportadoras que tributam suas
receitas pelo regime cumulativo têm o direito de calcular crédito presumido
de IPI para ressarcimento do PIS/da COFINS (Leis nºs 9.363/96 e 10.276/01), a
ser utilizado para dedução de débitos de IPI relativos a períodos subseqüentes
de apuração, transferidos para outro estabelecimento da pessoa jurídica para
dedução de débitos de IPI, e, remanescendo, ao final de cada trimestre-calendário,
créditos de IPI passíveis de ressarcimento poderão ser ressarcidos ou utilizados
para compensação de débitos próprios relativos a tributos e contribuições
administrados pela Receita Federal, conforme IN SRF nº 600/05. Essas empresas
também possuem um ativo realizável, a ser registrado, no momento em que o
crédito for apurado, em contrapartida de conta redutora de custos, por ser, em
essência, uma redução do custo de aquisição da matéria-prima.
18 Sinopse Contábil & Tributária 2007
CT 01/07
Divulgação de Informações Suplementares
Tem como objetivo orientar sobre a emissão do parecer dos auditores
independentes quando a entidade auditada divulgar informações suplementares
às suas demonstrações contábeis.
Comunicado técnico emitido em 23 de janeiro de 2007.
CT 02/07
Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul)
O presente Comunicado Técnico (CT) tem por finalidade orientar os auditores
independentes na análise dos assuntos de auditoria relacionados à habilitação ao
Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), instituído pela Instrução Normativa
n° 476, de 13 de dezembro de 2004. Este CT discute os assuntos técnicos e
orienta os auditores independentes quanto aos procedimentos de asseguração
a serem aplicados e outros temas, incluindo modelo do relatório a ser emitido
como resultado desse trabalho.
Comunicado técnico emitido em 25 de outubro de 2007.
CT 03/07
Tributos com Exigibilidade Suspensa
O presente Comunicado Técnico (CT) tem por finalidade orientar os auditores
independentes quanto à análise da eventual reversão de passivos ou constituição
de ativos relativos a tributos com exigibilidade suspensa, cuja tese seja
contagem de prazo decadencial, cabendo salientar que a responsabilidade
primária pela decisão é da administração da entidade. Comunicado técnico
emitido em 18 de dezembro de 2007.
CT 04/07Tábua biométrica complementar (EFPC) conforme Resolução MPS/CGPC nº 18,
de 28 de março de 2006.
Estabelece que as EFPCs devem utilizar sempre a tábua biométrica, para a
projeção da longevidade dos participantes assistidos do plano de benefícios,
mais adequada à respectiva massa, não se admitindo, exceto para a condição de
inválidos, tábua biométrica que gere expectativas de vida completa inferiores às
resultantes da aplicação da tábua AT-83. Também estabelece que para o plano
de benefícios que utilize tábua biométrica com expectativas de vida completa
inferiores às correspondentes à aplicação da tábua AT-83, a EFPC deverá promover
implementação gradual ao disposto no item 2, até 31 de dezembro de 2008.
Comunicado Técnico Emitido em 21 de Dezembro de 2007.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 19
Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução do Valor Recuperável de Ativos (“Impairment”)Tem por objetivo definir procedimentos visando a assegurar que os ativos não
estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser
recuperado no tempo por uso nas operações da entidade ou em sua eventual
venda. Caso existam evidências claras de que os ativos estão registrados por
valor não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a
desvalorização, por meio da constituição de provisão para perdas. (Correlação às
Normas Internacionais de Contabilidade - IAS 36).
Aberto para audiência pública de 1º de dezembro de 2006 ao dia 31 de março de
2007, reaberta para audiência pública de 29 de junho ao dia 31 de julho de 2007,
pronunciado oficialmente em 1º de novembro de 2007.
Pronunciamento Técnico CPC 02 - Conversão de Demonstrações ContábeisObjetiva definir procedimentos visando à conversão de demonstrações
elaboradas numa determinada moeda para outra moeda. A ênfase principal
está na conversão de moedas estrangeiras para o real brasileiro, mas também
se aplica para o inverso ou para a conversão de uma moeda para outra sendo
ambas estrangeiras.
Aberto para audiência pública de 27 de abril a 31 de julho 2007, ainda não foi
pronunciado oficialmente.
Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações ContábeisEsta Estrutura Conceitual não é um Pronunciamento Técnico propriamente
dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão
particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Estabelece os
conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações
contábeis destinadas a usuários externos. (Correlação às Normas Internacionais -
“Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements” - IASB).
Aberto para audiência pública de 15 de agosto ao dia 15 de outubro de 2007,
ainda não foi pronunciado oficialmente.
CPCComitê de Pronunciamentos Contábeis
A íntegra destes
pronunciamentos a seguir
relacionados poderá ser obtida
em www.cpc.org.br.
IFRS 8 - Segmentos OperacionaisIFRS 8 define os requerimentos para divulgação de segmentos por entidades
que negociam títulos ou ações no mercado público ou que registraram ou estão
em processo de registro de suas demonstrações financeiras com uma comissão
de valores mobiliários ou outros órgãos regulatórios com o objetivo de emitir
qualquer classe de instrumentos no mercado público.
IFRS 8 introduz uma “abordagem da gerência”, que requer que a divulgação de
segmentos seja baseada em componentes da entidade que a gerência monitora
na tomada de decisões sobre questões operacionais.
Estes componentes (segmentos operacionais) são identificados com base
em relatórios internos que o tomador de decisões da entidade (CODM - Chief
Operating Decision Maker) revisa regularmente na alocação de recursos para
segmentos e na avaliação da respectiva performance.
A agregação de segmentos operacionais é permitida contanto que os
segmentos sejam “similares” e atendam a algumas outras medidas específicas.
Segmentos reportáveis são identificáveis com base em indicadores quantitativos
de receita, lucro ou prejuízo e ativos.
Os valores divulgados de cada segmento reportável são as medidas reportadas
ao CODM, que não são necessariamente baseadas nas mesmas políticas
contábeis reconhecidas nas demonstrações financeiras. IFRS 8 não define,
mas requer uma explicação de como lucro ou prejuízo por segmento, ativos
por segmento e passivos por segmento são mensurados para cada segmento
reportável.
IFRS 8 requer reconciliações entre os valores totais para todos os segmentos
reportáveis e as demonstrações financeiras com uma descrição para todos os
itens materiais de reconciliação.
IASB - International Accounting Standards Board
Normas Internacionais
Normas NovasInternational
Financial Reporting
Standards (IFRS)
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.iasb.org.uk
Sinopse Contábil & Tributária 2007 21
IFRS 8 requer divulgação geral e por entidade, incluindo informação sobre
produtos e serviços, áreas geográficas, principais clientes e fatores usados para
identificar um segmento reportável da entidade.
Informações comparativas são normalmente re-emitidas (restated) para
mudanças em segmentos operacionais.
IFRS 8 é aplicável para períodos iniciados em ou após 1º de janeiro de 2009.
Aplicação antecipada é permitida.
Emenda à IAS 1 - Apresentação de Demonstrações FinanceirasO International Accounting Standards Board (IASB) publicou em 06 de setembro
de 2007 uma versão revisada da IAS 1 Apresentação de Demonstrações
Financeiras. A revisão visa melhorar a capacidade dos usuários analisarem e
compararem as informações fornecidas nas demonstrações financeiras.
As mudanças feitas requerem que as informações nas demonstrações
financeiras sejam agregadas com base em características compartilhadas e
introduzir uma demonstração de resultados detalhada. Isso possibilitará que os
leitores analisem mudanças no patrimônio da empresa resultantes de transações
com os proprietários nessa função (tais como dividendos e recompras de
ações) separadamente de mudanças não relacionadas aos proprietários (tais
como transações com terceiros). Em resposta aos comentários recebidos por
meio do processo de consulta, a norma revisada oferece aos elaboradores de
demonstrações financeiras a opção de apresentar os itens de receita e despesa
e componentes de outros resultados detalhados em uma única demonstração
de resultados abrangente com subtotais, ou em duas demonstrações separadas
(uma demonstração de resultados separada seguida por uma demonstração de
resultados detalhada).
As revisões incluem mudanças na nomenclatura de algumas demonstrações
financeiras para refletir sua função com maior clareza (por exemplo, o balanço
é renomeado de demonstração da posição financeira). As novas nomenclaturas
serão utilizadas nas normas contábeis, mas seu uso não é obrigatório nas
demonstrações financeiras.
A norma revisada entrará em vigor para períodos anuais começando em ou após
1 de janeiro de 2009, mas a adoção antecipada é permitida.
A publicação da IAS 1 marca a conclusão da primeira fase da iniciativa conjunta
do IASB e do Financial Accounting Standards Board (FASB) dos EUA para
revisar e harmonizar a apresentação das demonstrações financeiras. A segunda
fase, que já começou, é examinar as questões mais fundamentais sobre a
apresentação das informações nas demonstrações financeiras, sendo que
e o IASB espera publicar um documento de discussão sobre o assunto nos
próximos seis meses.
Normas RevisadasInternational Accounting Standards (IAS)
22 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Emenda à IAS 23 - Custos de EmpréstimosO International Accounting Standards Board (IASB) publicou em 29 de março
de 2007 a revisão da IAS 23 - Custos de Empréstimos. A principal mudança em
relação à versão anterior é a remoção da opção de reconhecimento imediato
como despesa dos custos de empréstimos que se relacionam a ativos para
uso ou venda de longa maturação. A norma revisada continua o trabalho do
IASB no projeto de Convergência de Curto Prazo com o Financial Accounting
Standards Board (FASB) para reduzir as diferenças entre as IFRSs e os princípios
contábeis geralmente aceitos nos EUA (US GAAP). O IASB acredita que a
aplicação da Norma revisada vai melhorar os relatórios financeiros de três
maneiras. Primeiramente, o custo de um ativo vai incluir, no futuro, todos os
custos incorridos em prepará-lo para o uso ou venda. Em segundo lugar, a
comparação é melhorada por que um dos dois tratamentos contábeis existentes
anteriormente para esses custos de empréstimos é removido. Em terceiro lugar,
a revisão da IAS 23 atinge convergência em princípio com os US GAAP.
O intuito desta revisão foi de eliminar grandes diferenças entre as IFRSs e os
US GAAP e de melhorar os relatórios financeiros. Eliminar a opção das IFRSs
melhora a comparação e converge em princípio com as US GAAP. E a publicação
dessa Norma revisada também representa um passo adiante na remoção
imposta pelas empresas estrangeiras junto a Comissão de Valores Mobiliários
dos EUA (SEC) de reconciliar suas demonstrações financeiras com os US GAAP.
IFRIC 12 - Contabilização de Direitos e Obrigações de Operadores PrivadosOs acordos de concessão de serviços são aqueles onde um governo ou outro
órgão concede contratos para o fornecimento de serviços públicos — tais como
rodovias, distribuição de energia, penitenciárias ou hospitais — para operadores
privados. O objetivo desse projeto do IFRIC é esclarecer como determinados
aspectos da literatura existente do IASB devem ser aplicados aos acordos de
concessão de serviços.
Em 30 de novembro de 2006, o International Financial Reporting Interpretations
Committee (IFRIC) publicou uma Interpretação — IFRIC 12 Acordos de
Concessão de Serviços. A IFRIC 12 aborda como os operadores de concessão de
serviços deverão aplicar as International Financial Reporting Standards (IFRSs) para
contabilizar as obrigações que assumem e direitos que recebem nos acordos de
concessão de serviços.
Ao desenvolver essa orientação, o IFRIC baseou-se na experiência de
operadores envolvidos em diversas concessões de serviços em todo o mundo.
No reconhecimento do tamanho do projeto, o Comitê ampliou o processo
formal normal para uma minuta de Interpretação ao realizar uma consulta
pública para ter certeza de que a aplicação da Interpretação iria resultar em
uma apresentação justa da posição financeira e desempenho financeiro dos
operadores da concessão.
Interpretações Emitidas pelo IFRICInternational Financial Reporting Interpretations Committee
IFRIC 12 fornece orientação contábil para entidades do setor privado
(operadores) para contratos de concessão de serviços público-para-privado.
IFRIC 12 aplica-se somente para os contratos de concessão de serviços na qual o
setor público (poder concedente) controla ou regula os serviços fornecidos com a
infra-estrutura e seus preços, e controla alguma parte residual na infra-estrutura.
Nestas circunstâncias, o operador não reconhece a infra-estrutura como seu
imobilizado se a infra-estrutura é infra-estrutura existente do poder concedente ou
é infra-estrutura construída ou comprada pelo operador como parte do contrato
de concessão de serviços. O operador reconhece ou um ativo financeiro ou um
intangível, ou ambos, pelo valor justo como compensação pelos serviços de
construção que a entidade fornece.
Se o poder concedente fornece outros itens para o operador que o operador
pode reter ou vender à sua opção, então o operador reconhece aqueles itens
como seus ativos em contrapartida de um passivo pela obrigação a cumprir.
O operador reconhece e mensura suas receitas pelos serviços de construção de
acordo com IAS 11 e receitas por outros serviços de acordo com o IAS 18.
O operador reconhece valores a receber pelo poder concedente para serviços
de construção, incluindo aperfeiçoamentos à infra-estrutura existente, como um
ativo financeiro e/ou um ativo intangível.
O operador reconhece um ativo financeiro à medida que ele tenha um direito
incondicional de receber o recurso financeiro independentemente do uso da
infra-estrutura.
O operador reconhece um ativo intangível à medida que tenha o direito de cobrar
pelo uso da infra-estrutura.
Qualquer ativo financeiro reconhecido é contabilizado de acordo com a norma de
instrumentos financeiros, e qualquer ativo intangível, de acordo com o IAS 38.
Não há exceções destas normas para os operadores.
O operador reconhece e mensura as obrigações para manter ou restaurar a infra-
estrutura, exceto por algum elemento relacionado a aperfeiçoamento, de acordo
com o IAS 37 (Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets)
O operador reconhece como despesas os custos com empréstimos conforme
incorrido, a menos que tenha o direito de receber um ativo intangível e adota
uma política de capitalização conforme IAS 23 Borrowing Costs, na qual a
entidade irá capitalizar os custos de empréstimos atribuíveis durante o período
de construção.
IFRIC 12 é aplicável para períodos contábeis iniciados em ou após 1º de janeiro
de 2008.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 23
24 Sinopse Contábil & Tributária 2007
IFRIC 12 é aplicado retrospectivamente a menos que seja impraticável. Neste
caso, regras de transição especiais devem ser aplicadas.
IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente
• A IFRIC 13 aborda como as empresas, que fornecem créditos aos seus
clientes pela sua fidelidade (normalmente chamados de ‘pontos’) na
compra de mercadorias ou serviços, deverão contabilizar sua obrigação de
fornecer mercadorias ou serviços gratuitos ou com desconto quando os
clientes resgatam os pontos.
• Até agora, as IFRSs não forneceram orientação detalhada nessa área e as
práticas podem variar. Algumas empresas mensuram sua obrigação com
base no valor dos pontos para o cliente. Outras a avaliam ao custo
(geralmente menor) para a entidade de fornecer as mercadorias ou
serviços gratuitos ou com desconto.
• A IFRIC 13 baseia-se no ponto de vista de que os clientes estão
implicitamente pagando pelos pontos que recebem quando compram
outras mercadorias ou serviços e, portanto, que parte da receita deveria
ser alocada aos pontos.
• A IFRIC 13 exige que as empresas estimem o valor dos pontos para
o cliente e difiram esse valor da receita como um passivo até que tenham
cumprido suas obrigações de fornecer os pontos.
• A IFRIC 13 vai padronizar as práticas e assegurar que as entidades avaliem
as obrigações de prêmios de fidelidade do cliente da mesma maneira que
avaliam outras obrigações com os clientes, ou seja, pelo valor que o cliente
pagou por elas.
Data de Vigência:
A IFRIC 13 é obrigatória para períodos anuais começando em ou após 1º de
julho de 2008. A aplicação antecipada é permitida.
IFRIC 14 - IAS 19 - O Limite Sobre um Benefício Definido - Requisitos de CaptaçãoA IFRIC 14 aborda três pontos:
• Como as entidades deverão determinar o limite colocado pela IAS 19
Benefícios a Funcionários no valor de um superávit em um plano de pensão
que podem reconhecer como um ativo.
• Como um requisito mínimo de captação de recursos afeta esse limite.
• Quando um requisito de captação mínima cria uma obrigação onerosa que
deverá ser reconhecida como um passivo além de ser normalmente
Sinopse Contábil & Tributária 2007 25
reconhecida com base na IAS 19 (A IAS 19 não fornece orientação
detalhada nessa área e as práticas podem variar).
• A IFRIC 14 vai padronizar a prática e assegurar que as entidades
reconheçam um ativo em relação a um superávit em uma base consistente.
• Em jurisdições onde há tanto um forte requisito de captação de recursos
mínima e restrições sobre os valores que as entidades podem recuperar do
plano, seja como restituições ou reduções na contribuição, as entidades
talvez tenham que reconhecer um passivo adicional.
Data de Vigência:
A IFRIC 14 é obrigatória para períodos anuais começando em ou após 1º de janeiro
de 2008.
Minuta de Norma Internacional Alterações Propostas na IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas entidades Controladas pelo Estado e Definição de uma Parte RelacionadaEssa minuta de exposição (exposure draft) contém propostas feitas pelo
International Accounting Standards Board para alterar a IAS 24 Divulgações de
Partes Relacionadas. As alterações vão eliminar os requisitos de divulgação
no parágrafo 17 da IAS 24 para algumas entidades que são controladas ou
significativamente influenciadas por um estado em relação a transações com
outras entidades controladas ou significativamente influenciadas por aquele
estado. A isenção não se aplica quando existe influência em tais relacionamentos.
A minuta de exposição também propõe alterações na definição de uma parte
relacionada, por quatro motivos. Primeiramente, o Comitê considerou o
relacionamento entre uma associada e uma subsidiária de uma entidade (‘o
investidor’). A IAS 24 exige a divulgação de transações entre uma associada e uma
subsidiária do investidor em demonstrações financeiras individuais ou separadas
da associada mas não em demonstrações financeiras individuais ou separadas
da subsidiária. O Comitê propõe mudar a definição de uma parte relacionada
para assegurar que uma coligada ou uma subsidiária de uma entidade sejam
partes relacionadas para fins de suas demonstrações financeiras individuais ou
separadas. Da mesma forma, o Comitê propõe que quando o investidor for uma
pessoa física, uma entidade que é significativamente influenciada por essa pessoa
e outra entidade que é controlada por essa pessoa são partes relacionadas.
A IAS 24 também trata algumas investidas do pessoal chave da administração
de uma entidade que prepara suas demonstrações financeiras (nessa minuta de
exposição, chamadas de ‘entidade reportante’) como relacionada a uma entidade
reportante. Entretanto, a definição na IAS 24 não inclui a recíproca disso—ou seja,
nas demonstrações financeiras da investida, a entidade reportante não é uma parte
relacionada. O Comitê propõe aditar a definição para assegurar que em ambos os
conjuntos de demonstrações financeiras as entidades sejam definidas como partes
relacionadas.
Exposure Drafts (EDs) Emitidas
26 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Por fim, como resposta aos comentários que a definição de parte relacionada é
difícil de entender e interpretar, o Comitê propõe reestruturá-la. A reestruturação
não visa mudar o significado de uma parte relacionada, exceto pela mudança
descrita nos parágrafos 2-4 acima. A minuta de exposição também propõe
melhorar a redação da norma.
Minutas de Exposição (Exposure Drafts) para Pequenas e Médias EmpresasO objetivo da norma proposta é fornecer um conjunto simplificado e completo de
princípios contábeis que é apropriado para empresas menores, não negociadas
em bolsa, e está baseado em todas as IFRSs, desenvolvidas principalmente
para empresas de capital aberto. Ao remover as opções de tratamento contábil,
eliminando tópicos que geralmente não são relevantes para PMEs e simplificar os
métodos de reconhecimento e mensuração, a minuta da norma resultante reduz
o volume de orientação contábil aplicável às SMEs em mais de 85 por cento em
comparação com o conjunto completo das IFRSs. Como resultado, a Minuta de
Exposição oferece um conjunto utilizável e completo de normas contábeis que
possibilitarão que os investidores comparem pela primeira vez o desempenho
financeiro de PMEs dentro dos limites internacionais ou caso a caso.
Os comentários foram recebidos até 1º de outubro de 2007.
O IASB também desenvolve e publica uma norma separada que visa ser aplicada
a demonstrações financeiras de finalidade geral e outros relatórios financeiros
de entidades que em muitos países são conhecidas como pequenas e médias
empresas (SMEs). Essa norma é a [minuta] da Norma Internacional de Relatórios
Financeiros para Pequenas e Médias Empresas (International Financial Reporting
Standard for Small and Medium-sized Entities - IFRS for SMEs).
Emenda Proposta à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Avaliação Exposições que se Qualificam para Contabilidade de HedgeOs comentários foram recebidos até 11 de janeiro de 2008.
Essa minuta de exposição contém propostas feitas pelo International
Accounting Standards Board para alterar a IAS 39 Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração. O objetivo das alterações é esclarecer quando
uma entidade pode designar uma exposição a um instrumento financeiro como
um item protegido por hedge.
As propostas podem ser modificadas à luz dos comentários recebidos antes de
serem publicadas na sua forma final como aditamentos à IAS 39.
A Minuta de Exposição (ED) 9 Acordos Conjuntos (Joint Arrangements)Os comentários foram recebidos até 11 de janeiro de 2008.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 27
Esta minuta define os requisitos para o reconhecimento e divulgação de
participações em acordos conjuntos. O objetivo da [minuta da] IFRS é melhorar
a representação fiel de acordos conjuntos que uma entidade fornece nas suas
demonstrações financeiras.
O objetivo do projeto é reduzir as diferenças entre as IFRSs e princípios contábeis
geralmente aceitos nos EUA (US GAAP). A convergência de curto prazo centra-se
nas diferenças que podem ser solucionadas em um prazo relativamente curto e
que podem ser abordadas fora de projetos maiores.
As propostas podem ser modificadas à luz dos comentários recebidos antes da
publicação como uma International Financial Reporting Standard (IFRS).
Minuta de Exposição de Alterações Propostas nas International Financial Reporting Standards (IFRSs) - Primeiro Projeto Anual de MelhoriasOs comentários foram recebidos até 11 de janeiro de 2008.
Essa minuta de exposição (exposure draft) das alterações propostas nas
International Financial Reporting Standards (IFRSs) como parte do seu primeiro
projeto anual de melhorias.
O objetivo desse projeto anual de melhorias é fornecer um processo otimizado
para lidar eficientemente com um conjunto de aditamentos diversos, não urgentes,
mas necessários, nas IFRSs.
As propostas podem ser modificadas à luz dos comentários recebidos antes de
serem publicadas na sua forma final como aditamentos às IFRSs.
Estrutura da Minuta de ExposiçãoA minuta de exposição inclui um capítulo para cada IFRS para a qual uma alteração
é proposta. Cada capítulo inclui:
(a) Uma explicação da alteração proposta
(b) Um convite para fazer comentários sobre a alteração proposta
(c) Os parágrafos da IFRS ou orientação que são afetados pela alteração proposta
(d) A base do Comitê para as conclusões na proposição da alteração
Algumas das alterações propostas afetam mais de uma IFRS, ou seja, a alteração
proposta envolve alterações conseqüentes em outras IFRSs. Essas alterações
conseqüentes estão contidas nos respectivos capítulos das IFRSs afetadas.
Entretanto, a explicação da mudança proposta e o convite para comentar estão
incluídos somente no capítulo para a IFRS que é principalmente afetada pela
alteração proposta, e não nos capítulos das IFRSs para as quais alterações
conseqüentes são propostas.
IFRS Tópico da Alteração Proposta
IFRS 1 Aplicação pela primeira vez das IFRSs 1. Reestruturação da IFRS1.
IFRS 5 Ativos não circulante mantidos para 2. Plano de vender participação majoritária em uma subsidiária.
venda e operações descontinuadas Alteração conseqüente da IAS 41: Custos dos pontos de venda.
IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgações 3. Apresentação dos custos financeiros.
Alteração conseqüente da IAS 28 e IAS 31: Requisitos de divulgação
para investimentos em associadas e participações em entidades
controladas conjuntamente contabilizados ao valor justo no resultado.
IAS 1 Apresentação das Demonstrações 4. Declaração de conformidade com as IFRSs.
Financeiras 5. Classificação no circulante/realizável a longo prazo dos instrumentos
conversíveis.
6. Classificação no circulante/realizável a longo prazo dos derivativos.
IAS 2 Estoques Alteração conseqüente da IAS 41: Custos dos pontos de venda.
IAS 7 Demonstração dos Fluxos de Caixa Alteração conseqüente da IAS 16: Venda de ativos mantidos para
locação.
IAS 8 Políticas Contábeis, 7. Status da orientação sobre a implementação.
Mudanças nas Estimativas Contábeis e Erros
IAS 10 Eventos Subseqüentes à Data do 8. Dividendos declarados após o período de apresentação dos relatórios.
Balanço Patrimonial
IAS 16 Imobilizado 9. Valor recuperável.
10. Venda de ativos mantidos para locação.
Alteração conseqüente da IAS 40: Propriedades em construção ou
desenvolvimento para uso futuro como propriedade para
investimento.
IAS 17 Arrendamentos 11. Classificação de arrendamentos de terrenos e edifícios 12.
Aluguéis contingentes.
IAS 18 Receita 12. Custos de originação de um empréstimo.
IAS 19 Benefícios a Funcionários 13. Reduções e custo negativo de serviços passados.
14. Custos de administração de planos.
15. Substituição do termo ‘vencer’.
Orientação sobre passivos contingentes.
IAS 20 Contabilização de Subsídios 16. Consistência da terminologia com outras IFRSs 19.
Governamentais e Divulgação de Empréstimos governamentais com taxa de juros inferior a do
Assistência Governamental mercado.
IAS 23 2C41 Custos de Empréstimos 17. Componentes dos custos de empréstimos.
IAS 27 Demonstrações financeiras 18. Avaliação da subsidiária mantida para venda em demonstrações
consolidadas e separadas financeiras separadas.
28 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Sinopse Contábil & Tributária 2007 29
IFRS Tópico da Alteração Proposta
IAS 28 Investimentos em Coligadas 19. Divulgações exigidas quando os investimentos em coligadas são
contabilizados ao valor justo no resultado.
20. Impairment de investimento em coligada.
IAS 29 Demonstrações contábeis 21. Consistente terminológica com outras IFRSs.
em economias hiperinflacionárias
IAS 31 Participação em Joint Ventures 22. Divulgações exigidas quando a participação em entidades
controladas em conjunto é contabilizada ao valor justo do resultado.
IAS 32 Instrumentos Financeiros: Alteração conseqüente da IAS 28 e IAS 31: Divulgações exigidas
Apresentação quando os investimentos em coligadas e a participação em entidades
controladas em conjunto são contabilizada aos valor justo no resultado.
IAS 34 Relatórios financeiros intermediários 23. Divulgações de lucros por ação em relatórios financeiros
intermediários.
IAS 36 ‘Impairment’ de Ativos 24. Divulgações das estimativas utilizadas para determinar o valor
recuperável Alteração conseqüente da IAS 41: Custos dos
pontos de venda.
IAS 38 Ativos Intangíveis 25. Atividades de publicidade e promoção.
Método da unidade de produção da amortização.
IAS 39 Instrumentos Financeiros: 26. Definição de um derivativo.
Reconhecimento e Avaliação 27. Reclassificação de instrumentos financeiros dentro ou fora da
classificação de valor justo no resultado.
28. Designação e documentação de hedges no nível dos segmentos.
29. Taxa de juros efetiva aplicável no encerramento da contabilidade do
hedge pelo valor justo.
Tratamento das penalidades de pagamento antecipado como
derivativos embutidos altamente relacionados.
IAS 40 Propriedades para Investimento 30. Propriedades em construção ou desenvolvimento para uso futuro
como propriedade para investimento.
31. Consistência terminológica com a IAS 8.
Propriedade para investimento mantida para aluguel.
IAS 41 Agricultura 32. Custos dos pontos de venda.
33. Taxa de desconto para cálculos do valor justo.
34. Transformação biológica adicional.
35. Exemplos de produção e produtos agrícolas.
Alteração conseqüente da IAS 20: Consistente terminológica em
outras IFRSs.
30 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Implementação Proposta e Data de VigênciaO Comitê propõe que as alterações, caso confirmadas, deverão entrar em vigor
para períodos anuais começando em ou após 1º de janeiro de 2009. O Comitê
propõe permitir uma aplicação antecipada das alterações, desde que:
(a) Todas as alterações propostas do primeiro projeto anual de melhorias.
(b) O IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras (conforme
revisado em 2007) sejam aplicados para o mesmo período.
IFRIC DI D21 - Vendas de ImóveisFoi publicada pelo IASB apenas para comentário. Os comentários sobre a minuta
da interpretação puderam ser enviados por até 5 de outubro de 2007.
Essa DI fornece orientação sobre quando a entidade vendedora deverá
reconhecer a receita da venda de imóveis. Especificamente:
(a) Ela esclarece se os contratos de venda celebrados antes da construção
estar completa deverão ser vistos como contratos de construção no
escopo da IAS 11 ou contratos para a venda de mercadorias no escopo da
IAS 18.
(b) Ela revisa a orientação sobre a aplicação da IAS 18 a vendas de imóveis em
geral.
Esta DI Interpretação deverá ser aplicada na contabilidade da receita de vendas
de imóveis.
Esta DI Interpretação aborda:
(a) O significado do termo ‘contrato de construção’, conforme definido na
IAS 11.
(b) Os requisitos da IAS 18 em relação:
(i) Às condições que devem ser atendidas antes que a entidade
vendedora reconheça a receita da venda do imóvel.
(ii) À maneira na qual a entidade vendedora deverá reconhecer e
mensurar quaisquer obrigações contratuais que permanecem quando
as condições para o reconhecimento da receita tiverem sido atendidas.
IFRIC DI D22 - Orientação Proposta Sobre Hedges de um Investimento Líquido em uma Operação EstrangeiraEsta DI estava aberta para comentário público até 19 de outubro de 2007.
A IFRIC D22 esclarece dois pontos que surgiram em duas normas contábeis—
IAS 21 Efeitos das Mudanças em Taxas de Câmbio e IAS 39 Instrumentos
Drafts Interpretations (DIS)
Sinopse Contábil & Tributária 2007 31
Financeiros: Reconhecimento e Avaliação—sobre a contabilidade de operações
de hedge de risco em moeda estrangeira em uma empresa e suas operações no
exterior. A proposta do IFRIC esclarece o que qualifica como um risco no hedge
de um investimento líquido em uma operação estrangeira e onde em um grupo
o instrumento que compensa esse risco pode ser mantido.
Joint VenturesEste projeto é parte do projeto de convergência de curto prazo juntamente
com o FASB. O objetivo é reduzir as diferenças entre as IFRS e princípios
contábeis geralmente aceitos nos EUA (US GAAP) que possam ser resolvidas
em um período relativamente curto e possam ser endereçadas fora de outros
projetos maiores. Este projeto também por objetivo melhorar os relatórios
financeiros para atividades dentro do escopo do IASB 31 – Participações em
Empreendimentos de controle Conjunto.
O propósito da minuta da norma tem interesse principalmente em remediar
dois aspectos da IAS 31 em que o IASB considera ser um impedimento para a
qualidade de informações relacionadas a acordos de controle conjunto – a saber,
que forma do acordo é o principal determinante para a sua contabilização e que a
entidade tem uma escolha no tratamento contábil de participações em entidades
de controle conjunto.
A publicação desta IFRS está prevista para o segundo semestre de 2008.
Imposto de RendaOs impostos de renda são identificados frequentemente como uma fonte de
reconciliações significativas para registrantes estrangeiros listados na SEC que
aplicam IFRS e os participantes indicaram os prospectos da convergência são
bem-vindos.
Tanto na IAS 12 - Imposto de renda quanto o FASB 109 - Contabilização de
Imposto de renda , a contabilização de impostos sobre a renda são baseados
na perspectiva de obrigações no balanço onde a entidade reconhece imposto
de renda diferido ativo e passivo para diferenças temporárias (diferença entre o
valor contábil de um ativo e passivo no balanço e sua base fiscal) e para prejuízos
fiscais. Entretanto, as diferenças surgem porque em ambos há numerosas
exceções ao princípio básico.
Neste projeto de convergência do IASB não deve ser reconsiderado, a forma de
contabilização, mas eliminar as exceções ao princípio básico.
Conclusão Estimada do Projeto
A publicação de uma minuta que ficará em audiência pública (Exposure Draft)
está previsto para o segundo trimestre de 2008.
Planos de Projetos do IASBCronograma projetado em dezembro de 2007.Projetos de Convergência no curto prazo
SFAS 159 - Opção de Valor Justo para Ativos e Passivos Financeiros, Inclusive Alteração na Declaração FASB no 115
Sinopse
Esta Norma permite que as entidades optem por avaliar diversos instrumentos
financeiros e determinadas outras contas pelo valor justo. O objetivo é aprimorar
a preparação dos relatórios financeiros, dando às entidades a oportunidade
de atenuar a volatilidade dos resultados publicados gerada pela avaliação de
ativos e passivos relacionados por critérios diferentes, sem a necessidade de
aplicar disposições complexas de contabilização de hedges. É esperado que
esta Norma amplie o uso da avaliação pelo valor justo, que é consistente com
os objetivos de longo prazo do Comitê para a contabilização de instrumentos
financeiros.
Esta Norma é aplicável a todas as entidades, inclusive organizações sem
fins lucrativos. A maioria das disposições desta Norma se aplica apenas às
entidades que optarem pela avaliação pelo valor justo. Entretanto, a alteração à
Norma FASB nº 115, Contabilização de determinados investimentos em títulos
acionários e de dívida, aplica-se a todas as entidades que possuam títulos
mobiliários disponíveis para venda ou destinados à negociação. Alguns requisitos
se aplicam de forma diferente a entidades que não apresentam lucro líquido.
Os itens a seguir são qualificados para a opção de avaliação determinada por
esta Norma:
1. Ativos e passivos financeiros reconhecidos, exceto:
a. Investimentos em uma subsidiária que a entidade seja obrigada a
consolidar.
b. Participação em uma entidade de participação variável (VIE) que a
entidade seja obrigada a consolidar.
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.fasb.org
FASB Statements(SFAS) Publicadas
Normas AmericanasFASB - Financial Accounting Standards Boards
Sinopse Contábil & Tributária 2007 33
c. Obrigações do empregador e de planos (ou ativos que representem
posições com excesso de provisões) por benefícios de aposentadoria,
outros benefícios pós-aposentadoria (inclusive benefícios de
assistência médica e seguro de vida), benefícios pós-emprego,
opções de ações para e outras formas de acordo e remuneração
diferida, conforme definição do FASB nº 35, Contabilização e relatórios
por planos de aposentadoria com benefício definido, nº 87,
Contabilização de aposentadorias pelo empregador, nº 106,
Contabilização pelo empregador de benefícios pós-aposentadoria,
nº 112, Contabilização pelo empregador de benefícios pós emprego,
nº 123 (revisada em dezembro de 2004), Remuneração baseada em
ações, nº 43, Contabilização de faltas compensadas, e nº 158,
Contabilização pelo empregador de planos de aposentadoria com
benefícios definidos e outros planos pós-aposentadoria, e Opinião APB
nº 12, Opinião geral - 1967.
d. Ativos e passivos financeiros reconhecidos em operações de
arrendamento, conforme definição do FASB nº 13, Contabilização
de arrendamentos, (esta exceção não se aplica a garantias de
obrigações de arrendamento de terceiros nem a obrigações
contingentes decorrentes de um arrendamento cancelado).
e. Passivos de depósitos sacáveis à vista de bancos, associações de
poupança e empréstimo, cooperativas de crédito e outras instituições
similares captadoras de depósitos.
f. Instrumentos financeiros classificados pelo emissor, no todo ou em
parte, como componente do patrimônio líquido (inclusive “patrimônio
líquido temporário”). Um exemplo seria uma obrigação conversível, com
característica de conversão beneficiária não contingente.
2. Compromissos firmes que de outra forma não seriam reconhecidos no
lançamento e envolvam apenas instrumentos financeiros.
3. Contratos não-financeiros de seguros e garantias que a seguradora pode
liquidar pelo pagamento a um terceiro para o fornecimento daqueles bens
ou serviços.
4. Instrumentos financeiros hospedeiros, resultantes da separação de um
instrumento derivativo implícito não-financeiro de um instrumento não
financeiro híbrido.
Como esta norma altera as práticas contábeis atuais?
A opção de valor justo determinada por esta Norma permite a todas as entidades
optar por avaliar os itens qualificados nas datas especificadas para a opção. Uma
entidade comercial apresentará os ganhos e perdas não realizados nos itens para
os quais tenha efetuado a opção pelo valor justo nas contas de resultado (ou em
34 Sinopse Contábil & Tributária 2007
outro indicador de desempenho caso não divulgue seus resultados) em todas
as datas-base subseqüentes. Uma organização sem fins lucrativos apresentará
os ganhos e perdas não realizados em seu demonstrativo de atividades ou outro
demonstrativo similar.
A opção pelo valor justo:
1. Pode ser aplicada instrumento por instrumento, com algumas exceções
como os investimentos de outra forma contabilizados pelo método de
equivalência patrimonial.
2. É irrevogável (a menos que ocorra nova data de opção).
3. É aplicada apenas aos instrumentos completos e não a parte dos
instrumentos.
A opção pelo valor justo desta Norma é similar, mas não idêntica, à opção pelo
valor justo do IAS 39, Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração.
A opção internacional pelo valor justo está sujeita a determinados critérios
de qualificação não incluídos neste padrão e se aplica a um conjunto de
instrumentos ligeiramente diferente.
Data de Vigência e TransiçãoEsta Norma entra em vigor no primeiro exercício social iniciado após 15 de
novembro de 2007. A adoção antecipada é permitida em um exercício social
iniciado antes de 15 de novembro de 2007, inclusive, desde que a entidade opte
também por aplicar as disposições da norma FASB no 157, Avaliação pelo valor
justo. Não é permitido aplicar retroativamente esta Norma a exercícios sociais
anteriores à data de entrada em vigor, salvo se a entidade optar pela adoção
antecipada. A opção pela adoção antecipada deve ser efetuada após a emissão
desta Norma, mas no prazo de 120 dias após o início do exercício social da
adoção, desde que a entidade ainda não tenha emitido demonstrações financeiras,
inclusive notas explicativas obrigatórias, relativas a qualquer período intermediário
do exercício social da adoção.
Esta declaração permite a aplicação a itens qualificados existentes na data de
entrada em vigor ou de adoção antecipada.
SFAS 160 - Participações Minoritárias nas Demonstrações Financeiras Consolidadas - uma emenda do ARB nº 51Esta norma se aplica a todas as entidades que elaboram demonstrações
financeiras consolidadas, exceto as organizações sem fins lucrativos, mas
afetará apenas as entidades que possuírem participação minoritária pendente
em uma ou mais subsidiárias ou que não consolidem. As organizações sem
fins lucrativos devem continuar a aplicar as diretrizes no Accounting Research
Bulletin nº 51, Demonstrações Financeiras Consolidadas, antes das emendas
feitas por essa norma, e quaisquer outras normas aplicáveis, até que o Comitê
emita diretrizes interpretativas.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 35
Uma participação minoritária consiste de parte do patrimônio em uma subsidiária
não atribuível, direta ou indiretamente, a uma controladora. O objetivo dessa
norma é melhorar a relevância, comparabilidade e transparência das informações
financeiras apresentadas por uma entidade emissora de relatório em suas
demonstrações financeiras consolidadas, por meio da determinação de normas
contábeis e de relatório, exigindo que:
• A participação acionária nas subsidiárias detidas pelas partes, que não
sejam da controlada, sejam claramente identificadas, classificadas e
apresentadas no balanço dentro do patrimônio líquido, mas separado do
patrimônio líquido da controladora.
• A quantidade de lucro líquido consolidado atribuível à controladora e para a
participação minoritária seja claramente identificada e apresentada, dentro
da demonstração consolidada de resultado.
• As mudanças na participação acionária da controlada, enquanto a
controlada mantém seu controle na subsidiária, sejam contabilizadas
consistentemente. A participação acionária de uma controlada em uma
subsidiária muda se a controladora adquirir participação acionária adicional
em sua subsidiária ou se a controladora vender parte de suas participações
acionárias em sua subsidiária. Além disso, modifica se a subsidiária
readquirir alguma participação acionária ou se a subsidiária emitir
participação acionária adicional. Todas essas transações são
economicamente similares, e essa norma exige que sejam contabilizadas
similarmente, como transações de patrimônio.
• Quando uma subsidiária deixa de ser consolidada, qualquer participação
minoritária retida na antiga subsidiária será inicialmente calculada a valor
justo. O ganho ou perda apurado no momento em que uma subsidiária não
é mais consolidada é calculado utilizando o valor justo da participação
minoritária em vez do valor contábil daquele investimento retido.
• As entidades apresentem divulgações suficientes que possam distinguir e
identificar claramente entre a participação da controladora e dos
proprietários minoritários.
Data de Vigência e TransiçãoEsta norma entra em vigor para exercícios fiscais, e períodos de ínterim, nesses
exercícios fiscais, iniciados em ou após 15 de dezembro de 2008 (ou seja, 1º de
janeiro de 2009, para entidades com anos-calendários findos/a findarem-se). É
proibida a adoção antecipada. A data efetiva dessa norma é a mesma da norma
141(R) relacionada. Essa norma deve ser eventualmente aplicada no início
do exercício fiscal no qual essa norma for inicialmente aplicada, exceto para
as exigências de apresentação e divulgação. As exigências de apresentação
e divulgação serão aplicadas retrospectivamente para todos os períodos
apresentados.
36 Sinopse Contábil & Tributária 2007
SFAS 141 (revisado 2007) – Combinação de NegóciosO objetivo dessa norma é melhorar a relevância, a fidelidade representativa e
a comparabilidade das informações que uma entidade emissora de relatório
apresenta em seus relatórios financeiros sobre uma combinação de negócios e
seus efeitos. Para tanto, essa norma define princípios e exigências em como o
adquirente:
a. Reconhece e calcula em suas demonstrações financeiras os ativos
identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e qualquer participação
minoritária na adquirida.
b. Reconhece e calcula o ágio adquirido na combinação de negócios ou
um ganho da aquisição de uma barganha (bargain purchase).
c. Determina que informações devem ser divulgadas para permitir aos
usuários das demonstrações financeiras avaliarem a natureza e os
efeitos financeiros da combinação de negócios.
Essa norma se aplica a todas as transações ou outros eventos nos quais uma
entidade (adquirente) obtém controle de um ou mais negócios (adquirente),
incluindo as “verdadeira exemplo, por contrato independente ou por meio
de lapso de direitos de veto de minoritários. Essa norma se aplica a todas as
entidades de negócios, incluindo entidades mútuas que utilizaram previamente o
método contábil de união de interesses para algumas combinações de negócios.
Isso não se aplica a :
a. Formação de uma joint venture
b. Aquisição de um ativo ou um grupo de ativos que não constituem um
negócio
c. Combinação entre entidades ou negócios sob controle comum
d. Combinação entre organizações sem fins lucrativos ou a aquisição
de um negócio com fins lucrativos por uma organização sem fins
lucrativos
Data de Vigência e TransiçãoEsta norma se aplica para combinações de negócios para as quais a data de
aquisição seja em ou após o início do primeiro período de emissão de relatório
anual iniciado em ou após 15 de dezembro de 2008. Uma entidade não pode
aplicá-la antes dessa data. A data efetiva dessa norma é a mesma daquela do
SFAS nº 160 relacionado, “Participações de minoritários nas demonstrações
financeiras consolidadas”.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 37
Até 15 de dezembro de 2007 nenhuma FIN foi publicada.
EITF 06-5 - Contabilização de Compras de Seguro de Vida - Determinando o Valor que Poderia Ser Realizado de Acordo com o FTB 85-4, “Contabilização de Compras de Seguros de Vida”A Força-Tarefa chegou a um consenso de que um segurado deve levar em
consideração qualquer valor adicional incluso nos prazos contratuais da apólice, na
determinação da quantia que poderia ser realizada conforme o contrato de seguro.
Chegou também a um consenso de que um segurado deve determinar a quantia
que poderia ser realizada de acordo com o contrato de seguro, assumindo o
resgate de uma apólice individual-life by individual-life (ou certificado por certificado
em uma apólice em grupo). Além disso, a Força-Tarefa observou que qualquer
quantia que ao final fosse realizada pelo segurado sobre o resgate assumido
da apólice final (ou certificado final em uma apólice em grupo) seria incluída na
quantia que poderia ser realizada conforme o contrato de seguro.
EITF 06-6 - Contabilização pelo Devedor para uma Modificação (ou Troca) de um Instrumento de Dívida ConversívelA Força-Tarefa chegou a um consenso de que a mudança no valor justo de uma
opção de conversão incorporada, resultante de uma mudança de instrumentos
de dívida ou uma modificação nos termos de um instrumento de dívida existente,
não deve ser incluída no teste de fluxo de caixa se os termos do novo instrumento
de dívida são substancialmente diferentes dos termos do instrumento de dívida
original, de acordo com a EITF 96-19. Entretanto, uma análise independente deve
ser desempenhada se o teste de fluxo de caixa de acordo com a Questão 96-19
não resultar em uma conclusão de que uma modificação substancial ou mudança
ocorreu. As diretrizes na EITF 05-7 são substituídas pelo consenso nesta EITF. A
Força-Tarefa concordou em alterar a EITF 96-19, a fim de substituir as diretrizes da
EITF 05-7 com as diretrizes desta EITF.
EITF 06-7 - Contabilização pelo Emissor para uma Opção de Conversão Anteriormente Bifurcada de um Instrumento de Dívida Conversível, Quando a Opção de Conversão não Atende Mais aos Critérios de Bifurcação no Statement 133A Força-Tarefa chegou a um consenso de que quando uma opção de conversão
incorporada em um instrumento de dívida conversível não atende mais aos
critérios de bifurcação no Statement 133, um emissor deve contabilizar a
FASB Interpretations (FINs) Publicadas
Emerging Issues Task Force (EITFs) Publicadas
38 Sinopse Contábil & Tributária 2007
opção de conversão previamente separada por meio da reclassificação do
valor contábil do passivo para a opção de conversão (ou seja, seu valor justo
na data de reclassificação) para o patrimônio líquido. Qualquer desconto de
dívida reconhecido quando a opção de conversão foi separada do instrumento
de dívida de conversão deve continuar a ser amortizado. Além disso, a Força-
Tarefa chegou a um consenso de que um emissor divulgará as informações a
seguir para o período no qual uma opção de conversão incorporada previamente
contabilizada como um derivativo, de acordo com a Statement 133, não atende
mais aos critérios de bifurcação de acordo com essa Statement:
a. Uma descrição das principais mudanças que fazem com que a opção de
conversão incorporada não exija mais a bifurcação, conforme a
Statement 133.
b. A quantia de passivo para a opção de conversão reclassificada para o
patrimônio líquido.
EITF 06-8 - Aplicação da Avaliação de Investimento Contínuo de um Comprador Dentro do Statement 66, para Venda de CondomíniosA Força-Tarefa chegou a um consenso de que quando da avaliação da capacidade
de recebimento do preço das vendas, de acordo com o parágrafo 37(d) da
Statement 66, uma entidade deve avaliar a adequação do investimento contínuo
e inicial do comprador para concluir que o preço das vendas é passível de
recebimento. A Força-Tarefa observou que, em consistência às exigências
para vendas de outros tipos de imóveis, os investimentos contínuos e iniciais
do comprador devem consistir de qualquer uma das formas especificadas
no parágrafo 9 da Statement 66, e devem considerar apenas a parte não
reembolsável desses investimentos. Se uma entidade não tiver condições de
atender aos critérios no parágrafo 37, incluindo uma avaliação da capacidade de
recebimento, utilizando os testes de investimento contínuo e inicial descritos
nos parágrafos 8-12 da Statement 66, então a entidade deve aplicar o método
de depósito, conforme descrito nos parágrafos 65-67 da Statement 66, até que
os critérios do parágrafo 37 sejam cumpridos. Na data de uma reavaliação,
uma entidade deve reavaliar todos os critérios no parágrafo 37 da Statement
66 para determinar se o lucro deve ser reconhecido de acordo com o método
de percentage-of-completion. A Força-Tarefa chegou a um consenso de que na
reavaliação da capacidade de recolhimento do preço de vendas, os testes de
investimento contínuo e inicial devem ser provavelmente aplicados a partir da
data de reavaliação (como se o depósito fosse recebido na data de reavaliação).
O consenso nesta EITF entra em vigor no primeiro período de relatório anual
iniciado após 15 de março de 2007.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 39
EITF 06-9 - Reportando uma Mudança (ou Eliminação) de uma Diferença Anteriormente Existente entre o ano Fiscal da Matriz e de suas Entidades Consolidadas ou Entre os Períodos de Report de uma Investidora e sua Investida Avaliada pelo Método de Equivalência PatrimonialA Força-Tarefa chegou a um consenso de que uma controladora ou uma
investidora deve reportar uma mudança para (ou eliminação de) uma diferença
previamente existente entre o período de relatório da controladora e o período
de relatório de uma entidade consolidada ou entre o período de relatório de
um investidor e o período de relatório de uma investida avaliada pelo método
de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras consolidadas do
investidor ou da controladora como uma mudança de princípio contábil de acordo
com as cláusulas da Statement 154. A Força-Tarefa observou que, enquanto a
Statement 154 geralmente exige mudanças voluntárias nos princípios contábeis
a serem reportados retrospectivamente, a aplicação retrospectiva não é exigida
se for impraticável aplicar os efeitos da mudança de acordo com o parágrafo 11
da Statement 154. Para chegar a esse consenso, a Força-Tarefa concluiu que a
mudança ou a eliminação de um período de atraso representa uma mudança no
princípio contábil, conforme definido na Statement 154. A Força-Tarefa chegou a
um consenso de que uma entidade deve proceder às divulgações exigidas, de
acordo com a Statement 154.
EITF 06-11 - Contabilização de Benefícios de Imposto de Renda de Dividendos Sobre Ações Dadas como Forma de Pagamento (Share-Based Payment Awards)A Força-Tarefa chegou ao consenso de que o benefício fiscal recebido sobre
dividendos associados com ações dadas como forma de pagamento que são
lançadas em lucros acumulados deve ser reconhecido em additional paid-in capital
e incluído no pool de excesso de benefícios fiscais para absorver potenciais futuras
deficiências fiscais nos pagamentos baseados em ações.
O consenso é efetivo para benefícios fiscais declarados em anos fiscais iniciados
após 15 de dezembro de 2007.
EITF 07-3 - Contabilização de Adiantamentos para Bens ou Serviços a Serem Utilizados em Atividades Futuras de Pesquisa e DesenvolvimentoA Força Tarefa chegou ao consenso de que adiantamentos não reembolsáveis
por bens ou serviços a serem utilizados ou prestados em atividades futuras de
pesquisa e desenvolvimento devem ser diferidos e capitalizados. Tais valores
devem ser reconhecidos como despesas conforme os bens ou serviços
relacionados sejam entregues ou executados. As entidades devem continuar a
avaliar se esperam que os bens sejam entregues ou os serviços sejam prestados.
Se uma entidade não esperar que os bens sejam entregues ou os serviços sejam
prestados, o adiantamento capitalizado deve ser debitado à despesa. O consenso
deve ser aplicado prospectivamente para novos contratos firmados para os anos
iniciados após 15 de dezembro de 2007.
40 Sinopse Contábil & Tributária 2007
SAB 109 (Staff Accounting Bulletin)
Expressa Opiniões da Equipe SEC Relativas aos Compromissos de Empréstimos Subscritos Registrados a Valor Justo no Resultado.
Sinopse
Esta interpretação do SAB apresenta os pontos de vista da equipe contábil em
relação a compromissos de empréstimos subscritos contabilizados pelo valor
justo nas contas de resultado, segundo os princípios contábeis geralmente
aceitos. O SAB nº 105, Aplicação de princípios contábeis a compromissos de
empréstimo (“SAB 105”), apresentou os pontos de vista da equipe em relação
a compromissos de empréstimos derivativos, contabilizados pelo valor justo
nas contas de resultado segundo o SFAS 133, Contabilização de instrumentos
derivativos e atividades de hedge. O SAB 105 afirmava que, na determinação do
valor justo de um compromisso de empréstimo derivativo, a equipe acreditava
ser inapropriado incorporar os fluxos de caixa líquidos futuros previstos relativos
à administração dos empréstimos relacionados. Este SAB substitui o SAB 105 e
apresenta a visão atual da equipe que, de forma consistente com o SFAS nº 156,
Contabilização da administração de ativos financeiros, e nº 159, Opção de valor
justo para ativos e passivos financeiros, os fluxos de caixa líquidos previstos
relativos à administração dos empréstimos relacionados devem ser incluídos
na avaliação de todos os compromissos de empréstimo subscritos que sejam
contabilizados pelo valor justo através do resultado. O SAB 105 indicava também
que ativos intangíveis desenvolvidos internamente (como ativos intangíveis de
relacionamento com clientes) não deveriam ser contabilizados como parte do
valor justo de um compromisso de empréstimo derivativo. Este SAB mantém
esse ponto de vista da equipe e amplia sua aplicação a todos os compromissos
de empréstimos subscritos contabilizados pelo valor justo através do resultado.
A equipe espera que as empresas sujeitas a registro apliquem os pontos de vista
da Questão do SAB 109 aos compromissos de empréstimo derivativos emitidos
ou alterados nos trimestres iniciados a partir de 15 de dezembro de 2007.
Norma de Auditoria PCAOB nº 5 A AS 5 estabelece as medidas a seguir relacionadas, para Auditoria dos
Controles Internos Sobre o Relatório Financeiro, Integrada a uma Auditoria das
Demonstrações Financeiras.
A Norma de Auditoria nº 5 substituirá a Norma de Auditoria nº 2 quando entrar
em vigor. A Norma de Auditoria nº 5 foi aprovada pela Securities and Exchange
Commission em 25 de julho de 2007, e entra em vigor para auditorias dos
controles internos sobre o relatório financeiro, exigidas pela Seção 404(b) da Lei
Sarbanes-Oxley de 2002, em exercícios fiscais a findarem-se em ou após 15 de
novembro de 2007. A adoção antecipada é permitida a qualquer momento após
a aprovação da SEC. Os auditores que decidirem agir em conformidade com a
PCAOBPublic Company Accounting Oversight Board
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.pcaobus.org
SECSecurity Exchange Commission
A íntegra das normas a seguir
relacionadas poderá ser obtida
em www.sec.gov
Sinopse Contábil & Tributária 2007 41
Norma de Auditoria nº 5 após a aprovação da SEC, porém, antes da data efetiva,
também devem agir em conformidade, ao mesmo tempo, com a Norma 3525
e com outras normas do PCAOB, conforme emendado pela Norma de Auditoria
nº 5. Os auditores que não decidirem agir em conformidade com a Norma de
Auditoria nº 5 antes de sua data efetiva devem utilizar a definição de “fraqueza
significativa” contida na Norma de Auditoria nº 5 após a aprovação da norma por
parte da SEC.
Esta norma define exigências e oferece diretrizes que são aplicadas quando
um auditor se compromete a desempenhar uma auditoria da avaliação da
administração quanto à eficácia dos controles internos sobre o relatório
financeiro (“auditoria dos controles internos sobre o relatório financeiro”)
integrado a uma auditoria das demonstrações financeiras.
1. Os controles internos eficazes sobre o relatório financeiro oferecem
segurança absoluta quanto à confiabilidade do relatório financeiro e à
elaboração das demonstrações financeiras para fins externos. Se houver
uma ou mais fraquezas significativas, os controles internos sobre o
relatório financeiro da empresa não podem ser considerados eficazes.
2. O objetivo do auditor em uma um parecer sobre a eficácia dos controles
internos sobre o relatório financeiro da empresa. Devido à
impossibilidade de os controles internos serem considerados eficazes se
houver uma ou mais fraquezas significativas, para formar uma base para
expressar um parecer, o auditor deve planejar e desempenhar a auditoria
para obtenção de evidência competente, suficiente para obter garantia
absoluta sobre a existência de fraquezas significativas na data
especificada na avaliação da administração. Uma fraqueza significativa nos
controles internos sobre o relatório financeiro pode existir, mesmo
quando as demonstrações financeiras não são significativamente errôneas.
3. As normas gerais são aplicáveis a uma auditoria dos controles internos
sobre o relatório financeiro. Essas normas exigem treinamento técnico e
habilidades como auditor, independência e exercício de cuidado
profissional adequado, incluindo ceticismo profissional. Essa norma
define a área de trabalho e as normas de relatório aplicáveis a uma
auditoria dos controles internos sobre o relatório financeiro.
4. O auditor deve utilizar a mesma estrutura de trabalho de controle
reconhecido e adequado para desempenhar sua auditoria dos controles
internos sobre o relatório financeiro, à medida que a administração utiliza
para sua avaliação anual da eficácia dos controles internos sobre o
relatório financeiro da empresa.
36 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Sinopse Contábil & Tributária 2007 37
NormasTributárias
Em um ano marcado por inúmeras disputas internas no Governo Federal, que
culminaram não-prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), antiga “contribuição do cheque”, o ano de 2007 não
apresentou significativas modificações na legislação tributária, pelo menos no
conteúdo.
Apesar disso, no curso do ano o Governo ocupou-se com a regulamentação
de diversos benefícios fiscais que haviam sido implementados anteriormente
por meio da publicação da Lei n° 11.196, originada da chamada “MP do bem” e
decorrentes de outras Leis.
Nesse contexto, entre os benefícios que receberam regulamentação específica
no decorrer do último ano destacam-se o “novo” incentivo à inovação
tecnológica, o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-
Estrutura (REIDI), além dos diversos incentivos relacionados ao PIS e à COFINS.
O Governo reformulou o benefício de Incentivo à Inovação Tecnológica, conferindo
à pessoa jurídica tributada pelo lucro real a possibilidade de excluir os dispêndios
efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica (ICT).
Além disso, o Governo também buscou fomentar as atividades de caráter
desportivo, por meio de incentivos fiscais e benefícios, em relação aos valores
despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos
desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte, estendendo esse benefício até 2015.
Em contrapartida, se de um lado a legislação tributária não foi intensamente
alterada como nos anos precedentes, de forma que o Governo concentrou suas
atividades em regulamentar diversos dispositivos que já existiam em nosso
ordenamento jurídico, presenciamos, durante o ano de 2007, a sinalização de
que nossos tribunais se posicionaram de forma favorável em relação à maior
parte das grandes demandas tributárias.
Em função das possíveis perdas que o Governo poderá vir a sofrer nos próximos
anos, acarretando uma perda financeira significativa, verificamos uma série de
medidas internas e tentativas de acordos com os Tribunais a fim de minimizar
possíveis impactos que possam ocorrer.
Citamos, como exemplo, o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
acerca da inclusão do valor do ICMS nas bases de cálculo da contribuição ao PIS
e à COFINS, fundado no conceito de que o ICMS destacado no documento fiscal
Editorial
Sinopse Contábil & Tributária 2007 45
não constitui receita bruta da empresa e, portanto, não deve compor a base
imponível dessas contribuições.
Embora o julgamento não tenha sido concluído, até o final de 2007 seis
dos ministros do STF se posicionaram contra o Fisco e apenas um a favor,
implicando uma derrota técnica para o Governo.
Nesse sentido, como uma medida desesperada, a Advocacia-Geral da União (AGU)
ingressou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Declaratória
de Constitucionalidade visando à declaração da constitucionalidade de se incluir
o ICMS nas bases de cálculo do PIS e da COFINS, o que implicaria serem
consideradas inconstitucionais quaisquer outras exclusões não previstas em Lei.
Outra discussão trazida novamente à baila no curso de 2007 refere-se à
discussão da majoração da alíquota da COFINS cumulativa, regulamentada pela
Lei n° 9.718/98, de 2% para 3%, em que, segundo os próprios ministros do STF
afirmaram, irão levar novamente a plenário a questão da constitucionalidade, ou
não, da majoração da alíquota dessa contribuição.
Por fim, há de se mencionar que 2007 manteve-se como um ano de grandes
avanços no desenvolvimento das atividades arrecadatórias e fiscalizadoras por parte
da Administração Tributária, que a cada ano vem aprimorando e intensificando a
utilização de recursos tecnológicos mais eficazes em suas atividades.
Prova disso pode ser verificada com a implementação do chamado “SPED”
- Sistema Público de Escrituração Digital, instrumento que unifica as atividades
de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos
que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades
empresárias.
Coube aos contribuintes efetuarem a conversão de toda a sua escrita contábil
e fiscal para o formato digital, incluindo a conversão dos livros diários, razão,
balancete diário, balanços e fichas de lançamentos comprobatórios e seus
auxiliares, por força da instituição por parte da Receita Federal do Brasil da
Escrituração Contábil Digital (ECD), a fim de atender ao “SPED”.
Diante dessa breve introdução, apresentamos a seguir as principais alterações
na legislação tributária federal, promovidas no curso do ano de 2007.
Diogo H. RuizSócioDepartamento de Impostos
46 Sinopse Contábil & Tributária 2007
11.604/2007 - DOU 06.12.2007
Revoga a Medida Provisória nº 382, de 24 de julho de 2007, a qual dispunha
sobre o desconto de créditos do PIS e da COFINS, quando da aquisição no
mercado interno ou importação de bens de capital destinados à produção de
bens do setor automotivo; autoriza a concessão de subvenção econômica nas
operações de empréstimo e financiamento destinadas às empresas dos setores
têxtil, de calçados e artefatos de couro, confecção e móveis de madeira.
11.529/2007 – DOU 23.10.2007
Dispõe sobre a possibilidade da utilização dos créditos da não-cumulatividade
do PIS e da COFINS, em seu montante integral, a partir do mês de aquisição
no mercado interno ou de importação, referente à depreciação de máquinas,
equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou
fabricados para utilização na produção de bens destinados à venda, quando
destinados à produção de autopeças, máquinas, veículos, lã, tecidos de pêlos,
algodão, tecidos de algodão, fios de linho, outros tecidos, linhas, cobertores,
mantas, calçados, bulldozers, angledozers, máquinas, aparelhos para uso hortícola,
ceifeiras, tratores, automóveis, chassis com motor e outros móveis; redução do
percentual de definição de pessoa jurídica preponderantemente exportadora, para
fins da suspensão do PIS e da COFINS, o qual era de 80%, e passou para 60%
ou 70% conforme o caso; e autorizou a União a conceder subvenção econômica,
sob as modalidades de equalização de taxas de juros e de concessão de bônus
de adimplência sobre os juros, nas operações de empréstimo e financiamento
destinadas especificamente às empresas dos setores de pedras ornamentais,
beneficiamento de madeira, beneficiamento de couro, calçados e artefatos de
couro, têxtil, de confecção, inclusive linha lar, e de móveis de madeira, com receita
operacional bruta anual de até R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
11.488/2007 – DOU 15.06.2007
Cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura
(REIDI); reduz para 24 meses o prazo mínimo para utilização dos créditos do
PIS e da COFINS decorrentes da aquisição de edificações; amplia o prazo para
pagamento de impostos e contribuições; altera as alíquotas do PIS e da COFINS
na importação de etano, propano e butano, destinados à produção de eteno e
propeno, e de nafta petroquímica, quando efetuada por centrais petroquímicas,
bem assim no que se refere à suspensão no caso de venda de matérias-primas,
produtos intermediários e materiais de embalagem destinados à pessoa jurídica
preponderantemente exportadora.
11.487/2007 – DOU 15.06.2007
Altera a Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, para incluir novo incentivo à
inovação tecnológica e modificar as regras relativas à amortização acelerada para
investimentos vinculados à pesquisa e ao desenvolvimento.
Leis Ordinárias
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.313,69 - -
De 1.313,70 até 2.625,12 15 197,05
Acima de 2.625,13 27,5 525,19
Sinopse Contábil & Tributária 2007 47
O novo incentivo à inovação tecnológica, trazido pela referida Lei, confere à
pessoa jurídica, tributada pelo lucro real, excluir do lucro líquido, para efeito de
apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e
tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e
Tecnológica (ICT), a que se refere o inciso V do caput do art. 2º da Lei nº 10.973,
de 2 de dezembro de 2004.
11.484/2007 – DOU 31.05.2007
Dispõe sobre os incentivos às indústrias de equipamentos para TV Digital e de
componentes eletrônicos semicondutores e sobre a proteção à propriedade
intelectual das topografias de circuitos integrados, instituindo o Programa
de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores
(PADIS) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de
Equipamentos para a TV Digital (PATVD); altera a Lei nº 8.666, de 21 de junho de
1993; e revoga o art. 26 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.
11.482/2007 – DOU 31.05.2007
Esta lei é fruto da conversão da MP n° 340/2006, a qual alterou a tabela
progressiva do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para os anos de 2007,
2008, 2009 e 2010; dispõe acerca da redução a zero da alíquota da CPMF,
destacando-se os lançamentos a débito em conta especial destinada ao registro
e controle do fluxo de recursos, aberta exclusivamente para pagamento de
salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares,
decorrente de transferência para conta-corrente de depósito de titularidade do
mesmo beneficiário, e caso de operação que não é preciso ser efetivada por
meio de lançamento a débito em conta-corrente de depósito do titular ou do
mutuário, por cheque de sua emissão, cruzado e intransferível, ou por outro
instrumento de pagamento.
A referida Lei introduziu a seguinte tabela progressiva mensal, aplicável às
pessoas físicas para o ano-calendário de 2007:
48 Sinopse Contábil & Tributária 2007
11.472/2007 - DOU 03.05.2007
Altera e acresce dispositivos à Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, que
dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter
desportivo.
O Decreto nº 6.180, de 6 de agosto de 2007, que regulamenta a Lei supracitada,
dispõe que a partir do ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2015,
inclusive, poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, apurado na
Declaração de Ajuste Anual pelas pessoas físicas ou em cada período de
apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada com base no lucro
real, os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a
projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério
do Esporte.
O texto legal observa os percentuais de deduções a serem aplicados sobre o
imposto devido.
MP nº 351 – DOU 22.01.2007
Cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura
(REIDI), reduz para 24 meses o prazo mínimo para utilização dos créditos do
PIS e da COFINS decorrentes da aquisição de edificações, amplia o prazo para
pagamento de impostos e contribuições e dá outras providências.
6.306 – DOU 17.12.2007
Regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou
relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.
6.287 – DOU 06.12.2007
Dispõe sobre a redução a zero das alíquotas do PIS e da COFINS, incidentes
sobre a receita bruta na venda, no mercado interno, quando adquiridos pelos
Estados, Municípios e pelo Distrito Federal de veículos e embarcações
destinados ao transporte escolar para a educação básica na zona rural.
6.262 – DOU 20.11.2007
Dispõe sobre a simplificação de procedimentos para importação de bens
destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Medidas Provisórias
Decretos Federais
Sinopse Contábil & Tributária 2007 49
6.260 – DOU 20.11.2007
Dispõe sobre a exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e
da base de cálculo da CSLL, dos dispêndios efetivados em projeto de pesquisa
científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição
Científica e Tecnológica (ICT).
6.234 – DOU 15.10.2007
Estabelece critérios para a fruição dos incentivos decorrentes do Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para a TV
Digital (PATVD), que reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP,
da COFINS e do IPI, instituído pelos arts. 12 a 22 da Lei nº 11.484, de 31 de maio
de 2007.
6.233 – DOU 15.10.2007
Estabelece critérios para efeito de habilitação ao Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), que
concede isenção do imposto de renda e reduz a zero as alíquotas do PIS, da
COFINS e do IPI, instituído pelos arts. 1° a 11 da Lei nº 11.484, de 31 de maio
de 2007.
6.227 – DOU 09.10.2007
Altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI),
aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, reduzindo a zero
a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre
equipamentos destinados à televisão digital.
6.180 – DOU 06.08.2007
Regulamenta a Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, que trata dos
incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo.
6.167 – DOU 25.07.2007
Altera e acresce dispositivos ao Decreto nº 6.144, de 3 de julho de 2007, que
regulamenta a forma de habilitação e co-habilitação ao Regime Especial de
Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (REIDI), instituído pelos
arts. 1° a 5° da Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007.
6.144 – DOU 04.07.2007
Regulamenta a forma de habilitação e co-habilitação ao Regime Especial de
Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (REIDI), instituído pelos
arts. 1º a 5º da Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007. Alterado pelo Decreto nº
6.167, de 24 de julho de 2007.
50 Sinopse Contábil & Tributária 2007
6.140 – DOU 04.07.2007
Regulamenta a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de
Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF).
6.127 – DOU 19.06.2007
Dispõe sobre a suspensão da exigência do PIS e da COFINS incidentes sobre
a receita auferida na comercialização de material de embalagem da empresa
sediada no exterior para entrega em território nacional.
6.104 – DOU 02.05.2007
Dispõe sobre a execução dos procedimentos fiscais no âmbito da Secretaria da
Receita Federal do Brasil e dá outras providências.
6.073/2007 – DOU 04.04.2007
Dá nova redação aos arts. 1º e 2º do Decreto nº 5.062, de 30 de abril de 2004,
que fixa coeficiente para redução das alíquotas específicas do PIS e da COFINS
em relação às receitas decorrentes da venda e da produção sob encomenda de
embalagens para águas e refrigerantes.
6.066 – DOU 22.03.2007
Altera o Anexo ao Decreto n° 3.803, de 24 de abril de 2001, que dispõe sobre
o crédito presumido do PIS e da COFINS, previsto nos arts. 3° e 4° da Lei nº
10.147, de 21 de dezembro de 2000.
6.023 – DOU 22.01.2007
Altera o art. 2º do Decreto nº 5.602, de 6 de dezembro de 2005, que regulamenta
o Programa de Inclusão Digital instituído pela Lei nº 11.196, de 21 de novembro
de 2005.
Para efeitos da redução a zero das alíquotas do PIS e da COFINS, o valor de
venda, a varejo, não poderá exceder:
i. R$ 4.000,00 (quatro mil reais), no caso de máquinas automáticas de
processamento de dados, digitais, portáteis, de peso inferior a 3,5 kg, com
tela (écran) de área superior a 140 cm², classificadas nos códigos
8471.30.12, 8471.30.19 ou 8471.30.90 da TIPI.
ii. R$ 4.000,00 (quatro mil reais), no caso de máquinas automáticas de
processamento de dados, apresentadas sob a forma de sistemas do
código 8471.49 da TIPI, e dá outras orientações.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 51
6.022 – DOU 22.01.2007
Institui o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).
O Sped é um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação,
armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a
escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias.
Assim, os livros e documentos fiscais serão emitidos em forma eletrônica,
observado o disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.
Adicionalmente, o sistema supramencionado não dispensa o empresário nem a
sociedade empresária de manter sob sua guarda e responsabilidade os livros e
documentos na forma e nos prazos previstos na legislação aplicável.
IN RFB nº 789 – DOU 12.12.2007
Dispõe sobre a Declaração de Benefícios Fiscais (DBF).
A DBF foi desenvolvida para facilitar a prestação de informações relativas
às doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, aos
investimentos em obras audiovisuais e às doações e patrocínios de projetos
culturais, previstos em lei.
IN RFB 787 – DOU 22.11.2007
Institui a Escrituração Contábil Digital (ECD).
A ECD será enviada, pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas, por meio do Sped,
o qual foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, e somente
poderá ser considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo
que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de registro.
A Escrituração Contábil Digital compreenderá os livros abaixo descritos:
i. Livro Diário e seus auxiliares, se houver
ii. Livro Razão e seus auxiliares, se houver
iii. Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias
dos assentamentos neles transcritos.
IN RFB nº 781 – DOU 08.11.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 296, de 2003, em razão das alterações no
art. 29 da Lei nº 10.637, de 2002, promovidas pelo art. 3º da Lei nº 11.529, de
2007.
Instruções Normativas
52 Sinopse Contábil & Tributária 2007
Passa a vigorar, a partir da publicação dessa Instrução Normativa, nova
consideração a respeito de pessoa jurídica preponderantemente exportadora,
conforme segue:
A partir da referida Instrução Normativa, considera-se pessoa jurídica
preponderantemente exportadora aquela cuja receita bruta decorrente de
exportação para o exterior, no ano-calendário imediatamente anterior ao da
aquisição, houver sido superior a 70% (setenta por cento) de sua receita bruta
total de venda de bens e serviços no mesmo período, depois de excluídos os
impostos e as contribuições incidentes sobre a venda.
Adicionalmente, estabelece redução para 60% (sessenta por cento) do
percentual para habilitação da pessoa jurídica como preponderantemente
exportadora, caso a receita de exportação dos itens nesta Instrução Normativa
expressos, classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de
2006, seja igual ou superior a 90% (noventa por cento).
IN RFB nº 780 – DOU 08.10.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 595, de 2005, em razão das alterações
no art. 40 da Lei nº 10.865, de 2004, promovidas pelo art. 4º da Lei nº 11.529,
de 2007.
A referida alteração dispõe sobre as condições necessárias para que as pessoas
jurídicas possam ser consideradas como preponderantemente exportadoras, e
dá outras providências.
IN RFB nº 779 – DOU 23.10.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 476, de 13 de dezembro de 2004, que
dispõe sobre o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul).
A Linha Azul é um regime aduaneiro que permite reduzir o tempo das liberações
das mercadorias de empresas que operem no comércio exterior, propiciando
menores custos nas importações e nas exportações por conta da agilização dos
processos de despachos Aduaneiros.
Poderá ser habilitada à Linha Azul a pessoa jurídica submetida ao regime
de tributação do imposto de renda com base no lucro real e cuja atividade
econômica principal seja a indústria, extrativa ou de transformação, excetuadas
as atividades de apoio à extração de minerais, bem como dá outras providências.
IN RFB nº 778 – DOU 26.10.2007
Altera a Instrução Normativa RFB nº 758, de 25 de julho de 2007, que dispõe
sobre o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-
Estrutura (REIDI).
Sinopse Contábil & Tributária 2007 53
IN RFB nº 765 – DOU 09.08.2007
Dispõe sobre a dispensa de retenção do imposto de renda na fonte sobre
as importâncias pagas ou creditadas a pessoas jurídicas inscritas no Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), e altera o art.
3º da Instrução Normativa SRF nº 480, de 15 de dezembro de 2004, e o art. 3º da
Instrução Normativa SRF nº 459, de 18 de outubro de 2004.
A dispensa da referida retenção, de acordo com o texto legal, não se aplica ao
imposto de renda relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em
aplicações de renda fixa ou variável de que trata o inciso V do § 1º do art. 13 da
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
IN RFB nº 758 – DOU 27.07.2007
Dispõe sobre o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-
Estrutura (REIDI). Alterada pela IN RFB nº 778, de outubro de 2007.
IN RFB nº 757 – DOU 17.09.2007
Dispõe sobre o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob
Controle Informatizado (Recof).
O Recof permite à empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno,
com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas
a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao
mercado interno.
IN RFB nº 752 – DOU 10.07.2007
Dispõe sobre o tratamento tributário aplicável na hipótese de mudança do
regime de reconhecimento das receitas em função do recebimento para o
regime de competência referente ao ano-calendário de 2007.
A referida Instrução Normativa trata do critério de reconhecimento das receitas
auferidas pelas pessoas jurídicas, optantes pelo regime de tributação com
base no lucro presumido (para fins de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS), bem como
integrantes do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições
das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples Federal).
Observa que se durante o primeiro semestre de 2007 a pessoa jurídica adotou
o critério de reconhecimento de suas receitas à medida do recebimento
(regime de caixa) e que, em julho de 2007, optar por ingressar com o regime de
competência, esta deverá reconhecer todas as suas receitas auferidas e ainda
não recebidas no mês de junho de 2007, para fins de tributação.
54 Sinopse Contábil & Tributária 2007
IN RFB nº 744 – DOU 31.05.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 252, de 2002, que dispõe sobre a
incidência do imposto de renda na fonte sobre rendimentos pagos, creditados,
empregados, entregues ou remetidos para pessoas físicas ou jurídicas
residentes ou domiciliadas no exterior nas hipóteses que menciona.
O texto legal dispõe sobre as hipóteses em que será aplicada a redução a zero
da alíquota do imposto de renda em se tratando de rendimentos recebidos
de fontes situadas no Brasil, por pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, na
hipótese de pagamento, crédito, emprego, entrega ou remessa para o exterior
por conta de despesas relacionadas com pesquisa de mercado para produtos
brasileiros de exportação, bem como aquelas decorrentes de participação em
exposições, feiras e eventos semelhantes, inclusive aluguéis e arrendamentos de
estandes e locais de exposição, vinculadas à promoção de produtos brasileiros, e
de despesas com propaganda realizadas no âmbito desses eventos.
IN RFB nº 742 – DOU 25.05.2007
Dispõe sobre o imposto de renda nas operações de empréstimo de títulos e de
valores mobiliários.
IN RFB nº 734 – DOU 2.05.2007
Dispõe sobre a emissão de certidões de prova de regularidade fiscal perante a
Fazenda Nacional quanto aos tributos administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil e dá outras providências.
IN RFB nº 728 – DOU 23.03.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 600, de 28 de dezembro de 2005.
A referida Instrução Normativa dispõe sobre os créditos de IPI, passíveis de
ressarcimento ou compensação, bem como observa que somente poderão ser
compensados com referidos créditos tributos e contribuições administrados pela
SRF.
O referido pedido de ressarcimento ou compensação previstos no texto legal
será efetuado mediante a utilização do Programa PER/DCOMP, disponibilizado
pela SRF e, no caso de impossibilidade de utilização do programa, a pessoa
jurídica poderá solicitar o ressarcimento ou a compensação mediante petição/
declaração com toda a documentação comprobatória do crédito.
Adicionalmente, tal Instrução Normativa dispõe sobre qual deverá ser o
tratamento escritural do estorno dos créditos solicitados.
Sinopse Contábil & Tributária 2007 55
IN RFB n° 722 – DOU 14.02.2007
Altera a Instrução Normativa SRF nº 687, de 26 de outubro de 2006, que
dispõe sobre a apresentação de informações relativas aos recursos em moeda
estrangeira, decorrentes de recebimentos de exportações de mercadorias e
serviços, mantidos no exterior.
A Instrução Normativa em comento dispõe que a pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no País que mantiver, no exterior, recursos em moeda
estrangeira relativos ao recebimento de exportações de mercadorias e serviços,
deverá apresentar à Secretaria da Receita Federal (SRF), anualmente, uma
declaração contendo informações sobre a utilização dos referidos recursos. No
caso de inobservância desse disposto, caberá aplicação de multa.
ADI RFB nº 015 – DOU 28.09.2007
Dispõe acerca da possibilidade de desconto de créditos do PIS e da COFINS
calculados em relação às aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica
optante pelo Simples Nacional.
ADI RFB nº 012 – DOU 11.07.2007
Dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de drawback para
fornecimento no mercado interno.
ADI RFB nº 010 – DOU 22.06.2007
Dispõe sobre a retenção do imposto de renda, da CSLL, do PIS e da COFINS
sobre a prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão
de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber, de
que tratam os arts. 29 e 30 da Lei n° 10.833, de 2003.
ADI RFB nº 006 – DOU 25.05.2007
Dispõe sobre a não-incidência do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
sobre as importâncias decorrentes da prestação a terceiros de serviços
oferecidos por cooperativa, os quais resultem do esforço comum dos seus
associados.
ADI SRF nº 004 – DOU 04.04.2007
Dispõe sobre a não-possibilidade de apropriação de créditos do PIS e da COFINS
relativos a insumos na prestação de serviços de limpeza e conservação.
Atos Declaratórios Interpretativos
56 Sinopse Contábil & Tributária 2007
ADI SRF nº 003 – DOU 30.03.2007
Dispõe que o valor dos créditos do PIS e da COFINS não cumulativos não
constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do
valor devido das referidas contribuições e não deve ser excluído do lucro líquido,
para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL).
ADI SRF nº 001 – DOU
Dispõe sobre a aplicação de dispositivos da Convenção entre a República
Federativa do Brasil e os Estados Unidos Mexicanos destinada a evitar a dupla
tributação e prevenir a evasão fiscal em relação aos impostos sobre a renda.
São PauloRua Dr. Renato Paes de Barros, 3304530-904 São Paulo, SPTel 55 (11) 2183-3000Fax 55 (11) 2183-3001
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